JOSÉ CABRAL, 18 fotografias

JOSÉ CABRAL 18 fotografias - LEIRIA - 2015 M/I/MO Museu da Imagem em Movimento

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

1, 2. Mueda, Cabo Delgado 1998 3. Tete 1993 4. Cabo Delgado 2002 5. Tete 1993 (?) 6, 7, 8. Ilha de Moçambique 1998 9. Lagartos do pintor Ídasse no corpo de Arminda, Maputo 1998 10. Nampula 1998 11. Maputo 1990 12. Tete 1993 13. Pastor, Moamba 1983 14. Maputo 2002 15. Xai-Xai 1992 16. Mueda 1998 17. Maputo 1988 18. Maputo (Vila Algarve), 1990 (9 -11: «Espelhos Quebrados», 2012 / 11-18: «Anjos Urbanos», 2009)

José Cabral nasceu em 1952, em Lourenço Marques / Maputo. É um fotógrafo activo desde a independência, com um trabalho documental e de criação pessoal que teve especial importância na abertura de novos caminhos para as gerações posteriores, em que hoje se destacam Mário Macilau, Mauro Pinto e Filipe Branquinho. Distanciandose do fotojornalismo impulsionado por Ricardo Rangel e Kok Nam antes e depois de 1975, Cabral é também reconhecido como um mestre, mesmo se na figura de um artista livre e rebelde. Fotógrafo profissional no Instituto Nacional de Cinema, e integrando a sua equipa fundadora, em Maputo (1975-78), depois foto-repórter e professor no Centro de Formação Fotográfica de Moçambique, bolseiro em Itália e nos Estados Unidos, é um fotógrafo de grande cultura visual e literária, que, num país ainda sem mercado para a fotografia independente, afirmou outros horizontes de criação. Homenageado na edição de 2006 do festival PhotoFesta de Maputo, José Cabral foi acentuando nas suas exposições recentes, sempre com carácter antológico, a diferença autoral e estética da sua obra através de um enfoque em grande parte autobiográfico, às vezes provocadoramente intimista. Foram revisões da sua carreira e programas temáticos em que à retrospectiva se associou a revelação de inéditos: «As Linhas da minha Mão» (2006, Maputo), «Anjos Urbanos», sobre os seus filhos e os filhos dos outros (Lisboa 2009, na Galeria P4 Photography, e Maputo 2010), «Espelhos Quebrados», auto-retratos de carreira e de itinerância internacional (Maputo 2012, em parte repetida em Lisboa, A Pequena Galeria, 2013). Falta a reunião em livro de uma obra poderosa em que os retratos, os nus, as árvores, as crianças e o testemunho social são tópicos especialmente marcantes. (A.P.)