LUZ, CÂMERA, LIMPANDO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE GÊNERO, RAÇA E CLASSE EM DOMÉSTICA, O FILME (2001) e DOMÉSTICA (2012)

June 5, 2017 | Autor: Jéssyca Lorena | Categoria: Cinema, História, Representações Sociais
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LUZ, CÂMERA, LIMPANDO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE GÊNERO, RAÇA E CLASSE EM DOMÉSTICA, O FILME (2001) e DOMÉSTICA (2012) Jéssyca Lorena Alves Bernardino1

RESUMO A presente comunicação pretende analisar as representações das empregadas domésticas nas películas Domésticas, o filme de Fernando Meirelles e Nando Olival, de 2001 e Doméstica, de Gabriel Mascaro, de 2012. O cinema exerce considerável influência no imaginário das pessoas e é veículo privilegiado de difusão de representações sociais. Os filmes são fontes documentais que falam do contexto histórico no qual foram produzidos e são agentes da história. Ou seja, o contexto histórico interfere nos discursos sobre as domésticas nas fontes fílmicas. Mas também esses documentos cinematográficos influenciam as imagens das domésticas no Brasil do período. Nesse sentido, os filmes são narrativas que produzem imagens numa determinada época e lugar. As representações podem criar exclusões, hierarquias, preconceitos sobre as domésticas e estão assentadas em relações que se inscrevem na história. Nessa perspectiva, é necessário pensar que as matrizes representacionais, ou o imaginário sobre o trabalho doméstico, foram originadas no contexto da escravidão brasileira, perpassaram a República e atuam/informam práticas (relações materiais) e discursos sobre o trabalho doméstico na atualidade. Os filmes também foram produzidos no contexto de discussões da “PEC das domésticas” e de debates políticos e históricos sobre minorias, excluídos, subalternos, reconhecimento da diversidade de gênero, direitos da população negra e de mulheres, dentre outros. Como a maioria das domésticas nos filmes é negra, a racialização atua como elemento central das tramas, portanto é preciso também refletir sobre as identidades que associam raça e gênero. PALAVRAS-CHAVE: Empregadas Representações Sociais.

Domésticas.

Cinema-História.

Gênero.

Raça.

Cinema-História: diálogos possíveis Quando o cinema surgiu no final do século XIX era considerado um “instrumento cientifico para reproduzir o movimento e só poderia servir para pesquisas. Mesmo que o público, no inicio se divertisse com ele, seria uma novidade de vida breve, logo cansaria” (BERNARDET, 2008, p.11). No entanto, não foi isso que ocorreu. A reprodutibilidade dos filmes2, ou seja, a possibilidade de tirar cópias em quantidade ilimitada permite que uma película possa ser apresentada simultaneamente em diversos lugares do mundo e para um público ilimitado, o que amplia seu poder de divulgação e de difusão de representações 1

Mestranda em História (UnB), bolsista CNPQ. E-mail: [email protected]. Em um ensaio “A Obra de Arte na Era da sua Reprodutibilidade Técnica” Walter Benjamin expõe as modificações, que essa reprodução em massa, dos sentidos de arte. Para Benjamin, há uma mudança da essência (aura) da arte, antes compreendida como arte pela arte (contemplação), agora arte com função social. Para maiores informações vide: Magia e Técnica, Arte e Política - Obras Escolhidas. Vol. 01. São Paulo, Brasiliense, 1994. 2

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políticas, ideológicas, sociais e históricas. O sistema de cópias igualmente possibilitou uma rápida e brutal expansão do mercado mundial de cinema e atualmente, essa capacidade de veiculação das narrativas fílmicas foi ampliada para o consumo do público pelos mais variados meios de divulgação midiática como a TV, o DVD, a internet, entre outros. O cinema rapidamente se tornou símbolo da contemporaneidade, um fenômeno de massa e importante indústria. Passado cem anos de história do cinema, não há praticamente assunto, evento, personagens, época, civilização que não tenha sido representada nas telas. O progressivo protagonismo da produção cinematográfica na vida cotidiana do século XX/XXI é um acontecimento que não passou despercebido pelos historiadores. Conforme Nóvoa (2008), desde o momento que o historiador começou a observar o filme, além de objeto de prazer estético e de divertimento, rapidamente ele o percebeu como agente transformador da história e como registro histórico. Nesse sentido, o filme é uma fonte histórica, pois é sempre uma narrativa que nos informa sobre certa sociedade e sua visão de mundo. O cinema é sempre montagem. A construção não se separa do filme, é o filme mesmo; outra construção do mesmo relato daria outro filme. O tipo de utilização do material fílmico, o tempo, uma relação com o mundo circundante e a uma tomada de posição frente o público, e é aqui mais uma escolha das estórias, que podemos interrogar ao cinema como expressão ideológica. Não pode haver estudo fílmico que não seja uma investigação da construção (Pierre Solin apud SILVA, 2008, p. 264).

Sob essa perspectiva, a presente comunicação pretende, partindo da relação cinemahistória, propor a análise das representações sociais presentes em Domésticas, o filme (2001) e Doméstica (2012). Estas relações são aqui entendidas e analisadas a partir da compreensão do cinema como representação social. Para Jodelet (2001) as representações sociais existem em corelação com o Outro e com o mundo, são mecanismos de apreensão e de compartilhamento social e cultural que emerge da atividade humana, assim como, norteia-a dialogando com o imaginário para estabelecer e ordenar comportamentos e comunicações sociais. De forma resumida, Domésticas, o filme3 pode ser caracterizado como pertencente ao gênero do cinema clássico4. Foi o primeiro longa-metragem de Fernando Meirelles em codireção com Naldo Olival5 baseado na peça homônima “Domésticas” de Bianca Byington 3

MEIRELLES, F.; OLIVAL, N. Domésticas, o filme. 2001, 02 Filmes e Imagem Filmes, 85 min, DVD. Segundo Napolitano (2008) esse tipo de cinema é caracterizado com: produções de gênero delimitado (aventura, drama, ficção científica etc.) voltadas ao grande público; é marcado pela ideia de "continuidade narrativa"; construção de personagens-tipo (protagonista, antagonista, vilão); enfatiza a relação "causa-efeito" entre as partes. 5 Fernando Meirelles que é formado em arquitetura dirigiu entre as décadas de 80 e 90 programas independentes para TV e comerciais. Nando Olival é formado em cinema pela Faap. 4

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de 19986. A peça de Bianca Byington foi escrita a partir de depoimentos reais de pessoas que exercem o trabalho doméstico no fim dos anos noventa. Para o filme, os diretores, da lista de duzentos testemunhos, recolhidos por Byington, selecionaram alguns que compuseram os discursos e personalidades das cinco domésticas, personagens principais do longa-metragem: Créo, Quitéria, Cida, Rái, Roxane. Por meio da comicidade, os diretores propõem que o filme narre o cotidiano do trabalho doméstico através da representação das empregadas domésticas tal como são na realidade7. Já o documentário, Doméstica (2012)8, que possui características do gênero de cinema moderno9, nasceu quando o diretor foi repreendido por sua esposa, inglesa, sobre a ideia de terem uma empregada doméstica depois que seu filho nascesse. De acordo com ele, nunca havia questionado a questão do trabalho doméstico e devido a sua inquietação decidiu fazer um filme10. Gabriel Mascaro11 delega a sete adolescentes (Beatriz, Jenifer, Felipe, Perla, Alana, Juana e Valdomiro) a função de gravar, durante uma semana, empregadas (Dilma dos Santos Souza, Flávia Santos Silva, Helena Araújo, Lucimar Roza, Maria das Graças Almeida e Vanuza de Oliveira) e um empregado (Sérgio de Jesus), nas suas casas, trabalhando e dando seus depoimentos. O material foi entregue ao diretor que selecionou e montou sua narrativa fílmica. As imagens cinematográficas das mulheres vêm sendo objetos de preocupação por parte dos estudos feministas desde o inicio dos anos 1980. O cinema, nas investigações feministas, constitui um objeto privilegiado, pois as narrativas fílmicas exercem grande poder sobre o público e veiculam e constroem relações de gênero que contribuem para delimitar ou desestabilizar

papéis

dicotômicos

entre

homem/mulher,

negro/branco,

classes

dominantes/classes subalternas, dentre outros binarismos. Parto ainda de antemão, que nem todo olhar empreendido pelo cinema se predispõe a desconstruir o binário sexual, as representações negativas de classes subalternas ou de raça. Atento ainda, que devido ao

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Disponível em: >. Acessado em: 15/09/2014. A respeito da reportagem da revista Cinemais na qual Meirelles diz que na elaboração do filme não interferiu quase nada nos depoimentos reais dos quais fundamentou as cinco personagens principais. Vide em: SILVA, O. “Domésticas – o filme: um estudo com profissionais do Distrito Federal”. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UnB. Brasília, 2007. 8 MASCARO, G. Doméstica. 2012, Desvia, 75 min, DVD. 9 Napolitano (2008) explica que diferentemente do cinema clássico, o moderno seria a negação de suas características buscando, entre tantas outras formas de se fazer cinema, a descontinuidade narrativa, a despreocupação com roteiro e enquadramentos e edições menos convencionais. 10 Reportagem sobre o filme: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/05/1271207-filme-que-retratarelacao-entre-domesticas-e-patroes-estreia-um-mes-apos-pec.shtml. Acessado 29/08/2014. 11 Gabriel Mascaro, entre as artes visuais e o cinema, formado em comunicação social constrói trabalhos complexos e controversos política e esteticamente sobre a negociação do poder em suas mais diversas manifestações. 7

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processo de produção fílmica, o cinema como indústria, pouco são os trabalhos que apresentam uma perspectiva transgressora sobre as relações de raça e gênero e que conseguem visibilidade comercial. Dessa maneira, é central nas análises dos filmes apresentados, perceber em que medida apresenta rupturas com os padrões de heteronormatividade ou questionam as representações negativas sobre as domésticas ou se a reproduzem suas condições históricas.

Questões de gênero e de raça no cenário brasileiro Os estudos de relações de gênero foram uma das primeiras áreas que contestaram a inadequação de conceitos universalizantes para se interpretar o passado. Criticava-se a naturalização, na historiografia estabelecida, da divisão e da hierarquia entre os sexos, que pressupõe que as diferenças e as relações entre homens e mulheres decorrem de uma distinção de papéis reservados naturalmente ao masculino em contraposição aos reservados naturalmente ao feminino. Essas reflexões vão auxiliar nas interpretações referentes às trabalhadoras domésticas nas películas investigadas, porque permitem compreender numa outra perspectiva as relações de gênero nos filmes. Outro questionamento importante dos estudos feministas atuais é problematizar a inadequações das investigações relacionadas à história das mulheres que reproduzem concepções permeadas pela oposição homem e mulher: “nas análises de gênero é constante o pensamento dicotômico e polarizado que concebe homem e mulher como polos opostos dentro de uma lógica invariável de dominação/submissão” (LOURO, 1997, p.31). Assim, cria-se para a categoria mulheres uma existência que a separa do seu relacionamento conceitual, situado historicamente, com a categoria homens. Joan Scott defende como “indispensável à implosão dessa lógica” (SCOTT, 1992, p.83). A separação entre história das mulheres e história dos homens inviabiliza uma interpretação complexa das relações sociais. Dessa maneira, esta investigação pretende atentar nos filmes para as relações entre os dois sexos, mas ainda as diferenças no interior da categoria gênero considerando-os obras inscritas no século XXI e na sociedade brasileira. O cinema, pois, nesta pesquisa é entendido como uma complexa “tecnologia social” produtora/reprodutora do gênero. (LAURENTS, 1994, p.28). Gênero pensado, não como algo existente a priori nas pessoas, mas como “conjunto de efeitos produzidos em corpos, comportamentos e relações sociais” (LAURENTIS, 1994, p.24). Nessa perspectiva, mais do que reconhecer que existiam diferenças biológicas e sexuais entre homens e mulheres, importa observar o que sócio-historicamente construiu-se sobre isto, destacando o caráter 4

“fundamentalmente social das distinções baseadas no sexo” (SCOTT, 1995, p.72). É dessas ideias que emerge o conceito de gênero, que pretende se referir “ao modo como as características sexuais são compreendidas e representadas ou, então, como são trazidas para a prática social e tornadas parte do processo histórico” (LOURO, 1997, p.22). O conceito de gênero, entendido como construção cultural, possibilita relações com outras categorias, como etnia e classe social. Aqui reside um aspecto fundamental para a presente comunicação, isto é, trabalhar o entrelaçamento entre gênero e raça nos filmes selecionados, já que as domésticas são majoritariamente negras. Estudiosas/os ligadas aos estudos feministas de etnia e raça Gonzalez (1983); Guillaumin (1994); Carneiro (1995, 2003); Figueiredo (2008); Bell Hooks (1995) têm contribuído para se pensar as diferenças no interior da categoria gênero e para questionar as características iniciais de uma construção teórica feminista marcadamente conduzida por mulheres brancas, urbanas e de classe média. Essas pesquisas se constituem, muitas vezes, em problematizar as condições de vida e de trabalho das mulheres negras em diferentes instâncias e espaços e, apontando desigualdades sociais, políticas, educacionais, econômicas entre mulheres brancas e negras e suas raízes históricas. Tratando do mercado de trabalho, recentes pesquisas mostram que as mulheres pardas e negras estão fortemente concentradas na prestação de serviços, cuja principal ocupação é o serviço doméstico. Entre 2004 e 2011, a proporção de mulheres negras ocupadas nos serviços domésticos no país cresceu de 56,9% para 61,0%, ao passo que entre as mulheres não negras observou-se uma redução de 4,1% pontos percentuais, com a participação correspondendo a 39,0%, em 201112. Segundo Lima, o fato desse alto percentual de mulheres pretas [...] estarem no serviço doméstico é sinal de que a expansão do mercado de trabalho para essas mulheres não significou ganhos significativos. E quando esta barreira social é rompida, ou seja, quando as mulheres negras conseguem investir em educação numa tentativa de mobilidade social, elas se dirigem para empregos com menores rendimentos e menos reconhecidos no mercado de trabalho (apud Carneiro, 2003, p. 121).

Sobre a participação das mulheres negras no cinema, recentemente um estudo realizado pelo GEMAA (Grupo de Estudo Multidisciplinares de Ação Afirmativa) vinculado a UERJ aponta que em apenas 4,4% dos 218 longas-metragens entre 2002 – 2012 atrizes negras e pardas participam dessas produções. E quando os negros aparecem nas obras

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Maiores informações sobre o estudo mais recente a respeito do Emprego Doméstico realizado pela Dieese, ver: . Acessado 24/07/2014.

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cinematográficas nacionais é por meio de representações pejorativas associadas geralmente a pobreza e a criminalidade13. No caso das mulheres negras no cinema e na TV estas majoritariamente ocupam papéis de faxineiras, babás, cozinheiras e domésticas ou surgem como sedutoras, feiticeiras, donas de corpos esculturais, de beleza e graça mundanas “a cor do pecado”. Nenhuma atriz negra brasileira parece ter escapado do papel de escrava e serviçal mesmo aquelas que chegaram à televisão e já tinham um nome solidamente construído no teatro ou no cinema, como Ruth de Souza. Dessa maneira, “o sexismo e o racismo atuando juntos perpetuam uma iconografia de representação da negra que imprime na consciência cultural coletiva a ideia de que ela esta neste planeta principalmente para servir aos outros” (ARAÚJO, 2008, p. 979; Bell, 1995, p.468). Portanto, para se compreender as representações das domésticas nos filmes analisados é necessário pensar as desigualdades de gênero e raciais, duas categorias de maior poder explicativo das desigualdades no Brasil contemporâneo. Também refletir sobre as relações entre a história das domésticas no Brasil hoje e seus antecedentes históricos. Para a historiadora Pereira (2011) é na escravidão doméstica colonial que se encontram as “raízes históricas, cuja ideologia vigente ainda determina que o lugar da mulher negra seja a cozinha e o cuidado do lar” (p. 5). As mulheres negras escravizadas, em sua maioria, durante o período colonial eram responsáveis pelo funcionamento doméstico da Casa-grande “sendo todas as atividades ligadas ao cuidado da casa e à domesticidade – [...] concubinas [...] cozinheiras e amas de leite – as mais agradáveis ao sexo da mulher [negra]” (CARVALHO, 2006, p. 57). O que as distinguia era apenas a especialização e o grau de supervisão. As mucamas, encarregadas de adentrar os lugares mais íntimos da casa para servir seus senhores e seus filhos, eram as mais vigiadas de todas. O trabalho da cozinha e os trabalhos de limpeza geral da casa tinham um nível de vigilância intermediário. Já as carregadoras de água, as lavadeiras e as costureiras trabalhavam quase sempre fora da circunscrição da casa e dos olhos da patroa, podendo trabalhar para diversas famílias e ter uma vida independente no seu lar (VILASBOAS E SANTOS, 2010, p. 34).

O historiador Peixoto que estuda as domésticas no Brasil a partir de uma análise das permanências e transformações no tempo entre estas, as mucamas e criadas sublinha que: a designação das empregadas domésticas passou por mudanças sinonímias ao longo do tempo; semanticamente, os termos predecessores - mucama, criada e serva - cristalizaram e/ou internalizaram a mediocridade funcional e, Pesquisa “A cara do Cinema Nacional (2002 http://gemaa.iesp.uerj.br/publicacoes/infografico.html>>. Acessado em 23/07/2014. 13

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2012)”:

. Acessado em 25/07/2018. 17 Por exemplo, a Revista VEJA: . Acessado em 25/07/2018.

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podem ser explicadas unicamente a partir de acontecimentos restritos ao presente. Requerem questionamentos ao passado, análises e identificação de relações entre vivências históricas/sociais no tempo. Fontes Documentais MASCARO, G. Doméstica. 2012, Desvia, 75 min, DVD. MEIRELLES, F.; OLIVAL, N. Domésticas, o filme. 2001, 02 Filmes e Imagem Filmes, 85 min, DVD.

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