Língua e revolução: a linguagem do nazismo segundo Victor Klemperer

June 3, 2017 | Autor: R. Cavalcante de ... | Categoria: Languages and Linguistics, Lexicon, Nazism, Totalitarism
Share Embed


Descrição do Produto

LÍNGUA E REVOLUÇÃO
A linguagem do nazismo segundo Victor Klemperer
Rerisson Cavalcante de Araújo
SePesq 2016 – Instituto de Letras da UFBA
Maio de 2016
JÜDISCHE KRIEG ('guerra judaica'): a guerra da Alemanha não era contra Inglaterra, França, Rússia.

"É contra o judeu que travamos a guerra, é a guerra judaica". (p. 270)

Termo idêntico ao da obra do historiador romano Flávio Josefo (séc. I) e do romance do judeu alemão Lion Feuchtwanger.



"Guerra judaica" (I)
A narrativa nazista, durante a guerra, falava de "defender a Europa" contra o inimigo "asiático" ( = russo) e o traidor da Europa e descendente de judeus ( = a Inglaterra).

A Europa se reduzia a um espaço geográfico a ser "organizado" pela Ordnungsmacht ("potência organizadora"), a Alemanha.

"Goebbels escreve: Os povos da Europa deviam nos agradecer de joelhos pelo fato de lutarmos para defendê-los". (cap. 24, p. 258)
O conceito de "Europa" (IV)
Com o nacional-socialismo, o conceito de Europa foi "aufgenordet" ('tornado nórdico').

Para os nazistas: "Tudo que fosse europeu procedia dos nórdicos, ou dos germano-nórdicos, e todo elemento danoso ou ameaçador vinha da Síria e da Palestina."

"Tudo o que, no cristianismo, não estivesse de acordo nem com a ética nem com a doutrina do Estado nazista era suprimido como influência judaica, síria ou até romana." (cap. 24, p. 254)

O conceito de "Europa" (III)
Antes do nacional-socialismo:
"Paul Valéry deixa claro que o conceito de espaço europeu é uma abstração. A Europa são todos os lugares nos quais a tríade Jerusalém , Atenas e Roma se fez presente (...): Grécia, Roma antiga e Roma cristã, com Jerusalém. Até a América não passa de 'uma formidável criação da Europa'." (cap. 24, p. 253)

"Como se pode ter saudades de uma Europa que não existe mais? A Alemanha não é mais Europa." (p. 253)





O conceito de "Europa" (II)
O discurso nacional-socialista altera o conceito de "Europa".

Retira da "Europa" os valores universais anteriores. Quais seriam esses?




O conceito de "Europa" (I)
Schirach publica Das Lied der Gertreuen, "Cântico dos fiéis", e escreve sobre Hitler: "Tanta gente que nunca te viu, mas sempre te amou, nosso divino salvador, nós austríacos perseguidos". (cap. 18, p. 191)

"O nazismo foi aceito como evangelo, pois usou a linguagem do evangelho". (p. 197)
Imitação da linguagem religiosa III
"Hitler chama 'meus apóstolos' os caídos na Feldherrhalle. (...) Quando houve os funerais, eles disseram: 'Vocês ressuscitaram no Terceiro Reich'." (p. 188)

Göring: "Todos nós, desde o mais simples membro das AS até o primeiro-ministro, somos de Adolf Hitler e por Adolf Hitler".
Imitação da linguagem religiosa II
Culto e linguagem aos heróis do Partido nazista, equivalente à reservada aos mártires cristãos: "bandeira de sangue", "testemunha de sangue".
Descristianização do Natal na impresa: "Fest der deutschen Seele" (festa da alma alemã), "Grossdeutsche Weihnacht" (Natal da Grande Alemanha), "Auferstehung des Grossdeutschen Reiches" (ressurreição do Reich da Grande Alemanha). O judeu Jesus não entra em cena.
Imitação da linguagem religiosa I
"... Em teoria, o nacional-socialismo ressalta as raízes hebraica (...) do cristianismo para destruí-lo. Em termos práticos, o nacional-socialismo pressiona os homens das SS, bem como os professores das escolas primárias, a abandonar a Igreja. Movem processos contra os professores de escolas católicas, que acusam de homossexuais..." (cap. 18, p. 185)

Combate ao cristianismo e imitação da linguagem religiosa
Os alemães não atacam, "apenas se defendem".

Ingleses como "descendentes daquela tribo judaica perdida".

Às portas da derrota, os exércitos estrangeiros eram "söldner dieser Weltverschwörung einer parasitären Rasse" ('mercenários desse complô mundial da raça parasita').


"Guerra judaica" (II)
O próprio grito contra a manipulação pode, assim, tornar-se a forma mais eficiente de se defender contra a realidade.

Não há nenhuma resposta pronta contra isso além do esforço próprio, cujo resultado sequer é garantido
Como lutar contra a manipulação linguística? (III)
Podem-se apresentar todos os exemplos de fraude e ludibriação jamais documentados na história humana...

... e a primeira reação do ouvinte será simplesmente procurar alguma frase de que discorda ou não gosta para dar como exemplo de manipulação linguística.
Como lutar contra a manipulação linguística? (II)
"O judeu é o bode expiatório mais popular, o adversário mais notório, o denominador comum mais evidente, o nó que junta os mais diversos fatores". (p. 274)
"Goebbbels escreve: 'Podemos definir o judeu como a encarnação do complexo de inferioridade reprimido'." (p. 276)
"Guerra judaica" (IV)
"Se falares de diversos adversários, alguém poderia ter a ideia de que talvez seja tu que estejas errado. Reduza todos a um denominador comum, junte-os, crie uma afinidade entre eles! O judeu se presta muitíssimo bem a uma operação desse tipo, muito clara e compatível com a mentalidad e popular". (p. 274)
Por que o judeu? (I)
Klemperer pergunta-se: o anti-semitismo nazista decorre da sua crença na teoria racial? Ou é o inverso?

Klemperer conclui que é o oposto: o anti-semitismo veio primeiro; a adesão às teorias raciais foi uma forma de justificar o recurso da criação do estereótipo do inimigo judeu.
Por que o judeu? (II)
KRANKENBEHANDLER: "tratador de doentes".
RECHTSKONSULENTEN: "consultores jurídicos".
ZAHNBENHANDLER: "tratador de dentes".

Objetivo: considerar os judeus como não-alemães. Não eram autorizados a exercer profissão de médico, advogado.

Os médicos/advogados judeus (que atendia outros judeus) recebiam esses termos, para ridicularizar. Negativa do título oficial pelo Estado.



Termos relacionados aos judeus: profissões
RASSENSCHANDE: "desonra racial" (termo dado ao casamento entre judeus e arianos).
JUDENHURE: "prostituta de judeus" (dado a arianas que se negavam a se divorciar de judeus).
JUDENKNECHT: "vassalo de judeus" (ofensa a alemães não-judeus).
JUDENHAUSER: "casa dos judeus" (casas coletivas para onde os judeus foram transferidos).
WELTJUDENSCHAFT: "judaísmo mundial" (termo para designar todos os judeus do mundo como uma entidade que agiria de modo homogênio, em conspiração).

Termos relacionados aos judeus: relações
MELDEN: "apresentar-se"; passou a significar especificamente "ser convocado para apresentar-se à Gestapo"; expectativa de maus-tratos; talvez não-retorno.

HOLEN: "buscar"; termo mais usado a mais tempo e abrangente: abarcava a judeus, cristãos e até arianos.

Verbos relacionados à perseguição
Uma filóloga judia que queria que seus filhos crescessem com a cultura judaica e a alemã: "eles têm que ser alemães fanáticos, como eu. Somente a germanidade fanática poderá purificar a nossa pátria da não germanidade atual". (p. 297)

O problema não é a defesa da germanidade, pois os judeus eram/se identificavam como alemães, mas a caracterização da germanidade como "fanática".
Assimilação da linguagem pelos judeus (I)
Um comerciante judeu, que não se identifica como culturalmente judeu, mas que usava as expressões nazistas Weltjudenschaft (judaísmo mundial).

Um judeu russo inteiramente anti-alemão, adepto do sionismo, que falava sempre dos völkische Belang (interesses étnicos).
Assimilação da linguagem pelos judeus (II)
Não existe nenhuma fórmula de defesa automática e mecânica contra a manipulação através da linguagem.

Nenhum conjunto pré-definido de conceitos ou princípios ou valores o tornará imune a isso, simplesmente porque tudo isso pode servir de material para o engano alheio e o autoengano.
Como lutar contra a manipulação linguística? (I)
"... a LTI é uma linguagem de fé, que já visa ao fanatismo. (...) linguagem de fé, estreitamente ligada ao cristianimos, ou mais exatamente, ao catolicismo, apesar de o nacional-socialismo combater o cristianismo e, em especial, a Igreja Católica. Esse combate se dá às vezes de maneira aberta, às vezes de maneira velada, mas ocorre desde o começo." cap. 18, p. 185

Combate ao cristianismo e imitação da linguagem religiosa
"Se a abreviatura está presente no tempo e no espaço, até que ponto ela pode ser considerada uma característica particular ou um defeito particular da LTI?" (p. 160)

"Nenhum estilo linguístico anterior empregou-as de maneira tão exagerada como o alemão de Hitler. A abreviatura moderna está inserida em qualquer lugar onde há tecnicismo e organização. Ora, a aspiração totalitária do nazismo impõe o tecnicismo e organiza tudo." (p. 162)
Abreviação
"Na LTI, o emprego irônico predomina largamente sobre o neutro, pois ela odeia a neutralidade. Precisa sempre ter um adversário a ser rebaixado" (p. 134).
Exemplos:
Estadistas estrangeiros sempre eram: o "estadista" Churchill/Roosevelt.
Einstein (judeu) sempre era: "pesquisador".
Heine sempre era: um "poeta" alemão.
O chefe militar iugoslavo Tito era: o "marechal" Tito.
Pontuação (III)
Para ter uma noção mais real sobre um evento que se torna cada vez mais folclórico.

Para se preocupar com os abusos da linguagem política e ideológica; como sua forma de se expressar pode ser moldada externamente.

Para ter uma antídoto contra o abuso de se qualificar como "nazista" ou "fascista" qualquer um que pense diferente.

Por que ler sobre o léxico da LTI?
Klemperer usa a sigla LTI para designar a linguagem nazista.

LTI corresponde ao latim Lingua Tertii Imperii ("língua do terceiro reino/Reich").

Era uma paródia de uma das características da LTI (a ser vista adiante).
LTI: Lingua Terti Imperii
"O nazismo se embrenhou na carne e no sangue das massas por meio de palavras, expressões e frases impostas pela repetição, milhares de vezes, e aceitas inconsciente e mecanicamente." (cap. 1, p. 55)

"... era sempre o mesmo chavão e o mesmo tom de voz, na linguagem escrita ou falada, entre pessoas cultas ou incultas. A LTI imperava por toda parte (...), até mesmo entre os judeus, as maiores vítimas do nacional-socialismo." (cap. 3, p. 63)

A influência pela linguagem
Não é um manual passo a passo para você identificar "linguagem nazista".

Não é um tutorial sobre como patrulhar a fala das outras pessoas para acusá-las de nazismo.

Não é uma vacina mecânica e automática para tornar você magicamente imune à manipulação pela linguagem.

Este minicurso NÃO é:
"Projeto de mudança profunda na sociedade a ser obtida através da concentração de poder." (CARVALHO, 2013)

Nem toda revolta ou processo político é uma "revolução" nesse sentido.

Todo evento social produzir marcas na língua (ex.: termo entnazifizierung, 'desnazificação', após a guerra), mas o objetivo abrangente de um projeto revolucionário causa marcas muito maiores.


Conceito de "revolução"
"STRAFEXPEDITION foi a primeira palavra que anotei como especificamente nazista"; "não pela forma, mas pela alteração do significado". (p. 89, 91)

"STRAFEXPEDITION condensava tudo o que podia encarnar arrogância, violência e desprezo." (p. 91)


Exemplo: a primeira palavra nazista
Os objetivos de Klemperer foram:

Registrar, documentar e anotar o que está acontecendo diante de seus olhos.

Não é um objetivo teórico. Não há uma teorização geral sobre a linguagem ou manipulação pela linguagem, embora haja reflexões teóricas espalhadas sobre vários pontos específicos.


Objetivos da escrita do livro
Viveu de 1881 a 1960.
Alemão de origem judaica, convertido ao luteralismo.
Pesquisador de literatura francesa, crítico literário e filólogo.
Casado com Eva Schlemmer, pianista e não-judia.
O autor: Victor Klemperer
Luta como voluntário na I Guerra Mundial.
É retirado do serviço público em 1935 por ser judeu.
Título: "LTI – A linguagem do Terceiro Reich"
Original: "LTI – Notizbuch eines Philologen"
Autor: Victor Klemperer
Publicação: em 1947.
Versão brasileira: 2009, editora Contraponto.
Tradução: Miriam Bettina Paulina Oelsner
Dados do livro
"... tudo era discurso, arenga, alocução, invocação, incitamento. (...) O estilo obrigatório de todos era berrar como um agitador berra na multidão".

A LTI "não era pobre só porque todos se viam forçados a obedecer a um único padrão de linguagem, mas especialmente porque, por meio de uma limitação autoimposta, só permitia expor um lado da natureza humana". (cap. 3, p. 65)
Pobreza linguística (I)
Reflexão para os linguistas:

Defendendo a abordagem descritiva, os linguistas modernos enfatizam:"todas as línguas são ricas e complexas"; são ferrenhamente contra insinuações de "pobreza linguística".

Como lidar com a caracterização da LTI como "linguagem pobre"?


Pobreza linguística (II)
Reflexão para os linguistas:
Resposta:
- distinção entre a potencialidade total de um idioma e a efetivação dele em um momento ou situação social.
- o alemão continuou mais complexo do que sistema de comunicação não-humanos em sintaxe, fonologia etc; mas os discursos e costumes linguísticos efetivamente adotados de modo mais recorrente eram pobres por uma autolimitação de temas, recursos e expressões utilizadas.



Pobreza linguística (III)
Qual a pontuação mais usada pela LTI? A exclamação, já que era um estilo de abuso da declamação histérica? Não, pois a exclamação era desnecessária.

LTI: abuso das aspas irônicas. "As aspas irônicas não se restringem a uma citação neutra. Colocam em dúvida a veracidade do que foi dito, qualificando por si mesmas essa afirmação como mentirosa." (p. 133-134)

As aspas irônicas não foram uma invenção nazista; mas o nazismo usa ad nauseam.
Pontuação (II)
Estilos literários e movimentos culturais às vezes têm sinais de pontuação característicos.

Exemplos:
- o ponto e vírgula para os eruditos.
- as reticências para os simbolistas.
- os travessões para os naturalistas.

Pontuação (I)
"... na consciência popular, a verdade se manteve viva: um estado de espírito confuso, próximo da doença mental e do crime, havia sido considerado como virtude suprema durante doze anos". (p. 117)

O "fanático" (III)
Uso mais intenso após o atentado contra Hitler em julho/1944.

"Onde se dizia ou escrevia leidenschaftlich [apaixonado], passou-se a dizer 'fanático'.". (cap. 9, p. 116)

"... o enfraquecimento do conceito implicou também uma perda da virulência?"; "o termo 'fanático' estava assumindo um novo sentido, passando a significar uma feliz mescla de coragem e entrega apaixonada?"; "Não é o caso". (p. 116)
O "fanático" (II)
"Antes do Terceiro Reich, ninguém poderia ter pensado em valorizar positivamente o termo 'fanático'. (...) a própria LTI, vez por outra, o usa com sentido negativo.". (cap. 9, p. 114)

A LTI usa "fanático" para valorizar conceitos como valentia, dedicação, abnegação, tenacidade: 'fanatisches Gelöbnis' elogio fanático; 'fanatisches Glauben na dem Endsieg' fé fanática na vitória; 'fanatisches Bekenntnis' reconhecimento fanático.

O "fanático" (I)
"Vários nomes tradicionais tornaram-se passíveis de desconfiança e alguns foram proibidos. Nomes cristãos eram muito mal vistos. Seus portadores eram suspeitos de oposicionismo." (cap. 13, p. 139)

"Enquanto nomes como Christa levantam suspeita ao serem apresentados nos cartórios de registro civil, os nomes do Antigo Testamento estão terminantemente proibidos: nenhuma criança alemã pode chamar-se Lea ou Sara. (...) O oficial recusará o registro..." (p. 139)
Nomes (III)
No nacional-socialismo, apregoa-se a ascendência com nomes germânicos e de deuses nórdicos.

Hábito surgido com o nacionalismo anterior a Hitler; tornou-se quase obrigatório no nazismo. Grande quantidade de nomes tipicamente germânicos nos anúncios de nascimento.

Caso de um vereador nazista de sobrenome "Israel" autorizado a retornar ao suposto nome antigo: "Uesterhelt". Modificação alegada: > Isterhal > Isterheil > Isserel > Israel.
Nomes (II)
O nazismo afetou o próprio costume de nomeação das pessoas.

"Toda revolução – social, política, artística ou literária – contém duas tendências: há, em primeiro lugar, o anseio pelo novo, em que se reforça o contraste com o que prevalecia até o presente; em seguida, no entanto, torna-se necessário estabelecer um elo com o passado, com uma tradição que a legitime. Nada é completamente novo. Há um retorno a valores da época que se pretendeu negar, à humanidade, à nação..." (cap. 11, p. 137)
Nomes (I)
O adjetivo "judaico" mais útil do que "judeu", pois cria um elo entre todos os inimigos: "exploração judaico-capitalista", "visão de mundo judaico-marxista", "interesses judaico-ingleses" e "judaico-americanos".


"Guerra judaica" (III)



Clique para editar o estilo do título mestre
Clique para editar os estilos do texto mestre
Segundo nível
Terceiro nível
Quarto nível
Quinto nível
19/05/2016


19/05/2016


Clique para editar o estilo do título mestre
Clique para editar os estilos do texto mestre
Clique para editar os estilos do texto mestre
Segundo nível
Terceiro nível
Quarto nível
Quinto nível
19/05/2016


Clique para editar os estilos do texto mestre
Clique no ícone para adicionar uma imagem
19/05/2016


Clique para editar o estilo do título mestre





Clique para editar o estilo do título mestre
Clique para editar os estilos do texto mestre
Segundo nível
Terceiro nível
Quarto nível
Quinto nível
19/05/2016


19/05/2016


Clique para editar o estilo do título mestre
Clique para editar o estilo do título mestre
Clique para editar os estilos do texto mestre
Clique para editar os estilos do texto mestre
Clique para editar os estilos do texto mestre
Segundo nível
Terceiro nível
Quarto nível
Quinto nível
Clique para editar os estilos do texto mestre
Segundo nível
Terceiro nível
Quarto nível
Quinto nível
19/05/2016


Clique para editar os estilos do texto mestre
Segundo nível
Terceiro nível
Quarto nível
Quinto nível
Clique para editar os estilos do texto mestre
Segundo nível
Terceiro nível
Quarto nível
Quinto nível
19/05/2016


Clique para editar o estilo do título mestre
Clique para editar o estilo do título mestre
Clique para editar os estilos do texto mestre
19/05/2016




Clique para editar os estilos do texto mestre
Segundo nível
Terceiro nível
Quarto nível
Quinto nível
19/05/2016


Clique para editar o estilo do título mestre

Clique para editar o estilo do título mestre
Clique para editar o estilo do subtítulo mestre



19/05/2016


Clique para editar o estilo do título mestre
Clique para editar os estilos do texto mestre
Segundo nível
Terceiro nível
Quarto nível
Quinto nível
19/05/2016



Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.