Indústrias Culturais e Criativas

July 18, 2017 | Autor: Pedro Vaz Serra | Categoria: Creative and Cultural Industries
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Indústrias Culturais e Criativas PREFÁCIO por Pedro Vaz Serra

As indústrias culturais e criativas não são uma tendência, não são uma moda, não são um fenómeno passageiro. Constituem, essencialmente, uma forma de afirmação da nossa sociedade; de equilíbrio do nosso espaço comum e de interacção; de manifestação do nosso desejo de partilhar e de evoluir; da inevitabilidade de criarmos métodos, processos e instrumentos compatíveis com a nossa incontornável necessidade de potenciar o crescimento e gerar desenvolvimento. O sector das indústrias culturais e criativas é abrangente. Inclui as artes do espectáculo, as artes visuais, o património cultural, o cinema e a radiotelevisão, a música, a edição, os jogos de vídeo, os novos média, a arquitectura, o design, o design de moda e a publicidade. E é um sector responsável pela criação de mais de 5 milhões de empregos, só na União Europeia (UE). Hoje, já representa 2,6% da riqueza anual produzida em toda a Europa, mas representará muito mais, no futuro próximo, pois o ritmo do seu crescimento é notável, bastante superior à maioria dos restantes sectores da economia, contribuindo para uma evolução sustentável e inclusiva da nossa sociedade. Temos, no entanto, algumas questões que, neste momento e nas actuais circunstâncias, devemos formular:   

Como podemos facilitar o acesso ao financiamento para as pequenas e micro empresas, cujo único activo reside na sua criatividade? Como pode a UE ajudar a garantir a correcta combinação de competências criativas e de gestão nestes sectores? Como podemos fomentar mais e melhor inovação e experimentação, designadamente um uso mais amplo das tecnologias da informação e da comunicação?

As indústrias culturais e criativas também estimulam a competitividade e a coesão social, das nossas cidades, das nossas regiões. O investimento neste sector ajuda a transformar a vida das cidades, tendo repercussão no nosso espaço comum e partilhado e, de forma muito expressiva, nas diversas tipologias e sectores da actividade empresarial. Mas as indústrias culturais e criativas não esgotam a sua acção aos níveis locais e regionais. Têm um alcance potencialmente global, contribuindo para a nossa presença no mundo. E, muitas vezes, permitem que o mundo venha até nós. Quando a Isabel Garcia - com o seu espírito saudavelmente irrequieto, o seu dinamismo, a sua capacidade de trabalho, a sua dedicação às causas e a sua vocação empreendedora

- contactou o Clube de Empresários de Coimbra, aliás de cujo Conselho Consultivo faz parte, o que muito nos honra, a propósito deste aliciante tema, era nosso dever e obrigação não só acolher a ideia com entusiasmo, como também contribuir no âmbito da nossa acção, para a sua divulgação e, acima de tudo, para a criação de estímulos ao seu crescimento e desenvolvimento. Foi exactamente o que procurámos fazer! Assim, levámos este tema à análise e debate numa das nossas reuniões do Conselho Consultivo; convidámos a Isabel Garcia para apresentá-lo no âmbito do 1º Congresso do Clube de Empresários de Coimbra e fomos acompanhando, de forma atenta, o empenho e a determinação colocados ao serviço deste desígnio. Pois bem, chegámos aqui. Sentimos que ultrapassámos a “casa da partida” e que, gradualmente, começam a emergir esforços e vontades para que o caminho, por vezes sinuoso, possa prosseguir. Não existe, propriamente, uma “casa de chegada”, mas existe um percurso transitável, um motor movido a força-de-vontade, um ritmo que será aquele que todos nós quisermos e, principalmente, uma realidade construída e um horizonte de futuro que obriga a que, diariamente, façamos mais, façamos melhor e, muitas vezes, façamos diferente. Nós, pela nossa parte, tudo faremos para participar, de forma activa, neste caminho, com criatividade e inovação!

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