Introdução: um breve olhar sobre a trajetória do Núcleo de Arqueologia da UFSC

INTRODUÇÃO

UM BREVE OLHAR SOBRE A TRAJETÓRIA DO NÚCLEO DE ARQUEOLOGIA DA UFSC

Angela Sabrine Salvador Fernanda Codevilla Soares Gabriela Oppitz Lucas Bond Reis

O início

Por mais óbvio que possa parecer, o início de tudo está relacionado à intersecção de interesses compartilhados por diferentes pessoas e que podem ser sintetizados em um único termo: Arqueologia. O Núcleo de Arqueologia da UFSC (NAU) foi criado em meados do ano de 2009, como resultado da disciplina Introdução à Pesquisa em Arqueologia1 que havia sido ministrada no primeiro semestre daquele ano. De forma um tanto ambiciosa, os integrantes do grupo visavam “atuar de forma mais ativa perante a arqueologia catarinense” (NAU, 2010) e, de modo que fosse possível cumprir com tal assertiva, delinearam como metas para o núcleo: [...] dar continuidade às atividades na área de arqueologia nesta universidade, criando condições para estudantes interessados no tema pesquisarem em nossa instituição, além de promover a pesquisa e a extensão do conhecimento por meio de atividades voltadas à comunidade acadêmica, desta e de outras instituições, e à comunidade em geral (NAU, 2010). O meio O meio diz respeito ao que realizamos efetivamente com relação àquilo que havíamos projetado fazer enquanto núcleo constituído (ainda que não de modo oficial). Por meio da organização de eventos, participação em congressos, cursos e encontros, realização de saídas

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Fruto de um convênio firmado entre a UFSC e o Instituto Politécnico de Tomar, a disciplina foi oferecida uma única vez, no Departamento de História, semestre 2009/1.

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de campo para sítios arqueológicos e museus, discussões de textos, de trivialidades e de algumas coisas sérias, publicações, manifestos e até de pesquisa, o NAU tentou alcançar ao menos em parte seus ambiciosos objetivos iniciais. Nesse sentido, as Semanas de Arqueologia e Patrimônio da UFSC tiveram papel fundamental. Elas começaram a ser realizadas no ano de 2007, primeiramente por iniciativa de alguns estudantes do curso de História que, juntamente com o PET-História, organizaram a I e II edições do evento; e, depois, pelo Núcleo de Arqueologia da UFSC que, a partir de 2009, tornou-se responsável pela organização das Semanas. A III Semana (2009), primeira a ser realizada pelo NAU, contou com algumas palestras e configurou-se como um evento de escala local, passando à escala regional na IV edição (2010), com palestras, minicursos e visita a sítios arqueológicos da Ilha (casa do vigário, na Lagoa da Conceição; oficinas líticas da Barra da Lagoa; inscrições rupestres e oficinas líticas da praia do Santinho; e sambaqui do Porto do Rio Vermelho II). A V Semana de Arqueologia e Patrimônio (2011), por usa vez, voltou-se aos “novos pesquisadores”, de forma a prestigiar alguns dos trabalhos de conclusão de curso, dissertações, teses e demais pesquisas desenvolvidas recentemente em torno de temas relacionados ao Patrimônio e à Arqueologia Catarinense. Visando promover o diálogo e o intercâmbio de ideias entre estes “novos pesquisadores”, foram organizadas mesas-redondas temáticas que contaram com a coordenação de pesquisadores mais experientes, bem como uma sessão de comunicações livres, intercaladas por palestras, minicursos e, ao final, uma saída de campo para a Ilha do Campeche. Os artigos referentes às apresentações estão publicados nestes Anais.

E o fim

O fim está diretamente associado ao início. Não que isso tenha ocorrido propositalmente, tal qual um tiro no pé, mas em prol da ampliação das possibilidades. As metas que traçamos – e que alcançamos em parte – culminaram no próprio encerramento do NAU. Uma mudança contextual no âmbito da UFSC, entretanto, nos permite acreditar que as perspectivas futuras para a Arqueologia nessa instituição são bastante promissoras.

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