LÉO PERUZZO JÚNIOR CAPELA SAN GIUSEPPE -GROTERA A HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO ITALIANA EM UNIÃO DA SERRA

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LÉO PERUZZO JÚNIOR

CAPELA SAN GIUSEPPE - GROTERA A HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO ITALIANA EM UNIÃO DA SERRA

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Léo Peruzzo Júnior

CAPELA SAN GIUSEPPE - GROTERA A HISTÓRIA DA IMIGRAÇÃO ITALIANA EM UNIÃO DA SERRA

1ª Edição

Curitiba 2016

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© Curitiba, 2016.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do autor/editora.

Léo Peruzzo Júnior Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Filosofia Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR Escola de Educação e Humanidades Rua Imaculada Conceição, 1155 – Curitiba / Paraná. Tel: 41-9910-0758

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LÉO PERUZZO JÚNIOR

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Graduado e Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR. Atualmente é professor do Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná(PUCPR) e no Centro Universitário Franciscano do Paraná – FAE. E-mail: [email protected]

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Tudo morre... menos a história, a memória e a saudade.

6

Aos imigrantes – heróis da história. Aos agricultores – heróis da terra.

Aos meus nonnos, Ogelmiro (1922-2001) e Helena (1927-2015).

Aos meus pais, Léo e Zenir. Às minhas irmãs, cunhados e sobrinhos. À Silvia e Júlia...

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AGRADECIMENTOS

À Comunidade San Giuseppe, Grotera, pelos arquivos, fotos, entrevistas e diálogos mantidos ao longo da elaboração deste trabalho. À Paróquia Nossa Senhora do Rosário, Pulador, e à Paróquia Santo Antônio, Vila Oeste, pela disponibilização da consulta ao acervo, especialmente ao padre Osmar Burilli. À Secretaria de Educação da Prefeitura de União da Serra. Ao Prefeito Municipal de União da Serra Sr. Luiz Mateus Cenci e à Câmara de Vereadores. A Comune de Enego, Vicenza, que prontamente enviou alguns registros históricos. Às diversas famílias da Paróquia Nossa Senhora do Rosário (Pulador)

e

da

Paróquia

Santo

Antonio

(Vila

Oeste)

que

responderam aos e-mails, telefonemas e cartas com sugestões, registros e fotografias. As centenas de amigos e amigas, espalhados por quase todos os estados do Brasil, que manifestaram empenho na elaboração desta obra. Aos primeiros filhos da Capela San Giuseppe, Grotera, responsáveis pela construção da história e da memória.

8

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO..............................................................................9

COLÔNIA GUAPORÉ A NOVA PRÁTIA ITALIANA..........................................................................................12 OS DISTRITOS DE BORGES DE MEDEIROS (VILA OESTE) E FORMIGUEIRO................................................................................37 A HISTÓRIA E AS FAMÍLIAS DA CAPELA SAN GIUSEPPE GROTERA (1912-2015)..................................................................100 A GENEALOGIA DAS FAMÍLIAS DA CAPELA SAN GIUSEPPE......................................................................................135 A CONSTRUÇÃO DA CAPELA SAN GIUSEPPE – GROTERA....174 AS CAPELAS DE UNIÃO DA SERRA – Paróquia Nossa Senhora do Rosário (Pulador) e Paróquia Santo Antonio (Vila Oeste)..............218

AGRADECIMENTOS.....................................................................243

CANÇÕES ITALIANAS...................................................................245

9

APRESENTAÇÃO

Este livro foi escrito um pouco tarde. Deveria ter sido escrito há mais de uma década, quando alguns de seus personagens ainda teriam uma dezena de histórias (e estórias) para acrescentar ao seu conteúdo: Ogelmiro Peruzzo, Helena Pasquali Peruzzo, Domenica Dalla Costa Peruzzo, Graciosa Peruzzo Pavoni, Guerrino Bertoldi, Gentile Bertoldi, Rosa Buratti e Recieri Nervis, Hermes Di Bernardo, Ercida Di Bernardo, entre outros. Organizado de forma simples, seu objetivo é apresentar e reconstruir uma parcela da história da imigração italiana num local muito característico e peculiar do Rio Grande do Sul, encravado entre serras e rios no município de União da Serra1, intitulada CapelaSan Giuseppe, ou também, “Grotera”. É neste pequeno povoado que documentamos a cena e o cotidiano das primeiras gerações de imigrantes italianos, buscando identificar o processo de construção da centenária Grotera. Há quem diga que o tempo é o escultor da história; por isso, antes que ela seja esquecida completamente pensamos que seria interessante armazená-la e disponibilizá-la para as futuras gerações. Aprendi, provavelmente ainda muito cedo, através “delle ciàcole”2, a ser um

1

União da Serra emancipou-se do município de Guaporé, em 20 de março de 1992. Atualmente, segundo o censo do IBGE\2010, tem uma população de 1620 habitantes. Sua área é de 131 Km2. 2 Conversa fiada; conversa informal sobre fatos do cotidiano.

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admirador do passado. Isso pode ser explicado pelo convívio assíduo entre os vizinhos e parentes da comunidade. Desta forma, quando despertei a ideia de escrever um livro, idealizei o projeto com a finalidade de tornar viva a história que hoje existe apenas na memória de poucos e nas recordações que as fotografias podem expressar. Sendo assim, um primeiro elemento que merece destaque é que a história da Grotera, assim como o povoamento da região de Guaporé, inicia-se especialmente como a chegada dos primeiros imigrantes italianos, por volta de 1880. É a partir desta data que temos os primeiros registros expressos em construções de moinhos, igrejas e no desbravamento das estradas. Não resta dúvida, portanto, que um passado centenário acabou-se de ser celebrado. Um

segundo elemento, ainda muito

valioso, é

que ainda

encontramos, não muito raramente, os filhos – a primeira geração – destes italianos aqui chegados. E, por fim, aquilo que constitui o berço da cultura italiana, isto é, a preservação e o uso do dialêto vêneto como língua oficial3.

3

A respeito do dialeto vêneto, segundo Darcy Loss Luzzatto, “Os padres, sobretudo os frades, faziam suas prédicas em Talian, para melhor serem entendidos. O jornal La libertà (1909),depois Il Colono italiano (1910)¸Stafetta Riograndense (1917)e, em parte ainda hoje o Correio Rio-Grandense (1941), escreviam em Talian, e este ainda escreve alguma coisa, como La vita, stòria e fròtole. O Nanetto Pipetta (1924),o Togno Brusafrati (1929), e no pós-guerra, a Stória de Nino, fradelo de Nanetto Pippetta (1965), foram escritos em Talian, e são lidos mais do que qualquer outro livro entre os descendentes” (LUZZATTO, Darcy

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Esperamos que este trabalho, fruto da colaboração de uma série de pessoas, possa ser responsável por acender o espírito de responsabilidade que temos sobre a história, sobre a nossa própria história. A arquitetura cultural e o cenário natural da Grotera, em seus aproximadamente cinco quilômetros de extensão merecem, por si só, um cartão postal. Símbolo de uma expressiva convivência comunitária quando, por volta de 1930, sua população era de cerca de duzentas e quarenta pessoas, hoje seus sessenta moradores ainda preservam um pedaço do tempo em seus afazeres: no filó, na troca de carne entre vizinhos ou na organização das duas festas anuais em homenagem a São José e Santa Ana. A igreja com o campanário e as casas de madeira com salas enormes e cozinhas separadas já não existem mais. Resta-nos, portanto, ao estilo biográfico, juntar os pedaços da história como uma nonna que escolhe os pedaços de tecido para fazer uma excelente colcha de retalhos. Este é o caminho que nos propomos trilhar... À boa leitura! Léo Peruzzo Júnior Grotera, dezembro de 2015.

Loss. Dissionàrio Talian Véneto Brasilian Portogheses. Editora Sagra Luzzatto, 2000, p.18).

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COLÔNIA GUAPORÉ - A NOVA PÁTRIA ITALIANA

A colônia Guaporé, pertencente inicialmente aos municípios de Lajeado e Passo Fundo, foi criada em 1892. Administrada pelo intendente José Montauri de Aguiar Leitão (1858-1939), prefeito de Porto Alegre entre 1897 e 1924, a colônia de Guaporé foi loteada pelo engenheiro Vespasiano Rodrigues Corrêa (1871-1907), em 5 mil lotes que mediam entre 25 e 30 hectares, território situado entre os rios Carreiro, das Antas e Taquari4. Assim como ocorreu na divisão das primeiras colônias, especialmente Santa Teresa de Caxias, Conde D´Eu, Alfredo Chaves e Antonio Prado, Guaporé logo tornou-se o destino de centenas de imigrantes. Em 1896, Guaporé já contava com aproximadamente 7 mil habitantes. Em 1893 encontramos os primeiros registros do povoamento de Pulador (atual município de União da Serra), chamado inicialmente de “Formigueiro”, localizado a oeste de Guaporé. Recebeu este nome porque muitos revolucionários federalistas [Revolução Federalista 1893-1895], encurralados pelas forças do Estado, se viram obrigados a saltar de uma margem a outra num estreito lajeado, supostamente o estreito de Guaporé. É nesta mesma época que há registro de cento e trinta famílias assentadas

4

Cf. Registro Histórico da Prefeitura Municiapal de Guaporé.

13

na Linha São Pedro e algumas dezenas de famílias na Linha Colombo. O valor do m2 da terra era de 0,62 réis.

No mapa, limite territorial da antiga Colônia Guaporé. Nos primeiros anos da colônia Guaporé merece destaque5: 1892

Por volta de 1892, a então Linha Onze (atual município de Serafina Correa), recebeu os primeiros imigrantes italianos: José Franciosi,

5

Alguns dados deste primeiro capítulo também podem ser encontrados em: CAMINHOS DE GUAPORÉ. Disponível em: www.caminhosdeguaporpe.com.br. Acesso em 20 de outubro de 2015, às 15hs.

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Orestes Assoni, Antônio Marin e João Variani, seguidos logo após por Achyles Cervieri, Aníbal Fornari e Francisco Pan. 1893

Linha São Pedro, Linha Colombo e Pulador.

1894

Chegada dos primeiros imigrantes em São Domingos.

1895

Formação da Sede em Muçum; Linha Quarta Scarselona; Linha Sexta Caravaggio, com as famílias Marafon, Lorenzetti, Ticiani, Calefi, Zadra, Gargana e Chitolina.

1896

São José Linha Quarta; São Valentin, na Linha Sétima;

1897

Capela a São José, no Distrito de Colombo; Capitel São Roque, no Distrito de Colombo.

1898

A colônia Guaporé foi elevada à condição de Capela Curada.

1899

Chegada

do

Padre

Estevão

Gazzera,

da

Congregação de Propagação de Fé, residindo até seu falecimento, em 1913. 1900

É criada a Comissão de Terras da Colônia Guaporé; Capela São Antão; O Censo aponta uma população de 13.727 habitantes.

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1901

Demarcação de 832 lotes.

1902

Capela

Nossa

Senhora

das

Graças;

Comunidade Sagrado Coração de Jesus, Linha Quinta; Instalação completa da linha telefônica. 1903

Visita de Borges de Medeiros (1863-1961), governador do Estado do Rio Grande do Sul durante 25 anos na República Velha (18981908;

1913-1928)

à

colônia

Guaporé;

construção da estrada ligando a colônia a Muçum.

Quando a colônia de Guaporé emancipou-se politicamente, em 11 de dezembro de 1903, Vespasiano Corrêa tornou-se, por meio dos 976 eleitores, o primeiro intendente. Este fato marcaria para sempre o desenvolvimento da futura cidade de Guaporé, uma vez que Vespasiano Corrêa seria o grande idealizador dos primeiros projetos urbanísticos da cidade. 1905

Capela Linha Onze (Serafina Correa); Capela Nossa Senhora de Caravaggio, Linha Quarta; Uma das primeiras escolas na Linha Fernando Abbott, sob a regência do professor Giuseppe Brugnara.

16

1906

Povoamento em São Domingos e Vanini; Capela de Nossa Senhora do Monte Bérico;

1907

Segundo o relatório SENOP\RS, na fl. 82, “em toda a colônia há 11 escolas públicas e duas aulas mantidas pela intendência municipal. População de 22 mil habitantes, sendo a nacionalidade italiana calculada em dois terços. Não há sede, mas também as povoações de General Osório, Esperança, São Luiz e da Linha Onze têm crescente desenvolvimento material”.

1908

Construção da Estrada de Guaporé a Pulador, com extensão de vinte quilômetros. É erguido o capitel a Nossa Senhora da Saúde, no bairro Curtume.

1909

João Pasquali inaugura sua empresa de ourives na colônia Guaporé; primeira aula pública em Vespasiano

Corrêa, tendo

como professor

Francisco Arcângelo Sanson. 1910

Sob iniciativa do padre Luiz Guglieri6, passa a ser comemorada a festa dos Navegantes, a dois

6

Padre Luis Guglieri faleceu em 02 de janeiro de 1967, em Muçum. Nascido em Piacenza, Itália, foi pároco em Muçum, Encantado, Monte Belo do Sul, Pulador e Vila Maria.

17

de fevereiro, no povoado de General Osório (Muçum).

Na foto, Vespasiano Corrêa com sua esposa Serafina e o filho. Arquivo Histórico Municipal da Prefeitura de Serafina Corrêa. Em 1908 inicia-se a colonização em Oeste, atualmente sede do Município de União da Serra. Ali se instalaram as famílias de Luigi Fumagalli, Antônio Fonini, Amadeu Ferru e Alessandre Tonini. Nesta mesma data, o pequeno povoado havia recebido o nome de “Fonini”, uma alusão a casa de comércio instalada por Antonio

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Fonini que, por aproximadamente três décadas, manteve suas atividades no “Frigorífico Fonini”7. Ao mesmo tempo, mais precisamente em 16 de janeiro, instala-se, no lote nº 109, no povoado Fonini (Vila Oeste), futuramente Distrito Borges de Medeiros, a primeira aula pública, tendo como professor Eleutério Affonso Messa. É interessante observar que no Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro (1891-1940), tendo como data o ano de 1917 (e uma população de 13 mil habitantes), há 4 aulas estaduais, 31 subvencionadas e 10 municipais em Guaporé. Professores Estaduais Rita C. de Oliveira; - Pedro Fochetto; Angelo Roman Ros;Miguel Vassalli;Francisco

Arcangelo

Sasson;Alice

Azeredo;Pedro

Zambeneditti;Fidelis Faggion; Albano Josino de Mello; Antonieta Rangel;Evaristo

Mantorani;José

Zambeneditti;Eleuterio

Affonso

Messa;Amabile Barberini;Damião Prollo;Frederico Benvengni;Paulo Passagnolo;Angelo Bevegni;José Remus;Joaquim Pires;Stanislan Chabuwosk;João Girardi;Antonio Bitarello;Esther Galeazzi;Mathias Zanchetti;Victor Zambeneditti;Adelaide de Castro Calossi;Santo

7

Por volta de 1910, Guaporé possuía 30 mil habitantes, 170 prédios e 1020 moradores no centro da cidade. É neste mesmo ano que surge o Clube União Guaporense, uma vez que tornava-se necessário um centro a realização de atividades culturais.

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Marchetti;Delmira

Leite;Felippe

Soleman;Candida

Bernardi;

Germano Roman Ros. Professores Municipais Angelo Calegari; Francisco Topp;Aurora Aimée; Cecilia Vassalli; Abrahão Frentin; Agostinho Tramontina; Augusto Gazzana;Girolamo Buzzatto.

Ainda em 1917, a colônia Guaporé, sob a administração do intendente Agilberto Attilio Maia, os padres estavam distribuídos da seguinte forma:

- Villa: Henrique Prette (missionário scalabriniano, assumiu como pároco de Sarandi em 18 de março de 1928). - 2º Distrito: João Zanella (com passagem significativa na Quarta Colônia, atualmente município de Nova Palma); - 3º Distrito: José Gazalla; - 4º Distrito: José Sanson (era pároco, em 1913, em Guaporé, quando ocorreu o incêndio na casa paroquial de madeira); - 5º Distrito: Stefano Noce (tomou posse em 15 de novembro de 1905 como pároco de Serafina Correa até 1917, data de seu falecimento; em 1925, Luiz Pedrazzani (1882-1956) assumiu como pároco, permanecendo até 1956, quando faleceu; em 1913,

20

SerafinaCorrêa8

recebeu

seu

primeiro

professor,

Pedro

Zambenedetti, nascido em Mareno di Piane, em 1878).

Entre

1912-1913,

a

colônia

Guaporé

expandiu-se

significativamente, chegando a mais de 30 mil habitantes. No ano seguinte, 1914, os padres scalabrinianos assumem a Paróquia de Guaporé, sendo pároco o padre Henrique Pretti. Uma das primeiras iniciativas é a construção, em estilo gótico, da nova igreja matriz, concluída quase cinco décadas depois do início, em 1947. Por volta de 1920, a Paróquia de Guaporé contava com as seguintes capelas: - Capela Santos Anjos; - Capela Santo Antônio (Linha 2º, Linha 4ª, Linha 6ª, Linha 7ª, Linha 8ª); - Capela Santa Hedviges; - Capela São José – Linha Fernando Abott; - Capela São José – Linha 6ª (Grotera) - Capela São Luis – Linha 4ª - Capela São Luis – Linha 8ª - Capela Nossa Senhora da Assunção; - Capela Nossa Senhora do Caravaggio – Linha 2ª - Capela Nossa Senhora do Caravaggio – Linha 6ª 8

Serafina Corrêa tornou-se município em 22 de julho de 1960, tendo como território parte de Montaury, Vila Oeste e Evangelista (Casca).

21

- Capela Nossa Senhora do Caravaggio – Linha 7ª - Capela Nossa Senhora Mãe de Deus; - Capela Nossa Senhora do Monte Bérico; - Capela Nossa Senhora do Rosário; - Capela São Miguel Arcanjo; - Capela São Roque9.

O crescimento demográfico da colônia Guaporé, associado ao bom desempenho na produção de suínos, feijão e aves colocou a mesma entre os lugares que mais prosperavam no Estado no Rio Grande do Sul. Já em 1916 ocorre a primeira festa em honra a Nossa Senhora do Caravaggio, na Linha Sexta. Parece indiscutível, portanto, que a tradição religiosa não havia sido arrancada do coração dos primeiros imigrantes italianos. Posteriormente, em 1917, as irmãs Scalabrinianas instalamse em Guaporé, inaugurando o Colégio Scalabrini. A presença dos padres e das irmãs scalabrinianos na região dava-se ao seu carisma de acompanhar os imigrantes italianos nas suas futuras colônias. Os Missionários de São Carlos – Carlistas (ou Scalabrinianos, fundados por

Giovanni

acompanharam

9

Scalabrini, a

grande

bispo

de

maioria

Piacenza, do

território

em

1889),

colonizado,

Arquivo Paroquial da Paróquia Santo Antônio, Guaporé, Rio Grande do Sul.

22

especialmente nos municípios vizinhais a Guaporé. Em 1939, os missionários iniciam a construção do Seminário São Carlos, arquitetura que abrigaria uma centena de seminaristas nas próximas décadas, até seu internato ser interrompido em 2005. Em 1920, a comunicação é regionalizada decisivamente em Guaporé. Há ramificações telefônicas em São Domingos, da Linha Oitava ao Formigueiro (hoje, Pulador) e ao povoamento de Fonini (Vila Oeste). A Paróquia Santo Antonio de Pádua (Guaporé), São João Batista (Vespasiano Corrêa), Nossa Senhora do Rosário (Serafina Corrêa) e São Roque (Dois Lajeados) são canonicamente criadas em 1921. A partir desta data, os rumos da vida religiosa passam a ter vida própria dentro de cada Distrito. Os primeiros párocos são responsáveis por organizar as festividades religiosas e, além

disso,

a

construção

das

primeiras

igrejas

e

salões

comunitários. Com uma população aproximada de 40 mil habitantes, em 25 de agosto de 1922, é criada a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, de Pulador. Seu primeiro pároco foi Giovanni Ginocchio, tomando posse em 10 de setembro. Nesta época, além da casa paroquial, a recém inaugurada paróquia ainda contava com uma igreja de madeira. Assim, algumas capelas deixam de pertencer à paróquia de Guaporé e passam a pertencer ao novo território religioso.

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Merece especial destaque para a criação, em 4 de janeiro de 1923, do Distrito de Borges de Medeiros (Vila Oeste). Seu primeiro subintendente foi Florêncio Modesti, contanto agora com um cartório distrital. No ano seguinte, o coronel Atilio Agilberto Maria cria os distritos de Júlio de Castilhos (atual Vila Maria) e 5º Distrito (Dois Lajeados), e extingue os distritos de Dona Fifina Corrêa (Serafina Correa) e São Domingos. A extinção foi revogada pouco tempo depois, mas o motivo teria sido a insuficiência econômica para manter a administração naquele distrito. O ano de 1925 começa com um dado importante: 76 escolas públicas, das quais 39 subvencionadas pelo Estado. Já no distrito de Borges de Medeiros, três empresas parecem ter prosperado na última década: a primeira,a fábrica de Antonio Fonini (nascido em 18 de março de 1880; chegou ao Brasil em 1883), inaugurada em 1917, produzia banha, salames e derivados. Vale destacar que Fonini já possuía luz elétrica nessa época, tendo 10 colônias em Borges de Medeiros e 40 colônias em Santa Catarina; a segunda, o Moinho Aurora de Luiz Grechi (chegou ao Brasil em 1885), produzindo 15 mil sacas de farinha por ano com a colaboração de 15 operários; e, por fim, com a produção de 20 mil queijos anuais aempresa de

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Giacomo Lunardi, família que emigrou, posteriormente, para Xaxim, Santa Catarina10. Industrie e Commerci degli Italiani e loro Discendenti nel Municipio di Guaporé (1925) [Indústrias e Comércios dos Italianos e seus descendentes no Município de Guaporé] Estabelecimento Origem

Data

de Produtos

Fundação Secondo

Filho

de 1907

Distelletria

Bergamini

Carlantonio

Italiana:

Bergamini e Maria

Licores

Brunolini,

Diversos

Mantova.

(bitter, cognac, amaro, vinhos finos,

entre

outros; Rizzo & Comp. Belluno, (Alessandro

Mantova.

Udine, 1919

Banha

de

porco.

Rizzo, Giovanni Rizzo, Guglelmo

10

Em 1926, na planta do Distrito de Borges de Medeiros, haviam 21 quadras, distribuídas em 9 ruas e uma praça. Os primeiros oito assinantes telefônicos foram: Paulo Colnaghi, Giacommo Lunardi, Antonio Fonini, Pedro Riff, Fernando Lorini, Giocondo Zanettu, Ângelo José Bardini e Henrique Nardi. O Distrito Borges de Medeiros tinha uma população de 4.232 habitantes.

25

Rizzo,

Alberto

Murassuti, Eugenio Nardi) 1914

Truccolo, Termignoni Comp.

Cortume Guaporense

e

(Carlo

Termignoni

e

Silvio Corbetta) Chiesa & Postal Vittorio Veneto.

1924

Fábrica

de

calçados.

(Pietro Chiesa e Lodovico Postal) H.

Bernardi

Irmão

& Seu

pai

nasceu 1920

(Erminio em Mantova.

Bernardi

Confeções

de

ternos, camisas,

e

Ottavio

gravatas, entre

Bernardi)

outros.

Giovanni

Ostilia, Mantova

1900

Comércio

de

artigos

Bergamini

manufaturados. Angelo Miotto & Filhos de Antonio 1915 Irmão

Miotto, Treviso.

Camas ferro.

de

26

Soccol,

Antonio

Costella 1920

Seganfredo

& (Udine);

Battista

Comp. Ltda.

Ortolan

Udine);

giacomo

Grando

(Belluno); Soccol

Frigorífico

Pietro

(Belluno);

Giuseppe Brandalise (Vicenza);

Cirillo

Seganfredo (Vicenza); Angelo Bianchi (Vicenza); Paolo

Gregol

(Treviso). Francesco Pan e Vicenza;

1921

Annibale Fornari Bergamo.

Cooperativa Estrella Guaporense (Moinho).

Franciosi, Nardi Giuseppe & Comp.

1921

Produtos

Franciosi, Eugenio

suínos

Nardi,

(salames,

Pietro

Zambenedetti,

presuntos,

de

27

Dante

Crivelli,

etc.).

Oreste Assoni. Antonio

Fonini Vicenza.

1917

Fonini.

& Comp. Andrea Zilio

Frigorífico

Romano

degli 1898

Ezzelini, Vicenza.

Canninha Rosario

de

Ouro (grappa) e comércio em Mussum. Giacomo

Vicenza

1902

Lunardi

Comércio

em

geral,

em

especial produção

de

queijo. Luigi Grechi

Cremona

1900

Moinho Aurora.

Fonte: Adaptado de Cinquentenario della Colonizzazone Italiana nel Rio Grande del Sud (1875-1925), p.193-212. Os automóveis também chegam ao município de Guaporé. Em 1926, por exemplo, Guaporé contava com aproximadamente 120 veículos entre aqueles de passeio e caminhões. O progresso dos automóveis só está completo com a inauguração, em oito de junho de 1929, da Usina Hidrelétrica no rio Guaporé, pelo então promotor

28

de Justiça, Otelo Rodrigues Rosa. E, para facilitar o deslocamento entre as pequenas cidades, em 1931, aparece o primeiro ônibus que fazia a linha Guaporé-Muçum, de propriedade da família de Fioravante Lunardi. Alguns outros episódios também merecem destaque: 1935

No Distrito de Borges de Medeiros é criado o Grupo Escolar

Ricardo

Francisco

Gasparin,

em

homenagem a um dos primeiros professores; também nesse mesmo ano há indícios da existência de um movimento que quer a emancipação do Distrito de Borges de Medeiros. 1936

Criação do Distrito de Mauá (Evangelista, Casca); Montauri é elevado à categoria de Distrito; fundação da Escola Estadual Frei Caneca; criação da Associação Comercial de Guaporé.

1937

Em 15 de janeiro dá-se a bênção sobre a pedra fundamental do Seminário São Carlos (pároco e provincial padre Domingos Carlino); início da administração (1937-1945).

de

Manuel

Francisco

Guerreiro

29

A Vila de Guaporé foi elevada à categoria de cidade em 1938, sendo os Distritos, automaticamente, elevados à categoria de Vilas. Neste mesmo ano, por sugestão do pároco padre Quintílio Costini, é realizada a primeira Romaria em honra a Nossa Senhora do Caravaggio, na Linha Sexta. No último domingo de maio, a romaria parte da Igreja Matriz de Guaporé e vai até o santuário (cerca de 7 quilômetros). Tal evento religioso foi idealizado, pelo padre Costini, após uma epidemia que atingiu o rebanho de bovinos. Nesta mesma época foi construído o capitel Santo Antonio, na divisa entre as Capelas Linha 6ª Caravaggio e Linha 6ª Grotera. O Distrito de Borges de Medeiros (Vila Oeste), em função do decreto 7.589 teve seu nome alterado para “Oeste”, tendo suas ruas recebido a nomenclatura oficial. Neste mesmo ano, em 30 de maio, é criada a paróquia Santo Antônio, tendo como primeiro pároco o padre Guilheme José Mashio11. Em 1940 é fundada, em Guaporé, a Sociedade Primeiro de Maio. Guaporé também recebe a presença do padre Angelo Corso, tendo idealizado a construção da Capela São José, Linha 8ª, que tem como primeiras famílias: Grosselli, Sonza, Tomarelli, Baesso, Marin e Vanzela.

11

O Padre Guilherme José Maschio foi responsável por incentivar a construção da Igreja em Gramado, inaugurada em 1942, atualmente Paróquia São Pedro.

30

Na foto, cartaz na Igreja Nossa Senhora da Saúde, Guaporé, recorda o centenário de nascimento do padre Angelo Corso12. A enchente de 1941 marcou decisivamente o porto localizado no rio Muçum, reduzindo o transporte e, consequentemente, o desaparecimento

de

parte

do

comércio

local.

Este

era

completamente dependente do transporte marítimo. Neste ano, Guaporé contava com 46 mil habitantes, segundo censo realizado pelo poder municipal. Entre 1939 e 1945 foram os resquícios da Segunda Guerra que assolaram a região da imigração italiana: o primeiro, com a proibição da língua italiana; o segundo, com a exoneração dos estrangeiros dos cargos de subintendentes dos distritos.

12

Registro realizado em janeiro de 2015.

31

Distrito de São Domingos

Vicente Ora

Distrito de Dois Lajeados

Antonio Cover; Elias Conti

Distrito Mauá

Vicenzo Forcelini

Distrito Muçum

Angelo

Beltrame;

José

Franceschina; Pedro Zorteá. Distrito de Casca

José Micaeski; José Dalsante; Fernando Cauvela; João Decarli; Carlos

Barbieri;

Martins

Piasseski; Vicenti Rapkevios. Distrito de Borges de Medeiros

Augusto Pulga

Distrito de Montauri

Bortolo

Menegussi;

João

Rosseto.

Em Guaporé, em 1942, ocorre a 1ª Festa de Nossa Senhora da Saúde, sob a orientação do padre Angelo Corso, preso posteriormente por discursar em italiano, língua proibida durante a Segunda Guerra Mundial. “El prete Corso”, como era chamado pela população, tornar-se-ia uma figura lendária em Guaporé. Seus discursos religiosos congregavam um tom político, cuja mensagem tinha maior valor do que o prefeito local. Idealizador de grandes obras, “el prete Corso” era um daquelas primeiros missionários que

32

almejava construir uma “nova Itália” em terras brasileiras, buscando preservar os costumes e a identidade nesta pátria. Em 1943, após longa discussão entre os moradores, surge o Hospital Municipal que, a partir de 1964, passa a chamar-se Hospital Manoel Francisco Guerreiro, em homenagem ao seu antigo prefeito.Posteriormente, no ano seguinte, ocorre a inauguração do Matadouro Municipal, responsável pelo abatimento dos bovinos da região. Neste ano, as três escolas (Grupo Escola Bandeirante, Ginásio Imaculada Conceição e Escola Normal Nossa Senhora Aparecida) contavam com 580 alunos, sendo distribuídos em 311, 191 e 178, respectivamente. Vale apontar que um incêndio destruiu a igreja de madeira São Miguel, no distrito de Colombo. Período 1945-1960 1945

Criação da Paróquia de São Valentin, tendo como primeiro pároco Aloisio Miguel Petry; O lago da Praça

Vespasiano

Correa

foi

concretado

definitivamente. 1946

Assume como reitor do Seminário São Carlos, em Guaporé, o padre Secondo Guerino Zago, natural de Borso del Grappa (Treviso, Itália).

1947

Em 30 de dezembro é lançada a pedra fundamental da nova Igreja Matriz São Antonio de

33

Pádua, com a presença do bispo Dom Vicente Scherer; em 20 de março ocorre a profissão religiosa dos dez primeiros carlistas gaúchos, entre os quais Danilo Piccin, ordenado sacerdote na Itália, em 1954. 1948

Inauguração

do

Hospital

Nossa

Senhora

Aparecida, em Muçum. 1949

Criação da Biblioteca Municipal de Guaporé; criação da capela São Antonio, Linha 7ª.

1950

Guaporé

é

a

44ª

cidade

em

tamanho

populacional do Estado do Rio Grande do sul; inauguração

da

Rádio

Aurora

(inicialmente

chamada de Rádio Aimoré); Inauguração da igreja Matriz Santo Antonio, com a presença do governador Walter Jobin e do bispo Scherer; safra recorde de mel: 121.343 kg. 1951

Inauguração

do

Aeroporto

Arthur

Osório

Burlamaque; Guaporé atinge a marca de 10º lugar em produção rural do Estado. 1953

Pouso de um avião de grande porte em Guaporé, da empresa Varig, que fazia a linha GuaporéErechin-Bento Gonçalves-Guaporé; inauguração

34

da Capela São Carlos, Linha 8ª. 1954

Emancipação de Casca, Evangelista e São Domingos do Sul; surge o Cine Guaporé S.A., sob a direção de Ettore Bergamini e Rui Carvalho.

1955

Criação da Sociedade Quinze de Novembro; a população de Guaporé é de 58 mil habitantes, divididos em sete Distritos: Guaporé-sede; Dois Lajeados;

Montauri;

Borges

de

Medeiros;

Serafina Corrêa; Muçum e Vespasiano Corrêa. 1956

Criação dos Distritos de Pulador e São Valentin do Sul.

1957

Fundação do Grêmio Bochófilo Gaúcho e da União Guaporense de Estudantes.

1958

Construção da Ponte entre Bento Gonçalves e Guaporé sobre o rio das Antas.

1959

Emancipação de Muçum e do Distrito de Vespasiano Corrêa.

1960

13

Emanciapação de Serafina Corrêa13

Cf. THOMÉ, Lauro Nelson Fornari. A Colônia do Guaporé - Passado e Presente. Porto Alegre: Paulinas, 1967.

35

Na foto, Guaporé em 20 de agosto de 1965, dia que ficou marcado pela “Grande Neve”. A partir da década de 1960, o cenário econômico e cultural da “Colônia Guaporé” sofre grandes avanços, especialmente com a modernização trazida pela ligação asfáltica, pela idealização do audódramo, pela Ferrovia do Trigo e pelas atividades na indústria joalheira. Seguindo estes passos, mas ao contrário, a emancipação

36

de seus Distritos reduziu a população, nos anos seguintes, para aproximadamente trinta mil habitantes14.

Igreja Santo Antônio, Guaporé, Rio Grande do Sul.

No mapa, as primeiras colônias italianas no Rio Grande do Sul a partir de 1875. 14

Guaporé possui atualmente uma área de 297,661 km2; uma população de 24.331 habitantes (IBGE, 2014) e altitude de 478 m.

37

OS DISTRITOS DE BORGES DE MEDEIROS (VILA OESTE) E PULADOR

Como já apontamos, a colonização no Distrito de Borges de Medeiros ocorre por volta de 1908. É neste ano que temos a chegada das primeiras famílias: Luigi Fumagalli, Antônio Fonini, Amadeu Ferru e Alessandro Tonini15. Inicialmente, por conta do pequeno negócio de Antonio Fonini, o povoado era conhecido como “Fonini”. Merece especial destaque o empreendimento de Antonio Fonini - Frigorifico Fonini- fundado em 1917, que se tornou uma referência da região da colônia Guaporé16. Antonio Fonini nasceu em Vicenza, em 18 de março de 1880. Emigrou com sua família para o Brasil em 1883, com apenas três anos de idade, se estabelecendo inicialmente em Garibaldi (Colônia Conde D´Eu)17. Posteriormente, já no 6º Distrito, Fonini possuía dez colônias e uma grande quantidade de porcos das raças Duroc e Jersey. No Estado

15

Alessandro Tonini (18\04\1870) era casado com Doralice Bernardi. Pais de Maximino Tonini, família numerosa no Distrito de Borges de Medeiros. Segundo o Livro de Registros da Paróquia de Vila Oeste, seu nome é o primeiro falecimento registrado em 1938, data da criação da Paróquia. 16 Antonio Fonini era muito conhecido e admirado na região de Guaporé. Entre uma série de registros está o de testemunha de casamento de Antonio Zanuzzo e Henriqueta Nardi, que casaram-se em 01 de dezembro de 1923, às 14h, no Cartório de Registro Civil de Casamentos de José Girardi, no Distrito de Serafina Correa, Guaporé, RS, constante do Livro número 3, fls 49 e VS, sob número 52. 17 A Colônia Conde D'Eu foi o primeiro núcleo de colonização na região serrana do Rio Grande do Sul. A população da Colônia, que em 1875 era de 720 habitantes, atingiu o número de 870 pessoas em 1876 (Cf. Arquivo Prefeitura de Garibaldi).

38

de Santa Catarina possui quarenta colônias onde funcionava uma serraria e um moinho com turbina hidráulica. Já a produção anual do frigorifico era de 150 mil Kg de banha de porco, 60 mil Kg de salame, 50 mil Kg de presunto e copa, exportados para revendas em Porto Alegre, Pelotas, Rio Grande, São Paulo e Rio de Janeiro18.

Frigorífico Fonini, na década de 1920. Arquivo: Cinquentenário della Colonizzazione Italiana, v. 1, p.208.

Fundada em 1902, também no 6º Distrito, o comércio de Giacomo Lunardi [casado com Maria Gheller] era responsável pela produção anual de 20 mil kg de queijo. Lunardi nasceu em Vicenza, em 1871, e emigrou para o Brasil em 1889. Primeiramente trabalhou como agricultor e, posteriormente, começou o comércio de produtos coloniais. A fábrica de Giamoco Lunardi possuía dois funcionários responsáveis pela administração e venda de produtos e vinte

18

Cf. Cinquentenário della Colonizzazione Italiana nel Rio Grande del Sud: 1875-1925. Vol. II. Porto Alegre: Posenato Arte & Cultura, 2000, p.208-209.

39

operários empregados diretamente na produção. Sem dúvida, tal estabelecimento foi responsável pelo primeiro desenvolvimento naquela região da colônia Guaporé19.

Comércio de Giacomo Lunardi, década de 1920. Arquivo: Cinquentenário della Colonizzazione Italiana, v. 1, p.211.

E, por fim, ainda neste mesmo distrito, encontramos o empreendimento de Luigi Grechi, emigrado em 1885 de Cremona e, por volta de 1915, proprietário do então conhecido “moinho Aurora”. Neste estabelecimento comercial trabalhavam quinze operários que eram responsáveis pela produção anual de quinze mil sacas de farinha.

19

Cf. Cinquentenário della Colonizzazione Italiana nel Rio Grande del Sud: 1875-1925. Vol. II. Porto Alegre: Posenato Arte & Cultura, 2000, p. 211.

40

Moinho Aurora, de Luigi Grechi, na década de 1920. Arquivo: Cinquentenário della Colonizzazione Italiana, v. 1, p.211.

O povoado “Fonini” passou a ser chamado, a partir de4 de janeiro de 1923, de Distrito de Borges de Medeiros, tendo como primeiro subintendente Florêncio Modesti. Nesta data passou a contar com um cartório distrital, situação que perdurou até a emancipação de município de União da Serra em 1992. Em 1914, no povoado Fonini, há registros de uma capela dedicada a Santo Antonio e a existência de três escolas públicas, totalizando 114 alunos. A criação da Paróquia Santo Antonio, pertencente a Arquidiocese de Porto Alegre, apenas ocorre em 30 de março de 1938 pelo decreto do bispo Bom João Becker. A estrada que ligaria Passo Fundo-Vila Oeste-Porto Alegre chegou a ter um projeto, em 1966. Júlio Mattiello mantivera contato

41

com o governador do Estado, na época Ildo Meneghetti, com o intuito de trazer melhorias para o então Distrito de Oeste. No entanto, o projeto nunca foi concretizado. Também se deve ao senhor Júlio Mattiello a iniciativa de trazer de Veranópolis o primeiro professor, Ricardo Franscisco Gasparin (14/05/1912-09/09/1954). Como forma de homenagá-lo, devido a sua morte precoce, a partir de 1958 a escola passou a denominar-se G.E. Ricardo Francisco Gasparin. É também em Vila Oeste que, a partir de 1940, temos o Frigorífico Ceccon-Mattiello, um dos maiores do Rio Grande do Sul. Contudo, em 22 de agosto de 1953 um incêndio destruiu o mesmo completamente. Após o incêndio, por não ser aprovado pela maioria do sócios o aumento de capital para reformas e compra de novas máquinas, foi vendido para Tadeu Nedeff. O fim deste episódio é o argumento de que a ausência de ligação asfáltica até Vila Oeste dificultava suas exportações provocando, assim, seu fechamento definitivo20.

20

Cf. ARQUIVOS DO JORNAL TRIBUNA DA SERRA, 11 DE MARÇO DE 1988, p.7.

42

A Paróquia Nossa Senhora do Rosário (1922)

A história do povoado “Pulador” parece mesmo ter iniciado junto ao rio Guaporé, uma vez que um pequeno estreito permitia “pular” de uma margem à outra. Região colonizada a partir de 1890, suas famílias, em grande parte rovenientes da região do Vêneto, encontrariam características geográficas similiares ao solo italiano. Entretanto, foi a falta de assistência religiosa que marcaria profundamente a vida dos primeiros moradores dessa região21. Os primeiros padres que estiverem na região de Pulador, então território da Colônia Guaporé, foram os Missionários Carlistas / Scalabrianianos. Eles foram os primeiros responsáveis pela organização da vida comunitária. Sem sombra de dúvida alguma, sua missão, realizada no lombo de um cavalo ou de uma mula, era percorrer as longas picadas abertas na mata para batizar, confessar e realizar a extrema unção para aqueles que partiam. Não consolovavam a saudade, mas o desespero de muitos que deveriam buscar o próprio sustento no cultivo do solo e estavam abandonados à própria sorte. As mãos calejadas pelo duro trabalho foram aquelas que construíram gratuitamente as primeiras igrejas, os salões comunitários, as primeiras estradas, os longos muros de pedras 21

Referimo-nos aos relatos dos padres Giovanni Ginocchio e Luigi Guglieri no Livro de Óbitos da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pulador, nos quais afirmam a falta de assistência médica e religiosa.

43

(taipas) para demarcar as divisas, os cemitérios e suas próprias moradias. O grande crescimento da localidade de Pulador, e suas diversas capelas, assistidas pela paróquia de Guaporé, fizeram com que o bispo de Porto Alegre, Dom João Becker, que havia visitado Pulador em 1919, criasse a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em 25 de agosto de 192222.O número de famílias italianas,que compunham a maioria da população, era de aproximadamente 350. A Paróquia foi assistida pelos padres carlistasaté 24 de outubro de 1970. Tal iniciativa ocorreu, sobretudo, pela existência de imigrantes italianos, o que fazia com que esta congregação estivesse próxima de sua missão. A Paróquia foi incorporada a diocese de Passo Fundo em 15 de agosto de 1959. Seus párocos foram: Pe. Giovanni Ginochio, C.S., 10\09\1922 Pe. Stefano Angeli, C.S., 13\01\192523 Pe. José Rizzi, 1926-1927 Pe. Luigi Guglieri, C.S., 19\07\1931

22

Cf. Cinquantenario della Colonizzazione Italiana nel Rio Grande del Sul 18751925, p.107. 23 Padre Stefano Angeli, nascido em Cloz (Trento) em 26 de dezembro de 1886, foi ordenado sacerdote em Piacenza, em 25 de julho de 1912. Logo que chegou ao Brasil trabalhou no Paraná, Água Verde, e Umbara, Rondinha. Em Guaporé ajudou na construção do Colégio Marista. Foi nomeado Superior Provincial do Rio Grande do Sul, mas o trabalho esgotante o consumiu em pouco tempo. Faleceu em Guaporé no dia 22 de julho de 1932.

44

Pe. João Casaril, C.S., 1948 Pe. José Chiapa, C.S., 10\09\1948 Pe. Roberto Roncato, C.S., 05\11\1950 Pe. Mario Bianchi, C.S., 14\02\195124 Pe. Alfredo Antoneli, C.S., 24\02\1952 Pe. Antônio Cerato, C.S., 07\10\1956 Pe. Francesco Bordignon, C.S., 14\06\1959 Pe. Carlos Seppi, C.S., 20\07\196125 Padres do Seminário São Carlos de Guaporé – 09\04\1964 Pe. Augusto Sopelsa26, C.S., 01\01\1965 Padres do Seminário São Carlos de Guaporé – 22\02\1966 Pe. João Casaril, C.S., 17\05\1966 Pe. João Milani, C.S., 20\07\1966 Pe. João Casaril, C.S., 31\11\1966

24

Entrou para o Seminário aos 10 anos. Foi ordenado em 24 de março de 1940, em Roma. Professor de Física e Química, padre Mario lecionou durante vários anos; em 1946 foi enviado Missionário para o Brasil, vindo diretamente para o Seminário de Guaporé, onde como professor, ajudou a completar a teologia dos primeiros Padres Carlistas Brasileiros. Foi Diretor da Rádio Aurora, trabalhou nas Paróquias de Sarandi, Pulador, Dois Lajeados, Rondinha, Rodeio Bonito, Anita Garibaldi e Seminário de Casca. Faleceu em 1993 e recebeu as últimas homenagens na Matriz Santo Antônio de Guaporé, onde foi celebrada missa de corpo presente pelo Bispo Dom Urbano Algayer, Padre Antônio Dalla Costa, Vigário de Guaporé, e Padre Redovino Rizzardo. 25 Padre Carlos Seppi faleceu em 27 de julho de 1983, aos 66 anos, num acidente automobilístico quando trabalhava em Guaporé. 26 Padre Augusto Sopelsa é o último dos 10 filhos de Celeste Sopelsa e Aurora Vian Sopelsa. Nasceu em 18 de maio de 1934 em Linha Estefânia, interior de Nova Bréscia. Desde criança a religiosidade fazia parte de seu dia a dia, e em 28 de fevereiro de 1948 ele ingressou no seminário de Guaporé. Foi ordenado sacerdote em 04 de fevereiro de 1962 no Santuário de Nossa Senhora do Rosário, em Serafina Correa. Atualmente é pároco em Sarandi, RS.

45

Pe. Hilário Francisco Fritzen, 24\10\1970 – primeiro pároco diocesano; [Pe. Hilário nasceu em 12 de julho de 1940; foi ordenado em 22 de julho de 1968; faleceu em 25 de setembro de 2012]; Pe. Artêmio Foschiera, 20\03\1971 Pe. Wilson Zanin, MSF, 23\01\1977 Pe. Fernando Luiz Gazola, 15\04\1978 Pe. Pedro Onório Gajardo, 16\02\1985 Pe. Jorge Zanini, 15\01\1989 Pe. Luiz Castelli, 05\03\1995 Pe. Osmar Burilli, 02\08\2009. Pe. Artêmio Foschiera - 2014 Pe. Osmar Burilli – 2015 (Atual)

Registro de Crismas na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pulador (1922-1989)27 16 e 17 de outubro de 1924 1933 1937 1942 1946 1951 1956 1956 (Capela Santos Anjos) 27

CRISMAS 647 crismas 652 crismas 572 crismas 287 crismas 205 crismas 369 crismas 287 crismas 82 crismas

O livro de Crismas da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pulador foi criado oficialmente em 26 de agosto de 1922, tendo recebido os registros em 1924 por ocasião da primeira visita pastoral de um bispo na região [Dom João Becker].

46

1959 1959 (Capela São Luiz, Linha 8ª) 1963 1966 1979 1982 1983 1985 1987 1989

237 crismas 59 crismas 305 crismas 102 crismas 78 crismas 103 crismas 21 crismas 53 crismas 31 crismas 43 crismas

Total 4.053 crismas Registo das Primeiras Crismas na Paróquia de Pulador 16 e 17 de outubro de 1924

Primeiras crismas: 1. João [Luis Faccio e B. Gasparotto; 4 anos; padrinho Vitório Trometta];

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2. Antonio [Giacomo Guzzatti e Pierina Astolfi; 5 anos; Antonio Astolfi]; 3. Alessio [Guerino Rosnieski e Maria Debona; 6 anos; Ambrosio Alberti]; 4. João [Guerino Rosnieski e Maria Debon; 2 anos; José Ceresa]; 5. Giacomo [Bortolo Gastaldo e Theresa Lanzarin; 10 anos; José Basso]; 6. Ítalo Euclides [Crélio Basso e Hermínia Basso; 5 anos; José Basso]; 7. Vitório [Bortolo Gastaldo e Theresa Lanzarin; 12 anos; Fabio C.]; 8. Francisco [João Pasquali e Catarina Samarani; 5 anos; Valentin Battistela]; 9. Saule [José Pulga e Maria Battistela; 3 anos; Valentin Battistela]; 10. Romildo [Paolo Pigagnin e Emilia Lazzaretti; 5 anos; Angelo Pigaganini]; 11. Angelo [Agustino Arienti e Vitoria Cenci; 1 ano; Francisco Cenci]; 12. Guerino [Giacomo Balbinot e Assunta Balbinot; 12 anos; Francisco Cenci]; 13. Angelo [Luiz Guella e Tassina Dorigo; 5 anos; Luiz Dorigo]; 14. Giuseppe [Romano Castagnaro e Theresa Marello; 3 anos; Angelo Marello]; 15. Erminio [Giacomo Balbinot e Assunta Balbinot; 12 anos; Antonio Cenci]; 16. Elia [Paolo Pigagnini e Emilia Lazaretti;1 ano; Marcelino Pigagnini]; 17. Andrea [Alberto Masele e Angela Castagnaro; 6 anos; José Masele]; 18. Gulhelmo [Luiz Guzatti e Elvira Lodi; 12 anos; Stefano Cormerlatto.]; 19. Augusto [Rafael Testa e Carolina Magro; 3 anos; Carlos Basso; 20. Paolo [L. Gobbi e Luiza Bolometi; 4 anos; Carlos Basso]; 21. Antonio [Oreste Roman Ros e Teodolinda Colussi; 4 anos; Amadeo Filipin]; 22. Oreste [Eliseo Breda e Judita Deitos; 3 anos; Onório Breda]; 23. Germano Artemio [Faustino Leite e Thereza Furcato; 2 anos; Cornelio Casarin]; 24. Saule [Luiz Guzzatti e Elvira Lodi; 10 anos; Antonio Dambros]

Registro de óbitos da Freguezia de Nossa Senhora do Rosário de Pulador

48

Porto Alegre, 26 de agosto de 1922 – Rubrica do Vigário Geral Monsenhor Luis Mariano da Rocha [último registro do livro em 2004]

1922 – Pároco Giovanni Ginocchio28 Rosa Maschio, 6729; Luigi Battistela, 6230; Paolo Cornaghi, 8531; Sebastiano Lanzarin, 8132; Antonio Basso33, 74; Francesco Cervi34, 73; Giuseppina Debona35, 42; Luigia Chics, 3636. 1931 – Paróco Pe. Luigi Guglieri (mês de agosto) Ettore Magrin, 49; Teresa Vanzetto, 77; 1932 Maria Riboldi, 9737; Adão Rosnieski, 86, Antonio Scottà, 82; Angela Ceron, 79; Domenico Montagna, 80; Angelica Pastorio Colnaghi, 67; Luiza Maaria Peruzzo, 03 dias; Cristiano Alberti, 94; Giacomo Marcon, 20. 1933 –Visita Pastoral de Dom João Becker em 20 de novembro Genoveffa Piovesana, 33; Sabino Geremia, 1 mês; Maria Crespan Gemelli, 4238; José Mathias Leite, 79; Virginia Baldissera Alberti, 29; Elvira Raimomndi Sgarbossa, 21; Luigi Grecchi, 56; Virginia Serafini

28

A ausência de registros no período 1923-1930 ocorreu pelo afastamento do Pe. Ginocchio. Desta forma, a recém criada paróquia ficaria novamente sem assistência religiosa. 29 Faleceu em 31 de maio de 1923. Sepultada no Cemitério da linha VI, Grotera, Capela Nossa Senhora do Caravaggio. 30 Natural de Udine, Italia, foi sepultado no Cemitério da linha VII, Santo Antonio, Pádua. 31 Natural de Treviso, foi sepultado no Cemitério de Pulador. 32 Natural de Castelfranco, Treviso, foi sepultado no Cemitério da Linha VII, Santo antonio, Pádua. 33 Natural de Caroselli, Padova, foi sepultado no Cemitério da Capela Angeli, Monte Forte. 34 Sepultado no Cemitério de Pulador. 35 Natural de Bento Gonçalves, foi sepultada no Cemitério de Pulador. 36 Sepultada no Cemitério da Linha VIII. 37 Sepultada no Cemitério da Linha 9, n.128. 38 Faleceu durante o parto. Era casada com Giovanni Gemelli e foi sepultada no Cemitério da Capela Nossa Senhora da Saúde, Linha 10ª.

49

Delazari, 3839; Giuseppe Bortoli, 83; Luigi Tonini, 20; Giuseppe Bison, 53; Giacondo Serafini, 70; Giovanni Ceresa, 1 ano. 1934 Tereza Solivo Girardi, 76; Egidio Breda, 7 meses; Adele Marcon, 74; Giovanni Biffi, 53; Andrea Rigo, 52; Santa Valmorbida Baldissera, 55; Elisabetta Bomparti Malisani, 82; Giacomo Dalla Costa, 62. 1935 Giuseppe Magoni, 60; Giovanni Maria Lazzaretti, 9840; Luiz Faccio, 42; Pietro Crestani, 69; Irene Ceresa, 4 meses; Andrea Montagna, 46; Giuseppe Maschio, 56. 1936 Giuseppe Crespan, 67; Guerina Cenci, 31; Giuseppe Delazari, 10; Maria Bregaroli Zanardi, 89; Luigi Sette, 67; Rosa Guzzatti, 2 meses; Leondina Rosnieski, 3 meses; Marina Castoldi Bordin, 52; Maria Lanzarin, 65; Amabile Bonet, 28; Domine Sottile, 80; Angelo Bonet 47; Pietro Baldissera, 58; Caterina Bonet, 22; Amabile Spagnolo Taffarel, 56. 1937 – Visita Pastoral de Dom João Becker em 18 de novembro Fortunata Cornacchio Marcon, 51; Giuseppe Menegotto, 42; Constante Maraschini, 22; Maria Battistella Pulga, 46; Pedro Didomenico, 57; Giuseppe Strapazzon, 2 anos; Luigia Benetti, 5 anos; Giovanni Bassi, 66; Attilio Garbossa, 24. 1938 Carmelinda Rigo, 60; Angela Bertoletti, 58; Ceresa Garbossa Tonini 57; Maria Lazzaretti Tauffer, 2741; Francisco Brustolon, 57; Ferdinando Bordin, 56; Maria Raimondi, 54; Giuseppe Alberti, 54; Oreste Guzzatti, 31. 39

Faleceu durante o parto. Era casada com Vincenzo Delazari e foi sepultada no Cemitério da Capela São Valentin. 40 Faleceu em 03 de abril de 1935. Nascido em 1837, foi sepultado no Cemitério da Linha 9ª. 41 Era casada com Ernesto Tauffer; Faleceu durante o parto e foi sepultada no cemitério da Linha 8ª.

50

1939 Luigi Demarchi, 61; Ugo Antonio Pulga, 20 dias; Stacio Viesinki, 33; Alice Paludo, 12 meses. 1940 Luiz Taffarel, 59; Orlando Balbinot, 25; Amadio Negrello, 74; Guglielmino Guzzatti, 28. 1941 Vittorio Trombetta, 66; Francesco Dambros, 41; Iracema Paludo, um ano; Angela Marcon Fin, 51; Maria Menin Pérsio, 58; Angelo Peruzzo, 64; Valdomiro Bassorici, 5 anos; Olides e Nilva Fin, gêmeos faleceram após o parto; Rosa Felis Basso, 59; Luiggia Bonametti Gobbi, 65. 1942 – Visita Pastoral de Dom João Becker em 20 de abril Severino Aurelio Marcon, 6 anos; Teresina Battistel, 9 meses; Teresa Zen Paludo, 66; Guerina Scalabrin, 45; José Ari Miotto, 3 anos. 1943 Ernesto Peruzzo, 27; Arcangelo Basso, 56; Gilda Paludo, 3 anos; Pedro Lazzaretti, 56; Teodolina Colussi Roman Ross, 44; Angela Cenci, 66; Arcide Battistel, cinquenta dias. 1944 Libertato Trombetta, 29; Amabile Chiodi Strapazzon, 34; Domingos Lazzaretti, 60; Bernardo Arienti, 67; Eugenia Sabadini, 66; Clementina Lunardi Lazzaretti, 76; Antonia Demarchi, 9342. 1945 Raul José Pulga, nascimento; José Andrin, 57; Cesario Pérsio, 63; Luiz Marcuzo, 21; Elide Guzzatti, 12; Josephina Forato Bavaresco,

42

Nasceu em 1851; faleceu em 25 de janeiro de 1944 e foi sepultada no cemitério paroquial de Pulador.

51

79; Elisabetta Lorenzi Arienti, 67; Ires Balbinot, 10; Antonio Dambros, 64; Guglelmo Comerlatto, 20; 1946 – Visita Pastoral do Cônego André Pedro Frank em 15 de março Albino Serafini, 41; José Scarsi, 72; Filomena Demarchi Cenci, Agostino Peruzzo, 72; Santina Battistel, um mês; José Scalabrin, João Taffarel, 34; Lírio Gheller, um ano; Antonio Tramontina, Jaime Antonio Guzzatti, faleceu após o parto; Cesario Furini, Irineu Paludo, 15 dias; Osmar Paludo, um mês; Henrique Cenci, Thiago Debona, 73.

68; 61; 51; 61; 36;

1948 – Pe. José Chiappa e Pe. Roberto Roncatto José Pulga, 14 meses; Barbarina Peruzzo, 62; Pedro Noebauber, 25; 1949 Antonio Bassorici; Raimundo Bedin, 71; Lourdes Albina Chiodi, 5 meses; Domingos Lazzaretti, 80; 1950 Maria Tereza Pulga, recém nascida; Silvio Fiorentino, 89; Adele Stucchi, 63; Tereza Marcuzzo, 8 anos; Noé Paludo, três dias; Eduardo Galliazzi, 7343. 1951 – Pe. Mario Bianchi Maria Casola Bassorici, 70; Antonio Pulga, 6 anos; Virginia De Rocco, 55; Ana Maria Baldissera, 4 dias; Aurelia Peruzzo Battistel, 40; Maria Terezinha Pandolfo, vinte dias; 3 anos; Fioravante Di Domênico, 30; José Pulga, 80; Salvino Pessetti, 3 anos.

43

Segundo consta no Registro realizado pelo Pe. Roberto Roncatto, Eduardo Galliazzi falecei em 18/12/1950. Filho de Francisco Galiazzi e Judita Andretta, ambos italianos. “A morte santa que teve foi um prêmio do esforço dispendido no ensinar o catecismo e rezar o terço na igreja durante mais de vinte e cinco anos. Um pouco antes de morrer, na presença de duas testemunhas, legou mil cruzeiros à nova casa canônica”, escreve o pároco. Neste ano, há assinatura da visita do arcebisco Vicente Scherer, em 11 de janeiro de 1951.

52

1952 – Pe. Mario Bianchi e Alfredo Antonelli Ferdinando Gnoatto, 62; Angelo Rigo, 10; Lourdes Scalabrini, um ano; 1953 Adolfo Olimpio de Sousa, 26; Cecília Battistel, quarenta dias; Madalena Bassi, 74; Regina Bernardi Battistel, 44; 1954 Angelina Pagnus Scarsi, 75. 1955 Aurelio Bison, 5 meses; Alexandra Lanzarin, 63; José Moriton, 72; 1956 – Visita do arcebisco Bom Vicente Scherer em 14 de março Adele Lanzarin, 75; Angelina Benvenutti Dal Magro, 58; Noemi Pulga, 8; Onório Bredda, 59; Mercedes Serafini Lazzaretti, 78;

1957 – Pe. Antonio Cerato Domingas Bianchet, 68; Angelo Frigo, 66; Angelo Borlin, 93; Joana Pirello Colussi, 65.

1958 – Pe. Francisco Bordigon João Taffarel, 63; Luiz Pulga, 44; Oscar José Alberti, oito meses; Augusto Peruzzo, 41; Maria Marcolin Scorzato, 63; Claudinho Furini, 2 anos. 1959 Victor Evaldo Sabadini, 2 anos; Angelina Venzon-Scorzato, 77; Oliva Toffoli Tramontina, 68; Izanir Scalabrini, sete meses; Olinda Gheno, vinte e seis dias; joana Amelia De Bona Cenci, 48; Isabel Scalabrin, recém nascida; Terço Pandolfo, 70 [recebeu sepultamento pelo bispo Dom Claudio Colling, de Passo Fundo]; Domenica Sonza

53

Nervis, 41; Benjamin Grasselli, 70; Sadi Luiz Colussi; Isabel Andrin, vinte e seis dias. 1960 Terezinha Battistel Borguesan, 24; Alexandre Bertoldi, 77; José Scorzato, 82; João Moretti, 54; Tereza Lanzarin Gastaldo, 67; Augusto Pulga, 68. 1961 – Pe. Carlos Seppi Orestes Peruzzo, 48; Guilherme Nervis, 73; Terezinha Paludo Peruzzo, 28; Angelina Sebastiani Chiodi, 82; Pedro Basso, 38; Rosa Rech Romano, 63; Luiz Bertoldi, 73. 1962 Luiz Zamban, 69; Amália Roman Ros, 71; Pedro Gabriel Troiani, quatro dias; Vitório Chiodi, 64; Ermenegilda Zalamena Bertoldi, 67; Pedro Gabriel Troiani, cinquenta dias; Nestor Antunes de de Mello, quatro meses; Bortolo Gastaldo, 80. 1963 – Visita paroquia de Dom Claudio Colling em 18 de janeiro Domingos Teofilo de Souza, 65; Francisco Rosnieski, 6344; João Batista Cenci, 86; Angelo Buratti, 67; Angela Felix Basso, 76; Maria Fávero Negrello, 9345; Luiz Dalla Costa, 8146. 1964 Ambrosio Alberti, 61; Ana Fátima Gastaldo, um dia; Dirceu Serafini, três meses.

44

Falecido no 20 de abril de 1963, Francisco Rosnieski era natural da Polônia, filho de Adão Rosnieski e Maria Rosnieski. Era casado, tinha 11 filhos e foi sepultado na Capela Angelli, Monte Forte. 45 Era filha de Secondiano e Verônica Ferronato. Casou-se com Amadeo Negrello, tendo 19 filhos. Faleceu em 22 de julho de 1963, sendo sepultada no cemitério da Vila de Pulador. 46 Era filho de Domingos Dalla Costa e Domingas Marinello. Nasceu em Enego, Vinceza. Casou-se com Veneranda Bavaresco, tendo 12 filhos. Faleceu em 19 de novembro de 1963, sendo sepultado na Capela San Giuseppe, Grotera.

54

1965 – Pe. Rodolfo de Candido – Pe. João Casaril Verissimo Tramontina, 54; Casimiro Kanispel, 65; José Ceresa, 67. 1966 – Anno Domini – Visita de Dom Claudio Colling em 26 de agosto; Visita do Pe. Paolo Bortolazzo em 07 de outubro de 1967 – Superior dos Missionários Carlistas Lucena Lazzaretti, recém nascida; Maria Pandolfo; Fabio Di Domenico; Vicente da Silva; Sabino Taffarel; Domingo Fin; Luiz Pasqual Grechi; Roberto Cenci; Aurelia Dal Re Perondi, 68; Angelo Roman. 1967 Pergentino Marangon, 36; Clementina Chiodi Geremia, 74; Tereza Angela Alberti Chiodi, 61; 1968 Luiza Furini, 55; Luiza Bison, Angelo Del Re, 58; Pedro Baldissera, 72; Adolfo Zancanaro, 73; Palestina Zanardi Gnoatto, 78; Marcos Geremia, 73; Angelo Montagna, 61; Zorovida Arienti Cenci; José Lanzarin, 43. 1969 Felicita Battistela Dambrós, 62; Tereza Tafarel, 8447; José Caio, Lourdes Pezzat, 18. 1970 – VisitaPastoral de Dom Claudio Colling em 27-31 de março Pierina drean Dalmolin, 57; Moacir Di Bernardi, 26; Giacomo Balbinot, 84; Giacomina Fiorenti. 1971-1976 – Sem Registros Paroquiais 47

Natural da Itália, faleceu em 15 de julho de 1969. Conforme lê-se o relato do Pe. Casaril, “foi praticante da missa na Matriz até ao último domingo e repetidamente procurava os santos sacramentos da confissão e da santa comunhão. Foi sepultada no Cemitério Paroquial. Com o dinheiro que ela ainda se ganhava com trabalho na roça lhe foram encomendadas trinta missas gregorianas durante o mês de agosto de 1969”.

55

1977 Angel Sgarboza, 58; Henrique Trombetta, 72; Ernesto Scorzato; Antonio Lerin; Veerginio Fin. 1978 – Pe. Fernando Gazzola Cecília Moretti, 71; Angelo Battistel, 71; Aurelio Scarsi, 64; Elisa Casarin, 67; Amabile Negrello Breda, 82; Ari Cenci; Emilio Basso, 72. 1979 – VisitaPastoral de Dom Claudio Collling em 1º de abril Tereza Locatelli; Antonio Troian, 68; Vitoria De Bortoli Peruzzo, 77; Mario Mavcheski, 51; Cirilo Pedro Pessetti, 41; João Lanzarin; Adélia Geremia, 42; 1980 Rosa Vitória Cenci Arienti, 82; Maria Gobbi Basso, 74; Umberto Chiodi, 79; José Miranolo Marcuzzo, 49; José Peruzzo, 84; Catarina Negrello Breda, 73; Joares Alberti, 19; Malvina Da Rosa, idade avançada; Gema Cenci; Agilberto Toldo, 70. 1981 Rosa Furini; Antonio Kubelinski, 64; José Casarin, 79; Estela Marcarani, 71; Faustino Bison, 69; Celestina Arienti Dal Magro, 59; Antonio Knispel, 56; Pedro Caetano dos Santos, 74; 1982 – Visita Paastoral de Dom Urbano Algayer em 1º de setembro José Basso, 80; Serafim Baldissera, 79; Luiz Lanzarin, 62; Domenico Antonio Gasltado, 73; 1983 Luigi Arcangelo Scarzi, 77; Rosa Feri Darif, 78; Carlos Alberti, 69; Carolina Marczinski, 60; Augusto Nervis, 88; Albino Nervis, 55; Francisco Di Domenico, 77, Gentile Battistel, 39;

56

1984 Odila Marcolina, 49; Rosa Miotto Battistel, 72; Santo Borghesan, 90; Celeste Lazzaretti, 78; Antonio Scalabrin, 63; Lourenço Andrin, 66; Jacir Magrin, 35; João Fonini, 67; Verônica Soster Koproski Knispel, 51; 1985 – Pe. Pedro Onório Gajardo Pierina Peruzzo Baldissera, 80; Eliza Astolfi Nicola, 77; Iride Bison; Silvino Sabadini, 71; Sebastião Ivo de Morais, 75; 1986 Albina Gobbi; Giocondo Donatti, 76; Vitoria Gobbi, 77; Ângela Di Bernardi, 85; Júlia Troian, 83; Paulina Zanini, 79; Rosa Soster; Carlos Breda, 82; Ângelo Lazzaretti; Rosália Bassi, 71; José Basso, 76; Leonel Peruzzo, 27; Francisco Cenci, 82; Nelson Pesset, 26; 1987 – Visita Pastoral de Dom Urbano Algayer em 27 de maio Dosolina Pesset, 73; Ângelo Pesset, 78; Leonilde Cenci, 70; Dovílio Gheller, 55; Rita Chiodi, 54; Antoni Cenci, 84; Elvira Chiodi, 84; Catarina Alberti, 73; Rosa Guzatti, 74; Telma Toldo, 16; Antonio Tonus; Carlos Basso, 82; Pedro Luiz Gnoatto, 52;Ângelo Baldissera, 80; Cristiano Alberti, 79; Salvino Montagna; 1988 Antônio Lanzarin, 79; José Nacir Tonus, 55; Hermindo Moroni, 74; Jorge Cenci, 27; Madalena Vinoski Zembruski, 34; Hermínio Balbinot, 81. 1989 – Pe. Jorge Zanini Albino Pandolfo; Carmelinda Lanzarin; Marcelina Finn, 79; Lúcia Zamban Serafini; Marta Ana Rosnieski, 80; Pedro Battistela, 83; Elza Strapazzon Bison; Ana Bison; Catarina Alberti, 71; Albina Barp Lazzaretti, 74; Sebila Zancanaro.

57

1990 João Lazzaretti, 74; Santina Lazzaretti, 77; Henrique Dal Magro, 94; Armindo Cenci, 64; Joana Peruzzo, 64; Maria Alvarista de Araújo; Metilde Camparini Pandolfo, 79; 1991 Renato Luis Breda, 83; Eugênio Peruzzo; Metilde Pavoni Bertoldi, 63. 1992 Raimundo Taffarel, 76; Maria Baldissera, 90; Jorge Guzzatti; Eugênio Lazzaretti, 77; Assunta Dambrós, idade avançada; Maria Rech, 10548; Alcides Gnoatto, 52; Verônica Lanzarin, 78; Ana Ferreira, 24; João Gnoatto, 82; Sérgio Nicola. 1993 – Pe. Jorge Zanini - Pe. Luiz Castelli Felisberto Battistela, 86; Maria Longhi Zamban, 97; Demino Geremias, 61; Albertina Scorsatto, 82; Augusto Zamban, 78; Lourdes Sgarbossa, 36; Amélia Pulga, 73; Danilo Dalmagro, 72. 1994 Ivone Cenci, 34; Armando Bertoldi, 61; Jairo Lanzarin, 41; José Pesset; Constante bison; David Soster, 71; Adelmina Grecchi, 85; Amália Pulga, 72; Ermida Dambrós, 57; Santa Lourdes da Silva, 54; Maria Domingas Buratti, 53; Letícia Gobbi Basso, 75. 1995 – Visita Pastoral de Dom Urbano Algayer em 06 de junho Maria de Lourdes Baldissera; Genoveva Zamban; Maria Battistela, 89; Luiz Cenci; Serafim Carlos Peruzzo, 79; Serafina Alberti; Orfeu Paludo. 48

Segundo relato do Pe. Jorge Zanini, “aos nove dias do mês de agosto no hospital de Guaporé faleceu Maria Rech, a anciã mais idosa de nossa Paróquia, 105 anos. Deixando de luto a comunidade e seus familiares. No dia seguinte na Matriz foi celebrada uma missa histórica, pois foram cantados cantos italianos lembrando a vida e a história de Maria Rech, que foi uma das primeiras imigrantes italianas que chegou ao Brasil. Em seguida foi dado sepultura no campo santo da comunidade” (Página 68).

58

1996 Primo Polaquini; Dozolina Perondi Toldo; Vilmar Lerin, 31; Adao Rodrigues da Rosa, 50; João Scalabrin, 57; José Kuiava, 63; Ema Gheller, 89; Francisco Chequini; Pedro Lazzaretti; 79. 1997 Joarez Serafini, 33; Irene Maria Scarsi, 74; Matilde Pulga Breda, 86; Vanesssa Sgarbozza, recém nascida; Angélica Sabadini, recém nascida; Avelino Tramontina, 67; Maria Pegoraro Romano, 83; Reinaldo Albino Fin, 80; Julia Grosa, 83; Ozilio João Casarin, 63; Luiz Crexisnki; 62; José De Bonna, 88. 1998 Neide Zamban; Severino Alberti; Alcides Cenci; Francisco Troian, 84; Vitorino Bassi, 85; Vitório Frigo, 80; Leda Rech Lazzaretti, 72; Severino Daniel Scarsi, 74. 1999 – Visita Pastoral de Dom Urbano Algayer em 09 de setembro Luiz Gregório Breda, 85; Selvino Magnan, 93; Maria Magna Serafini, 93; Adelaide Sabadini, 81; Ludovico Sgarbozza, 88; Jair luiz Bassi; Maria de Lourdes Tramontina Breda; Euclodes De Bonna, 51; Inês Kuiava; Albino Bosco; Idílio Geremia. 2000 Antonia Bedin Montagna, 90; Maria Pulga, 43; Dozolina Alberti, 81; Valmir Stumfp, 50; Antônio Roman Ros, 81; Nédio Peruzzo, 27; Malgarida Casarin, 66; Silvio Roman Ross, 70; Adaligio Grecchi. 2001 José Gobbi, 93; Armindo Gobbi; Clemente Biachet; Terezinha Lisete dos Reis Oliveira; Jaime Grisa, 53; Lourdes Cenci Pulga, 57; Sofia Kuiava, 97; Ogelmiro Pedro Peruzzo, 79 [29/06/1922 – 25/12/2001].

59

2002 Avelina Borges; Luiz Kuiava Sobrinho; Doralina Tramontina Debonna; Anna Geremias Alberti; Adele Marcon, 85; Pierina Di Domênico; José Nervis, 80; Inês Knispel; Maria Fim Dal´Prai. 2003 – Visita Pastoral de Dom Ercílio Simon em 22 de maio Valério Rosnieski; Maria Taffarel, 87. 2004 Sextilho Pandolfo; Gentil Guzzatti; Olímpia Basso Baldissera, 61; Lídia Breda49, 90; Lauri Toldo, 37; Claudino Ghellher (conhecido como Paleta); Miguel Battistel; Severino Baldissera, 83; Antonio Peruzzo, 75. ************* O carisma do padre Luigi Guglieri – O protetor dos Temporais

Apaixonado pelos pássaros e admirador da catequese, conta a tradição dos mais antigos, que o padre Luigi Guglieri não aceitava a transferência de Pulador após passar dezessete anos à frente a paróquia. Dissera pelos quatro cantos durante sua estada em Pulador que a paróquia não seria atingida pelos temporais. Entretanto, mesmo sua insistência com os superiores foi transferido

49

“Com quase 90 anos, a Lídia Breda faleceu no dia 11/06/2004 e foi sepultada no dia 12/06/2004. Era Ministra da Eucaristia a trinta anos. Uma pessoa de muita fé, quase todos os dias se dirigia à Igreja Matriz onde fazia sua Adoração ao Cristo Eucarístico. As pessoas diziam: “pode faltar o pare na missa, mas não a Lídia”. Era ela quem com zelo enfeitava o altar, que deixava tudo pronto para a Missa, Adoração, batizados, crismas etc... Rezava muito. Teve uma morte serena e tranquila. Morreu fazendo o sinal da cruz. A Lídia era solteira e a muitos anos vivia sozinha. Certamente a paróquia de Pulador sentirá muito a falta da Lídia Breda”, escreveu o Pe. Luiz Castelli.

60

e passou os últimos anos em Muçum, vindo a falecer em 02 de janeiro de 1967. Nos registros paroquias de Pulador é possível constatar que o padre Luigi Guglieri foi o grande responsável por organizar o Livro Tombo, o Livro de Batismos, o Livro de Crismas, o Livro de Registros de Casamento e o Livro de Registros de Falecimentos. Seu espírito social e seu carisma o tornaram uma célebre figura na recém fundada Paróquia de Pulador. Sua partida marcaria profundamente a memória de seus paroquianos. Além de Pulador, foi paróoco em Muçum50, Encantando, Monte Belo do Sul e Vila Maria. Após sua morte, continua sendo invocado como protetor dos temporais.

50

Responsável por estabelecer a Festa dos Navegantes em Muçum, em 02 de fevereiro de 1910.

61

Fonte: Cinquentenário da Colonização Italiana no Rio Grande do Sul, 18751925, p.149.

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Primeiro Registro de Batizados – Paróquia de Pulador

1922 – Pe. Giovanni Ginocchio Nome

da Nome

Criança

Pais

Amália Ceressa

Luigi

dos Nome

dos

Capela

Padrinhos Ceresa

e

Elisabetta

Falecida

logo

após o parto.

Capela

Santo

Antonio

Crestano Malia Pulga

Agusto

Pulga

e

Caterina Guerra Antonio Nicola

Andrea

Nicola

José

Cracco

e

Matriz

e

Capela

Antonua Perussi e

Pedro

Chiodi

Nossa

Amabile Roncoda

Vitoria Baldino

Senhora Assunta

Assunta

Angelo Sgarbossa

Antonio

Capela

Sgarbossa

e Rosa Chiodi

Strapazzon

e

Nossa

Senhora Assunta

Maria Strapazzon Delvino

João

Carlot June

Teresina

Tiziani

Paulo

Carlot

e

Simon

Perin

e

Linda Comel

Elisa Carmaghi

Francisco Tiziani e

Guglielmo Tiziani

Capela

Filomena

e Irene Taffarel

Senhora

Trombetta Severino

Luizi

Trombetta

Antonia Bosco

Igreja Matriz

Nossa do

Caravaggio

José Trombetta e

Giordani Ciro e

Capela

Nossa

Angela Casarin

Giordani

Senhora

Francisca

Caravaggio

Gaetano Bosco e

Giacomo Nicola e

Igreja Matriz

Amalia Culatto

Metilde Nicola

do

63

Guglielmo

Enrico

Arienti

Enrico Arienti

Alba Balbinot

e

Ettore Grrossi e

Igreja Matriz

Ermenegilda Grossi

Elisaberta

Massimino Arienti

Aquilino

Arienti

e

Igreja Matriz

e Luiza De Marchi

Elisa Final

Germano

Domingo Faustino

José Petrocchi e

Igreja Matriz

Artemio Leite

Leite

Tereza

Eleonora Giordani

Genoino

Pedro Montagna e

Ambrosio Balbinot

Montagna

Catarina Balbinot

e Vitoria Perin

Regina Savoldi

Lorenzo Savoldi e

Lenigi Savaldi e

Madalena

Regina Debortoli

e

Polli

Turcatto Igreja Matriz

Igreja Matriz

Dallagnol Albino Lazaretti

Antonio Lazaretti e

Dante

Lucia Ghelher

e Maria Romazino

Reinaldo

Pio

Chitolina

Chitolina

Gioseppina

e

Foschiera

Giovanni

Serafin

Capela São Luiz

Igreja Matriz

e Angela Serafin

serafina Maria Gusso

Ciro

Gusso

e

Teresa Freddo

Mariano Capelesso

Igreja Matriz e

Teresa Vivan Enos Dalmagro

Ricco Dalmagro e

Ricardo Garbossa

Angelina

e Elizaberta Ferri

Igreja Matriz

Benvenuti Maria Dalmagro

Celestre Dalmagro

Alberto Tonini e

e

Elisabetta

Giacomina

Igreja Matriz

64

Arlinddo

Luiz

José Euriconi

Benvenuti

Fumagalli

Antonio Euriconi e

Fausto Breda e

Marta Hoffman

Refina Aiolfi

Igreja Matriz

Registros de Batizados (1923-1935) – Livro de Batizados 1923 – Pe. Giovanni Ginocchio Guerino Galfetto, Romilda Galera, Catarina Testa, Romilda angela astolfi, Aurora Laura Comedera, Eleonora Bottan, Olga Bresciani, Antonio Freddi, Elvira Tomasoni, Alside Antonio M. Facchin, Secondo Furini, Antonio Itakovic, Angelo Strapazon, Ermido Guerra, Elma Casagrande, Pedro Chiodi, Avelino Vittorino Raimundi, Angelo Arienti, Giovanni Batisttela, João Bison, Alterio Scorsato, Olimpia Pulga, Giulia Signorini, José Francisco Rosnieschi, Elia Isoton, Ivo Adalberto Schiaves, Nelso Fausto Fagherassi, Mafalda Lanzarin, Olga Iolanda Trombetta, Cecília Comel, Lucia Salvi, Natale Sganzerlla, Carlo Olmi, Carlina de Rosa, Placido Ciro Giordani, Ana Diva Bertoldi, José Peruzzo,Albino Trombetta, Malia Virardi, Celestina Maria Strapazon, Metilde Furini, Ester Basso, Aurora Madalena Castaldo, Federico Balbinot, Maria Luigia Curti, Catarina Emilia Zanella, Guglielmo Suttile, Angela Peloso, Adecle Lunardi, Luigi Furini, Umberto Geremia, Elia Cigugnini, Ercole Pasquali, Pedro Guzatti, Elisa Adelaide Bonetti, Antonio Maraschin, Genoveffa Golfetto, Maria Francisca Dallarosa, Adolfo Dallrosa, Brigida Gobbi,

65

Luiz Battistela, Isa Bortolo, Vitale Scatton, Teresa girardi, Luiz Valdemar, Baldoino Panegali, Teressa Delazari, Maria Bertoldi, Clementina Borsatto, Aires Cenci, Giovammina Leite, Annetta Battistela,

Germano

Tramontina,

João

Massimino,

Giacomo

Lazaretti. 1924 – Pe. Giovanni Ginocchio, Pe. Stefano Angeli e Pe. José Flesia Cirillo Scalabrini, Edi Astolfi, Maria Vittalina Breda, Joana Lazaretti, Marcello Barbero, Dilleta Montagna, Anna Clarina Dallalibera, Angelo Mosele, Erminio Bianchetto, Alge Alice Garbossa, Gentille Polli, Irma Maria Fachin, Lina Christina Siega, Domenico Montagna, Armando Funini, Teresa Balbinot, José Lazaretti, Virginio Fim, Maria Ceresa, Amelia Didomenico, Olimpia Roman Ros, Teresa Strapazon, Maria Lazaretti,

Maria Teresa

Campagnolo,

Avelino

Andrien, Malfazoni,

Elsa Ines Breda, Vitorio

Marcon,

Maurilio Vitoria

Marcon,Angela Chiodi, Michelina Elena Bordin, José Francisco Dallarosa, Sellina Fillini, Amelia Bresciani, Algemiro biffi, Algemiro Mareschini, Iolanda Magrin, Vittorino Menda, Ilsa Fransa Azeredo, Dionísio

Gregório

Galli,

Sunta

Teresa

Chitolina,

Delmira

Peruzzo,Ines Bunali, Antonio José Stefenon, Ernesto Bergamaschi, João Ceresa, Natale Dalla Costa, Anna Maria Giaretta, Arlindo Ghellher, Arlindo Gobbi, Anrtonio Romildo Sabadini, Ernesto Antonio

66

Gemelli, Tranquila Lorenzi, Dionísio Guerra, Adele Raimundo, Maria Frigo, Zenaide Cendon, Dosalina Pezorisso, Avellino Cigognini, Rosalia Catarian Lazzaretti, 1925 – Pe. José Flesia, Pe. Stefano Angeli, Pe. José Rizzi, Pe. Antonio Zattera Hercolano Lanzarin, Orsola Battistela, Cecília Coltro, Avelino Lazzarotto, Ofelia Taffarel, Vicentino Reimondi, Maria Verginia Bertolotti, Severino Geremia, Sabino Gambin, José João Foresti, Eginio Marchetto, Clorinda Palmira Basso, Linda Zanetti, Sabina Testa,

Ercolano

Zanusso,

Odila

Filomena

Isotton,

Faustino

Sgarbossa, Cathina Fonini, Ersilia Marin, Alcides Golfetto, Diva Celestina Bordin, Carlos Adolfo Canedera, Santo Lazzaretti, Maria Dal Magro, Albino Segundo Valentini, Sabino Baldoino Taffarel, Angelo Santo Bianchetti, Delcede Da Riva, Atilio Angelo Panifolli, Amalia Ceresa, Blandina Grecchi, Zilio Battistela, Joana Da Rosa, Elias Lazzaretti, amabile Sgarbossa, Josefina Brandelaro,Pedro Cenci, Elice Alda Bartolomei, Leonildo Lerini, Romoaldo Euriconi, Sabino Arienti, Iseo Bortoli, Albino Ulisses Perin, Pergentino Gobbi, Delfiria Lazzaretti, Olga Pedrina Cenci, Vitorino Grecchi, Elvira ansietta Santin, Catharina Battistela, Santo Avelino Paloschi, Stella Angela Curti, Gaudensio Bacchi,Luiz Favero, Regina Lazzaretti,

67

Rinaldo Arienti, Ermelindo Maschio, Adelchi José Astolfi, José Lanzatin, Maria Lucia Faccio. 1926 – Pe. Stefano Angeli, Pe. José Rizzi, Pe. Angelico O.M.C. Flora De Rocco, Irene Tramontina, Agnese Guzzatti, Irena Celestina Carlot, José Cobelenschi, Alfea Trombetta, Arcangelo Gabriele Cigognini, Aquilino José Cenci, Pergentino João Cenci, Albino Bison, Tarsisio Amedes Breda, Amabile Lazaretti, Sabina Bassi, Conceição Oliveira, Regina Battistela, Antonio Bassorici, Adele Lazzaretti, Domingos Dionisio Breda, Antonia Lazzaretti, Anna Scalabrini, Armindo José Cenci, Olivo Frigo, Geronimo Marquetto, da Rosina Comazzoni, Olina Casarin, Anna Maria Peruzzo, Daniel Francisco Dambros, Maria Magdalena Gastaldi, Regina Mulo, Estevão Lazzaretti, Emilia Lazzaretti51, Martino José Andrin, Martina Strapasson, Santo Lazzaretti, Josefina Comerlato, Avelino Andrea Pulga, Antonio Lazzaretti. 1927 – Pe. Stefano Angeli, Pe. José Rizzi, Pe. Luiz Salvelli Celina Maria Breda, Isidoro Sganzerla, Rosina Battistela, Lionildo Casarin, Sabina Maria Giaretta, Maria Coltro, Gentil Basso, Maria Leite, Eugenio Peruzzo,Helena Pasquali, Anna Maria Funini, Izilio Angelo Aiolfi, Anselmo Gasparotto, Idilio José Dalla Latta, Rosa Rossetto, Teodolindo Artemio Foresti, Rosa Balbinot, Angelina Clara 51

Nascidos em 02 de setembro e batizados em 31 de outubro de 1926, sendo pais Andrea Lazzaretti e Lucia Cigognini. Foram padrinhos de Estevão – Adolfo Nicola e Genovefa Cigognini e de Emilia – Arcangelo Cignognini e Jozia Battistela.

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Conedera, Maria João Cendron, Angelo José Fonini, Nelso José Arienti, Adelia Montagna, olivo Vivan, Andrea Fredi, Agnese Lazzaretti, Avelino Grecchi, Roberto Ceresa, Erci Alberto Pensini, Gentile Alfeo Persio, Angelo Olmo, Arlino Gobbi, Maria Romanzini, Maria Arienti, Angela Sgarbossa, Júlia Ostolfi, Aurelia Catarina Mosele, Avelino Lazzaretti, Regina Maria Cenci, Ermenegildo Baldissera, Teresa Nichelo, José Possamai, Helvira Persio, Palmira Danila Gastaldi, Antonina Maria Geremia. 1928 – Pe. José Rizzi, Pe. Stefano Angeli João Tomasoni, Madalena anna Bassorici, Alice Lazzaretti, Dolice Maria Lazzaretti, Adelino Taffarel, Anisio Luiz Breda, Feni Maria Celant, Dimel Luiz Cenci, Luiz Battistela, Maria Santa Alberti, Antonia Santa Alberti, Palmira Chiodi, Maria Angelina Scarsi, João João

Lazzaretti,

Casimiro

Cobeleschi,

Armando

Alberto

Bertoldi,Sergio Avelino Astolfi, Alice Romanzini, Luiz Bortoli, Amelia Lazzaretti, Antonio João Dambros, Ersilia Santina Pulga, José Gastaldo, Doralina Veronica Cenci, Maria Possamai, Irma Maria Giaretta, Angelo Taglietti, Teresinha Casarin, 1929 – Pe. Stefano Angeli, Pe. José Rizzi Amabile Scalabrin, Rosa Mosele, Andrea João Zancanro, Delvige Mendo, Metilde Pencin, Albina Comerlato, Helvira Possamai, Maria Rosa Grechi, Silvino Brolo, Germano Basso, Tranquilla Lazzaretti,

69

Maria Conceição da Silva, Etelvina Maria Pasquali, Doralina Cenci, Antonio Peruzzo, Alcide Scarsi, josé Egidio Breda, Palmira Armelinda Dambros, João Arienti, Antonio Nichele, Laurindo Gheller, Amabile Fiorentin, Libera Zamban, Leonardo Rosnieschi, Anna Ghellher, Maria Bassorici, Altair Luiz Pencin, Silvino Gemelli, Primo Adelino Montagna, João José Ceresa, Idalina Chiodi, Amabile Zancanaro, Orfila Gasparotto, 1930 – Pe. José Rizzi Martino Bortoli, Silvio Roman Ros, Helio José Lanzarin, Paulo Possamai, Angelo Gasparotto, Guerrina Romanzini, Terezina Lazzaretti, Avelino Tramontina, Albina Guzatti, Nereo Luiz Casarin, Alice Gema Breda, Elvira Brolo, Zenaide Balbisan, Angelica Battistela, Terezinha Pasqua, Terezinha Bassorici, Hernestina Chiodi, Amabile Nicola, Pasqua Mosele, Antonio Lazzaretti, Idilio José Toldo, Libera Gastaldo, Maria Domenica Casarin, Maria Dalla Costa, Claudino Massarolo, Anna Cenci, Sabino Cracco, Genoíno Pavoni, Ilma Magoni, Assunta Strapasson, Pierina Possamai, Carolina e Alexandre Rosnieschi52,Crélio Bertoldi, Julho Battiston, Pedro da Silva, Clarice Maria Astolfi, Gema Colnaghi, Alexandre

52

Carolina e Alexandre nasceram em 19 de agosto de 1930, sendo filhos de Stanislau Rosnieschi e Josefina Crupinschi. Foram batizados em 24 de agosto na igreja matriz. Seus padrinhos foram Francisco e Sofia Rosnieshi e João e Maria Rosnieschi, respectivamente. Alexandre casou-se em Guaporé, em 27 de abril de 1957 com Nelza Dai Prá e Carolina casou Garsino de Sousa em 07 de junho de 1958.

70

Rosnieschi, Anna Rosa Comerlato, Ezeni Luiz Ghelher, Anna Helena Battistela, Anna Rosa Andrin, Irineo Geremia, Ines Souza, Vilma Antonia Arienti, Ides Rgina Dal Re. Luisa Bresinschi, Anna Cuiava, Rosa Scalabrin, Antonio João Milani, Gema Pandolfo, Germano sabino Trombetta, Onoria Peruzzo, Claduina Giaretta, Diletta Olmo, Zelia Maria Breda, Guilherme Alberti, 1931 – Pe. José Rizzi, Pe. Luigi Guglieri Lurdes Leite, Getulio Pulga, Anna Peruzzo, Emilio Pasquali, Adolfo José Fratin, Anita Bianchet, Angelina Bento, Maria Peruzzo, Genoveva Kobeinschi, Etelvino Basso, Luiz João Dambros, Orestes Scorsatto, Rosa Bosco, Teresa Cenci, Maria Graciosa Dambros, Luiz Beltrami, Domenica Rosaschi, Rosalia Rosnieschi, Gema Luiza Basso, Iracema Rosa da Silva, Vitoria Giaretta, Secondo Bordolot, Albino Giaretta, Anna Balbinot, Wilma Lazzaretti, Eleonorio Pavoni, Luiz Pedro Breda, Antonia Teresa Toldo, getulio Lanzarin, Luiz Alexandro Battistela, Aznir Antonio Dallapasqua, Pedro Battistela, Rosalina Gaski, Amabile Anna Nicola,Eva Kobelinschi, Luigi Serafini, Anita Maria Matiello, Libera Bertoldi, Ulisse Lomacalli, Alsino Panezalli, Mario Luiz Celante, Mafalda Perondi, Agnese Comerlato, Antonia Sonza, Ivanda Veresinschi, Pierina Maria Bortoli, Onorio Peruzzo, Jurema Arienti, Gema Arienti, Olivo Paloschi, Fiorelo Francisco Rosseti, Cecilia Luiza Gemelli, Eliza Maria Magrin,

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Romildo Lazzaretti, Roviglio Antonio Breda, bonio Casarin, Paolo Didomenico, Josefina Guzzatti, Pedro Zamban, Dovilio Gheller, Teresa Strapasson, Terino Bernardi, Araiz Santa Albertoi, Gemma Colnaghi, Dosolina Margherita Tiziani, Irma Baldissera, Pedro Salvi, Bulede Galdino dalprai, Alessandro Paolo Tonini, Leo Mario Biffi. 1932 – Pe. Luigi Guglieri Danilo Sgarbossa, Teresa Ceresa, Francisco Da Silva, Antonio da Rocha, Luizia Bonetti, Luizia Somensi, Severino genuíno Bassi, Consolino Genuino Chiarello, Giovanni Fiorentin, Alfredo Alberto Biasoli, Italvina Possami, Aniz Veronica Arienti, Alessio Carlo Corti, Rosalina Giovanna Corti, Casimiro Stocco, Nirfe Teresa Deveus, Dosolina Scottá, Pierina Bison, Egidio Trombetta, Adelchi Zorzetto, Severino Giovanni Zesbik, Avelino Scottá, Rinaldo Perin, Saulle José Dalmagro, Maria Darif,Teresina Cenci,Zelide Luigia Gasparotto, Amabile Battistela, Eulede Galdino Dalprai, Dorvalino Mangoni, Alessandro

Tonini,

Leo

Mario

Biffi,

Orvalino

Sette,

Angelo

Fernandes, Amabile Darif, Guerino Bertoldi, Pasquali Coltro, Antonio Bassorici, Alina Maria Breda, José Olivo Giaretta, Rachele Lucia Alberti, Wilma Bachieri, João Andrea Prolo, Darci Montagna, Zelide Maria Breda, Euclides Luigi Serafini, Delvina Bisolo, Maria Orso, Angela Agata Baldissera, Avelino Oorso, Zefira Marua Barbisan, Crasile Filippini, Anna maria Decesare, Elidia Pavoni, Maria Lazzaretti, Elia Milani, Vitorino Bassorici, Delmino João Geremia, Anna Amabile Romansini, Lourdes Giovanna Peruzzo, Pergentino Lazzaretti, Doralino gobbi, Veeronica Amabile Bonali, Avelina Dalprai, Delvina Delazari, Olivo Strapasson, Teresa Taffarel, Alceu Luigi Bordin, Odilla Didomenico, Pierina Dambros, Sabina Maria Montagna, Naria Maria Cenci, Rovaldina Cenci, Hermes Antonio

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Feltrin, Balduino Secondo Girardi, Assunta Delazari, Onorina Maria Lorenzon, Lourdes Maria Strapasson, Irene Maria Toffolo, Serafina Fim, Odilla Basso, Ines Melania Andrin, Odilla Antonia Gavasso, Teresa Fonini, Zenirz Luigi Massarolo, Rosa Chiodi, Luiz Rosinshi, Metilde Benetti, Genuino Giaretta, Maria Giovanna Martini, Pedro Alberti, Rosa giaretta, Stella Gesbik, Pasqua Balbinot, Odile Chiarello, Luigia Possamai, ]setizia Gobbi, Angelo Zancanaro, Teresa Bosco, Teresa Peruzzo,Zelinda Baldissera, Videlmina Fincato, Olindo Pulga, Dilleta Giovanna e Luiggia53,Oralina Maria Chitolina, Avelino Balbinot, Celita Maria Mangoni, Maria alberton, Delesia Teresina zanini, Donino Avelino sottili, Palmira Oliva Sottili, Nelso Gobbi, Silvino Pasquali, Nelson Pasquali54, Laurindo Lazzaretti,Palmira Teresa Debortoli, Rissieri Castoldi, Delesia Chiodi, Alina Cecilia Negrello, Alcino Roberto Pensin, Francisca Gaski. 1933 – Pe. Luigi Guglieri Dolfino Mosele, Alceo Natalino Euriconi, Elza Iracema Pensin, Sestilio Sartori, teresa Delazari, Malvina Salute Debiasi, Rosa Maria Serafini, Lourdes Maria Rocimondi, José Cuiava, João Ceresa, Zenaide anna Scarsi, Claudino Biasoli, Adorilde Rizzi, Antonio Alceo Favero, José Batista Alberti, Claudino Angelo Marcon, Nair Zesbik, Armando Ghelher, José Nacir Tonus, Amabile Maria Battistel, Ireneo Luigi Taffarel, Fiorello Rosset, Anna Maria Gasperin, Luiz Perin, Hermes José Alberti, Iole Apollonia Devus, Onorino José Mattielo, Enrico Isoton, Lezita Lourdes Lunardi, Ilda Teresa Didomenico, Anna 53

Dilletta e Luigia nasceram em 05 de setembro de 1932, na Capela San Giuseppe, Grotera. Guiggia faleceu aos três dias. Filhas de Giovanni Peruzzo e Adelaide Stucchi, seus padrinhos foram Francisco Tiziani e Filomena Trombetta. Dilleta casou-se com Adilio Rosseto, em 13 de setembro de 1952, em Guaporé. 54 Silvino e Nelson nasceram em 23 de novembro de 1932, na Capela Santo Antonio, Pádua. Filhos de João Pasquali e Catarina Samarani. Seus padrinhos foram Stefano Lazzaretti e Serafina Plassede e José Negrello e Santa Mendo, respectivamente. Silvino casou-se com Odila Pivatto em 15 de fevereiro dem 1954, em Rondinha; Nelson casou-se em 17 de abril de 1953 com Assunta Arienti.

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Maria Dambros, Arcile Darif, Arcides Peruzzo, Lidio Basso, Adelchi Arcido Gobbi, Geraldo Antonio Breda, Lourdes Maria Montagna, José Cenci, Teresa Elsa Battistela, Francisco Ceresa, Luigi Battistela, Oidilla Ferrari, Artimele Strapasson, Sabino Geremia, Rita Pasquale Grechi, Giovanni Bento, Pedro Bassorici, Caio Antonio Pandolfo, João Machado, Leoritino José Machado, Palmira Luigia Fonini, Olides João Maraschin, Dolores Luiza Gemelli, Americo Vivian, Oliva Adele Taffarel, Odilla Devus, Rita Maria Breda, Ettore Dalla Costa, Iracema Maria Roman Ros, Hermes Fernando Rigo, Anna Angela Cobelinski, Ilda Tramontina, Sabino Nicola, Elsa Maria Bertoldi, Giusepa Maria Trombetta, Angela Teresa Alberti, Antonio José

Orso,

Anna

Dambros,

Alvina

Alice

Paloschi,

Luigi

Pegoraro,Severino Devensi, Evaldo Luigi Astolfi, Aldino João Chiodi, Egidio Breda, Alice Vittoria Grisa, João Lazzaretti, Dejanir Maria Cenci, Teresa Scalabrin, Lourdes Maria Pavoni, Libera Olmi, Pedro João Ferrari, Oreste Nervis, Amable Miotto, Rosa Maria Raimundi, Assunta Sgarbossa, Maria Beltrami, Odille Maria Filippin, Irma Antonia Zanelin, Gelsomino Vittorio Dalbosco, Grasiosa Francisca Chiarello, Pedro Beltrame, Sabino Da Silva, Ulisse Trombetta, Michele Laurindo Toldo, Amabile Maria M ontagna, Arlindo Elio Balbinot, Domenico Luigi Miotto, Amabile

Zamban,

Maria

Orso,

Antonio Avelino Giaretta, Paolo Orso, Severino Delazari, Pedro Alberto Zorzetto, Nilsa Cenci, Darci Antonio Lunardi, Irma Souza, Alda Maria Salvi, Aurora Maria Lanzarin, Sabino Zamarchi, Euclide Scarsi, Arnaldo Zorge. Lourdes Dirce Didomenico, Rina Armanda Conedera, Tranquillo Edi Montagna, Iracema Dallariva, Valerio Bernardi, Diles Maria Sabadini, Guerino Antonio Debortoli, Teresa Tonini, Elena Gobbi, Argemiro Baldissera, Guido Geraldo Breda, Sabina Maria Brollo, José Dambros, Arcile Bertoldi, Elide Gusati, Leonildo Anselmi, Santo José Curti, Rosa Biasoli, Luigi Scottá,

74

Egidio Cenci, Ulisse Gasparotto,Albino Balbinot, Santa Rosa Barbero. 1934 – Pe. Luigi Guglieri Isolina Zamarchi, Avelino Peruzzo, Pergentino Vitali, Gemma Trombetta, Pedro Gabiatti, Arcide ùlga, Idilio Antonio Bordin, Alceo Luiz Zanatta, Elena Viesinshi, Astrolino Luigi De Lazari, Natalino Vittorio Ghisoni, Albino Antonio Possamai, Rosa Astolfi, Catarina Battistela, Pedro Cobelinski, Albino José Corti, Nair Rosa Brolo, Maria Odilla Stoch, Marcela Teresa Bosio, Dino Luigi Biasoli, Odile Antonio Arienti, Adelia Barbieri, Ermelinda Fiorentin, Ettore Magrin, Iria Anna Euriconi, Vittorino Valensa, Wilma Chiodi, Teresa Cuiava, João Balbinot, Eva Machado, Osvaldo José Machado, Olivo Giacomo Zesbik, Comercindo Geremia, Egidio Doralino Negrello, Oliva Miotto, Alberto Fedele Marcon, Assunta Bassorici, Lourdes Lima, Otavio José Strapasson, Claudina Panigali, Adele Balbinot, Angelo Rizzi, Elio José Bosio, Ulisse Peruzzo, Elsa anna Cenci, Natalino serafini, Aquilino Corti, Amanilio Antonio Toldo, Claudina Angela Volpini, Rosa Dorvalina Romanzini, Lourdes Ghelher, Zulmira Giovanna Griza, José Perin, João Taffarel, Leonello Alberton, Davide Vincense Alberti, Nesia Apolonia Arisi, Erica Bianchet, Wilma Maria Pavoni, Angelo Darif, Marcelino José Bassorici, Antonio Colombo Rossetto, Marcelina Sabina Martini, Odilla Felini, Maria Nicola, Irfe Antonia Franchin, Guglielmo Ghelher, Luiz Ganski, Vittorina Trombetta, Maria Giulia Brugnera, Virginia Mangoni, Amabile Dambros, Eleonora Zesbik, Antonio Constante Marcon, Elena Daalprai, Teresa Elzira Lorenzon, Valdomiro Machado, Elia Eliseo Battistela, Severino Marcon, Pressúla Bedin, Dulce Maria Pensin, Luigi Benigni, Cesira Antonia Ziesbik, Albino Balbinot, Inocente Benetti,

Lourdes

Rossetto,

Lourdes

Jessi

Cenci,

Rosalina

Alesssandrina Sottili, Arzelinda Alberti, Clair Maria Vicentini, Odilla

75

Assunta Debona, Assunta Arienti, Zelina Decesare, Girardino Sgarbossa, Benedetto Anibale Bertoletti, Prosdocimo Zanusso, Celina Maria Biffi, Fiorindo Marcolina, Rita Rosalinm, Assunta Anna Dalmagro, Severino Gabriele Girardi, Assunta Serafini, Zilio José Balbinot, Agnese Maria Breda, Assunta Mosele, Rosalina Derocco, Francisco Rodrigues da Cunha, Lourdes Isoton, Maria Lourdes Mattielo, Rosalino Antonio Devus, Arselina Regina Raimundi, Lourdes Dallarosa, Angela Marcon, Gabrielle Rosnieschi, Roberto Santo Baldissera, Avalisio Luiz Grechi, Teresa Darif, Antonia Fiorentin, Elia José Breda, Delmira Darif, Regina Dambros, Zenita Regina Taffarel, Angela Groseeli, Alceu Leite, Maria Peruzzo, Santina Maria Chitolina, Apolonia Resinski, Anna Adelle Giaretta, Domenico Benetti, Regina Benetti, João Ferrari, Olivo Orso, Artemio Luiz Cenci, Zenaide Battistela, Ester Teresa Dalprai, Alcides Maraschin, Odilla Amabile Pandolfo, Gemma Feltrin, José Bijan, Luigi Scalabrin, Rita Italia Comerlato, Teresa Mattielo, Zefira Teresa Lazzaretti, Lidovino Alberti, Elizio Andrea Rigo, Odilla Geremia, Jurema Anna Tauffer, Egilio Luiz Gobbi, Armindo Antonio Gobbi, Erico Didomenico, Elides Amabile Silvestrin, Pedro Machado,Anna Giusepa Alberti, Teresa Possamai, Nilo Antonio Paludo, Avelino Decesari, Arturo Antonio Albertik, Santo Dacampo, Wilma Montagna, Dolores Maria Devus, Darci José Sette, Arsilla Maria Sette55, Nelso Perondi. 1935 – Pe. Luigi Guglieri Consolino Chiarello, Adalise Teresa Tonus, Anita Dalla Costa, Ugo Pulga, Eli Luigi Zorsetto, Antonio José Delazari, Iselino Agostino 55

Darci e Arsilla Sette nasceram aos nove dias de novembro de 1934, sendo filhos de Augusto Sette e Ofilia Maria Faotto. Foram batizados pelo Pe. Luigi Guglieri aos 23 de dezembro de 1934, na Capela Santo Antonio – Borges de Medeiros (atual Paróquia de Oeste), tendo como padrinhos Antonio Cerloni e Dosolina Zili e Generoso Devus e Maria Dalprai.

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Lorenzetti, Rita Iracema Zanini, Sandir Favero, Metilde Nicola, Clerito Ugolini, Gilse Angela Gavasso, João Picinatto, Sergio Sabadini, Nair Ghelher, Albino Bosio, Battista João Alberti, Dolce Maria Magrin, Silvestre Antonio Delzari, Oclide Debortoli, Nelson Antonio Rodrigues, Cesira Maria Dalmagro, Ilda Chiodi, Sueli Mattia Dallariva, Alcino Fiorindo Gemmeli, Adelaide Bassorici, Luigi Guarnieri Sottile, Arcide Guglielmino, Genuina Jandira Cenci, Agnese Scarsi, Maria Anunciata Balbinot, Maria Taffarel, Luigi José da Rocha, Valdomiro Battista da Silva, Antonio Battista da Silva, Isidoro Ricardo Badalotti, Irene Ceresa, Norma Teresa Basso, Livaldino Paloschi, Cleia Anna Biasoli, Selvino Bassorici, José Chaves, Odilla Strapasson, José Strapasson, Ilda Toldo, Amabile Saldanha, Rita Cenci, Angelo Alberti, Rosalina Benigni, Luigi anna Giaretta, Erzelina Cenci, Elena Maria Brollo, Eleuterio Leandro Messa, Neri Angela Fincato, Ersilda Maria Zozetto, Primo Fiorentin, Zelia Fiorentin, Rosalina Maria Picolli, Antonio João Peruzzo, Gemma Caterina Breda. *********** A catequização do padre João Casaril

“El prete Casaril”, como geralmente era chamado pela população, será sempre um daqueles personagens que fez história em Pulador. Num período em que as missas e orações perduravam ao longo de todo o dia, o padre Casaril no intuito de atrair mais fiéis,decidia “capturá-los”, quase que a força, onde estivessem, seja em casa, na roça ou mesmo nos afazeres do dia-a-dia.Para aqueles que iam se confessar procurava indicar longas penitências...

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A charrete do padre Francesco Bordignon

Com um carisma reflexivo e discurso objetivo, padre Francesco Bordignon trabalhou pouco tempo em Pulador (19591961), mas foi suficiente para entrar “nelle ciacòle” da população. Em certa ocasião, retornando para a paróquia de Pulador, sua charrete despencou no rio Lajeado. Foi socorrido pelos vizinhos após longos gritos de desespero. Atualmente, aos quase 90 anos, trabalha na formação dos noviços no Noviciado Nossa Senhora de Guadalupe, em Porto Alegre.

A unificação das Paróquias

As Paróquias de Pulador e Vila Oeste, após a saída do Padre Luiz Castelli, em 2008, passaram a ser assistidas pelos padres da paróquia de Guaporé. Posteriormente, em 2009, o padre Osmar Burilli, passou a atender as duas paróquias, levando a frente seu projeto dinâmico de evangelização nas Capelas. Merece especial destaque sua autoria da devoção a Nossa Senhora da Juventude, em 2013. A nova devoção, segundo próprio relato, ocorre a partir de sua participação na Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro.

78

Primeiro Registro sobre a história da Paróquia de Pulador, em 1924. Dom Joao Becker, arcebispo de Porto Alegre, havia visitado já em 1919.

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A Paróquia Santo Antônio de Pádua (1938) – Distrito de Oeste

A criação da Paróquia Santo Antônio, no Distrito de Borges de Medeiros, foi necessária por seu grande aumento populacional. Apenas um padre tornava impossível o antendimento num vasto território que compreendia os atuais municípios de Guaporé, Serafina Corrêa e Montauri. A solução encontrada pela Arquidiocese de Porto Alegre foi a criação de um novo território religioso que seria atendido pelos padres diocesanos. Alguns eventos merecem especial destaque: 18/05/1938

Festa de inauguração da Paróquia Santo Antonio da “Vila Borges de Medeiros”. No Livro Tombo da Parróquia pode-se encontrar a “Carta de Saudação” do Arcebispo de Porto Alegre, Dom João Becker, de 30 de março de 1938. Ao final, na página 3, encontram-se as assinaturas dos representantes da Paróquia, da Prefeitura de Guaporé e da Delegacia de Polícia: Pe. Guilherme José Maschio, Manoel Francisco Guerreiro, Marieta Burity Guerreiro, Fiorello Tagliari por si e por Agilberto

Maia,

Nair

Maia

Tagliari,

Giacomo

Lunardi, Anna Lunardi, Antonio Tonini, Luiza Botan

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Tonini, Constante Bottan, Josefina Tonini Bottan, José Zamprogna e nome não identificável. 24/04/1938

Primeiro BATISMO - Vigilato Dias de Morais

24/04/1938

Primeiro SEPULTAMENTO – Alessandro Tonini

13/06/1938

Primeira Eucaristia – 67 crianças

30/04/1938

Primeiro Casamento – Ernesto Marcon e Amalia Girardi

13/04/1939

Chegada das primeiras quatro pedras de altar para capelas do interior que “ainda não possuíam este objeto

absolutamente

necessário”

(Relato

pe.

Muller). 1940

No dia 08 de dezembro iniciou-se o movimento Ação Católica com reuniões da Juventude Católica Brasileira

(moços) e

da

Juventude

Feminina

Católica (Moças). Transferência do Pe. Agostinho Muller para Candelária. 26/01/1941

Ata de Posse do 2º Vigário – Pe. Claudio Wiest,sendo delegado designado pelo bispo e escrevente da Ata o Pe. Angelo Corso.

20/04/1942

Primeira Visita Pastoral de D. João Becker – Crismas: 350. No dia 19, Dom João Becker visitou a paróquia de Montauri, afirmando que a situação

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era precária e a igreja de madeira. Também Dom João Becker indica que a paróquia deverá realizar uma arrecadação de dois contos de réis – no Dia das Vocações Sacerdotais – para o Seminário de Gravatay: “Embora a construção da nova matriz represente uma necessidade, é preciso lembrar-se que a formação de novos sacerdotes é ainda mais necessária. Pos é melhor haver sacerdotes e igrejas simples e pobres, a ter a igrejas grandes sem padres” (Dom João Becker, Livro Tombo 1, páginas 13-14). 20/04/1942

Primeiras Crismas – 350 crianças Início das escavações e os preparatórios para a construção da Igreja Matriz (p. 12).

28/02/1945

Início da Construção da Igreja Matriz.

15/03/1946

Visita do Cônego André Fraks, delegado especial do arcebispo de Porto Alegre, Dom João Becker. Total de crismas: 388 crianças.

31/12/1947

Visita de Dom Vicente Scherer, arcebispo de Porto Alegre. Nesta visita, ordena ao Pe. José Wiest que faça um mês de férias para tratar sua saúde.

82

13/01/1951

Visita Pastoral de Dom Vicente Scherer, arcebispo de Porto Alegre. Crismas: 383 crianças.

10/03/1952

Inauguração oficial da Igreja Matriz por Monsenhor Jacob Sezer, paróco de Arroio do Meio, substituto do Arcebispo de Porto Alegre.

19/12/1953

Ordenação Sacerdotal do Pe. Aleixo Bottan

03-0/06/1955

Primeiras Missões Pastorais Grande Relato do “Suicídio do Caluniador” – página 35 do Livro Tombo I.

31/12/1956

Visita de Dom Vicente Scherer, Arcebispo de Porto Alegre. Crismas na Matriz: 378; Santo Antonio: 119 e Nossa Senhora das Graças: 70.

23/02/1957

O Sermão do Pe. Ruben Neis “No dia 23 de fevereiro os encarregados da CEEE vieram ligar a nova rede da luz elétrica. Grande alegria, muitos foguetes, e de noite baile. Soube que em geral os bailes são aos sábados. Avisei por isto o povo sobre a inconveniência do baile em sábado, principalmente num povoado católico. E preveni-os que em caso de repetição de tal fato, no domingo de manhã não haveria missa em Oeste,

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pois iria rezar missa numa capela. Parece-me ser este o único mio de dominar este costume, pois o povo em geral é católico praticante e fez questão da missa dominical” (p. 41, Livro Tombo 1). 08/09/1958

Venda do Cavalo e compra de um Jeep para a Paróquia

17/09/1958

Visita do Governador do Estado – Ildo Meneghetti

24-26/09/1959

Primeira Visita Pastoral de Dom Claudio Colling.

07/08/1960

Inauguração da Capela Santa Maria Goretti

22/07/1961

Visita do Governador Leonel Brizola (p. 50); Demolição dao salão velho (p. 55 do Livro Tombo 1); Visita do Bispo Dom Claudio Colling em 14 de dezembro. “O Eng. Dr. Leonel de Moura Brisola veio a Oeste em visita de cortesia e para satisfazer a promessa não cumprida do Secrretário dos Transportes anterior Dr. Daniel R. Houve 3 discursos: o Sr. Armando Zanetti sobre a Estrada; O Sr. Dr. Alcides Matielo

sobre

Indústria

e

o

paróco

sobre

Agricultura. Por fim, o governador em longa

84

palestra prometeu prioritariamente tudo, mostrandose satisfeito em nos servir” (Pe. Luiz Broetto56). “Grande entusiasmo pela promessa do Brizola, percorremos todas as famílias de Vila Maria a Guaporé pedindo consentimento mútuo para passar a estrada nos respectivos terrenos – foi bem com exceção”. (Pe. Luiz Broetto). Mar. de 1961

Troca do Telhado da Igreja Matriz

1962

Realização da “Campanha do Porco Gordo”. Foram doados 85 porcos para a construção do Salão Paroquial, sendo os mesmos vendidos para o Frigorífico com um lucro de 500 mil Cruzeiros.

04/02/1962

Início da Construção do Novo Salão Paroquial.

21/05/1963

Visita Pastoral de Dom Claudio Colling

1964

Venda do Jeep da Paróquia e aquisição de um F100.

29/06/1965

Inauguração da Capela São Pedro.

Dez. 1965

Troca

dos

altares

da

Igreja

Matriz

(Versus

Populum) 25/08/1967

56

Inauguração do Novo Altar da Igreja Matriz

Pe. Luiz Broetto nasceu em 21 de junho de 1915; foi ordenado sacercote em 30 de novembro de 1943; em 1958 foi pároco da catedral de Passo Fundo. Faleceu em 21 de janeiro de 1991.

85

Fev. 1968

Venda do F100 e compra de um Jeep para a Paróquia.

Agos. 1970

Compra de um novo Jeep para a Paróquia.

1974

Autorização pela Secretaria de Educação para o funcionamento da 5ª e 6ª séries.

03/09/1978

Primeiros Ministros da Eucaristia: Doralício Tauffer e João Eudes Feltrin.

03/06/1979

Inauguração

da

Capela

Nossa

Senhora

das

Graças, Linha 12. 1979

Grande Campanha contra o Vício da Blasfêmia.

20/03/1981-

Missões com os Padres Saletinos.

05/04/1981 13/04/1987

Aquisição de um carro Gol em conjunto com a Paróquia de Pulador.

01/02/1987

Votos Perpétuos da Ir. Lizete Tauffer

31/01/1988

Votos Perpétuos da Ir. Salete Orso.

03-06/03/1988

Grande Celebração do Cinquentenário da Paróquia Santo Antonio – Vila Oeste.57

As Capelas de Vila Oeste, em 1988, por ocasião de seu cinquentenário: 57

Adaptado dos Arquivos do Jornal Tribuna da Serra, 1988, páginas 2 e 3 do Caderno Especial.

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Capela Nossa Senhora do Caravaggio, Linha Nona: 38 famílias; Capela Capela Santo Antonio do Lageado, Linha Décima: 29 famílias; Capela Nossa Senhora do Carmo, Linha Décima: 54 famílias; Capela Santa Maria Goretti, Linha Nona; 10 famílias; Capela Santo Antonio, Linha nona: 52 famílias; Capela Nossa Senhora da Saúde, Linha Décima: 20 famílias; Capela São Valetin, Linha Onze: 34 famílias; Capela Santo Antonio, Linha Doze: 17 famílias; Capela Nossa Senhora das Graças, Linha Doze: 42 famílias; Capela São José, Linha Doze: 31 famílias; Capela São Pedro, Linha Décima: 10 famílias; Capela Nossa Senhora do Caravaggio, Linha Onze: 22 famílias; Matriz Santo Antonio: 69 famílias. Total de Famílias em Vila Oeste: 42858.

Os párocos da paróquia Santo Antônio, a partir de 1938, foram: Pe. Guilherme José Maschio, 30\03\1938 [Pe. Guilherme nasceu em 07 de março de 1903; foi ordenado em 04 de novembro de 1930; faleceu em 1972]. 58

Cf. ARQUIVOS DO JORNAL TRIBUNA DA SERRA, 11 DE MARÇO DE 1988, Caderno Especial, p.1.

87

Pe. Agostinho Muller, 22\01\1939 (Primeiro Vigário). Pe. José Claudio Wiest, 26\01\1941 Pe. Vitório Emanuel Scopel 08\01\1949 Pe. Ruben Neis, 10\01\1957 Pe. Luiz Broetto, 09\01\1958 Pe. Venceslau José Modelski, 01\01\1962 Pe. Valentin Deon, 10\01\1967 Pe. Manoel Marañon, 05\12\1958 Pe. Hilario Francisco Fritzen, 03\02\1969 Pe. Artemio Foschiera, 22\01\1973 Pe. Wilson Zanin, 20\07\1976 Pe. Fernando Gazola, 15\07\1978 Mons. Paulo Chiaramonte, 17\08\1980 [Mons. Chiaramonte nasceu em 09 de janeiro de 1910; foi ordenado em 17 de outubro de 1937; faleceu em 20 de abril de 1991] Pe. Fernando Gazola, 26\12\1979 Pe. Nilo Hilário Canal, 25\05\1980 Pe. Fernando Gazola, 29\04\1982 Pe. Pedro Onório Gajardo, 17\02\1985 [Pe. Pedro nasceu em 30 de agosto de 1947; foi ordenado em 06 de janeiro de 1973; faleceu em 04 de maio de 2009]. Pe. Jorge Zanini, 06\01\1990

88

Pe. Moacir Marconi, 20\12\1996 (Administrador Paroquial) Pe. Fernando Gazola, 22\12\1997 Pe. Luiz Castelli, 17\01\1999 (período de vacância) Pe. Osmar Burilli, 02\08\2009. Pe. Artêmio Foschiera – 2014 Pe. Osmar Burilli - 2015

A primeira visita do bispo da Arquidiocese de Porto Alegre, Dom João Becker (1870-1946), foi realizada em 1942. Entre os dias 3 e 10 de julho de 1953 ocorre a primeira pregação das Missões e neste mesmo ano a ordenação sacerdotal do padre Aleixo Bottan (1924-2014). A Paróquia Santo Antonio passa, em 1959, a pertencer a diocese de Passo Fundo59, quando recebe a visita do bispo Dom João Claudio Colling (1913-1992).

A emancipação política de União da Serra

A situaçãopolítica, econômica e social dos Distritos de Pulador e Vila Oeste mudou seus rumos com emancipação do município de União da Serra, em 29 de março de 1992. A junção dos Distritos criaria um novo município e, para não gerar atritos entre os

59

A Diocese de Passo Fundo foi criada em 10 de março de 1951.

89

moradores, sua sede estaria localizada na capela São Luiz que, geograficamente, estaria no centro dos dois distritos.Em 2012, após vinte anos de emancipação, o centro administrativo do município foi transferido para Vila Oeste, na tentativa de manter o êxodo dos habitantes para outras cidades e atrair investimentos. Características Geográficas Área

130,991 km²

População

1 620 hab.Censo IBGE/2010]

Densidade

12,37 hab./km²

Altitude

520 m

Clima

subtropical Cfa(h)

Fuso horário

UTC−3 Indicadores

IDH-M

0,813 muito altoPNUD/2000

PIB

R$ 32 644,229 mil IBGE/2008

PIB per capita

R$ 19 500,73 IBGE/2008

Prefeitos de União da Serra (1992-2016) Valdir Carlos Fabris (1993-1996) João Carlos Ghellher (1997-2000) João Carlos Gheller (2001-2004) Amarildo Sabadini(2005-2008) Amarildo Sabadini (2009-2012) Luiz Mateus Cenci (2013-2016) Léo Paulo Cendron (2017-2020)

90

Hino de União da Serra Terra linda e amorosa Jóia de raro esplendor Pérola maravilhosa União de nosso amor Ser teu filho é privilégio De riqueza infinita União que na grandeza Trabalha e cresce, palpita Do paraíso é imagem Pela riqueza que encerra Inebriante paisagem Resplandecendo na terra Salve, ó terra querida Orgulho da nossa gente Salve, União da Serra Te amarei eternamente Música: Pedro Guisso Letra: Ricardo Engels Garay

91

A ESCOLA ALEXANDRE FERREIRA – PULADOR A Escola Alexandre Ferreira teve seu reconhecimento oficializado em 29 de dezembro de 1944 pelo decreto estadual nº1416, denominando-se Grupo Escolar de Pulador. Nos primeiros anos a escola funcionou em uma residência da família Paludo. Em 1951, a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, fez a doação do terreno para a construção do prédio, no qual as aulas começaram a ser ministradas no ano de 1953. Já em 1958 a escola passou a denominar-se Grupo Escolar Alexandre Ferreira pelo decreto nº 9911. Em 1969 a escola foi reclassificada como Escola Rural Alexandre Ferreira, pelo decreto n° 19818. Em 1975 foi instalada a 6ªsérie nessa escola, passando em 1981 a designar-se Escola Estadual de 1ºGrau Incompleto Alexandre Ferreira. No ano de 1993 foi reorganizada e instituída a 7ª série e, no ano seguinte, a 8ª série, passandoa se chamar Escola Estadual de 1º Grau Alexandre Ferreira. Em 1996 foi implantado o Pré-escolar, sendo oficializado pelo parecer 910/96. Em dezembro de 2000, sob a portaria nº 00327/2000, passa a chamar-se Escola Estadual de Ensino Fundamental Alexandre Ferreira. Estima-se que por ela já passaram aproximadamente 120 professores, 15 funcionários e mais de 2.500 alunos [somando-se os vários anos para conclusão do ensino fundamental]60.

60

Agradeço a Diretora da Escola Alexandre Ferreira, Profa. Adanir D. Tramontina, pelo acesso a estas informações.

92

Na foto, Escola Alexandre Ferreira, em 1969.

93

Lista de Famílias no Recenseamento Rural de 192061

Linha General Carneiro (Linha 6ª Caravaggio (Guaporé) e Linha 6ª Grotera) 787 Cyro Scopel 788 Sylvio Scopel 789 Senico Frigeri 790 José Bellomi 791 João Carpenedo 792 José DoUeze 793 Domingos Scariot 794 Giacomo Carpenedo 795 João Chitolina 796 Luiz Giaretta 797 Affonso Trombetta 798 Luiz Scassi 799 Desiderio Lamonatto 800 Estevão Scassi 801 Francisco Gazana 802 Leandro Chitolina 803 Paulo Giaretta 804 Angelo Marafon 805 Domingos Gheller 806 Natal Gogo 807 João Carelle 808 Angelo Zadra 809 Lucas Cesco 810 João Granella

61

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2015.

94

811 Pedro Cesco 812 Annibal Martini 813 António Menegazzo 814 Matheus Granella 815 Angelo Callegari 816 Pedro Callegari 817 Luiz Tizziani 818 Margarida Tizziani 819 Luiz Reginatto 820 Augusto Pulga 821 Maria Tobin 822 Francisco Tizziani 823 Luiz Galli 824 Angelo Lorenzeti 825 Giovanni Peruzzo 826 Agostinho Peruzzo 827 José Nervis 828 Luiz Peruzzo 829 José Gracco 830 Albano De Cesare 831 Luiz Dalla Costa 832 Celeste Darif 833 Paulo Bertoldi 834 Giacomo Cracco 835 Segundo Guerra 836 Angelo Trombetta 837 Emma Cracco 838 Eugénio Trombetta 839 José Maschio 840 Luiz Baptistella

95

841 Luiz Casarin 842 Francesco Quinzani 843 José Trombetta 844 Comelio Casarin 845 Alexandre Bertoldi Linha General Carneiro (Monte Forte e Pulador) 846 César Pérsio 847 Benjamin Gracelli 848 Baptista Panegelli 849 Generino Raymundo 850 Annunziatta Fomari 851 Domingos Gasparotto 852 Luiz DanegaUi 853 Segundo Gheller. 854 Luiz Ceresa 855 Mathias Zeixenski 856 Luiz Coltro 857 António Basso 858 Guilherme Censi 859 Angelo Peruzzo 860 Francisco Rosnieski 861 Baptista Censi 862 Marcellino Giordani 863 Emilio Galera 864 Domingos Becego 865 António Mazoroski .... 866 Giovanni Pérsio 867 Luiz Olmo 868 Angelo Trigo

96

869 António Sganzerla 870 Bortolo Gostaldo 871 Sebastião Lopes 872 Primo Pandolpho 873 Domingos Pegoraro. . . . 874 Benjamin Pasqualotto. 875 Santos Bottan 876 Benedicto Pegoraro. . . 877 Angelo Zanotta 878 Victorio Pegoraro 879 Francisco Pan 880 Angelo Feltrocco 881 João Viol 882 Benjamin Vanzo 883 António Meneghello 884 PioGobbi 885 João Albino Romano 886 Alexandre Pagnossoti 887 António Meneghello 888 Angelo Bombassaro 889 Valentim Zanella 890 Raymundo Broetto 891 Domingos Ferrazzo 892 Luiz Pieresan 893 António Viol. 894 António Bottan. 895 José Toffoli 896 Victor Secco 897 Ludovico Andolfato 898 Bortolo Bottan

97

899 Caetano Tonini Linha. General Carneiro - Linha Moreira César (Borges de Medeiros) 901 Constante Bottan 902 André Montagna 903 António Tonini 904 José Crespon 905 Alexandre Tonini 906 João Sgarboza 907 Ricardo Sgarboza 908 Constante Brighenti 909 Miguel Pegoraro 910 Alberto Tonini 911 Angelo Sgarboza 912 António Strapazzon 913 José Magoni 914 Eugénio Casagrande 915 Baptista Golfeto 916 Marcos Chitolina 917 Emilia Pasquali 918 Ettore Grossi 919 Annibal Bertoletti 920 Luiz Strappazzon 921 Baptista Marmentini 922 José Bonetti 923 Eugénio Seraphim 924 Aurélio Seraphim 925 António Balbinot 926 Angelo Bonetti 927 André Nicola 928 Pedro Chiodi

98

929 Carlos Defendi 930 António Zanella 931 José Decosta 932 Pedro Baccit 933 António Sousa 934 José Bonamigo 935 Herdeiros de Pedro Capra 936 Angelo Falabretti 937 Segundo Tesser 938 939 Damião Locatelli 940 Luiz Pandolpho 941 Jorge DairO 942 Anacleto Pontano 943 Plácido Lavratti 944 945 Fernando José Zanconaro 946 Justino Ceccato 947 Vicente Binot 948 Jacintho Fedrigo 949 José Pandolpho 950 Angelo Berto 951 José Piva 952 António Perin 953 João Piva 954 Bortolo Lazzarotto 955 Domingos Fuga 956 Aurélio Migliavaca 957 Angelo Magrin

99

Cascata Grechi, localizada na Capela São Luiz62.

62

Registro realizado em setembro de 2014.

100

A HISTÓRIA E AS FAMÍLIAS DA CAPELA SAN GIUSEPPE GROTERA (1912-2015) A etimologia da palavra “Grotera” é incerta e desconhecida. Por alguns foi atribuído este nome por apresentar pequenas “grotas”, cavernas, buracos, que o relevo apresenta ao longo de seus cinco quilômetros de extensão, aproximadamente.Suas primeiras famílias, instaladas a partir de 1895, foram Antonio Peruzzo e Pierina Grosselli, Paolo Bertoldi e Magdalena Cracco, Giuseppe Cracco e Maria Meneggazzo.Mas, é precisamente em 17 de março de 1912 que a “Capela San Giuseppe” possui a primeira igreja de madeira e um salão comunitário, conforme descrição no “Registro della Chiesa San Giuseppe”, datado deste mesmo ano. Seus primeiros “fabbricieri”, representantes da comunidade, foram Celeste Darif, Francesco Tardetti e Agostino Peruzzo, este último na função de “Cassiere” (responsável pelo caixa). Em 1914, os “fabbricieri” são Giuseppe Nervis, Francesco Tardetti e Lodovico Lunardi, ocupando a posição de “cassiere”. Embora seja difícil precisar o ano, os primeiros moradores que chegaram nestas terras foram os irmãos Agustino, Angelo, Luiz e Giovanni Peruzzo, por volta de 1900. Seguindo um pequeno carreiro que demarca a divisa entre as colônias, seguiram separadamente em direção ao pequeno rio que corta a extensão da comunidade. Em algum momento, aos gritos, os irmãos se localizaram junto ao pequeno riacho no qual, posteriormente, a maioria das famílias construiu suas casas. Entretanto, é apenas com o “Registro della Chiesa San Giuseppe” que podemos compreender o que ocorreu na Grotera entre 1912 a 1972, quando o livro apresenta seu último registro.

101

Primeira página do “Registro della Chiesa San Giuseppe”, 1912.

No primeiro registro da Chiesa San Giuseppe encontramos um extenso itinerário da vida social e econômica da comunidade. Já em 1912, há uma longa descrição das entradas e despesas mensais que faziam parte do cotidiano da capela. É muito provável que a existência deste livro deve-se a exigência de então recém fundada Paróquia Santo Antônio, em Guaporé, da qual a capela fazia

102

parte.As primeiras depesas com a festa de San Giuseppe, que ocorreu no dia 17 de março, foram: a compra do livro de registros, tinta e caneta, livro da Semana Santa, uma garrafa de óleo de oliva, vinho para a missa, 3kg de pólvora, papel de seda, 15 medidas de vinho, 2/4 de foguetes, “mascoli”, 3kg de carne, 4 medidas de vinho, pão, bacon, 2/4kg de queijo, arroz, açúcar, café, 2/4 kg de cera e 3 galinhas. Nesta época, o dinheiro era realmente uma rariadade. Faltava tudo, menos a vontade de construir um local que se aproximasse das comunidades que haviam permanecido na Itália. Assim, em 1912, a primeira taxa para associar-se constituía no pagamento em trigo (formento), com aproximadamente 50kh por sócio. Entre estes primeiros sócios encontramos Luigi Pulga, Luigi Tiziani, Beniamino Trevisan, Giovanni Peruzzo, Agostino Peruzzo, Angelo Peruzzo, Francesco Tardetti, Lodovico Lunardi, Luigi Dalla Costa, Giuseppe Frigo, Celeste Darif, Paulo Bertoldi, Giuseppe Cracco, Giacomo Cracco e Giuseppe Tedesco. Um percurso histórico sobre o “Registro della Chiesa San Giuseppe”

pode

auxiliar-nos

a

compreender

melhor

o

desenvolvimento da Capela Grotera. 1912

- Inauguração oficial do Registro della Chiesa San Giuseppe; - Pagamento de 35.000 réis, metade do orçamento da capela, para o “Mestre da Doutrina”, Giuseppe Nervis. - Cassiere: Agostino Peruzzo (receita total de 151.330 réis); - Compra de uma porca de Giuseppe Frigo, em 22 de dezembro, provavelmente para o almoço de Natal. - Venda de 5 sacas de trigo recebido de doação dos sócios.

103

1913

- Pagamento de taxa ao bispo no valor de 5.000 réis; - Pagamento de 2.000 réis para uma “fossa” (túmulo) de Luigi Pulga; - Compra da cruz para o cemitério; - Venda de 3 sacas de trigo recebido dos sócios; - Lodovico Lunardi doou uma “porchetta” em 12 de novembro. - Primeiros não pagadores da taxa anual: Luigi Tiziani, Celeste Darif, Giovanni Peruzzo, José Frigo, Paolo Bertoldi, Luigi Dalla Costa, Augusto Pulga e Francesco Tardetti. O valor era de 4.000 réis. - Falecimento de um familiar de Luigi Tiziani.

1914

-23 de março: primeiro registro da Festa de San Giuseppe; - Despesa da Festa num total de 54.500 réis; - Camilo Nervis torna-se sócio. - 15 de novembro: oferta de uma “occa de giocar” (pata que está choca) e uma “gallina gioca” (galinha choca); - Oferta de três porcos (2 sem identificação, 1 Francesco Tardetti); - Primeiro débito não pago no ano – Lodovico Lunardi ficou devendo 56.380 réis; total em caixa 156.920 réis.

1915

- 22 de março de 1915 – Realização da festa de San Giuseppe. Total de despesas: 33.200 réis (a festa contava com apenas 3kg de carne). - Lodovico Lunardi fez um empréstimo da Igreja no valor de 75.400 réis. Deverá pagar 6% de juros sobre o valor. - Primeiros empréstimos para pagamento em 6 meses com

104

juros de 6%: Stefano Maron; Antonio Tedesco com o testemunho de Giovanni Peruzzo; Giuseppe Frigo; Giuseppe Tedesco; Fracesco Tardetti e Luiz Peruzzo. - Lodovico Lunardi é o “Cassiere”. 1916

-Pagamento de taxa do bispo (Tassa Vescovile); - Empréstimo de “scandole” (telhas) para Giuseppe Reolon; o pagamento deveria ser realizado até 28 de março de 1918; - Recebimento de 5.560 réis de “Limòsina” (esmola); - “Limòsina del venerdì santo” (Esmola da Sexta-feira Santa): 4.580 réis; - Ofertas de um pato e uma galinha por Stefano maron; - Empréstimo para Fracesco Tardetti no 200.00 réis. Foram testemunhas Augusto Pulga e Luigi Dalla Costa. - Empréstimo a Giuseppe Nervis (50.000 réis) e Paolo Bertoldi (100.000 réis) ao juro de 6% ao ano.

1917

- A Capela recebeu várias doações durante o ano (cera, galinhas, galos, ofertas em dinheiro, entre outros); - 19 e 22 de agosto: compra de 24kg de ferro e pregos para a construção da Igreja, além do pagamento de 10.000 réis para mão-de-obra; - Algumas ofertas: Celeste Dariff, Stefano Maran, Francesco Zibett, Giuseppe Maschio, Angelo Peruzzo, Francesco Tardetti. Nota-se a grande “Oferta per i morti” no valor de 17.000 réis. - Constam novos nomes entre os sócios da Capela: Giuseppe Reolon, Primo Guerra, Giuseppe Frigo, Giuseppe Tedesco.

105

Cassiere: Agostino Peruzzo. 1918

- Algumas ofertas de “galo de gioco”; - Venda de dezenas de velas, provavelmente para arrecadação de fundos; - 21 de novembro: “trono sul´altare”; - Luigi Papi doou de presente 800 “scera” (cera); - 20 de junho – frete de mesas para a Escola. - Novo sócio: Albano de Cesare e Luigi Papi. - Entre as ofertas está uma “anara” (fêmea do pato) e “un par de colombi” (um casal de pombas); - 5 falecimentos: “10 marzo - Una fossa da morto Cracco Giuseppe”; “Novenbre – una fossa da morto”; “Una fossa da morto picola”; “6 novenbre – 2 fosse da morto”. - Neste ano, a capela tinha 20 sócios.

1919

-A missas foram realizadas em 30 de março e 17 de novembro; - Compra de 4 dúzias de foguetes no mês de março; - Oferta para os mortos no valor de 16 mil réis (páginas 36 do “Registro della Chiesa San Giuseppe”; - Oferta de porcos: Celeste Darif, Primo Guera, Paolo Bertoldi e Augusto Pulga.

1920

- Empréstimo para Antonio Comerlate a quantida de 150 mil réis que deverá pagar 8% de juro ao ano. O valor foi quitado em 18 de outubro de 1922, tendo o mesmo assinado no Registro. - Valor total do caixa da capela: 751.930 mil réis;

106

- O ano dos Empréstimos: - Michel Toldo, da Linha 7ª, o valor de 500.000 mil réis com a taxa de 8% ao ano; - Giuseppe Nervis a quantidade de 100.000 mil réis; - Augusto Pulga a quantia de 200.000 mil réis; - Luiz Bertoldi a quantia de 200.000 mil réis por 6 meses; - Alessandro Bertoldi 50.000 mil réis por 6 meses. - Francesco Tiziani a quantidade de 100.000 mil réis por 6 meses; - Anbiglio Gonsalvves a quantidade de 50.000 mil réis com a taxa de 7%, sendo sua testemunha Luiz Peruzzo. 1921

- 10 de setembro: recebimento de 250.000 mil réis de juros de Matteo Granela; -Recebimento de galos e patos para Riffa (rifa); -20 de dezembro: compra de 16 dúzias de listas (de madeira), 3 pacotes de pregos e 2 palanques para o cemitério (Augusto Pulga). - Despesa de 55.000 mil réis para a mão-de-obra no cemitério; - Concedido empresto a Francesco Tiziani no valor de 120.000 mil réis por 6 meses com a taxa de juro de 6%. - Consta a venda de “liste del semiterio vechio” em 15 de agosto, no valor de 15.000 mil réis (página 49).

1922

- Aquisição da Terra da Igreja e do Cemitério no valor de 72.000 mil réis; - Compra da cruz para o cemitério no valor de 6.000 mil réis; - Valor no caixa: 981.810 mil réis;

107

- Recebimento de galinhas e patos para a Riffa; - Pagamento de juros pelos devedores: Antonio Comerlate. - Anualmente é realizado uma arrecadação no “Santo Sepolcro”. - Venda das listas de madeira do cemitério velho para Giuseppe Cracco, Francesco Tiziani e Agostino Peruzzo (21 listas). 1923

- “Oferta per i morti”: Celeste Darif, Francesco Tiziani, Luigi Tiziani, Augusto Pulga, Giovanni Gadini, Ema Cracco, Albano De Cesare, Luiz Bertoldi, Giuseppe Cracco. Valor total: 9.000 mil réis. Note-se que Luigi Dalla Costa não é citado nos últimos anos, provavelmente porque estava trabalhando na estrada de Ferro em Marcelino Ramos.

1924

- Casiere é Agostino Peruzzo. O total em caixa da capela é 1.072.610 mil réis (Página 57); - Dezenas de ofertas para a realização das Rifas. - 17 de janeiro: compra de 2 mil “scandole” (telhas) para a construção da igreja; - 18 de maio: pagamento do frete das telhas no valor de 25.000 mil réis; - Compra das tábuas para a Igreja no valor de 500.000 mil réis; - Camilo Nervis fica em débito de 10.000 mil réis referente a dois dias não trabalhados na construção da taipa da igreja (ano 1922); - A taxa para os associados da Capela era de 12 mil réis. - “Il Legname della Chiesa de San Giuseppe” (As madeiras utilizadas na Igreja São José) são detalhadas na

108

página 61 do “Registro della Chiesa San Giuseppe”. Despesa total de 730.600 mil réis. - Empréstimo de 350 telhas a Francesco Tiziani. Cassiere: Agostino Peruzzo. 1925

- Doação de 2 galinhas, 5 melancias, 1 marreco, 1 porco, 4 fêmeas de pato; - Indicação de recebimento de 300.000 réis do dinheiro aplicado no banco (mês de maio); - Venda do que sobrou da igreja velha no valor de 220.000 mil réis; - Pagamento a Giovanni Peruzzo o valor de 200.000 réis para os trabalhos na realizados na Igreja (acabamentos); - Descrição de tecido, tinta e pregos para os ornamentos internos da igreja, especialmente 22kg de “calcina” (cal) e 2 latas de óleos para as estrelas que estavam pintadas em seu interior; - Despesa com ferreiro e ferros para a igreja, entre os quais estava a cruz; - Para a compra da Estátua de São José foi realizada uma coleta de “8 quartas” de trigo entre os meses de janeiro e março, sendo arrecadados um total de 13 sacos e meio. Os doadores

foram:

Augusto

Pulga,

Giuseppe

Cracco,

Francesco Tizziani, Giovanni Peruzzo, Celeste Darif, Albano De Cesare, Luigi Peruzzo, Ema Cracco, Luigi Dalla Costa, Luigi Bertoldi, Camilo Nervis, Giovanni Gadini.O trigo foi vendido por 378 mil réis, tendo a frete custado 13.500 mil réis. Além disso, Agusto Pulga doou 10 mil reis e Agostino Peruzzo oferece 23 mil réis para “San Giuseppe”. O custo da

109

estátua foi de 275 mil réis (Página 71), sendo trazida de Porto Alegre pelo valor de 27.100 mil réis. - Neste ano encontramos várias páginas (63 a 76) com entradas e despesas provavelmente para finalizar os débitos com a construção da nova igreja. - Doação da Capela para a Catedral no valor de 30 mil réis; - Várias doações de patos e galinhas (página 73); - “Oferta del Miglio” – cada sócio doava 8 quartas de milho. Oferta per i Morti”, “Oferta per il Rosario”. . 1926

- 5 de maio: Compra do tabernáculo (15 mil réis) e chave do

Nova

tabernáculo (1.200 mil réis);

Igrej

- Dezenas de doações de galinhas, patos e velas;

a

- Compra de um quadro de São José, os botões do estandarte, tecido e renda, além do Crucifixo (cruz principal) no valor de 50 mil réis. Despesas totais do ano no valor de 690.500 mil réis. - 19 de novembro: oferta de vinho por Giuseppe Cracco no valor de 17.800 réis; - “Le Figlie che Porta Stª Ana” (As filhas que carregam Santa Ana): 1. Alvira Cracco, 2. Giusepina Peruzzo, 3. Teresina Tiziani, 4. Eleonora Cracco, 5. Adelinde Cracco o porta estandarte no dia 26 de julho. - Aplicação de multa a Camilo Nervis por atraso no pagamento da Rata (taxa de associado).

1927

- Compra de 4 dúzias de foguetes para a Festa (02 de março); - “La Girlanda” para San Luigi;

110

- Camilo Nervis realiza a doação de 20 mil réis para um par de sapatos; a oferta foi realizada porque o mesmo tinha uma dívida de 35.800 réis (cobrança de juros e multa; página 8990 do Registro della Chiesa San Giuseppe); - “Questua de Miglio” (Coleta de Milho): Luigi Dalla Costa; Luigi Bertoldi; Albano De Cesare; Giuseppe Cracco; Luigi Peruzzo; Augusto Pulga; Agostino Peruzzo; Ema Cracco; Giovanni

Peruzzo;

Giovanni

Ghedini;

Celeste

Darif;

Francesco Tiziani; Luigi Tiziani. O milho custava 140 réis ao quilo; cada um fez a doação de 8 sacas. - Concedido empréstimo a Celeste Darif, no dia 12 de julho, o valor de 300 mil réis com a taxa de juros de 7%. O dinheiro foi devolvido em 14 de novembro de 1928. - “Le Figlie che Porta Stª Ana” (As filhas que carregam Santa Ana): 1. Madalena Cracco; 2. Stelina Tiziani; 2. 3. Catarina Peruzzo; 4. Angelina Tiziani; 5. Santa Cracco carrega porta estandarte (página 82). 1928

- Doação de várias galinhas, cera para velas, entre outros para a realização das “Rifas”; - 25 de junho: Compra do véu para Santa Ana e a toalha para San Luigi(29.500 réis); - “I mortari” – espécie de toalhas utilizadas durante os velórios; - Doação para o Seminário no valor de 60 mil réis; “Le Figlie che Porta Stª Ana” (As filhas que carregam Santa Ana): Stelina Tizziani; Vittória Peruzzo; Cattarina Peruzzo; Pierina Peruzzo; Angelina Tizziani carrega porta estandarte; - “I Figlie di San Luigi”: Aurelio Peruzzo; Orestes Tizziani;

111

Fidélos Cracco; Orlando Peruzzo. - Doação de 15 sócios para os mortos (página 100 do Registro della Chiesa San Giuseppe); - Doação de 44 mil réis para o Seminário, provavelmente é o Seminário São Carlos de Guaporé, dos Missionários Scalabrinianos, que seria construído em Guaporé a partir de 1935. 1929

- Doações: 2 pombas, 1 melancia, um chapéu, galinhas, entre outros; - Despesas: 140 quilos de calcina; pregos, cartas de seda, água rasa, dias de trabalho, entre outros... Provavelmente para a construção de um pequeno salão; - Note-se a inscrição no dia 14 de maio “Oficio Casarin – 3.000”, o que indica pagamento de valor para o Casarin que rezava os terços no domingo na pequena Igreja perto do Lajeado;(página 103 do Registro della Chiesa San Giuseppe. - Neste ano temos o nome de um novo morador: Giuseppe Pavoni, pai de Hermes Pavoni. -Le Figlie che Porta Sant´Ana: Elisa Roman (professora; Teresa Peruzzo; Teresa Cracco; Ines De Cesare; Ermelinda Ghedini (estandarte); - I Figli de San Luigi: Zacarias Dalla Costa; Vittório Peruzzo; José

Darif;

Guilherme

Peruzzo;

Ernesto

Peruzzo

(estandarte); - Oferta per i morti: Francesco Tizziani; Albano De Cesare, Agostino Peruzzo, Giovanni Ghedini, Augusto Pulga, Luigi Tizziani; Luiz Peruzzo, Luiz Bertoldi, Celeste Darif, Camilo Nervis e José Cracco. Arrecadou-se 11.000 réis. (pag. 108);

112

1930

- Le Figlie che porta Sant´Ana:Domenica Dalla Costa; Santa Cracco; Angela De Cesare; Rodolfa Dalla Riva; Marcelina Peruzzo. -20 de março – realização da Missa e Procissão; - Compra de quatro candelabros para os mortos no valor de 25 mil réis; - Recebimento de várias doações de galinhas para rifa e de 2\4 de litro de Grappa por José Cracco; - A lista de sócios consta nas páginas 116 e 117 no Registro della Chiesa San Giuseppe.

1931

- 25 de janeiro: compra de 16 mesas; - 16 de agosto: Entrada de quatro novos sócios: Alessandro Bertoldi, Giuseppe Trombetta, Pietro Bortoli e Giuseppe Maschio. Cada um pagou o valor de 75 mil réis para associar-se. - Anotação de “Al Banco Pelotense la quantia de 93.000 6 gennaio 1931 devendo Agostino Peruzzo”; - Dinheiro emprestado: Angelo Peruzzo (200 mil réis a 6% ao ano); Agusto Pulga (200 mil réis a 6% ao ano). - Visto em 31 de dezembro de 1931 pelo Padre Luigi Guglieri.

113

1932

- 7 de fevereiro: compra de bombinhas para a entrada de Nossa Senhora do Caravaggio; - Breve anotação para “le lastre” do crucifixo, além das coroas para Nossa Senhora do Caravaggio; - 22 de abril: estrutura para colocar o santos no valor de 96 mil réis; - Empréstimo a Giuseppe Maschio no valor de 50 mil réis pagando 6% de juros; - Empréstimo a Giuseppe Pavoni o valor de 48 mil réis pagando 6% de juros; - Empréstimo a Pietro Bortoli o valor de 200 mil réis pagando 6% de juros; - 07 de novembro: Compra da Pedra Sagrada no valor de 31 mil réis (página 131); - Camilo Nervis devia 99 mil réis referente a taxas de 1929, 1930, 1931 e 1932. - Terceira assinatura do padre Luigi Guglieri – 20 de novembro de 1932 (página 133 do Registro della Chiesa San Giuseppe).

1933

- 05 de maio: Doação para a Catedral no valor de 50 mil

114

réis; - 28 de junho – festa de Nossa Senhora do Caravaggio; - 13 de setembro – Missa de Santa Ana; - 21 de maio: “Quèstua de Formento della Parrochia de Pulador”:Agusto Pulga (4 quartas), Celeste Darif (2 quartas); Luiz Bertoldi (2 quartas); Giovanni Peruzzo (4 quartas); Luiz Peruzzo (3 quartas); Albano De Cesare (2 quartas); José Cracco (2 quartas); Francesco Tizziani (2 quartas); Agostino Peruzzo (3 quartas). - Nas páginas 140 e 141 do Registro della Chiesa San Giuseppe encontramos uma lista dos pagadores e nãopagadores. Entre estas anotações é possível observar que Giovanni Ghedini devia 79 mil réis, sendo incluído o trabalho não realizado no cemitério. Há a quarta anotação do padre Luigi Guglieri em 31 de dezembro de 1933. - A capela contava vinte sócios. 1934

- 25 de julho – Rifa de um vitelo;

Sino

- 26 de fevereiro - Neste ano merece destaque para a compra da “Campana” (Sino). O valor total da mesma, somando a armação, o frete da estrada de ferro, o carreto até a estação e a frete de Bento Gonçalves é de 1.308.750 mil réis. - Também há despesas para a compra dos mastros, as colunas do campanil, a fossa do campanil, 2 missas para a benção do sino (4 e 5 de abril), para os cantores duas diárias, o churrasco para os cantores, a corda do sino, 32 medidas de vinho, ferro para a construção do campanil. - A inauguração da “Campana” ocorreu em 5 de abril de

115

1934. Na ocasião, o sino foi batizado de “Giuseppe e Anna. O evento contou com dez casais representando os “Padrini della Campana” que realizaram doações à capela: 1. Agusto Pulga e Cattarina Cuero (25 mil réis); 2. Luigi Tizziani e Tereza Smanidotto (20 mil réis); 3. Giuseppe Trombetta e Angela Casarin (10 mil réis); 4. Giuseppe Cracco e Maria Menegazzo (10 mil réis); 5. Giovanni Peruzzo e Adele Stucchi (10 mil réis); 6. Agostino Peruzzo e Lucia Bertoldi (10 mil réis); 7. Francesco Gasparotto e Maria Pulga (10 mil réis); 8. Francesco Tizziani e Filomena Trombetta (10 mil réis); 9. Angelo Lorenzett e Maria Zanella (5 mil réis); 10. Luigi Reginatto e Maria Brugnera (5 mil réis). - Despesa de 30 mil réis para “caixa mortuária” (página 148 do “Registro della Chiesa San Giuseppe); - Na página 150 do “Registro della Chiesa San Giuseppe” encontramos anotações de pagamento e empréstimo realizados nos últimos dois anos. - 26 de outubro – doação de “una sporta”. 1935

- Várias doações recebidas ao longo do ano (galinhas, patas, fava, galos, velas, queijos, entre outros); - Pagamento ao “Maestro dei Cantori”: 25 mil réis; - Primeiro registro de “La vacca”, no valor de 60 mil réis. Provavelemente este foi o primeiro animal comprado para uma festa em grande escala, evento que seria seguido nos anos posteriores. - Oferta de um casal de Peru no valor de 30 mil réis; - Taxas de associados para receber: Giuseppe Pavoni, Celeste Dariff, Luiz Bertoldi, Ema Cracco e Francesco

116

Tizziani; - Empréstimo a Giuditta Maschio o valor de 31.400 réis. - Na página 156 encontramos a assinatura do Pe. Luigi Guglieri em 31 de dezembro de 1935. - Pagamento para o responsável por tocar o campanário o valor de 25 mil réis; - Neste ano o livro passa a ser escrito em português, abandonando as anotações em italiano. 1936

- Sócios que pagaram a taxa: Agustino Peruzzo; Camilo Nervis, Alexandre Bertoldi, Luiz Bertoldi, Agusto Pulga, José Trombetta, João Peruzzo, Albano De Cesare, Guilherme Tizziani (“último anno que resta na companhia da nossa sociedade”), Luiz Peruzzo, Francesco Tizziani, Luiz Dalla Costa. - Na página 163 encontramos a assinatura do Pe. Luigi Guglieri no dia 31 de dezembro de 1936. - O “Cassiere” responsável pelos registros é Zacarias Dalla Costa, conforme própria anotação na página 164 do “Registro Della Chiesa San Giuseppe”. - Pagamento do Diploma para o Seminário de Gravataí, conforme registro no valor de 50 mil réis. - Compra de duas janelas de vidro; uma comprada pela sociedade e a outra oferecida por Agusto Pulga. - 31 de maio: Missa de Nossa Senhora do Carvalho.

1937

- 2 de julho: compra de quatro janelas no valor de 120 mil réis; - Agosto: compra do quadro para o diploma de Gravataí; - O “fabriciero” era João Peruzzo, que em 19 de dezembro pagou 2 provocações.

117

- Luiz Dalla Costa pagou a taxa de 14 mil réis em serviço de reparos na Escola. - Novos nomes de associados: Orestes Peruzzo e Emilio Fantin. 1938

- Registro de entrada do jogo de bochas. - Leilão de um porco; - Pagamento para o Campanaro o valor de 25 mil réis.

1939

- A sociedade gastou 50 mil réis para o estabelecimento da Escola. - Na festa de San Luigi foi pago para cada um dos oito cantores o valor de 3 mil réis; - Compra de um caixão para “o menino da criado do Mazzutti” no valor de 5 mil réis; - 17 sócios realizaram o pagamento de 4 mil réis, doações de “diversos garrafões de vinho”. - Entrada do sócio João Di Bernardo.

1940

- “Um preparo mortuário de fazenda” – 8.600 réis; - 3.500 taboinhas para a cobertura da escola; - “Uma blusa para a criança do Darif”; a caixa, tábuas e prego; - Falecimento do “menino Luiz Ber”; Blusa do dito falecido no total de 12 mil réis. - 31/12/1940 – Pagamento ao Campanaro o valor de 25 mil réis. -

Falecimento

de

Agustino

Peruzzo,

o

primeiro

“Cassiere” da Capela. 1941

- Registro das Festas de São José e Santa Ana; - Registro de empréstimo a Luiz Bertoldi no valor de 300,00 réis para visitar seu cunhado em Passo Fundo.

118

- Registros de empréstimos a Orestes Tizziani e Luiz Bertoldi; 1942

- Sócios: Albano De Cesare, Camilo Nervis, João Di Bernardo, Orstes Peruzzo; Emilio Fantin, Ema Cracco, Luiz Bertoldi, Augusto Pulga, Augustino Peruzzo, José Trombetta, Celeste Darif, Ricieri Pulga, Francisco Tizziani (página 149 do Registro della Chiesa San Giuseppe). - Realização de quatro festas: São José, Nossa Senhora do Carmo, Santa Ana e São Luiz. - Pagamento de 50 mil réis para Luiz Olmo rezar o terço; - Pagamento de três dias de trabalho para carpinteiro pintar a Igreja; utilizou-se 60kg de cal, 2kg de cola, 6 latas de coltrame, 2 latas de tinta preparada, 1 garrafa de oléo, 4,9kg de pregos, 300g de pregos de tábuas, “bóia” para 3 dias do carpinteiro.

1943

- Compra de uma dúzia de pratos, uma dúzia de garfos, uma dúzia de copos de cerveja. - 8 de janeiro: fatura do caixão de Ernesto Peruzzo e mais o trabalho do buraco no valor de 14 mil réis. - compra de uma guirlanda e flores para São José.

1944

- Registro de que duas meninas rezaram o terço durante quatro meses; receberam 16 mil réis; - compra de uma injeção para cobra; - pagamento de 25 mil réis para o Campanaro; - Registro do primeiro atraso coletivo no pagamento das taxas de associados (página 156);

1945

- Caixão para o falecido Comerlat e “buraco” no valor de 15 mil réis; - Colocação de uma cruz de madeira no cemitério no valor

119

de 22 mil réis; - 8\12: registro de 500 mil réis para o Padre em Porto Alegre. - Vários Empréstimos: Luiz Bertoldi, Maximiliano Alberti, José Pavoni, Paulo Bertoldi e Alexandre Bertoldi. 1946

- Lista de Sócios que pagaram taxa: Celeste Darif, Domingo Dalla Costa, Camilo Nervis, Augusto Pulga, João Di Bernardo, José Trombetta, Orestes Peruzzo, Augustino Peruzzo, Riceiri Pulga, Luiz Bertoldi.

1947

- 26 de maio: Festa de Nossa Senhora do Caravaggio; - 29 de julho: Festa de Santa Ana; - Orestes Peruzzo realizou doação de trigo no valor de 70 mil réis. - Pagamento de taxa para vocação sacerdotal e taxa sacerdotal no valor de 125 mil réis;

1948

- 18 de setembro: oferta de trigo, pelegros e galinhas; - Sócios: Francisco Tizziani, Ricieri Pulga, Federico Troian, Luiz Bertoldi, João Di Bernardo, Orestes Peruzzo, Camilo Nervis, Roberto Alberti e Celeste Darif, Santo Di Bernardo. - Despesa com 75m de grade para o cemitério no valor de 830 mil réis; - Despesa da missa de São Roque.

1949

- Apenas Registro da Festa de Santa Ana e São José; nenhuma outra anotação, inclusice com antecipação de dados de 1950. - Alcides Toldo pagou taxa de 10 mil réis e mais doação de 5 mil ao cemitério. - As páginas do Registro della Chiesa San Giuseppe não possuem mais numeração.

1950

- Compra do nicho e guarda-roupa para a Igreja;

120

- Despessa para a construção do galpão no valor de 1.500 mil réis; - Compra de missal e cálice; e mais 1.869.000 réis de telhas. 1951

- Lista de Sócios: Viúva Nervis; José Trombetta, Luiz Bertoldi, Alexandre Bertoldi, Augusto Pulga, Alcide Toldo, Orestes Peruzzo, João Di Bernardo, José Dalla Costa, Natal Baldissera, Roberto Alberti, Ernesto Lunardi, Celeste Darif, José Pavoni, Luiz Dalla Costa. - Primeiro registro de saldo negativo da capela no valor de 290.90 réis. Assinatura de conferência realizada pelo Pe. Mário Bianchi em 31 de dezembro.

1952

- Novos sócios: José Caio, Albino Dalla Costa e Hermes Pavoni; - Quitação da dívida do ano anterior;

1953

- Lista de sócios: Alcides Toldo, Celete Dariff, Roberto Alberti, Luiz Bertoldi, João Peruzzo (pag. Atraso anos 19451950); Alexandre Bertoldi, Albino Dalla Costa, Orestes Peruzzo, José Dalla Costa, João Di Bernardo, Angelo Buratti, José Nervis, Roberto Alberti, Augusto Pulga e Luiz Buratti.

1954

- Novos sócios: Selvino Nervis, Gentil Bertoldi, Ambrosio

121

Cristofoli

(pag.

Taxas

1950-1953);

Armando

Bertoldi,

Ogelmiro Peruzzo, João Darif, Otavio Casagrande (pagou 13 anos de taxa), Vitorio Darif. - Várias esmolas em prol da Igreja. 1955

- Novos sócios: Ricieri Nervis, Fidêncio Pulga e Vergilio Caio. - Compra do Jogo do Cavalinho no valor de 500 mil réis; - pagamento do campaneiro no valor de 200 mil réis;

1956

- Recebimento de várias esmolas na missa; - 21 sócios, sendo que cada um realizou o pagamento de 50 mil réis; - Assinatura do padre Antonio Cerato em 16 de dezembro de 1956.

122

- Pagamento ao professor da doutrina. 1957

- Doação ao Seminário de Viamão no valor de 820 mil réis; a anotação foi realizada pelo pe. Antonio Cerato; - Benção dos Missionários.

1958

- Novos Sócios: Saul Casagrande, Modesto Bertoldi, Guerino Bertoldi e Olisses Bertoldi. - Vários vistos do Pe. Antonio Cerato, conhecido como sacerdote astuto e crítico da contabilidade.

1959

- Ogelmiro Peruzo ofereceu 500 mil réis; - Várias escmolas e pagamento de taxa de 100 mil réis pelos sócios; - Assinatura do Pe. Francesco Bordignon.

123

1960

- Esmola para uma obra religiosa e compra do livro “ A vida do Papa Pio XII”; - Doação para a Nova Capela: Roberto Alberti (3 mil réis); Hermes Pavoni (3 mil réis); Ogelmiro Peruzzo (2 mil réis); Ricieri Nervis (3 mil réis); João Darif (500 réis); Guerino Bertoldi (500 réis); Saul Casagrande (100 réis); Saul Casagrande (oferta de 500 réis); 15 de julho ocorreu a venda da velha escola por 6.100 mil réis; Albino Dalla Costa (5 mil réis); Carolina Nervis (4 mil réis); Angelo Buratti (100 réis); Albino Buratti (493 réis); - Festa da nova Escola – com lucro de 2.664 mil réis; - Pintor da nova escola – Hermes Di Bernardo; - Novo sócio: Achiles Bertoldi. - Visto do Pe. Francesco Bordignon em 06 de janeiro de 1961.

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1961

- Novos sócios: Osmar Tomazzelli e Pasqualin Buratti. - Várias esmolas e balanço total das festas. - Compra do caixão do falecido Pulga no valor de 945.00 réis. - Visto do Pe. Carlos Seppi em 31 de dezembro de 1961.

1962

Este ano não consta no Registro della Chiesa San Giuseppe. A folha de 1961 está rasgada pela metade... A verdadeira história permanecerá um mistério...

1963

- Registro das visitas mensais do padre; - Despesas de duas corridas do “Jipe”; - Observa-se que apenas as informações mais comuns são mantidas; - Pagamento da taxa da Curia para a Paróquia. - Compra das galhetas para a Igreja.

1964

- Manutenção do pagamento da taxa;

125

- Compra de um fogão no valor de 15 mil réis. 1965

- Pequenas anotações mensais sobre taxas e esmolas; - Não há registro de saídas.

1966

- Pequeno registro de entrada da esmolas na Sexta-feira Santa; taxa de Archiles Bertoldi; - 6 de janeiro: churrasco em Pulador e dinheiro para o Bispo (1% da receita líquida anual).

1967

- Anotações sobre escolas e visitas do padre; - Aquisição do Jornal Riograndense em 26 de fevereiro;

1968

- Laurindo Buratti pagou 21.290.00 réis; não há descrição sobre o que se refere; - Há registro de vários sócios que pagaram a taxa retroativa há vários anos, provavelmente pela falta de produção na roça; - Registros das esmilas e visitas do padre.

1969

- Ogelmiro Peruzzo pagou a taxa de 1964 a 1969 no valor de 12.500 réis; - Novos sócios: Ivo Peruzzo, Darci Peruzzo e Delezio Casagrande (pagou taxa de 1963 a 1969). - As únicas despesas são as visitas do padre.

1970

- Marcos Albino Buratti pagou a taxa entre os anos 1962 a 1969; - Pagamento a Hermes Pavoni no valor de 400 mil réis – empréstimo para a Capela; - As únicas despesas registradas são as visitas mensais do padre.

1971

- Registro das Festas de São José e São Luiz; - Despesas são as visitas mensais do padre.

1972

- Apenas breve descrição da entrada que são as escolas;

126

- Entre as pequenas despesas está o velório de Marietta Darif no valor de 13.200 réis. - Na última linha consta “Darssi pagou taxa 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69 18.000”.

Anotações das Doações para a nova Igreja – 1960

127

128

Lista de Materiais utilizados na nova Igreja – 1968\1970

129

130

Lista dos novos Sócios da Chiesa San Giuseppe

131

Por que Linha General Carneiro? A denominação “Linha General Carneiro” é uma homenagem ao General Carneiro, responsável por combater o avanço da Revolução que pretendia derrubar o governo de Floriano Peixoto (1839-1895), que ocorreu entre 1891 e 1894. O General Carneiro, como geralmente é conhecido, nasceu na antiga cidade do Cerro Frio, hoje Serro, em Minas Gerais, em 1846. Serro chamava-se Vila do Príncipe; a Lapa, local de seu falecimento, chamou-se, inicialmente, Vila Nova do Príncipe de Santo Antonio da Lapa. Deste modo, o General Carneiro nasceu na antiga Vila do Príncipe, Minas Gerais, e morreu na antiga Vila Nova do Príncipe, Paraná. O General Carneiro foi comandante do então tenente Cândido Rondon (1865-1958)63, no estabelecimento das linhas telegráficas 63

Marechal Rondon (1865-1958) foi militar e sertanista brasileiro. Foi o idealizador do Parque Nacional do Xingu e Diretor do Serviço de Proteção ao Índio. Integrou a Comissão Construtora de Linhas Telegráficas, atravessou o sertão desconhecido,

132

no Mato Grosso; morreu aos seus 48 anos de idade e tem descendentes em Curitiba. Em 1893, verificou-se a Revolução Federalista, em que os maragatos (revolucionários) revoltaram-se, no Rio Grande do Sul, com forças que ocuparam aquele estado, o de Santa Catarina e o do Paraná, em que três cidades resistiram: Tijucas do Sul, por 3 dias, Paranaguá, por 4 e a Lapa. O intuito dos maragatos era alcançar o Rio de Janeiro e deporem o marechal Floriano,

implantarem

o

parlamentarismo

e,

possivelmente,

restaurarem a monarquia, abolida em 1889. Dado o avanço das forças revolucionárias, Gomes Carneiro, então coronel, foi comissionado pelo marechal Floriano, como comandante da praça da Lapa, cuja importância estratégica para a revolução era insignificante. Apesar desta insignificância, os revoltosos resolveram sitiá-la

e ocupá-la, em um cerco que,

supostamente, duraria uma semana, se tanto, dada a desproporção de forças: havia 3mil sitiantes contra 900 sitiados. Graças ao coronel Carneiro e dos seus subordinados (Joaquim Lacerda, Serra Martins, Emílio Blum, Felipe dos Santos e outros), a cidade resistiu ao cerco do dia 11 de janeiro a 14 de fevereiro. Entretanto, no dia 7 de fevereiro, em um ataque de metralhadora, Carneiro foi atingido por um projétil no fígado e morreu dois dias depois. No dia 11 de fevereiro, a Lapa rendeu-se, do que se lavrou uma ata, subscrita pelos chefes dos rendidos e dos ocupantes. Já as forças governistas (chamadas de pica-paus) organizaram-se e debelaram a revolução. Isso significaria, portanto, que a resistência da Lapa assegurou a manutenção do governo de Floriano Peixoto e a continuidade da República.

na maior parte, habitado por índios bororos, terenas e guaicurus. Abriu estradas, expandiu o telégrafo e ajudou a demarcar as terras indígenas.

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Atualmente, na Lapa, é possível visitar os dois museus de armas (um deles, situado na cadeia velha) e o Panteon dos Heróis, este último tradicional monumento onde estão sepultados o General Carneiro e cerca de oitenta outros combatentes. Faleceu aos 9 de fevereiro de 1894, na cidade da Lapa, no Paraná.

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A GENEALOGIA DAS FAMÍLIAS DA CAPELA SAN GIUSEPPE

Família de Antonio Peruzzo (1837-1902)64 e Pierina Grosselli (1847-1918)65. Naturais de Enego, Vicenza, chegaram ao Brasil com o vapor Adria, partindo do porto de Gênova em 25 de junho de 1890. Chegaram ao Rio de Janeiro em 16 de julho e, posteriormente, instalaram-se em Alfredo Chaves (atualmente Veranópolis)66. Após alguns anos transferiram-se para a Capela san Giuseppe, Grotera. Eram pais dos filhos Giovanna, Augusto, Angelo, Giovanni e Luiz.

Na foto, da esquerda para a direira, os irmãos Giovanni, Luiz, Agustino e Angelo. Sentada, provavelmente a mãe, Pietra Grosselli, em 1918.

64

Antonio era filho de Agostino Peruzzo e Angela Meneghini, falecidos na Itália. Pierina era filha de Giovanni Grosselli e Giovanna Fincatto, falecidos na Itália. 66 Cf. SIAN – Sistema de Informações do Arquivo Nacional, Ministério da Justiça, Arquivo Nacional (Registro BR RJANRIO OL.0.RPV, PRJ.4156). 65

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Família Peruzzo na Itália, provavelmente antes de 1870. Arquivo: Vitor Alberti.

Família de Agustino Peruzzo (10\04\1875-01\11\1946), filho de Antonio Peruzzo e Pietra Grosselli, e Lúcia Bertoldi (15\01\187720\10\1954), filha de Paolo Bertoldi e Magdalena Cracco. Tiveram os seguintes filhos: - Maria Catarina Peruzzo (29\09\1918 – 06\10\1989) casou-se com Roberto Alberti(08\09\1913-30\11\1977). Filhos:Claudio, Elza, Terezinha, Vitor, Orvile, Oscar (falecido), Dercila e Laidi. - Pierina Peruzzo casou-se com Serafin Baldissera (1903 – 14/07/1982)67. Filhos: Emiferio, Santa Rosina, Albina Maria, Pedro, Angela, Lucia, Pasqual, Laurita, Augusto, Lourdes, Beatriz, Victoria. - Aurélio Peruzzo casou-se com Elvira Cracco. Filhos: Angelo.

67

Serafin Baldissera foi sepultado na Capela Caravaggio, Linha 7ª. Tinha dez filhos, oitenta e seis netos e quatro bisnetos.

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- Pasqual Peruzzo casou-se com Amabile Bianchetto. Filhos: Domingos, Onorino, Donorina e Nizio. - Antonia Peruzzo casou-se com João Menin. Filhos: Angelina, Antonio. - Angela Peruzzo casou-se com Luiz Casarin. Filhos: Delmina, Onorino. - Ernesto Peruzzo (15\03\1915 – 07\01\1941) casou-se com Ernesta Zamban (1920-2012). Filhos: Zeferino e Nadia.

Na foto, família de Agustino Peruzzo e Lúcia Bertoldi com seus filhos.

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Agustino Peruzzo eLúcia Bertoldi. O costume do chimarrão já pode ser observado na década de 1930.

Família de Roberto Alberti (08\09\1913-30\11\1977) e Maria Catarina Peruzzo Alberti (29\09\1918 – 06\10\1989), filha de Agostino Peruzzo e Lúcia Bertoldi. Tiveram oito filhos: - Cláudio Alberti é casado com Eveli Madalena Izoton; - Elza Alberti é casada com Ângelo Fantin; - Terezinha Alberti é casada com Hélio José Foppa; - Vitor Alberti é casado com Lorena Bertoldi; - Orvile Alberti é casado com Diva Maria Montagna; - Oscar Alberti (falecido). - Dercila Alberti é casada com Arnaldo Tomazelli - Laidi Alberti.

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Na foto, os filhos de Roberto Alberti e Maria Catarina Peruzzo, em setembro de 2015. Arquivo: Orvile Alberti.

Família de Vitor Alberti, filho de Maria Catarina Peruzzo e Roberto Alberti, e Lorena Bertoldi, filha de Armando Bertoldi e Ita Ediles Di Bernardo. Filhos: - André Roberto Alberti casado com Katiéli Scarsi. Filha: Giovana Alberti. - Mateus Alberti. - Fernanda Alberti.

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Na foto, Giovanni Peruzzo e Agustino Peruzzo (em pé) e Ogelmiro Peruzzo (sentado), 1932.

Família de Giovanni Peruzzo (28\06\1880-22\06\1956), filho de Antonio Peruzzo e Pietra Grosselli,e Luiggia Moretto(15\05\1882 – 24\03\1918). Giovanni foi alfabetizado por seu irmão Agustino lendo a Bíblia. Era um grande conhecedor de geografia e história, além de ser um ótimo carpinteiro [foi o responsável pela pintura da igreja]. Entre suas diversões estava a caça e o cultivo de um invejável parreiral. Juntamente com Luiggia, que faleceu por complicações durante o parto, teve sete filhos: - Luiz Peruzzo (1905-15\09\1987) casou-se com Marina Rosseto (1905-1991). Filhos: Maria, Norma, Alceu (faleceu bebê), Alceu, Divo, Alberto e Fani. [Faleceu em Rondinha]

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- Pierina Peruzzo (1906 – 10/01/1985) casou-se com Antonio Baldissera. Filhos: Elza, Terezinha, Vilma, Selma, Assunta, Dolfo e Ernesto. [Faleceu na Capela Céu Azul, Guaporé]68. - Catarina Peruzzo (1909 – 13\06\1929). [Faleceu na Capela Grotera] - Vitória Peruzzo (1911-1995) casou-se com Fulgerio Giulio Gasparotto. Filhos: Ulisse (nascimento em 30/12/1933), Getulio, Geni, Zelide Luigia (nasceu em 29/02/1932) e Zelir. [Vitória faleceu em Lindóia do Sul, SC] - Orestes Peruzzo (09\11\1913 – 20\07\1961) casou-se com Domenica Dalla Costa (26\01\1912 – 08\06\2009). Filhos: Antonio, Darci, Leonilda, Leda, Nadir e Osmar. [Faleceu na Capela Grotera] - Marcela Peruzzo (13/06/1914 – 01/02/1957) casou-se com Antonio Baldissera. [Faleceu na Capela Baldissera] - Vitório Peruzzo (28\08\1916 – 22\07\1990) casou-se com Amabile Pasquali (1\05\1918 – 30\05\1993). Filhos:Dercila, Valter, Valdir, Clair, Ilda, Marlene, Antenor, Neiva e Luci. [Faleceu na Capela Linha 5ª Peruzzo, Guaporé]

Enego, Vicenza – origem das famílias Peruzzo e Dalla Costa. 68

Pierina Peruzzo Baldissera, quando faleceu, tinha cinquenta e três netos e trinta e sete bisnetos (Fonte Arquivo Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pulador).

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Família de Giovanni Peruzzo e Adelaide Stucchi(10\09\1887 – 06\05\1950). Após ficar viúvo, Giovanni [João] casou-se com Adelaide Sutcchi, viúva de João Bedin, que tinha cinco filhos: Olivo, Júlio, Assunta, Maria e Antonio. Adele era uma pessoa carismática, católica e devota de Santa Ana, sendo responsável pela organização da primeira festa em 1924. João e Adele tiveram quatro filhos: - Ogelmiro Peruzzo (29\06\1922 – 25\12\2001) casou-se com Helena Pasquali (31\01\1927 – 31\08\2015). Tiveram oito filhos: Nelson, Ivo, Aldo, Ari, Raul, Olides, Léo e Joarez. - Graciosa Peruzzo (1928-2013) casou-se com Hermes Pavoni. Filhos: Valcir, Neri, Neiva e Valter.

Dileta

Adele

Giovanni

Ogelmiro Helena Nelson

Graciosa e Hermes

Na foto, casamento de Graciosa e Hermes Pavoni, em 1945. Ao fundo, a antiga casa de Giovanni Peruzzo e sua família.

- As gêmeas Luiza, falecida após o parto, e Dileta Peruzzo (1931), quecasou-se com Luiz Rossetto (1930). Seus filhos são Dirceu, Adilce, Vilson, Cleo, Mari e Nelsi. [A responsável pelo encontro entre Dileta e Luiz foi a Ir. Fani Peruzzo, sobrinha de Dileta].

142

Dileta e Luiz Rossetto com seus filhos, na Igreja Santo Antonio, Guaporé.

Família de Ogelmiro Peruzzo (29/06/1922 - 25/12/2001), filho de Giovanni Peruzzo e Adelaide Stucchi, e Helena Pasquali (31/01/1927 – 31/08/2015), filha de João Pasquali e Catarina Samarani (sepultados no cemitério da Linha 5ª Peruzzo, Guaporé). Ogelmiro e Helena casaram-se em 1943, na Igreja de Pulador. Seu primeiro encontro ocorreu na primeira festa da Gruta, em Pulador. Ogelmiro, desde jovem, gostava do mesmo esporte que o pai: caçar. Helena cuidava dos afazeres domésticos, da preparação de uma boa alimentação, especialmente os doces [biscoitos, cucas, geleias, sagu, entre outros]. Durante muitos anos, Helena cuidou das flores no cemitério, seguindo o pedido de sua amiga Maria Alberti, além de ser zeladora da capelinha. Viveu quase dez anos, após ficar viúva, com seu filho Ivo em São Miguel do Oeste, SC. E, no seu último ano, mudou-se novamente para Guaporé, terra natal que nunca esquecera e local onde gostaria de morrer. Seus oito filhos são: - Nelson Peruzzo casou-se com Alda Tomazzeli. Filhos: Jobert e Jailson. - Ivo Peruzzo casou-se com Ester Bernardi. Filhos: Márcio, Eusébio e Adreana. - Aldo Peruzzo casou-se com Otilia. Filhos:Alvino, Amilton, Juceli.

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- Ari Peruzzo casou-se com Helena Paul. Filhos: Elvis, Marta e Áurea. - Raul Peruzzo faleceu com 22 dias. - Olides Peruzzo casou-se com Denise Garcia. Filhos: André, Manoela, Vitória e Henrique. - Léo Peruzzo casou-se com Zenir Dal´Bosco. Filhos: Léo, Melisse e Larissa. - Joarez Peruzzo casou-se com Jurema Serafini. Filhos: Patrício e Douglas.

Na foto, Ogelmiro e Helena com os filhos, em 1º de janeiro de 2000.

144

Na foto, Helena Peruzzo, aos 82 anos, em junho de 2009.

Na foto, Ogelmiro Peruzzo durante uma típica caçada, em 1956. A camisa preta indicava luto pelo falecimento do pai, Giovanni, ocorrido duas semanas antes.

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Família de Léo Peruzzo (10\02\1958), filho de Ogelmiro Peruzzo e Helena Pasqualo, e Zenir Dal Bosco Peruzzo (09\05\1957), filha de Aurora Scorsatto e Angelo Dal Bosco. Seus filhos são: - Léo Peruzzo Júnior casou-se com Silvia F. Peruzzo. Filha: Júlia. - Melisse Peruzzo casou-se com Diego Geremia. Filho: Leonardo. - Larissa Peruzzo. Família de Luigi Peruzzo, filho de Antonio Peruzzo e Pierina Grosseli, e Maria Cracco. Casaram-se, provavelmente, em 1909. Filhos: Alberto Peruzzo (24\10\1910 – 21\12\1969) casou-se com Julia Vitali (27\03\1912 – 21\07\2000), por volta de 1934\1935. Luigi Peruzzo aparece como sócio no “Registro della Chiesa San Giuseppe” até meados de 1930. Posteriormente, com os filhos, mudaram-se para Irani, Santa Catarina, onde foram responsáveis pela fundação da Capela Lageado Cordeiro.69

Luigi Peruzzo e Maria Cracco

Na foto, família de Luigi Peruzzo e Maria Cracco.

69

Também por volta de 1935, mudaram-se para esta mesma capela as famílias de Luigi Darif, Albano De Cesare e Zacarias Dalla Costa. (Agradeço a colaboração de Tailan Peruzzo).

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Familia de Luigi Peruzzo e Maria Cracco (1940), em Irani, SC. Luigi Peruzzo e Maria Cracco tiveram os seguintes filhos: -Orlando Peruzzo casou-se com Giacomina De Cezare. - Fioravante Peruzzo (12/06/1921- 14/09/1983) casou-se com Angelina Techio. - Recieri Peruzzo casou-se com Lúcia Techio. - Alberto Peruzzo casou-se com Júlia Vidal. - João Peruzzo faleceu aos 22 anos. - Vitório Peruzzo casou-se com Celzira Techio. - José Peruzzo casou-se com Luiza Zanella. - Josefina Peruzzo casou-se com Hernesto Zamarchi. - Rosalina Peruzzo Techio casou-se com Valdomiro Techio. - Onorina Peruzzo inicialmente casou-se com Gildo Gordasso e, após seu falecimento, casou-se com Natal Dalla Costa. - Tereza Peruzzo.

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Família de Giovanna Peruzzo e Luigi Guzzo. Provavelmente casaram-se ainda em Alfredo Chaves (Veranópolis), mas não encontramos nenhum registro além das informações de nascimento na Comune de Enego e do registro do navio Adria, em 1890. Família de Angelo Peruzzo (1876 – 05\08\1941), filho de Antonio Peruzzo e Pierina Grosselli, e Antonia G. Menin (1878 – 05\02\1913). Casaram-se em 25 de julho de 1895, em Veranópolis70. Tiveram os seguintes filhos: - João Peruzzo (1899) casou-se, em 25 de setembro de 1920, com Madalena Pérsio, filha de Giovani Pérsio e Filomena Cracco. Logo depois de casados foram morar em Sarandi, RS. - José Peruzzo (1898 - 1980) – casou-se com Vitória De Bortoli Peruzzo (1902 – 07\06\1979). Sepultados na Capela de Monte Forte. Filha: Teresa Peruzzo casou-se, em 08 de abril de 1957, com Antonio Paludo. - Amabile Peruzzo (1903). - Antonio Peruzzo (1905) casou-se com Elvira Rigo. Mudou-se para Videira, Santa Catarina. Seu filho Angelo é pai de Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba. - Olivo Peruzzo (03/08/1908 – 24/01/1966, Rondinha) casou-se com Assunta Bedin, filha de Adele Stucchi [Peruzzo] e Giovanni Bedin. Tiveram seis filhos: Arcides, Argemiro, Nadir, Antonio, Judite e Ana. [Arcedes, nascido em 25/02/1933, casou-se com Clementina Salute Gottardo, em Rondinha, em 27 de novembro de 1954; atualmente reside em Curitiba, PR].

70

Giudita Menin faleceu no parto e foi sepultada no Cemitério da Linha 6ª.

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D Dom José Antonio Peruzzo, arcebispo de Curitiba.

Família de Angelo Peruzzo [casou-se novamente após ficar viúvo] e Barbarina Olmo. Tiveram os seguintes filhos mudando-se, posteriormente, para a Capela do Monte Forte. - Guglelmo Peruzzo (1915) - Serafim Peruzzo (1916 – 05/07/1995) – Capela Santos Anjos, Monte Forte. - Augusto Peruzzo (1917 – 1958) casou-se com Fiorinda Fantin. - Pedro Peruzzo (1919) - Judite Peruzzo (1922) - Delmina Peruzzo (1924) - Maria Peruzzo (1926)

Família de Paolo Bertoldi71 (1854-1921) e Magdalena Cracco (1850-1921), naturais de Altissimo, Vicenza. Quando emigraram da Itália, por volta de 1890, com os seguintes filhos: Luigi (casou-se com Hermenegilda Zalamena), Alexandre(casou-se com Rosina Andretta), Lucia (casou-se com Agostino Peruzzo), Luiza (casou-se com Angelo Frigo72) e João. Paolo e Magdalena estão entre os primeiros sócios da Capela San Giuseppe. 71

Marco Bertoldi (1872-1930) era irmão de Luigi Bertoldi. Maria Frigo nasceu em 14 de julho de 1924, sendo batizada na Capela Santos Anjos, Monte Forte, em 05 de agosto de 1924, pelo Pe. Stefano Angeli. Seus padrinhos foram Luiz Zamban e Maria Longhi. 72

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Comune de Altissimo – Vicenza. Atualmente, Altissimo tem uma população aproximada de 2.300 habitantes.

Família de Luigi Bertoldi (20\10\1889 – 05\12\1961), filho de Paolo Bertoldi e Magdalena Cracco, e Ermenegilda Zalamena (189601/07/1962), filha de Roberto Zalamena e Scolastica Bessevel. Casaram-se em 08\04\1915, na Capela Grotera. Luigi e Hermenegilda sempre viveram muitos próximos de todas as atividades da Capela. Luigi tinha um pequeno moinho no rio Lajeadinho, do qual ainda é possível encontrar vestígios onde ficava o canal d´água. Seus quinze filhos são: - Antonio Bertoldi (1917-1967) [Serra Alta, Santa Catarina] - Catina Bertoldi casou-se com Prior. - Celestina Bertoldi (02/10/1921 – 11/02/1990) casou-se com Domingos Dalla Costa (18/09/1916 – 11/08/1987) [Irani, Santa Catarina] - Genovena Bertoldi casou-se com Ferdinando Di Domenico [Guaporé, RS]. - Paulo Bertoldi (11\08\1921 – 08\04\2009) casou-se com Veronica Capelesso (08\06\1927 – 27\12\1989) [Guaporé, Rio Grande do Sul]

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- Madalena Bertoldi casou-se com Albino Alberti. - Gentil Bertoldi casou-se com Matilde Pavoni (1923-1991): Filhos:Claudio, Valmir, Terezinha, Jurema e Dirce. - Maria Bertoldi casou-se com Pasqual Buratti. - Armando Bertoldi(23/06/1933-14/04/1994) casou-secom Ita Ediles Di Bernado. Seus filhos são Loreno, Lorena, Lauri, Ledi e Leci.

Na foto, Armando e Ita Ediles com seus cinco filhos. - Crélio Bertoldi casou-se com Suzana dos Santos. - Guerino Bertoldi casou-se comTeresina Neli Di Bernardo. Filhos: Romeo, Vanderlei e Clarice. [Grotera] - Ulisses Bertoldi casou-se com Gema Casarin [São Miguel do Oeste, SC]. - Vivaldino Bertoldi casou-se com Maria Rosanski. - Angelina Bertoldi casou-se com André Zancanaro.

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- Ercides Bertoldi faleceu criança.

Na foto, Luigi Bertoldi e Ermenegilda Zalamena com seus filhos, na década de 1950. Os quatro filhos mais velhos já haviam casado e, por isso, não estão na foto.

Família de Claudio Bertoldi, filho de Gentil Bertoldi e Matilde Pavoni, casou-se com Aneci Toldo. O casal possui o filho Tiago Bertoldi. Família de Guerino Bertoldi, filho de Luigi Bertoldi e Hermenegilda Zalamena, e Teresina Neli Di Bernardo, filha de Santo Di Bernardo e Angela Milani. Guerino, conhecido por seu ofício de castrador de cavalos, foi o grande responsável pela arrecadação das ofertas para construção do salão comunitário, em 1995. Seus três filhos são: - Romeo Bertoldi casou-se com Adriana Burafaldi. Filhos: Mariana e Eduardo. - Clarice Bertoldi casou-se com Valdemir Polese. Filhos: Renata e Júnior. - Vanderlei Bertoldi. Família de Loreni Bertoldi, filho de Armando Bertoldi e Ita Ediles Di Bernardi,e Jurema Reginatto. Seus filhos são: - Graziana Bertoldi casou-se com Aires Kuiava.

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- Cliciane Bertoldi e Iago Bertoldi. Família de Albano De Cezare (17/08/1890 – 12/03/1954) e Felicità De Cezare (07/04/1894 – 27/07/1976). Foram sócios durante três décadas na Capela Grotera. Posteriormente, por volta de 1935, mudaram-se para a Capela Lajeado Cordeiro, em Irani, SC.

Família de Alessandre Bertoldi (29\04\1883 – 30\01\1960) e Rosina Andretta (02\07\1885 – 13\10\1976).Alessandro e Rosina foram pessoas extraordinárias pelo seu carisma e pela dedicação incansável ao trabalho.Em tempos em que tudo era difícil buscavam água diretamente no rio Lajeado. Tiverem onze filhos: - Achiles Bertoldi (06\07\1926 – 02\12\2010) e Olga Schiavenin Bertoldi (28\07\1931 – 02\10\2008). Filhos: Diva, Jandira, Marcia, Dercila, Jandir, Ildo, Darci e Ilda. [Garibaldi, RS] - Albino Bertoldi (21/09/1919 – 30/06/1989) casou-se com Alidia Vighi. - Modesto Bertoldi - Antonio Bertoldi - Olivo Bertoldi - Amaglia Bertoldi (Prior) - Madalena Bertoldi (Dariff) - Santina Bertoldi(26/12/1913 – 31/08/1999) casou-se com Antonio Dariff. - Maria Bertoldi casou-se com Pasqual Buratti. - Regina Bertoldi (Trombetta) - Libra Bertoldi casou-se com Salvino Nervis (filho de Camilo e Carolina Nervis) [Guaporé, RS].

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Família de Alessandre Bertoldi, em 1933. Arquivo: Marciana Bertoldi (neta).

Família de Luigi Dalla Costa (1882-1963) e Veneranda Bavaresco (1892-1973). Luigi era filho de Domenico Dalla costa (06/06/183504/07/1893) e Domenica Marinello (20\04\1840-1-\-2\1900), tendo os irmãos Luiggia Antonia, Giacomo Giuseppe, Giovanni, Giuseppe Antonio e Giuseppe Alessio. Veneranda, que veio ao Brasil com quatro meses de idade, era filha de Giovanni Bavaresco (15\08\1868 –05\09\1937) e Josefina Foratto Bavaresco (14\08\1868 – 20\05\1945), naturais de Treviso. Seus irmãos eram Giuseppe, Vitório, Cosme, Damiano, Luiz, Zoe, Antônio, Pedro, Vitória, Regina e Catarina. Luigi e Veneranda casaram-se em 26 de julho de 1917, em Guaporé. A família Dalla Costa era natural de Enego, Vicenza. Emigrou antes para Alfredo Chaves [Veranópolis] e, posteriormente, para a Grotera. Luigi trabalhou na construção da estrada de ferro em Marcelino Ramos para o pagamento da terra que acabara de comprar. Juntamente com seus filhos foram responsáveis pela construção, por exemplo, de aproximadamente 5km de taipás. Luigi e Veneranda tiveram os seguintes filhos: - Domenica Dalla Costa (26\01\1912 – 08\06\2009) – casou-se com Orestes Amelio Peruzzo (09\11\1013-20\07\1961). Filhos: Antonio, Leonilda, Darci, Leda, Nadir e Osmar.

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- Zacarias Dalla Costa (16\04\1914 – 11\11\1986) casou-se com Ida Fantin (10\05\1918). Filhos: Odila, Valdir, Inelve, Terezinha, Valcir e Nilva. - Domingos Dalla Costa (19\09\1915 – 11\08\1987) casou-se com Celestina Bertoldi (02\10\1921 – 11\02\1990). Filhos: Zelinda, Darci, Anita, Nelson, Leda, Terezinha e Laurindo. - Josefina Dalla Costa (04\11\1916) casou-se com Augusto Zamban (28\06\1916 – 22\08\1993). Filhos: Antonio, Lurdes, Maria, Darci, Dirceu, Jairo, Terezinha, Isabel e Neila. - João Dalla Costa (12\07\1919 – 06\11\1932) - Angelina Dalla Costa (29\05\1922) casou-se com Severino Baldissera (03\12\1920). Filhos: Dile, Nadir, Ires, Ana Maria, Edemar, Lide, Vilmar, Liete, Salete, Margarete. - Natal Dalla Costa (25\12\1923 – 31\07\1990) casado, primeiro com Theresa Zamban (01\06\1927 – 08\12\1968) e, depois, com Onorina Peruzzo (30\09\1930). Filhos: Valdir, Luis, Teolides, Luci, Neusa, Gilmar e Ivanete. - José Dalla Costa (07\03\1926) casou-se com Elsa Baldissera (29\05\1926 – 02\05\1916): Filhos: Nestor, Dirceu, Irio, Renato, Heitor, Marilete, Lenita, Gilce e Adilson. - Albino Dalla Costa (19\10\1927) casou-se com Maria Di Bernardo (22\01\1931). Filhos: Vilson, Isabel, Erci, Ivete, Ivanete. - Maria Dalla Costa (20\07\1930) casou-se com Gildo Fidelis Baldissera (27\09\1927). Filhos: Luis, Inês, Neusa, Romeo, Euclides, Moacir, Doraci, Valcir, Valdemor, Valdemir, Maristela e Cleomar. - Heitor Dalla Costa (13\05\1933) casou-se, primeiro, com Sônia Tartarotti (30\04\1943 – 10\04\1970) e, depois, com Carla Hoppe Licht (08\08\1938). - Anna Dalla Costa (05\12\1934) casou-se com Fermo Jacob De Rocco (12\01\1928). Filhos: Ivete, Valter, Valmor, Pedro e Laci.

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Família de Domenica Dalla Costa(26\01\1912 – 08\06\2009), filha de Luigi Dalla Costa e Veneranda Bavaresco Dalla Costa, e Orestes Peruzzo(09\11\1913 – 20\07\1961), filho de Giovanni Peruzzo e Luiggia Moreto. Tiveram os seguintes filhos: - Antonio Peruzzo casou-se com Ledi Marca; - Leonilda Peruzzo casou-se com Artur Alberti. - Darci Peruzzo casou-se com Idilia Marcon. - Leda Peruzzo casou-se com Darci Bernardi. - Nadir Peruzzo casou-se com Maria Luiza Conti. - Osmar Peruzzo casou-se com Nelci Dalmolin.

Na foto, Domenica Dalla Costa e Orestes Peruzzo, em meados de 1935. Arquivo: Osmar Peruzzo.

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Família de Darci Peruzzo, filho de Orestes Peruzzo e Domenica Dalla Costa, e Edilia Marcon, filha de Olimpio Marcon e Adele Provezana. Filhos: - Nilo Peruzzo casado com Neri Vicenzi. Filhas: Liliane, Lais e Leticia. - César Peruzzo casado com Geneci Scalabrini. Filhos: Luiz Eduardo e Luiza. - Andrea Peruzzo casada com Rosimar Dal Mas. Filhos: Viviane e Ana. - Nédio Peruzzo (09\06\1973-26\06\2000). - Vâiner Peruzzo. Familia de Osmar Peruzzo, filho de Orestes Peruzzo e Domenica Dalla Costa, e Nelsi Dalmolin, filha de Alcides Dalmolin e Amábile Zamban. Filhas: - Daiane Peruzzo. - Katiane Peruzzo.

Na foto, Osmar e Nelsi com as filhas Daiane e Katiane. Ao centro, Domenica Dalla Costa Peruzzo, em 1994. Arquivo: Osmar Peruzzo.

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Família de João Fonini e Regina Balbinot Fonini. Passaram a residir na Grotera em meados de 1960. Seus cinco filhos são: - Darci Fonini e Ledi Montagna. Filho: Fernando Fonini. - Luizinho Fonini - Ari Fonini - Celso Fonini - Tereza Fonini Família de Luiz Buratti (1918-1990) e Delina Caio (1929-2001). Seus pais foram sepultados no cemitério da Grotera, porém não há registros de datas. Luiz e Delina nasceram em Cotiporã, passaram grande parte de suas vidas na Grotera e, já na velhice, em Faroupilha. Seus filhos são: - Leonir Buratti - Aurelio Buratti - Valdir Buratti - Leori Buratti - Ana Buratti casou-se com Jandir Bertoldi - Terezinha Buratti casou-se com Domingos Dariff. Filhos: Marcos, Marcelo, Maura, Morgana, Magda e Maira. - Lourdes Buratti

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Na foto, o casal Luiz e Delina Caio, em meados de 1990. Família de Angelo Buratti (24\06\1896 – 24\06\1963) e Amalia Manfroi(13\06\1896 – 13\06\1965). Ele nascido em Alcântara, Bento Gonçalves e ela nascida em Paulia, Faria Lemos. Tiveram os seguintes filhos: - Rosa Buratti casou-se com Ricieri Nervis. - Vitoria Buratti casou-se com Batista Tomazoni - Albino Buratti casou-se com Angelina Dalmaz - Roberto Buratti faleceu aos 23 anos - Pasqual Buratti (10\05\1924) casou-se com Maria Bertoldi (22\11\1923)73.

73

Maria Bertoldi, filha de Alessandro (Alexandre) Bertoldi, hoje com 92 anos, conta que quando “Pina” Casarin faleceu o coice de uma égua deixou uma cicatriz ainda visível. Era o ano, aproximadamente, de 1930.

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Foto de Pasqual Buratti e Maria Bertoldi por ocasião da comemoração dos 60 anos de casamento. Arquivo: Pasqual Buratti.

- Severo Buratti casou-se com Maria Zanoella. - Germano Buratti (23\01\1930) casou com Domingas Sganzerla (05\08\1940). Filhos: Clarice, Clóvis, Cleide, Cleonice, Carlos. - Laurindo Buratti casou-se com Helena Megliorini.

Família de Giovanni Darif (1853-15/12/1921) e Carlota Soccol (1853-14/05/1917).Naturais de Canale d´Agordo, Giovanni e Carlota tiveram os seguintes filhos: - Celeste Darif (1882) casou-se com Amabile Trombetta e, após ficar viúvo, com Rosa Ferri74. - Eugenio Darif (1888); - Giulio Darif (1886); 74

Celeste e Rosa Ferri tiveram três filhos: Amabile (27/02/1932 – casou-se com Luiz Manoel da Silva, em 1967), Angelo e Vitório. Rosa faleceu em 1983, aos 78 anos, tendo sido sepultada no cemitério da Capela Santos Anjos, Monte Forte.

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- Angela Darif (1876); - Giuseppina Maria Darif (14/09/1881-21/12/1959 – Jacutinga/RS, casada com Antonio Zorzi (06/10/1880 – 23/06/1964 – Caxias do Sul). Família de Celeste Darif75 (1878-1954), filho de Giovanni Darif e Carlota Soccol, e Amabile Trombetta (1876).Celeste e Amabile tiveram oito filhos que rapidamente construíram suas famílias e se espalharam por outras cidades: - Teresa Darif -20 Janeiro 1899. - Luigi Darif (26/07/1900 – 17/01/1981) casou-se com Amabile Trombetta (- / 06/09/1960).76 - Carlotta Darif - 30 Abril 1902. - Julio Darif - 13 Julho 1906. - Fioravante Darif (28/04/1908) casou-se com Adele Montagna. Filhos:Maria Darif (nascimento em 27\02\1932) casou-se com Geraldo Bavaresco em 30 de maio de 1953, em Mauricio Cardoso; Arcides Darif (nascimento em 27/02/1933); Delmira Darif (nasc. 08/10/1934; casou-se com Mario Zanella aos 18 dias de outubro de 1956, em Maurício Cardoso). - João Darif -26 Setembro 1912 (pai de Domingos Darif). - José Darif- 26 Janeiro 1914. - Antonio Darif (13/06/1915 – 07/04/1995) casou-se com Santina Bertoldi (26/12/1913 – 31/08/1999), filha de Alexandre Bertoldi e Rosina Andretta. Casaram-se em 1938, na Capela Grotera e, em

75

Celeste Darif, após ficar viúvo, casou-se com Rosa Ferri. Consta registro de nascimento do filho Angelo Darif aos 20 dias de maio de 1934, tendo como padrinhos Luigi Dalla Costa e Veneranda Bavaresco. Angelo Darif casou-se com Iraci Maria Chiodi, em Oeste, aos 19 de agosto de 1953. 76 Está sepultado na Capela Lajeado Cordeiro, em Irani, Santa Catarina.

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seguida, mudaram-se para Nova Alvorada, onde tiveram cinco filhos: Artur, Dileta, Arcedi, Carmen e Anita.

Na foto, Antonio e Santina em comemoração aos 50 anos de casados, que ocorreu no dia 27 de agosto de 1988. Arquivo: Breno Guerra (neto).

Cidade de Canale D´Agordo, Belluno, Itália.

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Carta de Luiz Darif enviada para seu pai Celeste, em 1934.

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Família de Luigi Darif e Amabile Trombetta. No verso da foto, dedicatória ao pai Celeste, com idade de 74 anos, em 1953.

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Família de João Dariff, filho de Celeste Darif e Amabile Trombetta, e Maria Dariff. Casal trabalhador e participativo na comunidade; viveram até seus últimos momentos na Grotera. Seus cinco filhos são: - Nelson Dariff - Domingos Dariff casou-se com Terezinha Buratti. Filhos: Marcos, Maura, Marcelo, Morgana, Mayra, Magda. - Ivo Dariff - Alceni Dariff - Celestina Dariff

Família de Giuseppe Zeferino Nervis (27\11\1850 – 26\07\1921) e Carlotta Pannatta (1856-1907). Tiveram os seguintes filhos: Camilo, Ernesto77, César, Francisco (1895-1953), Eugênio.

Na foto, Giuseppe Nervis aos 68 anos de idade, em 16 de junho de 1918. Arquivo: Família Deonildo Nervis. 77

Ernesto Nervis casou-se com Lucia Dela Piccola: Carolina; Angela; Maria; Miguel; Alberto; Guerino; Luiz; Rosina; José; Oliva; Rocco.

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Família de Camilo Nervis e Carolina Nervis, falecidos em 1960. Camilo e Carolina criaram uma família numerosa. Apesar das dificuldades da época mantiveram viva a religiosidade e sua participação na comunidade. Carolina, mesmo após ficar viúva, realizou grandes contribuições em favor da construção da nova igreja. Tiveramonze filhos: - José Nervis casou-se com Nair Carteri (Guaporé, RS); - Maria Nervis casou-se com Adalberto Vitalli (Sagrada Família, RS); - Olivo Nervis casou-se com Otilia Menegazzo (Constantina, RS); - Irene Nervis casou-se com Alcides Brugnera (Guaporé, RS); - Salvino Nervis casou-se com Libera Bertoldi (Guaporé, RS); - Ricieri Nervis casou-se com Rosina Buratti (União da Serra, RS); - Domingas Nervis (20\10\1934 – 19\01\2012) casou-se com Antonio Casagrande (09\03\1934 – 13\12\1994). - Primo Nervis casou-se com Inês Basso (Anchieta, RS); - Secondo Nervis casou-se com Emilia Baldissera (Águas de Chapecó, SC); - Onorina Nervis casou-se com José Collet (Constantina, RS); - Vitorino Nervis casou-se com Elisa Arienti (Anchieta, SC). Família de Ricieri Nervis, filha de Camilo e Carolina Nervis, e Rosa Buratti, filha de Angelo Buratti e Amalia Manfroi. Ricieri e Rosa eram um casal extremamente unido. O trabalho e a fé caminhavam lado a lado ao longo de suas vidas. Em 2004, realizaram grande confraternização por ocasião do cinquentenário de seu casamento. Ricieri admirava o cultivo das uvas e Rosa era a expressão da tranquilidade. Seus seis filhos são: - Deonildo Nervis casou-se com Irene Ozekoski. - Delfino Nervis casou-se com Marilda Nervis.. - Olides Nervis casou-se com Neusa Garcia.

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- Marilda casou-se com Antonio Celso. - Deonila Nervis (faleceu com três anos). - Irineu Nervis casou-se com Marinês Balestrini.

Família de Deonildo Nervis e Irene Ozekoski. Filhos: - Flaviano Nervis; - Fabiane Nervis casou-se com Rodrigo Correa.

Família de Irineu Nervis e Marinês Balestrini.

Família de Santo Di Bernardo e Angela Milani. Mudaram-se com seus filhos em meados de 1930 para a Capela Grotera. Seus doze filhos são: - Ermida Ernesta Di Bernardo. - Ires Di Bernardo casou-se com José Bazanella. - Ercide Di Bernardo. - Maria Di Bernardo casou-se com Herminio Fredo. - Amélia Di Bernardo casou-se com Natal Baldissera. - Antonio João Di Bernardo. - Télio Di Bernardo casou-se com Audila Peruzzo. - Ita Ediles (1933) casou-se com Armando Bertoldi. - Hermes Ivo Di Bernardo. - Aido Di Bernardo casou-se com Ianes Zottis. - Teresina Neli (1937) casou-se com Guerino Bertoldi. - Moacir Di Bernardo.

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Na foto, os irmãos Antonio (88 anos) e Maria Di Bernardo (90 anos), em março de 2016.

Família de Alcides Carlos Marina e Neiva Schievenin. O casal, que reside na Grotera, tem os seguintes filhos: - Rafael Marina casou-se com Elisandra Amarante. Filha: Rafaela Marina; - Renato Marina (in memória) casou-se com Silvane Amarante. Filho:João Vitor Marina. - Ana Paula Marina; - Maurício Marina casou-se comEdiane Trindade. Filho: Luis Marina. - Patrícia Marina casou-se com Dioni Pierozan. Filho: Guilherme Marina. - Marcos Marina.

Família de Idílio GeremiaeTerezinha Romano. Tiveram os filhos: - Bianor Geremia casou-se com Marivane Foppa. Filho: Lucas Geremia. - Rita Geremia casou-se com Valter Pavoni. Filha: Isadora Pavoni;

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- Jucimara Geremia. Filhos: Soluá Geremia Machado e Raiar Geremia Machado. - Daniela Geremia.

Família de Idílio Geremia e Lorena Dal Pizzol.

Família de Otavio Casagrande e Stella Casagrande. Tiveram os filhos: - Delezio Casagrande casou-se com Irma Dalmás (professora na escola). Filhas: Marisete e Marilete. - Onório Casagrande e Antonio Casagrande. Família de Giuseppe Pavoni e Teresinha Zottis. O casal mudouse para a Grotera em 1929. Mesmo enfrentando muitas dificuldades econômicas, o casal dedicou-se a educação dos filhos. Giuseppe e Teresinha estão sepultados na Capela Linha 9ª, Serafina Corrêa. Seus oito filhos são: - Matilde Pavoni (1923 - 1991) casou-se com Gentil Bertoldi [União da Serra]. - Hermes Pavoni (1928) casou-se com Graciosa Peruzzo [União da Serra]. - Genuíno Pavoni (27/07/1930) [Balneário Camboriu]. - Elídia Pavoni (17/06/1932 - 2015) casou-se com Albino Nervis em 04 de setembro de 1951 [Serafina Corrêa]; - Wilma Maria (30/05/1934) casou-se com Aquilino Costella em 08 de julho de 1954 [Serafina Corrêa]; - Dorvalina Pavoni Morandi [Serafina Corrêa]; - Pedro Rubino Pavoni [Serafina Corrêa]; - Audelino Anacleto Pavoni (- / 2015) [Serafina Corrêa];

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Família de Augusto Pulga (02\08\1892 – 05\06\1961) e Catarina Cuero(29\06\1893 – 17\02\1982). Além de constarem entre as primeiras familiares que passaram a residir na Grotera, o casal foi um grande incentivador para o desenvolvimento da capela. Seus treze filhos são: Maria, Palmira, Gregório, Gema, Júlia, Zélia, Cecília, Amalia, Olindo, Gentil, Recieri, Fidêncio e Hugo. Família de Giuseppe Cracco e Magdalena Meneggazzo. Logo que chagram na Grotera, Giuseppe e Madalena foram os primeiros apoiadores para a construção da pequena igreja de madeira. Sua religiosidade com fator decisivo para que quatro de seus filhos fossem religiosas da Congregação das Missionárias de São Carlos – Scalabrinianas. Já na velhice, Giuseppe e Madalena partiram da Grotera para local desconhecido. Sua marca ficou apenas nos primeiros registros da Capela. - Irmã Josefina Cracco (03\09\1902-26\01\1982): Ingressou na Congregação das Missionárias de São Carlos, Scalabrianianas, em 18 de março de 1928. Posteriormente, professou os votos em 15 de outubro de 1929 e, 23 de janeiro de 1935, os votos perpétuos. Trabalhou na Escola Nossa Senhora de Lourdes, Farroupilha (19291942), Colégio Nossa Senhora Medianeira, Farroupilha, e Escola em Anta Gorda (1943-1944), Escola Santa Cruz, Nova Milano (19441949), Colégio São Carlos e Comunidade Nossa Senhora de Fátima (1949-1954), Educandário Masculino Bairro Ipiranga, Porto Alegre (1955), Escola em Anta Gorda (1955-1964), Escola Santa Cruz, Nova

Milano

(1964-1975),

Comunidade

Nossa

Senhora

do

Caravaggio, Farroupilha (1975-1982), Comunidade São Carlos, Caxias do Sul (1982). Irmã Josefina, conforme descrito em sua biografia, “sempre exerceceu trabalhos simples e comuns. Mas, quer

170

na cozinha preparando os alimentos, quer na costura e conserto de roupas, sempre tudo fez em espírito de serviço, com a convicação de realizar a vontade do Pai, expressa no serviço aos irmãos, por amor a Deus através dessas tarefas que lhe eram confiadas”78. - Irmã Terezinha Cracco (20\11\1911-12\12\1997): Com o nome civil de Heleonora, ingressou na Congregação das Missionárias de São Carlos em 19 de março de 1928 e iniciou o Noviciado em 08 de outubro, deste mesmo ano. Fez sua primeira Profissão Religiosa em 15 de outubro de 1929 e a Profissão Perpétua em 23 de janeiro de 1935. Trabalhou em diversos locais ao longo de quase 70 anos de vida religiosa: Hospital Tacchini, Bento Gonçalves (1929-1931), Colégio, Bento Gonçaves (1932), Colégio Santa Terezinha (19331934), Hospital São Carlos, Farroupilha (1935-1941), Hospital Tacchini, Bento Gonçalves (1942), Hospital Dr. Del Mese, Caxias do Sul (1943), Hospital São Carlos, Farroupilha (1944-1945), Hospital Dr. Tacchini, Bento Gonçalves (1946-1948), Ginásio Medianeira, Bento Gonçaves (1949), Colégio São Pio X, Muçum (1950-1956), Hospital

Municipal,

Guaporé

(1957-1958),

Hospital

Batalhão

Ferroviário, Bento Gonçalves (1959), Hospital Roque Gonzales, Roca Sales (1960), Hospital Serafina Corrêa (1961), Hospital Nossa Senhora de Lourdes, Nova Bassano (1962), Hospital Dr. Del Mese, Caxias do Sul (1963-1965), Lar da Velhice São Francisco, Caxias do Sul (1966), Hospital Nossa Senhora Aparecida, Muçum (1967-1993), Comunidade São José, Caxias do Sul (1993-1997). - Irmã Gertrudes Cracco (01\11\1912 – 29\12\1998): Tendo como nome 78

de

batismo

Santina,

irmã

Gertrudes

ingressou

na

Cf. ARQUIVOS DA CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS MISSIONÁRIAS DE SÃO CARLOS, CAXIAS DO SUL, 2016.

171

Congregação das Missionárias de São Carlos em 02 de fevereiro de 1931. Aos 20 de janeiro de 1932 iniciou o Noviciado e fez sua profissão Temporária em 29 de junho de 1934. Trabalhou como exímia enfermeira, entre outras atividades, na Escola Santa Cruz, em Nova Milano (1933), Noviciado, Bento Gonçalves (1934), Escola Santa Cruz, Nova Milano (1934), Colégio São Carlos, Caxias do Sul (1936-1939), Hospital Nossa Senhora de Lourdes, Nova Bassano (1941), Colégio São Carlos, Caxias do Sul (1942), Hospital Padre Cattelli, Anta Gorda (1943-1946), Hospital Del Mese, Caxias do Sul (1947-1950), Hospital São Carlos, Farroupilha (1951), Hospital Municipal de Guaporé (1951) e Nunciatura Apóstila, Rio de Janeiro (1952), Orfanato Cristovão Colombo, São Paulo, e Educandário D. Luiz, Porto Alegre (1953-1957), Seminário São Rafael, Casca (1958), Educandário D. Luiz, Porto Alegre (1959-1960), Escola Nossa Senhora Medianeira, Bento Gonçalves e Hospital Municipal, Guaporé (1961-1965), Colégio São Carlos, Caxias do Sul (1966), Casa Provincial, Caxias do Sul (1967), Hospital São Carlos, Farroupilha (1968-1972), Casa Provincial, Caxias do Sul (1973), Comunidade da Escola Nossa Senhora de Lourdes, Farroupilha (1974-1990), Comunidade São José, Caxias do Sul (1991-1998). - Irmã Vitalina Cracco (20\05\1920-29\07\2007). Annita era seu nome de batismo. Ingressou na Congregação das Missionárias de São Carlos em 29 de junho de 1939, em Bento Gonçalves, onde foi admitida no Noviciado em 1º de janeiro de 1940. Sua Profissão Religiosa ocorreu em 4 de janeiro de 1942 e a Profissão Perpétua em 6 de janeiro de 1947. Trabalhou dedicadamente nos seguintes locais: Colégio Santa Terezinha, Anta Gorda (1942), Escola São Luiz, Casca (1956), Juvenato São Carlos, Bento Gonçalves (1957), Instituto São Carlos, Caxias do Sul (1959), desempenhando a

172

função de motorista, Comunidade Menino Deus e serviços de costura no Hospital Mãe de Deus, Porto Alegre (1982), Comunidade da Escola Santa Ana, Paraí (1984), Comunidade São José, Caxias do Sul (1995-2007), onde se dedicaca ao cultivo das flores, das hortaliças e aos trabalhos de costura79.

Família de José Soster e Maria Caron. Seu filho é Danião Caron.

Outras Famílias da Capela San Giuseppe – Grotera (1900-2015) Família de Segundo Tomazzelli; Família de Luiz Reder; Família de Romano Armandi; Família Mazutti (avó do Prefeito de Guaporé, RS).Família de Ambrozio Cristoffolli e Italia; Família de DelezioCasagrande; Família de Luiz Dambros; Família Lunardi (Campo Êre); Família Tomazelli; Família Tomazzoni; Família de Giuseppe Maschio; Família de Luiz Casarin; Família Trombetta; Família Emma Cracco; Família Francesco Quinzani; Família Luigi Tizziani; Família de Francesco Tardetti; Família de Giuseppe Frigo; Família de Giuseppe Tedesco.

79

Cf. ARQUIVOS DA CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS MISSIONÁRIAS DE SÃO CARLOS, CAXIAS DO SUL, 2016.

173

A CONSTRUÇÃO DA CAPELA SAN GIUSEPPE - GROTERA

A nova Chiesa San Giuseppe

Nos anos de 1967-1968, a igreja antiga de madeira, edificada mais de quatro décadas antes, deixou de existir. O sino (1934) é tirado do Campanário e alojado no interior na igreja, na cúpula ao lado direito. Durante três décadas permaneceu ao lado da Igreja uma cruz, com cerca de 3 metros de altura, com a inscrição “Março\1981”, colocada por ocasião da realização das Missões Populares. A mesma foi substituída em 2013, quando foram realizadas as últimas Missões Populares80. A história da construção da atual Igreja pode ser encontrada no “Registro della Chiesa San Giuseppe” e no “Livro Ouro em favor da construção da nova Capela São José Grotera. Guaporé”, datado de 1968. Neste último encontramos o registro de doações recebidas em prol da Igreja: - Prefeitura Municiapal – 50.00 - Câmara Municipal – 50.00 - Dr. Luis Picada – 50.00 - Artefatos de Metais Ltda – 30.00 - Olisses Bertoldi – uma parte de um engenho de cana e tacho; - Giordano Vincenzi – 7.00 80

Também é importante observar a compra da Nova Capelinha Nossa Senhora das Graças em 08 de agosto de 1982, conforme registro no Livro Caixa (19781982).

174

- Ulisses Reginatto – 1 saco de milho – 6.50 - Angelo Olmo – 5.00 - Alcides Toldo – 30.000 - Angelo Olmo – 13.200 - Campo Ére – Paraná – Antonio Lunardi – cinco “cranseiro” novos; - Serafina Corrêa – Paulo Morandi – 5.00 - Camargo – Pascual Peruzzo – 6.00 - Santo Antonio – Paraná – Dirceu Dalla Costa – 5.00 - Oferta de frete – Vitorio e AntenorPeruzzo – 25.00 - Arlindo e Luiz Piovezana – 27.00 - Luiz Campestrini e José Tizziani – 25.00 - Francisco Rodrigues – 20.00 - Antonio Baldissera – 30.00 - Egídio Trombetta – 25.00 - Paulo Bertoldi – 25.00 - José e Francisco Paludo – 20.00 - Seragem de Madeira oferecida por Elias Pulga – 30.00 - Pedro De Rocco – 10.00

A Igreja recebeu suas últimas reformas no final de 2015, sendo reinaugurada no dia 06 de dezembro daquele mesmo ano.

175

Reinauguração em 07 de dezembro de 2015. Arquivo: Orvile Alberti

Padre Osmar Burilli, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário (Pulador) na missa de reinauguração. Arquivo: Orvile Alberti.

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Imagem interna da Igreja São José, Grotera.

A Festa de Santa Ana e São Luigi

A Festa de Santa Ana, geralmente realizada no mês de setembro, foi oficialmente iniciada em 24 de maio de 1924. Na grande festa de 24 de julho de 1928, a estátua da santa foi carregada por Itelina Tizziani, Vittoria Peruzzo, Cattarina Peruzzo, Pierina Peruzzo e, no estandarte, Angelina Tizziane. Todas as jovens tinham aproximadamente 20 anos de idade e foram denominadas de “Le Figlie che porta Stª Ana” (As filhas que carregam Santa Ana). Já no dia 27 de julho, deste mesmo ano, foi realizada a festa em honra a São Luigi, sendo carregado pelos “Figli

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de San Luigi”: Aurelio Peruzzo, Orestes Tizziani, Fidélis Cracco e Orlando Peruzzo81. Mas, por que Santa Ana? A explicação pode ser encontrada em algumas referências ao final do “Registro della Chiesa San Giuseppe”. Em 24 de maio de 1924, as devotas Adelaide Peruzzo e Teresa Gadini, moradoras da Capela, fizeram uma doação de 90.600 réis para a compra da imagem de Santa Ana. O valor total da compra, incluindo o frete de Porto Alegre, foi de 130.300 mil réis, sendo que as arrecadações para a festa seguiram-se nos anos posteriores. Adele (ou Adelaide) e Teresa empregaram suas forças para a manutenção da celebração da festa, uma vez que encontramos várias doações realizadas em prol desta atividade. A última anotação da Festa de Santa Ana, descrita na página 106 do “Registro della Chiesa San Giuseppe”, apresenta o nome das filhas e filhos de Santa Ana e São Luigi, em 1929 e 1930. Por fim, encontramos anotações ao final do Registro della Chiesa San Giuseppe, escritos em posição contrária ao sentido original do livro, com entradas e saídas realizadas entre os anos 1924 e 1926. São anotações especificamente destinadas à Festa de Santa Ana.

81

Conferir página 97 do “Registro della Chiesa San Giuseppe”.

178

Filhas de Santa Ana – 1929 - Elisa Roman (primeira professora da Escola); - Teresa Peruzzo - Teresa Cracco - Inês de Cesare - Estandarte: Ermelinda Ghedini

Filhos de São Luigi – 1929 - Zacarias Dalla Costa - Vittório Peruzzo - José Darif - Gulhelmo Peruzzo - Estandarte: Ernesto Peruzzo

Filhas de Santa Ana – 1930 - Estantarde: Domenica Dalla Costa - Santa Cracco - Angela de Cesare - Rodolfa Dalla Riva - Marcelina Peruzzo

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O Campanário e a História do Sino (5 de abril de 1934)

Entre os costumes trazidos pelos primeiros imigrantes italianos estava o amor pela “Campana” (Sino). Localizado no campanário, ao lado da Igreja, era tocado pontualmente ao meio-dia a partir de 1934. Este fato ocorreu até a colocação do mesmo no interior da nova igreja, no final da década de 1960. Inicialmente era tocado pela família de José Cracco, depois por Giuseppe Dalla Costa e, na última década, pelos filhos Ogelmiro Peruzzo. Todas essas famílias moravam próximos ao sino, também sendo responsáveis pelos três toques ao noticiar algum falecimento da comunidade. O “Campanaro”, responsável por tocar o sino, tinha um salário anual de 25 mil réis. Sem dúvida alguma, mais do que o salário do campanaro, estava o prazer em ouvir o sino ecoar entre o silêncio das montanhas e o cantar dos quero-queros...

180

Vista interior da localização atual do Sino82. A inauguração da “Campana” ocorreu em 5 de abril de 1934. Na ocasião, o sino foi batizado de “Giuseppe e Anna”. O evento contou com dez casais representando os “Padrini della Campana” (Padrinhos do Sino) que realizaram doações à capela: 1. Agusto Pulga e Cattarina Cuero (25 mil réis); 2. Luigi Tizziani e Tereza Smanidotto (20 mil réis); 3. Giuseppe Trombetta e Angela Casarin (10 mil réis); 4. Giuseppe Cracco e Maria Menegazzo (10 mil réis); 5. Giovanni Peruzzo e Adele Stucchi (10 mil réis); 6. Agostino Peruzzo e Lucia Bertoldi (10 mil réis); 82

Registro realizado em janeiro de 2016.

181

7. Francesco Gasparotto e Maria Pulga (10 mil réis); 8. Francesco Tizziani e Filomena Trombetta (10 mil réis); 9. Angelo Lorenzett e Maria Zanella (5 mil réis); 10. Luigi Reginatto e Maria Brugnera (5 mil réis).

O projeto da nova churrasqueira No final de 1999 e início de 2000, foi idealizada pela comunidade a construção do último projeto: a substituição da antiga churrasqueira por uma redonda, ao lado do salão. Foram cerca de cinco meses de trabalho coletivo. Sua inauguração oficial ocorreu na festa de São José, em 19 de março de 2000.

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Na foto, Claudio Bertoldi, Osmar Peruzzo, Vanderlei Bertoldi, Deonildo Nervis, Jaime Tomazzelli, Irineu Nervis e Darci Fonini. Arquivo: Osmar Peruzzo.

O salão comunitário [ouLa Bodega] Em 1995, após trinta anos de atividades, o antigo salão, construído com a madeira da antiga igreja, já estava com os dias contados. O antigo salão havia sido pensado em 196583 e, durante três décadas, foi palco de mais de sessenta festas, diversos 83

O antigo salão de madeira (1965) foi construído, em grande parte, com a madeira da demolição da antiga Igreja.

183

casamentos e cerimônias fúnebres. Com o trabalho da comunidade e doação de várias famílias e lugares do Brasil, foi inaugurado com a presença de inúmeras autoridades na festa de São José, em 1995. Encontra-se na sua parte externa, entrada principal, uma placa de bronze contendo a inscrição de todas as famílias moradoras nesta época. No Livro Ouro para a construção da Igreja São José também encontramos os registros para a construção do salão Comunitário. A primeira reunião com ata foi realizada em 29 de janeiro de 1994. Nela ficou combinado que a obra seria começada com a escolha da comissão encarregada de organizar e dirigir a obra. A comissão foi formada por Vitor Alberti, Deonildo Nervis e Guerino Bertoldi. Assim indica o registro:

“1ª Reunião com ata realizada em 20/01/1994 onde ficou combinado que a obra seria começada e a escolha da comissão encarregada de organizar e dirigir a construção da obra. A comissão ficou assom formada: Vitor Alberti, Deonildo Nervis e Guerino Bertoldi. Dando início os trabalhos a comissão passou a formar caixa, para fazer frente as despesas provenientes da obra. A seguir passamos a apresentar a relação das pessoas que gentilmente e com espírito de colaboração se uniu a comunidade contribuindo com a doação de material, mão de obra, janelas, portas, tijolos, valores em dinheiro e os mais diversos materiais úteis que serviram para que a obra pudesse ter andamento. Segue agora a relação das pessoas que contribuíram com a comunidade da Lª 6ª Grotera: (Salário mínimo 3.000.000,00): Orvile Alberti 5.000 tijolos maciços; Janinho 1.000.000; Nilo Peruzzo 6 sacos de cimento;

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Neri Pavoni 40 sacos de cimento; Hermes Di Bernardi 1.000,000; Ricieri Nervis 3.000.000,00; Loreni Bertoldi 10 sacos de milho; Léo Peruzzo 1 pinheiro e 1 eucalipto; Darci Fonini 1 pinheiro e 10 eucaliptos; Paulo Bertoldi 200.000,00.; Vitor Alberti 5.019.000,00; Osmar Peruzzo 2.000.000,00; Hermes Pavoni 4.635.00; 1 salário mínimo; Deonildo Nervis 10 sacos de milho 4.600,00; Guerino Bertoldi 10 saco de milho + um eucalipto; Darci Peruzzo 1 pinheiro no valor de 9.000.000,00; Rifa ofertada pelo padre Jorge Zanini 43.200,00; Ogelmiro Peruzzo 4.000,00 + 15 reais; Nadir Peruzzo 100.000,00; Venda de madeira arrecadada 85.000,00; Maria Di Bernardi 5.000,00; Venda de Vazilhame 60.000,00; Venda de Madeira 53.000,00; Gentil Bertoldi 30.000 = 1\2 salário mínimo; Romeu Bertoldi 32.000,00; Paulo Mazutti 50.000,00; Prefeitura Municipal de União da Serra 1.100.000,00; 05/05/1994 + toda a brita; Luiz Reder 6 sacos de cimento; Hermes Di Bernardi + Ercida Di Bernardi + Maria Di Bernardi 42.34 URV; Onório Casagrande 5.00 reais; Salário mínimo 70 reais em 05/02/95; Olisses Giacomeli 5 reais; Valsir Buratti 20 reais; Domingos Darif 25 reais; Antonio Casagrande 6 reais; Olides Peruzzo 35 reais; Vitor Alberti 1 janela; Hermes Pavoni 1 janela; Gentil Bertoldi 1\2 janela; Deonildo Nervis 20 reais; Domingas Peruzzo 1 janela; Gregório Pulga 20 reais; Severino Baldissera 10 reais; Aidos Di Bernardi 20 reais; Ari Aléssio 1 janela; Valsir Pavoni 1 porta grande na frente do salão; Padre Jorge Zanini 1 janela; José Nervis 20 reais; Delfino Nervis 60 reais; Ari Fonini 35 reais; Luiz Fonini 35 reais; Celso Fonini 35 reais; Jacinto Rosanski 10 reais; Ricieri Nervis 1 janela; Idílio Geremia 3 eucaliptos; João Carlos Gheller 10 reais; Hermínio Feltrin 10 reais; Osvaldo Grecchi 10 reais (30/04/1995); Laudemir Grando 5.00; Luiz Carlos Nodari 5.00; Lauro Bernardi 5.00; Zeferino Peruzzo 5.00; Idalino Mario Zanette 4.00; Jorge Luis Cvalli 3.00; Edemar Biasoli 5.00; Valdir Nervis 20.00; Amarildo Sabadin 10.00; Oscar

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Zanchin e Ledi 20.00; Eneli Giaretta 20.00; Silverio Scalco 15.00; José Antonio Giaretta 10.00; Luiz Basso 5.00; Neuri Baldissera 3.000; Pedro L. De Rocco 10.00; Rui Zanatta 5.00; Ulisses Luiz Reginatto 10.00; Nicanor 09; Leonir Buratti 10.00; Olivio Giacomelli 20.00; Arnaldo Tomazelli 25.00; Joares Peruzzo 50.00; Airton Foppa 5.00; Sérgio Nervis 5.00; Loris Soster 1.00; Egídio Negrello 5.00; Ita Diles Di Bernardi Bertoldi 20.00; Angelo Olmo 2.00; Antonio Benvenutti 10.00; Graciosa P. Pavoni 10.00; José Dall Pizzol Filho 5.00; Gilberto Neh 20.00; Osorio Dalla Costa 5.00; Puperi e Cia 5.00; C. e Matielo 5.00; Airto Santa Lucia S.A. 5.00; Bruno Campos Ltda. 5.00; José Fedrigo e Cia Ltda. 5,00; Valentin Frare 10.00; Associação Rural de Guaporé – Sgorla; Tereza Cabeleira 5.00; Vicari e Cia. Ltda 9.00; Irmãos Pasquali e Cia Ltda. 1 Despertador 17.00; Firma de Amelha Baldissera uma camisa valor 60.00; Victorio Frigo 5.00; José Octavio Breda 10 dúzias de facas de mesa de segunda 15.00; Serafim Baldissera 7.200; Oferecido pelo valor em .... 6.00; Oferecido em dinheiro 5.00 pela firma de Ayres A. Postal e Cia Ltda.; Primo Nervis 5.00”.

186

Na foto, trabalho de construção do salão comunitário, em 1995. Da esquerda para a direita, em pé: Antonio Galvão; não identificável; Osmar Peruzzo; Ricieri Nervis; Nédio Peruzzo; Deonildo Nervis. Guerino Bertoldi; Léo Peruzzo; Vitor Alberti; Claudio Bertoldi e Loreni Bertoldi.

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O Diploma de Benfeitor do Seminário Menor São José de Gravataí (1936) O Seminário São José, localização em Gravataí, foi oficialmente inaugurado em 1938, por Dom João Becker, arcebispo de Porto Alegre entre os anos de 1912 a 1946, ano de seu falecimento. O Seminário fora criado com um único propósito: a formação inicial dos seminaristas. O Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, em Viamão, datado de 1853, ficaria responsável pelos cursos de Filosofia e Teologia, tendo capacidade para abrigar até 500 alunos. Por ocasião da construção do Seminário Menor São José, a Capela Grotera enviou, em 1936, a quantia de 50.000 réis84. Em agradecimento, foi conferido à capela o “Diploma di Benefattore”, assinado pelo padre Luigi Guglieri em 03 de dezembro de 1936.

84

Aproximadamente R$ 6.000,00 reais utilizando-nos da correção monetária.

188

AEscola Municipal de Ensino Fundamental Incompleto Osvaldo Cruz e seus professores (1920-1993)

A partir de 1918, a escola esteve presente na Capela Grotera85. Nos primeiros anos, era uma escola de madeira, com janelas grandes tendo sido construída pelas primeiras famílias. Posteriormente, entre os anos 1959-1963, durante o governo estadual de Leonel Brizola (1922-2004)86, foram construídas as “brizoletas” com o intuito de erradicar o analfabetismo no Estado. Na Grotera não foi diferente: a escola, de cor azul, estava construída ao lado do salão e da Igreja. Inaugurada em 1963, a escola Osvaldo Cruz foi demolida em 2001, após quase quarenta anos de profícua atividade educativa. A seguir, um dos poucos registros da Escola Osvaldo Cruz, disponível na Secretaria de Educação de União da Serra.

85

Conforme o “Registro della Chiesa San Giuseppe”, a compra das mesas para a escola ocorreu em 20 de junho de 1918. 86 Nos quatro anos de governo de Leonel Brizola, construíram-se 1.045 prédios escolares, com 3.360 salas de aula e capacidade para 235.200 alunos; foram iniciados 113 prédios, com 483 salas e capacidade para 33.810 alunos; e planejados 258 prédios, com 866 salas de aula e capacidade para 60.620 alunos (Cf. QUADROS, Claudemir de. Brizoletas: A ação do governo de Leonel Brizola na Educação Pública do Rio Grande do Sul (1959-1963). In: TEIAS, Rio de Janeiro, ano 2, nº 3, jan/jun., 2001, p. 1-12).

189

Sua última turma de alunos, em sistema seriado, foi em 1993, com aproximadamente 25 alunos. A emancipação dos distritos de Pulador e Vila Oeste, em 1992, e a formação do município de União da Serra, ocasionaram o truculento fechamento e abandono de

190

todas as escolas municipais. Estas escolas haviam sido construídas, ou reformadas, pela gestão de Leonel Brizola, governador do Estado do Rio Grande do Sul, na década de 1960. O ano escolar de 1993 tinha como professoras Aneci Toldo e Geneci Scalabrini, sendo alunos: Cliciane Bertoldi, Graziane Bertoldi, Flaviano Nervis, Fabiane Nervis, Clovis Buratti, Vâiner Peruzzo, Léo Peruzzo Júnior, Mateus Alberti, André Roberto Alberti, Daiane Peruzzo, Katiane Peruzzo, Rafael Marina, Renato Marina, Danião Caron, Lourdes Polita, Volmar Polita, Natália Polita, Nathalia Nervis, Márcio Galvão, Gabriel Galvão.

Graciosa João Fonini

Helena

Osmar Léo

Na foto, típico piquenique da Escola Osvaldo Cruz, em 1965.

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Os professores da Municipal Escola Osvaldo Cruz 1920 -Profa. Elisa Roman (aluna: Josefina Dalla Costa Zamban)

Na foto dedicada a Agostinho Peruzzo, em 12 de fevereiro de 1930, a classe da professora Elisa Roman. A turma tinha aproximadamente quarenta alunos. 1925\1930 – Prof. Francesco Gasparotto, Prof. Achiles Dallagnese e Prof. Zacaria Dalla Costa (aluna: Maria Bertoldi Buratti; Antonio Di Bernardo)

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1935 – Prof. Natal Dalla Costa (25\12\1923-31\07\1990) 1940 – Profa. Elisa Peruzzo e Profa. Maria Peruzzo 1950 – Profa. Amélia Di Bernardo Baldissera (segundo próprio relato, tinha 23 alunos, sendo alguns mais velhos do que ela). 1960-1962 – Prof. Nelson Peruzzo (durante a construção da nova Escola dava aulas em casa). 1963 – 1965 (02 de agosto de 1963 – 31 de maio de 1965) – Profa. Zilce Lazzaretti. 1965 - Profa. Inês Vincenzi

1965 – Profa. Irma Casagrande: marcou história pela sua dedicação e incentivo aos alunos... 1980 – Profa. Aneci Toldo: grande oradora foi professora de várias gerações no sistema seriado... Atualmente, Aneci reside com sua família na Capela Grotera. 1993 – Profa. Geneci Scalabrini.

193

No antigo salão de madeira, na década de 1970, Delezio Casagrande e sua esposa, a professora Irma. Arquivo: Orvile Alberti.

Mapa das Escolas dos Distritos de Pulador e Vila Oeste, em 1980. Arquivo da Secretaria de Educação de União da Serra.

194

O CEMITÉRIO

Construído no início do século XX, o cemitério contava inicialmente apenas com dois túmulos: no primeiro, Luiza Moretto e Pierina Grosselli Peruzzo, falecidas em 1918 e, no segundo, Magdalena Cracco (1850\1921), Paulo Bertoldi (1854\1921) e Marco Bertoldi (1872\1930). 1902

Antonio Peruzzo (1837-1902)

1907

Carlotta Pannatta Nervis (1856-1907).

1913

Luigi Pulga Antonia G. Menin Peruzzo (1878 – 05\02\1913)87 Falecimento de uma pessoa da família Tiziani.

1914

12 de julho - Falecimento de uma pessoa da família Darif.

1917

Carlota Soccol (1853-14/05/1917).

1918

Luiza Moreto Peruzzo (15\05\1882 – 24\03\1918)88 Pierina Grosseli (1847 - 1918) Giuseppe Cracco Uma criança pequena Uma pessoa não identificada no Registro della Chiesa

87 88

Estava em trabalho de parto quando faleceu. Estava em trabalho de parto quando faleceu.

195

1921

Magdalena

Cracco

(1850\1921);

Paulo

Bertoldi

(1854\1921). Giuseppe Zeferino Nervis (27\11\1850 – 26\07\1921) Giovanni Darif (1853-15/12/1921). Obs. Construção da nova cerca de madeira ao redor do Cemitério. 1929

Catarina Peruzzo (1909 – 13\06\1929).

1930

Marco Bertoldi (1872\1930).

1932

João Dalla Costa (12\07\1919 – 06\11\1932) Giacomo Dalla Costa (29\07\1873 – 23\11\1932) Luiza Maria Peruzzo (22/09/1932 – 25/09/1932).

1933

Giuseppe Bortoli (1850 – 14/10/1933) – Era casado com Elisa Pesanvento.

1935

Giuseppe Maschio (1879 – 20/10/1935)

1939

08\11- “Menino do criado do Mazzutti”, segundo Registro della Chiesa San Giuseppe (página 139) Stacio Viesinski (1903-07/04/1939).

1940

- Augustino Peruzzo (10\04\1875 – 01\11\1940) - Falecimento de uma criança do Darif - 11\10 - Falecimento de uma criança com nome Luiz Ber (Registro della Chiesa San Giuseppe, página 144).

196

1941

Angelo Peruzzo (1876-05\08\1941)

1943

Ernesto Peruzzo (15\03\1915 – 17\01\1943)

1945

Josephina

Foratto

Bavaresco

(14\08\1868



28\05\1945); - Guglemo Comerlatto (1925 – 12/10/1945; página 158 do Registro della Chiesa San Giuseppe). 1950

Adelaide Stucchi Peruzzo (10\09\1887 – 06\05\1950) Camilo Nervis (*)

1954

Raul Peruzzo (20 dias) Lúcia Bertoldi Peruzzo (15\01\1877 – 20\10\1954) Celeste Darif (13/07/1882 – 15/12/1954)

1956

Giovanni Peruzzo (28\07\1880 – 22\06\1956)

1960

Alexandre Bertoldi (29\04\1883 – 30\01\1960)

1961

Orestes Peruzzo (09\11\1913 – 20\07\1961) Augusto Pulga (02\08\1892 – 05\06\1961) Luigi Bertoldi (20\10\1889 – 05\12\1961)

1962

Ermenegilda Bertoldi (12\01\1890 – 01\07\1962) Deonila Nervis (01\01\1959 – 25\08\1962)

1963

Angelo Buratti (24\06\1896 – 24\06\1963) Luigi Dalla Costa (13\10\1882 – 19\11\1963)

1964

Regina Balbinot Fonini (1917-1964)

1965

Amália Manfroi Buratti (13\06\1896 – 13\06\1965)

197

1968

Carolina Nervis (*)

1969

José Caio (- 05\10\1969)

1970

Moacir Di Bernardo (1944 – 1970)

1972

11 de janeiro – Marietta Darif.

1973

Veneranda Bavaresco Dalla Costa (04\08\1892 – 05\01\1973) (faleceu em Santo Antonio do Sudoeste, Paraná, e seus restos foram trazidos quase três décadas depois pelos familiares).

1976

Rosina Andretta Buratti (02\07\1885 – 13\10\1976).

1977

Roberto Alberti (08\09\1913 – 30\11\1977)

1979

Tereza Locatelli Armani ( - - 20/04/1979)

1981

Estela Marcarani Casagrande (1910 – 09/07/1981)

1982

Catarina Cuero Pulga (29\06\1893 – 17\02\1982)

Catarina Pulga e Angelo Olmo, em 1978, durante a

198

inauguração do Capitel Santo Antonio. 1984

João Fonini (1917 - 18\12\1984)

1986

Angela Milani Di Bernardo (1901 - 26\05\1986)

1989

Catarina Peruzzo Alberti(29\09\1918 – 06\10\1989)

1991

Matilde Pavoni Bertoldi (1923 – 24/09/1991)

1994

Armando Z. Bertoldi (28\07\1933 – 14\04\1994) Amalia Pulga (09\08\1922 – 22\07\1994)

1995

Hugo Pulga (20\11\1934 – 17\01\1995)

2000

Nédio Peruzzo (09\06\1973 – 26\06\2000) Leonir Stumpf (17\10\1950 – 13\04\2000)

2001

Ogelmiro Pedro Peruzzo (29\06\1922 – 25\12\2001)

2002

Jos

2004

Ermida Di Bernado

2009

Marli Lopes Dias (29\03\1965 – 09\08\2009) Domenica

Dalla

Costa

Peruzzo

(26\01\1912

08\06\2009) 2011

Gentile Bertoldi (08\2011)

2012

Rosa Buratti Nervis (09\06\1920 – 12\10\2012) Renato Marina (25\10\1986 – 01\09\2012)

2013

Ercida Di Bernardo (1920 - 26\08\2013) Graciosa Peruzzo Pavoni (22\01\1928 – 01\11\2013)



199

2014

Antonio Galvão (aproximadamente 90 anos) Guerino Bertoldi (1932 - 26\03\2014) Ricieri Nervis (1930 – 2014) Hermes Di Bernardo (1936 – 2014)

2015

Jurema Reginatto Bertoldi (1954 - 2015) Helena Pasquali Peruzzo (31\01\1927-31\08\2015)

Na foto, Giovanni Peruzzo, por volta de 1950, ao lado do jazido construído por ele próprio com pedras talhadas manualmente. O outro jazido é de sua filha, Catarina Peruzzo (1909-1929). Note-se, ao fundo, parte da casa da família Luigi Bertoldi e Hermenegilda Zalamena. As juntas de boi

200

Antes da mecanização agrícola, ocorrida especialmente na última década, as famílias utilizavam apenas sua junta de bois, uma carroça

e

um

arado

(el

badilon).

A

carroça,

produzida

artesanalmente pelas próprias famílias, tinha roda pesadas, raios de madeira e uma “chapa” para enfrentar “i sassi”. Contudo, o trabalho só ficava completo com uma boa junta de bois para suportar o arduoso trabalho. Em outros casos uma junta de mulas ou cavalos também era utilizada, mas enfrentava a crença de que eram teimosos e mais fracos que os bois. Para matar a saudade, alguns nomes de juntas de bois: Minero e Gavião, Vermelho e Pintado, Estrela e Barroso ... As Missas em Pulador e o lombo do cavalo

As missas na Capela San Giuseppe, assim como em todas as capelas, eram realizadasapenas mensalmente. Isso fazia que as famílias fossem até Pulador aos domingos, ou a Guaporé, revezando-se entre os familiares. Pulador havia se tornado paróquia em 1922 e, no auge das cavalgadas à missa, aproximadamente trinta cavaleiros se reuniam pelo travessão do Monte Forte. Assim nos relatou Domenica Dalla Costa, em 2004, afirmando que era uma das últimas sobreviventes desta época. O cavalo era o símbolo do trabalho, da diversão e da locomoção dos primeiros imigrantes...

201

O Namoro de Ercida Di Bernardo e Antonio Roman Ross

Este pequeno fragmento amoroso tem o dever de servir apenas como elogio e recordação. Ercida e Antonio começaram a namorar por volta de 1941-1942 e seu romance perduraria até o falecimento de Antonio (1919-01\06\2000). Seu namoro durou mais de cinquenta anos... Antonio morava na Capela Caravaggio, Baldissera, e, todo domingo, cruzava os montes para visitar Ercida. Além da visita, Antonio era assíduo na capela para o jogo de cartas. Este estilo de encontro recorda o modo antigo e respeitoso de namoro que não cruzou o tempo. Nas primeiras décadas do século XX, namorar implicava o consentimento dos pais e sua constante vigilância e observação. Ercida faleceu aos 26 de agosto de 2013. Os torneios de Futebol e o Clube América

Nas festas de San Giuseppe e Santa Ana, a primeira realizada em março e, a segunda, em setembro, foi comum os campeonatos de futebol entre times das próprias Capelas. Por volta de 1970, haviam dois times devido a quantidade de jovens: o divisor destes times era a pequena ponte situada logo depois da Igreja89. Até essa mesma época o campo de futebol estava localizado na propriedade de Giuseppe Dalla Costa, terreno que, aos poucos, foi sendo substituído pela localização atual. O troféu destes torneios pouco se aproxima de nossa época, uma vez que os vencedores recebiam a ovelha, um porco ou, nas grandes competições, um pequeno “boizinho”.

89

Até 1980, o campo de futebol situava-se na propriedade de João Fonini.

202

Time da Grotera Esporte Clube América (1969), campeão na Linha Quarta, Guaporé. De pé da esquerda para a direita: Neri Pavoni, Olides Peruzzo, Leori Buratti, Valcir Pavoni, Aurelio Buratti, Claudino Bertoldi. Abaixo: Leonir Buratti, Domingos Dariff, Loreni Bertoldi, Vitor Alberti, Ivo Darif. Arquivo: Odair Buratti.

203

Na foto, na Linha Quarta Bahia, por volta de 1972, da esquerda para a direita em pé, Terezinha Dariff, Ivanor Baldissera, Aurélio Buratti, Olides Peruzzo, Leori Buratti, Valcir Pavoni, Osmar Peruzzo, Ari Baldissera, Léo Peruzzo, Claudio Bertoldi e Lorena Bertoldi. Abaixo, da esquerda para a direita, Ivo Dariff, Neri Pavoni, Vitor Alberti, Ildo Bertoldi e Loreni Bertoldi.

Na foto, de 02 de junho 1974, Pasqual Buratti e Ari Fonini, a esquerda do boi; Orvile Alberti, com a gaita; no time, da esqueda para a direita, em pé, Hermes Di Bernardo, Valdir

204

Buratti, Valcir Pavoni, Leori Buratti, Olides Peruzzo, Loreno Bertoldi, Léo Peruzzo, Deonildo Nervis, Osmar Peruzzo e Vitor Alberti. Embaixo, da esquerda para a direira, Aurélio Buratti, Neri Pavoni, Domingos Dariff, Ildo Bertoldi e Ari Peruzzo. Este campeonato teve como prêmio o primeiro boi disputado na região.

Na foto, no campo da Grotera, por volta de 1993, Deonildo Nervis, Nédio Peruzzo, Osmar Gnoatto, A. Benvenutti, César Peruzzo, Irineu Nervis e Granella. Abaixo: Darci Vincenzi, Joarez Peruzzo, Loreno Bertoldi, Osmar Peruzzo e Rinaldo Vincenzi.

205

Na foto, por volta de 1960, no campo da Grotera, da esquerda para a direita em pé, Valcir Pavoni, Aldo e Nelson Peruzzo. Abaixo: Nadir Peruzzo, Ari Peruzzo e RenatoDalla Costa. O grupo de Jovens São José Encontramos também um pequeno registro do “Livro Caixa do Grupo de Jovens São José”, mantido entre os anos 1980 e 1982. O primeiro registro é de 13 de novembro de 1980, tendo sido realizada a aquisição de 30 estatutos e a confecção de 21 carteirinhas. A primeira Entrada no caixa é uma percentagem do Baile em Pulador no valor de 270,00 cruzados. Em 15 de dezembro de 1981 foi realizada a compra de um harmógrafo no valor de 800,00 cruzados. Já em 23 de fevereiro de 1982 encontramos a anotação de uma entrada do Baile da Ramada no valor de 20.548,00 cruzados. A última anotação é de 30 de junho de 1982, no qual constava uma aplucação na poupança no valor de 7.617,00 cruzados.

A Igreja Nossa Senhora do Caravaggio e o Cemitério do Lajeado

206

Embora não há registros de uma capela no livro Tomo da Paróquia de Pulador ou Guaporé, há inúmeros relatos de uma pequena igreja dedicada a Nossa Senhora do Caravaggio, devoção típica dos primeiros imigrantes italianos. Por muitos anos, aos domingos, até 1930, os responsáveis pela reza do terço eram Luiz Casarin e sua esposa Josefina Casarin. Posteriormente, na década de 1940, com sua demolição, restou apenas o cemitério (10x15m), mantendo como característica fundamental o muro de pedras talhadas (taipa). Acredita-se, por algumas evidências, que estão sepultadas aproximadamente cinquenta pessoas90. Entre estas podemos encontrar: - Rosa Maschio [faleceu em 31 de maio de 1923; é o primeiro nome no registro do Livro de Óbitos da Paróquia de Pulador]; “Maschio Rosa moglie di Giuseppe Maschio 31 maggio 1923, confessata, viaticata e munita di Extrema Unsione, deceduta al n.99 l. VI e sepelita nel Cemiterio della Cap. M. Caravaggio l. VI senza esequie in età di anni 67”(Livro de Óbitos, p.1). - Francesco Quinzani e familiares. - Giuseppe Maschio (1879-20/10/1935) (único túmulo de pedra), sua esposa e seus mais de vinte filhos, falecidos durante a gestação ou logo nos primeiros anos de idade; era casado com Giudiita Cesco Maschio(Livro de Óbitos, página 5); - Pietro Tomazzoni, com dois anos de idade; - Luiz Casarin e sua esposa Josefina Casarin (década de 1930).

90

Segundo Maria Bertoldi (1923), filha de Alessandro Bertoldi, o senhor que fez o muro do cemitério tinha uma égua chamada “chicha” que, por um descuido, foi responsável por acertar-lhe um coice que lhe trouxe uma grande cicatriz.

207

- Uma mulher de sobrenome Trombetta, provavelmente esposa de Eugenio Trombetta, e quatro filhos. - Germano Trombetta. - Uma menina de nome Elsa, com dois anos de idade. - Um jovem, na década de 1960. - Familiares de Francesco Quinzani.

208

Na primeira foto (a esquerda), a cruz principal do cemitério. Em seguinda (abaixo), cruz marcando “Pietro Tomazzoni”. Abaixo, única sepultura de pedras no cemitério da antiga Capella Madona de Caravaggio.

209

Os Bailes da Ramada e o Grupo de Jovens

A história do Baile da Ramada começa com a construção de um pequeno rancho na famosa “encruzilhada” por Pedro (Ari Fonini) e Aparício (Ari Peruzzo), Zé do Umbu (Sétimo Armani) e Zé do Rancho (Luiz Fonini) entre 1975 e 1976. Já em 1977, procurando dinamizar as atividades na comunidade, foi realizado o primeiro grande “Baile da Ramada”. Reunindo os gaiteiros da região, o baile era

um

espaço

de

encontro,

festividade

e

muita

música

tradicionalista. O primeiro baile foi organizado por Ari Peruzzo e Ari Fonini. Ocorreu apenas por três ocasiões, conforme podemos observar na foto a seguir, mas que foram responsáveis por armazenar grandes recordações.

Na foto, da esquerda para a direita: Joarez Peruzzo, Idilio Geremia, Terezinha Geremia, Ogelmiro Peruzzo, Helena Peruzzo, Inês Kuiava, João Fonini, Ita Elides Bertoldi e Armando Bertoldi. Arquivo: Orvile Alberti.

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Foto do primeiro Baile da Ramada (1977) na propriedade de Ogelmiro Peruzzo. Arquivo: Fabiane Nervis.

Vale recordar que, nesta época, cada comunidade era animada por seus gaiteiros: na Grotera, os Irmãos Coragem (Loreni Bertoldi, Orvile Alberti, Luis Lanzarin e Doralino Ferreira); na Capela Baldissera, Loris Soster; na Capela Monte Forte, Ausílio Casarin; na Capela Pádua, Bertinho Battistella e seu filho Osmar; na Capela Nossa Senhora da Saúde, Osmar Pandolfo.

O Veterinário

Hermes Di Bernardo, nascido na Grotera, filho de Santo Di Bernardo e Angela Milani, teve como o ofício o exercício da “arte veterinária”. Embora não tivesse formação acadêmica, conhecia muito bem quando o assunto era bovinos. Era solicitado pelos

211

vizinhos especialmente no parto dos animais, auxiliando no nascimento e tratamento dos mesmos. Com uma vida simples e uma fala pausada, Hermes atuava como churrasqueiro nas festas da Capela São José. Aliás, antes dos espetos de metal era comum a reunião na véspera da festa para a fabricação dos espetos de madeira. Em junho de 2014, por ocasião de uma janta na capela, disse: “Quando for a hora, temos que ir. A vida é assim... sem problemas”. Faleceu três meses depois, sendo sepultado no cemitério da Grotera.

O Chamado para os Cultos e o Rosário

Um pequeno sino foi tocado durante mais de cinco décadas por Gentile Bertoldi (filho de Luigi Bertoldi e Hermenegilda Zalamena) encarregado também de iniciar o Rosário dominical. Nas antigas celebrações, realizadas aos domingos, foi comum a utilização da língua italiana. Paciente e tranquilo, Gentile tornou-se exemplo na prestação de um serviço voluntário ao longo de mais de meio século.

O jodo de Quatrilho

O tradicional dia de domingo, para os homens, era dedicado ao jogo do “quatrilho”, uma diversão que, não raras vezes, custava alguma discussão. A grande vantagem do jogo de Quatrilho é a forma variada de possibilidades de jogo, seja em parceria, quando o

212

parceiro será determinado pela carta “chamada”, seja pelo “solo”, quando o jogador enfrenta os adversários sozinho, jogando para fazer mais pontos (solo preto).

El filó, el brodo e el vin

Uma das características, talvez a mais significativa dos imigrantes italianos, era visitar os vizinhos durante o período noturno. Estas visitas são chamadas de “filó”, tradicionalmente oriuntos do período em que não era possível visitá-los durante o dia devido aos afazeres agrícolas. Neste espaço de convivência não poderia ser diferente: era acompanhado de um bom “brodo” (sopa) e um vin (vinho) produzido pelas próprias famílias.

As mulheres Centenárias

Uma especial homenagem a três personagens importantes de União da Serra, talvez as poucas que se aproximaram ou passaram dos cem anos. Mais do que a longevidade, a personalidade religiosa, humorada e guerreira são suas características mais marcantes:

Domenica Dalla Costa Peruzzo(1912-2009):Mulher incansável e batalhadora, Domenica ficou viúva muito jovem. Entretanto, foi um exemplo pela sua personalidade alegre, amorosa e participativa. Além do estreito convívio familiar, trabalhou nos afazeres da roça até seus últimos momentos. Foi uma das primeiras filhas da Grotera... e permanecerá eternizada nas memórias de quem teve o prazer de conhecê-la. Foi casada com Orestes Peruzzo (09\11\1913 –

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20\07\1961), tendo os filhos Antonio, Darci, Leonilda, Leda, Nadir e Osmar. Abaixo, a biografia, quase uma poesia, escrita por Aneci Toldo e lida por ocasião de seu falecimento. União da Serra, 09 de Junho de 2009. Irmãos e Irmãs. A fé nos une e nos dá razão para viver r morrer. Quem se alimenta do Corpo e Sangue de Cristo viverá eternamente. Com muita dor, mas porque temos fé acreditamos, estamos hoje aqui nesta capela para nos despedirmos da nossa irmã Vovó Domenica. DOMENICA DALLA COSTA PERUZZO, filha de Luigi Dalla Costa e Veneranda Bavaresco Dalla Costa (em memória). Era uma família de 12 irmãos. Nasceu no dia 26 de Janeiro de 1912. Portanto viveu 97 anos entre nós. Sempre morou nesta comunidade. Casada com Orestes Peruzzo (em memória). Desta união foram abençoados com seis filhos. Antônio (em memória), Darcy, Leonilda, Leda, Nadir e Osmar. Deixa 11 netos e 11 bisnetos. Quatro noras: Edília, Nelsi, Ledi e Maria Luiza e dois genros: Darci e Artur. (Eu quero lembrar que os filhos Nadir e Leonilda não estão presentes, mas com certeza estão com os pensamentos voltados e ligados espiritualmente a sua mamãe. Devido à distância em que moram e por ter ficado com ela nos últimos 11 dias, ajudando-a, dando apoio, conversando e ouvindo seus ensinamentos, nos últimos dias de sua vida). É difícil comentar 97 anos de vida em poucos minutos... Como disse, nasceu e sempre morou nesta comunidade São José Grotera. NONA DOMENICA, mulher, mãe, avó e bisavó determinada, segura, fiel, amiga e companheira. Ficou viúva cedo

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e então dobraram suas responsabilidades como mãe e assumir o papel de pai, que por sinal o fez muito bem. Criou com amor seus filhos, ensinando e mostrando através dos próprios exemplos como viver bem. Mãe dedicada, sendo mãe e pai ao mesmo tempo, sendo também educadora, catequista, conselheira e amiga de seus filhos. Sempre morou com o filho Darcy, nora Edília e família. Trabalhadora, guerreira, somente os vinte e poucos dias últimos dos 97 anos de vida, ficou acamada. Grande vencedora, nunca precisou de psicólogos ou psiquiatras. Uma pessoa alegre recebia as visitas de braços abertos, com o sorriso estampado no rosto e por vezes cantava: “Ai ai ai, como é bom viver, a vida que eu levo é pena morrer...” É pena mesmo!! Sofreu? Sim. Enfrentou dificuldades? Também. Mas seguia firme o lema que tinha de viver e deixar viver, amando a Deus acima de tudo. Amando a vida e amando o próximo. Assim ela superava os problemas tranqüila e erguendo a bandeira da vitória sempre. Sua serenidade transmitia segurança. Como imaginar a infância, a adolescência, a juventude de Vó Domenica. Onde 80, 90 anos, quase um século de anos atrás, não existiam escolas, luz elétrica, telefone, água encanada nas torneiras, fogão a gás e tantos outros recursos que hoje são oferecidos. Pois então como entender tanta sabedoria, talento, respeito e educação de Vó Domenica. Como explicar tudo isso? E se ela não cursou faculdade? - Primeiro, colocava Deus acima de tudo e de todos, amava Nossa Senhora, era muito devota. Obedecia aos pais, seguindo os ensinamentos por eles dados, e assim cresceu e os transmitiu a seus filhos.

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Irmãos! É mais uma prova de que o mundo é uma escola, cabe a nós escolher, viver e praticar somente as coisas boas. Assim como ela o fez, na simplicidade no dia a dia. Mulher de muita fé, católica praticante, sempre participava da missa, não faltava nunca na celebração da Sexta-feira Santa. Que bonito! Rezava o terço todos os dias e dizia: rezo pelas almas dos falecidos parentes e também pelos desconhecidos. Mais uma atitude de grandeza. Sim, se hoje todos os amigos, compadres, afilhados e parentes pudessem testemunhar das tantas boas obras praticadas por ela em benefício do próximo, dos doentes, com certeza seriam muitas, muitas mesmo. Sempre participava das atividades e dos trabalhos na comunidade, seu interesse, sua boa vontade de fazer as coisas certas, ficará na lembrança de todos nós. Obrigado Vó por tudo, pelo trabalho, por ser grande amiga de todos sem fazer diferença, criança, jovens, adultos, todos eram bem vistos por ela. Deus, nós entregamos o corpo da Vó, mas queremos te pedir, não permita que esqueçamos o quanto bem ela fez aqui na terra. Recebe-a Senhor no Teu Reino, no lugar de Paz e Alegria. Dai a ela o descanso eterno e na sua bondade ó Pai, perdoa-lhe suas faltas. Te amamos Nona Domenica, tu sabes que não só hoje falamos isso, mas foi durante toda tua vida. Obrigado!! Como amiga e Ministra da Eucaristia tenho orgulho de chamar-te de Nona Domenica. Descanse em paz... Peço licença aos filhos, familiares, irmãs, amigos, mas não poderia deixar passar em branco sem falar da companheira inseparável da Vó Domenica, a Senhora Graciosa Peruzzo Pavoni, que não só foram cunhadas, amigas, mas vizinhas de todos os dias, no chimarrão, nos conselhos, nos desabafos, troca de idéias,

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aquilo era sagrado, todos os dias. Recebe Vó Domenica uma flor que esta tua companheira vai te doar. Nela está a amizade e o carinho de vocês, uma pela outra. Afinal, nada mais nada menos foram 70 anos de convivência. Vó Domenica. Te amamos. Descanse em paz!91

Na foto, Domenica e seu filho caçula Osmar. Em pé, as netas Daiane e Katiane. Josefina Dalla Costa Zambam (04\11\1916): Em 05 de março de 2016, Josefina marcou presença na Festa da Família Dalla Costa, realizada na Capela Grotera. Seu nome poderia ser “trabalho”, pois dividiu com a educação dos filhos o amor pela família. Seu olhar distante no tempo é apenas a expressão de uma mulher que caminha para seu centenário sendo, portanto, a pessoa mais idosa ainda viva que nasceu na Grotera. Com sua longevidade, Josefina 91

Arquivo de Osmar Peruzzo.

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expressa muita saúde ao participar das atividades domésticas e dos cuidados da horta. Casou-se com Agusto Zamban (28\06\1916 – 22\08\1993) e tem os filhos Antonio, Lurdes, Maria, Darci, Dirceu, Jairo, Terezinha, Isabel e Neila. É a primeira centenária nascida na Grotera...

Josefina na festa da Família Dalla Costa, em 05 de março de 2016. Zulmira Pasquali Negrello(15\08\1909-16\12\2011): A foto é no 101º aniversário, em Pato Branco, Paraná. Residiu quase toda a vida em Monte Forte, onde viveu com sua família e filhos e, posteriormente, em Guaporé. Era uma pessoa expressiva, otimista e extremamente religiosa. Admirada por toda a comunidade foi um figura singular e marcante na região de Pulador.Era a primogênita de

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João Pasquali e Catarina Samarani, tendo se casado com José Negrello (12\03\1908-08\02\1972). Embora não tenha nascido na Grotera, foi responsável por diversas informações históricas que estão nesta obra.

Imagem da Grotera no capitel Santo Antonio, em setembro de 2015.

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AS CAPELAS DE UNIÃO DA SERRA – Paróquia Nossa Senhora do Rosário (Pulador) e Paróquia Santo Antonio (Vila Oeste) Paróquia Nossa Senhora do Rosário – Pulador (1900)

Em substituição a pequena igreja de madeira, foi construída a atual entre os anos de 1940-1950. No lado esquerdo da torre está São José e, no lado direito, Santo Antonio. No cume da torrehá uma imagem, em cimento, do Cristo com os braços abertos e, acima da porta, Nossa Senhora do Rosário, padroeira da Paróquia desde sua criação, em 1923. Além da Igreja, a paróquia também conta com a casa paroquial e o salão comunitário.

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Famílias: Catarina N. Breda (23\12\1906-02\11\1980); Elias José Breda (10\10\1934-26\12\1954); Pedro Breda (03\07\19060209\1986); Aldino Menin (1936-27\10\2011); Luiz G. Elias(21\06\1913-14\02\1999); Olga M. Breda Pulga (03\06\191722\08\2006); Fausto Breda (03\09\1890-11\11\1974); Amabile N. Breda (12\02\1890-23\03\1978); Lydia Domingas Breda (03\09\191511\08\2004); Francisco Paludo (18\08\1913-26\12\1975); Orfeni Paludo (01\11\1938-11\12\1995); Jaimes l. Grisa (11\09\194311\11\2001); Gustavo Grisa (09\07\1985-06\09\2014); Vania O. Scorsatto (24\03\1948-16\04\1973); Maria C. Scarsi (26\07\192023\12\2012); Tranquilo P. Scarsi (29\06\1916-20\11\1974); Marta Ana R, Rosnieski (26\07\1909-05\06\1989); Leonaldo Rosnieski (05\11\1910-08\04\1975); Silvestre Rosnieski (30\12\194707\12\2013); Antonio Tonus (13\06\1911-14\07\1987); Elizabeta D. C. Tonus (29\11\1911-28\11\2006); Jose Nacir Tonus (11\02\193309\06\1988); Ines De Bona (15\09\1935-02\09\2007); Nelson De Bona (08\06\1936-18\11\2012); Segundo Furini (17\01192328\11\1973); Lydia Furini (14\09\1925-24\08\2012); Carlos Furini (05\08\1965-26\05\1991); Maria Favero Negrello (27\04\186922\071963); Amadeo Negrello (1866- 24\10\1940); José Negrello (12\03\1908-08\02\1972); Fidelis Rosnieski (28/02/1942-23/02/2011); João Gheller (19\02\1907-03\12\1973); Helena Gheller (19\09\1996); Claudino Ghellher (1942-2004)92; Verginio Fim (28\11\192326\08\1977); Maria Fin Dai Prai (14\04\1961-24\12\2002); Simone Fim (19\03\1969-31\07\1975); Luiz Nicola (10\08\1900-06\08\1976); Eliza A. Nicola (27\07\1907 - ); Dovilio Ghellher (15\12\193114\04\1987); Agustinho Arienti; Vitoria C. Arienti; Roberto L. Cenci (03\05\1900-30\07\1966); Leonora G. Cenci (21\02\188909\09\1975); Lurdes S. Kuiava (13\01\1957 – 28\09\1993); Zilto Mulinari (31\10\1943-20\09\2006); Tereza Guzatti (+17\09\1965); Marcelo Moroni (10\04\1984-19\03\2005); Famílias Perondi e Trombetta – Henrique e Rosa; Pergentino Cenci (07\04\192612\04\2011); Luiz Cenci (08\10\1952-09\06\1995); Jair Luiz Bassi (27\12\1949-29\07\1999); Vitorino Bassi (08\10\1912-22\07\1998); Rosalia P. Bassi (16\09\1916-02\10\1986); Elias E. Pulga (06\02\1926-10\10\2006); Marines Soster Gusatti (14\08\197092

Foi motorista do transporte escolar durante muitos anos; era chamado carinhosamente de “Paleta”.

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23\11\2010); Jorge Gusatti (25\11\1960-24\04\1992); Reinaldo Aldino Fim (28\02\1917-02\07\1997); Marcelina Fim (*01\08\1910 - ); Reimundo Taffarel (26\10\1916-25\10\1992); Santo Zanini (10\07\1906-14\10\1973); Paulina Taffarel Zanini (31\09\190614\07\1986); José De Bona (19\19\1908-27\09\1997); Dorina De Dona (03\11\1917-03\04\2002); Euclides De Bona (12\09\194819\09\1999); Assunta C. Danbros (24\08\1909-07\05\1992); José Cenci (1926-1990); Honório José Breda (23\07\1907-18\08\195x); Renato Luiz Breda (23\08\1908-09\05\1991); Matilde P. Breda (04\10\1910-2x\03\1997); Felicita B. Dambrós (20\05\190723\04\1969); Francisco Dambrós (10\06\1901-01\03\1941); Guerino Zancanaro (03\07\1935-16\11\2005); Marco Maritan (não é possível identificar data); Família Bison; Nelson Bison (03\05\195603\10\2013); Leonel Bison (1958-2016).

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Paróquia Santo Antônio de Pádua – Vila Oeste (1938) A Igreja atual, imponente pela sua beleza, foi edificada e dedicada a Santo Antônio, em 1938. A construção atual foi iniciada em 1945 e sua inauguração ocorreu em março de 1952. Seus vitrais e desenhos foram doados por inúmeras famílias que, como forma de agradecimento, teriam seus nomes inscritos dentro dela. Seus três arcos, na entrada, possuem ao centro o santo patrono. Entre suas duas torres encontra-se uma imagem de Cristo com os braços abertos93, seguido por um rebanho de ovelhas. Vitrais da Paróquia Santo Antonio – Vila Oeste

93

O primeiro padre ordenado na Paróquia de Vila Oeste foi o Aleixo Bottan. Nasceu em 17 de dezembro de 1924, na cidade de Serafina Corrêa. Foi ordenado presbítero em 1953 e, no ano seguinte, iniciou como vigário em Viamão. Foi procurador do Seminário São José, em Gravataí, entre 1954 e 1964. Nos anos seguintes, atuou como vigário e pároco em Palmares e Porto Alegre, no bairro Tristeza e na Capela Menino Jesus de Praga. Capelão do Asilo Padre Cacique, foi condecorado com o título de Cônego Honorário. Morreu em 25 de março de 2014, aos 89 anos, após 60 anos de sacerdócio. Padre Aleixo Bottan era irmão do padre Arlindo Bottan, falecido em 02 de setembro de 2013. Arlindo Bottan nasceu no dia 13 de agosto de 1926, sendo ordenado padre no dia 07 de dezembro de 1958. Atuou nas cidades de Cachoeirinha, Glorinha, Roca Sales, Guaíba e Porto legre.

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Famílias: Família Gavasso; Julio Mattiello94 (08\05\189522\07\1976); Amabile Mattiello (-\02\1902-11\03\1969); Elza Matiello (01\09\1926-13\09\1999); Terezinha Matiello (02\11\193615\12\2000); Hermes A. Feltrin (19\08\1932-06\02\1977); Marcos Tonini (30\06\1991-24\02\2008); Luiz Muniz (11\03\191710\05\1986); Iole R. Muniz (28\02\1927-03\02\1994); José Mangoni (21\11\1875-13\04\1935); Santo Girardi (08\12\1935-27\01\2002); João G. Alberton (07\07\1914-29\10\1972); Rosina B. Alberton (09\03\1914-01\11\2005); Aneli T. Alberton (17\07\1939-12\07\2005); Claudio A. Alberton (30\10\1943012\03\2004); Família Basso; Mateu Izotton (08\04\1890-16\06\1963); Madalena Izotton (04\05\189307\11\1945); Helena Izotton; Salete Izotton; Francisco C. Montagna (07\09\1920-01\10\1957); Antonio Fonini e Luiza B. Fonini; Catarina Cendron (17\04\1908-06\11\1982); Nazareno Cendron (28\09\190113\03\1973); Ricardo F. Gasparain (14\05\1914-09\09\1951)95; Antonio Fonini Filho (04\06\1921-18\04\2004); Benjamin Fonini (25\04\1925-12\02\2003); Hercília Fonini Gasparain (22\07\191794

Um dos grandes incentivadores do desenvolvimento de Vila Oeste. Em sua homenagem foi intitulada a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Ricardo Francisco Gasparin. 95

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17\06\1998); Hila Odete Gasparin (27\09\1935-13\03\20--); João Gasparin (18\10\1938-14\12\1982); Rosalia F. Bottan (12\01\192330\11\1966); Leonildo Bottan (24\06\1918-10\12\1998); Constante Bottan (01\05\1882-16\07\1951 – Treviso); Antonio Bottan (28\12\1909-12\10\1998); Josefini Fonini Bottan (18\02\188721\11\1961); Giuseppe Grespan (05\11\1868-1804\1936); Cecilia Faveri Grespan (09\04\1871-04\04\1940); Alessandro Tonini (19\04\1860-24\04\1938); Doralice Bernardi (16\09\185908\01\1930); Maximino Tonini (27\11\1896-15\10\1982); Maria T. Sottilli; Étore Sottilli; Sebastião Lanzarini (26\07\1907-26\02\1991); Antonia R. M. Lanzarin (17\01\1913-10\11\1995); Alvirio Girardi (02\10\1931-13\09\2004); Alcides Alberti (15\10\1937-15\02\2012); Família Guglielmin; Rudimar Salvi (19\06\1968-30\08\2011); Claudina Canton (15\07\1947-14\02\2008); José Lorenzett (09\02\1887-11\07\1954); Elvira Anselmi Lorenzett (26\05\188805\08\1968); Maria Lorenzett (13\03\1912-17\03\1997); Avelino Taufe (28\07\1930-04\07\2000); José Grando (27\03\191510\11\1961); Josefino R. Grando (28\03\1914-04\11\2001); Laudino Grando (02\06\1939-16\06\2001); Sextilio Girardi (18\08\19481602\2012); Ana S. T. Strapazzon (10\08\1916-29\06\1998); Aquiles Strapazzon (16\08\1916-21\09\1952).

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Capela Nossa Senhora de Caravaggio – Linha 9ª (Igreja de 1934)

Embora territorialmente pertencente ao munícipio de Serafina Corrêa, a Igreja Nossa Senhora de Caravaggio preserva as características arquitetônicas da primeira metade do século XX. Sua atual igreja é uma das mais antigas pertencentes à Paróquia Santo Antônio, sendo sua inscrição numa lápide de pedra datada de 1934.Beleza ímpar são as janelas que, no seu interior, preservam longas cortinas. Além disso, preserva o campanário e o imponente cemitério com largos muros de pedra talhada.

Famílias: Família de Antonio Pegoraro, Victorio Pegoraro, Constante Pegoraro, Dileta Pegoraro, Amália Pegoraro, Benedetto Pegoraro e Adele Pegoraro; Família Lorenzetti, Família Pasqualotto, Família Rossoni; Júlia Romano (17\12\1885 – 13\01\1957); Dosolina Gobbi (20\07\1919 – 02\11\2009); Severina Brun Romano (12\09\1878 – 13\02\1911); Giovani Albino Romano (01\07\1877 – 16\01\1938); José Scritori (24\05\1911 – 14\11\1979); Benjamin

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Pasqualotto (30\05\1887 – 05\07\1961); Irene Tafarel (12\07\1906 – 22\11\1964); Família Meneghello; Família Pierozan; Família Lanzarin; Ijaco Campo 1870 – 01\06\1930); Angela Campo (1872 – 07\05\1939); Domingas Nervis (20\10\1934 – 19\01\2012); Antonio Casagrande (09\03\1934 – 13\12\1994); Antoninho Ziliotto (20\01\1954 – 20\01\1954); Neurides Maria Ziliotto (25\03\1958 – 04\04\1958); Amabile Tecchio Gobbi (27\01\1909 – 13\03\1965); João Gobbi (31\07\1906 – 29\04\1969) e Antonio Gobbi (2015).

Capela Lajeado A nova Capela Lajeado foi construída a partir do final a década de 1950. Foi resultado de uma grande cooperação da comunidade, fruto do trabalho des suas primeiras famílias. Construída ao lado do cemitério que, curiosamente, mantém jazidos bem decorados e trabalhados em pedra. Sua atração é o campanário com a inscrição: “A.F.G.P. 25.3.1961”.

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Famílias: Família Baptista Marafon; Família de Simon Pedro Vassoler;

Família

de

Frederico

Sgaolin;

Família

de

Silvio

Maranghoni; Família de Vitório Grando; Família Zanuzzo; Família de Lorentino Madalosso; Família Madalosso; Família Giacomini; Família Gelcino Locatelli; Família de Giuseppe Tuani e Thereza Tuani (1937)

Capela Nossa Senhora da Saúde – Linha 10ª

Preservando a arquitetura total de madeira, a Igreja dedicada a Nossa Senhora da Saúde é uma construção da década de 1950. Uma de suas atrações é o acabamento do telhado, típico das igrejas italianas, e o campanário mantido no lado externo.

Famílias:Antonio Gemelli (02/08/1905 – 01/10/1997); Palmira Gemelli (10/07/1913 – 09/10/1999); Domingos Zaura (04/03/1918 – 05/07/1999); Catarina F. Zaura (15/10/1920 – 11/04/2003); Santo Paloschi (13/10/1925 – 20/03/1981); Tereza D. Paloschi (01/09/1924

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– 29/03/2000); João Paloschi (04/01/1910 – 04/07/1983); Rosa Bortoleti (10/01/1913 – 03/09/1996); Luiz Paloschi (01/01/1950 – 02/03/2011); Elésia Bósio (24/06/1926 – 11/06/1996); João de Biasi (23/06/1912 – 28/05/1988); Helena G. de Biasi (13/05/1913 – 16/01/1980); Tercila S. Sottilli (28/01/1923 – 11/08/2006); Olympio Gemelli (27/11/1935 – 10/06/1996)

Capela Santo Antonio de Pádua - Linha 10ª

Apesar de ser uma construção moderna, a Capela Santo Antonio de Pádua mantém as raízes dos primeiros imigrantes. É isso fica claro no registro histórico das primeiras famílias, sepultadas no cemitério ao lado, e no pequeno campanário mantido ao lado da Igreja.

Famílias: Pedro Biffi (24/09/1893 – 8/12/1949); Maria V. R. Biffi (21/05/1892 – 258/1983); Francisco Biffi (10/07/1947 – 8/09/1968); Danilo Biffi (28/03/1920 – 15/07/1970); Acquilino Girardi (05/08/1929 – 02/06/2013); Gelindo Bogio (16/06/1941 – 15/01/2013); Antonio Favero (25/11/1946 – 09/09/2011); Rosana Rissi da Silva (21/08/1986 – 03/05/2012); Ivo Germano Fin (21/07/1921 – 26/12/1929); Fabiane Chiarello (06/11/1987 – 06/02/2006); Olga Lorenzeti Pegoraro (23/03/1927 – 29/08/2009); Oliva Ângela Paloschi Girardi; Carmela Chiarello (12/04/1902 – 18/06/1988); Antonio Chiarello (10/12/1905 – 05/03/1963); Belmiro Magrin (03/04/1918 – 12/12/1999); Fioravante Battistel (04/10/1920 – 28/12/1977); Alzira Batistel (18/08/1927 – 05/08/1996); Luiz Batistel (10/04/1956 – 02/02/1973); Maria Rissi (24/12/1916 – 25/05/1997); José Rissi (22/02/1916 – 02/09/1994); Hugo Fin (24/04/1936 – 14/07/1993); Avelino Magrin (20/07/1915 – 24/03/1981); Adele Magrin (13/11/1916 – 29/06/1991); José Martini (03/01/1928 – 05/09/2003); Julia S. P. Giaretta (05/06/1918 – 21/06/2003); Leopoldo Maraschin (17/12/1916 – 18/11/1991); Rosina G. Maraschin (20/03/1917 – 22/01/1983); Anedir Alberti Bogio

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(16/04/1948 – 18/01/2002); Valdir Maraschin (19/12/1937 – 8/12/1985); Silvestre Dellazari (26/10/1934 – 26/06/1994); A. Dellazari (23/08/1962 – 18/02/1986); Elv. M. Delassari (22/12/1940 – 15/10/1985); Santina Pegoraro (08/05/1909 – 18/05/1993); Joana G. Bedin (18/03/1911 – 08/06/1998); Antonio Bedin (28/03/1911 – 20/05/1994); Adelina Carlot Biffi (10/07/1917 – 20/08/1987); Albino Tauffer (02/07/1913 – 12/06/1973); Branca M.S. Tauffer (03/03/1915 – 12/04/1989);

Capela Santos Anjos (Capela Angeli)– Monte Forte (1898) A Capela Santos Anjos, Monte Forte, foi criada em 1898. O nome Monte Forte remete-nos a uma situação muito particular: é uma alusão ao monte que se estende por grande parte de seu território.

Entre

suas

primeiras

Basso96(30\06\1848-13\11\1922),

famílias

natural

de

estão Piombino

Antonio Dese,

Província de Padova, sua esposa Tereza Vanzetto (09\08\1854 – 03\10\1931), e Angelo Peruzzo (1876-05\08\1941), natural de Enego, Vicenza. A atual igreja, em formato arrendodado, foi concluída em 1964.

96

Antonio Basso era filho de Michelle Basso e Elizabetta Zorzi, naturais de Piombino Dese, Padova. Seu irmão Frederico casou-se com 13\03\1857 – 18\11\1928) casou-se com Josefina Pizzorni (02\06\1866 – 05\07\1939), sendo sepultados no Cemitério Municipal de Araucária, Paraná. Já seu irmão Guerino (24\05\1861 – 26\12\1927) casou-se com Tarcilla (1866 – 01\09\1894) e, após ficar viúvo, com Catarina Wuicik, também estando sepultados em Araucária, Paraná.

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Famílias:Antonio Troian; Júlia Dalmolin Troian; Pedro Vinoski (1945-2009); Antonio Basso (30\06\1848-14\11\1922); Thereza Vanzetto (13\08\1855-14\10\1931); Teresina B. Borguesan (25\08\1935-16\01\1960); José Borghesan (24\11\1930-23\12\2011); Luiz Kuiava 919\03\1947-10\04\2008); Domingas Sganzerla Burati (05\09\1941-07\11\1994); Gilberto Canteiro (04\05\1954-08\09\2012); Augusto Zambam (31\05\1916-22\08\1992); Florinda Foppa Peruzzo (28\07\1925-21\04\2014); Eugênio Peruzzo (25\02\192721\07\1991); Adão Zembruski (02\07\1929-11\12\20--); Madalena V. Zembruski (20\10\1953-16\09\1988); Ernesta Peruzzo (25\07\192202\10\2009); Terezinha T. Peruzzo (29\03\1938-08\02\20--); Leonel Peruzzo (04\07\1960-15\11\1986); Pedro Peruzzo (22\12\192109\05\1995); M. Peruzzo (1929-1999); José Bazzanella (04\04\191422\08\1985); Ires Dibernardi Bazzanella (10\07\1919-2009); Serafin Peruzzo (08\11\1916-09\07\1995); Zefira P. Peruzzo (09\05\192125\01\2007); Juares Serafini (27\06\1964-20\01\199-); Doralina Dalmolin Crexinski (20\03\1938-17\09\2010); Luiz Crexinski (30\09\1936-18\09\1997); Moacir Antonio Peruzzo (25\11\196206\11\2009); José Kuiava (12\01\1934-15\08\1996); Lui\ Kuiava (1962-2002); Genoveva Zamban (18\11\1922-22\05\1995); Herminio

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Dalmolin; Pierina Dreon Dalmolin; Doralino Dalmolin; Rosa Darif (24\06\1901-15\04\1983); José Scarci (falecido em 1946); José Cenci; José Livinali; Sampson Freire de Castro (1957-2016).

Capela São Luiz(1905) - Sede

Mantendo sua arquitetura característica do início do século XX, a Capela dedicada a São Luiz foi fundada em 1905. Entre seus primeiros moradores está a família de Luigi Grechi, proprietário do moinho Aurora. Além de manter as janelas em estilo original e o sino no alto da torre, a igreja está localizada próxima ao cemitério que está cercado por largos muros de pedra.

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Famílias: Família de Antonio, Vilmar, Albina Lerin; Marcos Toldo (05\05\1981); Ivo Del Re (05\08\1950-16\07\2005); Adaligio Grechi (09\09\1934-02\11\2000); José Basso (1911-04\11\1986); Leticia G. Basso (21\12\1911-14\11\1994); Jacyr Magrin (31\01\1949-14\09\1984); Jorge Grechi (16\11\1941-20\02\2008); Luis P. Grechi (17\05\1909-18\05\1966); Delina F. Grechi (16\08\1909-11\07\1994); Rita Grechi Chiodi (17\07\193330\04\1987); Humberto Chiodi (23\10\1901-26\04\1981); Dosolina E. Chiodi (14\02\1903-01\06\1987); Juleide dos Santos (05\12\196907\12\2008);

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Capela Nossa Senhora da Saúde (1900) A Capela dedicada a Nossa Senhora da Saúde foi instalada por volta do ano 1900. Seus imigrantes, em grande parte do norte da Itália, mantiveram o esboço das construções típicas do interior. A atual igreja foi inaugurada em 1960, preservando em sua totalidade os trabalhos em madeira. É importante notar que está pequena igreja é uma das mais antigas construções religiosas preservadas na região.

Famílias:Sextílio Pandolpho (22\07\1929-29\01\2004); Eudir L. Pandolpho (12\12\1951-18\05\2007); Ana Vidor Lazzaretti (27\08\1935-13\08\2009); Hermelindo Fiorentin (26\11\193308\08\2012).

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Capela Nossa Senhora do Caravaggio – Baldissera (1897)

A Capela Nossa Senhora do Caravaggio, situada na Linha 7ª, aparece descrita já em 1897. Também é conhecida apenas como “Capela do Baldissera”, uma vez que seu primeiro morador foi de Pedro Baldissera e Santa Valmorbida (1879 – 19/08/1934). A atual igreja, imponente em seu estilo, foi inaugurada em março de 1960, sendo um de seus principais responsáveis Pedro Baldissera (189622/04/1968).

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Famílias: Baldissera, Geremias, Nervis, Marafon, Alberti, entre outras.

Família de Angelo Baldissera e seus pais Antonio Luiz Baldissera (direita) e sua mãe Luigia Maria Cella (sentada).

Capela Santo Antonio de Pádua (1906) Dedicada a Santo Antonio de Pádua, a Capela era formada por cerca de cinquenta famílias na década de 1920. João Pasquali mantivera, durante quase três décadas, um pequeno comércio no trevo que dá acesso a Vila Oeste97. Entre suas primeiras famílias 97

Família de João Pasquali, filho de Giusepe Pasquali e Clara Mazotti, e Catharina Samarani, filha de João Samarani e Erminia Vailatti. Mudaram-se de Vista Alegre do Prata para a Capela da Pádua, em meados de 1920. Seus trezefilhos são: - Zulmira Pasquali casou-se com Luiz Negrello [União da Serra, RS]; - Leonildo Pasquali casou-se Carolina Durante [Constantina]. - José Pasquali casou-se com Erminia Fermeda. - Francisco Pasquali casou-se com Angela Vicari. - Atílio Pasquali casou-se com Rosalia Reginatto [Constantina, RS] - Hércules Pasquali casouse com Santina Chitolina [Lucas do Rio Verde, MT]. - Selvino Pasquali casou-se com Odila Pizzatto [Sarandi, RS]; - Nelson Pasquali casou-se com Assunta Arienti [Rondinha, RS]

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estão Battistella, Pasquali, Tramontina, Lanzarin e Breda. A Igreja atual foi concluída em 1961.

Contribuiçõesm dos Sócios na construção da capela no ano 1961:Carlos P. Breda; José Octavio Breda; Elias E. Pulga; Pedro Batistella; Rosina Gnoatto; Forntunato Lazaretti; Laurindo Lazzaretti; Luiz Battistella; Domingos Luiz de Souza; Pedro Ari Battistella; José Lanzarin; Luiz Didomenico; Vitorio M.; João Lanzarin; Antonio Didomenico; Avelino Tramontina; Jorge Didomenico; Antero A. de Souza; Veronica Lanzarin; Luiz A. Battistella; David Battistella; Vig. Padre Francisco Bordignon; Eng. Horácio Madureira; Cons. Adolfo Zuffo; RRFF Alvaro da Cunha.

- Vilma Pasquali (1925) casou-se com José Bianchet [Serafina Corrêa, RS]; - Itelvina Pasquali casou-se com Olimpio Miotto [Constantina, RS]; - Amabile Pasquali casou-se com Vitório Peruzzo [Guaporé, RS] - Emílio Pasquali casou-se.Helena Szablevski [Saudade do Iguaçu, PR]; - Helena Pasquali casou-se com Ogelmiro Peruzzo (União da Serra, RS). Padrinhos de casamento: Gentile Pulga e Linda Moretti; Teolide Marcuso e Amália Furini; Atílio Pasquali e Rosália Reginatto; Amélia Bison e esposo.

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Famílias: Florentina de Souza Battistella (18\03\1938-20\07\2013); Luiz Battistella (10\12\1925-21\03\2013); Joel A. Dos Santos (04\11\1985-01\07\2007); Maria de L. Frigo Bassani (09\03\195120\07\1997); Luiz A. Batistela (25\08\1931-02\04\2002); Sergio Pedro Batistela (09\07\1969-09\04\2006); Nelson Alenxadre Batistela (22\09\1972-09\04\2006); Pedro Battistella (23\12\1905-09\08\1989); Maria L. Battistella (29\09\1905-31\05\1995); Felisberto Battistella (23\04\1908-06\01\1993); Osmar Battistella (09\03\194409\11\1982); Avelino Tramontina (04\02\1930-31\05\1997); Anna Battistella Tramontina (27\02\1930-01\06\2009); Maria de Lourdes T. Breda (11\08\1952-14\09\1999); Homero Antonio Tramontina (11\11\1953-27\01\2014); João Lanzatin e Família; Jairo Lanzarin (31\03\1953-17\05\1994); Antonio Davi (02\01\1929-12\08\1996);

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Capela Nossa Senhora de Caravaggio – Linha 40 Portando uma edificação moderna, a igreja dedicada a Nossa Senhora do Caravaggiofoi inaugurada em meados de 1980. A comunidade tem como primeiros moradores as famílias Foza, Lorenzett, Feltrin e Dal Magro. Vale notar que nesta Capela esteve em funcionamento, durante muitas décadas, aEscola Municipal de 1º Grau Incompleto Marechal Deodoro, ainda preservada como patrimônio histórico.

Famílias: Jose Caetano Foza (11\02\1896-28\03\1936); Albina Dall´Agnol Foza (11\02\1897-04\05\1963); Maria Vivian Lorenzett (13\01\1922-10\12\2011); Victoria M. Foza Canei (31\08\192421\03\2005); Carminelo Canei (16\04\1923-01\06\2001); Gaetano Lorenzett (07\08\1919-21\08\2004); Alcides Luiz Foza (24\12\193223\07\2011); Claudio João Feltrin (07\02\1948-02\01\1977); Gelsomina Feltrin (20\12\1926-19\06\1996); Miguel Feltrin (09\09\1923-14\05\2009); Vyli José Dal Magro (06\01\194809\06\2006); Germano Dal Magro (20\08\1917-24\08\2004); Amábile Dal Magro (06\07\1911-20\08\1995);

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CapelaNossa Senhora Assunta (1912) A Capela dedicada a Nossa Senhora Assunta foi oficialmente inaugurada em 1912. Suas primeiras famílias [Basso, Gobbi e Alberti] foram responsáveis pela construção da pequena igreja de madeira e do salão comunitário. É também neste característico lugar que encontramos a Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Santos Dumont, criada pelo decreto 1317 de 16 de outubro de 1974. Foi reinaugurada 07 de dezembro de 1991, na administração de Alexandre Postal.

Famílias: Albina Gobbi (25\10\1914-13\02\1982); Erminio Gobbi (10\07\1915-04\05\1990); Vitoria Gobbi (05\12\190726\04\1986); José Gobbi (03\12\1907-13\03\2001); Joares Alberti (07\01\1981-02\12\1960); Carlos Alberti (01\12\1913-06\05\1983); Catarina Alberti (14\02\1914-18\09\1987); Carlos Basso (10\11\190424\07\1987); Maria Gobbi Basso (28\07\1905-19\02\1980); Zenaide Battistella Gobi (14\10\1934-20\06\2008); Armindo Gobi (25\10\193405\04\2001); Ulisses Sabadini (1937-2106).

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Capela São Pedro (San Piereto)

Embora seja difícil precisar a data de sua criação, a pequena igreja de madeira foi dedicada a São Pedro. Suas famílias tornaramse devotas de São Pedro pois acreditavam que este seria responsável pelas boas colheitas e, neste caso, a chuva cairia em abundância.

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Capela São Valentin A Capela São Valetin preserva uma pequena igreja de madeira, em estilo moderno, nos moldes de 1960. Conta com poucas famílias e, ao lado, um pequeno campanário com o primeiro sino. Nesta comunidade encontrava-se a escola Agostino Biasoli.

Famílias: Ernesto Marcon (15\11\191-\17\05\1991); Antonio Strapazzon (24\04\1924\27\06\2012); José Filippin (04\03\191724\07\1970); Herminio L. Filippin (05\09\1919-11\12\1984); Virilio D. Rissi (13\09\1919-03\08\1984); Frederico Corti e Maria B. Corti;

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Lorenço Sutili (10\08\1901-21\09\1987); David Boggio (27\08\191502\03\1990); Aniese M. Chiarelo (07\06\1922-27\--\--); Fioravante Chiarelo (16\10\1919-14\--\--); Carmelinda Rissi (13\07\191915\09\2001).

Capela Santo Antônio - Linha Nona A Capela Santo Antonio teve como pioneiros as famílias Strapazzon, Tonini e Dal Bosco. A igreja atual optou por colocar o campanário no lago para fazer o som atingir lugares mais distantes. Não muito distante da Paróquia Santo Antonio, de Vila Oeste, a comunidade era uma das mais numerosas durante longos anos. Suas famílias numerosas, especialmente até 1940, originou uma grande árvore genealógica.

Famílias:Odilla S. Lorenzetti (23\04\1935-03\03\2014); Martin Magrin (27\11\1946-02\11\2012); Henrique B. Zortéa (21\05\1933-

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26\08\2012); Clarita S. Sgarbossa (10\08\1946-22\01\2011); Nilso Strapazzon (03\02\1965-13\02\1990); Helena Strapazzon Andrin (20\07\1957-24\12\2007); Gomercindo Strapazzon (28\10\101712\07\1987); Valentina C. Strapazzon (14\04\1920-13\06\2008); José Strapazzon (16\03\1927-04\01\2008); Ester Balbinot (22\03\195216\06\2011); Dorico Balbinot (21\03\1909-14\12\1979); Fernandes Rech (24\11\1941-02\08\1984); Anagite Nicola (29\03\195817\04\2005); Domingos Dal Bosco (01\08\1920—02\05\2007); Angelina R. Maraschin Dal Bosco (12\06\1921-23\05\1976); Salete Lorenzetti (20\09\1963-11\05\2010); Celina Santa R. Strapazzon (10\03\1940-05\04\1979); Gaspar e Herminia Strapazzon; Domingo Dal Bosco (18\05\1873-27\07\1955); Maria Dal Bosco (16\08\187404\07\1954); Amabile Nicola Andrin (falecida em 2002); Faustino Sgarbossa (28\11\1924-28\12\1993-23\05\2003); Tereza F.S. Sgarbossa (23\10\1923-23\05\2003); Leonice Andrin (17\02\198829\02\1996); Iraci Sgarbossa (23\10\1939-11\06\2009); Carolina Strapazzon (30\01\192—03\11\2006); Francisco Strapazzon (13\09\1954-1406\1995); Antonio Pasquali (26\08\1922-21\02\1998); Ernesto Tonini (21\06\1925-11\11\1997); Ana Dal Bosco Tonini (30\09\1914-17\09\2009); Verginio Andrin (18\08\1928-22\03\2003); João Nicola (05\07\1919-20\12\2002); Fiorinda B. Nicola (25\05\1920-08\04\1999); Antonio Nicola Filho (21\08\195206\12\2002); Inês Fozza Pasquali (23\09\1922-18\09\2003); Antonio Nicola (09\05\1922-25\02\2001); Rosa Nicola; Euclides Nicola (28\11\1957-05\02\2000); Luiz Tonini (04\02\1922-04\04\2010)98;

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Juntamente com Ogelmiro Peruzzo, Luiz Tonini foi convocado, em 1943, para serviço militar em Santa Maria – RS, por ocasião da Segunda Guerra Mundial.

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AGRADECIMENTOS

Escrever um livro não é uma tarefa fácil. De imediato, exige três condições: tempo, paciência e amigos. Os dos primeiros, tempo e paciência, precisam caminhar lado a lado, pois são indissociáveis. Já os amigos, são descobertos por onde o tempo e a paciência circulam. Os amigos, sem dúvida alguma, transformam-se na inspiração onde o tempo e a paciência não estão.... Sustentado pela afirmação anterior, o livro Capela Grotera é resultado de uma série de contribuições. Dezenas foram as pessoas e as famílias que abriram espaço para escavar na memória as raízes de seus antepassados. Enumerar todas elas seria muito difícil e extenso, por isso, o livro serve como expressão de agradecimento. Ao mesmo tempo em que encontrava um pedaço deste quebracabeça descobria que há muita história armazenada na oralidade popular e na tradição. Mais do que a coleta de dados, a história viva ainda pode ser ouvida pelos filhos e netos dos primeiros imigrantes que colonizaram União da Serra. Além de escavar a história da Grotera, realizei uma pequena aventura nas Capelas que fazem parte de União da Serra. Embora de forma sintética, meu objetivo era descobrir quem e quando tornou possível a reconstrução de um sonho na “Nova Itália” que, a partir de 1875, se chamaria “Brasil”. Os primeiros colonizadores foram verdadeiros heróis, fardados com a religiosidade e dotados de um forte senso de coletividade. Antes do que construir suas casas, pensaram em construir as igrejas, os salões comunitários e as escolas. São professores de si mesmos, amantes da sua cultura e seres humanos motivados com a construção de uma pátria próspera

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e feliz.A saudade de sua terra natal foi substituída pela herança afetiva com que construíram suas famílias. Como expressão de agradecimento a todas as pessoas que fizeram parte deste trabalho, gostaria apenas de registrar alguns filhos e filhas, ainda vivos, destes primeiros heróis que são a primeira geração nascida na Grotera. - Hermes Pavoni, 88 anos;[União da Serra, RS] - Genuíno Pavoni, 86 anos; [Balneário Camboriú, SC] - Maria Di Bernardo, 90 anos;[União da Serra, RS] - Antonio Di Bernardo, 88 anos.[União da Serra, RS] - Neli Di Bernardo Bertoldi, 79 anos.[União da Serra, RS] - Ita Elides Di Bernardo Bertoldi, 83 anos;[União da Serra, RS] - Ettore Dalla Costa, 83 anos.[Porto Alegre, RS] - Josephina Dalla Costa Zambam, 100 anos;[União da Serra, RS] -Maria Dalla Costa Baldissera, 86 anos; - Ana Dalla Costa De Rocco, 82 anos; - Pasqual Buratti, 92 anos;[Farroupilha, RS] - Maria Bertoldi Buratti, 93 anos.[Farroupilha, RS] - Dileta Peruzzo Rossetto, 83 anos.[Guaporé, RS] - Libera Bertoldi Nervis, 84 anos.[Guaporé, RS] - Salvino Nervis, 87 anos.[Guaporé, RS] - Germano Buratti, 86 anos. [Caxias do Sul, RS] - Angelo Darif, 86 anos [Medianeira, PR]. - Onoria Peruzzo Dalla Costa, 86 anos.[Santo Antonio do Sudoeste, PR] - Ulisses Gasparotto, 82 anos [Lindóia do Sul, SC]

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CANÇÕES ITALIANAS

Merica-Merica (Angelo Giusti, 1875)99 Dalla Italia noi siamo partiti Siamo partiti col nostro onore Trentasei giorni di macchina e vapore, e nella Merica noi siamo arriva'. Merica, Merica, Merica, cossa saràlo 'sta Merica? Merica, Merica, Merica, un bel mazzolino di fior. E alla Merica noi siamo arrivati no' abbiam trovato nè paglia e nè fieno Abbiam dormito sul nudo terreno, come le bestie abbiam riposa'. Merica, Merica, Merica, cossa saràlo 'sta Merica? Merica, Merica, Merica, un bel mazzolino di fior. E la Merica l'è lunga e l'è larga, l'è circondata dai monti e dai piani, e con la industria dei nostri italiani abbiam formato paesi e città. Merica, Merica, Merica, cossa saràlo 'sta Merica? Merica, Merica, Merica, 99

A música "Merica-Merica" é hino oficial da Colonização Italiana no Rio Grande do Sul. O governador do Estado, Germano Rigotto, sancionou o projeto de lei do deputado estadual José Sperotto (PFL) que institui a música "Mérica-Mérica", de Angelo Giusti, como hino oficial da Colonização Italiana no Rio Grande do Sul. A Lei 12.411 foi sancionada dia 22 e publicada no Diário Oficial do Estado no dia 23 de dezembro de 2005.

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un bel mazzolino di fior. Merica, Merica, Merica, cossa saràlo 'sta Merica? Merica, Merica, Merica, un bel mazzolino di fior.

La Bela Polenta (Canto Popular Vêneto, Anônimo, 1919) Quando si pianta la bela polenta, la bela polenta si pianta così, si pianta così, si pianta così. Bela polenta così. Cia cia pum, cia cia pum. Cia cia pum, cia cia pum. Quando la cresce la bela polenta, la bela polenta la cresce così, si pianta così, la cresce così. Bela polenta così. Cia cia pum, cia cia pum, Cia cia pum, cia cia pum. Quando fiorisce la bela polenta, la bela polenta fiorisce così, si pianta così, la cresce così, fiorisce così. Bela polenta così. Cia cia pum, cia cia pum, Cia cia pum, cia cia pum. Quando si smissia la bela polenta, la bela polenta si smissia così, si pianta così, la cresce così, fiorisce così, si smissia così. Bela polenta così. Cia cia pum, cia cia pum, Cia cia pum, cia cia pum.

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Quando si taia la bela polenta, la bela polenta si taia così, si pianta così, la cresce così, fiorisce così, si smissia così, si taia così. Bela polenta così. Cia cia pum, cia cia pum, Cia cia pum, cia cia pum. Quando si mangia la bela polenta, la bela polenta si mangia così, si pianta così, la cresce così, fiorisce così, si smissia così, si taia così, si mangia così. Bela polenta così. Cia cia pum, cia cia pum, Cia cia pum, cia cia pum. Quando si gusta la bela polenta, la bela polenta si gusta così, si pianta così, la cresce così, fiorisce così, si smissia così, si taia così, si mangia così, si gusta così. Bela polenta così. Cia cia pum, cia cia pum, Cia cia pum, cia cia pum. Quando fenisce la bela polenta, la bela polenta fenisce così, si pianta così, la cresce così, fiorisce così, si smiscia così, si taia così, si mangia così, si gusta così, fenisce così. Bela polenta così. Cia cia pum, cia cia pum, Cia cia pum, cia cia pum.

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La Marianna la va in campagna (Canto Polular Milanês, Anônimo, 1931) Oh Dio del ciel che fai fiorir le rose, manda un marito a tutte queste tose. La Marianna la va in campagna quando il sole tramonterà, tramonterà, tramonterà, chissà quando, chissà quando ritornerà. Si, bella è la rosa, ma ancor di più è la viola, la mia mogliettina sarà una campagnola. La Marianna la va in campagna quando il sole tramonterà, tramonterà, tramonterà, chissà quando, chissà quando ritornerà. O bei giovanotti, se fate all’amore, lasciate le bionde e pigliate quelle more. La Marianna la va in campagna quando il sole tramonterà, tramonterà, tramonterà, chissà quando, chissà quando ritornerà. Ma brune o bionde, facendo all’amore, le ragazzine ti ruberanno il cuore. La Marianna la va in campagna

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quando il sole tramonterà, tramonterà, tramonterà, chissà quando, chissà quando ritornerà. L’amore si fa con tutte le ragazze, ma state attenti a quelle un poco pazze. La Marianna la va in campagna quando il sole tramonterà, tramonterà, tramonterà, chissà quando, chissà quando ritornerà!

Mamma mia dammi cento lire (Canto da Imigração, Anônimo, 1908) Mamma mia dammi cento lire che in America voglio andar! Cento lire io te le do ma in America no, no, no! Cento lire io te le do ma in America no, no, no! I suoi fratelli alla finestra: Mamma mia lassela andar! Vai, vai pure o figlia ingrata che qualcosa succederà! Vai, vai pure o figlia ingrata che qualcosa succederà! Quando furono in mezzo al mare, il bastimento si sprofondò! Pescatore che peschi i pesci, la mia figlia vai tu a pescar! Pescatore che peschi i pesci, la mia figlia vai tu a pescar!

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Il mio sangue è rosso e fino, i pesci del mare lo beveran! La mia carne è bianca e pura, la balena la mangerà! La mia carne è bianca e pura, la balena la mangerà! Il consiglio della mia mamma l'era tutta la verità, mentre quello dei miei fratelli resta quello che m'ha ingannà! Mentre quello dei miei fratelli resta quello che m'ha ingannà! Il consiglio della mia mamma l'era tutta la verità, mentre quello dei miei fratelli resta quello che m'ha ingannà! Mentre quello dei miei fratelli resta quello che m'ha ingannà! Mentre quello dei miei fratelli resta quello che m'ha ingannà! Mentre quello dei miei fratelli resta quello che m'ha ingannà!

Quel Mazzolin de Fiori (Canto tradicional de Montagna, Anônimo, 1904) Quel mazzolin di fiori, che vien dalla montagna. E bada ben che non si bagna che lo voglio regalar, e bada ben che non si bagna che lo voglio regalar. Lo voglio regalare, perchè l'è un bel mazzetto.

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Lo voglio dare al mio moretto questa sera quando vien, lo voglio dare al mio moretto questa sera quando vien. Stasera quando viene, sarà una brutta sera. E perchè lui sabato sera lui non è vegnù da me, e perchè lui sabato sera lui non è vegnù da me. Non l'è vegnù da me, l'è andà dalla Rosina. E perchè mi son poverina mi fa pianger e sospirar, e perchè mi son poverina mi fa pianger e sospirar. Fa pianger e sospirare, sul letto dei lamenti. E cosa mai diran le genti, cosa mai diran di me? e cosa mai diran le genti, cosa mai diran di me? Diran che son tradita tradita nell'amore. E sempre a me mi piange il core e per sempre piangerà, e sempre a me mi piange il core e per sempre piangerà.

L´acqua fa male, il vino fà cantare(Canto Popular, século XIV) Abbasso l'acqua che rovina i ponti, perfino quella pura delle fonti, la cosa che per noi davvero conti

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è il vino che mantiene mari e monti. Si incontra spesso l'uomo che fa acqua e molto spesso gioca a nascondino, ma chi si perde in un bicchiere d'acqua può ritrovarsi in un bicchier di vino. Il sangue non è acqua, infatti il sangue è vino, il vino fa buon sangue ti rende genuino. Empi il bicchier che è vuoto, vuota il bicchier che è pieno, non lo lasciar mai vuoto, non lo lasciar mai pieno. Evviva il vino vivo della vigna che rende questa vita più sanguigna, chi vive d'acqua spesso se la svigna e appresso il vino brucia la gramigna. Il furbo tira l'acqua al suo mulino, il saggio se ne infischia e tira il vino e ha l'acqua in bocca il maschio del padrino e invece c'è chi ce l'ha in bocca il vino. Il sangue non è acqua infatti il sangue è vino, il vino fa buon sangue ti rende genuino. Empi il bicchier che è vuoto, vuota il bicchier che è pieno, non lo lasciar mai vuoto, non lo lasciar mai pieno. Empi il bicchier che è vuoto,

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vuota il bicchier che è pieno, non lo lasciar mai vuoto, non lo lasciar mai pieno. Non lo lasciar mai vuoto, non lo lasciar mai pieno.

La Violetta la va, la va (Coro Alpino, Anônimo, 1818) E la Violetta la va, la va, la va, la va, la va, la va. La va sul campo, e la s'era insugnada che gh'era 'l so Gingin che la rimirava. La va sul campo, e la s'era insugnada che gh'era 'l so Gingin che la rimirava. Perchè mi rimiri, Gingin d'amor, Gingin d'amor, Gingin d'amor. Io ti rimiro perchè tu sei bella, dimmi se vuoi venire con me alla guerra. Io ti rimiro perchè tu sei bella, dimmi se vuoi venire con me alla guerra. No, no, alla guerra non vo' venir, non vo' venir, non vo' venir. Non vo' venire con te alla guerra perchè si mangia male e si dorme per terra. Non vo' venire con te alla guerra perchè si mangia male e si dorme per terra. No, no, no, per terra non dormirai, non dormirai, non dormirai. Tu dormirai sopra un letto di fiori e quattro begli Alpin ti faranno gli onori. Tu dormirai sopra un letto di fiori e quattro begli Alpin ti faranno gli onori.

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Addio mia bella, addio(Carlo Alberto Bosi, 1848) Addio mia bella, addio, l'armata se ne va e se non partissi anch'io sarebbe una viltà. E se non partissi anch'io sarebbe una viltà. Non pianger, mio tesoro, forse io ritornerò, ma se in battaglia muoro in ciel ti rivedrò. Ma se in battaglia muoro in ciel ti rivedrò. La spada, le pistole, lo schioppo l'ho con me, allo spuntar del sole io partirò da te. Allo spuntar del sole io partirò da te. Il sacco è preparato, sull'omero mi sta, sono uomo e son soldato, viva la Libertà! Sono uomo e son soldato, viva la Libertà! Io non ti lascio sola, si, ti resta un figlio ancor, nel figlio ti consola, nel figlio dell'amor! Nel figlio ti consola, nel figlio dell'amor! Suonò la tromba, addio, l'armata se ne va.

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Un bacio al figlio mio! Viva la Libertà! Un bacio al figlio mio! Viva la Libertà!

Ricordarsi dei nostri bisnonni (Valmor Marasca, 1963) Faze più de cento ani, che i Taliani qua i zé rivai; Zé rivati de bastimento, i gà sofresto pezo que animai; I gà trovato puro mato, sensa querte i dormiva in tera; I gà lutà tanto tanto, quasi come èser ne la guera. Bisogna recordarse de i nostri bisnoni che grasie a lori poi noi semo qua! De manara i taieva le piante, per piantare formento e milio; Quelo zera per el suo sustento, pena rivati qua nte sto paise; I gà piantà tanti vignai, i gà inpienesto le bote de vin; L' era Italiani che ghe fea veder, la so forsa a tuto l Brasil. Bisogna recordarse de i nostri bisnoni che grasie a lori poi noi semo qua! La domenica i ndeva a mesa, fioi e fiole e i sui genitori; I gaveva tanta fede a Dio, che zé pupà anca de tuti noi; Se tuta la gente del mondo, fose stata come i nostri bisnoni,

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deso el mondo el saria ben nantro, sensa guera e meno povertà! Bisogna recordarse de i nostri bisnoni che grasie a lori poi noi semo qua! Quando l' era giorni de festa, se reuniva diverse fameie; I canteva, i giugheva a le boce, giugar carte i pasea note intiere; Ben contenti i giugheva a la mora, e i beveva anca tanto vin; Quando che ghe bateva la fame, i magnea polenta e scodeghin. Bisogna recordarse de i nostri bisnoni che grasie a lori poi noi semo qua! Vardé adeso, me cari frateli, che cità e che bele colonie; Tante strade e che grande industrie, che i ga fato per noi ver più sorte; Noi qua adeso gavemo de tuto, ascolté cosa che mi ve digo: Recordeve de i nostri Italiani, che adeso i è là n tel paradizo! Bisogna recordarse de i nostri bisnoni che grasie a lori poi noi semo qua!

La Verginella (Canto Popular do Tirol e Vêneto, Anônimo, 1876) Ho girato la Italia e il Tirol, ho girato la Italia e il Tirol sol per trovare una verginella, e ciomba la ri la re la, e viva l'amor.

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Sol per trovare una verginella, e ciomba la ri la re la, e viva l’amor. Verginella non posso trovar, verginella non posso trovar, solo mi basta che la siai bella, e ciomba la ri la re la, e viva l'amor. Solo mi basta che la siai bella, e ciomba la ri la re la, e viva l’amor. I tirolesi son bravi soldati, i tirolesi son bravi soldati, tutte le notte de sentinella, e ciomba la ri la re la, e viva l'amor. Tutte le notte de sentinella e ciomba la ri la re la, e viva l’amor.

La Montanara (T. Ortelli e L. Pigarelli, 1927) Là su per le montagne, fra boschi e valli d'or, tra l'aspre rupi echeggia un cantico d'amor. Là su per le montagne, fra boschi e valli d'or, tra l'aspre rupi echeggia un cantico d'amor. La montanara o-he si sente cantare,

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cantiam la montanara e chi non la sa? La montanara o-he si sente cantare, cantiam la montanara e chi non la sa? La montanara o-he si sente cantare, cantiam la montanara e chi non la sa? La montanara o-he si sente cantare, cantiam la montanara e chi non la sa? Là su sui monti dai rivi d'argento, una capanna cosparsa di fiori. Era la piccola dolce dimora di Soreghina (*) la figlia del sol. La figlia del sol.

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Moinho De Rocco – Década de 1930.

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