Livro de Resumos do II Congresso Internacional de Psicologia do Trabalho e das Organizações

August 21, 2017 | Autor: Fatima Lobo | Categoria: PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
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Descrição do Produto

PROGRAMA & RESUMOS

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II CONGRESSO INTERNACIONAL DE PSICOLOGIA DO TRABALHO E DAS ORGANIZAÇÕES

Programa & Resumos

Faculdade de Filosofia – Centro Regional de Braga – Universidade Católica Portuguesa

10 e 11 julho 2014

Organização

Ana Maria Pereira, António Melo, Cleverson Pereira de Almeida, Eduarda Pimentel, Eleonora Costa, Fátima Lobo (Coordenadora do Congresso), Filomena Ponte, Fernando Canastra, João Major, José Rui Costa Pinto, Paulo Dias, Rui Ramos, Vítor Sá.

Secretariado

Adriana Sofia Araújo, Amadeu Brito, Ana Filipa Araújo, Ana Isabel Ferreira Peixoto, Ana Paula Carvalho Martins, Artur Alves, Eduardo Maia Pimentel Tavares, Hermenigildo Encarnação, João André Freitas, Lia Miguel Barroso Dias, Margarida Pinheiro, Muriel Silva, Natália dos Santos Silva, Patrícia Raquel Antunes Ferreira, Ricardo Araújo, Ricardo Peixoto, Sofia Fernandes Ferreira.

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Ficha Técnica Título: II Congresso Internacional de Psicologia do Trabalho e das Organizações: Programa & Resumos Universidade Católica Portuguesa, Centro Regional de Braga. Faculdade de Filosofia. Impressão: Diário do Minho

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APRESENTAÇÃO O II CONGRESSO INTERNACIONAL DE PSICOLOGIA DO TRABALHO E DAS ORGANIZAÇÕES promove a investigação e reflexão em torno da Pessoa e do Trabalho, do diagnóstico e da intervenção organizacional. O evento científico dá continuidade ao I Congresso Internacional de Psicologia do Trabalho e das Organizações, realizado em 2012, promovido pelo Centro de Estudos Filosóficos e Humanísticos (CEFH), pelo Mestrado em Psicologia do Trabalho e das Organizações e pelo projeto Health, Psycho-biological and Psycho-social Factors da Universidade Católica Portuguesa – Centro Regional de Braga, e mantendo a tradição de promoção e intercâmbio científico, associam-se à organização deste evento o Instituto Integrado de Apoio à Investigação Científica da Universidade Católica de Moçambique (IIAIC-UCM), a Universidade Presbiteriana Mackenzie e o seu Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA) e a Pontifícia Universidade Católica de Rio Grande do Sul (PUCRGS). A organização conjunta promove laços na comunidade científica e entre mais de 200 milhões de pessoas que falam português espalhadas pela Europa, América do Sul, África e Ásia. O núcleo central é, sem dúvida, a Pessoa e o Trabalho. Refletir, hoje, sobre esta díade corresponde também a colocar no centro da discussão a resposta à pergunta: numa sociedade caracterizada pela priorização das leis do mercado, qual o contributo da comunidade científica para a cessação das assimetrias no acesso e nas dinâmicas laborais?

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A globalização recoloca as questões da igualdade de oportunidades, da justiça social, da equidade e reconfigura outras formas subtis de exclusão social a partir de critérios que ela própria define. Assim, as assimetrias regionais e nacionais permanecem, com especial incidência na África subsariana, Sul e Oeste da Ásia, Estados Árabes e, naturalmente, nas regiões que por razões políticas ou outras não produzem conhecimento e não manipulam o alfabeto da sociedade informacional. Assim, este evento científico, visa, também, reunir a comunidade científica nacional e internacional, independentemente dos modelos e paradigmas que suportam as investigações daqueles eixos estruturantes, e contribuir para a promoção da saúde e da qualidade de vida, para a humanização do trabalho e para a realização da Pessoa enquanto ser social que não se esgota no exercício da profissão, porque através dela dá «fé pública» do padrão de dignidade que realiza para além do valor objetivo do trabalho. Apesar da juventude deste evento responderam ao nosso repto 22 universidades nacionais, num total de 49 comunicações; 12 universidades espanholas com 21 comunicações; 9 universidades brasileiras com 16 comunicações, uma universidade americana com uma comunicação, uma irlandesa com uma comunicação e seis comunicações conjuntas: Portugal-Brasil, Espanha- Brasil, Portugal-Espanha e PortugalEUA. Numa breve análise das propostas de comunicação dos 3 países mais representados identificámos temáticas comuns: riscos psicossociais e avaliação; por sua vez a comunidade científica espanhola focaliza a investigação na crise económica, no desemprego, na liderança e na qualidade do emprego e bem-estar psicológico, na competição e no

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compromisso; Portugal nos estilos de consumo, nas equipas de trabalho, na conciliação vida profissional-familiar, no desenvolvimento de talentos, nas horas de trabalho, na responsabilidade social e no assédio moral e, o Brasil na precarização do trabalho, nos acidentes e no sofrimento físico e psíquico. Percorrem, assim, um vasto leque de temáticas e, cumprindo os desígnios da área científica, visam compreender a pessoa, o trabalho, a pessoa que se vê privada desse bem

social,

as

organizações

e

as

suas

funcionalidades

e

disfuncionalidades e respetivas implicações noutras áreas estruturantes da identidade pessoal. Agradecemos à Comissão Científica, à Universidade Católica de Moçambique e ao Instituto Integrado de Apoio à Investigação Científica da mesma universidade, Universidade Presbiteriana Mackenzie e ao seu Centro de Ciências Sociais e Aplicadas e à Pontifícia Universidade Católica de Rio Grande do Sul. Um reconhecimento especial aos Senhores Professores Doutores Jorge Correia Jesuíno, Pedro Gil-Monte e Owen Hargie, ao Presidente do Centro Regional Professor Doutor João Duque, ao Diretor da Faculdade de Filosofia Miguel Gonçalves e ao Diretor do Centro de Estudos Filosóficos e Humanísticos Augusto Silva. Agradecemos aos colegas da organização, à Catarina Carvalho e aos alunos e ex-alunos do Mestrado em Psicologia do Trabalho e das Organizações, que tudo fizeram, dentro das suas atribuições específicas, para que esta iniciativa fosse bem sucedida. Pela Organização Fátima Lobo

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COMISSÃO ORGANIZADORA

Ana Maria Pereira – Pontifícia Universidade Católica de Rio Grande do Sul António Melo – Universidade Católica Portuguesa Cleverson Pereira de Almeida - Universidade Presbiteriana Mackenzie Eduarda Pimentel – Universidade Católica Portuguesa Eleonora Costa- Universidade Católica Portuguesa Fátima Lobo – Universidade Católica Portuguesa Filomena Ponte – Universidade Católica Portuguesa Fernando Canastra - Universidade Católica de Moçambique João Major – Universidade Católica Portuguesa José Rui Costa Pinto - Universidade Católica Portuguesa Paulo Dias – Universidade Católica Portuguesa Rui Ramos – Universidade Católica Portuguesa Vítor Sá – Universidade Católica Portuguesa

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COMISSÃO CIENTÍFICA

Albino Lopes / Universidade Técnica de Lisboa / PORTUGAL Ana Magnólia Mendes / Universidade Federal de Brasília / BRASIL Andreia Liliana Ortiz Gonzales / Universidad Cooperativa de Colombia / COLOMBIA António Virgílio Bittencourt Bastos / Universidade Federal da Bahia / BRASIL Benjamim Júnior / Universidade de Florianópolis / BRASIL Carmen Salato / Universidade Católica / MOÇAMBIQUE Christian Haag Kristensen / Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande / BRASIL David Blustein / Columbia University / EUA José Gonçalves das Neves / ISCTE / PORTUGAL Cristina Queirós / Universidade do Porto / Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação / PORTUGAL Dámaso Rodríguez / Universidade de Santiago de Compostela / ESPANHA David Ucama / Universidade Católica / MOÇAMBIQUE David Guest / King´s College London / INGLATERRA Dulce Helena Hatzenberger / Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul / BRASIL Eduardo Santos / Universidade de Coimbra / PORTUGAL Fernando Díez / Universidade de Deusto / ESPANHA Isabel Torres / Universidade Lusíada do Porto / PORTUGAL Jorge Correia Jesuíno / Professor Emérito do ISCTE / PORTUGAL José Costa Dantas / Instituto Superior da Maia / PORTUGAL José Maria Peiró / Universidade de Valencia / ESPANHA

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Maria Isabel Barros Bellini / Coord. Nucleo de Estudos e Pesquisa em Trabalho, Saúde e Intersectorialidade / PUCRS / BRASIL Martins Vilanculos Laita / Universidade Católica / MOÇAMBIQUE Mary Sandra Carlotto / Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul / BRASIL Rudolf Moos / Stanford University / EUA Salvatore Zappalà / Universidade de Bolonha / ITÁLIA Sónia P. Gonçalves / ISEIT-Almada / PORTUGAL Vicente Vide Rodríguez / Universidade de Deusto / ESPANHA

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PROGRAMA

10 DE JULHO

9h – 9h30 - Acolhimento e Entrega da documentação | Receção 9h30 – 10h - Sessão de Abertura |Aula Magna 10h – 11h - Conferência Plenária | Aula Magna Conferencista: Pedro Gil Monte Tema: El Síndrome de Burnout: del fenómeno al Constructo (Burnout Syndrome: From the Phenomenon to the Construct) Moderador: Fátima Lobo 11h – 11h30 - Pausa para café 11h30 – 13h - Comunicações paralelas: (1) Temática: Intervenção Psicossocial nas Organizações | Piso 1 Sala 1.1 Moderador: Armanda Gonçalves  Lissa Ungar: Reflexões sobre a construção do papel profissional do psicólogo organizacional.  Márcia Cardoso & Carla Serrão: Processo de conciliação entre vida profissional, familiar e pessoal: dificuldades sentidas e estratégia utilizadas por colaboradores/as da ESSE.IPP.  Ana Teresa Penim: Coaching no Desenvolvimento Comportamental de Talentos.  Ricardo Bessa Moreira: Representações sobre o papel do gestor de pessoas como facilitador nas negociações informais: breve abordagem qualitativa.

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Júlia Oliveira & Valquíria Padilha: Motivação e Trabalho: representações sociais numa instituição pública brasileira.

(2) Temática: Clima e Cultura | Piso 1 Sala 1.2 Moderador: Filomena Ponte  Eva Lousã & Duarte Gomes: A influência da Cultura organizacional na Inovação.  Raúl de Diego Vallejo: Bienestar laboral y clima de trabajo en las organizaciones educativas.  Pilar Gonzáles Navarro, Rosario Zurriaga Lloréns & Lucia Llinares Insa: Competición vs. Compromiso ante el Conflito laboral: el rol moderador del clima de trabajo.  Marta Mello e Sampaio, Helena Carvalho & Sílvia Agostinho da Silva: Confiança e abertura do clima de comunicação como preditores do vigor: Papel mediador da qualidade.  Emese Panyik & Helena Nogueira: The relational dynamics of product development in tourism start-ups: The case of WeGuide in Braga, Portugal. (3) Temática: Criatividade e Empreendedorismo | Piso 2 Sala 2.2 Moderador: Luís Silva Pereira  Isabel Torres, Ana Meireles & Joana Oliveira: Evaluation of (des) Promoters Factors of Organizational Creativity.  Maria Adélia de Jesus Monarca: O que fica na sombra dos processos de certificação dos sistemas e gestão da qualidade.  Oladele Ogunseitan, Fátima Lobo, Eduardo Tavares & Muriel Silva: Adaptation of the topophilia scale to the Portuguese Population.  Guadalupe Vila-Vázquez, Carmen Castro-Casal & Dolores Álvarez-Pérez: Mediadores de la relación entre el Liderazgo Transformador y el comportamiento Creativo.

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Sónia Borges & Sónia P. Gonçalves: Estudo das características psicométricas do Recovery Experience Questionnaire (REQ).

(4) Temática: Diagnóstico Organizacional | Piso 2 Sala 2.3 Moderador: João Carlos Major  Neusa Maria Bastos Santos, Wilson Lellis, Roberto Fernandes, Igor Polezi & Edgard Pitta Almeida: Estresse e satisfação no trabalho de Profissionais que exercem a função de Gestores na área Comercial.  Rosario Zurriaga Lloréns, Pilar Gonzales Navarro & Elisabetta Quattrocchi: Competición intrasexual, celos y condutas contraproductivas en el trabajo.  Elisabete Ribeiro & Paulo Dias: O burnout em ajudantes de Lar: um estudo exploratório.  Alejandro Orgambídez Ramos & Daniel Moura: Engagement no Trabalho e o Empowerment Psicológico: Um estudo exploratório. (5) Temática: Trabalho e Representações Sociais | Piso 2 Sala 2.4 Moderador: Eduarda Pimentel  Rosa Vilaça: Habilidades na Comunicação, tomando como referência o pensamento de Owen Hargie.  Fátima Oliveira: Qualidade de vida no trabalho, satisfação profissional e motivação: breve revisão da literatura.  Sara Teles: Reconfiguração da centralidade do trabalho na contemporaneidade: identidade, prazer e sofrimento.  Rosa Vilaça: As características peculiares do desempenho comunicativo: o modelo operacional de Owen Hargie.  José Pedro Carvalho Araújo: Centralidade do Trabalho: Breve revisão teórica.  Isaura Gomes: Clima, prazer e sofrimento numa empresa do sector automóvel.

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(6) Temática: Diagnóstico Organizacional | Piso 3 Sala 3.1 Moderador: José Costa Dantas  Dathiê Mello Franco Benati & Vera Navarro: Os acidentes de trabalho na agro-indústria canavieira da região de Araraquara, São Paulo (Brasil) e os impactos na saúde dos trabalhadores.  Helena Dresch Vascouto, Helen Alberton & Paola Barros Delben: Avaliação de Treinamento numa organização pública.  Dathiê Mello Franco Benati & Vera Navarro: Acidentes de Trabalho e sofrimento físico e psíquico dos trabalhadores da indústria de calçado de França e S. Paulo (Brasil). (7) Temática: Gestão de Equipas | Piso 3 Sala 3.2 Moderador: Cristina Queirós  Adriana Araújo & Sílvia Agostinho Silva: O alinhamento das práticas de trabalho de alto desempenho - Um contributo teórico.  Marta Pereira Alves & Paulo Renato Lourenço: Interdependência e satisfação nas equipas de trabalho: o papel moderador do desenvolvimento.  Ana Patrícia Duarte & José Gonçalves das Neves: Organizações mais responsáveis, trabalhadores mais diligentes? Na senda de mediadores psicossociais da relação entre a responsabilidade social da organização e o desempenho dos colaboradores.  Ricardo Araújo, Fátima Lobo & Cristina Queirós: Consumer Styles Inventory: adaptação e validação para a população portuguesa.  Joan Boada-Grau: La salud psicológica y el bienestar laboral en un contexto de crisis económica. (8) Temática: Liderança | Piso 3 Sala de Atos

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Moderador: José Rui Gaia Costa Pinto  Carlos M. Moreno, Susanna Del Cerro & Antonio Chaves: El liderazo humanista: una aproximación teórica.  Hermenigildo Encarnação: O Conceito de Salário Justo na Doutrina Social da Igreja.  Patrícia Moreira & Fátima Lobo: Abordagem ao conceito de líder proactivo tomando como referência The Proactive Leader de David de Cremer.  Domingos Ferreira & Eleonora Costa: Relação entre o número de horas semanais de trabalho, a qualidade do sono e a saúde mental – estudo preliminar. (9) Temática: Intervenção Psicossocial nas Organizações | Piso 2 Sala 2.1 Moderador: Paulo Dias  Juliana Lemos Silva Fortes & Vera Lúcia Navarro: Adoecimento e afastamento do trabalho: estudo com trabalhadores bancários.  Romina García-Chas & Edelmira Neira-Fontela: Efectos del capital psicológico en los resultados individuales: un estúdio en el colectivo de los ingenieros de telecomunicaciones.  Daniel Moura & Alejandro Orambídez-Ramos: Engagement e Empowerment psicológico como antecedentes da satisfação profissional e do bem-estar pessoal no trabalho. (10) Temática: Trabalho e Riscos Psicossociais | Pavilhão Sala 1 Moderador: Mary Sandra Carlotto  Mary Sandra Carlotto, Ana Claudia Braun, Sandra Rodriguez & Liciane Diehl: Revisão Sistemática da literatura sobre Psicologia da Saúde ocupacional no Brasil.  Keli Cristiane Vido: O estresse como risco ocupacional.  Keli Cristiane Vido & Marcos Antonio Batista Silva: A síndrome de burnout nos ambientes de tele-atendimento.

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Elizabeth Borges & Teresa Ferreira: Riscos Psicossociais no Trabalho: stress e coping em enfermeiros. Juliana Lemos Silva Fortes & Vera Lucia Navarro: Precarização do Trabalho e a saúde dos bancários.

13h – 15h - Almoço 15h – 16h30 – Simpósios: (1) Temática: Prazer e sofrimento no trabalho | Piso 1 Sala 1.1 Tema: Sofrimento no Trabalho em profissionais de saúde e educação Coordenador: Cristina Queirós Moderador: Cristina Queirós  Elizabete Borges, Teresa Rodrigues & Cristina Queirós: Bullying e Qualidade de Vida no Trabalho em Enfermeiro.  Hugo Figueiredo Ferraz, Pedro Gil-Monte & Cristina Queirós: The influence of Feelings of Guilt on the Relationship between Burnout and Psychosomatic Disorders.  Cristina Queirós, Natália Vara & Melani Silva: Burnout e satisfação com o trabalho: um estudo comparativo entre bombeiros e enfermeiros.  Ana Mónica Pereira, Cristina Queirós & Fátima Lobo: Experiências de Recuperação, Interacção Trabalho-Família e Bem-estar.

(2) Temática: Prazer e Sofrimento | Piso 1 Sala 1.2 Tema: Experiências de percurso: riscos biológicos e contextuais Coordenador: Filomena Ponte Moderador: Filomena Ponte Comunicações:

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Maria João Carapeto: Intervenções anti-bullying nas escolas portuguesas. Alice Lopes & Judite Zamith: Vínculos quebrados: Reinvestir numa relação com o adulto cuidador em residência de acolhimento. Jorge Luís Oliveira: A Síndrome de Burnout como Consequência do Assédio Moral no Ambiente de Trabalho. Natacha Martins, Eleonora Costa & Domingos Ferreira: Agressividade e Saúde Mental dos Profissionais de Psiquiatria. Fausto Fernandes: Doenças profissionais: O ruído, os inalantes e outros poluentes nocivos no trabalho.

(3) Temática: Intervenção Psicossocial nas Organizações | Piso 2 Sala 2.1 Tema: Temas intemporais e outros mais: a relação colaboradoresorganizações e a gestão de pessoas nos locais de trabalho Coordenador: José Gonçalves das Neves Moderador: Daniel Roque Gomes Comunicações:  Ana Cristina Coelho Antunes, Miguel Pina e Cunha & António Caetano: O Papel do Capital psicológico no bem-estar subjectivo.  Alexandra Leandro & Teresa Ruão: Como comunicam as empresas a sua responsabilidade social junto dos públicos internos? Uma análise de relatórios de responsabilidade social.  Ana Patrícia Duarte, Daniel Roque Gomes & José Gonçalves das Neves: Satisfação com as práticas de gestão de recursos humanos e intenção de turnover: o papel mediador da percepção de suporte organizacional.  Sónia P. Gonçalves: Do recrutamento à integração de Polícias Municipais: Implicações para a saúde e para a organização.  Vitor Hugo Silva & Eduardo Simões: Impacto do estabelecimento de objectivos e da construal level theory na decisão ética individual nas organizações.

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16h30 – 17h - Pausa para café 17h – 18h00 - Conferência Plenária | Aula Magna Conferencista: Jorge Correia Jesuíno Tema: Questões éticas na prática dos psicólogos em contextos organizacionais Moderador: Cleverson Almeida

20h00 - Jantar de confraternização

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11 DE JULHO 10h – 11h - Conferência Plenária | Aula Magna Conferencista: Owen Hargie Tema: Interpersonal Communication Moderador: Paulo Dias

11h – 11h30: Pausa para café 11h30 – 13h - Comunicações paralelas: (11) Temática: Qualidade de vida no Trabalho | Piso 1 Sala 1.1 Moderador: Ricardo Peixoto  Pablo Gonzalez Rico: Bienestar laboral y personal en el staff universitário.  Patrícia Araújo, Filomena Jordão & José Manuel Castro: Impactos das relações laborais atípicas e do desemprego em graduados do Ensino Superior.  Rosina Fernandes, Joaquim Ferreira & Emília Martins: Bemestar subjectivo e trabalho: relevância da satisfação, Sucesso e longevidade laborais. (12) Temática: Intervenção Psicossocial nas Organizações | Piso 1 Sala 1.2 Moderador: Victor Sá  Carla Serrão: O papel de uma organização do Ensino Superior no processo de conciliação entre vida profissional, familiar e pessoal de colaboradores/as.  Eulalia Ros Martrat, Susana Del Cerro Ramon & Jordi Longás Mayayo: La retención del talento de los profisionales docentes en la escuela: fase diagnóstica.

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Sara Borges, Cristina Santos & António Saraiva: Avaliação dos factores de risco psicossociais: estudo com docentes do ensino superior.

(13) Temática: Prazer e sofrimento no Trabalho | Piso 2 Sala 2.1 Moderador: Artur Emanuel Ilharco Galvão  Ana Verdasca: O relacionamento entre a ocorrência de conflitos e assédio moral no trabalho.  Elka Hostensky, Josep Maria Blanch & Maria Estela Ramirez Delgado: A experiência da Nova Gestão Pública no Poder Judiciário Brasileiro: entre o mal-estar e o bem-estar laboral.  José Henrique Vilches Nogueira & Lêda Gonçalves de Freitas: A locomotiva, os problemas, as paixões e os amores: análise psicodinâmica do estresse em trabalhadores de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.  Marco Ramos, Carlos Fernandes Silva, Anabela Pereira & Pedro Sá-Couto: Factores psicossociais salutogénicos em trabalhos mentais e emocionais. (14) Temática: Diagnóstico Organizacional | Piso 2 Sala 2.2 Moderador: Ana Teresa Ferreira  Maria Reina & Cristina Pimentão: Perfil de personalidade dos estudantes de engenharia informática: que implicações organizacionais?  Carla Barros, Carla Fonte, Cristina Pimentão, Sónia Alves & Ana Beatriz Ferreira: Factores psicossocias de risco: contributos da psicologia positiva organizacional para a saúde e bem-estar nas organizações.  Mary Sandra Carlotto, Sofia Dias, Jacqueline Batista & Liciane Diehl: O papel mediador da auto-eficácia na relação entre a sobrecarga de trabalho e a síndrome de burnout.

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Ana Teresa Ferreira, José Keating & Isabel Silva: A confiança organizacional na gestão de pessoas e no compromisso: um modelo moderador versus um modelo mediador. Fátima Lobo, Ana Peixoto, Lia Dias, Patrícia Ferreira & Sofia Ferreira: Construção e validação de uma Escala de Centralidade do Trabalho.

13h – 15h - Pausa para almoço 15h – 18h30 - Simpósios: (4) Temática: Intervenção Psicossocial nas Organizações | Piso 1 Sala 1.2 Tema: Saúde Mental nas Organizações e Organizações de Saúde Mental Coordenador: Rui Devesa Ramos Moderador: Rui Devesa Ramos Comunicações:  Diana Costa, Joana Leite, Solange Carvalho & Rui Devesa Ramos: Programa de Promoção da Saúde Mental no Local de Trabalho.  João Valadares, Filipa Melo, João Carvalho & Rui Devesa Ramos: Constituição e Instituições e Programa de Recuperação na DMG.  Catarina Teixeira, Luísa Arezes & Rui Devesa Ramos: Programas de Reabilitação Sócio-ocupacional na Esquizofrenia: Unidade «Novos Rumos».

16h30 – 17h - Pausa para café

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17h – 18h30 - Simpósios: (5) Temática: Prazer e sofrimento no trabalho | Piso 1 Sala 1.1 Tema: La salud psicológica y el bienestar laboral en un contexto de crisis económica: nuevos retos Coordenador: Joan Boada-Grau Moderador: Raúl de Diego Vallejo  Ángel Díaz-Chao, Pilar Ficapal-Cusí & Joan Tirrent-Sellens: Puesto de trabajo o ambiente de trabajo? Calidad del empleo y crisis económica en España.  Esteban Agulló Tomás, Julio Rodríguez Suárez, José António Llosa, Sara Menéndez Espina & Miguel Arenas Martínez: Crisis económica, salud mental, bienestar psicológico: reconsiderando conceptos, constructos e indicadores.  Estaban Agulló Tomás, Julio Rodriguez Suárez, José Antonio Llosa, Sara Menéndez Espina & José Antonio Fernández Alonso: Apoyo social percebido como mecanismo de bienestar psicosocial en jovens desempleados y precários.  Raúl de Diego Vallejo: Bienestar laboral y clima de trabajo en las organizaciones.  Raúl de Diego Vallejo & Miguel Angel Mañas Rodríguez: La incidencia del liderazgo en el bienestar y el clima laboral.  Hugo Figueiredo-Ferraz, Pedro R. Gil-Monte & Mary Sandra Carlotto: Análisis factorial del Questionario para la Evaluacion del Sindrome de Quemarse por el Trabajo en trabajadores judiciales de Brasil.  Joan Boada-Grau: El Job Demands-Control Model de Karasek y Theorell aplicado a conductores profesionales.  Joan Boada-Grau & Miguel Angel Moñas Rodriguez: Salud y estresores laborales en conductore profesionales.

18h30 – 19h - Sessão de Encerramento | Aula Magna

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ÁREAS TEMÁTICAS 

Aprendizagem ao longo da vida



Centralidade do trabalho e precariedade



Clima e cultura



Criatividade e empreendedorismo



Diagnóstico organizacional



Gestão de equipas



Intervenção psicossocial nas organizações



Liderança



Prazer e sofrimento no trabalho



Qualidade de vida no trabalho



Recrutamento e seleção



Trabalho e representações sociais



Trabalho e riscos psicossociais



Trabalho, Inovação e Turismo

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Resumos

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10 de Julho 9h – 9h30 - Acolhimento e Entrega da documentação 9h30 – 10h - Sessão de Abertura |Aula Magna 10h – 11h - Conferência Plenária | Aula Magna Conferencista: Pedro Gil-Monte Tema: El Síndrome de Burnout: del fenómeno al Constructo (Burnout Syndrome: From the Phenomenon to the Construct) Moderador: Fátima Lobo

11h30 – 13h00 – Comunicações Paralelas Mesa 1 Temática: Intervenção Psicossocial nas Organizações | Piso 1 Sala 1.1 Moderador: Armanda Gonçalves Title – Reflexões sobre a construção do papel profissional do psicólogo organizacional. Author – Lissa Ungar Keywords – psicologia organizacional; estágio; papel profissional. Abstract – Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de estágio na área de Psicologia Organizacional e suas implicações na formação do psicólogo, destacando a necessidade de uma triangulação entre supervisão técnica, supervisão acadêmica e o estagiário. Utilizouse a modalidade de relato de experiência, buscando sistematizar sobre algumas inquietações vivenciadas pela autora nos seus últimos

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semestres, em suas experiências de estágio, através de uma retrospectiva e identificação de alicerces presentes nos semestres compreendidos entre a disciplina teórica e os estágios supervisionados I e II. Os resultados foram apresentados num quadro, comparando estes três momentos salientando a importância da supervisão acadêmica e técnica, além da participação do estudante como fator primordial, para que haja o desenvolvimento de habilidades e atitudes do estudante, definidos como ensaio de atuação como futuro psicólogo. O trabalho traz reflexões acerca do caminho que precisa ser percorrido pelo próprio estudante, para que sejam desenvolvidas habilidades e atitudes consistentes que resultem no seu papel profissional.

Title – Processo de conciliação entre vida profissional, familiar e pessoal:

dificuldades

sentidas

e

estratégias

utilizadas

por

colaboradores/as da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto (ESE-IPP). Author – Márcia Cardoso & Carla Serrão. Keywords – conciliação entre vida profissional e familiar; conjugalidade e trabalho não pago; estratégias de conciliação. Abstract – As grandes transformações sociais, económicas e familiares iniciadas em meados do último século, exigem a reflexão “sobre formas de organização do trabalho, no sentido de proporcionar a conciliação entre responsabilidades familiares e responsabilidades profissionais” de colaboradores/as (Guerreiro, Lourenço, & Pereira, 2006, p. …). O presente estudo, de carácter qualitativo, descritivo e exploratório, incidiu sobre as representações que colaboradores/as de uma

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organização de ensino superior têm sobre o processo de conciliação entre vida profissional e familiar e vida pessoal. Teve como objetivos compreender as dificuldades sentidas e as estratégias mobilizadas por colaboradores/as no processo de conciliação entre vida profissional, familiar e pessoal. Foram realizados 4 grupos focais com a participação de 26 colaboradores/as (pessoal docente e pessoal não docente com filhos e sem filhos), selecionados/as por conveniência. No que diz respeito às dificuldades salienta-se: a dificuldade em recorrer à segmentação, a dificuldade em gerir eficazmente as tarefas profissionais, a dificuldade em aceitar as consequências das escolhas realizadas pelo/a próprio/a

ao

nível

da

conciliação,

dificuldade

em

gerir

as

perceções/opiniões de terceiros e a ausência de controlo sobre fatores externos ao/a próprio/a. No que diz respeito às estratégias usadas, identificaram-se, entre outras: as estratégias de barreira, as estratégias de priorização/cedência. A forma como os temas se distribuíram pelos vários grupos focais indicia uma relação entre as características sociodemográficas dos/as participantes e as suas preocupações ao nível da conciliação da vida profissional, familiar e pessoal. Por comparação ao G2 e G3 (participantes sem filhos), os G1 e G4 (participantes com filhos/as) apresentam um número muito mais elevado de unidades de resposta (UR) no tema “Conjugalidade, trabalho não pago e papéis de género na conciliação da vida profissional, familiar e pessoal”, sobretudo, nos subtemas “Representações sobre conjugalidade, trabalho não pago e papéis de género na conciliação da vida profissional, familiar e pessoal” e “Estratégias de conciliação da vida profissional e da vida pessoal e familiar no âmbito da conjugalidade e da divisão do trabalho

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não pago”. Este elemento sugere que as questões de género e relacionadas com a divisão e gestão do trabalho não pago podem ser mais importantes para indivíduos com filhos/as do que para indivíduos sem filhos/as. De facto, a análise dos principais elementos referidos por cada grupo indicia esta relação entre características sociodemográficas dos/as participantes e perceção/gestão da conciliação entre vida profissional, familiar e pessoal.

Title – Coaching no desenvolvimento comportamental de talentos. Author – Ana Teresa Penim Keywords – coaching; desenvolvimento e gestão de talentos; soft skills; gestão da mudança; empregabilidade. Abstract – No atual contexto organizacional e de mercado, o coaching assume-se como o mais poderoso processo de desenvolvimento pessoal, profissional e organizacional. Numa dinâmica de cocriação de novas possibilidades, o profissional de coaching lida com uma panóplia diversificada de dinâmicas cognitivas, emocionais e comportamentais, tais como a perceção, representação e cognição de si próprio, dos outros, das situações e do mundo; criação e gestão de expetativas; motivação; atribuição causal; processo de tomada de decisão; vinculação e gestão da mudança; resiliência e gestão do stress; dinâmica emocional; conceito e dinâmica da aprendizagem; raciocínio lógico e processamento de informação; preferências de pensamento; crenças e raciocínio moral; criatividade; empatia, comunicação e relacionamento interpessoal; liderança e dinâmica dos grupos; entre outras, as quais podem ser

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encaradas e trabalhadas a partir de um número diversificado de dinâmicas psicológicas e de correntes da Psicologia. O Programa de Desenvolvimento Comportamental de Talentos em análise, concebido, coordenado e dinamizado pela autora em empresa líder de mercado, assentou num paradigma de coaching apreciativo de estimulação e desenvolvimento de talento, com foco na consciencialização, auto responsabilização e orientação para a ação dos 41 participantes envolvidos. Integrando estratégias de Coaching Individual e de Team Coaching, com recurso a um conjunto alargado de ferramentas de coaching, apresentadas pela autora no livro Ferramentas de Coaching (Lidel, 2010), e outros, dos quais é coautora, o programa alvo deste relatório evidenciou resultados positivos, tanto do ponto de vista do público destinatário, como da empresa que o promoveu.

Title – Representações sobre o papel do gestor de pessoas como facilitador nas negociações informais: breve abordagem qualitativa. Author – Ricardo Bessa Moreira Keywords – gestão de pessoas; negociação informal; poder informal; gestão da comunicação. Abstract – O debate sobre a legitimação da gestão de recursos humanos (GRH), também designada por alguns teóricos por gestão de pessoas, assumindo uma vertente mais estratégica - é complexo e multiforme e, em certos prismas, contraditório e paradoxal no que concerne à não aplicação prática dos seus intentos teóricos. Quando se utiliza a terminologia GRH mobilizam-se limites conceptuais. Um conhecimento

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da realidade assente em perceções conduz à proliferação de modelos, cada um deles desenvolvido com base num ou em vários constructos organizacionais. A gestão de pessoas inscreve-se num quadro de largo espectro, onde o contexto, a estratégia e a cultura são variáveis determinantes nas ‘metamorfoses’ sofridas pelas diferentes dimensões deste tipo de gestão. É imperioso analisar-se a sintonia entre a discussão epistemológica e a praxis de recursos humanos, aferindo-se a participação do departamento que gere as pessoas no desempenho organizacional e, por inerência, na eficácia negocial. Vários são os autores que referem que os gestores de recursos humanos podem assumir o papel de ‘facilitadores’ (Cabral-Cardoso, 2004; Cabral-Cardoso, 2006; Sayli & Gormus, 2009). Pelo papel que ocupa frequentemente na estrutura organizacional - entre o cume estratégico e o centro operacional -, devido à representação que outros colaboradores estabelecem sobre ele, o gestor de pessoas pode assumir uma posição de ‘charneira’ (Guest & Conway, 1997; Pech, 2009). Este estudo tem por base a análise de 10 entrevistas realizadas a diretores de outros departamentos (amostra de cariz exploratório extraída de 3 empresas com mais de 3,000 colaboradores no norte do país) que exploram o papel negocial informal dos profissionais de gestão de pessoas. Destacam-se os resultados que indiciam que o comprometimento do Departamento de GRH será tanto mais percebido quanto mais elevada for a sua posição na hierarquia e, paralelamente, a capacidade de alguns gestores de pessoas congregarem poder informal (Moreira, 2010).

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Title – Motivação e trabalho: representações sociais numa instituição pública brasileira. Author – Júlia Oliveira & Valquíria Padilha. Keywords – motivação para o trabalho; representações sociais; setor público. Abstract – A pesquisa que gerou esse artigo visou conhecer e analisar as representações sociais de motivação para o trabalho de dois grupos de trabalhadores numa instituição pública de educação infantil no Brasil: um grupo de chefes e outro de não-chefes, ressaltando como essas representações, que supomos ser diferentes entre esses grupos, interferem no cotidiano de trabalho. Partimos da compreensão de motivação no trabalho de Banov (2008), Bergamini (2008) e Morin (2001). Compreendemos representações sociais a partir de Moscovici (2003) e Jodelet (2001). Trata-se de uma pesquisa qualitativa que movimenta saberes da Psicologia Social do Trabalho e de Recursos Humanos. Inicialmente, foi feito um levantamento bibliográfico sobre as principais teorias de motivação e sobre a teoria francesa de representações sociais. Depois foram realizadas 12 entrevistas individuais com representantes de cada grupo (chefes e não-chefes) cujas análises geraram um material para realizar uma entrevista devolutiva em grupo. As análises seguiram a metodologia de análise de discurso das representações sociais, a partir da elaboração de um núcleo central e de elementos periféricos (Filho, 2004). A partir da análise dos discursos, chegamos a duas representações sociais de motivação para o trabalho, cada uma correspondente a um dos grupos estudados.

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Concluímos, portanto, que as representações sociais sobre motivação no trabalho e as suas construções são diferentes para chefes e não-chefes, o que gera alguns problemas no cotidiano de trabalho. Concluímos a partir de Emery (1964) e Trist (1978) e Hackman e Oldham (1976) que a construção das representações sociais de motivação bem como as consequências na dinâmica do trabalho podem ser compreendidas através do modelo sociotécnico. Desta forma, propomos uma discussão acerca dos modelos de gestão na administração pública brasileira atual e do foco nos modelos de motivação extrínseca dos trabalhadores.

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Mesa 2 Temática: Clima e Cultura | Piso 1 Sala 1.2 Moderador: Filomena Ponte

Title – A influência da cultura organizacional na inovação. Author – Eva Lousã & Duarte Gomes Keywords – organizações; cultura organizacional; inovação. Abstract – O objetivo deste estudo é analisar a influência da cultura organizacional na inovação, em organizações de base tecnológica e em organizações tradicionais, de diferentes dimensões e idades que operam em Portugal. A cultura organizacional tem estado teórica e empiricamente relacionada com a performance, sendo reconhecida como um fator crítico que facilita o desempenho da organização. Contudo, pouca investigação tem sido conduzida no sentido de analisar as relações entre a cultura organizacional e a inovação organizacional. Adotámos o modelo de Denison (Denison, 2001) como base conceptual da cultura organizacional do estudo empírico, no qual são analisadas quatro

dimensões:

a

adaptabilidade,

missão,

envolvimento

e

consistência. A inovação organizacional é conceptualizada como um processo contínuo que envolve a geração de ideias novas, ou significativamente melhoradas, e a sua implementação (e.g. Amabile et al., 1996; Damanpour, 1991; Van de Ven & Angle, 1989). Essas ideias podem ser geradas e implementadas ao nível do desenvolvimento e

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melhoria de um produto ou serviço, de processos de negócio, da organização ou do marketing (OECD, 2005). Procuramos analisar quais as dimensões da cultura organizacional que têm maior impacto na inovação organizacional. O estudo foi transversal, abrangendo empresas do setor de base tecnológica e tradicional, de diferentes dimensões e idades. Foram auto administrados dois questionários em 102 empresas, tendo respondido 905 colaboradores a um questionário sobre cultura organizacional e 102 gestores de topo, de cada organização, a um questionário sobre inovação. Os resultados mostraram que as dimensões da cultura que melhor permitem predizer a inovação são o envolvimento e a consistência, sugerindo a importância da cultura organizacional na promoção da atividade inovadora da empresa. Uma implicação para a prática da gestão, é que uma cultura assente nestes valores promove a capacidade de inovação da organização e o seu crescimento.

Title – Bienestar laboral y clima de trabajo en las organizaciones. Author – Raúl de Diego Vallejo Keywords – bienestar laboral; clima; trabajo; organizaciones. Abstract – Muchos estudios han señalado que la prevención de riesgos laborales comienza con el cuidado de las variables que afectan al bienestar laboral. Este bienestar conviene medirlo y extraer conclusiones CAME de las variables que afectan positiva y negativamente a la salud laboral. El objetivo ha sido analizar las posibles relaciones existentes entre el clima laboral, el bienestar laboral y la ausencia de riesgo psicosocial. Se han estudiado variables de clima y bienestar en 281

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centros de enseñanza media divididos en centros públicos/privados y distribución urbana, semiurbana y rural. Se han analizado variables dependientes, agrupadas en cuatro ámbitos principales (variables referidas al centro, referidas al profesorado) y variables independientes (implicación, cohesión, etc.). El profesorado percibe el clima y el bienestar laboral de sus centros, de manera satisfactoria en términos generales. El personal docente de los centros concertados valora más alto el clima que el de los centros públicos. Así mismo, el profesorado más joven y con menos experiencia profesional es el que puntúa más alto en “clima” y “satisfacción”. Existe una gran interdependencia entre “clima laboral” y “satisfacción laboral” y las dimensiones que comprenden.

Title – Competición versus compromiso ante el conflicto laboral: el rol moderador del clima de trabajo. Author – Pilar González Navarro, Rosario Zurriaga Lloréns & Lucia Llinares Insa. Keywords – conflicto de tarea; conflicto de relación; conflicto de proceso; clima laboral; competición; compromiso. Abstract – El conflicto es un proceso interactivo que se manifiesta a través de incompatibilidades o desacuerdos que afectan al tipo de estrategias de resolución que serán usadas para su manejo. Sin embargo, el clima de trabajo que perciban los implicados en el conflicto también puede generar condiciones que afecten a la elección de las estrategias se usen para gestionar estos desacuerdos. La finalidad de este estudio es

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analizar las relaciones existentes entre los tipos de conflicto (de tarea, de relación y de proceso) y las conductas de competición y colaboración usadas por los trabajadores. Además, se ha estudiado el papel moderador que pueden tener el clima laboral en esta relación. Adoptando una perspectiva contingente en la gestión del conflicto organizacional, y con una muestra multiocupacional de 447 trabajadores, los resultados muestran que la percepción de un clima de reconocimiento y clima de reto amortiguan la relación entre el conflicto de relación y las conductas de competición. Asimismo, la percepción del clima como reto también amortigua la relación entre el conflicto de proceso y las conductas de competición. Además, la percepción de un clima de apoyo modula la relación entre el conflicto de tarea y el compromiso en el trabajo; la percepción de un clima de claridad de rol y de expresión de sentimientos amortiguan la relación entre el conflicto de relación y el compromiso y, por último, la percepción de un clima de reto también amortigua la relación entre el conflicto de proceso y el compromiso. Este estudio contribuye al estudio del conflicto en el trabajo y los hallazgos obtenidos tienen implicaciones prácticas para la Gestión de los Recursos Humanos.

Title – Confiança e abertura do clima de comunicação como preditores do vigor: papel mediador da qualidade feedback supervisores. Author – Marta Mello e Sampayo, Helena Carvalho & Sílvia Agostinho Da Silva.

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Keywords – confiança e abertura da comunicação; qualidade feedback supervisores; vigor. Abstract – O clima de comunicação de uma organização é de extrema importância uma vez que contribui para a eficácia e o sucesso da mesma. Aumenta a produtividade, bem como a rentabilidade de uma organização promovendo a identificação que serve de autovalorizarão dos colaboradores. Uma comunicação aberta é crítica para a confiança, empenho, satisfação e desempenho dos colaboradores. A literatura revela que os colaboradores envolvidos no trabalho são otimistas, autoeficazes. Uma forma de atingir este envolvimento e dedicação com o trabalho passa pela qualidade e consistência da informação facilitando que os colaboradores entendam os objetivos da organização e acreditem no seu contributo para os atingirem. Este artigo contribui para a compreensão do impacto da confiança e abertura da comunicação no vigor quando. Amostra constituída por 302 colaboradores de uma empresa multinacional. Dados recolhidos em 6 países da UE. Os participantes responderam ao questionário no Qualtrics. A análise das variáveis foi operacionalizada com os instrumentos Communication Climate Measurement (Smidt et al, 2001); Feedback Environment Scale (Steelman et al 2004); Utrecht Work Engagement Scale (Bakker et al., 2006). O resultado das correlações entre as variáveis permite constatar que a confiança e abertura no clima de comunicação organizacional e a qualidade do feedback das chefias são fatores importante para o vigor dos colaboradores. O teste do efeito direto da confiança e abertura da comunicação e o vigor trabalho revela que quando os colaboradores percebem que há um clima mais positivo de confiança e abertura

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sentem-se mais estimulados para o trabalho. O teste de mediação revela que a qualidade do feedback do supervisor tem um papel mediador total sobre a relação entre confiança e abertura da comunicação e o vigor.

Title – The relational dynamics of product development in tourism start-ups: The case of WeGuide in Braga, Portugal. Author – Emese Panyik & Helena Nogueira Martins. Keywords – tourism; relational; dynamics; product; development; network; start-up. Abstract – Collaboration has gained prominence in the tourism literature in the context of community tourism planning, in particular privatepublic partnerships, destination governance and residents' involvement in tourism development. Organizational research, on the other hand, is mainly focused on the tourism industry, evaluating organizational performance and job satisfaction in the accommodation and travel sectors. However, there is a lack of studies exploring the intra- and interorganizational dynamics of small-scale tourism start-ups. In order to address this gap, the present research aims at exploring the evolution of the relational structure and dynamics of WeGuide, a local microenterprise in Braga city, Portugal, through the development of a new mobile application specialized on tourism itineraries in the city. The case study approach includes longitudinal participant observation and focus group discussion with the company members. The objective was to explore how relational dynamics evolved throughout the product development process, principally internally, but also externally. The results highlighted how planning was organized, the working tasks

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distributed, conflicts managed and external contacts established, which allowed for the development of a cognitive map of relational network and a flowchart on the evolution of relational dynamics. As such the research will contribute to a better understanding of the organizational environment of small-scale tourism start-ups in a highly competitive era and market.

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Mesa 3 Temática: Criatividade e Empreendedorismo | Piso 2 Sala 2.2 Moderador: Luís Silva Pereira

Title – Evaluation of (des)promoters factors of organizational creativity. Author – Isabel Torres, Ana Meireles & Joana Oliveira. Keywords – evaluation; promoters factors; organizational activity. Abstract – This paper aims to present the study results devoted to organizational creativity. The factors present in the organizational context widely recognized in the literature as being able to promote, or conversely, demote creativity in the organization (Amabile, 1983; 1988) were considered. The objetive was to adapt the Conditions Indicators to Create on the Work Environment (ICCAT) brasilian scale (Bruno-Faria and Veiga, 2012) into portuguese population and examine its psychometric properties. The sample was made up of 405 portuguese employees. After performing an exploratory factor analysis, the findings revealed a six-factor structure for the promotion of creativity scale and a tree-factor structure for the inhibitors of creativity scale.

Title – O que fica na sombra dos processos de certificação dos sistemas de gestão da qualidade. Author – Maria Adélia de Jesus Monarca

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Keywords – trabalho humano; qualidade; normalização; renormalização; condições de trabalho. Abstract – A problemática da qualidade da produção é antiga, todavia foi na sociedade industrial e principalmente a partir das últimas décadas do século XX, no quadro da economia globalizada e das suas múltiplas implicações, que ganhou visibilidade e foi instrumentalizada pela gestão e tornada um fator crítico de sobrevivência concorrencial. Perante contextos mutáveis e imprevisíveis, as organizações iniciam processos de mudança orientados pela racionalização económica. Discute-se a “falência dos modelos tayloristas/fordistas” e a sua incapacidade face às novas exigências, levando à multiplicação das propostas gestionárias, que originam novos movimentos e modelos organizacionais. A indústria e os serviços convergem para um sistema produtivo complexo, orientado para a flexibilidade e para a Qualidade. Desenvolve-se a normalização no âmbito da Qualidade e o “Mercado da Certificação”, de acordo com os referenciais da International Standard Organization (ISO). Em Portugal, no final da década de 80, sob o impulso dos Quadros Comunitários de Apoio, inicia-se a massificação do fenómeno da Certificação da Qualidade e enfrentam-se processos de mudança que convocam a responsabilidade e a participação coletivas, em cenários de gestão confusa. Neste panorama, este trabalho de investigação, enquadrada nos princípios teórico-metodológicos da Psicologia do Trabalho e da Ergonomia da Atividade, apoiada nas propostas da abordagem da Ergologia, vai ao encontro do que fica na sombra dos processos de certificação, através da realização de três estudos empíricos, complementares, que têm como objetivo dar visibilidade às contradições

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e à complexidade do trabalho humano, a partir dos resíduos, desvalorizados noutras abordagens, sobre o tema. Os estudos de caso envolvem diversas organizações e atores organizacionais, destacando-se empresários, responsáveis da qualidade e auditores da qualidade. Os resultados dos estudos evidenciam um quadro de interpretação fundamental para a (re)concepção de processos de implementação SGQ e respetiva certificação, sustentado nas singularidades organizacionais e no ser humano trabalhador, enquanto produtor e renormalizador, abrindo espaço para debates, com vista à transformação e melhoria contínua das condições de realização do trabalho humano.

Title – Adaptation of the Topophilia Scale to the Portuguese population. Author – Oladele Ogunseitan, Fátima Lobo, Eduardo Tavares & Muriel Silva. Keywords – adaptation; Topophilia Scale; portuguese population. Abstract – The term topophilia, coined by poet W.H. Auden, was redefined for geography scholarship by Yi-Fu Tuan of the University of Wisconsin as the affective bond with one’s environment — a person’s mental, emotional, and cognitive ties to a place. Topophilia is studied here as a latent construct, an abstract psychological concept similar to attitude or intelligence whose variability can only be observed indirectly through its effect on measurable responses. The instrument for measuring topophilia was developed by Ogunseitan using the theoretical foundations supplied by the work of Tuan and existent theories on

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restorative environments. The instrument has originally four factors (ecodiversity, synesthetic tendency, environmental familiarity and cognitive challenge) constituted by 18 items in a five points Likert scale (ranging from not important at all to very important). The instrument was adapted for the portuguese population and after pre-test proceeded to its application through on-line questionnaire. The factorial structure of the instrument was tested (n=266) with resource to a exploratory factorial analysis by the main components method with Varimax rotation, forced to four factors (KMO=0,879), having found a factorial solution similar to the proposal of Ogunseitan. The exploratory factorial analysis identifies the four factors of the original instrument, Ecodiversity, Synesthetic Tendency, Environmental Familiarity and Cognitive Challenge, presenting a Cronbach's alpha of .87, .81, .78 and .60, respectively. The minimum value of saturation of items in their respective factors was .513 with the exception of two items of Synesthetic Tendency and Environmental Familiarity, being necessary to carry out a more refined statistical analysis, in particular to test the exclusion of items on the adapted instrument.

Title – Mediadores de la relación entre el liderazgo transformador y el comportamiento creativo. Author – Guadalupe Vila-Vázquez, Carmen Castro-Casal & Dolores Álvarez-Pérez. Keywords



liderazgo

transformador;

engagement; comportamiento creativo.

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congruencia

de

valores;

Abstract – Dada la importancia de la creatividad de los empleados para la innovación y la competitividad de las empresas, es importante identificar los factores que la influencian. Basándonos en la literatura de creatividad (Shalley, Zhou, & Oldham, 2004), liderazgo transformador (Bass, 1990; Bono & Judge, 2003) y engagement en el trabajo (Kahn, 1990; Rich, Lepine & Crawford, 2010), este estudio tiene como objetivo analizar el papel mediador de la congruencia de valores y del engagement en el trabajo de los empleados sobre la relación liderazgotransformador-comportamiento creativo. El modelo planteado fue contrastado mediante modelos de ecuaciones estructurales en una muestra de empleados pertenecientes a 19 PYMES españolas. Siguiendo a Anderson y Gerbing (1988), en primer lugar analizamos el modelo de medida y, seguidamente, estimamos el modelo estructural para comprobar las hipótesis planteadas. Los resultados del ajuste del modelo de medida fueron satisfactorios. Se constató la consistencia interna de cada constructo, la validez convergente de las escalas así como la validez discriminante de los constructos. Para analizar la mediación, comparamos el modelo inicialmente hipotetizado con diversos modelos alternativos. Los resultados apoyan un modelo de mediación total en el cual la congruencia de valores persona-organización y el engagement en el trabajo median la relación liderazgo transformador-comportamiento creativo de los empleados. En línea con la investigación previa se evidencia que el liderazgo transformador de los supervisores, al articular una visión que destaca los valores compartidos, fomenta la alineación de los valores de los seguidores con los de la organización. Ello estimula a los empleados a invertir su energía física, cognitiva y emocional en sus

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actividades, contribuyendo a la generación de nuevas ideas y enfoques que resulta en una mayor creatividad.

Title – Estudo das características psicométricas do Recovery Experience Questionnaire (REQ). Author – Sónia Borges & Sónia P. Gonçalves. Keywords – recovery experience; características psicométricas; qualidade de vida no trabalho. Abstract – Enquadramento Conceptual: Em virtude dos rápidos progressos tecnológicos ocorridos nas últimas décadas, bem como alterações

efetuadas

na

organização

do

trabalho

resultantes

principalmente em virtude da crise económica, os riscos psicossociais relacionados com o trabalho são das questões que maiores desafios apresentam em matéria de segurança e saúde no trabalho. A Comissão Europeia delineou como um dos objetivos principais a alcançar até 2020, compreender a temática relativa à conciliação do trabalho com a vida privada com o foco em promover e melhorar a saúde das organizações e consequentemente dos seus trabalhadores. Processos relacionados à recuperação e descontrair das exigências do trabalho podem ser relevantes para a saúde dos indivíduos e desempenho no trabalho. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo estudar as características psicométricas da versão traduzida e adaptada para português do Recovery Experience Questionnaire (REQ). Método: Participaram no estudo 200 trabalhadores de diferentes organizações e atividades profissionais. Os dados foram recolhidos através de um

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questionário on-line com o REQ com 37 itens. Resultados: Os resultados apoiam a estrutura fatorial e a qualidades psicométricas do instrumento. Conclusão: O REQ revela ser uma ferramenta interessante e útil para utilização em investigação futura.

Mesa 4 Temática: Diagnóstico Organizacional | Piso 2 Sala 2.3 Moderador: João Carlos Major Title – Estresse e satisfação no trabalho de profissionais que exercem a função de gestores na área comercial. Author – Neusa Maria Bastos Santos, Wilson Lellis, Roberto Fernandes, Igor Polezi & Edgard Pitta Almeida. Keywords – trabalho; satisfação; stress. Abstract – A finalidade do presente estudo é contribuir com a reflexão sobre a relação entre estresse ocupacional e satisfação no trabalho de gestores da área comercial. A atenção e o desafio em identificar como os gestores reagem às tensões do mundo globalizado e aos desafios propostos à função são fundamentais para a saúde das pessoas que estão envolvidas neste processo e para os resultados obtidos pela empresa. Na área comercial, além da tensão e desafio no exercício da função gerencial, há uma tensão adicional na responsabilidade de gerar recursos essenciais para a perenidade da empresa. A importância de estudos sobre a resposta dos indivíduos a situações de estresse positivo (eustresse) e negativo (distresse) nas relações de trabalho são elementos

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essenciais para as organizações identificarem como os indivíduos se sentem em relação ao seu trabalho, de forma a gerenciar os recursos humanos que dispõem, com objetivo de atingir resultados cada vez mais desafiadores. A questão existente entre estresse que impulsiona (eustresse) e leva a realização e a satisfação na superação dos desafios e o estresse que pode levar a situação de adoecimento (distresse) no exercício da função de gestor comercial é o objeto deste estudo, que propõe responder a seguinte questão: Existe relação entre estresse ocupacional (eustresse e distresse) e satisfação no trabalho em profissionais que exercem a função de gestores na área comercial? Neste sentido, os objetivos do presente estudo foram: estudar o nível de estresse e o grau de satisfação relacionados ao trabalho de gestores da área comercial e verificar se existe relação entre estresse ocupacional e satisfação no trabalho de gestores da área comercial.

Title – Competición intrasexual, celos y conductas contraproductivas en el trabajo. Author – Rosario Zurriaga Lloréns, Pilar González Navarro & Elisabetta Quattrocchi. Keywords – competición intrasexual; celos; harming; mediación. Abstract – Diversos estudios han puesto de manifiesto que los estresores organizacionales elicitan emociones negativas, lo cual desencadena conductas contraproductivas en el trabajo. Así pues, las emociones pueden tener un rol mediador entre los estresores y las conductas contraproductivas. Entre los estresores organizaciones se incluye la

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competición intrasexual, entendida como la rivalidad con otras personas del mismo sexo. El objetivo de este trabajo es estudiar el papel mediador de los celos en la relación entre competición intrasexual (ISC) y las conductas contraproductivas (harming) en el trabajo y si hay diferencias de género en esta relación. Hipotetizamos que la relación entre ISC y harming estará mediada por los celos y que habrá diferencias en función del género en esta relación. La muestra estuvo compuesta por 240 trabajadores españoles de diferentes sectores ocupacionales. De ellos, el 51.7% son mujeres y el 48.3% son hombres. Los resultados indican que la competición intrasexual predice significativamente los celos y que los celos predicen significativamente el harming. Cuando se introducen los celos como mediador en la relación, los celos median parcialmente la relación entre ISC y harming. Asimismo, existen diferencias de género en esta relación, ya que los celos no median la relación entre ISC y harming en los hombres y si en las mujeres. Estos resultados contribuyen a comprender mejor el papel de las emociones en el trabajo.

Title – O burnout em ajudantes de lar: um estudo exploratório. Author – Elisabete Ribeiro & Paulo Dias Keywords – burnout; ajudantes; lar terceira idade. Abstract – O presente trabalho pretende explorar determinantes do burnout em ajudantes de lar da terceira Idade. Este tema é particularmente relevante dados os escassos estudos junto desta população, que desempenha uma tarefa social particularmente relevante mas também exigente. Para isso, foram recolhidos dados junto

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de uma amostra portuguesa de 202 indivíduos, com idades compreendidas entre os 23 e os 64 anos. Para a concretização deste estudo, foi aplicado um Questionário sóciodemográfico, o Oldenburg Burnout Inventory (OLBI Demerouti, Bakker, Vardakou & Kantas, 2003) e uma adaptação do Job Descriptive Índex (Smith, Kendall & Hulin, 1969). Os resultados obtidos permitiram perceber a independência do burnout das variáveis género, idade ou estado civil. Já a formação inicial e contínua parecem tem um papel importante. Foi encontrada uma correlação negativa entre a formação profissional e o burnout, assim como dos indicadores de exaustão e nível de ensino. Em função das variáveis organizacionais, foi identificada uma relação significativa entre exaustão e a carga horária, o apoio dos supervisores e chefia. Os resultados são discutidos em função da literatura, assim como das suas implicações individuais e organizacionais. Demerouti, E., Bakker, A.B., Vardakou, I., & Kantas, A. (2003). «The convergent validity of two burnout instruments: A multitrait-multimethod analysis». European Journal of Psychological Assessment, 18, 296-307. Smith, P.C., Smith, O.W., & Rollo, J. (1975). «Factor structure for blacks and whites of the Job Descriptive Index and Its discrimination of Job Satisfaction». Journal of Applied Psychology, 74, 99- 100.

Title – Engagement no trabalho e o empowerment psicológico: um estudo exploratório. Author – Alejandro Orgambídez-Ramos & Daniel Moura.

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Keywords – engagement no trabalho; empowerment psicológico; estudo exploratório. Abstract – O objetivo deste estudo pauta-se por determinar as relações entre as dimensões do empowerment psicológico e o engagement no trabalho, a opção por estas variáveis pauta-se pela pertinência e atualidade das mesmas num contexto em que, as perspetivas positivas no local de trabalho são de facto, importantes, tendo em conta as consequências organizacionais e individuais que podem advir de altos níveis de engagement e de empowerment psicológico. A revisão bibliográfica constata que o constructo do empowerment psicológico diz respeito às convicções pessoais que os funcionários têm sobre os seus papéis na organização, por sua vez, o engagement no trabalho é definido como um estado afetivo-cognitivo-motivacional de realização, que não se foca num objeto em particular, num evento, num indivíduo ou comportamento, mas reflete um estado mental dos trabalhadores no presente imediato. A amostragem para a realização deste estudo foi por conveniência, na qual exige-se que os participantes tenham no mínimo, um ano a trabalhar na mesma função e na mesma organização. O estudo envolveu 306 participantes (71.1% género feminino; 28.9% género masculino) 18 e 72 anos (M = 35.59, DP = 10.66). Nos instrumentos empregaram-se duas escalas no total, ambas traduzidas para a população portuguesa e o Questionário do Bem-estar e Trabalho (UWES) de Schaufeli e Bakker (2004) e a Escala de Empowerment de Spreitzer (1995). De forma muito geral, revela-se que, tal como esperado, que todas

as

dimensões

do

empowerment

estão

correlacionadas

significativamente com o engagement. Inclusivamente, quando realizado

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um modelo de regressão linear múltipla denota-se esse mesmo facto, de que as dimensões do empowerment psicológico (i.e., o significado, o impacto, a autodeterminação e a competência) predizem fortemente o engagement, a análise de uma regressão múltipla certifica-se estas mesmas quatro dimensões predizem fortemente o modelo, em que a variância total explicada do modelo é de 77.8% resultado este que é corroborado de uma forma ou outra por diversos autores.

Mesa 5 Temática: Trabalho e Representações Sociais | Piso 2 Sala 2.4 Moderador: Eduarda Pimentel Title – Habilidades na comunicação: tomando como referência o pensamento de Owen Hargie. Author – Rosa Vilaça. Keywords – comunicação interpessoal; habilidades motoras; habilidades sociais; aprendizagem. Abstract – O interesse científico pela comunicação interpessoal tem aumentado significativamente nos últimos anos. Este interesse manifesta-se, na maior parte das investigações com o estudo da relação entre a qualidade da comunicação e a qualidade de vida e bem-estar. Esta investigação visa analisar as especificidades das habilidades interpessoais, a sua natureza e funções e a importância das habilidades específicas na comunicação interpessoal. O pensamento de Owen Hargie constitui a base teórica desta análise. Pelo que se procedeu à revisão

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teórica dos conceitos que segundo o autor são preditores do processo comunicativo:

desempenho

motor,

desempenho

social,

intencionalidade, aprendizagem, adequação, flexibilidade, adaptação e sincronização.

Title – Qualidade de vida no trabalho, satisfação profissional e motivação: breve revisão da literatura. Author – Fátima Oliveira. Keywords – trabalho; qualidade de vida; satisfação profissional; motivação. Abstract – A qualidade de vida no trabalho (QVT) é um tema que tem ganho cada vez mais relevância no contexto organizacional e também na comunidade científica devido à influência que exerce na satisfação dos objetivos

e

necessidades

tanto

das

organizações

como

dos

trabalhadores. Neste sentido, o presente trabalho divide-se em duas partes, correspondendo a primeira a uma revisão bibliográfica com o objetivo de aprofundar conhecimento sobre os constructos de qualidade de vida (QV), qualidade de vida no trabalho (QVT), satisfação profissional (SP) e motivação no trabalho (MT). A segunda parte apresenta um conjunto de instrumentos que avaliam esses mesmos constructos, nomeadamente a escala (WHOQOL) (WHOQOL Group, 1993) com o objetivo de avaliar a QV; o QWLQ-78 (Reis Júnior, 2008) e TQWL-42 (Pedroso, 2010) ambos com a finalidade de avaliar a QVT; a EST (Martins & Santos, 2006) para avaliar a Satisfação Profissional; e por fim a WEIMS (Deci & Ryan, 2000) com o objetivo de avaliar a Motivação no Trabalho.

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Esta apresentação é de natureza teórica e teve por objetivo proceder à revisão da literatura, constituindo esta característica uma das suas limitações.

Title



Reconfiguração

da

centralidade

do

trabalho

na

contemporaneidade: identidade, prazer e sofrimento. Author – Sara Teles. Keywords – trabalho; centralidade; identidade; prazer; sofrimento. Abstract – A globalização operou mudanças no mundo do trabalho, reconfigurou o seu papel na vida dos indivíduos, a sua função identitária e os sentidos associados. O objetivo desta investigação é compreender de que modo as transformações ocorridas nas organizações afetam a centralidade do trabalho e o próprio trabalho como fonte de identidade, bem como, explorar, o modo como o trabalho pode gerar prazer e sofrimento e analisar as estratégias potenciadoras de prazer e de evitamento do sofrimento. A metodologia utilizada é teórica tendo por base a revisão da literatura.

[53]

Title – As características peculiares do desempenho comunicativo: o modelo operacional de Owen Hargie. Author – Rosa Vilaça. Keywords – comunicação hábil; desempenho comunicativo. Abstract – Os investigadores da comunicação partilham diferentes conceptualizações,

embora

concordem

que

todo

o

processo

comunicativo é complexo. Vários modelos têm sido desenvolvidos para explicar as diferenças entre o desempenho motor e social. Esta investigação teve como base teórica o modelo de desempenho comunicativo hábil de Owen Hargie. O autor procura compreender o ciclo

processual

central

envolvido

no

comportamento

hábil

providenciando uma análise concisa de cada um dos elementos interrelacionados do processo comunicativo. De forma sintética, a ideia central preconizada pelo autor é de que qualquer encontro interpessoal envolve um número avultado de variáveis: objetivos e motivação, fatores mediadores (cognição e emoção), respostas, feedback, perceção e contexto pessoa-situação (fatores pessoais, personalidade, género, idade, aparência, situação, estrutura do objetivo, funções, regras, repertório de elementos, conceitos, linguagem e discurso, ambiente físico e cultura). Esta investigação procedeu, apenas, à revisão da literatura, constituindo esta uma das suas limitações. Title – Centralidade do Trabalho: Breve revisão teórica. Author – José Pedro Carvalho Araújo. Keyword – trabalho; centralidade; organização. Abstract – Esta investigação visa proceder a uma breve revisão da literatura sobre a centralidade do trabalho. Pretende, ainda, analisar os

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principais contributos teóricos desde a Revolução Industrial até à atualidade. Nesta análise foi atribuída maior relevância aos autores provenientes das seguintes áreas: Filosofia Política, Psicologia, Gestão e Economia. Foram também consideradas as variáveis de contexto e os efeitos da globalização nas novas representações e significados atribuídos ao trabalho bem como o seu impacto na vida pessoal e social. Desta investigação resulta a necessidade de repensar as culturas organizacionais, as lideranças, a comunicação, a gestão dos recursos humanos, os meios de diagnósticos e novas estratégias de intervenção organizacional.

Title – Clima, prazer e sofrimento numa empresa do sector automóvel. Author – Isaura Gomes. Keywords – clima; prazer; sofrimento; trabalho. Abstract – A presente investigação é de carácter quantitativo, investiga o clima organizacional e o prazer-sofrimento no trabalho numa empresa do sector automóvel. Foram usadas duas escalas: The Social Climate Scales Work (Moos & Insel, 1974), adaptada e validada para a população portuguesa (Lobo & Fernández, 2001) e a Escala de Prazer-sofrimento no Trabalho (Mendes, 1999). Foi recolhida uma amostra aleatória de 79 sujeitos, 58 (73.4%) do sexo masculino e 21 (26.6%) do sexo feminino, com uma média de idades próxima dos 36 anos. Para o tratamento dos dados foi utilizado o programa estatístico Statistical Packpage for the Social Sciences (SPSS) 20.0 for Windows. Os resultados obtidos confirmam a existência de uma relação entre o clima organizacional e

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prazer-sofrimento no trabalho. A subescala apoio da dimensão relações é preditora das dimensões insegurança e desgaste. Por sua vez a organização também é preditora da insegurança e desgaste, tal como a inovação. Neste sentido a investigação revela correlação significativa entre as variáveis organizacionais e as dimensões psicológicas e subjetivas associadas ao trabalho.

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Mesa 6 Temática: Diagnóstico Organizacional | Piso 3 Sala 3.1 Moderador: José Costa Dantas Title – Acidentes de trabalho e o sofrimento físico e psíquico dos trabalhadores da indústria de calçados de Franca (São Paulo, Brasil). Author – Dathiê Mello Franco Benatti & Vera Navarro. Keywords – acidentes de trabalho; doenças do trabalho; saúde do trabalhador. Abstract – Esta pesquisa teve como objetivo investigar os acidentes e as doenças relacionadas ao trabalho e o sofrimento físico e psíquico dos trabalhadores acidentados na indústria de calçados de Franca, importante polo industrial na fabricação de calçados masculinos de couro no Brasil. Tratou-se de uma pesquisa de cunho qualitativo e teve como técnica de coleta de dados a entrevista semiestruturada com 20 trabalhadores, de ambos os sexos, que sofreram acidentes ou foram acometidos por doenças ocupacionais. Em decorrência de um acidente de trabalho, os trabalhadores têm suas vidas sacrificadas. Por vezes, carregam durante anos ou para sempre as marcas dessa violência. De acordo com os dados obtidos, verificou-se que os acidentes de trabalho deixam suas marcas por meio da lesão física, demonstrada através de amputações e cortes nos membros superiores (mãos, dedos, antebraços, braços) e também do sofrimento psíquico e o estigma social em que esses trabalhadores são colocados como inválidos pela sociedade. A

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pesquisa permitiu relacionar as ocorrências dos acidentes e as doenças que acometeram os trabalhadores aos aspetos da organização e das condições do trabalho. As condições do maquinário, a sobrecarga, o ritmo acelerado do trabalho, o desvio de função, a falta de treinamento técnicos e de segurança foram apontados pelos entrevistados como determinantes nas ocorrências dos acidentes e dos adoecimentos. A violência sofrida pelos trabalhadores em decorrência do acidente se estendeu pelo longo processo de tratamento de sua saúde e pela trajetória institucional para estabelecer o nexo entre o acidente e o seu trabalho. Desta forma, os resultados podem contribuir com propostas para organizar e subsidiar a elaboração de políticas sociais que visam a promoção, proteção e recuperação da saúde daquele grupo de trabalhadores.

Title – Avaliação de treinamento em uma organização pública. Author – Helena Dresch Vascouto, Hellen Alberton & Paola Barros Delben. Keywords – treinamento; profissionais; organizações. Abstract – Treinamentos em organizações são definidos como processos de aprendizado de curto prazo, com objetivos distintos que visam a transmissão ou a atualização de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionados à tarefa ou a otimização do trabalho, elementos que refletem no desempenho. Nos setores públicos os treinamentos, práticas essenciais para os exercícios das funções ocupadas, são ofertados aos trabalhadores, como é o caso dos psicólogos do Centro de Referência

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Especializada em Assistência Social (CREAS), cuja atividade requer além da formação de nível superior, capacitações através da educação continuada, garantindo à população atendimento de qualidade. De acordo com o exposto, o objetivo do trabalho foi avaliar os componentes e a estrutura de treinamentos oferecidos aos psicólogos no CREAS. O método utilizado foi o de observação participante de um curso oferecido aos profissionais, de maneira abrangente a assistentes sociais, agentes comunitários, psicólogos e conselheiros tutelares, realizando por fim uma comparação dos dados com a literatura na área. Os resultados encontrados demonstraram que o curso não pode ser considerado como um treinamento, visto que não houve etapas clássicas que o caracterizariam como tal, como o levantamento de necessidades prévias para o planejamento e, por fim, uma avaliação. Deste modo, foi possível perceber as incongruências de conceções sobre o que é treinamento ou capacitações, sendo necessário o aprimoramento da prática pelos gestores e profissionais das organizações públicas.

Title – Os acidentes de trabalho na agroindústria canavieira da região de Araraquara, São Paulo (Brasil) e os impactos à saúde dos trabalhadores. Author – Dathiê Mello Franco Benatti & Vera Navarro. Keywords – acidentes de trabalho; agroindústria canavieira; saúde do trabalhador. Abstract – O objetivo dessa pesquisa é conhecer as causas dos acidentes envolvendo trabalhadores da agroindústria canavieira da região de

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Araraquara, município do interior paulista, e as consequências dessas ocorrências para os trabalhadores. A pesquisa, de cunho qualitativo, é fundamentada no referencial teórico e metodológico do materialismo histórico dialético. A pesquisa envolve duas etapas. Na primeira, levantaram-se os acidentes ocorridos no período de 2010 a 2012 por meio dos Relatórios de Atendimento ao Acidentado do Trabalho, disponíveis no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) de Araraquara. Na segunda, realizaram-se entrevistas semiestruturadas com trabalhadores acidentados e com profissionais do CEREST, a fim de obter informações acerca do atendimento dispensado aos acidentados. No ano de 2010 foram registrados 251 acidentes de trabalho; em 2011, 231 acidentes e 14 foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) por serem acidentes graves, envolvendo fraturas, amputações, ferimentos cortocontusos, queimaduras e um acidente fatal; no ano de 2012 foram registrados 198 acidentes e 18 notificados no SINAN, envolvendo fraturas, amputações, intoxicação e ferimentos cortocontusos. Após uma análise sobre as possíveis causas dos acidentes, percebeu-se que os trabalhadores rurais estão expostos a diversos riscos ocupacionais, que podem estar relacionados aos seus acidentes com ferramentas manuais, animais peçonhentos, exposição às radiações solares, exposição ao ruído, divisão e o ritmo intenso de trabalho com cobrança para a produtividade, jornada de trabalho prolongada e exposição a agrotóxicos. Além de o trabalho rural provocar danos físicos, também pode deixar marcas por meio do sofrimento psíquico, através das exigências da organização do trabalho. O diagnóstico dos acidentes de trabalho é relevante para a elaboração de

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ações que visem estratégias preventivas pelos serviços de atenção à saúde do trabalhador.

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Mesa 7 Temática: Gestão de Equipas | Piso 3 Sala 3.2 Moderador: Cristina Queirós

Title – O alinhamento das práticas de trabalho de alto desempenho: um contributo teórico. Author – Adriana Araújo & Sílvia Agostinho Silva. Keywords – práticas de trabalho de alto desempenho; gestão de recursos humanos; alinhamento; estratégia. Abstract – As práticas de trabalho de alto desempenho são consensualmente

reconhecidas

como

sendo

críticas

para

o

desenvolvimento do capital humano (e.g., Buller & McEvoy, 2012; Combs et al., 2006). Estudos recentes indicam que estas práticas podem ser alinhadas com a estratégia organizacional (alinhamento vertical) de forma a incrementar o desempenho organizacional (e.g., Posthuma et al., 2013). Por outro lado, as práticas de trabalho de alto desempenho podem ser estrategicamente implementadas entre si, permitindo criar sinergias

através

seu

alinhamento

(alinhamento

horizontal),

contribuindo para o reforço do desempenho organizacional (e.g., Buller & McEvoy, 2012; Lengnick-Hall et al., 2009; Posthuma et al., 2013; Subramony, 2009). Na literatura, permanecem questões sobre a presença, a implementação e o alinhamento das práticas de trabalho de alto desempenho (e.g., Marescaux et al., 2013; Posthuma et al., 2013)

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sendo identificada a necessidade de mais investigação sobre os tipos de alinhamento das diferentes práticas de trabalho de alto desempenho. Com o objetivo de esclarecer o funcionamento das práticas de trabalho de alto desempenho, pretendeu-se responder às seguintes questões: Quais são as componentes das práticas de trabalho de alto desempenho? Como é que as práticas de trabalho de alto desempenho trabalham em conjunto? Como é que as práticas de trabalho de alto desempenho e o seu alinhamento são avaliados? Quais são os intervenientes organizacionais na implementação destas práticas? A partir da revisão da literatura são identificadas e discutidas prioridades para investigação futura e suas implicações para as empresas (e.g., a identificação do papel de vários intervenientes organizacionais e da definição de estratégias pode permitir um melhor alinhamento das práticas e potenciar os seus efeitos desejados e positivos ao nível do desempenho).

Title – Interdependência e satisfação nas equipas de trabalho: o papel moderador do desenvolvimento grupal. Author – Marta Pereira Alves & Paulo Renato Lourenço. Keywords – interdependência intragrupal; interdependência socioafetiva; desenvolvimento grupal; satisfação grupal. Abstract – Numa perspetiva desenvolvimentista, as equipas de trabalho nas organizações ajustam e modificam o seu funcionamento ao longo do tempo. O estudo, que integrou uma amostra de 84 equipas de diferentes organizações portuguesas, teve por objetivo analisar, ao nível grupal, o

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modo como o estádio de desenvolvimento do grupo modera 1) a relação entre a interdependência relacionada com a realização do trabalho de equipa (tarefa, resultados e funções) e a satisfação grupal e 2) a associação entre a interdependência socio-afetiva (proximidade emocional, expressão aberta e emocionalidade no trabalho) e a satisfação grupal. Para analisar a interdependência relacionada com a realização do trabalho, foram calculadas medidas de densidade construídas com base na metodologia de análise de redes sociais. O desenvolvimento grupal, a interdependência socio-afetiva e a satisfação grupal foram avaliados através de medidas por questionário validadas empiricamente. O modelo foi testado através de uma análise de regressão múltipla hierárquica e foram calculados os efeitos condicionais específicos. Os resultados mostraram efeitos significativos que, de modo geral, apontam para a existência de diferenças entre o segundo (reenquadramento) e o quarto (realização) estádio de desenvolvimento grupal. Em particular, observaram-se efeitos de interação significativos entre o desenvolvimento grupal e a interdependência de resultados na satisfação grupal e entre o desenvolvimento grupal e a proximidade emocional na satisfação grupal, apresentando ambos os efeitos maior magnitude no Estádio 2 comparativamente ao Estádio 4. Os resultados obtidos

são

discutidos

com

base

no

modelo

integrado

de

desenvolvimento grupal (Miguez & Lourenço, 2001) e salientam a importância da fase de desenvolvimento do grupo na avaliação e intervenção dos grupos de trabalho nas organizações.

[64]

Title – Organizações mais responsáveis, trabalhadores mais diligentes? Na

senda

de

mediadores

psicossociais

da

relação

entre

a

responsabilidade social das organizações e o desempenho dos colaboradores. Author – Ana Patrícia Duarte & José Gonçalves Das Neves. Keywords – responsabilidade social das organizações; imagem organizacional; justiça organizacional; identificação organizacional; desempenho; comportamentos de cidadania organizacional. Abstract – A responsabilidade social das organizações (RSO) tem vindo a afirmar-se como um tema central na literatura de gestão (Carroll & Shabana, 2010), mas pouca pesquisa tem sido dedicada à análise da relação entre desempenho social e o comportamento dos trabalhadores (Aguinis & Glavas, 2012). Nos últimos anos, têm surgido algumas evidências de que a RSO pode ser relevante para o comportamento do trabalhador, quer no que respeita ao desempenho de comportamentos de papel quer de comportamentos de cidadania organizacional (Leal & Rego, 2011; Lin et al., 2010). Todavia, mais investigação é necessária para se compreender em que moldes tal relação se estabelece. Neste contexto, o presente estudo visa analisar a relação entre as perceções do trabalhador acerca do envolvimento da organização em diferentes dimensões de RSO (trabalhadores, comunidade e ambiente, económica) e três facetas do seu comportamento no trabalho (desempenho de comportamentos de papel, comportamento de cidadania dirigidos à organização e comportamentos de cidadania dirigidos a indivíduos), integrando no modelo de investigação três potenciais variáveis mediadoras. Mais especificamente, com base nas teorias da identidade

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social (Mael & Ashforth, 1992; Dutton et al., 1994) e da justiça organizacional (Aguilera et al., 2007; Rupp et al., 2006), explora-se o papel da imagem organizacional, da identificação organizacional e da justiça organizacional na expectativa de que ajudem a alargar o conhecimento existente sobre de que forma a RSO se associa ao comportamento dos colaboradores. A recolha de dados encontra-se a decorrer com base na aplicação de um inquérito individual a trabalhadores de diferentes organizações. Ao encontro das hipóteses do estudo, os resultados preliminares apontam para relações significativas positivas entre as variáveis em análise. Nesta comunicação serão apresentados os resultados finais do estudo, assim como as implicações que decorrem para a teoria e a prática.

Title – Consumer Styles Inventory: adaptação e validação para a população portuguesa. Author – Ricardo Araújo, Fátima Lobo & Cristina Queirós. Keywords – Consumer Styles Inventory; consumidor; tomada de decisão. Abstract – O interesse nos mercados e na forma como os indivíduos se comportam como consumidores de produtos e serviços tem aumentado. Desta forma a psicologia do consumo procura entender o porquê e como os indivíduos ou grupos se envolvem em atividades de consumo e como estas

os

afetam.

Foca-se

nos

processos

cognitivos

e

nos

comportamentos que ocorrem quando os indivíduos compram ou usam produtos e serviços. Sendo uma área interdisciplinar, combina teorias e métodos de investigação de áreas como a Psicologia, Marketing,

[66]

Publicidade,

Economia,

Sociologia

e

Antropologia

tornando-se

importante o estudo do comportamento dos consumidores, mais concretamente os seus estilos de tomada de decisão, pelo facto de desempenharem um papel fundamental na sua vida. Estes estilos podem ser mensurados através do Consumers Styles Inventory (CSI), instrumento desenvolvido por Sproles e Kendall (1986) para identificar o estilo de tomada de decisão do consumidor contendo oito estilos de decisão: 1) consumidor perfeccionista ou consciente da qualidade; 2) consumidor consciente da marca e do preço justo pela qualidade; 3) consumidor orientado pela moda e pela novidade; 4) consumidor recreativo e hedonista; 5) consumidor consciente do preço e do valor; 6) consumidor impulsivo e descuidado; 7) consumidor confuso; 8) consumidor habitual e leal à marca. Assim, o estudo visa a adaptação do CSI no contexto português, baseado numa amostra com 229 participantes entre os 16 e 79 anos. Tendo sido confirmados seis dos oito fatores propostos no estudo original, capazes de explicar 56.54% da variância. A análise destes estilos fornece aos profissionais interessados no estudo do comportamento do consumidor as orientações e padrões dos consumidores no momento da compra, podendo auxiliar os consumidores a compreenderem o seu estilo de compra e a permitir que façam decisões melhores. Do ponto de vista organizacional a informação obtida sobre estes estilos pode auxiliar na segmentação de mercado, colaborando na identificação e na criação de perfis de consumidores distintos.

[67]

Title – La salud psicológica y el bienestar laboral en un contexto de crisis económica: Nuevos retos. Author – Joan Boada-Grau Keywords – salud; bienestar laboral; contexto. Abstract – La Organización Mundial de la Salud (OMS) en su constitución, aprobada en 1948, indica que la salud es un estado de completo bienestar físico, mental y social, y no solamente la ausencia de enfermedades, afecciones o dolencias. De forma complementaria, el bienestar psicológico se define como una persona juzga su vida laboral en términos positivos, es decir, en qué medida un sujeto se encuentra a gusto con la vida, en esta valoración intervienen dos componentes. El primero es el cognitivo que representa la discrepancia percibida entre sus expectativas y sus logros; así pues la persona tiene pensamientos que van desde la realización personal hasta la experiencia vital de fracaso. Y el segundo es el componente afectivo, mucho más hedónico, momentáneo y cambiante, comprende el grado de positividad de los sentimientos, las emociones y los estados de ánimo. El objetivo del presente simposium es destacar la importancia de los factores económicos, organizacionales y personales que subyacen en los procesos de la salud psicológica y el bienestar laboral en un contexto de crisis económica. Todo ello desde una perspectiva de reflexión, evaluativa y de intervención. Para ello, se presentan ocho comunicaciones que pueden agruparse en tres áreas. La primera, hace referencia en la incidencia que tiene la crisis económica en la calidad del empleo y en el bienestar psicológico tanto en población adulta como en los jóvenes (Ver Comunicaciones - 1, 2 y 3). La segunda área relaciona la salud y la

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organización (Ver Comunicaciones - 4 y 5), en esta se describen las conexiones entre el bienestar, el clima y el liderazgo. Y en la tercera, se hacen propuestas de evaluación, del síndrome de estar quemado por el trabajo en trabajadores judiciales brasileños, y de los estresores laborales y del Job Demands-Control Model de Karasek y Theorell (data) en trabajadores españoles del sector del transporte por carretera (Ver Comunicaciones - 6, 7 y 8).

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Mesa 8 Temática: Liderança | Piso 3 Sala de Atos Moderador: José Rui Gaia Costa Pinto

Title – El liderazgo humanista: una aproximación teórica. Author – Carlos M. Moreno, Susanna Del Cerro & Antonio Chaves Keywords – liderazgo humanista; persona; organizaciones. Abstract – Esta comunicación es una aproximación teórica al liderazgo humanista. Los autores quieren contestar en el desarrollo de la comunicación a las preguntas: “¿Qué es el liderazgo humanista?”, “¿Qué lo caracteriza?” Para ello, partirán de tres consideraciones en torno al liderazgo una vez revisada, por un lado, parte de literatura fundamental en la temática, entre otros, (Bennis, 2000; Burns, 1978; Ciulla, 1998; Conger & Goleman, Boyatzis & Mckee, 2002; Kanungo, 1998; MacGregor, Schein, 1992) y, por otro lado, algunas de las aportaciones más recientes (Farson & Keyes, 2013; Goleman, 2013; Isaacson, 2013; Kellerman, 2012; Sinek, 2009) sobre la temática del liderazgo. Posteriormente, desarrollan cinco características que, a su entender, caracterizan al liderazgo humanista. Esta caracterización se diferencia de algunas otras que representan diferentes modelos de liderazgo. El volumen de la literatura sobre el liderazgo demuestra, por una parte, el interés que esta temática despierta en el mundo organizacional y académico y, por otra, cierta complejidad de la temática porque nunca

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se acaba de abarcar del todo. Esta comunicación presenta esta realidad en tiempos, especialmente, inciertos. Como, con cierta ironía, unos de los estudiosos más reconocidos internacionalmente ha afirmado: “Nunca se ha escrito tanto para decir tan poco”. Tras la caracterización, los autores presentan siete claves – coherencia, convicción, credibilidad, confianza, comunicación, compromiso y conciencia – que dan consistencia a la manera de llevar a la práctica un liderazgo humanista. Finalmente, los autores apuntan dos rúbricas – coraje y carácter- que sostienen, a su entender, lo que ha de ser un liderazgo humanista. Así mismo, la comunicación señala dos consideraciones fundamentales para la práctica efectiva del liderazgo. La primera, la “persona” – personalidad – de quien ejerce el liderazgo. La segunda, el entorno donde este liderazgo es ejercido, teniendo en cuenta a la organización – aspecto interno- y al entorno sociedad donde la organización opera, aspecto externo.

Title – O conceito de salário justo na Doutrina Social da Igreja. Author – Hermenigildo Encarnação. Keywords – salário; salário familiar; Doutrina Social da Igreja. Abstract – A investigação visa analisar, à luz da Doutrina Social da Igreja (DSI), o princípio do salário justo. A metodologia utilizada foi a revisão da literatura, com particular incidência nas Encíclicas Rerum novarum (RN), Laborem exercens (LE) e Caritas in veritate (CV). O princípio do salário justo, estruturante da vida social e laboral, foi ao longo dos tempos analisado exaustivamente pela Igreja Católica. Cumpre esta abordagem

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relevar sobretudo três encíclicas: RN de Leão XIII em 1891, LE de João Paulo II em 1981 e CV de Bento XVI em 2009. A primeira intitulada a Magna Carta da questão operária que deve ser contextualizada histórica e socialmente. A segunda vista como a Magna Carta do trabalho defendendo uma visão humanista. Finalmente, a terceira é uma análise global e profunda da vida social e económica plasmando uma visão e preocupação ética. No seu conjunto a DSI defende que o salário deve ter um âmbito mais alargado do que a mera retribuição. Entra aqui a noção de remuneração vista e perspetivada como salário familiar. Entenda-se, um salário que seja suficiente para atender às necessidades não só do trabalhador específico, mas também da sua família. À Igreja, por imperativos Evangélicos, impõe-se a defesa intransigente da dignidade do trabalhador e dos seus direitos. De facto a DSI promove energicamente a dignidade do assalariado, a sua justa remuneração, apelando ao seu papel ativo e participativo nos destinos da organização. Deste modo, a Igreja Católica tornou-se um árbitro informal, sobretudo a partir de Leão XIII com a RN. O salário justo está assim inserido no princípio da justiça como equidade, que eleva a um nível superior, a conhecida teoria do contrato social. Esta justiça e equidade pressupõe, segundo a DSI, a complementaridade das prestações sociais, inserido num estado nivelador e social defendendo, por esta via, as camadas mais débeis visando a coesão e proteção social. Esta exigência de justiça retributiva e distributiva é transversal a toda a DSI.

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Title – Abordagem ao conceito de Líder Proactivo tomando como referência a abordagem The Proactive Leader. Author – Patrícia Moreira & Fátima Lobo. Keywords – trabalho; liderança; procrastinação; decisão. Abstract – A investigação visa analisar o livro de David De Cremer intitulado: The Proactive Leader (data). O tema central da obra centra-se no conceito de liderança. Não obstante o elevado número de publicações sobre este tema, continua a ser importante alargar a compreensão deste constructo. Na conceção do autor a liderança apresenta várias perspetivas dominantes, a perspetiva do líder, a perspetiva dos seguidores, a liderança baseada nas qualidades físicas e psicológicas. Aborda, também, o conceito de procrastinação. O autor refere a tomada de decisões pelo líder como um processo consciente, caracterizado por uma forma de pensar gradual e controlada - o paradigma racional -, identificando o problema de falta de decisão ou adiamento de decisão como impedimento para uma liderança eficaz. É a partir deste objetivo de reduzir a procrastinação ao mínimo que o autor colabora e fornece contribuições fundamentais para tornar a liderança eficaz em qualquer nível de intervenção: líderes proactivos no momento de tomada de decisões.

[73]

Title – Relação entre o número de horas semanais de trabalho a qualidade do sono e a saúde mental: estudo preliminar. Author – Domingos Ferreira & Eleonora Costa. Keywords – trabalho; qualidade do sono; saúde mental. Abstract – Objetivos: Verificar preliminarmente a relação entre o número de horas semanais de trabalho, a qualidade do sono e a saúde mental. Enquadramento concetual: O trabalho tem importância fundamental na vida das pessoas, estando implicado na sua identidade, autoestima e reconhecimento social. O seu impacto na saúde física e mental é inegável, estando associado a problemas de insatisfação e realização, desinteresse e desmotivação, e exaustão emocional e física, traduzindo-se em problemas individuais e institucionais (Ribeiro, Gomes & Silva, 2010). A esse nível, o impacto negativo pode traduzir-se na menor qualidade dos serviços prestados, na redução dos níveis de produção e no absentismo (Lima et al., 2007). Metodologia: A amostra foi aleatória, não probabilística de conveniência, constituída por 32 sujeitos.

Um

questionário

sociodemográfico

avaliou

variáveis

sociodemográficas. Usou-se o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburg (PSQI) (Buysse et al., 1989; versão portuguesa de Ramalho, 2007), para avaliar o sono e o Inventário de Saúde Mental (MHI-5; versão portuguesa de Ribeiro, 2001), para avaliar a saúde mental. Resultados: Verifica-se uma correlação negativa moderada entre o número de horas de trabalho semanais e a saúde mental (r = - .500, p < .05) indicando que quem trabalha mais horas apresenta pior saúde mental. Verifica-se uma correlação negativa moderada entre a qualidade do sono e a saúde

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mental (r = .550, p < .05), indicando que quem tem menor qualidade do sono tem pior saúde mental. Discussão: Esta investigação, apesar de preliminar, mostra o impacto do número de horas de trabalho semanais na saúde mental. Fatores como a carga horária excessiva e/ou desgastante.

[75]

Mesa 9 Temática: Intervenção Psicossocial nas Organizações | Piso 2 Sala 2.1 Moderador: Paulo Dias

Title – Adoecimento e afastamento do trabalho: estudo com trabalhadores bancários. Author – Juliana Lemos Silva Fortes & Vera Lucia Navarro. Keywords



bancários;

adoecimento;

afastamento;

doenças

ocupacionais. Abstract – Em um contexto marcado pela intensificação do ritmo de trabalho atrelada a sobrecarga e metas abusivas e por episódios de pressão e assédio moral organizacional, o processo de adoecimento e afastamento no ambiente laboral se torna realidade no trabalho bancário. Esse adoecimento e processo de afastamento são a constatação do sofrimento velado na relação dos bancários com a organização do trabalho. A presente pesquisa encontra-se em andamento e toma como sujeitos trabalhadores bancários que foram afastados, temporariamente ou definitivamente, do emprego por motivos de saúde relacionados ao trabalho, com o objetivo de conhecer as implicações decorrentes desse episódio, tanto em seu trabalho, quanto em sua vida fora do trabalho. Este estudo, de cunho qualitativo, é embasado no materialismo histórico dialético e será realizado junto aos trabalhadores bancários da cidade de Uberaba-MG, município

[76]

brasileiro do estado de Minas Gerais, na região do Triângulo Mineiro. O contato com os trabalhadores está sendo mediado pelo sindicato da categoria. Até o momento foram entrevistados 15 trabalhadores faltando apenas cinco para completar o total pretendido. As entrevistas semiestruturadas são registradas através do processo de gravação. Os dados obtidos através dos depoimentos dos trabalhadores estão ao mesmo tempo sendo transcritos e pré-selecionados por temas. A apresentação e análise dos dados serão realizadas à luz do referencial teórico adotado. As últimas greves nacionais desse setor, deflagradas em 2011, 2012 e em 2013, sendo as maiores no número de agências paralisadas e as mais longas, traz como um dos mais importantes pontos de pauta a luta por melhorias das condições de trabalho e saúde dos trabalhadores.

Title – Efectos del capital psicológico en los resultados individuales: un estudio en el colectivo de los ingenieros de telecomunicaciones. Author – Romina García-Chas & Edelmira Neira-Fontela. Keywords – capital psicológico; ingenieros; satisfacción en el puesto; compromiso afectivo; rendimiento. Abstract – Objetivos: Este trabajo analiza el efecto del capital psicológico de los ingenieros de telecomunicaciones en tres resultados individuales de gran relevancia para las organizaciones: la satisfacción en el puesto de trabajo, el compromiso afectivo con la organización y el rendimiento en el puesto. Marco conceptual: La investigación sobre capital psicológico se sustenta sobre la base del comportamiento organizacional positivo

[77]

que a su vez proviene del movimiento de la psicología positiva. Metodología: Tomando como base los datos obtenidos de 100 ingenieros de telecomunicaciones, el trabajo plantea un sistema de ecuaciones estructurales, para cuyo análisis se ha utilizado el programa informático EQS 6.1. Resultados: Los resultados indican que el capital psicológico de los ingenieros de telecomunicaciones ejerce un efecto positivo sobre los tres resultados individuales considerados en el estudio. Discusión: Los resultados obtenidos son consistentes con la teoría existente sobre capital psicológico y con resultados empíricos previos. Sin embargo, para conocimiento de las autoras, no existen estudios anteriores que analicen la importancia del capital psicológico para el colectivo de los ingenieros de telecomunicaciones. Implicaciones directivas:

Los

resultados

obtenidos

presentan

importantes

implicaciones para los directivos tanto en el ámbito de la selección como en el de la formación y desarrollo de los recursos humanos. En primer lugar, los directivos deben tratar de buscar individuos con elevado capital psicológico en los procesos de selección. Por otra parte, dado que el capital psicológico es un rasgo de personalidad que puede ser desarrollado,

la

organización

debería

formativas para el desarrollo del mismo.

[78]

implementar

actividades

Title – Engagement e empowerment psicológico como antecedentes da satisfação profissional e do bem-estar pessoal no trabalho. Author – Daniel Moura & Alejandro Orgambídez-Ramos. Keywords



engagement;

empowerment

psicológico;

satisfação

profissional; bem-estar pessoal. Abstract – Cada vez mais as organizações encetam a dar valor ao funcionamento ótimo do indivíduo, uma vez que acarreta vantagens, tanto para o indivíduo, como para a própria organização. Partindo deste pressuposto, o objetivo desta investigação, é analisar as relações do empowerment psicológico e o engagement no trabalho sobre a satisfação profissional e bem-estar pessoal no trabalho. Participaram 306 sujeitos empregados de ambos os géneros, todos trabalhadores ativos, com idades compreendidas entre os 18 e 72 anos (M = 35.59, DP = 10.66), através de um questionário online. Nos instrumentos empregouse 3 escalas no total, todas traduzidas para a população portuguesa e com boas características psicométricas, para medir o engagement empregou-se o Questionário do Bem-Estar e Trabalho (UWES) de Schaufeli e Bakker (2004), para medir o empowement psicológico empregou-se a Escala de Empowerment de Spreitzer (1995), a satisfação profissional por sua vez foi medida com a Escala de Satisfação Profissional de Lima, Vala e Monteiro (1994) e finalmente o bem-estar pessoal no trabalho mediu-se com Escala de Bem-estar de Warr (1999). Os modelos de regressão lineal múltipla indicaram que o empowerment psicológico e o engagement no trabalho são preditores fortes da satisfação e do bem-estar. Os trabalhadores que experimentam elevados

[79]

níveis de vigor, dedicação e absorção (dimensões do engagement), junto com sentimentos de autoeficácia e de impacto nas tarefas que realizam (dimensões do empowerment psicológico), expressaram maiores níveis e satisfação tanto global como nos diferentes elementos do contexto de trabalho, bem com um maior bem-estar pessoal no trabalho. Constatase assim a importância do engagement e do empowerment psicológico para

a

melhoria

de

qualidade

de

vida

no

trabalho,

que

consequentemente originará um aumento da saúde organizacional. Futuras investigações poderão abordar este modelo utilizando diferentes variáveis.

[80]

Mesa 10 Temática: Trabalho e Riscos Psicossociais | Pavilhão Sala 1 Moderador: Mary Sandra Carlotto Title – Revisão sistemática da literatura sobre Psicologia da Saúde Ocupacional no Brasil. Author – Mary Sandra Carlotto, Ana Claudia Braun, Sandra Rodriguez & Liciane Diehl. Keywords – psicologia da saúde ocupacional; revisão sistemática; saúde do trabalhador. Abstract – Objetivo: identificar e analisar a produção científica da literatura sobre a Psicologia da Saúde Ocupacional (PSO) no Brasil. Enquadramento conceitual: A PSO é, ainda, uma área emergente que resulta da confluência da psicologia da saúde e da psicologia das organizações e que se insere no campo da saúde do trabalhador (Teixeira, 2000). A PSO preocupa-se com a criação de ambientes saudáveis, constituindo-se como um domínio do conhecimento psicológico indispensável a todas as questões relacionadas à saúde ocupacional (Quick, 1999). Metodologia: O processo de busca bibliográfica foi realizado em janeiro de 2013 em duas revistas específicas da área da Psicologia do Trabalho e pertencentes à base de dados eletrônicos Pepsic: Cadernos de Psicologia Social e do Trabalho e Revista de Psicologia – Organizações do Trabalho. Foram analisados integralmente os artigos publicados e disponibilizados no período de

[81]

2001/2012. Após a leitura e análise, foram adotadas as categorias analisadas em estudo similar realizado por Kang, Staniford, Dollard e Kompier (2008). As categorias são: 1- Nível contextual (contexto externo, contexto organizacional, contexto do trabalho, fatores individuais); 2Delineamento; 3- Participantes; 4- Região do estudo; 5- Relação com intervenção; 6- Ano do estudo. Resultados: Verificou-se a predominância de artigos de delineamento qualitativos (53%), com trabalhadores de nível operacional (80%) e sem indicações para possíveis intervenções. A maior concentração de publicações foi na região Sudeste do Brasil (37,0%), nos anos de 2009 (17%) e 2012 (18%). Discussão: Sugere-se a ampliação de estudos no campo da saúde ocupacional, principalmente, estudos quantitativos e epidemiológicos com amostras representativas e inclusão de implicações práticas. numa economia global». Análise Psicológica, 18(2), 237-238.

Title – O stress como risco ocupacional. Author – Keli Cristiane Vido Keywords – estresse; trabalho; riscos. Abstract – O artigo perfaz uma pesquisa com enfoque central, estresse como risco ocupacional, além das implicações desta ocorrência para a produtividade e qualidade de vida no trabalho. Para o estudo foram utilizados o método indutivo e análise de conteúdo de entrevistas, aplicadas a 45 profissionais de enfermagem nas unidades de saúde pública

(UBS)

brasileiras

em

2013.

Resultados

da

pesquisa

demonstraram que parcela significativa destes profissionais se afastou

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ou teve problemas organizacionais, devido o estresse. Vale ressaltar, que a maioria destas intercorrências não foi formalizada ao líder ou órgãos oficiais devido o preconceito intrínseco ao nexo causal, estresse no trabalho. Dados da Previdência Social brasileira corroboram para o entendimento da problemática com os altos índices de afastamentos decorrentes de problemas psicológicos gerados pela atividade laboral, somente no primeiro trimestre de 2012, foram 2,468 acidentes do trabalho e 30,965 afastamentos. Foi constatado pelo estudo que a maioria das organizações pesquisadas não adota um enfoque preventivo e ancorado na perspetiva biopsicossocial, mas reativo quanto os fatores desencadeadores do estresse no trabalho. Há uma eminente falta de estratégias para promoção da saúde mental do trabalhador e entendimento que: “Quando os estímulos estressores continuam agindo no organismo, eles podem se tornar crônicos e repetitivos, podendo ocasionar falhas no mecanismo de defesa; este poderá evoluir para terceira fase, que é a Exaustão” (Mota, 2012, p. 35) assim, gerando adoecimento do trabalhador. O cenário contemporâneo do trabalho traz em seu bojo fatores como globalização, transformações tecnológicas, metas cada vez maiores e competitividade acirrada, conglomerado que remete à necessidade de repensar questões como: o estresse é um risco ocupacional na relação homem e trabalho? O exercício laboral do profissional de enfermagem apresenta maiores riscos para o adoecimento pelo estresse? São indagações que emergem frente a números alarmantes de afastamentos pelo estresse no trabalho, questão emergencial no novo contexto da saúde do trabalhador.

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Title – A Síndrome de Burnout nos ambientes de tele-atendimento. Author – Keli Cristiane Vido & Marcos Antonio Batista Silva Keywords – Síndrome de Burnout; telemarketing; trabalho. Abstract – O artigo permeia uma pesquisa realizada com cinquenta operadores de telemarketing brasileiros, no ano de 2013, em empresas de teleatendimento na região Oeste de São Paulo (Brasil). Estudo constituído por meio da aplicação de questionários posteriormente compilados e submetidos à análise dos dados sob a luz de arcabouço teórico sobre a temática. O objetivo do estudo repousa sobre a reflexão da incidência da Síndrome de Burnout nos ambientes de teleatendimento. A pesquisa revelou que significativa parcela dos profissionais entrevistados apresentava sintomas psíquicos inerentes a doença psíquicas profissionais desencadeadas pelo acúmulo de estresse, das atividades diárias, situação corriqueira no departamento de telemarketing brasileiro, isso porque há inúmeras e constantes exigências de produtividade como metas inalcançáveis, conflitos organizacionais e líderes não capacitados conjunto de fatores resultante de reações negativas no emocional destes trabalhadores. Foi possível também inferir com o estudo, o acometimento de doenças psíquicas pelos teleoperadores, predominantemente a Síndrome de Burnout, isso devido à carga de trabalho e porque a “[...] área profissional está mais diretamente associada à exaustão. Exigências excessivas de trabalho provenientes da quantidade de trabalho, da intensidade dos prazos ou da complexidade do trabalho exaurem a energia pessoal.”(ROSSI; QUICK; PERREWÉ, 2009, p.5). Ao demonstrar a fragilidade do setor de

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telemarketing quanto o acometimento da Síndrome de Burnout, procurase incentivar discussões que possam agregar conhecimentos sobre o assunto e gerar melhorias nas estratégias para o não sofrimento pelo trabalho.

Title – Riscos psicossociais no trabalho: stress e coping em enfermeiros. Author – Elizabete Borges & Teresa Ferreira. Keywords – stress; coping; enfermeiros. Abstract – Enquadramento conceptual: O contexto laboral dos enfermeiros apresenta características que induzem a situações de stress (Tuvesson, Eklund, & Wann-Hansson, 2012). As estratégias de coping permitem aos enfermeiros mobilizar recursos adequados para ultrapassar situações dificultadoras (Gomes, Santos, & Carolino, 2013). Objetivos: Identificar a presença de stress no trabalho dos enfermeiros. Descrever as respostas de stress e os recursos de coping dos enfermeiros. Analisar a relação entre respostas de stress e recursos de coping dos enfermeiros. Metodologia: Estudo quantitativo, transversal, exploratório e descritivo. Os dados foram recolhidos através de um questionário sociodemográfico e profissional e do Inventário de Respostas e Recursos Pessoais - IRRP (McIntyre et al., 1995). A amostra foi constituída por 151 enfermeiros com idades compreendidas entre os 24 e os 54 anos, sendo 84.8% do sexo feminino, com média de idades de 33.2 anos (DP = 5.7) e tempo médio de serviço na profissão de 10,4 anos (DP = 5.1). Resultados e Discussão: 79.5% dos enfermeiros identificaram a sua atividade profissional como stressante. Das respostas de stress a

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Pressão Excessiva e o Distress e Saúde foram as que apresentaram valores médios ponderados mais elevados (respetivamente, M = 49.7 e M = 42.5). O Suporte Social foi o recurso de coping mais utilizado (M=84,1). Verificamos uma associação negativa entre as respostas de stress e os recursos de coping [r (137) = - 0.63, p < .01]. Os resultados encontrados corroboram o modelo de interação de Button (2008) entre o suporte social e o stress, em que boa saúde física e psicológica depende de elevado suporte social percebido, assim como de baixos níveis de stress. Conclusão: Os resultados obtidos apontam para a promoção da saúde no local de trabalho, pois tal como refere Gil-Monte (2012) “Fomentar la salud psicosocial en el lugar de trabajo es fomentar la salud pública de la población” (p. 241).

Title – Precarização do trabalho e a saúde dos bancários. Author – Juliana Lemos Silva Fortes & Vera Lucia Navarro. Keywords – bancários; saúde do trabalhador; organização do trabalho; reestruturação produtiva; doenças ocupacionais. Abstract – Esta pesquisa teve como objeto de estudo o trabalho de bancários de uma determinada instituição privada da cidade de Uberaba-MG/Brasil. A pesquisa de cunho qualitativo, foi embasada teórica e metodologicamente no materialismo histórico dialético e objetivou identificar em que medida as mudanças na organização e no processo de trabalho interferiram na saúde dos trabalhadores. A coleta de dados se deu através de entrevistas gravadas com onze bancários pertencentes a diferentes níveis hierárquicos, de ambos os sexos, e os

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critérios de inclusão adotados foram: 1) que o entrevistado tivesse vínculo empregatício com a instituição quando da realização da pesquisa e, 2) que metade dos entrevistados tivesse, no mínimo, dez anos de carreira na instituição. Os dados obtidos apontam tanto a existência de doenças de ordem física, quanto o aumento da incidência do sofrimento mental e a perda da identidade e da valorização profissional em decorrência das novas exigências da profissão. A maioria dos entrevistados, tanto aqueles com vários anos de experiência profissional quanto os jovens recém-contratados, afirmam que o trabalho bancário perdeu seu status. Predominam nos depoimentos sentimentos de frustração e insegurança em relação à carreira. Os dados revelam ainda preocupação com a pressão psicológica sofrida, principalmente no que se refere ao cumprimento de metas. Expressões como desgaste mental, estresse, depressão, pressão psicológica, medo, incerteza e insegurança estiveram presentes na maioria dos depoimentos.

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15h – 16h30 – Simpósios Simpósio 1 Temática: Prazer e sofrimento no trabalho | Piso 1 Sala 1.1 Tema: Sofrimento no Trabalho em profissionais de saúde e educação Coordenador: Cristina Queirós Moderador: Cristina Queirós Title – Sofrimento no trabalho em profissionais de saúde e educação. Author – Cristina Queirós Keywords – prazer e sofrimento no trabalho; qualidade de vida no trabalho; trabalho e riscos psicossociais. Abstract – Objetivos: Refletir sobre o sofrimento e provocado pelas condições de trabalho e pelas características de atividades profissionais que implicam prestação de cuidados a outrem, sejam estes na área da saúde ou da educação, como é o caso dos enfermeiros, bombeiros e professores. Enquadramento concetual: Recentemente a European Agency for Safety and Health at Work (2013) indicou que 51% dos profissionais da União Europeia sentia stress no trabalho. Este valor mais do que duplicou os 20% indicados em 2007 pela European Foundation for the Improvement of Living and Working Conditions. Profissões que implicam serviços e cuidados a outras pessoas foram desde a década de 70 referenciadas como suscetíveis à Síndrome de Burnout como resposta ao

stress

crónico

no

trabalho

(Braunstein-

Bercovitz,

2013;

Freudenberger, 1974; Maslach, Schaufeli & Leiter, 2001). Os inúmeros estudos sobre as causas consequências do stress crónico no trabalho

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têm revelado múltiplos fatores associados, como por exemplo a culpa, violência no trabalho, bullying, suicídio e problemas na recuperação do cansaço físico e emocional. É de notar que as consequências prejudicam inicialmente a saúde e a qualidade de vida do profissional em stress, mas ao longo do tempo prejudicam o desempenho deste, afetando a qualidade dos seus serviços e prejudicando não só quem destes usufrui, mas instituição. Metodologia: Neste simpósio serão apresentados 4 trabalhos: Bullying e qualidade de vida no trabalho em enfermeiros; The Influence of feelings of guilt on the relationship between burnout and psychosomatic disorders; Burnout e satisfação com o trabalho: um estudo comparativo entre bombeiros e enfermeiros; Experiências de recuperação, interação trabalho-família e bem-estar. Os primeiros três são estudos empíricos de tipo quantitativo efetuados, respetivamente, junto de 151 enfermeiros portugueses, 1,266 professores portugueses, 1,062 professores espanhóis, 164 bombeiros e 170 enfermeiros portugueses. O último é um trabalho teórico que pretende alertar para a importância das experiências de recuperação na gestão do conflito trabalho-família. Resultados e Discussão: É de destacar a referência que 9% de enfermeiros vítimas de bullying e sua correlação negativa com a qualidade de vida no trabalho, bem como o papel mediador da culpa na relação entre o burnout e as desordens psicossomáticas em professores, e a existência de mais burnout e menor satisfação nos enfermeiros quando comparados com bombeiros. Por fim, pelas características da vida laboral atual, o trabalho e a família estão frequentemente em conflito, sendo importante refletir sobre esta relação na qual o stress no

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trabalho tem alguma influência, bem como definir estratégias de recuperação que promovam o bem-estar dos trabalhadores.

Title – Bullying e qualidade de vida no trabalho em enfermeiros. Author – Elizabete Borges, Teresa Rodrigues Ferreira & Cristina Queirós. Keywords – prazer e sofrimento no trabalho; qualidade de vida no trabalho; trabalho e riscos psicossociais. Abstract – Enquadramento conceptual: O bullying no trabalho é um fenómeno em crescimento nas organizações e com interesse crescente pelos investigadores. Identificado como agente indutor de stress apresenta

consequências

nos

trabalhadores

e

organizações,

nomeadamente ao nível da qualidade de vida deste e da produtividade (Chipps et al., 2013; Trépanier et al., 2013). Objetivos: Identificar a presença de atos de bullying no trabalho dos enfermeiros; Descrever a qualidade de vida relacionada com o trabalho dos enfermeiros; Analisar a relação entre bullying e qualidade de vida dos enfermeiros. Metodologia: Estudo quantitativo, transversal, exploratório e descritivo. Aplicamos um questionário sociodemográfico e profissional, o Negative Acts Questionnaire-Revised (NAQ-R) (Einarsen & Raknes, 1997, traduzido e adaptado por Araújo, McIntyre & McIntyre 2004) e o Short-Form (SF36V1) adaptado por Ribeiro (2005), a uma amostra de 151 enfermeiros que aceitaram participar no estudo. Os participantes foram enfermeiros do sexo feminino (84.8%), com média de idades de 33.2 anos (DP = 5.7) e tempo médio de serviço na profissão de 10.4 anos (DP = 5.1). Resultados

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e Discussão: Dos resultados salientamos que 9.4% dos enfermeiros se identificaram como vítimas de bullying. Relativamente à perceção de qualidade de vida a componente física (M = 62.2, DP = 19.1) apresenta média superior à componente mental (M = 55.4; DP = 22.3). No que se refere à relação entre o bullying e a qualidade de vida verificamos um padrão de associação negativa baixa com significado estatístico. No presente estudo a ocorrência de bullying corrobora estudos de outros investigadores (AbuAlRub & Al-Asmar, 2014) assim como, a relação entre bullying e a qualidade de vida no trabalho (Fontes & Carvalho, 2012). Conclusões: A presença de bullying e a associação negativa entre este fenómeno e a perceção de qualidade de vida no trabalho alerta-nos para a pertinência de implementação de programas no âmbito da promoção de saúde no local de trabalho.

Title – The influence of feelings of guilt on the relationship between burnout and psychosomatic disorders. Author – Hugo Figueiredo-Ferraz, Pedro Gil-Monte & Cristina Queirós Keywords – prazer e sofrimento no trabalho; qualidade de vida no trabalho; trabalho e riscos psicossociais. Abstract – According to Gil-Monte (2012) burnout progresses in a parallel way from the cognitive deterioration (i.e., low enthusiasm towards the job) and the emotional deterioration (i.e., psychological exhaustion) to attitudes and behaviours of cynicism and indifference (i.e., indolence). The model considers that in some cases, negative

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attitudes on the job, especially towards the people with whom the worker establishes work relationships, lead to feelings of guilt (GilMonte, 2012). Feelings of guilt are a symptom that appears to be involved in the Burnout Syndrome (Ekstedt & Fagerberg, 2005; Maslach, 1982). This variable could explain different types of burnout (Vanheule, Lievrouw & Verhaeghe, 2003). Aim: The aim of this study was to investigate the mediator role of feelings of guilt in the relationship between burnout and psychosomatic disorders, and the cross-national validation of this role according to Gil-Monte (2012) model of burnout in two samples of teachers (Portuguese vs. Spanish teachers). Method: The study sample was composed of 1,266 teachers, 1,062 from Spain and 204 from Portugal. Results: The measures of goodness of fit for the model for the Spanish sample were: X2(df = 9) = 75.46 (p = .000); RMSEA = .083; GFI = .98; AGFI = .94; CFI = .95; NFI = .95; and for the Portuguese sample the measures of goodness of fit for the model were: X2(df = 9) = 20.20 (p = .000); RMSEA = .078; GFI = .97; AGFI = .91; CFI = .95; NFI = .92. This indicates that the fit of this model was satisfactory for the two samples. Discussion: The results obtained provide empirical partial evidence for the mediator role of guilt in the relationship between burnout and psychosomatic disorders for two samples of teachers from Spain and Portugal.

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Title – Burnout e satisfação com o trabalho: um estudo comparativo entre bombeiros e enfermeiros. Author – Cristina Queirós, Natália Vara & Melani Silva. Keywords – prazer e sofrimento no trabalho; qualidade de vida no trabalho; trabalho e riscos psicossociais. Abstract – Objetivos: Conhecer e comparar os níveis de burnout e de satisfação com o trabalho em bombeiros e enfermeiros da zona Norte de Portugal. Enquadramento concetual: Estudos referem que o stress no trabalho é mais elevados nos profissionais de emergência, como é o caso de bombeiros e enfermeiros (Brough, 2004). O stress ocupacional, o burnout e a satisfação com o trabalho destes profissionais têm sido estudados, pois podem afetar o desempenho e a saúde do profissional, bem como a qualidade dos serviços prestados (Braunstein-Bercovitz, 2013; Lourel et al., 2008; Milen, 2009; Peterson et al., 2008; Westermann et al., 2014). Metodologia: Questionário de autopreenchimento aplicado, após autorização institucional, a 164 bombeiros voluntários de corporações da zona Norte e 170 enfermeiros de hospitais públicos e privados da zona Norte, do sexo masculino, sendo 54% dos bombeiros e 64% dos enfermeiros casados e cerca de metade com filhos. A idade variou entre 24 e 54 anos (M = 32.6 para bombeiros e 33.7 para enfermeiros) e o tempo de serviço médio foi de cerca de 10 anos. Foram aplicadas as versões portuguesas do Maslach Burnout Inventory (MBI) (; Marques-Pinto & Picado, 2011; Maslach & Jackson, 1997) e do Questionário de Satisfação Laboral (QSL23) (Melia & Peiró, 1989; Pocinho & Garcia, 2008). Resultados: Encontrou-se para o

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burnout menor exaustão emocional nos bombeiros do que nos enfermeiros (média de 1.4 vs. 2.5) e menor despersonalização (1.2 vs. 1.6), encontrando-se também maior satisfação profissional (4.3 vs. 3.9). A idade está negativamente correlacionada com a exaustão nos enfermeiros, grupo no qual a satisfação profissional é um mais forte preditor negativo da exaustão emocional (35% vs. 11%). Discussão: Apesar de trabalharem ambos com o sofrimento humano, os bombeiros e enfermeiros apresentam níveis diferenciados de burnout e de satisfação com o trabalho, alertando para a necessidade estudos diferenciados aquando da prevenção do stress no trabalho.

Title – Experiências de recuperação; interação trabalho-família; bemestar. Author – Ana Mónica Pereira, Cristina Queirós & Fátima Lobo. Keywords – prazer e sofrimento no trabalho; qualidade de vida no trabalho; trabalho e riscos psicossociais. Abstract – Estado da arte: Definida como o processo que ocorre após um esforço e na ausência de stressores (Sonnentag & Geurts, 2009), a recuperação pode ocorrer dentro ou fora do trabalho (Geurts & Sonnentag, 2006). Todavia, uma recuperação diária adequada fora do trabalho é crucial para a manutenção do bem-estar e equilíbrio entre o trabalho e a família (Demerouti et al., 2013), pois os efeitos salutares das férias terminam rapidamente (De Bloom, 2009). A importância da recuperação na interação trabalho-família pode ser explicada através de duas teorias. De acordo com a Teoria de Esforço-Recuperação (E-R)

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(Meijman & Mulder, 1998), a recuperação permite diminuir os efeitos nocivos do esforço provocado por stressores do trabalho que dificultam o envolvimento familiar (Demerouti et al., 2013). Por outro lado, considerando a Teoria da Conservação dos Recursos (COR) (Hobfoll, 1998, 2002) a recuperação é considerada um recurso que permite gerir melhor a interação trabalho-família (Demerouti et al., 2013). Considerando que não é a atividade per se que permite a recuperação mas os processos subjacentes, Sonnentag e Fritz (2007) desenvolveram um questionário que avalia estas experiências de recuperação (afastamento psicológico, relaxamento, procura de desafios e controlo), sendo o instrumento mais utilizado. Novas perspetivas/ideias: Estudos demonstram o papel moderador das experiências de recuperação entre a interação trabalho-família e a tensão psicológica (Moreno-Jiménez, et al., 2009; Sanz-Vergel et al., 2011), sendo fundamentais na manutenção do bem-estar psicológico a longo prazo (Siltaloppi et al., 2011). A recuperação e interação trabalho-família são conceitos relacionados: a recuperação, quando realizada, promove a interação trabalho-família, e na sua ausência dificulta a gestão entre trabalho e família (Demerouti et al., 2013). Implicações teóricas e práticas: As organizações deverão investir nas “práticas amigas da família”, providenciando oportunidades e estratégias de recuperação como atividades de lazer, workshops ou programas de intervenção (Moreno-Jiménez, 2009; Sanz-Vergel, 2011).

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Simpósio 2 Temática: Prazer e Sofrimento | Piso 1 Sala 1.2 Tema: Experiências de percurso: riscos biológicos e contextuais Coordenador: Filomena Ponte Moderador: Filomena Ponte Title – Experiências de percurso: riscos biológicos e contextuais. Author – Filomena Ponte, Maria João Carapeto, Judite Cruz, Natacha Martins, Fausto Fernandes & Jorge Oliveira. Keywords – trabalho; prazer; sofrimento. Abstract – Atualmente, os novos formatos de organização do trabalho são discutíveis. Toda a estrutura e organização do trabalho é uma construção humana, sendo experenciado ou como uma atividade de sofrimento e frustração, evidenciado em situações de verdadeiro desespero, ou noutras circunstâncias pode gerar e incrementar o prazer, a autonomia, emancipação e a autorrealização. Tudo depende da formação de uma vontade coletiva na revalorização do trabalho. O cenário emergente da organização do trabalho no momento, também pode ser revelador do aumento de algumas patologias físicas e mentais, contemporâneas. Referimo-nos a patologias de sobrecarga, lesões por esforço repetitivo e rotineiro, em particular a Síndrome de Burnout. Patologias relacionadas com agressões de que são vítimas ou resultantes de assédio moral ou mobbing. Derivadas da intolerância e à pressão no trabalho, da exaustão, que podem levar a decisões extremas como o suicídio. O aumento das patologias mentais relacionadas com o trabalho resulta essencialmente da fragilização gerada por métodos de

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organização que, no lugar da confiança, da lealdade e da solidariedade, instalam no mundo do trabalho o ”salve-se quem puder”, a deslealdade, a competição e a desestruturação por falta de convívio e de partilha, produzindo uma implacável solidão. Finalmente, acrescem-se os riscos de doenças contraídas pela concomitância de materiais e produtos perniciosos à saúde, bem estar e qualidade de vida dos trabalhadores. O objetivo deste simpósio, apela ao bem estar coletivo, físico e psicológico e qualidade de vida dos trabalhadores.

Title – Relação entre o número de horas semanais de trabalho a qualidade do sono e a saúde mental: estudo preliminar. Author – Domingos Ferreira & Eleonora Costa. Keywords – número de horas de trabalho; sono; saúde mental. Abstract – Objetivos: Verificar preliminarmente a relação entre o número de horas semanais de trabalho, a qualidade do sono e a saúde mental. Enquadramento concetual: O trabalho tem importância fundamental na vida das pessoas, estando implicado na sua identidade, autoestima e reconhecimento social. O seu impacto na saúde física e mental é inegável, estando associado a problemas de insatisfação e realização, desinteresse e desmotivação, e exaustão emocional e física, traduzindo-se em problemas individuais e institucionais (Ribeiro, Gomes, & Silva, 2010). A esse nível, o impacto negativo pode traduzir-se na menor qualidade dos serviços prestados, na redução dos níveis de produção e no absentismo (Lima et al., 2007). Metodologia: A amostra

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foi aleatória, não probabilística de conveniência, constituída por 32 sujeitos.

Um

questionário

sociodemográfico

avaliou

variáveis

sociodemográficas. Usou-se o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburg (PSQI) (Buysse et al., 1989; versão portuguesa de Ramalho, 2007), para avaliar o sono e o Inventário de Saúde Mental (MHI-5) (versão portuguesa de Ribeiro, 2001), para avaliar a saúde mental. Resultados: Verifica-se uma correlação negativa moderada entre o número de horas de trabalho semanais e a saúde mental (r = -.500, p
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