Inovação nas Pequenas e Médias Indústrias paulistas do Programa ALI/SEBRAE

September 23, 2017 | Autor: R. Santos | Categoria: Inovação Aberta
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Inovação nas Pequenas e Médias Indústrias paulistas do Programa ALI/SEBRAE 1

Rubens da Costa Santos2 Dezembro de 2014 Resumo A pesquisa tem por objetivo avaliar os resultados alcançados no biênio 2013-14 de operação do Programa ALI/SEBRAE em São Paulo junto a pequenas e médias indústrias paulistas (PMIs) participantes do programa. Esse objetivo levou à seleção aleatória no banco de dados elaborado pelo SEBRAE/SP de 41 PMIs paulistas aderidas ao programa dentre 421 que apresentaram duas avaliações do Radar de Inovação (RI). Os graus médios de inovação encontrados na amostra pesquisada foram de 2,90 (com desvio de 0,14) frente à média obtida na primeira aplicação do radar que resultou ser 2,80 (desvio de 0,28). Juntos sinalizam que as PMIs paulistas pesquisadas encontram-se na parte superior do segundo grau da escala de inovação. Entre eles verifica-se um pequeno avanço entre as duas medições, sendo que a segunda média localiza-se no decil superior do segundo grau da escala. Esses achados revelam a existência de oportunidades para dar continuidade à disseminação e estímulo de inovações entre essas PMIs paulistas e apontam a necessidade de realização de estudos adicionais sobre inovações desse setor industrial.

Artigo atende um dos compromissos assumidos pelo autor junto ao Programa ALI/SEBRAE e CNPq 2 Orientador ALI-SP. Bacharel e Mestre em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo e PhD em Marketing pela The University of Texas at Austin, Texas, Estados Unidos. 1

2

Palavras-chave: Inovação, PMIs, Programa ALI/SEBRAE, Estado de São Paulo Abstract: The research aims to evaluate the results achieved in the biennium 2013-14 operation of the ALI Program/SEBRAE in the state of São Paulo in the assistance of small and medium São Paulo industries (SMIs) which participate in this program. This goal led to the random selection from the database prepared by the SEBRAE/SP of 41 SMIs Paulistas adhered to the program among the 421 PMIs of this data base that had two evaluations of the Innovation Radar (IR) according to the rules and procedures of this program. The average degree of innovation found in the sample of 41 São Paulo PMIS surveyed were 2.90 (with standard deviation of 0.14) compared to the average obtained in the first application of radar that turned out to be 2.80 (SD 0.28). Together they indicate that the surveyed São Paulo MPIs are at the top of the second degree of innovation scale and thereabout remained in the second application of the radar. Thus, there was a small advance between the two measurements, in which the second average is now located in the top decimal of the second degree scale. These findings reveal the existence of opportunities for continuing to the conceptual spread and foment of innovations among these Paulistas PMIs as well as suggest the need to develop additional innovations studies in the entire industrial segment. Key words:

Innovation, Small and medium industries, ALI/SEBRAE

Program, São Paulo State

3

INTRODUÇÃO

Nas economias de muitos países cabe às pequenas e médias indústrias (PMIs) papel relevante, seja pela importante contribuição que dão ao PIB, seja pelas expressivas posições que essas empresas assumem como empregadoras e na remuneração a empregados. No Brasil essa situação também está presente. De acordo com números de 2011 divulgados pelo SEBRAE, sabe-se que 27% do PIB brasileiro daquele ano foram gerados por indústrias desse porte (BARRETO, 2014). Como destacado nessa apresentação essas empresas também foram importantes empregadoras – contratando 52% da mão de obra formal no País - e responsáveis por expressivos 40% da massa salarial brasileira total paga pelas empresas a empregados naquele ano (STARTUPI, 2014). Esses números evidenciam o destacado papel das pequenas e

médias empresas no cenário brasileiro.

Tais

expressivos indicadores fazem com que consumidores, trabalhadores, profissionais, empresas, dirigentes e sociedade como um todo dediquem atenção a empreendedores e empreendimentos desse porte. Ademais e especificamente no Brasil cabe ao SEBRAE, entre outras atribuições, disseminar conhecimentos e fomentar práticas gerenciais entre os empresários de pequenos e médios portes (SEBRAE, s/d). O Programa ALI (SEBRAE, s/d). Esse programa, lançado em 2008, tem como missão difundir soluções inovadoras atendendo gratuitamente empreendedores que desejam expandir seus negócios utilizando ações inovadoras e diferenciadas. Como será visto adiante, o Programa ALI estimula o entendimento de que inovar é atividade estratégica das empresas e que serve como base para que os gestores desses negócios possam recriar e aprimorar seus produtos, serviços e processos, beneficiando seus

4

clientes e partes interessados com inovações desejadas e valorizadas pelos mesmos e pela sociedade. Também, as criações resultantes estimulam o desenvolvimento econômico e social. O objetivo da pesquisa exploratória empreendida foi identificar os níveis ou graus de inovação que as PMIs paulistas aderidas há no biênio 2013-14 ao Programa ALI/SEBRAE apresentam em dois momentos distintos da adesão bem como a eventual variação ocorrida nos anos analisados. Este programa passou a ser oferecido a essas empresas MPIs paulistas a partir de 2012 e os primeiros resultados trazem à tona a problemática da inovação nas empresas. A metodologia utilizada foi a do Radar da Inovação (RI), proposta por Sawhney e colegas (2006) adaptada às condições brasileiras pelo SEBRAE para uso no referido programa. Os resultados encontrados junto a PMIs do Paraná participantes do Programa ALI mostram, segundo o RI, que 2 é o grau médio de inovação, considerado incipiente pelos relatores da pesquisa naquela época (SEBRAE/PR, 2009). Quais seriam os resultados alcançados no biênio 2013-14 de operação junto a PMIs de São Paulo? Esse estudo busca respostas a essas questões.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Inovação A partir dos fundamentos shumpeterianos seminais (SCHUMPETER, 1942)

a

inovação

é

elemento

essencial

do

desenvolvimento

econômico, muitos autores (BOUCIKHI; KIMBERLY, 2001; PORTER, 1989b; PRAHALAD; HAMEL, 1991) consideram que a ação inovadora deva ser incessantemente buscada pelos gestores das empresas

5

para modificar produtos e processos em atendimento às demandas e pressões crescentes no contexto global econômico, social e ambiental. No presente estudo, assim como em pesquisa anterior deste autor (SANTOS, 2013), inovação é vista como ação criadora de valor que envolva uma novidade para a organização. Ou seja, a ação diferenciada procura alterar o patamar encontrado na empresa em sua forma de ser e agir, sem necessariamente introduzir algo já encontrado no setor em que está inserida. Essas iniciativas diferenciadas e criativas visam a produzir impactos benéficos na criação de valor da empresa aos clientes, mercado e sociedade de maneira sustentável e duradoura. De fato, como preconizava Porter (1989b) , a inovação é o melhor modo que os empreendedores dispõem para buscar novas

soluções

empreendimento.

e E,

garantir

segundo

a

a

continuidade

proposta

deste

de

um

reconhecido

pesquisador em outra obra, pode até mesmo beneficiar um país (1989a). O estudo global sobre a inovação Global Innovation Index (GII), desenvolvido em parceria pela Cornell University, INSEAD e World Intelectual Property Organization (WIPO, agência da ONU), fornece um

interessante

panorama

mundial

sobre

inovação

(GLOBAL

INNOVATION INDEX 2014, s/d). Nesse estudo são caracterizados 2 subíndices: um relacionado aos insumos (inputs) e outro aos produtos (outputs), ambos referentes a atividades inovadoras. Cada um desses é composto por vários indicadores. Os que integram os insumos referem-se às instituições, capital humano e pesquisa, infraestrutura,

grau

de

sofisticação

do

mercado

e

grau

de

sofisticação das empresas. Dois componentes capturam a qualidade da inovação em relação a produtos (outputs): de um lado

6

conhecimento e tecnologia e, de outro a criatividade. Apoiado nesses indicadores, o GII 2014 é calculado para 142 países e grandes empresas, a partir de 84 indicadores. Um escore é calculado para cada país, sendo que aqueles que obtiverem os maiores valores lideram a lista. O estudo também identifica as mil maiores empresas atuantes nesses países. O Brasil obteve no GII 2014 a pontuação nos investimentos feitos em inovação comparativamente aos outros países considerados no levantamento. Essa avaliação coloca nosso país na 61ª posição quando comparado aos outros 142 países analisados. As primeiras cinco colocações nesse ranking e a posição obtida pelo Brasil são apresentadas na tabela 1 a seguir, sendo que a Suíça (obtendo o escore mais elevado, 64,8) ocupa a liderança, seguida pelo Reino Unido (escore de 62,4). A Suécia (62,3) ficou na terceira posição, em quarto a Finlândia (60,7), Holanda (60,6) na quinta colocação e, o Brasil, bem adiante no ranking, ficou na 61ª posição. TABELA 1 -THE GLOBAL INNOVATION INDEX POSIÇÃO

PAÍS

ESCORE

1

Suíça

64,8

2

Reino Unido

62,4

3

Suécia

62,3

4

Finlândia

60,7

5

Holanda

60,6

61

Brasil

36,3

Fonte: Global Innovation Index 2014 (2014) Quando considerada a região da América Latina e Caribe no GII 2014, o Brasil com 36,3 pontos e 61ª posição no computo geral,

7

revela a situação apresentada na tabela 2 a seguir. TABELA 2 - THE GLOBAL INNOVATION INDEX AMÉRICA LATINA E CARIBE POSIÇÃO

PAÍS

ESCORE

41

Barbados

40,8

46

Chile

40,6

52

Panamá

38,3

57

Costa Rica

37,3

61

Brasil

36,3

66

México

36,0

68

Colômbia

35,3

70

Argentina

35,1

Fonte: Global Innovation Index 2014 (2014) Ou seja, quatro outros países da região obtiveram escores mais elevados do que o conquistado pelo Brasil (61ª posição e escore de 36,3): Barbados (41ª posição com escore de 40,8), Chile (46ª colocação e escore de 40,6), Panamá (52º lugar e escore de 38,3) e Costa Rica (57ª posição e escore de 37,3). Em posições inferiores ao Brasil no GII 2014 estão três países: México (66º posto), Colômbia (68º lugar e escore de 35,3) e, finalmente Argentina (70ª colocação e escore 35,1). Esses países, com os escores obtidos no GII 2014, apresentam significativas distâncias dos escores obtidos pelos países líderes ocupantes das cinco primeiras posições. Esse distanciamento sugere o quanto precisa ser feito pelos países da região latina e caribenha para que possam aspirar posições superiores nos próximos estudos dessas instituições. Como mencionado anteriormente o estudo GII identifica as mil

8

empresas principais entre os países analisados. A esse respeito Leuzinger e Fernandes (2012), profissionais da Booz & Company em matéria publicada na Harvard Business Review Brasil, ressaltam a menção a cinco empresas brasileiras no GII 2011: Petrobrás (em 119º lugar), a Vale (em 133º), CPFL Energia (em 705º), TOTVS (em 807º) e Embraer (em 924º), respectivamente. Essa situação, embora revelando a situação encontrada no país e desfavorecendo o Brasil no contexto global relativamente a inovação quanto a países como grandes empresas talvez possa estar relacionada à atenção que passa a ser dada pelo governo aos empreendedores brasileiros de pequeno e médio porte. O governo e entidades governamentais brasileiras atuam em várias frentes e esforços e os empresários assistidos reagem mostrando interesse no potencial que a inovação representa para aprimoramento de seus negócios. De fato, como alerta Barreto (SEBRAE, 2013), os médios e pequenos empresários estão amparados pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (SEBRAE, 2007)3, que confere regime tributário diferenciado e perspectivas que favorecem esses negócios. O Programa ALI, conforme o SEBRAE (s/d), foi testado inicialmente no Paraná e no Distrito Federal para assistir gratuitamente os empresários desse segmento na busca da inovação. Posteriormente foi levado a outros estados brasileiros e, em 2012, foi estabelecida a parceria com o CNPq. Os

resultados

obtidos

revelados

em

pesquisa

realizada

pelo

SEBRAE/SP e divulgada em 2013 (SEBRAE/SP, 2013) foram

3

Lei Geral é o novo Estatuto Nacional das Microempresas e das

Empresas de Pequeno Porte. Instituída pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

9

significativos. O levantamento realizado naquele ano junto a mais 34 mil empreendimentos evidencia que foram feitas mais de 85 mil ações pelas empresas pesquisadas em busca da inovação em suas atividades.

Ou

seja,

cada

pequeno

e

médio

empreendedor

entrevistado realizou em média 2,5 ações visando inovar. A tabela 3 a seguir revela as frentes e o foco dessas ações.

TABELA 3 - Ações de inovação identificadas na pesquisa realizada pelo SEBRAE/SP Ação inovadora voltada para...

% encontrado na pesquisa

Criação de produtos, formas de fabricação, ou de distribuição e novos meios de prestação de

54

serviços. Elevação da produtividade (como diminuição de custos com a redução de desperdícios).

14

Aprimoramento da qualidade (obtenção de indicadores para propiciar adequado grau de

10

confiança de produto ou serviço oferecido bem como de processo). Elevar a tecnologia da informação (hardware e software)

9

Design (visando criar ou reformular produtos e

serviços,

ambiente

de

trabalho

e

8

comunicação). Obtenção de registro (INPI e certificação de origem). Sustentabilidade

3 (como

apoio

a

ações

gerenciais para mitigar ou eliminar impacto ambiental negativo gerado pela empresa ou

2

10

adequar à legislação ambiental). Total das ações inovadoras

100

Adaptado de Pesquisa mapeia inovação nas pequenas empresas. SEBRAE-SP. 22/11/13. http://www.sebraesp.com.br/index.php/40noticias/inovacao/10824-pesquisa-mapeia-inovacao-nas-pequenasempresas, acesso em 17/12/14 Percebe-se a partir desses dados que pouco mais de 5 ações em cada 10 foram realizadas para aprimorar a oferta de produtos, serviços e processos. Ademais, quatorze por cento das ações buscavam elevar a produtividade do negócio. E uma em cada dez ações mirou o aumento da qualidade de produtos e processos. Os dados contidos na tabela 3 apontam ainda num patamar de incidências inferiores a uma em cada 10 ações realizadas pelas empresas entrevistadas na pesquisa envolvendo: investimentos em TI (9%), design (8%), marca (registro no INPI e certificação de origem, com 3%), e, finalmente, 2% das ações voltaram-se para temas associados com a sustentabilidade particularmente àqueles vinculados a questões ambientais. No final da matéria em apreço (SEBRAE/SP, 2013) contendo os resultados da pesquisa junto a empresários aderidos ao Programa ALI/SEBRAE é comentado que o programa objetiva fazer da inovação um tema de interesse dos médios e pequenos empresários brasileiros. Ainda a matéria anuncia que o SEBRAE e CNPq pretendem em 2014 ampliar o atendimento a 45 mil empresários face aos 35 mil atendidos em 2013. Em suma, a inovação é fator essencial para promover e manter as empresas. Os empresários e autoridades governamentais brasileiros demonstram interesse e realizam esforços em busca da inovação

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obtendo resultados e conquistas interessantes, mas no cotejo com os resultados obtidos em outros levantamentos evidencia que, apesar desse programa e avanços, a jornada em busca da inovação como ação de todas as empresas atuantes no país está longe de ser alcançado.

2.2 Mensurando a inovação na organização É inegável que a inovação florescerá em seu potencial pleno em ambientes empresariais se estiver presente um conjunto de fatores associados e antecedentes ao planejamento de qualquer iniciativa nesse sentido. Nesse sentido, Issberner (2010) destaca que deve haver

uma

composição

de

conhecimento,

tempo,

recursos

financeiros e materiais. E o autor desse trabalho acrescenta o fator humano para que essa combinação possa alcançar o ponto desejado. De fato, o GII 2014 comentado anteriormente, já havia apontado que o fator humano é ingrediente essencial na equação da inovação. É nesse fator que estão o empresário e seus funcionários. Sem os recursos

humanos,

como

apontara

Drucker,

as

máquinas

e

equipamentos pouco valem (DRUCKER, 2001). Indo além da fronteira organizacional cabe considerar as possibilidades de explorar sugestões

vindas

de

agentes

que

estejam

além

dos

muros

empresariais. E, nessa condição, estão fornecedores, parceiros, intermediários e, até mesmo e principalmente, os clientes da empresa. Cada um deles pode e deve ser envolvido na busca da inovação, pois que cada um e todos são partes interessadas nos resultados potenciais que uma inovação traz. Nesse sentido, Amorim e Mortara (2014) ressaltam que desse conjunto devam ser extraídos dados a partir de indicadores para que

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a decisão de buscar a inovação possa ser colocada em prática. Será a partir desse conjunto de indicadores que o plano poderá ser elaborado,

acompanhado

e

monitorado

durante

sua

execução.

Estratégias e prioridades também poderão ser estabelecidas para elevar o potencial de alcance do objetivo e proposto e resultados esperados. A partir das reflexões os referidos autores concluem sobre o relevante papel exercido pelos indicadores nos esforços feitos pelas empresas em busca da inovação. O importante, segundo Amorim e Mortara (2014, p. 107), é que sejam desenvolvidos e utilizados “indicadores adequados para cada segmento de ação, respeitando momentos seus momentos e contextos”. Especificamente no interesse particular desse trabalho, o Programa ALI/SEBRAE utiliza as adaptações recomendadas por Bachmann e Destefani (2008) a partir da proposta da avaliação do grau e potencial de inovação nas empresas feitas por Sawhney e colegas (2006). Com isso, no referido programa é utilizada a ferramenta denominada Radar da Ino vação (R I ) que relaciona as dimensões pelas quais uma empresa inova trilhando alternativas distintas. Sawhney et al (2006) apontam que as empresas buscam inovar explorando diferentes caminhos dimensionando 12 vertentes: as ofertas criadas, a clientela atendida pela empresa, os processos criados pela empresa, a praça escolhida (sendo que essa trata das seguintes questões básicas de distribuição: o que, onde, para quem e como), plataforma, marca, soluções, relacionamento, agregação de valor, organização, cadeia de fornecimento e rede. Cada uma dessas dimensões apresenta peso relativo igual a um. Os consultores

contratados

pelo

SEBRAE

agregaram

a

dimensão

13

“ambiência inovadora” tornando a proposta ajustada ao meio empresarial

e

realidade

brasileira.

Detalhes

sobre

essas

13

dimensões poderão ser encontradas em Santos (2013). Registre-se que à 13ª dimensão foi atribuído peso dois, enquanto as demais 12 permaneceram com peso um. Assim, aplicando os referidos pesos, é possível com as avaliações feitas pelos agentes ALI calcular o grau de maturidade de inovação nas empresas aderidas ao programa patrocinado pelo SEBRAE.

O SEBRAE do Paraná divulgou em 2009 os primeiros resultados obtidos pelo Programa ALI na assistência a

PMIs do estado

(SEBRAE/PR, 2009). Os dados obtidos com a aplicação do RI junto a 530 pequenas e médias indústrias paranaenses mostram que, na escala de 1 a 5, o grau médio de inovação encontrado na amostra pesquisada foi de 2,0. Ou seja, que a amostra está no segundo degrau da escala de inovação. Ademais, pesquisa realizada pelo autor no âmbito das PMIs paulistas atendidas pelo Programa ALI/SEBRAE em 2013 junto a amostra de PMIs paulistas atendidas pelo autor (SANTOS, 2013). Especificamente em relação à inovação, o grau médio encontrado nas PMIs paulistas da amostra é 2,22, pouco acima da segunda posição na escala de 1 a 5 pontos do Radar de Inovação. O desvio padrão de 0,51 apresentado pela amostra paulista nesse estudo sugere a existência de baixa dispersão em torno da média geral obtida. Esse resultado se aproxima daquele obtido na pesquisa realizada pelo SEBRAE/PR comentada anteriormente. Nesta parte foram apresentadas a base conceitual e a definição da inovação bem como os esforços realizados na sua medição, inclusive com resultados obtidos nas empresas paranaenses assistidas pelo Programa ALI/SEBRAE bem como com aqueles outros gerados em

14

estudo realizado em 2013 pelo autor junto a amostra paulista de PMIs participantes do Programa ALI/SEBRAE.

3. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO A metodologia aplicada nesse artigo, da

mesma

forma

que

aquele realizado anteriormente (SANTOS, 2013), envolve duas grandes etapas. A primeira é válida para o Programa ALI/SEBRAE com um todo , enquanto que a segunda etapa é particularmente

desenhada

para

realizar

a

presente

pesquisa. A parte inicial relativa ao Programa ALI/SEBRAE envolve quatro passos: montagem e aplicação dos questionários; tratamento dos dados, crítica feita pela supervisão do Programa ALI/SEBRAE e cálculo do grau de inovação identificado nas empresas aderidas ao programa.

Detalhes

sobre

esses

procedimentos

podem

encontrados em Santos (2013). A segunda etapa dessa pesquisa seguiu passos assemelhados àqueles presentes no estudo anterior (SANTOS, 2013) ficando sob a responsabilidade do autor: acesso ao banco de dados desenvolvido pelo Sistema ALI relativo ao Estado de São Paulo e escolha aleatória de amostra de indústrias aderidas Programa ALI/SEBRAE

em

que

tivessem

ocorrido

pelo

menos

duas

aplicações do RI. Os dados da amostra escolhida serão então analisados para atender os objetivos propostos nesta pesquisa. Especificamente, foi feita consulta à base de dados do SEBRAE/SP que organiza os dados compilados pelos agentes do Programa ALI no estado, no período de Agosto a Novembro deste ano. A

ser

15

situação encontrada de empresas paulistas aderidas ao ALI em suas

diferentes

fases

de

desenvolvimento

do

programa

é

retratada na tabela 3 apresentada a seguir. TABELA 3: Empresas atendidas pelo Programa ALI/SEBRAE no Estado de São Paulo – 2014 Empresas e fases

Número

de

empresas Sensibilização

169

Adesão

53

Diagnóstico empresarial

35

Elaboração do RI (0)

51

Devolutiva do RI e Plano de Ação (0) Plano de Ação (0) iniciado

444 1128

Elaboração do RI (1)

101

Devolutiva do RI e Plano de Ação (1)

762

Plano de Ação (1) iniciado Elaboração do RI (2)

5099 6

Devolutiva do RI e Plano de Ação (2)

132

Plano de Ação (2) iniciado

421

Elaboração do RI (3)

0

Devolutiva do RI (3)

1

Plano de Ação (3) iniciado Total

16 8418

Elaborado pelo autor em consulta ao Sistema Ali em 08/08/14

Verifica-se inicialmente que essa fotografia evidencia os expressivos números alcançados pelo Programa ALI em São Paulo considerandose que seu lançamento nesse estado ocorreu no final de 2012. De fato, na data em que foi feita a consulta havia 8.418 PMIs em diferentes fases de atendimento sendo que em 421 delas o plano de

16

ação 2 havia sido iniciado. Ou seja, nessas indústrias havia histórico de duas aplicações do Radar de Inovação, situação desejada nesta pesquisa. Dessa forma, a base de dados explorada para colher dados de interesse envolveu a escolha de amostra a partir das 421 PMIs que integravam a bases de dados do Programa ALI de São Paulo em Agosto de 2014. Essas PMIs estavam na etapa seguinte ao do recebimento dos resultados da aplicação de duas medidas do RI. Planejou-se então compor a amostra, de caráter exploratório nesse estudo, com 41 casos escolhidos aleatoriamente entre as 421 indústrias deste grupo (MALHOTRA, 2001). Malhotra esclarece sobre essa opção que o realizador da pesquisa “...exercendo seu julgamento e experiência, escolhe os elementos a serem incluídos na amostra, pois os consideram representativos da população de interesse, ou apropriados por algum outro motivo.” (2001, p. 307). O acesso foi diretamente no banco de dados do Sistema ALI. Esta opção exploratória proporciona a formação de ideias iniciais para o entendimento inicial da temática escolhida, a inovação nas PMIs paulistas (MALHOTRA, 2001). Coletados os dados no referido sistema, conforme planejado, teve início o processo analítico dos mesmos. Inicialmente foi feita a análise crítica dos dados obtidos, sua tabulação em termos quantitativos para cálculo de média, desvio padrão e diferença entre os resultados obtidos nos RIs para a amostra como um todo independentemente do setor de atuação da empresa, dimensões e grau de inovação nas partes iniciais.

17

A realização de amostra como um todo e não das empresas individualmente prende-se a duas razões principais. A primeira refere-se à heterogeneidade das indústrias que integram o grupo como um todo e a amostra aleatoriamente escolhida reproduzem essa característica. De fato, de acordo com estudos realizados por Ketokivi e Ali-Yrkkö (2010), um dos desafios da pesquisa e medição da inovação nas empresas está associado com a diversidade existente entre empresas.

A segunda razão apresentada pelos referidos autores é que as ações de inovação realizadas por uma empresa também produzem impactos em outras dimensões do radar, mas de forma distinta em cada uma delas. Os estudos realizados pelos mesmos autores registraram repercussões

distintas

nas

demais

dimensões.

Assim,

esses

elementos colhidos das PMIs assistidas pelo Programa ALI/SEBRAE individualmente serão tratados em sua totalidade e utilizados na preparação do relatório final da pesquisa (MALHOTRA, 2001).

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A amostra foi constituída por 41 PMIs em consulta à base de dados do Sistema ALI em São Paulo em visita realizada em 08 de agosto de 2014, período em que a coleta de dados se iniciou indo até o final de Novembro do mesmo ano. As empresas foram aleatoriamente escolhidas pelo pesquisador. Os dados colhidos nesse processo seletivo foram então repassados para tabelas preparatórias e posteriormente conferidos. Deram origem ao banco de dados criado para esta pesquisa.

18

4.1 Inovação nas MPIs paulistas. A tabela 4 apresentada a seguir contêm os graus de inovação geral e nas dimensões encontrados nas duas aplicações do RI nas MPIs da amostra paulista pesquisada. TABELA 4 – GRAU DE INOVAÇÃO: GERAL E POR DIMENSÃO RI 0

RI 1

MÉDIA (DP)

MÉDIA (DP)

OFERTA

2,58 (0,99)

2,65 (0,92)

PLATAFORMA

4,65 (0,49)

4,75 (0,35)

MARCA

3,80 (0,28)

3,85 (0,21)

CLIENTES

3,75 (1,77)

3,95 (1,48)

SOLUÇÕES

2,75 (0,35)

2,90 (0,14)

RELACIONAMENTO

3,15 (0,21)

3,75 (0,35)

AGREGAÇÃO DE VALOR

1,40 (0,57)

1,45 (0,64)

PROCESSOS

2,40 (0,71)

2,70 (0,42)

ORGANIZAÇÃO

2,20 (0,28)

2,25 (0,35)

2,50 (0,71)

2,60 (0,57)

PRESENÇA

1,90 (0,14)

2,10 (0,14)

REDE

3,75 (1,77)

3,75 (1,77)

AMBIÊNCIA

2,30 (0,28)

2,60 (0,14)

2,80 (0,28)

2,90 (0,14)

DIMENSÃO

CADEIA

DE

FORNECIMENTO

INOVADORA GERAL

Elaborado pelo autor a partir de dados de 41 PMIs paulistas Os valores médios obtidos na amostra pesquisada sinalizam que houve um avanço no grau de inovação médio encontrado na amostra de MPIs paulistas entre um radar e outro. De fato, a

19

média alcançada no RI 1 foi 2,90 evoluindo dos 2,80 obtidos no no RI 0, na escala de 1 a 5 pontos. Esses valores apontam que as PMIs paulistas pesquisadas encontram-se no quartil superior do segundo patamar da referida escala avançando pouco mais no segundo momento aproximando-se do terceiro patamar ou grau da referida escala. Ou seja, houve um avanço registrado no RI no segundo momento ainda que pouco pronunciado em relação ao que havia sido inicialmente encontrado no RI inicial. De qualquer forma, esses valores sugerem que existe espaço para crescimento em direção ao topo da escala. Ademais, os desvios encontrados - no primeiro caso de 0,28 e, no segundo 0,14 – indicam ter havido pouca variação entre os valores computados para o cálculo das médias em questão. Conotando que os valores encontrados nas PMIs assistidas integrantes da amostra apresentam valores próximos entre si. Em suma, as médias encontradas nos dois momentos do RI – R0 e R1 - situam-se basicamente na segunda posição da escala, sugerindo que as PMIs entre as duas aplicações do RI realizaram esforços em busca da inovação, segundo a proposição do Programa ALI/SEBRAE de fomento à inovação. Ao mesmo tempo, estando no segundo patamar da escala aproximando-se do limite neste grau, evidenciam a existência de espaço para avanços nos graus seguintes até a conquista do máximo, o grau 5. Por outro lado, em relação às dimensões que integram o RI a situação encontrada nas médias e respectivos desvios padrão vêse que: a) Plataforma é a dimensão que se sobressai no conjunto ao receber avaliações médias superiores no quarto grau da escala: R1 com 4,75 (0,35) frente aos 4,65 (0,49) alcançados no R0. Ou

20

seja, aproxima-se do limite máximo da escala estabelecida no radar; b) No patamar seguinte estão as dimensões Marca, Cliente, Rede e Relacionamento e Cadeia de fornecimento apresentando médias no terceiro grau da escola, todas com avanços à exceção da Rede que se manteve no mesmo nível nos dois RIs. Registrese

que

em

dimensões

termos

Cliente

e

dos

desvios

Rede

aqueles

apresentaram

encontrados valores

nas

maiores,

indicando que as médias nos dois momentos foram calculadas a partir avaliações que apresentaram variações maiores entre si; c) No terceiro patamar agrupam-se seis dimensões: Soluções (R1 com 2,90 e desvio 0,14 e R0 com 2,75 (0,35); Oferta com R1 2,65 (0,92) e R0 2,58 (0,99); Cadeia de fornecimento com R1 2,60 (0,57) e R0 2,50 (0,71); Processos em que R1 ficou com média 2,70 (desvio 0,42) e R0 com 2,40 (0,71); Organização com R1 em 2,25 (0,35) e R 0 a 2,20 (0,28) e Presença Com R1 em 2,10 (0,14) e R0 a 1,90 (0,14). Essas médias indicam progressos entre um radar e outro e os desvios a existência de valores próximos das médias obtidas; e d) Os agentes ALI na

dimensão Agregação

de valor

avaliaram que as indústrias investigadas estavam no primeiro degrau da escala gerando médias (e respectivos desvios) de 1,45 (0,64) no R1 frente a 1,40 (0,51) no RI inicial, o R0. Essas avaliações sinalizam que os empresários parecem não dedicar atenção aos aspectos relacionados com a questão da agregação de valor. No geral estes resultados produzem avaliações globais do radar em número ligeiramente superior na segunda aplicação (2,90 com desvio de 0,14) frente àqueles obtidos na primeira aplicação do radar (2,80 e desvio de 0,28) que, juntos sinalizam que as PMIs paulistas investigadas no momento do RI 1 estavam no

21

segundo grau da escala de inovação apresentando um pequeno avanço face ao que havia sido encontrado na situação anterior. E os desvios associados com essas médias globais – R1 com 0,14 e R0 com 0,28 indicam que os valores que as produziram estão próximos. Em suma, esses são os dados e análises a partir dos resultados encontrados na pesquisa realizada junto às PMIs paulistas da amostra pesquisada que, no geral, produziu graus médios de inovação localizados no segundo patamar da escala adotada pelo Programa ALI. Ademais, um moderado avanço foi reconhecido entre as duas avaliações sinalizando que as indústrias investigadas realizaram aprimoramentos

inovadores

em

suas

atividades.

Por

fim,

os

resultados obtidos no presente estudo paulista estão pouco acima daqueles

encontrados

em

dois

outros

estudos

realizados

anteriormente também junto a PMIs assistidas pelo ALI (SANTOS, 2013; SEBRAE/PR, 2009).

5. COMENTÁRIOS CONCLUSIVOS Esta parte foi organizada em 3 partes principais: uma relativa aos objetivos propostos, outra sobre as limitações impostas pela opção e procedimentos metodológicos adotados nesse estudo e, finalmente, outra contendo proposição de estudos futuros. Os

resultados

obtidos

na

pesquisa

exploratória

apontam

primeiramente os expressivos números alcançados pelo Programa ALI em São Paulo considerando-se que seu lançamento nesse estado ocorreu no final de 2012. De fato a consulta feita em Agosto de 2014 aponta que um total de 8.418 PMIs paulistas integrava o Programa ALI/SEBRAE estando em diferentes estágios de atendimento. Dentre

22

elas 421 PMIs paulistas estavam com planos de ação 2 iniciados. Ou seja, que nesse grupo de indústrias haviam sido aplicados dois radares da inovação, de interesse especial desta pesquisa. Especificamente em relação aos graus de inovação encontrados na amostra de 41 pesquisadas foram de 2,90 (com desvio de 0,14) frente à média obtida na primeira aplicação do radar que resultou ser 2,80 (desvio de 0,28). Eles sinalizam que as PMIs paulistas pesquisadas encontram-se na parte superior do segundo grau da escala de inovação é lá permaneceram na segunda aplicação do referido radar. Verificou-se, ainda, um pequeno avanço entre as duas medições, sendo que a segunda média localiza-se no decil superior do segundo grau da escala aproximando-se, portanto, do terceiro grau. As médias encontradas no estudo em questão são pouco maiores àquelas achadas em dois outros estudos anteriores: um realizado pelo autor

junto

a

PMIs

paulistas

e,

outro,

realizado

entre

PMIs

paranaenses de autoria do SEBRA/PR.

Um estudo de natureza exploratória sobre o grau de inovação nas PMIs paulistas como o apresentado neste trabalho certamente envolve escolhas que delimitam os resultados obtidos. Os resultados recomendam que pesquisas adicionais sejam feitas em amostras maiores de PMIs paulistas bem como a verificação de ações que possam

auxiliar

encontradas. continuidade

o

São ao

entendimento enfim

das

recomendações

entendimento

e

moderadas que

conhecimento

variações

permitam do

estágio

inovação e contínuo aprimoramento inovador das PMIS paulistas.

AGRADECIMENTOS

dar de

23

Expresso meus agradecimentos ao PROGRAMA ALI/SEBRAE e CNPq. Sem o apoio recebido deles esse trabalho não teria sido possível realizar.

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Cristina

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