Imagem em ação

June 15, 2017 | Autor: Mathias Reis | Categoria: DIY culture, Arte Educação, Fotografia, Processos Criativos, Educacao Visual
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Descrição do Produto

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CENTRO LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO FACULDADE DE ARTES VISUAIS CURSO DE LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS

Beatriz Valeriano Matheus Reis Otávio Ferreira Abdalla

IMAGEM EM AÇÃO

Campinas - SP 2015

Beatriz Valeriano Matheus Reis Otávio Ferreira Abdalla

IMAGEM EM AÇÃO

Trabalho acadêmico apresentado junto ao Curso de Licenciatura em Artes Visuais da Pontifícia Universidade Católica de Campinas como requisito parcial para obtenção do Grau de Licenciado em Artes Visuais

Orientadora: Prof. Me. Andréia Cristina Dulianel

Campinas - SP 2015

Aos nossos familiares, professores e amigos. 3

AGRADECIMENTOS

Aos nossos familiares que nos apoiaram durante o curso, aos professores que fizeram diferença durante essa etapa acadêmica de grande importância, em especial a Prof. Me. Andréia Cristina Dulianel, pela orientação e a todos aqueles que acreditam no poder transformador da arte e a incentiva.

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RESUMO

Esse projeto visa oferecer um material didático para desenvolver atividades que abordem a fotografia de maneira abrangente e prática para alunos do Ensino Médio. Sendo a fotografia uma linguagem que necessita de recursos materiais na maioria dos casos, tais atividades envolvem um custo voltado para escolas particulares, embora possam ser financiadas por projetos de incentivo governamental para infraestrutura na rede pública. A sequência de aulas desenvolve-se por paradigmas rizomáticos, na qual o aprendizado de uma tem desdobramentos na seguinte e viceversa, enfatizando a construção de conhecimento como um constante devir que se apoia na inserção da produção dos alunos como conteúdo em potencial de estudo. Nesse

desenvolvimento

o

professor

conta

com

embasamento

teórico

e

direcionamento das questões pertinentes aos assuntos abordados pelo material do “caderno no professor” contendo informações aprofundadas do conteúdo para que possa aprimorar seus conhecimentos sobre fotografia, envolvendo dessa forma os alunos com questões relevantes para a linguagem. A fundamentação desse projeto tem sua origem nos conceitos da estética e da expressão fotográfica apresentados por François Soulages, Vilém Flusser Susan Sontag e Andrei Tarkovsky, estando estes associados a diversos autores da arteeducação como estrutura pedagógica, enfatizando os apontamentos sobre a autonomia e aplicação prática na construção do conhecimento de Célestin Freinet. Tal abordagem dá-se através de exercícios orientados, acessíveis ao aluno por meio da prática onde privilegia-se o espaço individual e a busca de seus interesses através de cada processo apresentado. Como forma de estímulo visual e de suporte para consulta, o aluno terá acesso a um material didático ilustrado e interativo de uso exclusivo para reiterar o conhecimento construído em sala de aula, possibilitando o aperfeiçoamento do olhar fotográfico, a expressão pessoal e sua aplicação no contexto social onde este está inserido. Palavras-chaves: arte educação - fotografia – processos criativos – educação visual 5

SUMÁRIO 1.OBJETIVOS …............................................................................................07 2.JUSTIFICATIVA …......................................................................................08 3.FAIXA ETÀRIA............................................................................................08 4.ESTRUTURA DO MATERIAL DIDÁTICO; PROPOSTA.............................08 4.1.MATERIAL DO ALUNO …............................................................08 4.2.MATERIAL DO PROFESSOR ….................................................11 5. PROPOSTA DE AULAS ….......................................................................12 6. AULA 01: INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA......................12 6.1. ATIVIDADE: A CAIXA PRETA; CABEÇA DE CAMÊRA….........15 7. AULA 02: METAFOTOGRAFIA…............................................................18 7.1. ATIVIDADE: PERCEPÇÂO DE TOQUE …...............................18 8. AULA 03: AGINDO FOTOGRAFICAMENTE …......................................19 8.1.ATIVIDADE: FOTO-INSTALAÇÃO............................................19 9. AULA 04: OBJETO - PRETEXTO …...............................................21 9.1 ATIVIDADE: DE QUADRO EM QUADRO….............................22 10. AULA 05: OBJETO - PROBLEMA …............................................24 10.1. ATIVIDADE: O QUE VOCÊ QUISER …................................24 11. AULA 06: OBJETO - ESSÊNCIA ….............................................26 11.1 ATIVIDADE: CAÇA FOTOGRÀFICA .....................................27 12. BIBLIOGRAFIA.............................................................................29

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1. OBJETIVOS Expor aos alunos o contexto social contemporâneo onde dá-se uma grande importância para a leitura de imagens e suas infinitas interpretações, local onde a linguagem fotográfica tem grande relevância. Conscientizar os alunos daquilo que se enxerga imageticamente é uma representação de algo e causa no ser humano uma explosão cognitiva intensa, seja ela consciente ou inconsciente. •

Exercitar o olhar do aluno em relação ao que observamos diariamente e todas suas composições imagéticas e o que elas nos transmitem.



Transpassar para alunos e professores como o campo da fotografia surgiu, sua multidisciplinaridade e seus processos desde o feitio da imagem até sua interpretação.



Incentivar a todos o uso mais vasto do campo fotográfico seja você admirador, amador ou profissional.



Debater sobre o entendimento das vertentes fotográficas e quais suas intenções.



Manifestar de modo racional utilizando a mente, os olhos e a ação, a livre expressão artística e sua ampla linguagem.



Interação entre alunos, professores, a sociedade e o meio em que habitam, o compartilhamento de ideias e o estímulo à instauração de processos de criação, vivenciando em conjunto as técnicas desta linguagem e seus experimentos.

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2. JUSTIFICATIVA O projeto visa o entendimento imagético em era de alta reprodutibilidade, exploração do campo amador e a leitura de imagens. Esses procedimentos enfatizam a fotografia como uma linguagem acessível e instigante, resignificando a visão dos alunos sobre a mesma, compreendendo suas debilidades e potenciais como algo a ser explorado, como também não ficando à deriva e complacentes com o ilusionismo de convencimento de ideias e propagandas que a utilizam como uma prova ou registro do 'real'.

3. FAIXA ETÀRIA Este material em específico destina-se a alunos do Ensino Médio.

4. ESTRUTURA DO MATERIAL EDUCATIVO; PROPOSTA Composto por um caderno direcionado ao professor e um material interativo para os alunos, coloca-se como acompanhamento das propostas a serem trabalhadas em sala de aula e fixador de conhecimentos, difundindo o campo das artes visuais e seus processos criativos direcionados a linguagem fotográfica. Contando com referências bibliográficas e iconográficas, espera-se desse material um melhor aproveitamento das aulas propostas, contando com a possibilidade de modificações e interferências de acordo com a intenção do professor e a interação da turma no processo.

4.1. MATERIAL DO ALUNO

Com objetivo impulsionar a memorização e interesse do aluno, foi escolhido o formato de “álbum de figurinhas”. Desde a introdução, cada atividade tem duas páginas correspondentes como suporte. Na primeira página será apresentado um breve texto introdutório das questões abordadas e na seguinte, um espaço 8

destinado a colar quatro figurinhas como incentivo visual das propostas que podem ser fotografias icônicas de exemplo ou o passo-a-passo de uma proposta. No final do álbum, reserva-se uma página para que o aluno possa colar a sua maneira nove das doze figurinhas fotográficas fornecidas a mais e seis páginas (relativas a quantidade de atividades) contendo um envelope do mesmo material do álbum com um recorte transparente centralizado para que possam afixar as produções realizadas. As três figurinhas restantes são destinadas a espaços indicados na capa para que colem as que mais se identificaram, personalizando o objeto. Todas essas “figurinhas” se correspondem com as apresentadas nesse artigo, bem como o texto que dá-se num resumo simplificado dos conceitos aqui abordados. 

Livro/Apostila: formatado como um “álbum de figurinhas” interativo com impressão off-set sobre papel reciclável A3 dobrado ao meio e afixado por grampos de 250gr/m2 para resistir a aplicação de cola adesiva.

Número de folhas: 15 Quantidade: 1 

Adesivo alto colante colorido de fotografia com dimensão de 5,08x3,39cm

Quantidade: 40

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4.2. MATERIAL DO PROFESSOR

Com o objetivo de auxiliar o professor para que conduza as aulas de forma eficiente, está a sua disposição um livreto com informações aprofundadas dos temas abordados presentes nesse artigo, contendo desde a introdução, uma página destinada a cada atividade com perguntas disparadoras e questões chave a serem alcançadas em cada vivência, assim como referências bibliográficas e de nomes de fotógrafos possibilitando uma imersão no conteúdo para articular as atividades com mais propriedade. A segunda página contará com o passo-a-passo ilustrado das atividades direcionadas, também presentes neste artigo. 

Livreto compacto elaborado com impressão off-set sobre papel reciclável A4 dobrado ao meio e afixado por grampos com gramatura de 90gr/m2



Exemplos de uma mesma fotográfica com revelação em mini-lab (nitrato de prata), impressão off-set de gráfica, impressão com impressora doméstica, impressão em papel couche e impressão Fine Art.

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5. PROPOSTAS DE AULAS Inicialmente junto a linguagem fotográfica, pode ser interessante ao mediador do processo de aprendizagem exemplificar aos ouvintes de como vivemos em uma sociedade totalmente voltada para a leitura de imagens e suas infinitas interpretações, conscientizando os alunos de que tudo que enxergamos imageticamente é uma representação de algo e causa no ser humano uma explosão cognitiva intensa, seja ela consciente ou inconsciente.

6. AULA 01: INTRODUÇÃO A FOTOGRAFIA É de extrema importância darmos o entendimento aos alunos sobre como a fotografia surgiu e seus princípios físicos e tecnológicos, para que, de maneira mais concreta e precisa, mais para frente possam utilizar seus recursos e esbanjar de 12

suas inúmeras vertentes, seja ela amadora ou profissional. O intuito é que seja passado inicialmente o funcionamento de uma câmara escura, o princípio da fotografia. Para tanto vamos criá-la em sala de aula, com materiais básicos – tesoura, prego ou tachinha, folha de papel branca, fita adesiva larga, pano preto e uma caixa de papelão – uma representação de como funciona o registro fotográfico. Juntamente com a execução prática deste exercício e o feitio de uma única câmara para que a integração da sala seja maior, o professor poderá contextualizar os dados básicos do início da fotografia, momento interessante para se abordar a multidisciplinariedade desta arte que teve como começo descobertas na área da física e química e seus reagentes sensíveis a luz, fazendo do processo algo de extrema importância e demonstrando que inúmeras descobertas faz da fotografia algo que não se designa a uma única pessoa em especial. Fotografia (do grego [fós] "luz", e [grafis] "estilo", "pincel") ou seja, "desenhar com luz". Por definição, é o ato de criar imagens por meio de exposição luminosa, em uma superfície sensível. A fotografia não foi criada por apenas uma pessoa, ela é composta por uma série de descobertas e invenções, ao longo do tempo. Químicos e físicos foram os pioneiros nesta técnica, com a descoberta dos processos de revelação e fixação, numa associação de iluminação e produtos químicos. Porém, a primeira fotografia que se tem registro, foi feita por Joseph Nicéphore Niépce, em 1826 na França.

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Primeira fotografia, feita por Joseph Nicéphore Niépce, em 1826 na França.

‘’ A fotografia, logo que surgiu, não era considerada arte, e atualmente ainda existe uma gama de opiniões adversas quanto a isso. Para alguns críticos, a fotografia não pode ser considerada arte por conta da facilidade que existe em produzi-la, em contrapartida, outros críticos acreditam que ela pode ser considerada como arte a partir do momento em que ela é uma interpretação da realidade, e não apenas uma cópia.’’ http://www.infoescola.com/artes/fotografia/

A câmara escura foi uma grande invenção que possibilitou a descoberta da câmera fotográfica, a partir de ensinamentos da física, pois ambas funcionam como o olho humano.

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http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2mera_escura

“Quando as imagens dos objetos iluminados penetram num compartimento escuro através de um pequeno orifício e se recebem sobre um papel branco situado a uma certa distância desse orifício, veem-se no papel, os objetos invertidos com as suas formas e cores próprias.” Leonardo da Vinci (1452-1519), in Codex Atlanticus sec.XVII

6.1. ATIVIDADE: A CAIXA PRETA; CABEÇA DE CAMÊRA Materiais: 

1 caixa de papelão



Tesoura



Prego



Folha de papel branca



Fita adesiva escura 15



Tecido preto

Método de execução: 

De um lado da caixa cole a folha de papel



Do outro lado, na parte inferior, faça um furo bem pequeno (é importante certificar-se de que a caixa seja grande o suficiente para que o furo fique posicionado acima da cabeça)

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Na parte de baixo, recorte um círculo aproximadamente do tamanho de sua cabeça



Oculte todas as frestas com a fita adesiva, por dentro e por fora, para que não entre luz

Agora é só inserir sua cabeça dentro da câmara, cobrir o pescoço com o pano preto e se posicionar de costas para um objeto ou lugar bem iluminado. Ela pode ser feita em sala de aula, ou levada pronta, com o intuito de explorá-la coletivamente com os alunos. É interessante um debate ser feito posteriormente, levantando questões sobre as imagens observadas por cada um, assim como o processo da camara escura. - Comente sobre as imagens observadas. Deu para identifica-las? O que acharam? - Vocês sabiam que a câmera fotográfica havia partido desse processo? - Qual a ligação entre arte e fotografia pra vocês? Recriada a partir de: http://fotografiaparatodos.com.br/educadores/?p=36

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7. AULA 02: A METAFOTOGRAFIA Aqui pretendemos esboçar um encontro lúdico entre os alunos e a fotografia, ainda não vinculado necessariamente ao ato fotográfico, mas que exponha a fotografia com uma coleção de vestígios, uma representação objetiva, portanto daremos enfoque na perda e na permanência dos elementos, dos vestígios daquilo que se quis fotografar, do que foi fotografado sem premeditação, do objeto em si, de um simples fenômeno, do sujeito que fotografa, do ato fotográfico, de um ponto de vista, de um enquadramento, do tratamento posterior, do material fotográfico específico, das condições técnicas, do passado do objeto, do passado da foto, do sujeito fotografado, etc.

7.1 ATIVIDADE: PERCEPÇÂO DE TOQUE No primeiro momento haverá uma discussão proposta pelo professor na qual ele pergunta a sala o que é a fotografia, como pergunta disparadora, gerando um debate com a sala inteira e anotando simultaneamente numa lousa todas essas respostas. A questão chave é utilizar essas respostas de forma a direciona-los a perceber que a fotografia não é só um objeto e que a exposição ou destino dessa 18

passa por um longo processo de elaboração que abrange desde a concepção do fotógrafo (objetivo/objeto), a realização (ato), a materialização (destino da imagem) e sua recepção em algum seguimento social (resultado). Como o objetivo e o ato do fotografo serão abordados nas atividades seguintes, o foco desta será nos diversos tipos de suporte e de exposição fotográfica. Num segundo momento os alunos utilizarão um laboratório de informática, onde serão instruídos a pesquisar na internet diferentes formas de revelação e impressão da fotografia. Como pergunta disparadora de auxílio do professor para incentivar os alunos, pode se questionar: Onde se costuma ver fotografia? De forma com que descubram vários tipos de suporte, como revistas, jornais e exposições de fotografia ou de arte. Como momento final, o professor utilizará as diferentes revelações e impressões de uma mesma fotografia disponível no material fornecido para deixar os alunos manipularem e sentirem a diferença de texturas e visualizações disponíveis, finalizando com um debate sobre suas impressões sobre a experiência

Recursos: Revelações do material do professor e laboratório de informátic

8. AULA 03: AGINDO FOTOGRAFICAMENTE Nesta atividade sugerimos a produção de uma câmara escura, como na primeira atividade, porém esta será individualizada, cada aluno fará a sua própria “máquina 19

fotográfica” e a posicionará em algum lugar da escola, de acordo com a intenção que se tem de registrar o fato. Em seguida o grupo juntamente com o docente farão um passeio entre todas as instalações e criarão um debate geral sobre cada trabalho apresentado. 8.1. ATIVIDADE: FOTO-INSTALAÇÂO Materiais: 

1 caixa de sapato



Fita adesiva



Tesoura



3 bastões (cabos de vassoura, bambu, cano de pvc...)

Método de execução: 

De um lado da caixa faça um furo aproximadamente do tamanho do seu olho. Do lado oposto corte um retângulo de aproximadamente 5cm x 3cm.



Faça um furo embaixo da caixa onde serão colocados os bastões de sua escolha

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Una-os com fita adesiva (ou barbante)



Encaixe-os no furo e fixe bem com a fita adesiva



Desta forma:

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Posicione a "máquina fotográfica" no lugar desejado e sua foto-instalação está pronta!

Atividade recriada a partir de: http://fotografiaparatodos.com.br/educadores/?p=73

Em seguida, o grupo juntamente com o docente fará um passeio entre todas as instalações e criarão um debate geral sobre cada trabalho apresentado. Questões como o enquadramento, intenção da fotografia, elementos inseridos na imagem devem ser questionados e debatidos por todos, e como é possível aprender e interagir em uma aula de fotografia, sem necessariamente a utilização de uma câmera fotográfica. 

Qual foi sua intenção ao escolher tal posicionamento da câmara? (Enquadramento, elementos na imagem, jogo de luz...)



O que achou das outras instalações?



Como o olhar fotográfico pode ser exercitado sem uma câmera?

9. AULA 04– OBJETO-PRETEXTO Aqui acontece o primeiro contato com o equipamento tradicional, afim de se produzir imagens na prática, na qual propomos a exploração do objeto pretexto. Ele envolve a escolha de um objeto ou situação para evidenciar a técnica do fotógrafo, assim, esse momento será destinado a praticar principalmente técnicas de composição da imagem e de exposição (claro/escuro) para que os alunos comecem a perceber quando uma situação é propicia ou não para uma fotografia interessante, de modo com que tenham uma base para as atividades seguintes. 22

Imagens de Referência:

Steve Mccury - Buddhism - Zhengzhou, China

Helmut Newton – Portrait of July Delphi

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Annie Leibovitz – Portrait of Natalia Vodianova

9.1. ATIVIDADE: DE QUADRO EM QUADRO Em sala de aula, o professor deve apresentar na aula a regra de três, noção básica de composição, exemplificada com imagens num projetor assim como exemplos de um mesmo enquadramento com exposições diferentes e a presença de luz e sombra na fotografia. Posteriormente os alunos terão disponíveis câmeras emprestadas que serão revezadas de semana em semana entre eles para exercitar esses exemplos no seu dia a dia, de forma com que em sala de aula os resultados obtidos sejam projetados para que as percepções sejam discutidas com todos alunos. Materiais: 

10 câmeras fotográficas



1 projetor



1 tela de projeção



1 computador com Adobe Photoshop

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10. AULA 05: OBJETO-PROBLEMA O objeto problema é a busca de um objeto conceitual imaterial por meio de um objeto particular. Já que existe uma impossibilidade de apreensão fiel da realidade por meio da fotografia como foi mencionado anteriormente, desvincularemos essa ilusão para uma busca relevante sensorial que enfatize a criação e o exercício intelectual dos alunos. Como exemplo, poderíamos dizer “o objeto problema escolhido é a alimentação”, partindo disso, não se fotografaria um sujeito alimentando-se, pois possibilitaria uma gama extensa e mais abrangente do que o tema envolve como a origem do alimento, o plantio, o fornecimento, o transporte, o comercio, a variedade cultural, dentro outros. 10.1 ATIVIDADE: O QUE VOCÊ QUISER Os alunos serão orientados a escolher um tema amplo que tenham afinidade. Na primeira aula, deverão escrever um texto enumerando tópicos de possíveis coisas 25

que encaixem no tema escolhido. Na segunda aula as câmeras serão emprestadas revezando de 15 em 15 minutos entre os alunos para que fotografem no ambiente da escola algo vinculado ao tema de sua escolha, as fotografias serão descarregadas no final da aula pelo professor. Na segunda aula, cada aluno terá sua fotografia projetada para dizer para os outros alunos o tema escolhido, os tópicos que havia enumerado relacionando com o resultado final, este também será um espaço de debate para relembrar o conhecimento adquirido nas outras atividades e a influência delas na fotografia. Posteriormente a atividade será repetida da mesma forma porém os alunos poderão praticar fora da escola com a câmera emprestada. Materiais: 

10 câmeras fotográficas



1 projetor



1 tela de projeção



1 computador com Adobe Photoshop

Imagens de referência:

Ansel Adams (fotógrafo de paisagem), The Tetons and the Snake River (1942)

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Robert Capa (fotojornalista) - Guerra Civil da Espanha (1936-1939)

Philippe Haslman (fotógrafo retratista), Dalí Atomicus (1948)

Richard Avedon (fotógrafo de moda), Dovima with the Elephants (1955)

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11.AULA 06: OBJETO - ESSÊNCIA Como atividade final direcionaremos a busca do objeto a um sentido mais de ação do que de intelecto, o que poderia se chamar de “objeto essência”. O objeto essência constitui a fábula de capturar um acontecimento característico único e escapista. Seria assim como uma caça a um momento específico na qual o fotógrafo deveria agir rápido e estar preparado pois é a soma de seu ritmo com o fluxo do que acontece ao seu redor, de modo com que ele encontre uma estrutura ao redor do que deseja retratar para que valorize o objeto em potencial.

Fotografias de referência: Henri Cartier Bresson – O instânte decisivo

Robert Doisneau – Le Baiser de l'Hotel de ville

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George Rodger - Fair Robert Stone on the 1960s

11.1 ATIVIDADE: CAÇA FOTOGRÁFICA Na primeira aula os alunos serão orientados a andar pela escola anotando situações rápidas e passageiras que viram no caminho. Ao final, deverão um de cada vez escrever na lousa o acontecimento que mais lhes chamou atenção. Serão projetadas fotografias de exemplo na lousa retirando o objeto principal da fotografia para que dar atenção a estrutura que está ao redor deste. Após finalizado, haverá um debate sobre as impressões da sala. Na segunda aula as câmeras serão emprestadas revezando de 15 em 15 minutos entre os alunos para que fotografem no ambiente da escola um momento escapista levando em consideração as técnicas aprendidas nas atividades anteriores, as fotografias serão descarregadas no final da aula pelo professor. Na segunda aula, cada aluno terá sua fotografia projetada para dizer para os outros alunos porque se interessou pelo acontecimento registrado e como fez para ressaltar o objeto central da foto. Posteriormente a atividade será repetida da mesma forma porém os alunos poderão praticar fora da escola com a câmera emprestada. Materiais: 

10 câmeras fotográficas



1 projetor



1 tela de projeção



1 computador com Adobe Photoshop 29



1 lousa com giz

BIBLIOGRAFIA TARKOVSKY, Andrei Arsenevich. Esculpir o tempo. Ediora Martins, 1998. FREINET, Célestin. Pedagogia do Bom Senso. São Paulo: Martins Fontes,1996. OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1977. CAMPANY, David; HACKING, Juliet. Tudo sobre fotografia. Editora Sextante, 2012. RAMALHO, Jose Antonio. Escola de Fotografia. Editora Elsevier, 2013. SOULAGES, François. Estética da fotografia. Senac São Paulo, 2005. FLUSSER, Vilém. A filosofia da caixa preta. Editora Annablume, 1983. SONTAG, Susan. Sobre fotografia. Companhia das Letras, 1977. BASTOS, Ana. A fotografia como retrato da sociedade. Artigo, 2014. Artigos SOSNOWSKI, Katyúscia. Fotografia na Escola: Ampliando Olhares. Artigo. 2012. BASTOS, Ana. A fotografia como retrato da sociedade. Artigo. 2014 30

WEFFORT, Madalena Freire. O registro e a reflexão do educador. São Paulo: publicação pedagógica,1992. Links: http://fotografiaparatodos.com.br/home http://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/artigo.php?id=69369& http://www.infoescola.com/artes/fotografia/ http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol8/Num2/v08n02a05.pdf http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol8/Num2/v08n02a05.pdf http://www.magnumphotos.com

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