Importancia da abordagem familiar na Hipertensão Arterial

May 25, 2017 | Autor: Nuno Basilio | Categoria: Patient-Centered Care, Hypertension
Share Embed


Descrição do Produto

ISSN: 1646-8287

43

E RISCO CARDIOVASCULAR

REVISTA PORTUGUESA DE

HIPERTENSÃO

NÚMERO



Hipertensão Arterial e Densitometria Óssea: que Relação?



Importância da Avaliação Familiar na Hipertensão Arterial

Osteoporose: Fator de Risco para a Hipertensão Arterial

• Poluição Atmosférica e Hipertensão • Como Identificar Doença Arterial Coronária em Doentes Hipertensos Assintomáticos?

• Valores-Alvo de Pressão Arterial para Doentes com Doença Renal Crónica •

Resumos do 8º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global

AF_poster_hipertensao2015 ter a-feira, 21 de Janeiro de 2014 11:22:23

SETEMBRO/OUTUBRO 2014

capa_SET.indd 1

10/10/2014 6:14:27 PM

; s s o : s 3 e a -

ÍNDICE

6

ARTIGO ORIGINAL

• Hipertensão Arterial e Densitometria Óssea: que Relação? Osteoporose: Fator de Risco para a Hipertensão Arterial • High Blood Pressure and Bone Densitometry: which Relationship? Osteoporosis: Risk Factor for High Blood Pressure

10

ARTIGO ORIGINAL

• Importância da Avaliação Familiar na Hipertensão Arterial • The Relevance of a Family-Oriented Approach in Hypertension

12

CLINICAL PRACTICE NEWSLETTERS

• Poluição Atmosférica e Hipertensão • Como Identificar Doença Arterial Coronária em Doentes Hipertensos Assintomáticos? • Valores-Alvo de Pressão Arterial para Doentes com Doença Renal Crónica

24

RESUMOS



Revista Médica Bimestral, excluída de registo no ICS de acordo com a alínea a) do art. 12 do D. R. nº 8/99 de Junho de 1999.

N.ºs avulsos: 10€ Assinatura anual: 35€ Tiragem: 5.000 exemplares Depósito legal: 265384/07 Propriedade:

ISNN 1646-8287

Av. Bombeiros Voluntários, n.º 52, Loja 8 Sala G

FICHA TÉCNICA

Grande Mensagem, Edições e Publicidade, Lda.

• 8º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Global 8th International Meeting on Hypertension and Global Cardiovascular Risk

1495-022 Algés Tel: 91 439 81 85 Fax: 21 357 90 21 E-mail: [email protected] Design gráfico: Inês Almaça Tlm: 91 485 46 00 E-mail: [email protected]

Impressão: CMYKGLOSS Impressores, Lda. Estrada de Barros, Elospark, Pav. 6 2725-193 Algueirão - Mem Martins Tel: 21 926 15 97/8 Fax: 21 926 15 99 E-mail: [email protected]

SETEMBRO/OUTUBRO 2014

capa_SET.indd 3

3

10/10/2014 6:14:28 PM

EDITORIAL

Editor Chefe / Editor-in-Chief Prof. J. Braz Nogueira Editor Adjunto / Deputy Editor Dr. Vitor Ramalhinho Conselho Científico Nacional e Internacional National and International Scientific Board Prof. Manuel Carrageta Prof. Ricardo Seabra Gomes Prof. Luís Martins Prof. Fernando Pádua Prof. Gorjão Clara Prof. Pereira Miguel Prof. Martins Prata Prof. José Barbas Prof. Rocha Gonçalves Prof. Victor Gil Prof. Luciano Ravara Prof. Salgado Borges Prof. Rui Carrapato Prof. Jose Juanatey Prof. Josep Redon Prof. Fernando Nobre Prof. Pinto Carmona Prof. Agostinho Monteiro Prof. Massano Cardoso Prof. Luz Rodrigues Prof. Jorge Polónia Prof. Manuel Bicho Prof. José Luís Medina Prof. Davide Carvalho Prof. Luís Sobrinho Dr. Alcindo Maciel Barbosa Dr. João Saavedra Dr. Oliveira Soares Dr. Soares Franco Dr. Vital Morgado Dr. Mariano Pego Dr. Rasiklal Ranchhod Dr. Lacerda Nobre Dr. Pastor Santos Silva Dr. António Jara Conselho Redactorial / Editorial Board Prof. Pinto Carmona Prof. Agostinho Monteiro Prof. Massano Cardoso Prof. Jorge Polónia Prof. Manuel Bicho Prof. José Luís Medina Prof. Davide Carvalho Dr. Luís Calçada Correia Dr. José Nazaré Dr. Jorge Cotter Dra. Teresa Fonseca Dr. João Maldonado Dr. Carlos Moreira Dr. Mesquita Bastos Dr. José Alberto Silva Dra. Paula Amado Dra. Paula Alcântara Dra. Teresa Rodrigues Dr. Pedro Marques da Silva Dr. Fernando Pinto Dr. Pedro Guimarães Cunha

4

EDI TORI A L Dep ois de t er mos p u bl ic ado a t r adu ç ão das ú l t imas G uid elin es da S o ciedade E u ro p eia de Hip er t ensão/ S ociedade E u rop eia de Cardio l o gia, tr adu ç ão da resp onsabil idade da Dire c ç ão da no ssa S ociedade, iniciámos a gor a a p u bl ic aç ão de t r adu ç ões das Ne w slette rs da S o ciedade E u ro p eia d e Hip er t ensão qu e f o r am el abor adas d esde 2012. S ão do cu ment os imp ortant es qu e abordam t emas do maio r int eresse, no vos o u qu e merecer am act u al iz aç ão e qu e ju l gamo s const itu i r ão f ont e de inf or maç ão p r iv il egiad a e concisa, c ar act er íst ic as est as bem e videnciadas nos 3 agor a p u bl ic ados. Al ém de p rossegu ir mo s a div u l gaç ão de resu mo s de comu nic aç ões, de t emas de mesas-redondas ou de conf erências do no sso ú l t imo Congre sso, dest ac amo s o ar t igo da au t o r ia d e Ar mindo Ribeiro, Manu el Bic ho e Már io Masc arenhas em qu e se discu t e a e vent u al rel aç ão ent re H TA e o st eo p o rose av al iada p o r densit omet r ia sendo cu r iosa a hip ó t ese do p ot encial ef eit o da p ar at o r mona não s ó na p erda da massa ó ssea como na el e v aç ão t ensor ial . F i na l ment e o c aso c l ínico ap resent ado p o r Nu no Basíl io e co l ab., do agr u p ament o do Cent ro de S aú de de Lisbo a Ocident al e Oeir as, e v idencia a i m p or t ância du ma det al hada hist ór ia famil iar na av al iaç ão dos doent es h i per t enso s em p ar t icu l ar no qu e diz resp eit o à cont r ibu iç ão qu e o amb i e n t e famil iar p oder á t er como fact o r de su p o r t e o u p romo t o r da doenç a. A t er minar est e edit o r ial reco rdamos desde já a dat a do no sso p róximo C ongresso Por t u gu ês de Hip er t ensão e Risco Cardio v ascu l ar em V il amou r a: 2 6 de Fe vereiro a 1 de Març o de 2015, f a z endo vot os p ar a qu e t enha o êxit o do s ant er io res.

J. Br az Nogu eir a

SETEMBRO/OUTUBRO 2014

capa_SET.indd 4

10/10/2014 6:14:29 PM

A RTIGO ORIGIN A L ORIGIN A L A RTICLE

HIPERTENSÃO ARTERIAL E DENSITOMETRIA ÓSSEA: QUE RELAÇÃO? OSTEOPOROSE: FATOR DE RISCO PARA A HIPERTENSÃO ARTERIAL HIGH BLOOD PRESSURE AND BONE DENSITOMETRY: WHICH RELATIONSHIP? OSTEOPOROSIS: RISK FACTOR FOR HIGH BLOOD PRESSURE Armindo Sousa Ribeiro1, Manuel Bicho2, Mário Rui Mascarenhas3 Interno do Complementar de Medicina Interna, Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, Santiago do Cacém; Doutorando em “Doenças Metabólicas e Comportamento Alimentar”, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal 2 Laboratório de Genética, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Instituto Rocha Cabral, Lisboa, Portugal 3 Clínica de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo de Lisboa, Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE, Hospital Santa Maria, Lisboa, Portugal

1

Com o objetivo de avaliar a relação entre a diminuição da massa óssea e a hipertensão, fezse a medição da massa óssea, por densitometria bifotónica (DEXA) num grupo de 547 doentes com o diagnóstico de hipertensão arterial, dos quais 74,9% do sexo feminino. Determinou-se o Índice Massa Corporal (IMC, Kg/m2) e a densidade mineral óssea (DMO, g/cm2). Doseou-se a paratormona (PTHi) num subgrupo de 287 doentes. O índice T qualificou a DMO em subgrupos de DMO normal, osteopenia e osteoporose, comparando com populações de referência. Os dados foram diferenciados estatisticamente pelo teste One-Way Anova. A osteoporose foi detetada em 38,8% das mulheres e em 19,0% dos homens. À semelhança de outros estudos, os doentes, de ambos os sexos, com osteoporose eram mais idosos, com IMC mais baixo e de menor estatura. A PTHi estava aumentada (P 12 m / seg [4, 5].

Rim

Taxa de filtração glomerular A insuficiência renal, avaliada pela taxa de filtração glomerular (EGFR),

SETEMBRO/OUTUBRO 2014

Newsletters_SET.indd 16

10/10/2014 6:30:17 PM

usando a fórmula MDRD abreviado ou a fórmula de Cockcroft-Gault, está relacionada com risco de eventos CV [4, 5, 16]. Numa população de hipertensos, a taxa de filtração glomerular entre 15-59 ml/min/1.73 m2 associase a um risco acrescido de eventos CV em 66%, mesmo após o ajuste para HVE e outras variáveis de confusão [16]. No estudo ADVANCE, a um decréscimo de 50% na taxa de filtração glomerular associou-se um aumento em 2,2 vezes do risco de evento CV, o que está em concordância com as conclusões do estudo VALUE relativamente ao valor preditivo da taxa de filtração glomerular [4, 5, 17]. Microalbuminúria Na hipertensão arterial a microalbuminúria, mesmo nos valores abaixo dos limiares estabelecidos (ratio albumina / creatinina 7,5% tinham uma taxa anual de eventos CV de 3,2% [21]. Este teste tem uma elevada sensibilidade (85-90%) e especificidade (70%), comparável ao ecocardiograma de stress (Eco-stress), havendo até estudos que caracterizam a CPM com uma sensibilidade superior ao Eco-stress [8, 22, 23]. Apesar destes factos a CPM por causa da duração do exame, do custo e da exposição à radiação, poderá não ser competitiva para a avaliação dos doentes hipertensos assintomáticos [7].

Ecocardiograma de stress (Eco-stress)

O Eco-stress não está indicado nos hipertensos assintomáticos de baixo e médio risco, a menos que a prova de esforço, nos de médio risco seja positiva, duvidosa, sub-máxima ou inconclusiva [3,7]. O Ecocardiograma de stress pode ser efectuado através de formas dinâmicas, que inclui a

prova de esforço e o cicloergómetro, ou através do uso de fármacos, como a dobutamina e o dipiridamol [24]. Este teste de diagnóstico é altamente dependente da experiência do operador e da qualidade das imagens adquiridas [24]. A presença de uma má janela acústica impede a execução desta técnica. As contra indicações para o uso do dipiridamol e da adenosina, incluem a presença de perturbações severas da condução intraventricluar e a presença de doença pulmonar. Ainda no caso da dobutamina, como esta provoca, na maioria dos doentes, um aumento da pressão arterial sistólica, deve ser usada com racionalidade no doente hipertenso [24]. Vários estudos têm demonstrado que o ecocardiograma de stress apresenta um excelente valor prediditvo no doente hipertenso [22, 23, 25] e a dobutamina em comparação com o dipiridamol oferece melhor acuidade de diagnóstico. Para além disso, em doente com um teste de esforço com infra desnivelamento de ST, o ecocardiograma de stress tem uma maior especificidade do que a cintigrafia de perfusão miocárdica [3, 23], e nos doentes com HVE, bloqueio de ramo direito o dipiridamol é o que apresenta melhor precisão diagnóstica [22, 23]. A baixa sensibilidade do dipiridamol, para a presença de uma doença de 1 só vaso, poderá ser ultrapassada com o uso associado do protocolo de atropina [8]. Perante um ecocardiograma de stress negativo é expectável que as artérias coronárias estejam normais ou apresentem uma doença coronária mínima com um prognóstico benigno, pelo que a coronariografia não está indicada.

A tomografia computadorizada com score coronário de cálcio

A avaliação do score de cálcio coronário deverá ser considerada: em doentes hipertensos assintomáticos com médio e alto risco CV, em homens com mais de 40 anos e em mulheres com mais de 50 anos [7]. Doentes de risco médio, com um score de cálcio coronário elevado (> 300) têm um risco acrescido de morte cardíaca ou de enfarte agudo do miocárdio de 2,8% [7]. Contudo, devido ao risco da radiação, e avaliando o custo / benefício, este exame não está muito indicado neste tipo de doentes hipertensos.

Algoritmo para a identificação de DC em hipertensos assintomáticos: uma abordagem em três etapas (Figura 1)

Primeiro passo: classificação do risco CV Para uma correcta avaliação de um doente hipertenso assintomático, relativamente à presença de DC significativa, é necessária uma boa história clínica e um exame físico. Para além disso, deve ser feito um ECG, bem como um ecocardiograma de repouso em paralelo com uma pesquisa de lesões de órgãos-alvo de acordo com as recomendações actuais [4,5]. Com base no exposto, o doente será classificado em baixo, médio, ou alto / muito alto risco. Segundo passo: testes funcionais para DC Nos indivíduos de baixo risco mais nenhum exame deverá ser considerado. Para os doentes de médio e alto risco, deve ser feita uma prova de esforço de acordo com os critérios estabelecidos [20]. Nos restantes doentes, um ecocardiograma de stress, ou uma cintigrafia de perfusão miocárdica deverão ser considerados como o 1º passo. Perante um teste negativo para isquemia, o doente deverá manter a sua terapêutica, não sendo necessário a execução de outros exames. Perante um teste de isquemia positivo deverá ser submetido a uma coronariografia. Terceiro passo: a angiografia coronária Na pequena fracção de doentes referenciados para a angiografia coronária, se se encontrar doença coronária epicárdica significativa deverá ser tentada uma estratégia de revascularização com vista a melhoria do prognóstico CV.

SETEMBRO/OUTUBRO 2014

Newsletters_SET.indd 17

17

10/10/2014 6:30:17 PM

EUROPEAN SOCIET Y OF YPERTENSION EUROPEAN SOCIETY OFHHYPERTENSION CLINICAL PRACTICE NEWSLETTERS CLINICAL PRACTICE NEWSLETTERS

Doentes hipertensos assintomáticos Exame clínico, ECG e despiste de LOA Estratificação do Risco cardiovascular Baixo Risco

Médio ou Alto/Muito Alto Risco Prova de esforço de acordo com os critérios de inclusão de exclusão

Conclusão Conclusão

O objectivo da identificação precoce da da doença coronária nos O objectivo da identificação precoce doença coronária nosdoentes doentes hipertensos assintomáticos temtem como objectivo uma melhoria hipertensos assintomáticos como objectivo uma melhoriadadaqualiqualidadedade de vida e doe prognóstico CV.CV. Esta estratégia ajuda o médico de vida do prognóstico Esta estratégia ajuda o médicoa atomar tomar decisões baseadas na evidência, relativamente a mudança dodoestilo decisões baseadas na evidência, relativamente a mudança estilodedevida vida e e a intervenção farmacológica, optimizar a a intervenção farmacológica,dedeforma formaaaminorar minorar risco risco CV, CV, ee aa optimizar a abordagem cardiológica. de baixo abordagem cardiológica.Por Poroutro outrolado, lado,seseum umdoente doente éé considerado considerado de baixorisco risco CV para DC, é necessário nenhum exame fimpoupar de CV para DC, nãonão é necessário maismais nenhum exame a fima de poupar recursos. Nada invalida que se deva diminuir os factores dee recursos. Nada invalida que se deva tentartentar diminuir os factores de risco, risco,por e por outro lado o recurso a testes de isquemia poderá melhorar a outro lado o recurso a testes de isquemia poderá melhorar a adesão do adesão do doente. Por último, nosdecasos de coronária doença coronária significativa a doente. Por último, nos casos doença significativa a revascularrevascularização pode melhorar, longo oprazo, o prognóstico. ização pode melhorar, a longoaprazo, prognóstico.

Nenhum teste subsequente

Positivo para isquemia Eco de stress ou cintigrafia (de acordo com disponibilidade e experiência laboratoriais)

Fig 1. Algoritmo simplificado de diagnóstico para a identificação de doença coronária em doentes hipertensos assintomáticos

Negativo para isquemia

Positivo para isquemia Angiografia coronária Revascularização coronária e intensificação da terapêutica

Referências Referências

STdepression segment depression during 24 hlong-term ambulatory ECG recording. Results during 24 h ambulatory ECGlong-term recording. Results from prospective from prospective study ‘Men in 1914’, from Sweden. Eur 1. Kearney PM,PM, Whelton M,M, Reynolds burdenofofhypertension: hypertension: analypopulation studypopulation ‘Men born in 1914’, fromborn Malmö, Sweden. Eur Malmö, Heart J 1989; 10: 149–158. 1. Kearney Whelton ReynoldsK, K,et et al. al. Global Global burden analysis of Heart J 1989;EA, 10:Raxwall 149–158. sis ofworldwide worldwide data. Lancet 2005; 217–223. 15. Ashley V, Froelicher V. An evidence-based review of the resting electrocardata. Lancet 2005; 365: 365: 217–223. 15.diogram Ashley as EA, Raxwalltechnique V, Froelicher V. An evidence-based review the44: resting 2. Tardif JC. JC. Coronary artery EurHeart HeartJ 2010; J 2010; 2–10. a screening for heart disease. Prog Cardiovasc Dis of 2001; 55–67. 2. Tardif Coronary arterydisease disease in in 2010. 2010. Eur 12:12: 2–10. electrocardiogram as a screening technique for heart disease. Prog Cardiovasc Dis 3. Picano E, Palinkas A, Amyot R. Diagnosis of myocardial ischemia in hyperten16. Tsioufis C, Vezali E, Tsiachris D, et al. Left ventricular hypertrophy versus chronic kidney 3. Picano E, Palinkas A, Amyot R. Diagnosis of myocardial ischemia in hypertensive patients. 2001; 44: 55–67. sive patients. J Hypertens 2001; 19: 1177–1183. as predictors of cardiovascular events in hypertension: a Greek 6-year-follow-up J Hypertens 2001; 19: 1177–1183. 16.disease Tsioufis C, Vezali E, Tsiachris D, et al. Left ventricular hypertrophy versus 4. Mancia G, Laurent S, Agabiti-Rosei E, et al. Reappraisal of European guidelines study. kidney J Hypertens 2009; 744–752.of cardiovascular events in hypertension: a 4. Mancia G, Laurent S, Agabiti-Rosei E, et al. Reappraisal of European guidelines on chronic disease as 27: predictors on hypertension management: a European Society of Hypertension Task Force 17. Ruilope LM, Zanchetti A, Julius S, et al. Prediction cardiovascular outcome by estihypertension management: a European Society of Hypertension Task Force document. J Greek 6-year-follow-up study. J Hypertens 2009; 27:of744–752. document. J Hypertens 2009; 27: 2121–58. glomerular filtration rate and estimated clearance in the high-risk hypertenHypertens 2009; 27: 2121–58. 17.mated Ruilope LM, Zanchetti A, Julius S, et al. creatinine Prediction of cardiovascular outcome by 5. Mancia G, De Backer G, Dominiczak A, et al. 2007 Guidelines for the Managesion population of thefiltration VALUE trial. J Hypertens 2007; 25: 1473–1479. Mancia G, De Backer G, Dominiczak et al.for 2007 for theofManagement estimated glomerular rate and estimated creatinine clearance in the highment5.of Arterial Hypertension: The TaskA, Force theGuidelines Management Arterial of risk18. hypertension population the VALUE J Hypertens 25:and 1473–1479. Tsioufis C, Dimitriadis K, of Andrikou E, et al.trial. ADMA, C-reactive2007; protein, albuminArterial Hypertension: The Task Force for the Management of Arterial Hypertension of the European Society of Hypertension (ESH) and Hypertension of the Euro- of 18.uria Tsioufis C, Dimitriadis K, Andrikoua cross-sectional E, et al. ADMA, protein, and55: alin untreated essential hypertension: study.C-reactive Am J Kidney Dis 2010; European Society of Hypertension (ESH) and2007; of the25: European Society of Cardiology peanthe Society of Cardiology (ESC). J Hypertens 1105–1187. buminuria in untreated essential hypertension: a cross-sectional study. Am J Kidney 6. Ferket BS, Genders 2007; TS, Colkesen EB, et al. Systematic review of guidelines on 1050–1059. (ESC). J Hypertens 25: 1105–1187. 2010; 55: 1050–1059. imaging of asymptomatic coronary J Am review Coll Cardiol. 2011; Froelicher VF, Lehmann KG, Thomas R, et al. The electrocardiographic exercise test in a 6. Ferket BS, Genders TS, Colkesenartery EB, etdisease. al. Systematic of guidelines on57: imaging of Dis19. 19.population Froelicherwith VF,reduced Lehmann KG,bias: Thomas R, etperformance, al. The electrocardiographic exercise 1591–1600. workup diagnostic computerized interpretation, asymptomatic coronary artery disease. J Am Coll Cardiol. 2011; 57: 1591–1600. test in a population with reduced workup bias: diagnostic performance, comput7. Greenland P, Alpert JS, Beller GA, et al. 2010 ACCF/AHA guideline for assessand multivariable prediction. Ann Intern Med 1998; 128: 965–974. 7. Greenland P, Alpert JS, Beller GA, et al. 2010 ACCF/AHA guideline for assessment of erized interpretation, and multivariable prediction. Ann Intern Med 1998; 128: mentcardiovascular of cardiovascular in asymptomatic adults:ofathe report of theCollege American Col20. Gibbons RJ, Balady GJ, Bricker JT, et al. A report of the American College of Cardiolrisk in risk asymptomatic adults: a report American of Cardiology 965–974. lege of Cardiology Foundation/American Heart Association Task Force on Practice ogy/American Task (Committee to Update Foundation/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll 20. Gibbons RJ, Heart BaladyAssociation GJ, Bricker JT,Force et al.onAPractice report Guidelines of the American College of Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2010; 56: e50–e103. the 1997 Exercise Testing Guidelines). J AmTask CollForce Cardiol 40: 1531–1540. Cardiol. 2010; 56: e50–e103. Cardiology/American Heart Association on2002; Practice Guidelines (Com8. Agabiti Rosei E, de Simone G, Mureddu G, et al. Arterial hypertension and car21. Zellweger MJ, Hachamovitch R, Kang X, etGuidelines). al. Threshold,J incidence, predictors Agabiti Diagnostic Rosei E, de Simone G, Mureddu G, et al. Arterial hypertension cardiac mittee to Update the 1997 Exercise Testing Am Colland Cardiol 2002;of diac 8. damage. and therapeutic guidelines. High Blood Press and Cardiovasc Diagnostic and therapeutic guidelines. High Blood Press Cardiovasc Prev 2008; 15: 40:prognostically 1531–1540. high-risk silent ischemia in asymptomatic patients without prior diagnosis of Prevdamage. 2008; 15: 141–170. artery J Nucl Cardiol 2009; X, 16:et 193–200. 141–170. S, Al Suwaidi J, Higano ST, et al. Attenuated coronary flow reserve and 21.coronary Zellweger MJ,disease. Hachamovitch R, Kang al. Threshold, incidence, and predic9. Hamasaki tors22.ofPicano prognostically high-risk silent ischemia in asymptomatic patients without E. Microvasculopatia coronarica: sindrome X, cardiomiopatia ipertrofica, iperten9. Hamasaki S, Al in Suwaidi J, Higano ST, et al. Attenuated coronary flow reserve and vascular vascular remodeling patients with hypertension and left ventricular hypertrophy. J diagnosis disease. J Nucl Cardiol 2009; 16: 193–200. sione arteriosa.ofIn:coronary Picano Eartery (ed), Stress echocardiography. Ecocardiografia da stress. Springer in patients with hypertension and left ventricular hypertrophy. J Am Coll Cardiol prior Am remodeling Coll Cardiol 2000; 35: 1654–1660. 22.Verlag, PicanoMilan E. Microvasculopatia coronarica: sindrome X, cardiomiopatia ipertrofica, 10. Laine H, 1654–1660. Raitakari OT, Niinikoski H, et al. Early impairment of coronary flow 2004: 355. 2000; 35: arteriosa. E et (ed), Stress echocardiography. reserve young men with borderline J Am Coll of Cardiol 1998; 23. Kymes SM, Bruns In: DE,Picano Shaw LJ, al. Anatomy of a meta-analysis:Ecocardiografia a critical review of 10. in Laine H, Raitakari OT, Niinikoskihypertension. H, et al. Early impairment coronary flow 32: reserve in ipertensione da stress. Springer Verlag, Milan 2004: 355. 147–53. “exercise echocardiography or exercise SPECT imaging? A meta-analysis of diagnostic test young men with borderline hypertension. J Am Coll Cardiol 1998; 32: 147–53. 23. Kymes SM, Bruns DE, Shaw LJ, et al. Anatomy of a meta-analysis: a critical 11. Tsiachris D, D, Tsioufis K,etetal. al.Relation Relation Impaired Coronary performance”. J Nucl Cardiol 2000; 7: 599–615. 11. Tsiachris TsioufisC,C,Dimitriadis Dimitriadis K, of of Impaired Coronary Microcirculareview of “exercise echocardiography or exercise SPECT imaging? A meta-analysis Microcirculation to Increased Urine Albumin Excretion in Patients With Systemic 24. Sicari R, Nihoyannopoulos P, Evangelista A, et al. Stress echocardiography expert consention to Increased Urine Albumin Excretion in Patients With Systemic Hypertension and No of diagnostic test performance”. J Nucl Cardiol 2000; 7: 599–615. Hypertension and No Epicardial Coronary Arterial Narrowing. Am J Cardiol 2012 statement: European Association of Echocardiography (EAE)echocardiography (a registered branch of the Epicardial Coronary Arterial Narrowing. Am J Cardiol 2012 Jan 3 [Epub ahead of print]. 24.sus Sicari R, Nihoyannopoulos P, Evangelista A, et al. Stress Jan 3 [Epub ahead of print]. ESC). Eur J Echocardiogr 9: 415–437. 12. Cohn P, Fox Daly. Silentmyocardial myocardial ischemia. 2003; 108:108: 1263–1277. expert consensus statement:2008; European Association of Echocardiography (EAE) (a 12. Cohn P, Fox K, K, Daly. Silent ischemia.Circulation Circulation 2003; 25. Bigi branch R, Bax JJ,ofvan RT. JSimultaneous echocardiography and myocardial perfu13. Fleg J, Kennedy H. Long term prognostic significance of ambulatory electrocardiographic registered theDomburg ESC). Eur Echocardiogr 2008; 9: 415–437. 1263–1277. photon emission computed tomography associated with dobutamine findings in apparently healthy subjects greater or equal to 60 of years of age. AmelectrocarJ Cardiol 1992; 25.sion Bigisingle R, Bax JJ, van Domburg RT. Simultaneous echocardiography and stress myo-to 13. Fleg J, Kennedy H. Long term prognostic significance ambulatory cardial perfusion single photon emission computedand tomography with predict long-term cardiac mortality in normotensive hypertensiveassociated patients. J Hypertens 70: 748–751. diographic findings in apparently healthy subjects greater or equal to 60 years of age. stress to predict long-term cardiac mortality in normotensive and 2005; 23: 1409–1415. Hedblad B, Juul-Möller S, Svensson K, et al. Increased mortality in men with ST segment dobutamine Am 14. J Cardiol 1992; 70: 748–751. hypertensive patients. J Hypertens 2005; 23: 1409–1415. 14. Hedblad B, Juul-Möller S, Svensson K, et al. Increased mortality in men with

18

42

SETEMBRO/OUTUBRO 2014

SETEMBRO/OUTUBRO 2014

Newsletters_SET.indd 18

10/10/2014 6:30:17 PM

s

e –158. ocar7. kidney p

tierten-

min55:

t in a tion,

iolpdate

of sis of

rtenpringer

of test

onsenof the

erfuo tens

VALORES-ALVO DE PRESSÃO ARTERIAL PARA DOENTES COM DOENÇA RENAL CRÓNICA Pantelis A. Sarafidis1, Luis M. Ruilope2 1 2

2013; 14: NO 55

Section of Nephrology and Hypertension, 1st Department of Medicine, AHEPA University Hospital, Thessaloniki, Greece Hypertension Unit de, Hospital 12 de Octubre, Madrid, Spain

Introdução

A Hipertensão arterial é um factor de risco major para o aparecimento e progressão da doença renal crónica (DRC) e pode ser também uma consequência de lesão renal [1]. Vários estudos observacionais mostraram uma forte relação entre pressão arterial (PA) elevada e risco aumentado de deterioração da função renal ou progressão para doença renal terminal (DRT) em doentes com e sem diabetes, enquanto que em ensaios clínicos aqueles doentes que atingiram valores de PA abaixo do limiar convencional tiveram melhor sobrevida renal [1,2]. Assim, durante mais de uma década guidelines relevantes recomendaram um valor alvo de PA < 125/75 para doentes com proteinúria > 1 gr/dia [2-5], apesar da evidência proveniente de ensaios com eventos renais graves, que incluíssem doentes randomizados para diferentes valores alvo de PA, ser escassa [4]. Mais recentemente, surgiram na literatura resultados de extensões de longo prazo destes ensaios, mas simultaneamente grandes estudos cardiovasculares colocaram em causa os efeitos benéficos dum objectivo de PA baixa para doentes diabéticos [6,7], tornando a escolha pelo clínico de valores alvo de PA apropriados um assunto muito complicado. Nós decidimos então clarificar de forma breve este campo, apresentando a evidência disponível para DRC diabética e não diabética.

Valores alvo de pressão arterial na doença renal não diabética

Os efeitos específicos de diferentes valores alvo de PA sobre end-points renais graves foram avaliados em dois ensaios clínicos em doentes com DRC não diabética. O programa Modification of Diet in Renal Disease (MDRD) incluiu dois sub-estudos em doentes com DRC de diversas etiologias, dos quais 585 estavam no estudo A (taxa de filtração glomerular, [TFG] 25-55 ml/min/1,73 m²) e 255 no estudo B (TFG 13-24 ml/min/1,73 m²) [8]. Os doentes diabéticos com necessidade de insulina foram excluídos do protocolo; assim, apenas participaram 26 doentes com nefropatia diabética. Num desenho 2x2 factorial, os doentes foram randomizados para diferentes níveis de consumo de proteínas na dieta em ambos os estudos, bem como para um objectivo habitual de PA [pressão arterial média (PAM) < 107 mm Hg para doentes com idade ≤ 60 anos (correspondendo aproximadamente a valores < 140/90 mm Hg) e < 113 mm Hg para doentes ≥ 61 anos] ou para um objectivo de PA baixa [PAM < 92 mm Hg para doentes com idade ≤ 60 anos (correspondendo a valores < 125/75 mm Hg) e < 98 mm Hg para doentes ≥ 61 anos]. O desfecho primário era o nível de alteração na TFG (declive da TFG) e o seguimento médio foi de 2,2 anos. Nem a deterioração prevista da TFG (10,7) [IC 95%, 9,1-12,4] vs. 11,5 [IC95%, 10,3-12,7] ml/min/m²] nem o risco de DRT e morte (0,85, IC95%, 0,60-1,22 para o grupo de PA baixa) diferiram de forma significativa entre os dois grupos [8]. No entanto, em análises detalhadas dividindo os doentes pela proteinúria basal, o alvo de PA baixa estava associado com um deterioração mais lenta da TFG em doentes com uma excreção urinária de proteínas > 0,25 g/dia no estudo A e > 1 gr/dia no estudo B [8,9], mesmo após ajustamento para diversas covariáveis. Os resultados acima descritos foram confirmados numa meta-análise de ensaios clínicos comparando a eficácia de inibidores da ECA em doentes predominantemente com DRC não diabética, que mostrou que valores de

PA sistólica (PAS) de 110-119 e 120-129 mmHg se associavam a menor risco de progressão de doença renal em doentes com proteinúria > 1 gr/dia, enquanto que naqueles com proteinúria < 1 gr/dia esta associação não era tão evidente [10]. Uma análise subsequente examinou os eventos de longo prazo do estudo MDRD adicionando a fase do ensaio (1989-1993) a um período de coorte entre 1993-2000, com um follow-up médio de 10,7 anos durante o qual nenhum valor alvo de PA foi recomendado [11]. No longo prazo, o alvo de PA baixa associou-se a um risco reduzido de falência renal (hazard ratio ajustado [HR] 0,68; IC95%, 0,57-0,82) e do evento composto de DRT ou morte (HR 0,77; IC 95%, 0,65-0,91), comparativamente com o grupo de PA habitual. Numa análise de subgrupo, os benefícios dum valor alvo de PA baixa para DRT e para o end-point composto foram novamente significativos para doentes com proteinúria > 1 gr/dia. Estes resultados indicam que um valor alvo de PA baixa pode ser particularmente benéfico em doentes proteinúricos e levaram às recomendações de valores alvo de PA acima descritos. O segundo estudo neste campo foi o African-American Study on Kidney Disease (AASK), um ensaio 3x2 factorial realizado em 1094 Afro-Americanos com doença renal hipertensiva (TFG, 20-65 mL/min/1,73 m²) randomizados para um valor alvo de PAM de 102-107 mm Hg ou ≤ 92 mm Hg, e para tratamento inicial com metoprolol, ramipril ou amlodipina. Os principais eventos foram o declive da TFG e o composto de redução da TFG em 50% ou mais (ou ≥ 25 ml/min/1,73 m²), DRT ou morte. O valor médio de PA atingido foi de 128/78 mm Hg no grupo de PA mais baixa e de 141/85 no grupo de PA habitual. Após um follow-up médio de 3,8 anos, nem o declive médio da TFG (-2,21 ± 0,17 vs. -1,95 ± 0,17 ml/min/1,73 m² por ano; P = 0,24), nem o evento composto (redução de risco no grupo de redução intensiva da PA de 2%; IC95% -22% a 21%; P = 0,85) diferiram significativamente entre os dois grupos de PA, enquanto o ramipril se associou com uma progressão mais lenta da doença renal [12]. Após terem completado a fase de ensaio do AASK, 700 doentes foram incluídos numa fase de coorte na qual o alvo de PA era um valor < 130/80 mm Hg, com um follow-up total entre 8,8 e 12,2 anos. Quando consideradas as duas fases em conjunto, não houve diferenças significativas entre os grupos no risco do evento composto de duplicação dos valores da creatinina sérica (Crs), DRT ou morte (HR no grupo de controlo intensivo, 0,91; IC95%, 0,77-1,08). No entanto, o evento diferiu de acordo com o nível basal de proteinúria, uma vez que doentes com uma relação proteína – creatinina na urina (RPCU) > 0,22 em amostras de urina de 24 horas (valor aproximadamente equivalente a 300 mg/dia) tinham um risco mais baixo de ocorrência do evento primário com o tratamento intensivo (HR 0,73; IC95%, 0,580,93), enquanto naqueles com RPCU ≤ 0,22 não havia diferença entre os dois grupos de PA (HR, 1,18; IC95%, 0,93-1,5) [13]. No seu conjunto, os achados do MDRD e do AASK indicam que um alvo de PA mais baixa é benéfico para a sobrevida renal de longo prazo em doentes com doença renal proteinúrica não diabética. Deve ser notado, contudo, que toda a evidência disponível deriva ou de análise de sub-grupos, ou da combinação de fases de randomização com fases observacionais de longo prazo destes ensaios, não havendo ainda evidência directa disponível sobre

SETEMBRO/OUTUBRO 2014

Newsletters_SET.indd 19

19

10/10/2014 6:30:17 PM

EUROPEAN SOCIET SOCIETYYOF HYPERTENSION EUROPEAN OF H YPERTENSION CLINICAL PRACTICE NEWSLETTERS CLINICAL PRACTICE NEWSLETTERS

combinação de fases de randomização com fases observacionais de longo

post-hoc do estudo IDNT [17] (que incluiu 1590 doentes com diabetes do

o valor de PAS sistólica alcançado eramg/d, o factor preditivo mais forte estaprazo matéria. Para alémnão disso, ambos os estudos os sobre doentes tipo 2,follow-up destes ensaios, havendo ainda evidênciarandomizaram directa disponível hipertensão e excreção urinária de proteínas > 900 compaesta matéria. Para além disso, ambosque os estudos randomizaram os doentes os efeitos do irbesartan, amlodipina e douma placebo), mostrou que os eventos renais;da para além disso, redução progressiva dos valores de acordo com os valores da PAM, corresponde em média, mas não pararandopara de os acordo com os valoresespecíficos da PAM, que média, mas Tendo não paraisto uma PAS> 149para mm Hg associava com um aumento de 2,2renal vezese do da PAS 120semm Hg melhorava a sobrevida do risco doente, mas todos doentes, a níveis decorresponde PA sistólicaeme diastólica. todos os doentes, a níveis de PA(isto sistólica e diastólica. Tendo dos 120 valores da Hg creatinina sérica ou de comparativamente abaixo dos mm a mortalidade de DRT qualquer causa aumentava. em atenção, um objecivo deespecíficos PA < 130/80 é, aquele do estudo deisto coorte de duplicação em atenção, objecivo de PAdoentes < 130/80com (istouma é, aquele do estudo de coortena com uma PAS > 11gr/dia 1).1). qualquer causa aumentava. para a DRC não diabética devem também ser aplicados [2].em Este argumento aceite pela comunidade Baseado resultados como éosgeralmente acima descritos, e como a progressão danefrológica, mas Tabela1 – Valores alvo de pressão arterial para doentes com DRC baseados lesão renal parece seguir as mesmas vias uma vezsugerem instaladaque a proteinúria, estudos populacionais de larga escala a prevalência de macrona evidência disponível obtida a partir de ensaios renais e cardiovasculares tem sido argumentado que em doentes com diabetes e proteinúria, alvos diabéticos albuminúria (equivalente a proteinúria > 0,5 g/dia) em os doentes acimaadultos mencionados para a de DRC nãoenquanto diabética devem também ser aplicados é somente 10%, que outros 20 % têm microalbuminúria Excreção de proteína [2]. Este argumento é geralmente aceite pela masdos doentes Excreção de Excreção de e 70% têm normoalbuminúria. Paracomunidade além disso,nefrológica, cerca de 11% 0,3-1 gr/dia (microestudos populacionais de larga escala sugerem que a prevalência de macroproteína < 0,3 g/dia proteína > 1 g/ Tipo de diabéticos (subindo para 26% nos doentes com > 65 anos de idade) têm TFG albuminúria 150-300 albuminúria (equivalente a proteinúria > 0,5 g/dia) em doentes diabéticos (normoalbuminúria, dia (macroalbudoença mg/dia, macroalbu< é60somente ml/min/1,73 [18]. Portanto, importante número de diabéticos adultos de 10%,m² enquanto que outrosum 20 % têm microalbuminúria microalbuminúria, minúria > 500 renal minúria 300-500 mg/ (especialmente diabéticos do tipo 2 idosos com hipertensão têm e 70% têm normoalbuminúria. Para além disso, cerca de 11% dos doentesassociada) di30-150 mg/dia) mg/dia) dia) DRC estadio ou superior, semcom proteinúria. Para essestêm indivíduos uma PA < abéticos (subindo para3 26% nos doentes > 65 anos de idade) TFG < 60 ml/min/1,73 [18]. Portanto, importante número de diabéticosNo entanto, um 130/80 mmm² Hg pode não serum necessária para renoprotecção. Doença (especialmente diabéticos do tipo 2 idosos com hipertensão associada) têm alvo de PA mais baixo pode ser necessário para garantir benefícios cardíacos renal não < 140/90 mm Hg < 130/80 mmHg < 125/75 mm Hg* DRC eestadio 3 ou superior, sem proteinúria. Para essesem indivíduos PA < de mortalidade global, como se evidência estudosuma cardiovasculares major diabética 130/80em mm Hg pode não ser necessária para renoprotecção. No entanto, um doentes diabéticos. alvo de PA mais baixo pode ser necessário para garantir benefícios cardíacos Durante mais de 10 anos todas as mais relevantes guidelines recomenda< 130/80 mm e de mortalidade global, como se evidencia em estudos cardiovasculares PAS < 130-140 mm Hg*** um valor alvo de PA < 130/80 mm Hg para doentes com diabetes. A major ram em doentes diabéticos. Doença Hg** (125/75 mmHg*** primeira a apontar um valor alvo de PA mais baixo derivou Durante mais deevidência 10 anos todas as maispara relevantes guidelines recomenda< 130/80 mm Hg *** renal PAD < 80 mm para doentes dovalor estudo 38, quemm randomizou 1148 doentes diabéticos hipertensos ram um alvoUKPDS de PA < 130/80 Hg para doentes com diabetes. A diabética Hg** jovens com proprimeira evidência a apontar valor alvo PA mais baixo para um valor alvo depara PAum < 150/85 oude < 180/105 mm derivou Hg (e alcançaram teinúria pesada) do estudo que randomizou doentes PAsUKPDS médias 38, de 144/82 e 154/871148 durante 8,4diabéticos anos); o hipertensos grupo de controlo mais para um valor alvoteve de PA < 150/85 ou < 180/105de mm Hgnas (e alcançaram *De acordo com evidência da fase de ensaio B do estudo MDRD e da fase de longo prazo do “apertado” reduções significativas 38% mortes relacionadas com a mesmo estudo (ver texto); ** de estudos de desfecho cardiovascular (ver texto) ; ***da extrapolação PAs médias de 144/82 e 154/87 durante 8,4 anos); o grupo de controlo mais diabetes e de 24% em todos os end-points relacionados com a diabetes [19]. de resultados na DRC não diabética e de análises post-hoc ou observacionais na DRC diabética “apertado” teve reduções significativas de 38% nas mortes relacionadas com a (ver texto) De igual modo, no estudo HOT, que randomizou 18790 hipertensos para diabetes e de 24% em todos os end-points relacionados com a diabetes [19]. alvos diastólicos ≤ HOT, 90, ≤ 85 ≤ 80 mm 18790 Hg e não demonstrou De igual modo, no estudo queou randomizou hipertensos para diferenças entre os grupos na população total do estudo, foi observada Valores alvo de pressão arterial na doença renal diabética alvos diastólicos ≤ 90, ≤ 85 ou ≤ 80 mm Hg e não demostrou diferenças uma redução Valores alvo de pressão arterial na doença renal diabética degrupos 51% nos eventos cardiovasculares major entreuma os grupos NãoNão existe actualmente clínicoque quecompare compare efeitos na população total do estudo, foi observada redução≤ 80 e ≤ 90 mm existe actualmentenenhum nenhum ensaio ensaio clínico os os efeitos de de entre os nosnoeventos cardiovasculares major entre os grupos ≤ 80 e ≤ 90 mm diferentes valores alvodedePA PAna na incidência incidência de doentes diabéticos. Hg subgrupo de 1501 doentes diabéticos [20]. Estudos observacionais diferentes valores alvo deDRT DRTemem doentes diabéticos. de 51% subgrupo de que 1501uma doentes [20]. Estudos observacionais Estudos randomizadosanteriores anteriores em em doentes e níveis variáveis PASdiabéticos < 120 mmHg em diabéticos estava relacionada Estudos randomizados doentescom comdiabetes diabetes e níveis variáveisHg nosustentaram que redução uma PASde < 120 mmHg em diabéticos estava relacionada de função renal e deexcreção excreçãorenal renal de de albumina diferentes com uma complicações cardiovasculares [21]. Nesta base, uma de função renal e de albuminaque quecompararam compararam diferentes sustentaram com uma redução de complicações cardiovasculares [21]. Nesta base, uma objectivos de PA, não mostraram diferenças na alteração da depuração da recomendação dum valor alvo de PA < 130/80 mm Hg em diabéticos surgiu objectivos de PA, não mostraram diferenças na alteração da depuração da recomendação dum valor alvo de PA < 130/80 mm Hg em diabéticos surgiu creatinina, mas revelaram maiores reduções da proteinúria e uma progressão nas guidelines, embora um alvo de PAS < 130 mm Hg não tenha sido avaliado creatinina, mas revelaram maiores reduções da proteinúria e uma progressão nas guidelines, embora um alvo de PAS < 130 mm Hg não tenha sido avalimais lenta de micro para macroalbuminúria com um controlo “intensivo” em ensaios de evento, os braços de controlo “apertado” no UKPDS e no HOT maisversus lentaum de controlo micro para macroalbuminúria com um controlo “intensivo” verado em ensaios de evento, os braços de controlo “apertado” no UKPDS e no “moderado” da PA [14,15]. Uma análise de ensaios conPASmédias médias> 140 > 140 mmHg [19,20] estede alvo defoi PAS foi difícil sus um controlo “moderado” da PAtambém [14,15].sugeriu Uma análise de ensaios contro- HOTalcançaram alcançaram PAS mmHg [19,20] e estee alvo PAS trolados de doença renal diabética que reduzir a PAS para naprática práticaclínica. clínica. lados demm doença renalestar diabética também quedareduzir a PAS de atingir atingir na 130 Hg, pode associado a uma sugeriu diminuição perda da TFG para até 130difícil de ensaiosensaios de evento avaliar esteavaliar problema. ensaio ADml/min/1,73 m²associado por ano [2]. Uma diminuição análise post-hoc do estudo RENAAL detentaram evento tentaram esteOproblema. O ensaio ADmm2Hg, pode estar a uma da perda da TFG até 2 ml/ OutrosOutros randomizou 11140 diabéticos do tipo 2 para uma 2combinação (que incluiu 1513 comanálise diabetespost-hoc de tipo 2,do hipertensão e macroal- (que VANCE VANCE randomizou 11140 diabéticos do tipo para uma percombinação min/1,73 m² por anodoentes [2]. Uma estudo RENAAL indopril-indapamida ou placebo, adicionados terapêutica habitual. A média buminúria e comparou efeitos dodelosartan placebo enamacroalbuminúria progressão perindopril-indapamida ou placebo,aadicionados a terapêutica habitual. A incluiu 1513 doentes comosdiabetes tipo 2,versus hipertensão foi de 135/74 vs 140/76 nos dois grupos em 4,3 anos de follow-up. da doença renal), mostrou que um valor basal de PAS de 140-159 mm Hg da PA foi de 135/74 vs 140/76 nos dois grupos em 4,3 anos de followe comparou os efeitos do losartan versus placebo na progressão da doença da PAmédia Obtiveram-se diferenças de 9% nos eventos micro e macrovasculares major, aumentava o risco de DRT ou morte em 38%, comparativamente a valores up.naObtiveram-se diferenças de 9% nos eventos micro e macrovasculares marenal), mostrou que um valor basal de PAS de 140-159 mm Hg aumentava ode 18% morte de causa cardiovascular e de 14% na mortalidade a favor de PAS < 130 mm Hg. Para além disso, cada 10 mm Hg de aumento no jor, de 18% na [22]. morte de causa cardiovascular e deefeito 14% favorável na mortalidade a favor riscovalor de DRT ouPAS morte em 38%, comparativamente a valores deenquanto PAS < 130 do tratamento activo Estes resultados mostraram um basal da aumentava o risco de DRT ou morte em 6,7%, tratamento activo [22]. resultados mostraram um efeito favorável mmoHg. Paraaumento além disso, 10 mm Hg de oaumento no valor redução adicional da PAS, masEstes devem ser interpretados com cuidado mesmo no PAcada diastólica diminuía risco em 10,9%; os basal autoresda PASduma do duma adicional da PAS, mas devem ser interpretados aumentava o risco dedoentes DRT ou em 6,7%, o mesmo aumentouma vez que redução a principal comparação foi com uma intervenção terapêutica. com cuidado concluíram que os commorte os valores basais enquanto mais altos de PAS e pressão randomizou 4733 doentes alto risco com de pulso tinham o mais alto risco em de progressão nefropatia e o maiorque os O ensaio umaACCCORD-BP vez que a principal comparação foi comdeuma intervenção terapêutica. O no PA diastólica diminuía o risco 10,9%; osdeautores concluíram do tipo 2 para um valor alvo de PAS < 120 Hg ou de < 140 benefício a redução agressiva análise ensaio ACCCORD-BP randomizou 4733mm doentes altomm risco com diabetes doentes comcom os valores basais mais[16]. altosDe deforma PAS semelhante, e pressão deuma pulso tinham odiabetes do tipo 2 para um valor alvo de PAS < 120 mm Hg ou < 140 mm Hg [23]. mais alto risco de progressão de nefropatia e o maior benefício com a redução Ao fim de 4,7 anos não se verificaram diferenças entre os grupos no evento agressiva [16]. De forma semelhante, uma análise post-hoc do estudo IDNT SETEMBRO/OUTUBRO 2014com diabetes do tipo 2, hipertensão e excreção primário de enfarte do miocárdio não fatal, acidente vascular cerebral (AVC) [17] (que 1590 doentes 44 incluiu não fatal ou morte cardiovascular (HR 0,88; IC95%: 0,73-1,06; P = 0,20) e urinária de proteínas > 900 mg/d, comparando os efeitos do irbesartan, da na mortalidade de qualquer causa (HR 1,07; IC95%: 0,85-1,35; P = 0,55). amlodipina e do placebo), mostrou que uma PAS> 149 mm Hg se associava Um controlo apertado da PAS associou-se a uma redução de 40% no AVC com um aumento de 2,2 vezes do risco de duplicação dos valores da creatimas também com mais eventos adversos graves (3,3% vs 1,3%). Digno de nina sérica ou de DRT comparativamente com uma PAS < 134 mm Hg e no

20

SETEMBRO/OUTUBRO 2014

Newsletters_SET.indd 20

10/10/2014 6:30:17 PM

nota, o risco de qualquer queda da TFG < 30 ml/min/1,73 m² aumentou com o tratamento intensivo, mas o risco de DRT ou de diálise foi idêntico entre os dois grupos. Estes resultados foram considerados por muitos como uma evidência conclusiva contra o alvo de 130/80, mas uma interpretação cuidadosa sugere uma conclusão diferente por três razões: primeiro, o objectivo de redução intensiva da PAS no ACCORD-BP foi < 120 e não < 130 mm Hg; segundo, após 1 ano e até ao final do estudo as médias das PAS foram respectivamente de 119,3 e 133,5 mm Hg; e terceiro, a taxa de eventos foi bastante mais baixa do que o esperado, levando a uma redução do poder estatístico. Portanto, a conclusão do ACCORD-BP foi antes a de que um alvo de PAS < 120 mm Hg na diabetes não se justifica, mas o problema do alvo de PAS óptima permanece por resolver [6,7]. Meta-análises recentes tentaram estabelecer o alvo de PAS óptima na diabetes, mostrando reduções insignificantes na mortalidade e no enfarte do miocárdio, e reduções significativas no AVC, com alvos de tratamento intensivo [24,25]. O principal problema destas tentativas foi que elas não conseguiram mostrar conclusões para alvos específicos mas somente fizeram comentários sobre a eficácia comparativa entre as estratégias de redução da PA intensiva vs standard. Para além disso, mesmo com os critérios mais estritos, a mistura dos valores “alvo” com os valores de PA efectivamente “alcançados” nos braços de tratamento “standard” incluídos levaram a problemas semelhantes aos verificados com o estudo ACCORD-BP [7]. De relevo, quer no ACCORD, quer nestas meta-análises, os riscos relativos de todos os eventos estudados apontaram fortemente para o benefício da redução “intensiva” da PA; portanto, um maior poder estatístico podia ter levado a diferenças significativas a favor de “objectivos” intensivos. Dum modo geral, os alvo de PAD <

80 mm Hg parece justificar-se para todos os doentes com diabetes por razões de redução de end-points cardiovasculares e da mortalidade, especialmente porque no estudo ACCORD a média da PAD no grupo de “tratamento standard” foi substanciamente mais baixo de que 80 mm Hg. A questão crítica acerca do valor alvo óptimo de PAS permanece não respondida, mas poderá ser resolvida por um ensaio com poder estatístico suficiente comparando objectivos de PAS < 130 versus < 140 mm Hg e assegurando uma relevância dos valores atingidos em relação aos valores alvo. Até que essa evidência surja, deve existir cuidado com a interpretação de resultados e é necessária uma individualização do tratamento. Por exemplo, um valor alvo < 125/75 pode ser facilmente tolerado e conferir um atraso na progressão para DRC em doentes jovens com diabetes do tipo 1, mas no idoso pode levar a episódios frequentes de hipotensão e de insuficiência renal aguda (especialmente com um bloqueio concomitante agressivo do sistema renina-angiotensina e uso de diurético, e com lesões renais ateroscleróticas), resultando numa perda de função renal mais rápida do que o esperado. Em conclusão, baseado nos resultados disponíveis de análises observacionais e de eventos surrogados e através de extrapolação da evidência com a doença renal proteinúrica não diabética, uma PA < 130/80 mm Hg parece proteger a função renal em doentes com diabetes e proteinúria > 0,3 g/dia (equivalente a albuminúria > 0,15 g/dia), tabela 1. Para os restantes doentes com DRC diabética, a cardioprotecção é o principal determinante dos alvos de PA; um alvo diastólico < 80 mm Hg está de alguma forma estabelecido enquanto o objectivo de PAS óptima pode situar-se algures entre 125 e 140 mm Hg e deve ser decidido numa base individual de acordo com o benefício antecipado (redução da proteinúria) e dos riscos (hipotensão e falência renal aguda).

Referências

control on the course of type 1 diabetic nephropathy. Collaborative Study Group. Am J Kidney Dis 1999; 34: 809–817. 15. Schrier RW, Estacio RO, Esler A, Mehler P. Effects of aggressive blood pressure control in normotensive type 2 diabetic patients on albuminuria, retinopathy and strokes. Kidney Int 2002; 61:1086–1097. 16. Bakris GL, Weir MR, Shanifar S, et al. Effects of blood pressure level on progression of diabetic nephropathy: results from the RENAAL study. Arch Intern Med 2003; 163: 1555–1565. 17. Pohl MA, Blumenthal S, Cordonnier DJ, et al. Independent and additive impact of blood pressure control and angiotensin II receptor blockade on renal outcomes in the irbesartan diabetic nephropathy trial: clinical implications and limitations. J Am Soc Nephrol 2005; 16: 3027–3037. 18. Coresh J, Byrd-Holt D, Astor BC, et al. Chronic kidney disease awareness, prevalence, and trends among U.S. adults, 1999 to 2000. J Am Soc Nephrol 2005; 16: 180–188. 19. Tight blood pressure control and risk of macrovascular and microvascular complications in type 2 diabetes: UKPDS 38. UK Prospective Diabetes Study Group. Br Med J 1998; 317: 703–713. 20. Hansson L, Zanchetti A, Carruthers SG, et al. Effects of intensive blood-pressure lowering and low-dose aspirin in patients with hypertension: principal results of the Hypertension Optimal Treatment (HOT) randomised trial. HOT Study Group. Lancet 1998; 351:1755–1762. 21. Adler AI, Stratton IM, Neil HA, et al. Association of systolic blood pressure with macrovascular and microvascular complications of type 2 diabetes (UKPDS 36): prospective observational study. Br Med J 2000; 321: 412–419. 22. Patel A, MacMahon S, Chalmers J, et al. Effects of a fixed combination of perindopril and indapamide on macrovascular and microvascular outcomes in patients with type 2 diabetes mellitus (the ADVANCE trial): a randomised controlled trial. Lancet 2007; 370: 829–840. 23. Cushman WC, Evans GW, Byington RP, et al. Effects of intensive blood-pressure control in type 2 diabetes mellitus. N Engl J Med 2010; 362: 1575–1585. 24. Reboldi G, Gentile G, Angeli F, et al. Effects of intensive blood pressure reduction on myocardial infarction and stroke in diabetes: a meta-analysis in 73,913 patients. J Hypertens 2011; 29: 1253–1269. 25. McBrien K, Rabi DM, Campbell N, et al. Intensive and Standard Blood Pressure Targets in Patients With Type 2 Diabetes Mellitus: Systematic Review and Metaanalysis. Arch Intern Med 2012; 172: 1296-1303.

1. Sarafidis PA, Bakris GL. Kidney disease and hypertension. In: Lip GY, Hall JE (ed.): Comprehensive Hypertension. Elsevier Inc., New York 2007: 607–619. 2. K/DOQI clinical practice guidelines on hypertension and antihypertensive agents in chronic kidney disease. Am J Kidney Dis 2004; 43: 1–290. 3. Chobanian AV, Bakris GL, Black GL, Black HR, et al. The Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure: the JNC 7 report. JAMA 2003; 289: 2560–2572. 4. Mancia G, De Backer G, Dominiczak A, et al. 2007 Guidelines for the Management of Arterial Hypertension: the Task Force for the Management of Arterial Hypertension of the European Society of Hypertension (ESH) and of the European Society of Cardiology (ESC). J Hypertens 2007; 25: 1105–1187. 5. Standards of medical care in diabetes — 2010. Diabetes Care 2010; 33 (Suppl 1): S11–S61. 6. Nilsson PM. ACCORD and Risk-Factor Control in Type 2 Diabetes. N Engl J Med 2010; 362: 1628–1630. 7. Sarafidis PA, Bakris GL. Use of a Single Target Blood Pressure Level in Type 2 Diabetes Mellitus for All Cardiovascular Risk Reduction. Arch Intern Med 2012; 172: 1304–1305. 8. Klahr S, Levey AS, Beck GJ, et al. The effects of dietary protein restriction and blood-pressure control on the progression of chronic renal disease. Modification of Diet in Renal Disease Study Group. N Engl J Med 1994; 330: 877–884. 9. Peterson JC, Adler S, Burkart JM, et al. Blood pressure control, proteinuria, and the progression of renal disease. The Modification of Diet in Renal Disease Study. Ann Intern Med 1995; 123: 754–762. 10. Jafar TH, Stark PC, Schmid CH, et al. Progression of chronic kidney disease: the role of blood pressure control, proteinuria, and angiotensin-converting enzyme inhibition: a patient-level meta-analysis. Ann Intern Med 2003; 139: 244–252. 11. Sarnak MJ, Greene T, Wang X, et al. The effect of a lower target blood pressure on the progression of kidney disease: long-term follow-up of the modification of diet in renal disease study. Ann Intern Med 2005; 142: 342–351. 12. Wright JT, Jr., Bakris G, Greene T, et al. Effect of blood pressure lowering and antihypertensive drug class on progression of hypertensive kidney disease: results from the AASK trial. JAMA 2002; 288: 2421–2431. 13. Appel LJ, Wright JT, Jr., Greene T, et al. Intensive blood-pressure control in hypertensive chronic kidney disease. N Engl J Med 2010; 363: 918–929. 14. Lewis JB, Berl T, Bain RP, Rohde RD, Lewis EJ. Effect of intensive blood pressure

SETEMBRO/OUTUBRO 2014

Newsletters_SET.indd 21

21

10/10/2014 6:30:18 PM

9º CONGRESSO PORTUGUÊS DE HIPERTENSÃO E RISCO CARDIOVASCULAR GLOBAL 9 TH INTERNATIONAL MEETING ON HYPERTENSION AND GLOBAL CARDIOVASCULAR RISK NORMAS DE SUBMISSÃO

Normas de submissão

22

SETEMBRO/OUTUBRO 2014

Press_SET.indd 22

10/10/2014 6:31:24 PM

Press_SET.indd 23

10/10/2014 6:31:24 PM

8º CONGRESSO PORTUGUÊS DE HIPERTENSÃO E RISCO CARDIOVASCULAR GLOBAL 8 TH INTERNATIONAL MEETING ON HYPERTENSION AND GLOBAL CARDIOVASCULAR RISK COMUNICAÇÕES ORAIS/POSTERS

ID RESUMO: 25 FATORES GENÉTICOS QUE INFLUENCIAM O APARECIMENTO DE DOENÇA CORONÁRIA EM HIPERTENSOS Isabel Mendonça, Ana Célia Sousa, Andreia Pereira, Susana Gomes, Sofia Borges, Mariana Rodrigues, Graça Guerra, Ana Isabel Freitas, Décio Pereira, Roberto Palma dos Reis [email protected] Unidade de Investigação

RESUMO: A hipertensão arterial (HTA) constitui um fator de risco bem conhecido para o desenvolvimento de doença vascular, quer cerebrovascular, quer doença das artérias coronárias (DAC). Na população geral vários polimorfismos genéticos têm sido relacionados, com resultados contraditórios, com o aparecimento de DAC. Desconhecem-se os fatores genéticos que contribuem para que doentes hipertensos venham a desenvolver DAC. OBJETIVO: Avaliar os fatores genéticos associados ao aparecimento de DAC em doentes hipertensos. MÉTODOS: Estudo caso-controlo, que incluiu 1580 indivíduos hipertensos, 944 coronários consecutivos, idade média 54,1 ± 7,7 anos; 76,2% sexo masculino e 636 controlos sem DAC, idade média 54,7 ± 7,1; 81,3% sexo masculino. Avaliaram-se 15 variantes genéticas referidas como possivelmente associados à DAC. Analisou-se a distribuição de Hardy-Weinberg nos controlos para garantir a qualidade da população controlo. Para determinar o risco de doença coronária em relação aos genótipos, usou-se a análise univariada (tabelas 3x2), com os OR e IC de 95%. Limiar de significância p75A), sendo que 53% pertenciam ao genero masculino. A maioria dos doentes são referenciados a partir do centro de saúde e de outras consultas hospitalares (61%) sendo seguidos pelo internamento em cerca de 26%; A Diabetes Mellitus (DM) foi uma das comorbilidade mais frequentemente associadas (43%), juntamente com a doença cardíaca (55%) e a doença cérebro vascular (41%). CONCLUSÕES: Devido a elevada prevalência da HTA , da existência de comorbilidades e de repercussão nos órgãos-alvo, apesar da evolução dos meios de diagnóstico e do grande arsenal terapêutico, a disponibilidade clinica para com o doente é crucial. Concomitantemente com a educação do doente, a mudança do estilo de vida e a adesão à terapêutica continuam a ser os factores mais importantes na melhoria do prognóstico. ID RESUMO: 22 CHANGES IN PREVALENCE AND CONTROL OF HYPERTENSION FROM THE FIRST TO A SECOND VISIT 2 WEEKS AFTER IN A NATIONAL HYPERTENSION SURVEY Jorge Polonia, Luis Martins, Fernando Pinto, Jose Nazare [email protected] Faculdade Medicina do Porto, Portugal

RESUMO

Most of the population surveys for evaluation

of hypertension (HT) prevalence and control have been based on 2-3 measurements of blood pressure (BP) in a single day although recommendations advise the need for BP evaluation at least during 2 different occasions. We compare prevalence and control of HT in a representative sample of the 18-90 years old population yielding 3139 subjects (54.1% women) evaluated at a first Visit (V1) and a second one 10-15 days after (V2 - visit2) under similar conditions. HT was defined as a systolic BP ≥ 140 mm Hg or diastolic BP ≥ 90 mm Hg (average of 2-3 BP measurements, reported knowledge or treatment with anti-hypertensive drugs at the both visits. Mean age was 49±18 yrs, BMI 27.3±4.9 Kg/m2. From V1 to V2, BP changed from 128/75 ±18/11 to 124/73 ±16/10 mm Hg (delta 4/2 ±11/7 mm Hg) (all P
Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.