Jornalismo da Fonte nos veículos digitais da Assembleia Legislativa do Paraná: uma análise do conteúdo

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MESA 5 Coordenador: CRISTIANO FERRI SOARES DE FARIA

JORNALISMO DA FONTE NOS VEÍCULOS DIGITAIS DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO PARANÁ: UMA ANÁLISE DO CONTEÚDO EDSON GIL SANTOS JÚNIOR, MARIA LÚCIA BECKER Palavras-chave: Jornalismo da Fonte; Assessoria de Imprensa; Comunicação Pública; Legislativo; Assembleia Legislativa do Paraná. Com o constante avanço dos meios de informação digitais, o jornalismo, nos últimos anos, passa por uma transformação interna. A profissão limitava-se, por um lado, aos jornalistas da redação, que se intitulavam independentes, e, por outro, pelos assessores de imprensa, como colaboradores, que produziam para estes meios representando as fontes de informação. Os assessores dependiam totalmente dos veículos de comunicação, por não possuírem meios próprios de divulgação e também por não serem considerados jornalistas por fração dos profissionais da mídia brasileira, que, baseados no pensamento europeu da área de atuação, julgam parciais as informações divulgadas por se limitarem às fontes enquanto instituição. As novas possibilidades midiáticas e mudanças na legislação que primam pelo acesso público de informações governamentais, originam um novo perfil de profissional neste mercado. Diferente dos meios privados, o setor público divulga, na maioria das vezes, informações de interesse geral da população. Dentro do setor público, o Legislativo, quando comparado ao Executivo, trabalha de maneira mais independente, por servir os interesses da Casa, composta por diversas correntes políticas, que possibilita a pluralidade de fontes. De acordo com SANT’ANNA (2006), a imprensa perde o seu monopólio informativo, e a sociedade se vê consumindo informações produzidas e veiculadas pelos próprios atores do fato, ou seja, a fonte. Para aprofundar a discussão deste conceito, o presente estudo toma como objeto de análise o portal de informações da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), para discutir o papel deste novo perfil de profissional, no poder público, em face ao uso das chamadas mídias digitais. Primeiramente, o intuito foi identificar os veículos de comunicação digitais próprios da Alep, incluindo as redes sociais. Para isso, realizou-se uma observação de caráter exploratório, fazendo-se a distinção entre a produção de assessoria de imprensa, do jornalismo da fonte e o que pode ser fonte de informação tanto para a impressa, quanto para a população em geral. Em um segundo momento, a análise do conteúdo deu-se pelo mapeamento da inserção de material jornalístico nestes meios, para identificar a incidência e a reincidência dos temas em meios digitais diferentes. O objetivo foi avaliar a importância dos assuntos tratados, considerando a veiculação em diversas formas de mídia, como também a replicação em redes sociais, para então perceber de maneira prévia como se dão as rotinas de produção jornalísticas da fonte da Alep. Identificou-se preliminarmente que se trata de uma redação integrada, pois no quesito jornalismo, os segmentos de rádio, internet e TV abordam praticamente os mesmos temas, respeitando as especificidades de cada plataforma. Pode-se afirmar que as rotinas variam de acordo com o veículo. O conteúdo de assessoria, do setor fotográfico, da produção de rádio e o que é divulgado no site da Agência Sinal costuma ser publicado no final da tarde, dos dias úteis. Já na TV, em que as características do jornalismo da fonte são mais evidentes, a rotina é diferente por contar com três telejornais diários de segunda a sexta-feira. Além disso, percebe-se que a assessoria de imprensa e o jornalismo da fonte caminham juntos enquanto instituição, mas se tratando do Poder Legislativo e sua pluralidade de posicionamentos políticos, remete a um jornalismo praticamente independente.

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