Introdução da Monografia Mestrado em Teologia

June 7, 2017 | Autor: Gerson B Prado | Categoria: Missiology and Mission Theology
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RESUMO


A Grande Comissão em Mt 28:18-20 é clara. Determina nossa tarefa –
"ide, portanto, fazei discípulos", e responsabilidade: "ensinando-os a
guardar todas as coisas que vos tenho ordenado", mas também diz-nos qual o
alcance que deveríamos atingir no cumprimento dessa Missão – "de todas as
nações" –, não sem antes nos informar qual da autoridade e capacidade de
disponibilizar recursos dispunha o comunicador Comandante, Jesus: "Toda a
autoridade me foi dada no céu e na terra". Dessa forma, não há engano nem
na ordem, nem na extensão e muito menos na autoridade do Comando.


Reforça essa mensagem outros textos bíblicos tão conhecidos quanto Mc
16:14-18, Lc 24:36-49, Jo 20:19-23. Destaque para Ap 14:6 que nos informa
que o "evangelho eterno para pregar... a cada nação, e tribo, e língua, e
povo".


Este trabalho apresenta análise sobre as práticas evangelísticas e de
missiologia adventista nas pequenas comunidades urbanas periféricas e
interioranas do Brasil, mais especificamente na região metropolitana de
Curitiba, PR, e proposta de projeto de metodologias e ações para sua real
efetivação.


Palavras-chave: Missiologia – Evangelismo – Missão Urbana – Testemunho –
Ação Missionária
ABSTRACT


The Great Commission in Mt 28: 18-20 is clear when determining our
task - "Go therefore and make disciples" and responsibility, "teaching them
to obey everything I have commanded you" but also to say what is the scope
We should reach the fulfillment of this mission - "all nations" - not
before letting us know which of the authority and ability to provide
resources had the communicator commander, Jesus: "All authority has been
given me in heaven and on earth." Thus, there is no deception or the order,
or the extent and much less in command authority.


Reinforces this message other biblical texts as well known as Mk 16:14-
18, Lk 24:36-49, Jo 20:19-23. Especially Rv 14:6 tells us that the
"everlasting gospel to preach ... every nation, tribe and tongue and
people."


This paper presents analysis of the Adventist evangelistic and
missiology practices in small peripheral and inner- urban communities of
Brazil, more specifically in the metropolitan region of Curitiba, and
proposed methodologies and actions project for its actual execution.




Key-words: Missiology - Evangelism - Urban Mission - Witness - Outreach





SUMÁRIO


1 INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------
--------------------P.

2 OBJETIVOS ----------------------------------------------------------------
------------------------P.

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA-----------------------------------------------------
----------- P.

3.1 ------------------------------------------------------------------------
----------------------------- P.

4. DEFINIÇÃO DE TERMOS -----------------------------------------------------
------------- P.

5. CONCLUSÃO ---------------------------------------------------------------
------------------- P.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS- ---------------------------------------------
------- P.

ANEXOS ---------------------------------------------------------------------
----------------------- P.



1 Introdução



Esta Monografia, "MISSÃO ÀS PEQUENAS COMUNIDADES URBANAS PERIFÉRICAS E
INTERIORANAS", tem como objeto investigar as melhores práticas
missiológicas para alcançar as populações das pequenas comunidades urbanas
periféricas e interioranas do Brasil.

A população das pequenas comunidades urbanas ou de cidades
interioranas representa mais da metade dos habitantes do Brasil. Até o
momento o desenvolvimento da Missão Evangélica tem focado grandes centros e
ou populações de classe alta ou de maior nível cultural das metrópoles. As
populações mais carentes e incultas do nosso povo forma uma lacuna a ser
pesquisada e estudada pelo meio acadêmico missiológico, visando o
desenvolvimento de práticas e metodologias comprovadamente adequadas ao
trabalho com essas populações.

JustificaTIVA

Mais da metade da população brasileira reside em pequenas cidades.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
(estimativa de 1º de julho de 2015) há mais de 5.260 municípios com menos
de 100.000 habitantes, totalizando quase 170 milhões de pessoas, e uma
distribuição de quase 31,9 milhões classificados como rurais. Segundo a
mesma fonte 44,6% dessa população tem até 24 anos.

A migração das áreas rurais para as áreas urbanas é crescente.
Especialmente a população jovem (0 a 24 anos) está em taxa crescente de
abandono das áreas rurais, migrando principalmente para as áreas marginais
e periféricas das grandes cidades.

Outro fator importante a ser levado em conta é que as mídias de
comunicação, informadoras e formadoras de opinião, especialmente a
televisiva e a internet hoje são amplamente divulgadas e acessíveis até
mesmo a essas populações.

Dessa forma, é cabível a proposta deste projeto de pesquisa. Pensado
para atender a ordem do Mestre de levar o Seu evangelho "a todas as
gentes", pois a missão envolve ter como alvo de nossas ações o "pan ta
ethne" – que incluí não apenas "nações" no sentido de Estados, mas povos,
tribos – aqui no sentido amplo de grupos de pessoas, culturas, línguas,
grupos étnicos, grupos de interesse e daí, cidades, grandes e pequenas,
vilas e comunidades.
2. OBJETIVOS

Levantar necessidades e propor soluções é o objetivo deste trabalho.
Assim, responder à questão: quais os principais anseios das populações
alvos? E, que ações ou encadeamento de ações as satisfarão de modo a atingi-
las com o evangelho?

A grande pergunta é: quem é o morador dessas comunidades? A segunda,
semelhantemente importante é: quais as suas maiores necessidades e anseios?

Satisfação de anseios e necessidades e evangelismo. Essa é a proposta
desta Monografia. Por isso abordará o problema de identificar os moradores
das pequenas cidades periféricas e interioranas a quem se deseja apresentar
as boas novas – o evangelho. Concomitante estabelecer a melhor estratégia
para que eles sejam alcançados com as melhores metodologias evangelísticas
que se demonstrem efetivas nessas comunidades.


O Projeto de Pesquisa

A missão, como disse Jesus, envolve ter como alvo de nossas ações
"todas as nações" – o "pan ta ethne" – que incluí não apenas "nações" no
sentido de Estados, mas povos, tribos – aqui no sentido amplo de grupos de
pessoas, culturas, línguas, grupos étnicos, grupos de interesse e daí,
cidades, grandes e pequenas, vilas e comunidades.


Como disse o Mestre, o campo é "todas as gentes" e, por isso, o
missionário e o missiólogo não podem e não devem deixar de atentar,
estudar, pensar e propor como atender as pequenas comunidades urbanas,
periféricas às grandes metrópoles ou interioranas.


Ellen G. White alerta que a dedicação, energias e esforços dos
ministros do evangelho devem ser menos em sermões e mais de instrução de
vida semelhante a Cristo.

Diz ela:



"Os ministros que trabalham em cidades e vilas para
apresentar a verdade, não se devem sentir contentes, nem
achar que sua obra findou enquanto os que aceitaram a
teoria da verdade não compreenderem de fato o efeito de
seu poder santificador, e estiverem verdadeiramente
convertidos a Deus... Esses ministros devem dedicar menos
tempo a pregar sermões, e reservarem parte de suas
energias para visitar e orar com os que estão
interessados, dando-lhes piedosa instrução, a fim de
poderem apresentar "todo o homem perfeito em Cristo
Jesus". (Evangelismo, 320.1).



Nesse sentido, a proposta desta análise é direcionar o leitor a pensar
no assunto "Missão às Pequenas Comunidades Urbanas Periféricas e
Interioranas".


A proposta é transformar as igrejas cristãs em "centros de
desenvolvimento humano", em saúde, bem-estar, intelectualidade, vida social
e espiritualidade, de comunhão e relacionamento com Deus.

O que se deseja é cumprir a ordem de Cristo de fazer discípulos e
ensinar, mas, lembrando que Cristo quando enviou seus discípulos para o
campo missionário recomendou-lhes que curassem, expelissem espíritos
malignos, e também lhes anunciassem o Reino de Deus,


Por isso, em última análise, o objetivo e resultado esperado desse
projeto é que pessoas sejam conduzidas a Cristo, mas que também saibam que
foi o amor de Deus por eles que lhes concede serviços de educação, saúde,
orientações e até, se necessário for, alimentos e vestimentas.


Que em cada lugar haja o mesmo resultado que houve quando Cristo
passava por algum lugar. Eis o que diz Ellen White: "Ao passar [Jesus] por
vilas e cidades, era como uma corrente vivificadora, difundindo vida e
alegria". (Ciência do Bom Viver, 19.4).


Dessa forma, o missionário desenvolverá atividades que sejam de
pregação do Reino, sem omitir qualquer uma de todas essas considerações,
isto é, de quem quer ter a atenção, como atender suas necessidades com o
evangelho, qual o melhor método de discipular essas pessoas, que recursos e
metodologias deverão ser empregados.


Por fim, as pequenas comunidades urbanas periféricas e interioranas
devem ser incluídas nos planos e projetos missionários e nas discussões dos
missiólogos tanto quanto as outras populações, para que como Jesus, "Ao
passar [Jesus] por vilas e cidades, era como uma corrente vivificadora,
difundindo vida e alegria". (Ciência do Bom Viver, 19.4).


Podemos confiar nessa visão, pois o SENHOR ainda confirma em outra
mensagem de sua mensageira:



"Instruirei o ignorante, e ungirei com colírio celestial
os olhos de muitos que agora estão imersos em trevas
espirituais. Suscitarei obreiros que executem a Minha
vontade para preparar um povo que subsista perante Mim no
tempo do fim. Em muitos lugares que já deveria haver
sanatórios e escolas, estabelecerei as Minhas
instituições, as quais virão a serem centros de preparo de
obreiros." (Testemunhos para a Igreja, vol. 7, 101.5).


Proposta de Trabalho

Quem são as pessoas a quem queremos apresentar as boas novas – o
evangelho? Como identificá-las e qual estratégia para que possamos atingi-
las?

A população habitante das pequenas comunidades urbanas periféricas e
interioranas são basicamente compostas por pessoas de características de
mais simplicidade cultural, intelectual, social de vida, na sua maioria com
menor escolaridade e sob impacto de fortes tradições religiosas, culturais,
sociais e familiares.

A renda familiar é principalmente formada por atividades rurais, de
pequenos comércios de produtos da roça e básicos para a sobrevivência ou de
extrativismo primário, subjugados a intermediários exploradores.

As condições de moradia são precárias, em construções rudimentares,
situadas em localidades sem os mínimos serviços públicos que lhes facilitem
a sobrevivência, o bem-estar e o desenvolvimento humano.

Os esforços de missionários e evangelistas não podem e não devem
desconsiderar essa população das pequenas comunidades urbanas periféricas e
interioranas.


Metodologia

Para o desenvolvimento desta Monografia a metodologia a ser empregada
se comporá de três fases:


1º. Levantamento através de questionários e entrevistas:






Aplicação de questionários entre os membros das igrejas e
congregações adventistas do sétimo dia localizadas nos centros
urbanos e regiões rurais das cidades periféricas da região
metropolitana de Curitiba, Paraná.


Entrevistas com lideranças comunitárias das áreas de influências
dessas igrejas;


Entrevistas com lideranças políticas, de negócios e religiosas
das mesmas áreas de influências.


2º. Tabulação dos dados e opiniões levantados:


Tabulação dos dados e opiniões desses questionários e
entrevistas, com vistas a consolidar as informações de forma a
compor uma base analítica para suportar as proposições.


3º. Proposição de ações e eventos


Definição de ações para o atendimento dos requisitos apontados
nos relatórios da tabulação:


Planejamento e organização para a realização dos eventos
programados;


Organização das equipes e captação dos recursos necessários;


Execução dos eventos e ações.



Pressupostos Iniciais

Como ensinou Jesus, nossa Missão é "fazer discípulos", e discipular é
ensinar a pessoa a viver como nós, compreender como nós, explicar como nós.
Assim, o evangelista e o missionário deve espelhar em sua vida o viver como
Cristo viveu, para que o interessado aprenda a viver como ele e, por
consequência, como Cristo Jesus.


Por isso, o "fazer discípulos" é complementado pela ordenança de
"ensinando-os". E o que ensinar? Jesus responde: "todas as coisas que vos
tenho ordenado".


No entanto, se não conseguirmos a atenção do público alvo, de nada
adiantarão nossos esforços em sermões, palestras de saúde ou família e
ações de orientação e de atendimento social.


Como ter a atenção dessas pessoas? Oferecendo o que lhes interessa e
os atinja diretamente.


Sabendo que não dispõem na sua maioria, de serviços básicos como:


Saúde: atendimento médico, odontológico e outros;


Educação: ações educacionais de profissionalização para jovens;


Trabalho: orientação ao mercado de trabalho e
profissionalização;


Sanitarismo: orientações e treinamento para saneamento básico;


Alimentação: orientação com instrução sobre alimentação
saudável;


Bem-estar: cuidados básicos de saúde e bem-estar.


Assim, a estratégia missionária será atendê-los em suas necessidades e
anseios físicos, materiais e sociais, sem omitir as palavras do Mestre de
"pregar o reino".


Para tanto, a formação de equipes competentes, qualificadas e
preparadas através de treinamentos específicos é primordial, bem como,
dispor de recursos necessários e adequados à realização dos eventos e ações
programadas. Por isso, ter-se-á que:


1. Formação da Equipe




Para que as ações surtam o efeito desejável e sirvam de cunha para
prender a atenção, o missionário avaliará a formação de equipe com os
necessários e adequados basilares profissionais e pessoais que possam
cumprir o objetivo da Missão.


Portanto, a equipe deve ser formada com pessoas que primeiramente
estejam dispostas a testemunhar da e para a glória de Deus, do amor de
Cristo, da urgência da mensagem e com compaixão.


Pessoas de vida espiritual, comprometidas com o crescimento e
desenvolvimento do seu cristianismo pessoal e o das pessoas de seu
relacionamento.


Pessoas que amem a Palavra de Deus e a estudem, nela meditem e dela
busquem todo o embasamento para suas conversas e ponderações.


Pessoas que orem e tenham uma vida de oração.


Pessoas dependentes de Deus, humildes, com tendência e disposição para
buscar entender a cultura, a forma de se expressar, a língua e a linguagem
daqueles a quem irá ministrar.


E, profissionalmente preparadas, capacitadas e voluntárias.


A equipe precisa ser preparada antecipadamente para a sua atuação nos
projetos de missão. Ter e praticar as características de um viver cristão
pragmático com ética, respeito, pontualidade, atenção e compromisso com a
verdade.


2. Obtenção de Recursos

O principal recurso para qualquer ação missionária é a dependência de
Deus.


Mas, logisticamente, é importante e exigível a verificação quanto às
necessidades de recursos humanos, recursos materiais, recursos físicos,
recursos de espaço, recursos de apoio, recursos financeiros, necessários ao
êxito do projeto.


Que os recursos estejam disponíveis e administráveis, no cronograma
necessário ao projeto. Para isso é obrigatório e necessário planejamento
com a definição de objetivos, metas, datas, responsabilidades e
supervisões.


Cuidar que recursos específicos para as ações de caráter técnico-
profissional, como ações de saúde, estejam certos e garantidos com a devida
antecedência.


São recursos comuns na execução de um projeto nas condições do público
alvo aqui apresentado:


Local adequado ao evento que se pretende executar;


Disponibilidade de serviços públicos necessários, como energia,
água, meios de comunicação;


Acomodações adequadas ao público esperado e aos serviços que
serão oferecidos;


Material de apoio, especialmente para atendimentos de saúde;


Facilidade de acesso para que o público alvo possa se apresentar
nos locais dos eventos;


Disponibilidade de recursos financeiros necessários aos eventos,
desde sua preparação até seu encerramento.


3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Até o momento não houve nenhum resultado das pesquisas para o suporte
bibliográfico, exceto a própria Bíblia Sagrada e alguns textos de Ellen G.
White. Todavia, o autor desenvolve profunda pesquisa bibliográfica em
autores nacionais e estrangeiros, visando amparar suas reflexões,
conjecturas e conclusões na autoridade de missiólogos e teólogos de
reconhecida autoridade no assunto.


4. DEFINIÇÃO DE TERMOS

Centros de desenvolvimento humano – espaço onde se possam realizar
ações sociais, culturais, de educação formal, profissional, familiar, de
atendimentos de aconselhamentos e de saúde e outras que visem desenvolver o
ser humano na direção da reconstrução da imagem de Deus no mesmo.


Cultura – aqui consideradas todas as expressões que manifestam e
diferenciam um conjunto de pessoas de mesma origem e ou formação de outro
conjunto, mas, de origem e ou formação diferente. Exemplo: cultura chinesa.


Grande Comissão – forma como os cristãos se referem à ordenança final
de Cristo aos seus seguidores em sua despedida conforme o evangelho de
Mateus.


Grupos de pessoas – pessoas que se unem por interesse social e ou de
origem comuns.


Grupos de interesse – grupo de pessoas unidas por interesses comuns,
como por exemplo, grupos profissionais, etários, de gostos musicais, etc.


Grupos étnicos – grupo de pessoas unidas por suas etnias. Exemplo, os
grupos indígenas.


Línguas – geralmente se referem a línguas orais utilizadas por
populações específicas, por exemplo, "português do Brasil", que se difere
do português falado em Portugal. Também se refere às diversas manifestações
da expressão do pensamento com o uso das linguagens gestuais, especialmente
às Línguas de Sinais utilizadas pelas pessoas surdas.


Missiologia – estudo acadêmico das teorias, da teologia das
metodologias e estratégias de execução da ordem de Cristo de ir a todo o
mundo, em conformidade com a cultura e cosmovisão dos que serão alcançados.


Pequenas comunidades urbanas – municípios, comunidades, vilarejos e
localidades que se formam, principalmente nas periferias das grandes
metrópoles.

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