Jornalismo Comunitário: Ferramenta Social x Influência Social Uma pesquisa de campo e de conceitos

July 7, 2017 | Autor: A. Sottovia Aranha | Categoria: Comunicacion Social, Jornalismo
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Jornalismo Comunitário: Ferramenta Social x Influência Social Uma pesquisa de campo e de conceitos

Ana Paula Navarrete Munhoz da Cunha Prof. Dr. Angelo Sottovia Aranha

Unesp, Bauru

INTRODUÇÃO Hoje em dia o Jornalismo Comunitário é visto como o primo pobre do Jornalismo Especializado. Porém, mesmo sendo pouco estudado, esse tipo de jornalismo é ainda um precioso instrumento de mobilização social. Nesta pesquisa propõe-se a análise de como os jornais estão inseridos na comunidade em plena era do jornalismo pós-industrial, e a verificação de sua influência, ou não, nos bairros atingidos pelas publicações. No caso de ser positiva a influência, analisaremos como essa ação é percebida. O intuito é discutir se mesmo com o advento das novas tecnologias no ramo editorial, o jornalismo comunitário ainda é um instrumento de mobilização nos bairros em que são produzidos e distribuídos. Os jornais analisados são de duas comunidades da cidade de Bauru, sendo eles: o “Jornal do Ferradura”, na comunidade Ferradura Mirim, e o Jornal Comunitário “Voz do Nicéia”, da comunidade Jardim Nicéia. As duas comunidades estão à margem da sociedade e são consideradas favelas, de acordo com os critérios de análise do Observatório de Favelas, organização social de pesquisa, consultoria e ação pública.

MÉTODOS Pesquisa

bibliográfica;

elaboração

de

questionário,

seleção

dos

moradores,

acompanhamento da produção dos periódicos de bairro junto das equipes. Aplicação de questionário em visita ao bairro; tabulação e elaboração de relatório.

RESULTADOS E DISCUSSÃO - 87,34% dos leitores afirmaram sofrerem influência dos jornais comunitários.

Ana Paula Navarrete é estudante de Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela Unesp de Bauru. Angelo Sottovia Aranha é doutor em Comunicação e Poéticas Visuais e é professor doutor efetivo do curso de Jornalismo da UNESP.

- 78,48% dos entrevistados acreditam que o jornal contribui muito para as melhorias nos bairros, 15,19% acreditam que ele contribui, mas não muito. Nenhum morador respondeu que o jornal não contribui para as melhorias. - 54,43% declararam que se identificam muito com o jornal. 37,97% declararam que se identificavam, mas não muito. Apenas 2,53% dos entrevistados declararam que não se identificam. - 75,95% declararam que estão “muito satisfeitos com o jornal”. 22,78% disseram que se consideram “satisfeito, mas não muito”. E os que declararam não estar satisfeitos (1,27%) disseram que não estão satisfeitos com o conteúdo. - 62,03% desses moradores que consideram as informações publicadas “muito úteis para a comunidade”, 30,38% dos leitores entrevistados classificaram o conteúdo como “útil”, totalizando 90,41% dos entrevistados que concordam que o conteúdo é útil para os moradores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa ainda está em andamento, mas já e possível notar que os moradores são influenciados pelo jornal. As consequências dessa influência ainda estão sendo analisadas. Uma que podemos citar é o aumento do índice de leitura.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARANHA, Angelo Sottovia. A Função do jornalismo comunitário hoje. Dissertação (Mestrado em Comunicação).1998. 178f. ASH, Solomon. Psicologia Social. Vols. I & II. São Paulo : CEN, 1960. BUENO, Wilson. A Imprensa Comunitária do interior: uma tentativa de sistematização. In: Cadernos de Jornalismo e Editoração. CALLADO, A. A. & ESTRADA, M.I.D. Como se faz um Jornal Comunitário. Petrópolis: Vozes, 1985. CARNICEL, Amarildo. “Jornal Comunitário”. In: PARK, Margareth Brandini; FERNANDES, Renata Sieiro; CARNICEL, Amarildo (Orgs.). Palavras-chave em educação nãoformal. Holambra/Campinas: Setembro/CMU-Unicamp, 2007. DORNELLES, Beatriz. Jornalismo "Comunitário" em cidades do interior. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2004.

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