INFLUÊNCIA DA FERRITA DELTA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS AÇOS INOXIDÁVEIS AISI 316L E 317L APÓS SOLDAGEM

INFLUÊNCIA DA FERRITA DELTA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS AÇOS INOXIDÁVEIS AISI 316L E 317L APÓS SOLDAGEM Welder Michael Altieri - UPM Prof. Dr. Jan Vatavuk - UPM Profa. Dra. Sonia Braunstein Faldini - UPM

Resumo O objetivo do presente trabalho é avaliar a relação entre a quantidade da fração volumétrica de ferrita delta presente, formada durante o processo de soldagem TIG e sua influência nas propriedades mecânicas de dois aços inoxidáveis austeniticos, AISI 316L e 317L, ambos utilizados pela indústria principalmente na fabricação de vasos de pressão. Foram analisadas amostras dos aços AISI 316 L e 317L soldados através do processo TIG, com e sem tratamento térmico de solubilização à temperatura de 1100°C. O tratamento térmico de solubilização serve para dissolução da ferrita delta na matriz, diminuindo, portanto, sua fração volumétrica. A composição química nominal dos aços AISI 316L e 317L são as seguintes: AISI 316L - 0,03%C; 2,00%Mn; 1,00 %Si; 0,045%P; 0,03%S; 16,0018,00%Cr; 10,00-14,00%Ni; 2,00-3,00%Mo;– AISI 317L - 0,03%C; 2,00%Mn; 1,00 %Si; 0,045%P; 0,03%S; 18,00-20,00%Cr; 11,00-15,00%Ni; 3,00-4,00%Mo. A análise realizada através de ferritoscópio indica teores diferentes de ferrita delta entre os dois materiais, apesar dos mesmo parâmetros de soldagem utilizados, o que, portanto, indica que a presença dos elementos ferritizantes, tais como molibdênio em maior quantidade no AISI 317L, auxiliam na formação e crescimento da fração volumétrica da ferrita delta na matriz. Os corpos de provas foram usinados, mantendo os cordões em sua seção transversal, onde durante os ensaios de tração espera-se que haja um aumento na ductilidade e diminuição da resistência à tração nos corpos de provas soldados e tratados termicamente por solubilização, devido à provável diminuição da fração volumétrica da ferrita delta na matriz. As amostras serão preparadas para analise metalográfica, onde inicialmente a fratura será verificada por meio de MO e MEV, lixamento úmido, polimento abrasivo e ataque eletrolítico, para qual se utilizará como eletrólito uma solução de ácido oxálico e KOH, avaliando neste caso a microestrutura na seção paralela à área ensaiada.