Introdução Ao Novo Testamento - Uma Introdução À História da Formação, Redação e Teologia Dos Livros Neotestamentários

October 8, 2017 | Autor: Anderson Henrique | Categoria: Estudos do Novo Testamento, Teologia Do Novo Testamento
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FACULDADE DE CONCHAS (FACON) FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS PÓS-GRADUAÇÃO

Curso de Pós-Graduação em Docência do Ensino Superior

ANDERSON HENRIQUE RODRIGUES MACIEL

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO UMA INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA FORMAÇÃO, REDAÇÃO E TEOLOGIA DOS LIVROS NEOTESTAMENTÁRIOS

RESUMO. As sociedades latino-americanas se apresentam neste século XXI com um campo religioso profundamente influenciado pelo pragmatismo e secularizado, onde o interesse pelo estudo sério e aprofundado do Novo Testamento tem sido ignorado em vista das exigências de uma sociedade completamente imediatista. As diversas formas de religiosidade têm contribuído para que a hermenêutica como ferramenta dos estudos na área do Novo Testamento se tornasse algo efêmero, e às vezes até menosprezado pela maioria dos líderes religiosos. O presente artigo propõe-se a apresentar a problemática dos estudos na área da introdução ao Novo Testamento, considerando os diversos sistemas teológicos vigentes, compreendendo que o período traditivo, teológico e redacional dos textos que compõem o cânone do Novo Testamento deve ser estudado dentro de um escopo histórico, cultural e linguístico próprios da cultura dos ouvintes originais e das comunidades cristãs primitivas. Procura-se entender a necessidade de se fazer teologia livre de muitos pressupostos que tem engessado a maioria dos cristãos.

PALAVRAS-CHAVE. Novo Testamento. Análise Textual. Crítica. Redação.

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1 INTRODUÇÃO Toda obra que trata do assunto em pauta - Introdução ao Novo Testamento -, são escritas por especialistas que usam suas linguagens técnicas próprias, onde distancia a possibilidade de uma pessoa leiga poder entender o que esses estudiosos estão querendo ensinar. Proponho um apanhado dos conceitos mais importantes, dentro da perspectiva da introdução ao NT1 das obras mais respeitadas e conhecidas, tanto de autores que tem o seguimento de uma linha mais conservadora, como também de biblistas que pertencem a uma linha mais liberal em uma linguagem mais acessível para aqueles que não possuem nenhuma formação teológica e desconhecem as linguagens e termos técnicos próprios da teologia. Reconheço ser uma tarefa difícil, entretanto, recompensadora no meio cristão, em escolas bíblicas dominicais, no aprendizado dos princípios norteadores da fé cristã em qualquer círculo de estudos, para os interessados na área de NT. Sugiro uma releitura dos textos que compõem o NT para uma maior aprendizagem do material que será exposto neste simples artigo. Para entender melhor sobre o assunto que será abordado, devemos diferenciar a formação, redação e a teologia do NT e coloca-los em três campos científicos bem definidos no mundo acadêmico. Devido à abrangência do assunto estaremos delimitando cada um deles, e não trataremos das obras de forma particularizada como vemos na maioria dos compêndios de introdução ao NT (Mateus, Marcos, Lucas, João...), por se tratar apenas de uma introdução ao estudo, e não propriamente o estudo dos textos bíblicos e dos livros do NT.

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NT é a abreviação comum no meio acadêmico, significando Novo Testamento.

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Se você é um estudioso da Bíblia, acredito que já tenha tido um contato com obras que tratam desse assunto, e percebeu que a maioria delas começa com o assunto conhecido como „evangelhos sinópticos‟. Pretendo mudar essa ordem, e começar com a formação, ou seja, o momento em que as palavras de Jesus começaram a circular de forma traditiva, quando os ouvintes originais e os participantes da vida terrena de Jesus guardaram as tradições de forma oral, onde o querigma2 prevalecia nas comunidades cristãs primitivas e não havia nenhum documento escrito, onde os livros que conhecemos no NT ainda não estavam redigidos. Depois partir para a redação, que foi o momento em que essas tradições foram guardadas em documentos, de forma que se houve essa preocupação em que se não perdessem as palavras e os ensinamentos de Jesus, e os autores dos livros do NT compuseram suas obras a partir de uma necessidade local e histórica. E por fim, a teologia, que compreendo ser uma resposta às questões polêmicas surgidas na época dos redatores e que influenciou todas as obras dos mesmos, em forma apologética, defendendo a doutrina madre de todos os que tiveram participação em todos os processos históricos e de formação da comunidade cristã primitiva. Entendo que a teologia contida em cada livro do NT teve a sua importância histórica, devido aos desvios doutrinários e as falsas interpretações do significado da vida cristã, por isso foi necessário redigir documentos que pudessem expor a fé ortodoxa. Apresentamos um material que atenderá a qualquer estudante de teologia, e ao mesmo tempo, ajudará a qualquer estudioso da bíblia sagrada entender o processo essencial para a formação, redação e a teologia do NT.

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Kérygma são as exposições orais dos apóstolos, ou seja, os seus discursos doutrinários (as tradições orais).

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2 A FORMAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO Quando tratamos desse assunto, é importante lembrar que o panode-fundo que constitui a formação do NT apresenta importância vital para a aprendizagem do processo formativo tanto da doutrina como também das comunidades cristãs primitivas. Tendo essas informações em mente, abordaremos três questões fundamentais no processo de formação: a história da interpretação, o momento histórico e o momento da tradição. A história da interpretação nos responde a pergunta: Como entender as palavras de Jesus? De quais formas podem ser aplicadas a comunidade local? Em outras palavras, o que isso quer dizer? É comum encontrarmos dificuldades na interpretação dos textos que compõem o NT, e não somente no meio do povo leigo, acadêmicos e letrados também encontram dificuldades bastante comuns na elucidação de vários textos e de várias palavras de Jesus. Esse é o desafio daqueles que amam e se dedicam ao estudo do NT, vencer essas barreiras através dos estudos, abrindo novos caminhos que venham a facilitar o entendimento da mensagem contida nos textos bíblicos. A bíblia não foi escrita para não ser entendida, feito um código secreto onde apenas os mais próximos de seus autores teriam a capacidade de entendê-la, pelo contrário, foi escrita para ser entendida e praticada. Daí surge a pergunta: E por que não a entendemos? Por que sua linguagem é tão difícil? Talvez os exegetas pudessem nos explicar, mas acredito que tudo parte do princípio da formação. Precisamos ter algo em mente quando nos deparamos com o texto bíblico, entender que existiram formas prescritas anteriormente, que auxiliaram no processo de formação dos textos do NT onde um texto não pode ser

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entendido apenas pela sua estrutura (aspecto sincrônico), nem tampouco apenas pelas suas fases de elaboração (aspecto diacrônico), mas também naquilo que ele tem de implícito no que se refere das últimas conseqüências do amplo processo de comunicação: o que se pensou sobre o evangelho nos momentos mais significativos do Cristianismo em relação à sua capacidade de transmitir fielmente o que Jesus disse e fez? Como garantir que nesse ínterim, onde a mensagem de Jesus foi proclamada por ele mesmo, e a mensagem foi transmitida pelos seus apóstolos não teria sofrido nenhuma alteração com o passar do tempo? Temos em mente o „Evangelho de Jesus‟, que é o evangelho que foi proclamado pelos lábios do próprio Senhor, e o „evangelho sobre Jesus‟, que é o evangelho redigido pelos autores, segundo a interpretação de cada um, em momentos históricos circunstanciais e teologia própria. Acredito que a maioria dos compêndios de introdução ao NT não se aprofundará nesse assunto de forma exaustiva, e entendo a dificuldade que temos em poder afirmar ou negar algo nesse sentido. Não é o nosso objetivo tentar provar que o texto bíblico, ou que as tradições orais sofreram alterações com o passar do tempo, e nas suas diversas localidades, apenas evidenciar que o processo que levou a formação do texto foi divinamente preservado, onde o próprio autor das Escrituras usou homens imperfeitos, com uma linguagem própria, dentro de uma circunstância histórica, atendendo as necessidades dos seus receptores. Por mais que tenhamos diversas comunidades, cada uma com suas particularidades e peculiaridades, num todo constatamos que a mensagem é a mesma, o conteúdo pode ser expresso de formas diversas, mas a mensagem essencial não sofre alterações que possa comprometer a mensagem cristã. Vemos nessa unidade de conteúdo e ao mesmo tempo essa interdependência como provisão de Deus na elaboração e na separação das tradições por meio

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das comunidades locais. Acredito que no processo de formação, copistas que estavam presentes nos momentos das exposições apostólicas e dos ensinamentos nas sinagogas, anotavam os pontos principais da mensagem cristã, e conservaram esses textos em documentos que hoje não temos mais acesso (os autógrafos). Os estudiosos falam de fontes que a meu ver podem ter sido utilizadas como um ponto de apoio e sustentação da mensagem. Ao mesmo tempo, entendo a dificuldade de transmissão dessa mensagem de forma que ela pudesse se tornar idêntica em todos os ciclos cristãos.

3 A REDAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO A princípio as comunidades se utilizaram de cartas, antes mesmo da composição dos evangelhos. A maioria dos estudiosos concorda com as prováveis datações dos livros que compõem o NT, onde percebemos tanto uma evolução da mensagem, como também um amadurecimento da Igreja com o passar do tempo. Os primeiros escritos cristãos redigidos, são conhecidos pelo nome de 1 e 2 Tessalonicenses, onde foram datados entre os anos 50-51 d.C., pelo apóstolo Paulo. Estes escritos em forma de cartas nasceram a partir de uma necessidade histórica dos cristãos da cidade de Tessalônica, na solução de diversos problemas que estava acontecendo no meio da comunidade cristã daquela cidade. Segundo a observação de Klaus Berger (1998, p. 331), “[...] é fácil verificar que no NT houve uma continuação da tradição judaica das cartas para a diáspora [...]”, e ele continua a sua análise desse gênero literário dizendo que (BERGER, 1998, p. 331), “[...] a analogia carta de apóstolo/carta de filósofos evidencia-se múltipla: no caráter semioficial da carta; no entrelaçamento da

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doutrina com coisas pessoais (o mestre como exemplo), na tendência para colecionar cartas; e particularmente nos elementos da diatribe/dialéxis, refletindo claramente a autoridade de quem fala, e almejando eficazmente o bem das almas”. Importante perceber que as formas literárias já existiam antes mesmo do conteúdo ser exposto de forma redigida. Tendo em mente essas informações, percebemos com clareza a intenção autoral de que os receptores destas cartas entendessem o conteúdo, porquanto a forma literária já era bem conhecida no meio secular na era apostólica. Faz-se importante compreender que a ordem dos livros na nossa Bíblia não é correta quanto ao tratamento da datação dos mesmos. Seria necessário que as cartas de 1 e 2 Tessalonicenses fossem as primeiras quando se iniciasse o NT, que em seguida viesse as demais cartas conhecidas:

Filipenses,

1

e

2

Coríntios,

Gálatas,

Romanos,

Tiago,

Colossenses, Efésios. O Evangelho segundo Marcos, que na disposição dos livros é o segundo do NT, redigido aproximadamente no ano 60-70 d.C., se esta informação estiver correta, entendemos que desde a morte de Jesus no ano 30 d.C. e a composição do primeiro evangelho (vida, obra e mensagem de Jesus) se passaram 30 anos, onde podemos constatar que não existia nada escrito, nenhum documento que pudesse contar a história da vida de Jesus Cristo. A iniciativa de escrita surge com as conhecidas cartas paulinas, evidenciando que a cultura grega, a qual o apóstolo a conhecia muito bem influenciou na redação e nas formas literárias utilizadas em suas cartas. Segundo Vielhauer (2005, p. 41), “[...] a literatura cristã primitiva adquiriu forma literária essencialmente em quatro gêneros: na carta e no apocalipse, no evangelho e nos atos dos apóstolos”. No entanto, já antes desses documentos literários existiu uma rica tradição cristã que brotou de

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determinadas necessidades da comunidade, na qual a tradição oral das partes individuais havia adquirido formas fixas e que foi acolhida em grande parte na literatura cristã-primitiva e que desse modo ficou preservada. E segundo o autor (Vielhauer, 2005, p. 41), ele denomina essas partes da tradição que possuem formas fixas de “formas pré-literárias”. Ajudando na compreensão da redação do NT, entendemos essas formas como necessárias para a compreensão da mensagem cristã, e ao mesmo tempo contemporânea aos seus receptores facilitando na interpretação da mesma. Existem alguns indícios para a presença das peças pré-formuladas da tradição3: 

O indício mais evidente são fórmulas de citações, que introduzem uma

“tradição” (p. ex., 1 Co 11.23a; 15.1-3a; Ef 5.14; 1Tm 1.15). 

O destaque de um texto de seu contexto por meio de seu estilo de

fórmula ou elementos estilísticos poéticos como estruturação rítmica, estrutura em estrofes, estilo relativo ou participial (p. ex., Rm 4.25; Fp 2.511; Cl 1.15-20; 1 Tm 3.16; Hb 1.3). 

Quando aparece uma terminologia que difere da do autor (p. ex. o plural

“pecados” e “Escrituras” 1 Co 15.3s. em vez do singular costumeiro em Paulo). 

Conceitos teológicos que diferem dos conceitos costumeiros do Autor (p.

ex. a “constituição” de Jesus “como Filho de Deus” Rm 1.3s.). 

A repetição da mesma expressão ou afirmação em estilo de fórmula,

eventualmente um pouco modificada em diferentes autores (p. ex., Rm 1.3s., 2 Tm 2.8 ou 1 Tm 2.6a; Mc 10.45i; Tt 2.14).

3

Referente a isso, sobretudo DIBELIUS, loc. cit., p. 210s; E. Stauffer, Die Theologie des NT, 3ª ed., 1947, p. 322; H. Conzelmann, Grundriss der Theologie des NT, 1967, p. 81ss.

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Pensamentos que excedem de modo evidente o contexto e que são

formulados de modo especialmente rigoroso e coeso (como exemplo bastaria Fp 2.6-8 para o contexto, enquanto os v. 9-11 vão além). 

Incorreções gramaticais (p. ex., ... 1 Tm 3.16) e rigidez

estilística (o  assindético Rom 3. 24). No que se refere à redação, delimitaremos o assunto e deixamos que o leitor busque mais informações nas bibliografias citadas.

4 TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO Segundo Cerfaux (2003, p. 149), “[...] é impossível traçar as fronteiras exatas da mensagem. O ensino seria coisa diversa da mensagem continuada? Da mensagem e do ensino origina-se a “tradição”. A teologia que coisa seria senão o desenvolvimento da mensagem? Como distinguir germe e crescimento?”. Entendo que essa preocupação do autor é a mesma que se desenvolve em qualquer círculo cristão, dentro das instituições teológicas e das diversas igrejas cristãs atuais, todavia, devemos perceber que essas indagações são reflexos de uma péssima teologia aplicada dentro do contexto em que essas pessoas vivem. Continuo defendendo a tese de uma releitura do NT dentro de uma perspectiva bíblica, deixando de lado os pressupostos das diversas escolas teológicas que surgiram com o passar dos séculos. Por um lado temos os especialistas em bíblia, que atestam suas formas de verem o NT como a forma mais fidedigna possível, por outro, vemos os seus adversários acadêmicos derrubando os seus métodos de entender o NT, e julgando serem mais corretos e terem os métodos mais eficazes possíveis. Refiro-me a teologia bíblica, com os defensores do método de interpretação da crítica-textual, e os

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conservadores, com o método de interpretação gramático-histórico, mais voltado para a dogmática cristã. Qual seria a forma mais coerente de se entender os textos do NT? Isso é respondido através da teologia que cada um segue, ou seja, a linha ou escola teológica pertencente. Mas não é essa teologia que é evidenciada nos textos bíblicos, nem são estes os métodos usados pelos leitores originais. Temos algo interessante, registrado na carta do apóstolo Pedro onde ele afirma a respeito do apóstolo Paulo que, “o falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles4”, mostrando assim que também sentia dificuldades de entender muitos pontos dos textos pertencentes ao NT. A respeito dos escritos paulinos, ele evidencia uma forma única de redigir e expor a sua teologia, onde consigo compreender que cada autor neotestamentário possuía uma forma sui generis de expor a teologia, e dentro dessa perspectiva atendia as necessidades de seus receptores em situações históricas existenciais e únicas. A teologia neotestamentária é ampla, vasta e diversificada, entretanto existem pontos comuns que não podem ser negados, são estes: a encarnação, a fé, a morte, a ressurreição de Jesus Cristo. Dentro desses assuntos não encontramos nenhuma divergência teológica entre os autores.

4

Cfe. 2 Pe 3.16.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Recomendo que aos que se interessarem na teologia do NT, a estarem consultando os compêndios relacionados na bibliografia deste artigo, deixo o meu parecer sobre a teologia dizendo no que diz respeito aos assuntos essenciais da fé cristã, p. ex. (salvação em Cristo, a ressurreição dos mortos, a segunda vinda) concordo com alguns autores da teologia sistemática, mas, assuntos relacionados com a inerrância, infalibilidade dos textos bíblicos e fechamento do cânon do NT, a uma posição teológica definida, a qual é conhecida historicamente como Teologia dos Reformadores. Talvez você esteja pensando que sou liberal e que possuo posições teológicas equivocadas, mas, na verdade o que pretendo é estimular os leitores deste pequeno ensaio a buscarem por si próprios o conhecimento acerca deste assunto. Apesar de pertencer a uma linha teológica definida, sou um incansável caçador dos tesouros escondidos nos textos do NT, e como pesquisador e estudioso da área, proponho que você, caro leitor, busque desesperadamente as pérolas contidas no NT. Em última análise, não copie as teologias existentes, faça teologia, de preferência que não venha a se particularizar e nem ser a resposta última e definitiva para as questões que ainda não foram resolvidas completamente. Uma teologia competente é uma teologia compromissada com o equilíbrio em todas as questões da cristandade.

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REFERÊNCIAS

BERGER, Klaus. As Formas Literárias do Novo Testamento. São Paulo: Edições Loyola, 1998.

CARSON, MOO, MORRIS. Introdução Ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997.

CERFAUX, Lucien. O Cristão Na Teologia de Paulo. São Paulo: Teológica, 2003. CULLMANN, Oscar. A Formação do Novo Testamento. São Leopoldo – RS: Sinodal, 2001. MARCONCINI, Benito. Os Evangelhos Sinóticos – Formação, Redação, Teologia. São Paulo: Paulinas, 2001. O‟CALLAGHAN, José (organizador). VV.AA. A Formação do Novo Testamento. São Paulo: Paulinas, 2000.

SHEDD, Bíblia. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. São Paulo: Vida Nova, 1997. VIELHAUER, Phillip. História da Literatura Cristã Primitiva – Introdução Ao Novo Testamento, Aos Apócrifos E Aos Pais Apostólicos. São Paulo: Academia Cristã, 2005.

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