Investigações sobre a lexicalização e sua relação com o surgimento de neologismos na língua

July 1, 2017 | Autor: Adilio Souza | Categoria: Linguistics, Lexicalization, Neologisms
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SOUZA, Adilio Junior de; MATOS, Denilson Pereira de. Investigações sobre a lexicalização e sua relação com o surgimento de neologismos na língua. (Comunicação oral em GT). Rio de Janeiro: UERJ, 2015. INVESTIGAÇÕES SOBRE A LEXICALIZAÇÃO E SUA RELAÇÃO COM O SURGIMENTO DE NEOLOGISMOS NA LÍNGUA Adilio Junior de Souza1 Denilson Pereira de Matos2 Resumo: O estudo proposto tem como tema central as recentes pesquisas feitas durante a confecção da dissertação de Mestrado em Linguística do Programa de Pós-Graduação em Linguística (Proling), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), sobre a pertinência da lexicalização para o aparecimento de neologismos na língua em uso, a partir de um corpus digital: Projeto AC/DC: corpo Corpus Brasileiro (que contém cerca de um bilhão de palavras empregadas nos mais variados contextos de uso). Para realização desta investigação, foram selecionados três itens lexicais: piratear (39 ocorrências), mensalão (212 ocorrências) e curtir (1.193 ocorrências). Na metodologia, foram utilizadas 04 amostras do primeiro item, 21 do segundo e 119 do terceiro, totalizando cerca de 10% de cada amostragem. Partindo do pressuposto de que a lexicalização é um processo pelo qual são criadas palavras novas ou elementos lexicais, por meio da seleção de propriedades cognitivas e traços semânticos, modificando-os e combinando-os, pretende-se apontar como isso, de fato, propicia o enriquecimento da língua (multissistema). Deste modo, para a fundamentação do estudo serão evocados os autores: Castilho (2003a; 2003b; 2008), Correia e Almeida (2012), Gonçalves (2011) e Martelotta (2011), entre outros. Acredita-se que o estudo da língua, sob uma perspectiva funcionalista, poderá revelar que os neologismos, entendidos como novas unidades léxicas formadas a partir do material linguístico da própria língua ou advindos de outros idiomas (através dos empréstimos linguísticos e estrangeirismos), ampliam significantemente o léxico da língua. Portanto, convém observá-los de uma perspectiva que não atue nos campos do juízo de valor, rejeitando-os, mas sim como elementos lexicais que podem revelar a riqueza vocabular de uma língua. Os falantes se utilizam da capacidade (competência) lexical que possuem para criar novos itens lexicais, tomando como base o material linguístico que dispõem. Os resultados revelaram que exemplos como “piratear”, “mensalão” e “curtir” surgiram para preencher um vazio existente de um signo linguístico (forma/função) ou que adquiriram novos sentidos ao serem usados em novos contextos de uso. Diante disso, percebe-se que este trabalho se enquadra no quarto pilar do GT “Teorias e aplicações linguísticas: estudos realizados no Amapá e na Paraíba”, de Denilson Matos & Anderson Andrade, visto ser uma investigação que discute alguns itens lexicais (neologismos), avaliando-os, tendo em vista seus usos em contextos reais de comunicação, com base na Linguística Funcional. Palavras-chave: Lexicalização; Neologismo; Linguística Funcional. 1

Pesquisador do Grupo de Pesquisa Teorias Linguística de Base - TLB/UFPB Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Linguística - PROLING/UFPB. Contato: [email protected]. 2 Professor Doutor, docente do PROLING/UFPB e do Programa de Mestrado Profissional em Linguística e Ensino – MPLE/UFPB. Líder do Grupo de Pesquisa Teorias Linguística de Base - TLB/UFPB. Contato: [email protected].

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