Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXII Prêmio Expocom 2015 – Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação
JornaVista: entrevista em quadrinhos1 Bruna de FARIA2 Alessandra de FALCO3 Universidade Federal de São João delRei, São João delRei, MG RESUMO O presente trabalho pretende apresentar como se deu a realização de entrevista no formato de história em quadrinhos publicada com o nome de JornaVista no site Jornalismo Universidade Federal de São João del Rei. A entrevista foi realizada com o professor do curso Jairo Faria sobre o seu pósdoutorado em Portugal. A importância da HQ se justifica pela necessidade de fomentar a prática do jornalismo em quadrinhos, ainda pouco usual no Brasil e pouco discutida no ambiente acadêmico durante a graduação, e ainda, por reforçar a comunicação e troca de informações entre os alunos e professores do mesmo curso. PALAVRASCHAVE: jornalismo; histórias em quadrinhos; jornalismo digital. 1 INTRODUÇÃO As histórias em quadrinhos sempre se relacionaram com o jornalismo. Ainda que seja um gênero associado ao entretenimento, os quadrinhos se mostram como uma alternativa para a crítica, para o questionamento ou ainda como fomentação de um gênero opinativo – condição observada na produção das charges e , acima de tudo, pode ser uma ferramenta de comunicação objetiva, por seus recursos visuais e verbais. Além disso, a sua origem se fez presente nos jornais, seja como ilustração, seja como opinião, seja como entretenimento. Nesse sentido, devese perceber a potencialidade do mesmo como prática jornalística, efetivamente, como um novo meio de transmitir informações. O gênero agrega informações visuais, como representação ou não da realidade, e recursos verbais. Esta condição facilita a compreensão daquele que recebe o conteúdo, uma vez que a imagem contextualiza o leitor sobre a informação repassada. Tal como na televisão, a imagem 1
Trabalho submetido ao XXII Prêmio Expocom 2015, na Categoria V Produção Transdisciplinar, modalidade PT 08 Histórias em Quadrinhos. 2
Aluna líder e estudante do 7º. Semestre do Curso de Comunicação Social Jornalismo, email:
[email protected]. 3
Orientadora do trabalho, professora do Curso de Comunicação Social Jornalismo, email:
[email protected].
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apresenta o que o texto define. E nos quadrinhos, a informação visual é o grande diferencial: a possibilidade de ilustrar lembranças, situações ou o acontecimento reportado. O método utilizado na produção dos quadrinhos, o conjunto que compõe sua linguagem, é universal e, por isso, se reforça a sua condição para desenvolver uma comunicação facilitada e eficiente. De acordo com Spielgman (apud OLIVEIRA; PASSOS, 2006, p.03), a linguagem e expressão dos quadrinhos, incluindo o texto e imagem, sintetizam a informação em uma forma simples e atrativa “[...] os quadrinhos são um meio de expressão bastante denso”. E por essa capacidade de transmitir a informação dividida em contexto imagético e textual, os quadrinhos podem transmitir uma mensagem mais consistente, em termos de conteúdo, e em espaço reduzido. A informação é compactada, ao mesmo tempo em que outras informações visuais são agregadas. Ganhase em espaço e em conteúdo. Uma vez que imagem é também mensagem. A vertente do jonalismo em quadrinhos vem consolidando sua prática em vários veículos de comunicação. Hoje, na mídia brasileira temse exemplos da prática que mostram seu potencial, como na Revista Fórum e Agência Pública. Além disso, a ferramenta se adapta a diversos campos de atuação do jornalismo, como jornalismo de guerra, jornalismo cultural, jornalismo social e investigativo. A flexibilidade do gênero atende a várias demandas e alcança um público maior pela facilidade de leitura e atratividade da imagem. Em a JornaVista, história em quadrinhos publicada no Site Jornalismo UFSJ4, a proposta é realizar uma entrevista, que seria escrita, contextualizando a sua produção, recaptando lembranças; de modo a fomentar, através dos quadrinhos, a informação que antes seria reduzida. O entrevistado é o professor do curso de Jornalismo da UFSJ, Jairo Faria. A intenção é de que todos que se relacionam de alguma forma com o curso conheçam sobre as práticas individuais de cada um. Além de conhecer o trabalho dos colegas, suas atividades, o leitor reconhece as possibilidades que possui ao fazer o curso. Em várias histórias em quadrinhos são representados eventos, estágios, projetos, formação dos professores e atuação dos alunos. Nesta espeficicamente, a repórter apresenta 4
Disponível em: . Acesso em: 16 abr. 2015.
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o tema a ser discutido pelo entrevistado, e então o mesmo se posiciona e explica em uma narrativa linear, como se contasse uma história. A repórter só aparece no primeiro quadro, o que se passa a seguir são os pensamentos, argumentos, lembranças e histórias do entrevistado. Em suma, a proposta fundamental da prática é desenvolver a comunicação interna do curso, ao divulgar informações que poderiam estar restritas a grupos menores, e ainda, fortalecer a comunicação externa, ao apresentar as possibilidades e potencialidades do Curso de Jornalismo da UFSJ; apontando os quadrinhos como uma nova alternativa para o fazer jornalismo. 2 OBJETIVO Apesar de existirem grandes produções de histórias em quadrinhos no Brasil, ainda são pouco usuais e reconhecidas pelos alunos da Graduação. Mesmo que existam exemplos antigos da prática no exterior, como Palestina – Uma nação ocupada (1993) de Joe Sacco, ainda assim se mostra nova no país. Portanto, tornase importante desenvolver o gênero de modo a destacar as suas qualidades como recurso de comunicação, e ainda, despertar novos talentos da área. Neste sentido, temse como objetivo geral deste trabalho fomentar o jornalismo em quadrinhos no curso de Comunicação Social Jornalismo, da Universidade Federal de São João del Rei, e ainda, apresentálo como um gênero alternativo de comunicação. Apontando a eficiência na transmissão da informação, a valorização da imagem e o potencial que a ilustração pode atingir, em termos de contextualização e atratividade. A imagem chama a atenção e informa, além de possibilitar a reconstrução de detalhes que poderiam se perder no texto. O objetivo é o jornalismo em quadrinhos no formato de entrevista, para legitimar o imenso campo de possibilidades que o jornalismo oferece e mostrar como a linguagem pode influenciar na complementação da mensagem. Além de reforçar os quadrinhos como informação séria e relevante, distanciandose de uma função superficial de apenas entreter. Como objetivos específicos têmse o fortalecimento da comunicação entre todos que
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participam do curso de Jornalismo da UFSJ e aqueles que de alguma forma se interessam pelo jornalismo. Almejouse dar destaque aos trabalhos individuais e as oportunidades que o curso oferece. Ao escolher um personagem do curso, há uma identificação do público, que passa a reconhecer as ferramentas que possui para se desenvolver durante a graduação. E ainda, para aqueles que não estão inseridos no curso específico, temse o conhecimento do campo de trabalho e áreas de atuação. É de extrema importância o reforço da comunicação interna e externa de qualquer instituição, e, promover a valorização daqueles que se esforçam e que de algum modo atuam na prática, é estimulante para o mesmo e para aqueles que partilham do mesmo objetivo. Sendo assim, conciliar a atratividade e informatividade dos quadrinhos ao reforço das possibilidades da graduação tornase um recurso interessante e importante para o veículo de comunicação. 3 JUSTIFICATIVA O jornalismo em quadrinhos, ao representar a realidade, pode funcionar como método de reconstrução da informação. Conforme Souza (2010), o recurso surge como representação de uma experiência do jornalista/quadrinista, que pode ser observador do fato ou não; a narrativa é constituída, em resumo, a partir de uma percepção sobre a circunstância da notícia. A construção do real é através do que o jornalista percebe. A reportagem em quadrinhos desenvolve um novo modo de interação onde a imagem pictográfica é usada como registro da realidade visual. Enquanto os gêneros pictográficos do jornalismo interagem com a arte, o entretenimento e o humor, a reportagem em quadrinhos utilizase da pictografia para emular a experiência proporcionada pelo audiovisual ou a fotografia (SOUZA, 2010, p.30).
Neste contexto, os quadrinhos, inseridos em qualquer tipologia textual, exercem o papel de recuperar e reconstruir informações. E ao utilizar as imagens ilustradas, o cartunista/jornalista pode recompor situações que antes seriam perdidas. O mesmo pode recompor lembranças e situações do entrevistado. Ainda que sejam reconstruções 4
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simuladas, isto é, que não acompanham a realidade em suas plenitude, o jornalismo em quadrinhos auxilia o leitor a compreender a situação por completo. Este resgate da realidade, agregada a mais informações, faz da prática uma alternativa para a complementação de trechos da narrativa que poderiam se perder. Além disso, a sequência de quadros torna o acontecimento linear, o que, novamente, fomenta a contextualização do leitor. Uma vez que o mesmo acompanha uma história, com texto e imagem, se situando o tempo todo no acontecimento. A informação final é mais ampla, ainda que a linguagem escrita seja menor. Cabe ressaltar que, observando a trajetória dos quadrinhos inseridos nos veículos de comunicação, é notável a sua ligação ao universo cotidiano, que também funciona como alicerce para a crítica e identificação do público. Essa condição fortalece ainda mais a sua atratividade e interesse, sem que se prive do conteúdo informativo. “Mesmo que a tirinha não seja encarada com a importância que se dá a esses outros gêneros, ela traz em seu texto muito da literariedade encontrada na crônica e da denúncia ou crítica apresentada pelo artigo” (NICOLAU, 2007, p.07). Considerando todas essas características, justificase e legitimase a necessidade de desenvolver a proposta do gênero enquanto Jornalismo. A aplicação dos quadrinhos inseridos na prática jornalística atende às demandas do jornalismo e da informação. Sendo assim, promovêlo de tal maneira é também fomentar o desenvolvimento do mesmo no Brasil e comprovar suas potencialidades. Quanto à temática, como já foi abordado anteriormente, a boa comunicação interna e externa de qualquer instituição é essencial. Por isso, notase a necessidade de se conceder voz e espaço aos personagens que compõe essa instituição, de modo a mostrálos colocando em prática aquilo absorvido durante o curso na universidade, em específico. Trazer a realidade individual em conexão à realidade coletiva é promover identificação, é legitimar as ações do indivíduo e mostrar as condições que todos que estão naquele mesmo meio têm de crescer e aprender. E, em relação ao público externo, temse o reforço positivo sobre as oportunidades do Jornalismo atualmente. 4 MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS 5
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A entrevista foi agendada e coletada através de um gravador. Ainda durante a entrevista, buscouse explorar histórias e situações do entrevistado relacionadas ao tema. Este tipo de condução é essencial para a produção em quadrinhos, por facilitar a ilustração do acontecimento. Como se trata de uma entrevista com apenas um entrevistado, a riqueza de cenário é pequena. Logo, a representação ilustrada se torna difícil. Porém, ao se explorar lembranças e relatos, ampliase a quantidade e qualidade de cenas (Figura 1).
Figura 1: Lembranças do personagem
Após coletadas as informações jornalísticas, se realiza um estudo da personalidade do entrevistado. Temse as informações que ele transmitiu, mas existem também informações sobre como o mesmo se apresenta como pessoa. Mais que representálo tal qual ele se mostra, é necessário apresentar traços que determinem sua personalidade. Uma vez que não há vídeo e fotos que definam como ele é. São observados o jeito como se posiciona, o estilo de roupas e comportamento, o modo como fala. Devese ressaltar que os desenhos são ilustrativos, não se utiliza de um realismo intenso. Assim como a caricatura evidencia determinados pontos da pessoa representada, na entrevista foram evidenciadas características que mostrassem como a pessoa se manifesta. Por isso, antes de ilustrar sobre o que foi ouvido, é preciso entender um pouco sobre quem é o entrevistado. Passado o período de coleta, passase à ilustração, reescrita e organização. Podese destacar que todos os quadrinhos são feitos manualmente. Primeiro é realizado um rascunho, que constroi o personagem a partir do estudo realizado sobre ele, colocandoo em vários ângulos e posições. Durante essa fase, há uma 6
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busca por fotos do entrevistado, de modo a se aproximar mais do que ele é. Após este rascunho isolado, passase à separação e reordenação do texto recolhido. A entrevista coletada é transcrita e o produto final pode não ser mostrado na ordem da fala do entrevistado. A reorganização é feita de acordo com a proximidade dos assuntos e também de acordo com as informações mais importantes. Nesse ponto, as falas são separadas conforme o espaço para os balões. Depois de ter as falas organizadas, é realizada a disposição dos quadros. Em um processo manual, os quadrinhos são diagramados sem desenhos, de acordo com a ordem do texto. Os quadros são feitos à lápis e sem medições. Funciona como um rascunho do que será feito no computador. Com essa disposição pronta, os desenhos, feitos a lápis 2B, nesta fase não possuem muitos detalhes, é mais uma ocupação inicial do espaço, para confirmar se a diagramação está adequada. Confirmados e adaptados os desenhos, é feita uma camada de caneta Nanquim 0.5 mm que definirá os desenhos efetivamente. Os quadros não são contornados, neste primeiro momento funcionam como orientação do espaço. Com os desenhos e detalhes marcados, é escaneada a imagem realizada em folha branca A4. A partir desta, é iniciado o processo de pintura dos desenhos no Photoshop. Inicialmente, é acentuado o preto das linhas das figuras que perdem um pouco do tom quando escaneadas. Posteriormente, os quadros são organizados de acordo com as marcações e iniciase a seleção de cores. As histórias em quadrinhos são sempre muito coloridas, mas alguns pontos dos quadros são escolhidos para escurecer, com hachuras feitas com o próprio nanquim, de modo a direcionar o foco da imagem para o personagem (Figura 2).
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Figura 2 Uso de hachuras contornando o personagem.
O personagem fixo na entrevista é a apresentadora, que não possui traços mais reais, tratase de uma figura ilustrativa efetivamente, que representa a presente estudante de modo simbólico. A escolha da mesma, sem os traços reais, é uma forma de se inserir como personagem de fato e de padronizar a entrevista, a variação constante da fisionomia poderia causar uma falta de reconhecimento em outras entrevistas. A variação acontece apenas na posição da mesma (Figura 3).
Figura 3: A apresentadora
5 DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO A entrevista em quadrinhos foi publicada no site do curso Jornalismo UFSJ. A pauta escolhida está relacionada às práticas do curso, por se tratar de uma experiência de um dos 8
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professores. A temática atende ao públicoalvo, uma vez que motiva e informa. Ao representar a última notícia do curso, da qual os alunos estão se envolvendo, de modo a valorizar e reconhecer a área. A HQ foi feita em duas páginas de papel A4. Por ser relativamente curta, ela focaliza em um tema sobre o qual o entrevistado discorre. Já foram temas em outras entrevistas: a formação do Centro Acadêmico, o estágio em uma revista e em uma televisão, as oportunidades em eventos da universidade, e aqui destacase especificamente a experiência de um pósdoutorado fora do país. A temática ajuda na identificação e aceitação do público, que já possui interesse na área e poderá compartilhar de situações similares em sua vida acadêmica. Além disso, a linguagem dos quadrinhos é rápida e direta e se aproxima da linguagem oral, uma vez que é a representação de uma conversa, uma entrevista. E o formato visual reforça sua atração, por ser um texto diferente e interessante, podendo informar com imagens. 6 CONSIDERAÇÕES As histórias em quadrinhos permeiam a vida humana desde as primeiras leituras. É raro encontrar um livro didático que não possua uma tirinha ou charge, e mais raro ainda alguém que nunca tenha lido algum exemplo da arte sequencial, seja verbal, seja por apenas imagens. Ao longo dos anos, os quadrinhos provaram a sua eficiência em manifestar expressões e opiniões ou apenas fazer rir. Porém, se tal ferramenta é capaz de manifestar uma posição, tal qual se observa nos editoriais, conforme apontou Nicolau (2007), por que não pode informar em igual eficiência? Os quadrinhos podem e devem ser percebidos além do que se vê, além do entretenimento e da ficção. A arte sequencial é mais que ilustrar, é também representação da realidade e recorte tal qual é o jornalismo. Um recorte da percepção do jornalista sobre o acontecimento. Sendo assim, ainda que com imagens recriadas, o Jornalismo em quadrinhos não perde em verdade e conteúdo, e por isso, deve ser revisto como ferramenta para a comunicação. Com a entrevista em quadrinhos, foi possível perceber a possibilidade de trazer para a realidade fatos do passado, contextos e situações que poderiam ser perdidos no texto. 9
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Ganhouse a oportunidade de reconstruir uma realidade que não poderia ser reportada por fotos ou vídeos. Os quadrinhos são uma alternativa para recontar histórias. Como cartunista e estudante de jornalismo, a pesquisadora acredita na proposta como modalidade jornalística e com todos os requesitos que a prática reclama. Os quadrinhos são uma forma divertida, interessante de se fazer o jornalismo. Jornalismo este que, com a era digital, cobra cada vez mais recursos visuais. E fazer entrevistas utilizando o método foi uma experiência que comprovou as potencialidades do recurso e não representa nem um terço de todas as suas possibilidades. Fazer o Jornalismo em quadrinhos é tornar literário os acontecimentos e dar criatividade ao fatos, sem que se perca a sua veracidade. É dar cor ao que já foi acabado, e definição às palavras soltas no pensamento. É a reconstrução que todo jornalista faz ao colher as informações diariamente, mas em seu sentido original, daquele que reconstroi uma história. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS OLIVEIRA, A. P. S.; PASSOS, M. Y.. Joe Sacco: Jornalismo Literário em quadrinhos. XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. BrasíliaDF, de 6 a 9 de setembro de 2006. Disponível em: . Acesso em: 16 set. 2014. SOUZA Jr., J. N.de. Imagem Narrativa e Discurso da Reportagem em quadrinhos de Joe Sacco [Dissertação de Mestrado]. Universidade de Santa Catarina Centro de Comunicação e Expressão, Programa de PósGraduação em Jornalismo. Florianópolis, 2010. Disponível em: . Acesso em: 24 out. 2014. NICOLAU, M.. As tiras de jornal como gênero jornalístico. Revista eletrônica Temática. 08/02/2007. Disponível em: . Acesso em: 7 out. 2014.
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