Língua código expressão ou interação parte 1

May 31, 2017 | Autor: Tiago Lessas | Categoria: Gêneros Textuais, Linguistica, Concepcoes de linguagem
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08/08/2016 Língua Portuguesa | Língua: código, expressão ou interação? ­ Se o dilema espelhamento ou construção na relação entre linguagem e realidade soc… Assine 0800 703 3000 SAC Bate­papo

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Língua: código, expressão ou interação? Se o dilema "espelhamento ou construção" na relação entre linguagem e realidade social estimulou debates por décadas, o que dizer da relação entre a visão de mundo do professor e o ensino? Por Gabriela de Paiva Gomes Albuquerque, Tiago Lessas José de Almeida e Iran Ferreira de Melo Recommend 8 people recommend this. Be the first of your friends.

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Edição 59 FUNCIONALISMO Por outro lado, o paradigma funcionalista baseia­se em dois pressupostos: o de que a linguagem tem funções externas a si e o de que essas funções influenciam a sua organização interna. No ensino funcionalista, a linguagem deve ser estudada a partir dessa interação com os seus elementos extrínsecos. Isso significa que o Funcionalismo tem por objetivo descrever a interface entre os aspectos exteriores que circundam a linguagem e o sistema interno desta, sendo, portanto, um modelo dialético e abrangente de estudos, pois investiga como a forma atua no significado e como as funções externas do sistema linguístico influenciam na forma. Nesse caso, a identidade e o papel social dos usuários de uma língua são levados em conta ao se analisar um texto, pois, de acordo com o Funcionalismo, ambos interferem na maneira como os próprios usuários lidam com a linguagem. Isso é notório ao analisarmos os vários mecanismos de utilização da linguagem no nosso cotidiano. Um deles, por exemplo, é a marcação da polidez numa conversa. O uso de formas verbais que constroem o grau de polidez é regulado pela relação que os interlocutores mantêm entre si: um indivíduo, na interação com quem mantém relação hierárquica (filho em relação ao pai, aluno em relação ao professor), marca comumente sua fala com elementos que representam polidez (verbos no modo hipotético, ou subjuntivo "eu“ gostaria"” para não demonstrar autoridade; tratamentos honoríficos, como "senhor", "doutor", a fim de nãogerar intimidade; etc.). Esses e outros exemplos prosaicos revelam a

Capa

interferência constante das condições externas da linguagem na seleção e organização formal dos textos. Reportagens Isso quer dizer que se constitui funcionalista qualquer teoria da linguagem que descreve um texto associando as categorias que o compõem internamente ­ elementos referenciais, lexicais, icônicos, etc. ­ a aspectos do entorno de sua produção e consumo ­ cognição social, cultura dos interlocutores, etc. O que isso quer dizer? Em última instância, precisamos pensar quais os nossos objetivos enquanto educadores/as. Visamos a uma formação humanística, voltada para a formação de uma consciência crítica dos nossos alunos ou queremos apenas que memorizem o necessário para passar no vestibular? Já dizia o pai da linguística, Ferdinand de

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FORMALISMO E FUNCIONALISMO O formalismo e o funcionalismo são dois paradigmas que orientaram os estudos linguísticos nas últimas décadas.

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*Gabriela de Paiva Gomes Albuquerque e Tiago Lessas José de Almeida são alunos de Letras da UFPE. Iran Ferreira de Melo é professor do Departamento de Letras da UFPE e doutorando em Língua Portuguesa pela USP.

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