JOSÉ LUÍS LOPES BRANDÃO, Máscaras dos Césares: Teatro e Moralidade nas Vidas Suetonianas, Coimbra, Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos, 2009. 482 pp. ISBN 978-989-8281-14-2

May 22, 2017 | Autor: Ricardo Nobre | Categoria: Ancient History, Suetonius, Historiografía Latina
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CENTRO DE ESTUDOS CLÁSSICOS FA C U L D A D E D E L E T R A S D E L I S B O A

EVPHROSYNE

REVISTA DE FILOLOGIA CLÁSSICA NOVA SÉRIE – VOLUME XLII

MMXIV

EVPHROSYNE

EVPHROSYNE

!

Centro de Estudos Clássicos – Faculdade de Letras

R EV I STA D E F I L O L O G IA C L Á S SIC A C E N T R O D E E ST U D O S C L Á S SIC O S FAC U L DA D E D E L E T R A S D E L I SB OA PT – 1600-214 LISBOA PORTUGAL e-mail: [email protected] sítio electrónico: http://www.letras.ulisboa.pt/cec/

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Tiragem 500 exemplares Depósito legal 178089/02 ISSN 0870-0133 PUBLICAÇÃO ANUAL SUJEITA A ARBITRAGEM CIENTÍFICA Referenciada em L’ Année Philologique | Medioevo Latino | CSA Linguistics And Language Behavior Abstracts | Bibliographie Internationale de L’ Humanisme et de la Remanissance | Dialnet ERIH | Latindex | SCOPUS | EBSCO

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ORIENTAÇÕES PARA PREPARAÇÃO DE ORIGINAIS 1. Euphrosyne — Revista de Filologia Clássica, órgão do Centro de Estudos Clássicos da Universidade de Lisboa, está aberta à colaboração da comunidade científica na área da filologia clássica, entendendo esta em sentido largo da diacronia da tradição, das áreas científicas específicas e respectivas disciplinas. 2. Os artigos poderão ser enviados por correio electrónico para [email protected] ou para a morada do Centro de Estudos Clássicos. 3. Os originais enviados para publicação devem ser inéditos e não estar submetidos a outra entidade editorial; serão remetidos à Direcção de Euphrosyne em forma definitiva e apresentados segundo as normas da revista. Os originais não serão devolvidos, assumindo-se que os autores conservam cópia dos mesmos. Os trabalhos considerados a publicação são sujeitos a arbitragem científica. 4. Serão aceites até 31 de Dezembro trabalhos para publicação no volume do ano seguinte; será dada informação sobre a aceitação da publicação até 30 de Abril do ano da publicação do volume. 5. O original será sempre apresentado electronicamente e em forma dupla: em documento de texto (Word/.doc(x) -pref.) e em PDF. 6. O artigo será encabeçado por: a) título (breve e explícito); b) nome e apelidos do autor; c) instituição académica ou científica a que está adstrito; d) endereço electrónico; e) resumo (não superior a 10 linhas) em língua inglesa; f) indicação de três palavras-chave em língua inglesa. 7. A extensão recomendada para os artigos é de 10 páginas, não devendo ultrapassar 20 páginas de A4, a corpo 12 e duplo espaço. 8. Sistema de notas: fim de artigo (endnotes); numeração automática seguida. Na publicação, as notas de artigo sairão em fundo de página (footnotes). 9. Sistema de referências: a) Não é permitida remissão para páginas do interior do artigo. b) Referências (em nota): Monografias: J. de Romilly, La crainte et l’angoisse dans le théâtre d’Eschyle, Paris, 1959, pp. 120-130 (casa editora mencionada apenas para edições antigas). Ou em 2.ª ref.: J. de Romilly, op. cit., p. 78. Revistas: R. S. Caldwell, “The Misogyny of Eteocles”, Arethusa, 6, 1973, 193-231 (vol., ano, pp.). Ou em 2.ª ref.: R. S. Caldwell, loc. cit. Obras colectivas: G. Cavallo, “La circolazione dei testi greci nell’Europa dell’Alto Medioevo” in J. Hamesse (ed.), Rencontres de cultures dans la Philosophie Médiévale - Traductions et traducteurs de l'Antiquité tardive au XIVe siècle, Louvain-la-Neuve, 1990, pp. 47-64. c) Abreviaturas: Seguir-se-ão as abreviaturas convencionadas por ThLL, para autores latinos; LiddelScott-Jones, para autores gregos; Année Philologique, para títulos de revistas; para as abreviaturas mais comuns: p. / pp.; ed. / edd.; cf.; s.u.; supra; op. cit.; loc. cit.; uid.; a.C./d.C. (em redondo). d) Citações: Devem ser colocadas entre comas “...” (não as de textos gregos); os itálicos serão utilizados apenas para sublinhar palavras ou pequenas frases; as citações em latim ou em grego serão breves. 10. Eventuais figuras ou imagens serão de qualidade gráfica (de preferência no formato TIF, com a resolução mínima de 200 p.p.), fornecidas em suporte electrónico (como os originais) e com a indicação precisa da referência no texto e na ordem assim como do título (devem ser acautelados os direitos de reprodução por parte do autor do artigo). 11. Aos autores não será fornecido mais do que um jogo de provas; estas deverão ser devolvidas num prazo máximo de 7 dias. Em princípio, não serão permitidas alterações ao original. 12. Aos autores será fornecido um exemplar do volume e a versão electrónica do respectivo artigo.

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O. Devillers ! G. Flamerie de Lachapelle (edd.), Poésie augustéenne et mémoires du passé de Rome. En hommage au Professeur Lucienne Deschamps, Bordeaux, Ausonius, 2013 (Scripta Antiqua, 50). 244 pp. ISBN 978-2-35613-080-8 Colegas, amigos e alunos contribuem para o volume que presta homenagem a Lucienne Deschamps ao cabo de uma carreira de quase quarenta anos desenvolvida na Universidade Michel-de-Montaigne / Bordeaux 3. Mas a colectânea não foi a primeira iniciativa visando assinalar a ocasião. Em 2011 decorreram em Bordeaux duas jornadas de trabalho sobre um domínio de estudos caro a Deschamps, a visão do passado na poesia augustana; e foi desta actividade que nasceu o projecto de publicar o presente volume. Convidando outros investigadores a juntar-se àqueles que haviam participado nas jornadas, os organizadores coligiram ensaios que exploram aquele tema. Aliás, a listagem exaustiva dos trabalhos de Lucienne Deschamps (pp. 213-218) – alguns publicados na revista Euphrosyne, nos anos de 1992, 1997 e 2006 – comprova a justeza da opção temática dos editores. O volume divide-se em três partes. A primeira, “Histoire et mémoire”, dá primazia a Vergílio e à Eneida, nos ensaios de J. Thomas (“Virgile et l’émergence de Rome”, pp. 2934), S. Franchet d’Espèrey (“Genus vs Moenia: réflexions sur la fondation dans l’Énéide”, pp. 35-52), J.-B. Riocreux (“La valeur poétique et apologétique du regard humain sur les visions prophétiques de l’Histoire dans l’Énéide”, pp. 53-65) e E. Raymond (“Memorabile textum: aspects spéculaires et historiques du bouclier d’Énée”, pp. 67-85). Divergem de tal linha de investigação A. Deschard, que reflecte sobre o emprego de dois adjectivos na caracterização da grandiosidade de Roma (pp. 13-27), G. Puccini-Delbey, escrevendo sobre as referências ao passado de Roma na elegia erótica de Ovídio (pp. 87-91), e G. Freyburger, na análise da figura de Líber-Baco na poesia augustana (pp. 93-99). A segunda secção, “Figures du passé”, debate o tratamento, por parte dos poetas elegíacos, de personalidades da História de Roma. Assim, o texto de P. M. Martin centra-se no Rómulo de Ovídio (pp. 103-115), H. Vial encontra uma pluralidade de “Césares” na obra daquele poeta elegíaco (pp. 127-139), O. Devillers comenta as referências a Mário em Propércio (pp. 117-126). A última parte, “Relectures et réceptions”, acomoda dois ensaios que tomam Vergílio como ponto de partida: F. Daspet estuda o nome de Córidon (Verg. Buc. 2) à luz de comentários tardios (pp. 143-161), A.-I. Bouton-Touboulic examina a presença de Vergílio no terceiro livro da Cidade de Deus (pp. 163-176). Os outros textos ampliam o escopo temporal da colectânea: G. Liberman faz uma minuciosa análise de vários passos de Horácio, focando problemas da sua secular exegese (pp. 193-211); F. Ripoll regressa ao debate sobre a violência de Eneias na épica vergiliana, escrutinando diversas correntes interpretativas (pp.183-192); já J.-P. Levet estuda os poetas latinos e Roma nas obras de Gerbert d’Aurillac (pp.177-181). Ana Lóio

José Luís Lopes Brandão, Máscaras dos Césares: Teatro e Moralidade nas Vidas Suetonianas, Coimbra, Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos, 2009. 482 pp. ISBN 978-989-8281-14-2 Na sua tese de Doutoramento apresentada à Universidade de Coimbra, José Luís Lopes Brandão sujeitou as Vidas de Suetónio a uma entusiasmante análise que, agora pasEVPHROSYNE, 42, 2014

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sada a volume, excede largamente o âmbito da literatura latina, impondo este estudo a classicistas, historiadores ou teóricos da literatura. Na verdade, as traduções (de altíssima qualidade) que acompanham todas as citações no original atenuam eventuais limitações de estudiosos contemporâneos das humanidades que não sabem latim. Com uma redacção correcta e clareza de argumentação ímpar, a obra de José Luís Lopes Brandão encontra-se estruturada em três secções. Salientando que a biografia e a história são textos de tipologias diversas (ainda que, em muitos casos, próximas), “A construção das Vidas” apresenta o tradicional contexto que enquadra na diacronia da literatura latina a obra de Suetónio: o que eram e como se escreviam biografias antes de Suetónio e que novidades lhes atribuiu, sobretudo a partir das fontes e da sua própria erudição. Apesar de defender que biografia e história são textos de tipologias diversas, e que a comparação (inevitável) entre a obra de Suetónio com a de Tácito nem sempre respeita este princípio de diferença, o historiador insinua-se continuamente ao longo do estudo, prolongando a comparação que Brandão pretenderia talvez evitar. Se Tácito e Suetónio têm em comum a circunstância de escreverem sobre acontecimentos ou personalidades da mesma época, a diferença entre a sua obra não é apenas limitada ao género a que se dedicaram. Com efeito, Brandão aponta como um dos principais critérios teóricos que distinguem história de biografia a organização da matéria per species desta, em detrimento da analística per tempora daquela. Talvez nesse aspecto o estudo pudesse ter beneficiado de algum apoio bibliográfico no âmbito dos modernos estudos literários, que têm descrito propriedades dos textos que representam a vida, sem recorrer a termos de comparação com géneros afins. A aludida arrumação por rubricas temáticas resultará na atenção que merece o binómio de polaridades inversas, uirtutes / uitia, que, explica Brandão, condiciona a estrutura dessas rubricas, ao mesmo tempo que concorre para a caracterização das personagens da obra. O estilo de Suetónio atribui, de modo exemplar, uma carga semântica à mensagem assim estruturada, motivo por que Brandão apresenta os contornos essenciais do modo de escrever do biógrafo. Por último, esta secção aglomera observações pertinentes acerca dos “Meios de captação do leitor”, sobretudo pela “sedução” (de que fazem parte estratégias de “sugestão de realismo”, “rumores e anedotas”, “cómico” e a “intervenção directa do autor no texto”, que não deve, ainda assim, ser confundida com a moderna “ironia romântica”) e “apelo às emoções”. A segunda secção, “O Teatro das Vidas”, estuda em pormenor, no âmbito de análise do discurso, aspectos de cada uita a partir de gestos em palco. O primeiro é a entrada em cena. Assim, Brandão distingue três tipos de ascensão, a “gloriosa” (Júlio César, Octaviano, Galba, Vespasiano, Tito), a “controversa” (Tibério, Calígula, Neto, Otão) e a “inglória” (Cláudio, Vitélio, Domiciano). Estas “subidas ao palco” terão consequências na “conquista e recepção do poder supremo”, tipificadas em questões de ambição familiar (César e Octaviano) ou a salvação do estado (Galba e Vespasiano), sendo de realçar casos específicos como o de Tibério, além de outros que envolvem “sucessão e crime” (Calígula, Nero, Domiciano), “aclamação farsesca” (Cláudio, Vitélio e Otão) ou “mudança radical de comportamento” (Tito). Já em funções, ο palco de exercício do poder revolve-se entre espectáculo e política, tema do terceiro capítulo desta secção, no qual o A. defende que Suetónio “manifesta claramente o intuito de criar uma imagem que só se apresenta completa no final. Na fase do governo dos imperadores, vamos encontrar características que já se apresentavam em germe no relato das actividades que antecederam a chegada ao poder e que serão completadas (confirmadas ou postas em causa) na narrativa da morte” (p. 211). Assim EVPHROSYNE, 42, 2014

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se distinguem tiranos (Júlio César, Tibério, Calígula, Nero, Domiciano, Galba, Vitélio), bons príncipes (Augusto, Vespasiano, Tito, Otão), ou simplesmente incapazes (Cláudio). Ostentando as virtudes ou manifestando teatralmente os vícios, a verdade é que os imperadores biografados levarão uma vida digna de tragédia ou de comédia, como se explora no quarto capítulo. O fim da representação conhece também (cap. 5) uma tipificação sub species, que irá confirmar a caracterização das personagens feita até aqui, pois a “morte é o momento supremo da revelação do ethos” (p. 272). Assim, há os imperadores que morrem bem (Augusto, Vespasiano e Tito), os que são castigados, quer pelo assassínio (pelo ferro: Júlio César, Calígula, Galba, Vitélio, Domiciano; pelo veneno, suspeitas em Tibério e Cláudio), quer pelo suicídio (Nero), e os que se redimem (Otão), sendo-lhes concedido “aplauso” ou “pateada”. A confirmar a relação que a vida e a actuação política destes doze homens poderá ter com o teatro, Brandão apresenta no sexto capítulo as linhas fundamentais da sua argumentação a este propósito. Finalmente, na secção “A expressão da moralidade: juízos e prejuízos” o A. demora a sua atenção no comportamento mais ético do que político dos imperadores. Tal caracterização pode decorrer da ascendência, havendo, nesse caso, a distinguir uma herança positiva (Augusto, Vespasiano e Otão), uma herança negativa (Tibério, Nero, Galba, Vitélio) ou a negação dos genes (Calígula e Cláudio). Quanto à descrição física das personagens imperiais, defende Brandão (p. 341), “Uma imagem de beleza predomina nos imperadores bons, um equilíbrio e harmonia que acentua a majestade”, sendo o inverso verdade para os imperadores de polaridade oposta. No último capítulo desta secção, “Juízo sobre actos e palavras”, o A. defende que a obra de Suetónio, “ao centrar-se na pessoa do imperador – o sujeito gramatical de cada Vida –, torna-o único responsável pelos bons e maus actos”. Assim, Brandão estuda os “‘freios’ de um imperador” (moderatio e abstinentia), realçando a moderatio, ciuilitas, clementia e pietas sentidas em face do poder e a abstinentia e liberalitas relativamente à riqueza. Por seu lado, a observância da dignitas e da castitas estão associadas à “defesa dos bons costumes”. Estas atitudes morais ajustar-se-ão harmoniosamente à configuração moral que cada uma das personagens foi conhecendo ao longo das Vidas, pois coincidem com a carga semântica que o autor lhes pretendeu atribuir. Depois de condensar as conclusões, o estudo apresenta uma bibliografia actualizada dos estudos suetonianos, sendo ainda justamente enriquecido com três índices (personalidades históricas e topográfico, autores antigos e analítico), de utilidade inquestionável para o leitor do livro em formato tradicional. Ricardo Nobre

Michael Paschalis, Stelios Panayotakis (eds.), The Construction of the Real and the Ideal in the Ancient Novel, Groningen, Barkhuis, 2013 (Ancient Narrative Supplementa, 17). 312 pp. ISBN 978-949143125-8 The volume under review comprises 13 papers, originally delivered at the 5th Rethymnon International Conference on the Ancient Novel. Gareth Schmeling writes an Introduction summarising the contents of each paper, while abstracts are also offered in a separate section at the end of the book (pp. 293-299). The volume also includes an Index locorum and a General Index. EVPHROSYNE, 42, 2014

I COMMENTATIONES Un souvenir d’Antiphon dans la peinture de la Démocratie au livre VIII de la République de Platon (557a – 562a)? – Marcel Meulder ................................

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Etiology in Parthenius of Nicaea – Marc Vandersmissen .........................................

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La φιλοστοργία negli animali: l’exemplum plutarcheo dell’ἄρκτος – Gabriella Guarino ....................................................................................................................

49

Historia y ficción poética en la deductio moderna: el largo viaje de la novia en tres epitalamios latinos del siglo XV en honor de la Casa de Aragón – Antonio Serrano Cueto .......................................................................................................

67

Dall’autopsia del codice Perugia, Biblioteca Comunale Augusta, H 56, sondaggi sulla triade bizantina di Eschilo (Prometheus-Septem-Persae) – Isabella Proietti....

87

En los márgenes de un tópico poético: El passerulus alicaído de Filippo Buonaccorsi (Callimachus Experiens) – Manuel A. Díaz Gito ............................................

105

Una aproximación a los studia epigraphica de Conrad Peutinger: el testimonio de las inscripciones hispanas – Gerard González Germain ..............................

119

Emblemas-florilegios sobre la amistad en el Emblematum Liber (1593) de Jean Jacques Boissard – Beatriz Antón ......................................................................

135

Unamuno, La Esfinge y el Mito de Edipo – Cristóbal Macías Villalobos ..........

155

II STVDIA BREVIORA A propósito de φύσις y τέχνα en la cuarta oda ístmica de Píndaro – Aida Míguez Barciela ...................................................................................................................

177

The hellebore in Persius’ Satires – Spyridon Tzounakas ...........................................

189

Traducciones ibéricas de la obra retórica de Apuleyo – Juan Martos ......................

197

En torno a las composiciones litúrgicas latinas de la Hispania medieval en honor de Leandro de Sevilla († 602) – Jose Carlos Martín-Iglesias ......................

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RERVM INDEX

O professor de Grego Mário de Carvalho, Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto – Maria de Fátima Silva............................................................

217

III VARIA NOSCENDA Oltre i confini di Babele: riflessioni per una didattica della grammatica latina con il metodo neocomparativo – Marco Ricucci........................................................

227

IV RES COMMEMORANDAE In memoriam: Maria de Lourdes Flor de Oliveira, com afecto e saudade – Mafalda Viana & Aires A. Nascimento ............................................................................

249

José Guillermo Montes Cala. In memoriam – Rafael J. Gallé Cejudo, Manuel Sánchez Ortiz de Landaluce & Tomás Silva Sánchez ...............................

255

V DISPUTATIONES Documenti latini e greci del conte Ruggero I di Calabria e Sicilia. Edizione critica a cura di Julia Becker – Marcello Moscone .......................................................

259

Elisabetta Patrizi, «Del congiungere le gemme de’ gentili con la sapientia de’ christiani», La biblioteca del card. Silvio Antoniano tra studia humanitatis e cultura ecclesiastica – Marcello Moscone......................................................................

265

VI LIBRI RECENSITI a) Edições de texto. Comentários. Traduções. Estudos Linguísticos Anne de Cremoux, La Cité Parodique. Études sur les Acharnenses d’Aristophane – Rui Carlos Fonseca...........................................................................................

273

François Ripoll et Jean Soubiran, Stace. Achilléide – Ana Lóio ..........................

275

Darete Frígio, La storia della distruzione di Troia. Introduzione, testo, traduzione e note a cura di Giovanni Garbugino – Manuel José de Sousa Barbosa ....

276

Aires Barbosa, Obra poética. I – Epigramas; II – Antimória [1495-1536]. Fixação do texto latino, introdução, tradução, notas e comentários por Sebastião Tavares de Pinho e Walter de Medeiros – Manuel José de Sousa Barbosa...............

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Georges Buchanan, Poetic Paraphrase of the Psalms of David (Psalmorum Dauidis paraphrasis poetica), edited, translated, and provided with introduction and commentary by Roger P. H. Green – Manuel José de Sousa Barbosa ........

280

Claude Moussy (dir.), Espace et temps en latin – Manuel José de Sousa Barbosa ....................................................................................................................

283

b) Literatura. Cultura. História Benjamin Acosta-Hughes, Arion’s Lyre. Archaic Lyric into Hellenistic Poetry – Rui Carlos Fonseca..........................................................................................

285

Emmanuelle Raymond (ed.), ‘Vox poetae’: manifestations auctoriales dans l’épopée gréco-latine. Actes du colloque organisé les 13 et 14 novembre 2008 par l’Université Lyon 3 – Maria João Toscano Rico ..............................................

287

Claude Calame, Mythe et Histoire dans l’Antiquité Grecque. La création symbolique d’une colonie – Nuno Simões Rodrigues ............................................................

291

Laurent Coulon, Pascale Giovannelli-Jouanna, Flore Kimmel-Clauzet (dir.), Hérodote et l’Égypte: Regards Croisés sur le Livre II de l’Enquête d’Hérodote. Actes de la Journée d’Étude Organisée à la Maison de l’Orient et de la Méditerranée – Nídia Catorze Santos .................................................

293

Carmen Soares, Maria do Céu Fialho, María Consuelo Álvarez Morán, Rosa María Iglesias Montiel (coord.), Norma ! Transgressão II – José Carlos Araújo........................................................................................................

295

Mimma Bresciani Califano (ed.), Paradossi e disarmonie nelle scienze e nelle arti – Giuseppe Ciafardone ........................................................................................

299

Mathilde Simon (ed.), Identités romaines. Conscience de soi et représentations de l’autre dans la Rome antique (IVe siècle av. J.-C. – VIIIe siècle apr. J.-C.) – Nuno Simões Rodrigues ...................................................................................

301

Emilio Suárez de la Torre, Aurelio Pérez Jimenez (coords.), Mito y Magia en Grecia y Roma – Gabriel Silva........................................................................

302

Hélène Vial, La métamorphose dans les Métamorphoses d’Ovide. Étude sur l’art de la variation – Nuno Simões Rodrigues ..............................................................

305

Sabrina Inowlocki & Baudouin Decharneux (eds.), B. Bertho (colab.), Philon d’Alexandrie – Un Penseur à l’Intersection des Cultures Gréco-Romaine, Orientale, Juive et Chrétienne – Nuno Simões Rodrigues ................................

306

O. Devillers & G. Flamerie de Lachapelle (eds.), Poésie augustéenne et mémoires du passé de Rome. En hommage au Professeur Lucienne Deschamps– Ana Lóio.....

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José Luís Lopes Brandão, Máscaras dos Césares: Teatro e Moralidade nas Vidas Suetonianas – Ricardo Nobre ..............................................................................

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Michael Paschalis, Stelios Panayotakis (eds.), The Construction of the Real and the Ideal in the Ancient Novel – Fotini Hadjittofi....................................

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Marília Futre Pinheiro, Judith Perkins, Richard Pervo (eds.), The Ancient Novel and Early Christian and Jewish Narrative: Fictional Intersections – Fotini Hadjittofi...............................................................................................

313

Marília P. Futre Pinheiro, Stephen J. Harrison(eds.), Fictional Traces. Receptions of the Ancient Novel – vol. 1 & 2 – José Carlos Araújo ....................................

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Stéphane Ratti, Polémiques entre païens et chrétiens – Ivan Figueiras .................

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