Interfaces do jornalismo hiperlocal com os processos criativos dos arranjos produtivos locais

Share Embed


Descrição do Produto

XVI JORNADA MULTIDISCIPLINAR "O Brasil e o Golpe de 1964: restrospectivas e perspectivas” 20. 21 e 22 de maio de 2014

Unesp Câmpus de Bauru - FAAC – Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação

INTERFACES DO JORNALISMO HIPERLOCAL COM OS PROCESSOS CRIATIVOS DOS ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS

GIOVANI VIEIRA MIRANDA JULIANO MAURÍCIO DE CARVALHO

INTRODUÇÃO: A pesquisa tem a pretensão de analisar as principais transformações nos conceitos de estrutura e supraestrutura dos processos de produção e consumo de conteúdos informativos jornalísticos tendo como referencial teórico os novos paradigmas sociais, econômicos e tecnológicos consequentes do atual cenário de reconfiguração das plataformas, conteúdos e linguagens. Para tanto, busca-se compreender as possíveis alterações no macroecossistema de produção jornalística a partir das análises dos processos de produção e gestão dos arranjos produtivos locais mediante os aspectos da denominada cultura digital. OBJETIVOS: Compreender como os atuais processos produtivos do Jornalismo Hiperlocal se tornam uma possibilidade de fomento à gestão dos arranjos produtivos locais (APLs) em um contexto global da cultura digital; levantar e analisar a literatura sobre o tema, incluindo uma análise específica de trabalhos que objetivaram a definição do conceito de jornalismo hiperlocal com interfaces nos modelos digitais. MATERIAL E MÉTODOS: A investigação é conduzida dentro de uma abordagem exploratória descritiva. O propósito maior da pesquisa é levantar informações, traçar cenários e apontar perspectivas para futuros estudos. Em um primeiro momento, é realizada a revisão bibliográfica com preferência pela abordagem histórica e cultural para se alcançar uma visualização abrangente das transformações tecnológicas, mercadológicas, comunicacionais e culturais que a comunicação digital em rede tem protagonizado no atual contexto social brasileiro. DISCUSSÕES: Em um momento quando há uma tendência de homogeneização das identidades globais, de mundialização das culturais e da intensificação dos fluxos informacionais, surge o contraponto, a valorização do local, como se o cidadão, frente a tanta diversidade cultural e de valores, buscasse uma ancoragem na qual possa se referenciar e se identificar. Hall analisa que a “globalização caminha em paralelo com um reforçamento das entidades locais, embora isso ainda esteja dentro da lógica da compreensão espaço-tempo” (2006, p. 80). Neste contexto que fala ao mesmo tempo em local e em universal, a cidadania ganha novos recortes e surgem novas formas de como abordá-la na vivência jornalística. Por sua vez, as cidades e a vida urbana apresentam esta diversidade e esta riqueza de culturas, embora não sejam puras, pois “é difícil conservar as identidades culturais intactas ou impedir que elas se tornem enfraquecidas através do bombardeamento e da infiltração cultural” (HALL, 2006, p. 74). Nessa direção, a cidade é percebida “como um palco onde se desenvolve a relação social, a vida social e, mais ainda, um forma que permeia a configuração social e dela participa” (LEMOS, 2011, p. 19). Cada cidade tem sua memória, que se encontra em cada bairro particular, por meio de “cenários idealizados, por rituais nos quais os habitantes se apropriam do território urbano, por narrações singulares que se consagram” (CANCLINI, 2005, p. 90, tradução nossa). CONSIDERAÇÕES: Diante dos apontamentos, pode-se assegurar que a pesquisa se insere em um contexto em que se desenvolvem alterações comunicacionais e o jornalismo e suas potencialidades digitais se consolidam, conquistando o seu espaço e entre os media tradicionais, funcionando como uma alternativa ou complemento a esses. Paralelamente, em um mundo pautado pelo fenômeno da globalização, emerge uma crescente curiosidade e interesse pela informação de proximidade, que ganha uma nova ambiência em ambiente digital. O jornalismo hiperlocal vem dar à comunidade a oportunidade de expressar e criar laços de identidade, em contraponto à cultura mundializada e à padronização das produções jornalísticas REFERÊNCIAS: CANCLINI, Néstor Garcia. Consumidores Y Ciudadanos: Conflictos multiculturales de la globalización. México: Editora Grijalbo, 1995. HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 4ª Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. LEMOS, Celina Borges. Antigas e novas centralidades: a experiência da cultura do consumo no centro tradicional de Belo Horizonte. Belo Horizonte, Editora Escola de Arquitetura da UFMG, 2011.

Caderno de Resumos - ISBN: 978-85-99679-58-6

61

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.