Língua código expressão ou interação parte 2
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08/08/2016 Língua Portuguesa | Língua: código, expressão ou interação? Se o dilema espelhamento ou construção na relação entre linguagem e realidade soc… Assine 0800 703 3000 SAC Batepapo
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Ensino
Língua: código, expressão ou interação? Se o dilema "espelhamento ou construção" na relação entre linguagem e realidade social estimulou debates por décadas, o que dizer da relação entre a visão de mundo do professor e o ensino? Por Gabriela de Paiva Gomes Albuquerque, Tiago Lessas José de Almeida e Iran Ferreira de Melo Recommend 34 people recommend this. Be the first of your friends.
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Edição 59 Muito já se tem dito sobre o fato de que toda prática pedagógica está sempre baseada em algum posicionamento políticoideológico. O ensino de língua portuguesa não foge à regra, tendo, nesse caso, a raiz de tal posicionamento construída a partir da concepção de língua que o/a professor/a vai adotar. Você já parou para pensar nisso? A edificação das principais teorias que conhecemos hoje sobre a língua se deve a uma série de esforços teóricos que surgiram no rastro de vários estudos desenvolvidos durante o século XX. Podemos resumir tais estudos em três macro concepções que orientam a linguística contemporânea e, consequentemente, o ensino de língua. Vamos conhecêlas. Por ordem cronológica, as seguintes concepções vêm se apresentando como hegemônicas nas diversas investigações científicas com a linguagem.
1. Língua como expressão do pensamento
Capa
Nessa concepção, a língua é produzida mentalmente de maneira individual, intrínseca e sob a organização lógica do raciocínio. As atividades de linguagem se realizam nessa perspectiva independentemente das circunstâncias situacionais, sóciohistóricas, culturais e políticas em que ocorrem. 2. Língua como um instrumento de comunicação Opondose à primeira concepção, esta segunda visão sobre a língua a entende como um conjunto de códigos
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autônomos e externos ao indivíduo, motivados socialmente, que serve essencialmente para a troca de informações (comunicação). Entretanto, seu funcionamento também independe do contexto de realização.
Estante
3. Língua como interação social
Retratos
Já esta terceira concepção compreende a língua como uma atividade social não somente usada para comunicar, mas também para realizar ações através da interação social e cognitiva entre os falantes. Esta visão leva em conta as situações de interlocução nas quais a língua se realiza e a influência de fatores de diversas ordens no curso dessas situações.
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Mas de que maneira podemos perceber a intervenção dessas três concepções no ensino de língua portuguesa? Até que ponto o modo como o/a educador/a concebe a linguagem influenciará na forma de educar?
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Visão de mundo e educação Vejamos. Em um de seus memoráveis livros, O texto na sala de aula, o professor da Unicamp João Wanderley Geraldi apresenta a diferença entre ensinar uma língua e ensinar metalinguagem. Nele, o mestre Geraldi defende que a postura
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do docente dentro da sala de aula evidencia seu posicionamento político e isso interfere também significativamente nos métodos e conteúdos que escolhe. Em outras palavras, como expomos, isso se refere à ideia de que toda prática pedagógica se articula através de uma opção política. Para ele, a forma de enxergar a sociedade influencia diretamente na maneira de ensinar e tudo que a envolve. Há, por exemplo, uma estreita relação entre o baixo nível do desempenho linguístico por estudantes e o conceito de língua difundido na escola. Eis aí a nossa principal questão! Muito do
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08/08/2016 Língua Portuguesa | Língua: código, expressão ou interação? Se o dilema espelhamento ou construção na relação entre linguagem e realidade soc… aprendizado de nossos alunos com a linguagem depende da forma como abordamos o uso e a reflexão da língua em sala de aula. Em linhas gerais, podemos dizer que o efeito do ensino de língua portuguesa variará a depender da maneira que o/a professor/a conduzir políticoideologicamente a sua prática pedagógica, isto é, a depender da escolha de estratégias que vão desde a seleção de conteúdos até o modo de avaliação. E isso tudo, ainda que o/a docente não perceba, está ligado à concepção que ele/ela adotar. Conceber a língua como mecanismo da expressão do pensamento ou código para comunicação recairá no ensino reducionista ou, como chamamos, formalista, mas entender a língua como prática social será o primeiro passo para estudála de uma forma mais explanatória e compreendêla como um processo intersubjetivo, contextualizado, funcional e, portanto, sob uma abordagem funcionalista.
FORMALISMO Vamos entender um pouco melhor esses dois paradigmas. No primeiro caso paradigma formalista a língua é concebida como um fenômeno suficiente em si, independente de qualquer fator externo a ela, já no segundo paradigma funcionalista a compreendemos como uma prática interconectada a várias outras da vida social, sem as quais não seria possível se manifestar. Ambos fundamentos agendam suas pesquisas distintamente, caracterizando seu objeto de estudo e instituindo seus objetivos de maneira oposta entre si. Ao ensino formalista interessa descrever ou mapear a manifestação da linguagem em termos de compreensão dos aspectos imanentes aos textos, desconsiderando a intervenção dos elementos históricos, ideológicos e culturais na organização interna do sistema linguístico. Por exemplo, caso o/a educador/a pretenda discutir a produção de um artigo de opinião em sala de aula, levará em conta apenas a composição desse gênero de texto sob a perspectiva da frase na sua relação fonológica, morfológica e sintática, ou, no máximo, questões relativas ao sentido gerado no interior de uma proposição, a partir do efeito de uso da pontuação ou da manifestação da ambiguidade lexical. Esse estudo não consideraria, por exemplo, o suporte onde o artigo é veiculado (rádio, jornal, internet); a modalidade em que é produzido (oral ou escrita); a identidade do autor (crítico de arte, professor universitário, literato); ou o motivo da produção textual (se responde, complementa ou reforça um outro artigo). Em outros termos, não faria parte dos objetivos de uma aula formalista sobre a produção de artigos de opinião entender as condições de realização do texto, mas apenas a estrutura elementar interna dele (a forma). E no que isso acarretaria para a aprendizagem dos alunos, professor/a? A maior de todas implicações é a ideia de que os sujeitos da linguagem ocupam o lugar apenas de reprodutor e decodificador de mensagens, os sentidos são préestabelecidos à realização verbal e o texto é entendido como um amontoado de sentenças, que possui coerência somente a partir de seus elementos internos, de dentro para fora, sem qualquer referência aos vários contextos em que está inserido (sociocultural e cognitivo, por exemplo).
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