Indicadores de Internacionalização Sinobrasileiros de 1995 a 2014

June 6, 2017 | Autor: Fábio Marques | Categoria: International Economics, Foreign Trade
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36 " Página





O PIB de 2014 não foi calculado até a presente data da elaboração desta pesquisa e, portanto, não foi considerado na análise.
Consultar tabela 1 para referência das exportações e importações totais do Brasil
Os valores zerados indicam que x < US$100 milhões
Gráfico 21 - Evolução do PIB chinês entre 1995 e 2014 (em bilhões de US$)


Gráfico 20 - Índice de Vantagens Comparativas Reveladas de todos os produtos (escala de 0,00 a 900,00)



Gráfico 19 - Índice de Vantagens Comparativas Reveladas de Materiais de transporte e Petróleo e Combustíveis (escala de 0,00 a 2,50)





Gráfico 6 - Relação de Exportação e Importação brasileira de Minérios



$2.227,39
99,83%






$2.525,71
90,95%





Gráfico 3 - Exportação do Complexo de Soja no Brasil

(US$ bilhões FOB)


Gráfico 2 - Indicadores de abertura e especialização de mercados da China


Gráfico 1 - Indicadores de abertura e especialização de mercados no Brasil


Gráfico 18 - Índice de Vantagens Comparativas Reveladas de carnes, soja e minérios (escala de 0,00 a 900,00)





FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS
CAMPUS SANTA VITÓRIA DO PALMAR
BACHARELADO EM COMÉRCIO EXTERIOR – 1º SEMESTRE







FÁBIO AUGUSTO TAVARES MARQUES DA SILVA (87424)
YAGO DOS SANTOS CABRAL (104478)











ANÁLISE DOS INDICADORES DE INTERNACIONALIZAÇÃO BRASIL-CHINA ENTRE OS ANOS DE 1995 A 2014





















Santa Vitória do Palmar
2015
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS
CAMPUS SANTA VITÓRIA DO PALMAR
BACHARELADO EM COMÉRCIO EXTERIOR – 1º SEMESTRE







FÁBIO AUGUSTO TAVARES MARQUES DA SILVA (87424)
YAGO DOS SANTOS CABRAL (104478)







ANÁLISE DOS INDICADORES DE INTERNACIONALIZAÇÃO BRASIL-CHINA ENTRE OS ANOS DE 1995 A 2014






Trabalho de pesquisa submetido à Fundação Universidade Federal do Rio Grande como nota parcial do 2º bimestre da disciplina de Introdução ao Comércio Exterior.
Prof.: Msc. Rafael Mesquita Pereira.














Santa Vitória do Palmar
2015

SUMÁRIO
Introdução 6
Metodologia 9
GAT 9
IBB 9
IVCR 9
TA 10
ANÁLISE DOS INDICADORES DE INTERNACIONALIZAÇÃO BRASIL-CHINA ENTRE OS ANOS DE 1995 A 2014 11
Série histórica da economia Brasileira 13
Evolução das commodities e outros
entre 1995 e 2014 15
O complexo de soja 15
Produção de Minérios 18
Materiais de transporte 19
Petróleo e combustíveis 21
Carnes e seus derivados 23
Índice de Vantagens Comparativas Relevadas 24
A economia Chinesa 26
Considerações finais 28
Apêndices 30
Referências bibliográficas 35

RESUMO
CABRAL, Y.; SILVA, F. A. T. M. da. ANÁLISE DOS INDICADORES DE INTERNACIONALIZAÇÃO BRASIL-CHINA ENTRE OS ANOS DE 1995 A 2014. 2015. 38 f. Trabalho de pesquisa da disciplina Introdução ao Comércio Exterior – Bacharelado em Comércio Exterior, Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (ICEAC) da Fundação Universidade Federal do Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, 2015.

O presente trabalho tem como objetivo analisar a relação do comércio exterior brasileiro frente ao mundo e à China, além da evolução de sua abertura comercial dos principais produtos exportados por ele, tais como complexo de soja, carnes, materiais de transporte, minérios e petróleos e combustíveis, compreendendo os anos de 1995 a 2014.
Através dos indicadores de internacionalização buscou-se estudar como o comércio brasileiro afeta a economia mundial e, principalmente, qual a participação da exportação das principais commodities no mercado nacional.
Palavras-chave: economia brasileira, comércio exterior brasileiro, indicadores de internacionalização, comércio Brasil-China, Evolução econômica do Brasil.


ABSTRACT
CABRAL, Y. dos S.; SILVA, F. A. T. M. da. ANÁLISE DOS INDICADORES DE INTERNACIONALIZAÇÃO BRASIL-CHINA ENTRE OS ANOS DE 1995 A 2014. 2015. 38 f. Trabalho de pesquisa da disciplina Introdução ao Comércio Exterior – Bacharelado em Comércio Exterior, Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (ICEAC) da Fundação Universidade Federal do Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, 2015.

The current work aims to analyze the Brazilian foreign trade's relation with the world and China, besides his evolution of the commercial opening of the main products exported by him, such as soy-bean complex, meats, material of transport, minerium and gas, between the years 1995 to 2014.
Through the internationalization index, was searched to study how the Brazilian trade affects the world economy and, mainly, what's the participation of the main commodities exported in the national market.
Keywords: Brazilian economy, Brazilian foreign trade, internationalization index, Brazil-China trade, Economic Evolution of Brazil.


RESUMÉN
CABRAL, Y.; SILVA, F. A. T. M. da. ANÁLISE DOS INDICADORES DE INTERNACIONALIZAÇÃO BRASIL-CHINA ENTRE OS ANOS DE 1995 A 2014. 2015. 38 f. Trabalho de pesquisa da disciplina Introdução ao Comércio Exterior – Bacharelado em Comércio Exterior, Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (ICEAC) da Fundação Universidade Federal do Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, 2015.

Lo presente artículo objetiva analizar la relación del comercio externo brasileño adelante del mundo y de la China, además la evolución de su apertura comercial de los principales productos exportados por él, como lo Complejo de Soya, Carnes, Materiales de transporte, mineral y aceite y combustibles, que comprende los años de 1995 a 2014.
A través de los Indicadores de Internacionalización, se ha buscado estudiar como el comercio brasileño impacta la economía mundial y, principalmente, cuál la participación de la exportación de las principales commodities en el mercado nacional.
Palabras-clave: economía brasileña, comercio externo brasileño, Indicadores de Internaciolización, comercio Brasil-China, Evolución económica del Brasil.


INTRODUÇÃO
O comércio bilateral Brasil-China vem se intensificando cada vez mais nos últimos anos e, segundo Azevedo, Mendes e Terra (2013),
as relações comerciais entre Brasil e China foram impulsionadas pela necessidade comum de inserção política e econômica no cenário internacional, sendo impulsionadas a partir de 1974, quando ocorreu o reatamento das relações diplomáticas entre os países. Somente nos últimos 8 anos a China passou de 12º para 3º lugar entre os principais destinos das exportações brasileiras. Somente em 2007, foram US$ 23,3 bilhões em transações bilaterais. No entanto, o intercâmbio comercial entre Brasil e China ainda representa apenas 1% das trocas comerciais da China com o mundo. Ou seja, a China ainda é um mercado a ser melhor explorado pelo Brasil [...].
Os produtos que mais se acentuaram na pauta de exportações do Brasil são do grupo 1 (commodities primárias), responsável pela economia primário-exportadora e motivo pelo qual o país exporta tão poucos produtos dos grupos 2 (commodities processadas, derivadas dos primários), 3 (produtos manufaturados de baixa e média-baixa tecnologia) e 4 (manufaturados de média-alta e alta tecnologia), setores dos quais países como EUA e do continente Europeu são importantes exportadores.
Dada as propostas de expansão e modernização do país do novo governo em 1976, o comércio bilateral Brasil-China intensifica-se em 1978, assinando o Acordo Comercial Bilateral, no entanto a participação desse bilateralismo somente é significante no começo do século XXI, quando em 2003 as transações passam de 3,78% para 5,50%, um crescimento nas exportações de 56% ou de US$2,012 bilhões de dólares e das importações de 72% ou de US$593,8 bilhões de dólares.
Após a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), o país expandiu seu leque de produtos transacionados pelo Brasil, com destaque para as importações das commodities, como o complexo de soja, e produtos de alta tecnologia, como materiais de transporte. Segundo a Receita Federal Brasileira, quatro capítulos da Nomenclatura Comum do Sul (NCM), em 2002, englobaram 67,53% das exportações brasileiras para a China, sendo a soja (32,91%) com maior participação, seguida do minério de ferro (24,15%), os produtos siderúrgicos (5,56%) e, por fim, o óleo de soja (5,02%). Consoante a Receita Federal (2002),
a China foi o principal país de destino das exportações brasileiras de soja (NCM 1201), tendo essas operações representando 27,19% do total exportado, superando a Holanda (17,96%) e a Alemanha (10,17%). O mesmo ocorreu com as exportações de minério de ferro NCM 2601, que representaram 19,5% do total exportado, superando o Japão (13,73%) e a Alemanha (11,43%). Quanto ao óleo de soja (NCM 1507), a China foi o terceiro país de destino, com 15,97% do total exportado, superada apenas pelo o Irã (28,99%), que foi o primeiro e a Índia (20,47%), o segundo.

No tocante às importações brasileiras provindas da China, houve aumento significativo de carvão mineral, com participação de 14,52%, explicado pela preocupação das siderúrgicas brasileiras em reduzir custos, sendo a China a segunda principal exportadora de carvão do mundo. A expansão de infra-estrutura transportadora, o maior custo benefício dos produtos chineses e os incentivos do governo aos exportadores também explicam esse aumento, além de que alguns produtos brasileiros, como o aço, beneficiam-se dessa importação, melhorando o nível de competitividade dos exportadores.
A pauta negociadora brasileira na OMC tem se intensificado com a evolução do comércio sino-brasileiro, pois as tarifas negociadas entre o Brasil e o resto do mundo são reflexos dos acordos tarifários baixos da China que desde 2001 o país beneficia-se. Os produtos com redução dessas tarifas, carnes bovinas e de frango, café em grão e solúvel, soja em grão e óleo de soja, máquinas e equipamentos além de peças automotivas, são os principais das importações do país.
Ainda que as vendas de primários para a China tiveram maior relevância no comércio bilateral, segundo Marconi (2013),
a consolidação desta tendência pode tornar-se um problema para a estrutura produtiva e o crescimento da economia brasileira porque:
implica reprimarização da pauta de exportações, com prováveis efeitos sobre a estrutura produtiva;
direciona as exportações brasileiras para um país cuja estratégia parece ser a importação de primários e a exportação de produtos c om maior valor agregado, que não importa grandes volumes de bens manufaturados do Brasil [...]; e
a forte dependência comercial em relação a um único país não é uma boa estratégia, haja vista, por exemplo, a recente redução das taxas de crescimento chinesas, que deverá exercer efeitos sobre a evolução das exportações brasileiras

Dado isto, a pauta de exportações de manufaturados não foi afetada somente pela crise de 2008 mas também pelo crescimento intensivo do mercado chinês e da falta de especialização do mercado brasileiro. Estando as tendências fixadas num mercado primário-exportador e importador de manufaturados de média-alta e alta tecnologia, o país mostra-se cada vez mais perdendo relevância neste tipo de mercado.


METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do trabalho foram coletados dados dos principais órgãos e sistemas disponíveis online, como ALICEWeb MDIC, OECD, MAPA, Agrostat, WorldBank e afins aplicados aos Indicadores de Internacionalização, os quais relacionam a economia do comércio brasileiro (exportações, importações, PIB e afins) com a economia mundial e do país em questão, a China. Foram pesquisados capítulos, subcapítulos e NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul) disponíveis no site ALICEWeb MDIC, utilizados para a análise dos indicadores abaixo:

GAT
O Grau de Abertura Total (GAT) mede a representação das exportações e importações no Produto Interno Bruto (PIB) do país. Temos que a equação utilizada mundialmente pela Economia é
GAT=X+MPIB, onde:
X representam exportações totais do país e
M representam importações totais pelo país.
Desta forma, um maior grau de abertura indica que o país possui grande número de multinacionais instaladas no mesmo e, portanto, não atende a demanda interna com suas indústrias locais.

IBB
O Índice Geral de Bela Balassa (IBB), desenvolvido por Balassa, analisa a especialização do país. Sua equação é
IBB=X-MX+M, onde
X representam as exportações totais do país e
Y representam as importações totais pelo país
Como afirma Sousa (2005),
quando o índice se aproxima de (+1), ou seja, [Xi-Mi próximo de Xi+Mi], representa um grande grau de especialização intersetorial (exportações do produto i muito importantes e importações pouco significativas). No caso de o índice apresentar valores próximos de (-1), o país em questão tem fraca especialização no produto i e Xi tenderá para zero.
IVCRi
O Índice de Vantagens Comparativas Relevadas, também desenvolvido por Balassa, é dado pela equação
IVCRi=XijMijXjMj, onde
Xij representam as exportações do produto i pelo país j;
Mij representam as importações do produto i pelo j;
Xj representam as exportações totais do país j e
Mj representam as importações totais do país j.
Tendo o país j uma taxa de cobertura específica (Xij/Mij) maior que a taxa de cobertura global (Xj/Mj), o mesmo terá vantagens comparativas neste produto e o índice será maior que 1 (IVCRi> 1). Do contrário, um índice menor que 1 (IVCR < 1) indica falta de especialização no produto e, portanto, não terá vantagens comparativas, consequentemente.

TA
A Taxa de Abertura (TA) mede o grau de liberdade ou protecionismo comercial dentro do país. A equação é dada por
TA=MPIB, onde
M representa a importação total do país.
Incluem-se neste índice "os obstáculos não pautais, o que não isola o grau de protecionismo, pois a taxa de abertura é influenciada pela dimensão econômica do país em causa, e pela sua própria estrutura econômica" (MEDEIROS, 2003).


ANÁLISE DOS INDICADORES DE INTERNACIONALIZAÇÃO BRASIL-CHINA ENTRE OS ANOS DE 1995 A 2014
A entrada do Brasil nos blocos Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e, recentemente, África do Sul) permitiu o engajamento da sua economia e a maior infiltração de mercados no país, expandindo seus limites territoriais de comércio e criando divisas. Aos integrantes dos blocos facilitou-se a troca de mercadorias através da diminuição e, em alguns casos, extinção das tarifas alfandegárias antes impostas no comércio aberto multilateral. Com maior grau de abertura dos mercados externos no país, a participação das importações na balança comercial brasileira tem aumentado significativamente, segundo o cálculo da taxa de abertura.
O Brasil, contudo, desde 2005 perde marketshare (participação do país nas exportações mundiais, por categorias) em todos os produtos, com exceção das commodities primárias e outros (como a carne). Segundo Martins (2011),
em 2005, o comércio do país representava 3,77% de todas as exportações de commodities primárias no mundo; em 2009, sua participação subiu para 4,66% das exportações mundiais desses produtos. O país movia 0,94% dos produtos de média intensidade tecnológica exportados mundialmente; em 2009, essa participação caiu para 0,74%. [...].
A pauta de exportações brasileiras, no tocante às indústrias de média-alta, com ênfase às máquinas e aos equipamentos elétricos, veículos automotores e equipamentos para ferrovia e material de transporte, e média-baixa tecnologia, do carvão, produtos de petróleo refinado e combustível nuclear, tiveram crescimento significativo no inicio do século. Contudo, ainda que com crescimento de 29,7% e 20,7%, respectivamente, o setor que mais cresce anualmente ainda é o primário, motivo pelo qual se fala muito em reprimarização ou desindustrialização do país.
De 1995 a 2014, a taxa de abertura brasileira aumentou 65,3%, passando de 0,06 para 0,11, indicando um aumento das importações no PIB do país, enquanto que a China teve um acréscimo de 16,3%, indo de 0,18 para 0,21. Ainda que com uma taxa média crescente de 0,08 nos seis primeiros anos em destaque (1995 a 2001) e atingindo a marca de 0,10, em 2002 a taxa cai para 0,09, mas o crescimento médio até 2009 aumenta para 0,09 e passa para 0,10 em 2014. Desta forma, a taxa de abertura, ainda que com oscilações constantes entre os vinte anos, tem tido crescimento.

O Grau de Abertura Total de ambos teve, respectivamente, aumento de 71,5% e 16,7%, tendo o Brasil uma abertura de 0,13 a 0,21 e a China de 0,39 a 0,45. O GAT brasileiro oscila de 0,15 para 0,22 entre 1995 a 2007, mas tem um decréscimo de 0,02 passando para 0,20 a sua média e 0,21 o grau de abertura em 2014. A China, por outro lado, oscila de 0,36 para 0,57 em 2007, no entanto tem decréscimo de 0,09 passando para 0,48 sua média e atingindo 0,45 em 2014.
O Índice de Bela Balassa teve oscilação intensa para o Brasil. Ainda que com valor negativo nos cinco primeiros anos (e com uma média de -0,04), alcança a marca de 0,23 em 2005 com uma média de crescimento de 0,16, elevando 434% o índice brasileiro, o que indica aumento da especialização das indústrias e empresas nacionais em comparação às multinacionais instaladas no país. A média, contudo, cai para 0,04 em 2014 e o índice torna-se, novamente, negativo (-0,01), indicando aumento exponencial das importações no país. A economia chinesa teve pouca oscilação nesse índice, passando de 0,06 em 1995 para 0,09 em 2014, representando um crescimento de 67% e com seu pico em 1998, atingindo um valor de 0,13 e com uma média de evolução de 0,07.

A primarização das exportações brasileiras não é apenas resultado de um bom desempenho das commodities no mercado internacional, segundo o estudo dos pesquisadores do Ipea. De acordo com Martins (2011), "é também reflexo da perda de competitividade de todos os outros setores no comércio industrial. Isso quer dizer que o "boom" das commodities compensou a perda de competitividade de outros setores".

Série histórica da economia brasileira
A economia brasileira vem sofrendo um crescimento exponencial nos últimos anos, com evolução média de 9,7% das exportações entre os anos de 1995 a 2014 e um crescimento anual de U$126,29 bilhões de dólares, com exceção dos anos 1997 a 1999, no qual o país teve uma queda média de aproximadamente U$1,67 bilhão de dólares, e de 2012 a 2014, registrando uma queda média de U$5,82 bilhões. As importações, por outro lado, tiveram um decréscimo de 7% em 2014, contudo ainda assim registraram um crescimento anual de U$111,37 bilhões de dólares, alcançando um crescimento médio de 10,1% entre os anos em questão e duplicando sua proporção entre os anos de 2007 a 2001.
Ainda que tenha tido um crescimento de 484% das exportações e 461% das importações, seu PIB (Produto Interno Bruno), a somatória de toda a produção do território (tanto as empresas nacionais quanto as multinacionais instaladas no país), teve uma evolução 292%, passando de US$769 bilhõesem 1995 para US$2,245 trilhões, em 2013.
Apesar do saldo deficitário de U$3,93 bilhões de dólares no último ano, o país registrou um crescimento anual de U$14,92 bilhões de dólares, com destaque para o ano de 2002, com aumento de 492% do superávit com relação ao último ano.
Tabela 1 – Demonstrativo da evolução do PIB, Importação, Exportação, Saldo e Corrente de Comércio (em bilhões de dólares) do Brasil entre os anos de 1995 a 2014.
ANO
PIB
EXPORTAÇÃO
IMPORTAÇÃO
SALDO
(X-M)
CORRENTE (X+M)
2014
-
$225,10
$229,03
$-3,93
$454,13
2013
$2.245,67
$242,03
$239,75
$2,29
$481,78
2012
$2.248,78
$ 242,58
$223,18
$19,39
$465,76
2011
$2.476,69
$256,04
$226,25
$29,79
$482,29
2010
$2.143,07
$201,92
$181,77
$20,15
$383,68
2009
$1.620,19
$ 152,99
$127,72
$25,27
$280,72
2008
$1.653,51
$197,94
$172,98
$24,96
$370,93
2007
$1.366,82
$ 160,65
$120,62
$40,03
$281,27
2006
$1.088,92
$137,81
$91,35
$46,46
$229,16
2005
$882,19
$118,53
$73,60
$44,93
$192,13
2004
$663,76
$96,68
$62,84
$33,84
$159,51
2003
$552,47
$73,20
$48,33
$24,88
$121,53
2002
$504,22
$60,44
$47,24
$13,20
$107,68
2001
$553,58
$58,29
$55,60
$2,68
$113,89
2000
$644,70
$55,12
$55,85
$-0,73
$110,97
1999
$586,86
$48,01
$49,25
$-1,24
$97,26
1998
$843,83
$51,14
$57,76
$-6,62
$108,90
1997
$871,20
$52,99
$61,26
$-8,27
$114,25
1996
$839,68
$47,75
$53,35
$-5,60
$101,09
1995
$768,95
$46,51
$49,66
$-3,15
$96,17
Fonte: Elaboração própria com base nos dados da Advfn, Ipeadata, Tradingeconomics, WorldBanke ALICEWeb.
Sendo um país primário-exportador, as commodities que mais se destacam são o complexo de soja, a carne (e seus derivados), petróleo e combustíveis, minérios, além de materiais de transporte. Juntos, correspondem a aproximadamente 40% de toda a produção brasileira exportada para o mundo.


Evolução das commodities e outros produtos de 1995 a 2014
Consoante Martins (2011) afirma,
"a reprimarização (ou desindustrialização) da pauta de exportações do país já é um fato. Entre 2007 e 2010, a participação das commodities primárias na pauta de exportações brasileiras saltou dez pontos percentuais, de 41% para 51%, depois de ter estacionado no patamar dos 40% nos anos 1990. Os dados são de estudo dos pesquisadores Fernanda De Negri e Gustavo Varela Alvarenga, publicado no número 13 do boletim Radar, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)".
Desta forma, a desindustrialização do Brasil está em fase gradativa atualmente. Ainda que passados quase 10 anos desde a influência das commodities primárias na economia brasileira, o país é hoje fonte principal deste tipo de produto, que estava em estagnação desde a década de 90.
O Complexo de soja
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2014), o Brasil encontra-se na segunda posição dos três maiores exportadores de soja do mundo, ficando atrás dos EUA e a frente da Argentina. Juntos, são responsáveis por quase 85% de toda a exportação mundial. Desta forma, conforme o Gráfico 1, a exportação do complexo soja no Brasil obteve um crescimento de 822% entre os anos de 1995 a 2014, com uma média de US$12,57 bilhões por ano, duplicando a produção nos últimos 5 anos, passando de U$17,11 para U$31,41 bilhões de dólares. Assim como Coronel (2008) afirma,
os principais importadores da soja em grão produzida no Brasil são países pertencentes à União Europeia, China e Japão; do farelo de soja os maiores importadores são União Europeia, Tailândia e china e do óleo de soja são China, Irã, Índia e União Europeia, que vêm reduzindo gradativamente as importações dessa commodity.
Importantes fatores favorecem a cultura da soja no Brasil tais como o aproveitamento da mesma área destinada a outras como trigo e arroz, a possibilidade de total mecanização na produção, a expansão da agroindústria nacional, o papel que as cooperativas desempenham em termos de intermediação e comercialização e o crescente aumento da soja na dieta alimentar da população.
Dito isto, a cultura de soja, portanto, é o instrumento fundamental da participação competitiva do Brasil na economia internacional. Além do aproveitamento da área de cultivo já citado por Coronel, o mercado sojicultor está em desenvolvimento constante para atender a alta demanda dos importadores europeus e, principalmente, os chineses.

Além da desvalorização cambial de 1999, um dos fatores que impulsionaram as exportações de soja em grão foi a Lei Complementar n.º 87, de 13 de setembro de 1996, mais conhecida como Lei Kandir, que desonerou as exportações de produtos in natura do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), contudo há várias críticas em relação a esta lei, visto que ela vem desestimulando a venda de produtos que poderiam ter maior valor agregado, como farelo e óleo (CORONEL, 2008).
De acordo com o gráfico 4, a participação média do Complexo de soja no Brasil foi de 0,17% nas importações totais, o que corresponde a US$3,80 bilhões, e 9,05% nas exportações totais, correspondendo a US$251,41 bilhões (gráfico 5).





Gráficos 4 e 5 – Participação média do Complexo de soja na Exportação e Importação Total, respectivamente, do Brasil entre os anos de 1995 a 2014 (em U$ bilhões e %)

No último ano, o complexo teve participação de 14% nas exportações, a maior desde 1995, mantendo uma média de 9,05% de crescimento, enquanto que as importações somaram 0,11% na importação total do país, com um decréscimo de 591,4%.
Sendo a soja um dos principais produtos produzidos pelo país e a China um dos maiores importadores de soja do mundo, esta é responsável por aproximadamente 60% das exportações totais do Brasil. No médio prazo, a China tem voltado sua economia para o mercado de soja mais do que para o de biocombustíveis. Ainda que crescente, a demanda por álcool é menor que a demanda por farelo, refino de óleo e soja em grão e que, se em melhores condições de infraestrutura (como a instalação de portos e vias de transporte), supririam mais uma porcentagem do mercado asiático, do qual o Brasil e a Argentina fazem parte.
Assim como Branco (2008) analisa, "o principal fator que explica a superioridade competitiva da soja em relação aos demais vegetais oleaginosos e proteicos é a sua facilidade de adaptação a regiões diversas". Ainda, a produção de farelo e óleo tem grande importância para a economia mundial, segundo o BNDES, uma vez que são utilizados em produtos alimentícios, cosméticos, farmacêuticos e pecuários, inclusive. Se comparada ao consumo de carne, a soja atua hoje como principal fonte de renda e, se fosse revertida para o consumo humano, teria grandes chances de se erradicar a fome no mundo, não obstante a mesma é manufaturada e utilizada no gado, onde se destina grande parte da produção.

Produção de Minérios
A exportação de minérios no Brasil obteve crescimento médio de US$13,42 bilhões nos últimos 20 anos, atingindo US$44,22 bilhões em 2011, seu ápice, no entanto teve um decréscimo de 64% em 2014 passando para US$28,40 bilhões. Entre 1995 e 2014, teve um aumento gradativo de 1024%, com destaque para 2007, ano no qual o país eleva as exportações de US$9,76 bilhões para US$12,03 bilhões e duplicando em três anos.
A importação, por outro lado, permaneceu quase inalterada nos dez primeiros anos de análise (1995 a 2005), pois, ainda que tenha crescido 294%, elevou substancialmente US$0,52 bilhões. Em 2006, no entanto, duplica, passando para US$1,47 bilhão e obtendo média de crescimento de US$1,29 bilhão ao ano até 2014, atingindo US$1,24 bilhão.

A participação do país na balança comercial atingiu 12,6% no último ano no tocante às exportações e 0,54% às importações. Em comparação a 1995, no qual o mesmo tinha participação de 5,9% e 0,54%, respectivamente, houve um crescimento de 214% nas exportações, contudo as importações permaneceram com variação diminuta.



Gráficos 7 e 8 – Participação média da Produção de minérios na Exportação e Importação Total, respectivamente, do Brasil entre os anos de 1995 a 2014 (em U$ bilhões e %)

De acordo com o gráfico 7, a participação dos minérios na exportação não atingiu 10% na média dos últimos 20 anos, tendo sua participação maior no ápice de suas exportações, em 2011, com 17,3%, quando o país exportou US$44,22 bilhões. Segundo o gráfico 8, foi em 2007, contudo, o ano o qual o país teve seu ápice das importações, com US$1,57 bilhão, entretanto no último ano, em 2014, o país diminuiu suas importações para US$1,24 bilhão, mantendo a participação de 0,71% média.
Consoante o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM, 2011), "a partir do ano 2000, a procura maior por minerais, principalmente pelo elevado índice de crescimento mundial, impulsionou o valor da PMB (Produção Mineral Brasileira)". O Brasil possui um dos maiores patrimônios minerais, sendo importante produtor e exportador de minérios, participando como atuante global player (exportador) de Minério de ferro majoritariamente desde 2004, em segunda posição na produção e a frente da China, em quarto lugar, tendo crescimento US$25 bilhões nos últimos dez anos, no entanto tem defasagem em alguns minerais necessários para a produção de fertilizantes, por exemplo.

Materiais de transporte
Ainda que se fale em reprimarização do país, no setor de materiais de transporte temos um equilíbrio entre exportação e importação. Até 2003 se exportava a uma média de US$6,25 bilhões ao ano (o ápice de US$8,16 bilhões, em 2003), para então em 2004 aumentar em 61% as exportações atingindo US$13,10 bilhões. Em função da crise mundial de 2008, as exportações de materiais de transporte tiveram queda de 42%, com decréscimo de aproximadamente US$8 bilhões, porém a recuperação dos países engajaram as exportações novamente e, ainda que com crescimento desequilibrado até 2013, quando o país exportou US$26,57 bilhões, em 2014 houve uma queda de 39%, caindo para US$16,14 bilhões.
Ao passo em que as exportações cresciam, até 2006 a média das importações era de US$5,14 bilhões, não obstante as mesmas cresceram exponencialmente atingindo uma média de US$20,49 bilhões (US$23,92 bilhões em 2014) instantaneamente, conforme o gráfico 9.
No período pós-crise, segundo Marconi (2013),
os setores mais prejudicados foram os manufaturados de média-alta tecnologia, com destaque para os automóveis, peças e outros meios de transporte [...]. São justamente aqueles que produzem manufaturados com maior valor agregado, conteúdo tecnológico e, portanto, com maior capacidade de promover o crescimento da produção, da produtividade industrial e por consequência de toda a economia [...].
Dado a economia primária agroexportadora do Brasil, a crise de 2008 citada por Marconi afetou, primeiramente, os países de economia terciária, como EUA e países da Europa e em desenvolvimento, como a China. As relações comerciais multilaterais Brasil-resto do mundo estavam ao passo de se desestruturarem, com exceção da relação emergente com a China.

A participação média, conforme os gráficos 10 e 11, das exportações e das importações de materiais de transporte no comércio brasileiro foi impulsionada nos primeiros anos da análise, obtendo crescimento gradativo das exportações de 11,6% (média) até 2008, quando houve redução para 8,9% (média) das mesmas. As importações tiveram crescimento médio de 9,5% nos últimos vinte anos, e, ainda que com a crise de 2008, as mesmas cresceram em 1,4%.
Gráficos 10 e 11 – Participação média dos Materiais de transporte na Exportação e Importação Total do Brasil entre os anos de 1995 a 2014 (em U$ bilhões e %)

A desatrelada queda da participação do Brasil na exportação de manufaturados altera não somente o foco da produção do país como também o destino da mesma. Até 1998, a América Latina era a principal importadora de manufaturados do Brasil – destacando-se os meios de transporte –, seguida dos grupos 2 e 1, respectivamente. Ante a crise de 2008-2009, o cenário do multilateralismo mudou, com destaque para o crescimento do mercado Chinês nas importações de produtos do grupo 1 e da redução da participação do Brasil no mercado europeu e norte-americano, principalmente de produtos do grupo 3.
Petróleo e combustíveis
Os produtos do grupo 2 que mais tiveram aumento na importação foram o petróleo e combustíveis, crescendo 707% nos últimos vinte anos, aumentando em US$40 bilhões o quantum importado e elevando a participação de 11,2% para 19,7% com uma média de 15,7%. As exportações, crescendo 2225%, passaram de US$450 milhões para US$10,59 bilhões em 2006 e, em menos de 5 anos, duplicou seu número atingindo US$26,8 bilhões em 2011, contudo obteve retração em 2014, com uma queda de aproximadamente US$6 bilhões, conforme o gráfico 12.
A redução de preços dos produtos do grupo 2, principalmente de combustíveis e lubrificantes, afetaram gradativamente as exportações desses produtos, de acordo com a SECEX. Outro setor afetado pelo preço do petróleo é o dos fertilizantes básicos à base de potássio (derivados do petróleo, em sua maioria), que entre 2007 e 2008 teve aumento gradativo graças ao aumento do barril de petróleo e que, indiretamente, tornou o preço da soja mais caro, sendo os fertilizantes um dos itens mais caros utilizados na cultura de soja, pois, de acordo com Branco (2008), "esse insumo chega a representar mais de 40% dos custos totais para essa cultura, dessa forma o seu preço possui grande influência nas decisões de produção dos sojicultores".

De 1995 a 2014, o Brasil tem uma média de exportação de US$9,55 bilhões e US$19,04 bilhões em importação, apesar de o país ser um grande extrator do produto em sua forma bruta, ele não o manufatura, apenas o exporta em forma bruta e importa seus derivados. De 1995 a 2000 o Brasil não alcançou nem US$1 bilhão em exportação nessa área a cada ano, mas ao mesmo tempo importava uma média de US$6,35 bilhões.
Com uma média de exportação de 7,03% (vide gráfico 13), o país atingiu um total exportado de US$191 bilhões até 2014, com destaque para os primeiros anos, nos quais a participação passou de 1,0%, em 1995, para 3,6%, em 2001, aumentando sua participação média para 5,3%, em 2006, e para 9,1% em 2014. As importações (gráfico 14) mantiveram sua participação até 20% em 2014, com uma média de 14,6%, um crescimento acompanhado pelo aumento da economia do país.



Gráficos 13 e 14 – Participação média de Petróleo e combustíveis na Exportação Total e Importação Total, respectivamente, do Brasil entre os anos de 1995 a 2014 (em U$ bilhões e %)


Carnes e seus derivados
O setor de carnes e derivados foi o que mais teve aumento no quantum exportado, atingindo US$15,42 bilhões em 2014 em consonância de 1995, ano no qual o país exportou US$970 milhões. É, contudo, o quinto produto mais exportado (em valores US$ FOB) em relação aos outros quatro analisados, ainda que tenha crescido 1491% nos últimos vinte anos. No tocante às importações, o país manteve uma média de US$180 milhões.

De acordo com o MAPA, "o Brasil lidera o ranking de maior exportador de carne bovina do mundo desde 2008 e as estatísticas mostram crescimento também para os próximos anos". Segundo estimativas, o país corresponde por 7,3% da produção mundial, sendo o segundo maior produtor mundial de carne bovina e, como afirma Bliska e Guilhoto (),
a participação brasileira no mercado internacional de carnes poderá crescer, uma vez que algumas áreas de produção de bovinos estão tornando-se livres da febre aftosa, uma das principais barreiras sanitárias às exportações brasileiras de carnes. Mas existem, ainda, barreiras tarifárias e ecológicas.
Gráficos 16 e 17 – Participação média de Carnes na Exportação Total e Importação Total, respectivamente, do Brasil entre os anos de 1995 a 2014 (em U$ bilhões e %)

Com relação à participação da carne nas exportações, entre 1995 e 2014 foi de 5,19% o total e de 4,8% a média, passando de 2,1% para 6,8%. As importações, contudo, tiveram crescimento médio de 0,19%, mas ainda assim decresceram sua participação em 48%, passando de 0,43% em 1995 para 0,21%.
Consoante Bliska e Guilhoto, apud Bliska (1999):
b) O índice de produção industrial dos países industrializados (IPI) é a variável econômica externa que causa impactos mais significativos tanto sobre as exportações brasileiras de carne bovina como sobre as exportações de carne de aves, mas seus efeitos são mais intensos e persistentes sobre as exportações de carne bovina.

Índice de Vantagens Comparativas Reveladas
De acordo com os gráficos 18 e 19, o Brasil possui Vantagens Comparativas Reveladas no Complexo de Soja e Carnes, indicando especialização destes produtos frente ao comércio brasileiro. Com seu ápice em 2011, o país atingiu 855,2 no IVCR, contudo decaiu para 153,42 no ano seguinte para a soja, enquanto que o setor de carne teve seu ápice em 2008 com 69,70 e, em 2014, reduziu pela metade.
A retração do complexo de soja deve-se, contudo, à diminuição da importação pela União Europeia que atentou seu foco à importação de outras culturas, como o milho e outras sementes oleaginosas, contudo, em 2008 era responsável por 19,8% do volume total, além das barreiras impostas pela China aos produtos do mercado agrícola brasileiro.

O setor de Petróleo e combustíveis, em seguida dos Materiais de transporte, é o que menos apresenta Vantagens Comparativas Reveladas, com 0,47 e 0,69 em 2014, respectivamente. Como já disposto nos subtópicos do item 3, o Brasil está em perda de competitividade nos grupos 3 e 4 desde o início do século e sua representatividade no comércio internacional, em especial do bilateralismo Brasil-EUA e Brasil-Europa, vem diminuindo constantemente.


A economia Chinesa
A pauta de exportações chinesas teve crescimento intensificado nos últimos vinte anos, um processo que teve início com o programa de desenvolvimento instaurado em 1978, o qual visava uma maior abertura e desenvolvimento econômico. Já em 2007, quando o país atingiu seu primeiro trilhão de dólares de produtos exportados o mesmo alcançava a 3ª posição como potência mundial, elevando sua participação na economia global e crescendo o PIB 1269%, passando de US$728,01 bilhões de dólares para US$9.240,27 trilhões em 2014, vide tabela 2.
Tabela 2 – Demonstrativo da evolução do PIB, Importação, Exportação, Saldo e Corrente de Comércio (em bilhões de dólares) da China entre os anos de 1995 a 2014.
ANO
PIB
EXPORTAÇÃO
IMPORTAÇÃO
SALDO (X-M)
CORRENTE (X+M)
2014
-
$2.342,75
$1.960,29
$382,46
$4.303,04
2013
$9.240,27
$2.209,00
$1.949,99
$259,02
$4.158,99
2012
$8.229,49
$2.048,71
$1.818,41
$230,31
$3.867,12
2011
$7.321,89
$1.898,38
$1.743,48
$154,90
$3.641,87
2010
$5.930,50
$1.577,75
$1.396,25
$181,51
$2.974,00
2009
$4.990,23
$1.201,61
$1.005,92
$195,69
$2.207,54
2008
$4.521,83
$1.430,69
$1.132,57
$298,13
$2.563,26
2007
$3.494,06
$1.220,46
$956,12
$264,34
$2.176,57
2006
$2.712,95
$968,98
$791,46
$177,52
$1.760,44
2005
$2.256,90
$761,95
$659,95
$102,00
$1.421,91
2004
$1.931,64
$593,33
$561,23
$32,10
$1.154,56
2003
$1.640,96
$438,23
$412,76
$25,47
$850,99
2002
$1.453,83
$325,60
$295,17
$30,43
$620,77
2001
$1.324,81
$266,10
$243,55
$22,55
$509,65
2000
$1.198,47
$249,20
$225,09
$24,11
$474,30
1999
$1.083,28
$194,93
$165,70
$29,23
$360,63
1998
$1.019,46
$183,71
$140,24
$43,48
$323,95
1997
$952,65
$182,79
$142,37
$40,42
$325,16
1996
$856,08
$151,05
$138,83
$12,22
$289,88
1995
$728,01
$148,78
$132,08
$16,70
$280,86
As importações, com crescimento de 1484%, passaram de US$132,08 bilhões para US$1.960,29 trilhão em 2014, em paridade às exportações, elevando de US$148,78 bilhões para US$2.342,75 trilhões, representando um crescimento de 1575%. Somente nos últimos cinco tanto as exportações, importações quanto o PIB duplicaram.

Fonte: Worldbank. Elaboração própria

Considerações finais
O Brasil, considerado primordialmente um país primário-exportador para a economia mundial, vem desde 1995 aumentando consideravelmente a produção de produtos do grupo 1, ao passo em que perde competitividade frente aos EUA e China, por exemplo, na exportação de produtos do grupo 4. A exportação do complexo de soja (óleo de soja, soja em grão e farelo de soja) representou, no século passado, principal fonte da economia e das relações multilaterais do Brasil com o resto do mundo. Hoje, dada a especialização do mercado Chinês e da forte competitividade que este vem apresentando pós-crise, o Brasil perdeu espaço no mercado mundial nos setores de agregados, contudo, sendo principal fonte da sojicultora e da carne, a relação sino-brasileira tem se intensificado com a visão ambiciosa do continente asiático no mercado sul-americano.
A criação de políticas públicas favoráveis ao plantio de produtos in natura (como a Lei Kandir), a qual desonerava os produtos exportados não só pelo Brasil como pelo mundo todo à China, e a entrada da mesma à OMC em 2007 permitiram ao Brasil um aumento na negociação de produtos dos quais o país tem grande capacidade exportadora. Esta via de mão-dupla, contudo, foi prejudicada pela dificuldade encontrada pelo mercado nacional na exportação de carne, por exemplo. A China, que desde 2002 aplica barreiras não-tarifárias (fitossanitárias, exclusivamente) à importação de carne, discute acordos até hoje sobre a possibilidade da importação de carne brasileira.
Ainda que com forte especialização nos produtos primários, como a soja e os minérios, o país ainda deve aumentar seus gastos com infraestrutura e melhorias nos principais insumos para o cultivo e extração a fim de evitar gastos e prejuízos que os sojicultores e extratores têm ao final de sua produção. Possui, ainda, forte retração para a entrada de novos mercados em potencial, dado seu coeficiente de abertura baixo, o que pode ser explicado pelo subsídio dado aos importadores para que o mercado cresça internamente e se torne tão competitivo quanto o mercado chinês, por exemplo, que possui produtos a preços baixos e com qualidade média.
As relações Brasil e China têm se intensificado cada vez mais com o aumento do interesse do mercado asiático nos produtos de origem vegetal e com a alta importação por parte do mercado nacional dos produtos manufaturados de média-baixa e média-alta tecnologia.
Os índices de Bela Balassa e Grau de Abertura Total do Brasil indicam que o país caminha para uma especialização unitária da produção dedicada, majoritariamente, a produtos do capítulo 02 da NCM e 12. A perda do valor do mercado de petróleo e, principalmente, da Petrobrás no patamar mundial fez com que houvesse retração da quantidade exportada pelo país e aumento da quantidade importada, tornando a Balança comercial no último ano negativa.
A abertura de comércio para a exportação de produtos primários permite ao Brasil engajar a economia e isto possibilita a paridade do mercado produtor. Ainda que a China esteja a passos largos (e que as relações do Brasil com os países fora do bloco Mercosul estejam a passos lentos), é uma possibilidade para os agricultores e pecuários uma maior investida do mercado estrangeiro no país e, a famosa "desindustrialização" do país somente ocorrerá caso o país continue a importar somente agregados ao passo em que exporta a matéria-prima aos grandes desenvolvedores.
Conclui-se, portanto, que a visão do Brasil perante seu próprio marketshare é errônea, uma vez que o país tem aumentado sua participação no mercado mundial. É de grande valia, no entanto, afirmar que o mercado que mais tenha agregado valor nos últimos anos é o de manufaturados dado o encarecimento da matéria-prima (uma estratégia de acordos bilaterais do qual o Brasil tem ficado "de fora"). A criação de acordos com a União Europeia e a retração do mercado chinês, além da crise mundial de 2008 (da qual o Brasil não saiu ileso, embora tenha sido afetado gradativamente nos últimos anos), tornou viável ao país tentar negociar com o mercado asiático mais produtos que não sejam do complexo de soja, como a carne e o minério de ferro.



Apêndices
Tabela 3 – Indicadores de internacionalização do Brasil e da China entre 1995 e 2014 (em bilhões de U$)

BRASIL
CHINA
ANO
GAT
IBB
TA
GAT
IBB
TA
2014
0,21
-0,01
0,11
0,45
0,09
0,21
2013
0,21
0,00
0,11
0,45
0,06
0,21
2012
0,21
0,04
0,10
0,47
0,06
0,22
2011
0,19
0,06
0,09
0,50
0,04
0,24
2010
0,18
0,05
0,08
0,50
0,06
0,24
2009
0,17
0,09
0,08
0,44
0,09
0,20
2008
0,22
0,07
0,10
0,57
0,12
0,25
2007
0,21
0,14
0,09
0,62
0,12
0,27
2006
0,21
0,20
0,08
0,65
0,10
0,29
2005
0,22
0,23
0,08
0,63
0,07
0,29
2004
0,24
0,21
0,09
0,60
0,03
0,29
2003
0,22
0,20
0,09
0,52
0,03
0,25
2002
0,21
0,12
0,09
0,43
0,05
0,20
2001
0,21
0,02
0,10
0,38
0,04
0,18
2000
0,17
-0,01
0,09
0,40
0,05
0,19
1999
0,17
-0,01
0,08
0,33
0,08
0,15
1998
0,13
-0,06
0,07
0,32
0,13
0,14
1997
0,13
-0,07
0,07
0,34
0,12
0,15
1996
0,12
-0,06
0,06
0,34
0,04
0,16
1995
0,13
-0,03
0,06
0,39
0,06
0,18

Tabela 4 – Exportação e Importação de Carnes no Brasil entre 1995 e 2014 (em bilhões de U$) e sua participação (em %) na economia
ANO
Exportação
Part. (%)
Importação
Part. (%)
GAP
IVCR
2014
$ 15,42
6,8%
$0,48
0,21%
0,66%
32,90
2013
$ 14,79
6,1%
$0,35
0,15%
0,66%
42,00
2012
$ 13,70
5,6%
$0,35
0,16%
0,61%
36,21
2011
$ 13,72
5,4%
$0,29
0,13%
0,55%
41,40
2010
$ 11,88
5,9%
$ 0,21
0,12%
0,55%
50,82
2009
$9,89
6,5%
$0,15
0,12%
0,61%
54,70
2008
$ 12,29
6,2%
$0,15
0,09%
0,74%
69,70
2007
$9,61
6,0%
$0,12
0,10%
0,70%
60,77
2006
$7,34
5,3%
$ 0,08
0,09%
0,67%
57,26
2005
$7,17
6,0%
$0,10
0,13%
0,81%
45,39
2004
$5,55
5,7%
$ 0,08
0,13%
0,84%
42,97
2003
$3,64
5,0%
$0,07
0,15%
0,66%
33,19
2002
$2,75
4,6%
$0,08
0,17%
0,55%
26,68
2001
$2,55
4,4%
$0,07
0,13%
0,46%
34,80
2000
$1,61
2,9%
$0,13
0,23%
0,25%
12,82
1999
$1,53
3,2%
$0,09
0,19%
0,26%
16,84
1998
$1,25
2,4%
$0,19
0,33%
0,15%
7,34
1997
$1,30
2,4%
$0,24
0,39%
0,15%
6,32
1996
$1,24
2,6%
$0,21
0,39%
0,15%
6,64
1995
$0,97
2,1%
$0,21
0,43%
0,13%
4,81


Tabela 5 – Exportação e Importação do Complexo de Soja no Brasil entre 1995 e 2014 (em bilhões de U$) e sua participação (em %) na economia
ANO
Exportação
Part. (%)
Importação
Part. (%)
GAP
IVCR
2014
$ 31,41
14%
$ 0,26
0,11%
1,38%
124,07
2013
$ 30,97
13%
$ 0,14
0,06%
1,38%
226,16
2012
$ 26,12
11%
$ 0,16
0,07%
1,16%
153,42
2011
$ 24,15
9%
$ 0,02
0,01%
0,98%
855,20
2010
$ 17,11
8%
$ 0,07
0,04%
0,80%
218,94
2009
$ 17,25
11%
$ 0,07
0,06%
1,06%
194,28
2008
$ 17,99
9%
$ 0,11
0,06%
1,09%
146,75
2007
$ 11,39
7%
$ 0,09
0,08%
0,83%
91,10
2006
$ 9,31
7%
$ 0,05
0,05%
0,86%
131,70
2005
$ 9,48
8%
$ 0,10
0,14%
1,07%
57,13
2004
$ 10,05
10%
$ 0,13
0,20%
1,51%
51,85
2003
$ 8,13
11%
$ 0,30
0,63%
1,47%
17,60
2002
$ 6,01
10%
$ 0,29
0,61%
1,19%
16,43
2001
$ 5,30
9%
$ 0,20
0,35%
0,96%
25,75
2000
$ 4,20
8%
$ 0,18
0,33%
0,65%
23,15
1999
$ 3,78
8%
$ 0,17
0,34%
0,64%
23,08
1998
$ 4,76
9%
$ 0,37
0,63%
0,56%
14,72
1997
$ 5,73
11%
$ 0,41
0,67%
0,66%
16,20
1996
$ 4,46
9%
$ 0,36
0,68%
0,53%
13,79
1995
$ 3,82
8%
$ 0,33
0,67%
0,50%
12,35




Tabela 6 – Discriminação da Exportação e Importação Total dos produtos do Complexo de soja entre 1995 e 2014 (em US$ bilhões FOB)
Ano
Soja em grão
Farelo de soja
Óleo de soja

Exp.
Imp.
Exp.
Imp.
Exp.
Imp.
2014
$23,28
$ 0,23
$ 7,00
$ 0,00
$ 1,13
$ 0,00
2013
$22,81
$ -
$ 6,79
$ 0,00
$ 1,37
$ 0,00
2012
$17,46
$ 0,00
$ 6,60
$ 0,00
$ 2,07
$ 0,00
2011
$16,33
$ 0,01
$ 5,70
$ 0,00
$ 2,13
$ 0,00
2010
$11,04
$ 0,04
$ 4,72
$ 0,01
$ 1,35
$ 0,01
2009
$11,41
$ 0,04
$ 4,59
$ 0,01
$ 1,23
$ 0,02
2008
$10,94
$ 0,04
$ 4,36
$ 0,04
$ 2,67
$ 0,03
2007
$ 6,70
$ 0,03
$ 2,96
$ 0,02
$ 1,72
$ 0,04
2006
$ 5,66
$ 0,01
$ 2,42
$ 0,02
$ 1,23
$ 0,01
2005
$ 5,34
$ 0,07
$ 2,87
$ 0,03
$ 1,27
$ 0,00
2004
$ 5,39
$ 0,07
$ 3,27
$ 0,05
$ 1,38
$ 0,02
2003
$ 4,29
$ 0,23
$ 2,60
$ 0,05
$ 1,23
$ 0,02
2002
$ 3,03
$ 0,17
$ 2,20
$ 0,06
$ 0,78
$ 0,05
2001
$ 2,73
$ 0,13
$ 2,07
$ 0,03
$ 0,51
$ 0,02
2000
$ 2,19
$ 0,13
$ 1,65
$ 0,00
$ 0,36
$ 0,03
1999
$ 1,59
$ 0,08
$ 1,50
$ 0,00
$ 0,69
$ 0,07
1998
$ 2,18
$ 0,20
$ 1,75
$ 0,00
$ 0,83
$ 0,13
1997
$ 2,45
$ 0,26
$ 2,68
$ 0,00
$ 0,60
$ 0,07
1996
$ 1,02
$ 0,24
$ 2,73
$ 0,21
$ 0,71
$ 0,09
1995
$ 0,77
$ 0,19
$ 2,00
$ 0,00
$ 1,05
$ 0,13

Tabela 7 – Exportação e Importação de Petróleo e combustíveis no Brasil entre 1995 e 2014 (em bilhões de U$) e sua participação (em %) na economia
ANO
Exportação
Part. (%)
Importação
Part. (%)
GAP
IVCR
2014
$ 20,65
9,2%
$45,04
19,7%
0,79%
0,47
2013
$ 17,82
7,4%
$45,81
19,1%
0,79%
0,39
2012
$ 26,47
10,9%
$40,19
18,0%
1,18%
0,61
2011
$ 26,79
10,5%
$41,97
18,5%
1,08%
0,56
2010
$ 19,84
9,8%
$29,95
16,5%
0,93%
0,60
2009
$ 13,66
8,9%
$18,87
14,8%
0,84%
0,60
2008
$ 18,69
9,4%
$34,29
19,8%
1,13%
0,48
2007
$ 13,30
8,3%
$22,34
18,5%
0,97%
0,45
2006
$ 10,59
7,7%
$17,16
18,8%
0,97%
0,41
2005
$7,10
6,0%
$13,47
18,3%
0,80%
0,33
2004
$4,42
4,6%
$11,45
18,2%
0,67%
0,25
2003
$3,80
5,2%
$7,46
15,4%
0,69%
0,34
2002
$2,95
4,9%
$6,98
14,8%
0,59%
0,33
2001
$2,09
3,6%
$7,73
13,9%
0,38%
0,26
2000
$0,91
1,6%
$8,29
14,8%
0,14%
0,11
1999
$0,40
0,8%
$5,43
11,0%
0,07%
0,08
1998
$0,35
0,7%
$5,10
8,8%
0,04%
0,08
1997
$0,32
0,6%
$6,78
11,1%
0,04%
0,05
1996
$0,46
1,0%
$6,93
13,0%
0,05%
0,07
1995
$0,45
1,0%
$5,58
11,2%
0,06%
0,09

Tabela 8 – Exportação e Importação dos Materiais de transporte no Brasil entre 1995 e 2014 (em bilhões de U$) e sua participação (em %) na economia
ANO
Exportação
Part. (%)
Importação
Part. (%)
GAP
IVCR
2014
$16,14
7,2%
$23,92
10,4%
1,18%
0,69
2013
$26,57
11,0%
$26,50
11,1%
1,18%
0,99
2012
$19,44
8,0%
$25,21
11,3%
0,86%
0,71
2011
$19,58
7,6%
$26,38
11,7%
0,79%
0,66
2010
$17,27
8,6%
$20,90
11,5%
0,81%
0,74
2009
$13,00
8,5%
$14,19
11,1%
0,80%
0,77
2008
$22,39
11,3%
$16,35
9,5%
1,35%
1,20
2007
$19,45
12,1%
$10,46
8,7%
1,42%
1,40
2006
$16,06
11,7%
$7,21
7,9%
1,48%
1,48
2005
$15,31
12,9%
$5,46
7,4%
1,74%
1,74
2004
$13,10
13,5%
$4,21
6,7%
1,97%
2,02
2003
$8,16
11,1%
$3,27
6,8%
1,48%
1,65
2002
$7,33
12,1%
$3,47
7,3%
1,45%
1,65
2001
$8,07
13,8%
$4,75
8,5%
1,46%
1,62
2000
$8,06
14,6%
$4,94
8,8%
1,25%
1,65
1999
$5,49
11,4%
$4,65
9,4%
0,94%
1,21
1998
$6,46
12,6%
$6,79
11,8%
0,77%
1,07
1997
$5,62
10,6%
$6,38
10,4%
0,65%
1,02
1996
$3,72
7,8%
$4,50
8,4%
0,44%
0,92
1995
$3,34
7,2%
$6,04
12,2%
0,43%
0,59

Tabela 9 – Exportação e Importação de Minérios no Brasil entre 1995 e 2014 (em bilhões de U$) e sua participação (em %) na economia
ANO
Exportação
Part. (%)
Importação
Part. (%)
GAP
IVCR
2014
$28,40
12,6%
$ 1,24
0,54%
1,56%
23,30
2013
$35,08
14,5%
$ 1,35
0,56%
1,56%
25,82
2012
$33,24
13,7%
$ 0,94
0,42%
1,48%
32,48
2011
$44,22
17,3%
$ 1,47
0,65%
1,79%
26,62
2010
$30,84
15,3%
$ 1,35
0,74%
1,44%
20,55
2009
$14,45
9,4%
$ 0,85
0,66%
0,89%
14,26
2008
$18,73
9,5%
$ 1,34
0,78%
1,13%
12,20
2007
$12,03
7,5%
$ 1,57
1,30%
0,88%
5,76
2006
$9,76
7,1%
$ 1,47
1,61%
0,90%
4,40
2005
$8,02
6,8%
$ 0,79
1,08%
0,91%
6,28
2004
$5,24
5,4%
$ 0,68
1,08%
0,79%
4,99
2003
$3,64
5,0%
$ 0,33
0,69%
0,66%
7,21
2002
$3,19
5,3%
$ 0,28
0,59%
0,63%
8,98
2001
$3,13
5,4%
$ 0,30
0,54%
0,57%
9,96
2000
$3,26
5,9%
$ 0,35
0,63%
0,50%
9,42
1999
$2,94
6,1%
$ 0,32
0,65%
0,50%
9,47
1998
$3,47
6,8%
$ 0,28
0,48%
0,41%
14,04
1997
$3,06
5,8%
$ 0,38
0,62%
0,35%
9,25
1996
$2,93
6,1%
$ 0,37
0,70%
0,35%
8,80
1995
$2,75
5,9%
$ 0,27
0,54%
0,36%
10,86

Tabela 10 – Capítulos, Subcapítulos e NCMs utilizados na análise (de acordo com o MDIC)
Produto
Capítulo
Posição
NCM
Complexo de Soja



1. Farelo de soja
23
04
2304.00.10 a 2304.00.90
2. Farinha de soja
12
08
1208.10.00
3. Óleo de soja
15
07
1507.10.00 a 1507.90.90
4. Soja em grão
12
01
1201.00.10 a 1201.00.90
Carnes e seus derivados
02
-
-
Materiais de transporte
86 a 89
-
-
Petróleo e combustíveis
27
-
-
Minérios
26
-
-



Referências Bibliográficas
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ABRITA, M. B.; SANTOS, A. S. dos. Complexo da soja no Brasil, consequências da Lei Kandir e da parceria com a China. Economia, Universidade de Brasília e Universidade Estadual de Maringá, 2014. Disponível em . Acesso em 26 de maio de 2015.

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AZEVEDO, André Filipe Zago de; MENDES, André Toledo; TERRA, Paulo Renato Soares. Um estudo empírico sobre as perspectivas de ampliação das relações comerciais entre Brasil e China (2013). Acesso em 10 de junho de 2015.

BRANCO, A. L. de O. C. A produção de soja no Brasil: Uma análise econométrica no período de 1994-2008. Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Centro de Economia e Administração, Faculdade de Ciências Econômicas.

BLISKA, F. M. de M; GUILHOTO, J. J. M. O Mercado Internacional de carnes e a Economia Brasileira. Universidade de São Paulo. Disponível em .

CASTRO et al, Lavínia Barros de. O Comércio Brasil-China: Situação atual e potencialidades de crescimento (2004). Acesso em 10 de junho de 2015

COSTA, C. K. F. Impacto dos subsídios sobre as exportações dos complexos soja e suco de laranja do Brasil: abordagem pela teoria dos jogos. Economia de Empresas, João Pessoa, 2008. Disponível em . Acesso em 27 de maio de 2015.

IBRAM. Informações e Análises da Economia Mineral Brasileira. Sistema de Informações e Análises da Economia Mineral Brasileira, 6ª ed., 2011. Disponível em . Acesso em 10 de junho de 2015.

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IVAN Kushnir's Research Center. Produto interno bruto (PIB) do Brasil, 1970-2012. Disponível em . Acesso em 01 de junho de 2015.

MARCONI, Nelson. O desempenho do Comércio Exterior Brasileiro no período pós-crise. Boletim de Economia e Política Internacional, Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) Diretoria de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais, nº 1, 2013.
MARTINS, Rafael. Disponível em . Acesso em 09 de junho de 2015

MINISTÉRIO da Agricultura. Disponível em . Acesso em 21 de maio de 2015.

MINISTÉRIO do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 3- Indicadores da economia internacional. Disponível em . Acesso em 27 de maio de 2015.

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Receita Federal do Brasil. O comércio Brasil-China de mercadorias: principais características (200). Disponível em . Acesso em 10 de junho de 2015.

SOUSA, J. M. Disponível em . Acesso em 01 de junho de 2015

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TRADING economics. Brasil – PIB. Disponível em . Acesso em 19 de maio de 2015.

UNITED Nation – National accounts main aggregates database. Brazil GDP, at current prices – US Dollars. Disponível em . Acesso em 01 de junho de 2015.

WORLDBANK. GDP (current US$). Disponível em . Acesso em 27 de maio de 2015.

WORLD Trade Organization. Statistics Database. Disponível em . Acesso em 09 de junho de 2015.
Gráfico 9 - Relação de Exportação e Importação brasileira de Mat. de Transporte






Gráfico 15 - Relação de Exportação e Importação brasileira de Carnes








Gráfico 12 - Relação de Exportação e Importação brasileira de Petróleo e Combustíveis









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