INFLUÊNCIA DO ENSACAMENTO DE INFLORESCÊNCIAS DE Butia odorata NO CONTROLE DE INSETOS-PRAGA E NA QUALIDADE DAS AMÊNDOAS.

July 3, 2017 | Autor: Jones Eloy | Categoria: Entomologia, Fitotecnia, Fruticultura de Clima Temperado, Fruteiras Nativas
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INFLUÊNCIA DO ENSACAMENTO DE INFLORESCÊNCIAS DE Butia odorata NO CONTROLE DE INSETOS-PRAGA E NA QUALIDADE DAS AMÊNDOAS. Jones Eloy1; Diego Weber1; Günter Timm Beskow1; Gustavo Marin Andreeta2; José Carlos Fachinello3 1

Mestre em Agronomia, FAEM-UFPel, Pelotas/RS, [email protected]; [email protected]; [email protected]. 2 Graduando em Agronomia, FAEM-UFPel, Pelotas/RS, [email protected]. 3 Prof. Dr. Dpto. Fitotecnia, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas/RS, [email protected].

A produção de frutos e sementes em diversas fruteiras fica determinado por uma boa polinização realizada por insetos, vento, etc. Quando não forem bem polinizadas, poderá ocorrer a formação de frutos de tamanho reduzido e de baixa qualidade. Todavia, algumas espécies de insetos, causam danos à epiderme dos frutos, bem como depositam seus ovos nos frutos. Em alguns casos de espécies de Curculionidae, as larvas penetram no pirênio (caroço) e consomem as amêndoas. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência do ensacamento das inflorescências de Butia odorata no controle de insetos-praga e na qualidade das amêndoas. O presente trabalho foi desenvolvido na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no município de Capão do Leão/RS. Durante a safra 2011/2012 foram avaliados 14 genótipos de butiazeiro. Foi realizado o ensacamento da segunda, quarta e sextas brácteas pedunculares (2ª, 4ª e 6ª BP’s), utilizando saco de TNT (Tecido-Não-Tecido) de gramatura 100 (g/m2) (tratamento 2) e as primeiras, terceiras e quintas (1ª, 3ª e 5ª) BP’s sem ensacamento (tratamento 1). Após 30 dias da abertura das BP’s (plena floração masculina) retirou-se o saco. Foi coletada uma amostra de cada cacho, composta por 60 frutos cada. Os frutos foram analisados no Laboratório de Fruticultura (Lab Agro) da UFPel. Avaliou-se a porcentagem de amêndoas brocadas por pirênio (%AB/P), porcentagem de pirênios sem formação de amêndoas (%PSFA), número de amêndoas por pirênio (NA/P), porcentagem de frutos com presença de danos na epiderme (%FDE) e massa média unitária de amêndoas (MMUA). O delineamento utilizado foi o completamente casualizado, fatorial 14x2 (quatorze genótipos e dois tratamentos) com três repetições. A análise de variância foi realizada e quando significativas, as médias foram comparadas pelo teste de Skott-Knott (5%), no programa Assistat. A %AB/P apresentou diferenciação estatística entre as médias dos tratamentos, onde, a testemunha obteve o maior índice (70,77%) de parasitismo das amêndoas, e os pirênios provenientes de frutos ensacados (T2) obtiveram a ausência de parasitismo das amêndoas (0,00%). Os danos causados por insetos na epiderme dos frutos (%FDE) foram avaliados apenas visualmente. Foi percebida a ausência de danos à epiderme em T2, onde os frutos receberam ensacamento com TNT. Em T1, os butiás apresentaram muitas lesões e em todos os cachos desprovidos de ensacamento de todas as plantas observadas. Os danos são causados pelos insetos quando os frutos se encontram em fase inicial de desenvolvimento, salientando-se que, em casos mais severos, o ataque dos insetos ocorre ainda na fase floral (avaliação visual em condições de campo durante período de floração). A variável pirênios sem formação de amêndoas (%PSFA) apresentou diferenciação estatística entre as médias, onde T1 (testemunha) apresentou nulidade (0%) e em T2 (ensacamento) 10% dos pirênios apresentaram ausência de amêndoas. Para o caso da variável MMUA, esta também apresentou diferenciação estatística entre as médias dos tratamentos, sendo que T1 resultou em menor índice (94,80mg) e T2 o maior índice (361,61mg). O número de amêndoas por pirênio (NA/P) apresentou diferenciação estatística entre as médias dos tratamentos, onde a testemunha (T1) obteve a maior média geral (2,06 unidades/pirênio) e pirênios provenientes de frutos ensacados na menor média geral (1,75 unidades/pirênio). O ensacamento dos cachos de Butia odorata com TNT (gramatura 100) resulta na ausência de parasitismo das amêndoas e de danos à epiderme dos butiás, redução do número de amêndoas/pirênio, aumento da massa média unitária das amêndoas e, em alguns casos extremos, ausência de amêndoas nos pirênios. Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAEM/UFPel

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