Impacto Ambiental na Indústria de Petróleo e Gás

July 26, 2017 | Autor: Rodrigo Leal | Categoria: Petroleum geology
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Impacto Ambiental na Indústria de Petróleo e Gás (Parte II) Prof. Sandro Baptista Engenheiro Químico, D.Sc. [email protected] Universidade Estácio de Sá PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com

Impacto Ambiental

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Definição de NBR ISO 14.001/2004 É qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, dos Aspectos Ambientais da Organização.

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Definição de CONAMA 001/86 Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente, afetam: I - a saúde, a segurança e o bem estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias V - a qualidade dos recursos ambientais. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com

Classificação de Impacto Ambiental Ä Ordem do impacto: impacto primário (primeira ordem) até enésima ordem; Ä Manifestação dos seus efeitos: imediato, médio prazo ou longo prazo; O impacto primário sempre será um impacto imediato. Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Classificação de Impacto Ambiental Ä Temporalidade: temporário ou permanente; Ä Localidade: local, regional ou global; Ä Condições operacionais: normal ou acidental; Ä Natureza: positivo ou negativo.

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Impactos Ambientais da Etapa de Prospecção, Exploração e Produção

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Prospecção – Método Sísmico Com relação à pesquisa sísmica, as áreas cobertas são significativas, e mesmo as mais modernas tecnologias de geração de ondas sísmicas são potencialmente prejudiciais à biota marinha, inclusive para as espécies comerciais. O número de impulsos sísmicos executados durante a exploração de uma área de 100 km2 não é menor que 5-8 milhões. Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Método Sísmico – Canhão de Ar

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Método Sísmico

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Prospecção – Método Sísmico Os mecanismos e a manifestação dos efeitos biológicos das ondas dos sinais sísmicos sobre os organismos vivos podem diferir. diferir Os danos sobre a capacidade de orientação e de busca de alimento (efeitos indiretos) até danos em órgãos e tecidos, perturbações nas atividades motoras e morte (efeitos diretos). Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Exploração e Produção - Plataforma Ä Ancoragem da Plataforma: durante a instalação ocorre o arrasto do substrato marinho e eliminação de organismos bentônicos. Ä Presença Física da Plataforma: identifica-se o desenvolvimento de comunidades biológicas incrustantes em sua estrutura (pernas, colunas e casco) e a atração de peixes.

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Organismos Bênticos

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E&P – Perfuração dos Poços Quais são as principais fontes de contaminação? Lama de Perfuração Cascalhos

Água de Produção Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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E&P – Perfuração dos Poços

O ruído e a vibração provocados pela broca ao perfurar o solo marinho interferem com a biota local. local

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E&P - Blowout Erupção do poço é a fluência descontrolada do poço podendo causar, vazamento de óleo para o mar, incêndios e explosões com risco de lesões e morte aos trabalhadores.

(vídeo) Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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E&P – Fluido de Perfuração O que é um fluido de perfuração? São misturas de sólidos, líquidos, aditivos químicos e/ou gases. Apresenta aspecto de suspensões, emulsões ou dispersões coloidais, dependendo do estado físico de seus componentes. Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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E&P – Lama de Perfuração Ä Ä Ä Ä

Lubrificar e resfriar a broca; Limpar o poço e transportar o cascalho à superfície; Proteger e suportar as paredes do poço; Prevenir a entrada de fluidos da formação para dentro do poço; Ä Trazer à superfície informações a respeito das formações perfuradas.

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E&P – Lama de Perfuração Ä Bentonita (argilo-mineral): regula a viscosidade ótima do fluido; Ä Barita (sulfato de bário): regula e controla a pressão hidrostática do poço; Ä Controladores de pH: evita a corrosão e estabiliza as emulsões na lama ; Ä Biocida; Ä Dispersantes, defloculantes e emulsionantes; Ä Lubrificantes (Hc estáveis e tóxicos); Ä Inibidores de corrosão. Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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E&P – Lama de Perfuração Os fluidos de perfuração diferenciam-se quanto a sua base: Água Óleo Sintética Aerada

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Lama de Perfuração à Base de Óleo São altamente tóxicas e se biodegradam lentamente nas condições anóxicas que são encontradas no ambiente submarino. O cascalho descartado ao mar, onde foi utilizada lama à base de óleo, tende a se aglomerar em “placas”.

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Lama de Perfuração à Base de Óleo Ä Bioacúmulo de Hc em tecidos de peixes e invertebrados; Ä Alterações fisiológicas em peixes; Ä Redução do nível de oxigênio; Ä Sufocamento do bentos devido ao recobrimento físico pelo cascalho.

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Lama de Perfuração à Base Sintética Oferece menor toxicidade. Os sintéticos são muito utilizados em áreas marítimas onde é proibido o descarte de cascalho quando se perfura com lamas à base de óleo.

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Cascalhos O volume de cascalho gerado por um poço varia de acordo com sua profundidade, diâmetro, características geológicas das formações perfuradas e tipo de fluido utilizado. 1 Poço ≈ 200 a 1.000 toneladas de cascalho Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Cascalhos Quanto maior a lâmina d’água de operação, maior a extensão da área afetada e mais baixa a concentração de cascalhos assentados no fundo do mar. Lama à base de água ð até 100 m Lama à base de óleo ð até 800 m Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Cascalhos Alguns fluidos de perfuração podem permanecer por anos dentro das pilhas submarinas. Considera-se como “boa prática” em águas brasileiras o descarte de cascalho com até 10% de fluido aderido. Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Cascalhos

A quantidade de óleo residual presente nos cascalhos é bastante maior quando são utilizadas lamas à base de óleo.

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Cascalhos

O principal impacto ambiental proveniente de seu descarte se dá sobre o bentos, ou seres que vivem no fundo do oceano.

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Cascalhos Quais são os impactos sobre a comunidades bênticas locais pela presença de cascalhos no mar? Ä Morte por asfixia e/ou soterramento; Ä Intoxicação por contaminação componentes dos fluidos de perfuração.

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Areia Uma outra fonte de poluição por óleo é a areia extraída junto com os hidrocarbonetos. A quantidade de areia produzida pode variar bastante, em função das regiões, e mesmo durante a produção numa mesma área. Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Água de Produção É produzida durante a recuperação de gás natural e óleo cru em operações onshore e offshore. É considerada o rejeito de maior volume durante o processo de exploração e produção de petróleo.

É também denominada de água de formação, água associada ao petróleo ou efluente salino. Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Água de Produção É uma mistura complexa de materiais orgânicos e inorgânicos. A quantidade e a qualidade da água de produção gerada varia de acordo com o método de recuperação, com a idade do campo produtor e com a natureza da formação.

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Água de Produção A água da formação e a salmoura são extraídas juntamente com o petróleo do gás. A água de injeção é bombeada em grandes volumes nos poços de injeção com o objetivo de manter a pressão do reservatório e empurrar os hidrocarbonetos para os poços de produção. Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Injeção de Água

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Água de Produção Óleo Disperso e Dissolvido

ÁÁgua gua de de Produ ção Produção

Produtos Químicos

Metais Pesados

Sais Minerais Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Água de Produção A água de produção precisa ser tratada antes de ser lançada no mar. Em geral, as misturas água-petróleo são transportadas por dutos até unidades de separação em terra. A água de produção pode chegar a mais de 90% dos líquidos extraídos de um poço. Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Água de Produção A água de produção pode ser tratada por filtragem e processos biológicos. O volume de água de produção aumenta proporcionalmente à medida que a produção caminha do início para o final da vida útil do poço. Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Água de Produção Em geral, onshore, é reintroduzida no poço para auxiliar a criar pressão suficiente para extração. Em alto-mar, é raramente reaproveitada, mas deve ser transportada para o continente para tratamento. Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Outras Formas de Impacto ... Descarte de Esgoto Sanitário Pré-tratado: tratado Identificado como um impacto positivo, tendo em vista o enriquecimento da água marinha com nutrientes, que serão utilizados como substrato pelas comunidade bentônicas.

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Outras Formas de Impacto ... Descarte de Água Aquecida no Mar: Dinamismo da região oceânica, como é o caso do bloco-base, colabora para que rapidamente a temperatura do efluente e do corpo receptor se equiparem.

Resolução CONAMA 20/86 Temperatura máxima de 40°C. Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Outras Formas de Impacto ... Descarte de Resíduo Oleoso no Mar: Proveniente da limpeza do convés, de equipamentos ou da água da chuva contaminada com resíduos oleosos. Resolução CONAMA 20/86 Teor O&G < 20 ppm (em vol.) Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Outras Formas de Impacto ... Descarte de Resíduo Alimentar: Os resíduos alimentares gerados à bordo devem ser triturados antes de serem descartados ao mar. É permitido a mais de 22 km da costa. Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Outras Formas de Impacto ... Vazamentos Acidentais de Óleo: Ocorrem tanto da plataforma de perfuração quanto das embarcações de apoio. Alterações físico-químicas e biológicas na qualidade da água do mar, provocando prejuízos a organismos e habitats sensíveis (video) Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Outras Formas de Impacto ... Emissões Atmosféricas: ricas A partir da queima de óleo combustível dos motores e durante os testes de formação, quando é permitida a queima de óleo e gás para analisar o reservatório.

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E&P – Emissões Atmosféricas Em geral, o gás natural quando não é separado e processado para uso, é queimado no próprio poço, e assim libera poluentes perigosos na atmosfera.

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E&P – Emissões Atmosféricas

Emissões fugitivas de gases oriundos de operações de carga/descarga e armazenamento.

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E&P – Emissões Atmosféricas Queima do gás natural produzido em flares é a fonte mais significativa de emissões atmosféricas. Acima de 25% do gás natural é queimado em flares. Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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Queima do Gás

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E&P – Emissões Atmosféricas Na etapa de E&P, os principais gases emitidos incluem CO2, CO, CH4, Nox, H2S e compostos orgânicos voláteis. Desde a queima do GN nos flaires até a dos combustíveis em equipamentos. Prof. Sandro Baptista – Curso de Férias

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