Manifesto comunista.docx

May 24, 2017 | Autor: R. Elias Cardoso | Categoria: Comunismo, Scientific Socialism, Comunism, Socialismo científico
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RODRIGO ELIAS CARDOSO: Discente do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). E-mail: [email protected]
METTERNICH: Klemens Wenzel Lothar Nepomuk von Metternich, príncipe de Metternich-Winneburg-Beilstein, (Coblença, 15 de maio de 1773 — Viena, 11 de junho de 1859) foi um diplomata e estadista do Império Austríaco.
Após a queda de Napoleão, apoiou vigorosamente a restauração da dinastia dos Bourbon em França, e foi um dos mais distintos apoiantes da reconquista absolutista em Portugal, por D. Miguel, opondo-se vivamente ao governo liberalista, após o retorno deste ao poder português. Presidiu o Congresso de Viena, tendo influenciado profundamente as decisões tomadas neste.
GUIZOT: François Pierre Guillaume Guizot (Nîmes, 4 de Outubro de 1787 — Saint-Ouen-le-Pin, 12 de Setembro de 1874) foi um político francês. Ocupou o cargo de primeiro-ministro da França, entre 19 de Setembro de 1847 a 23 de Fevereiro de 1848.
Nota de Para Friedrich Engels à edição inglesa de 1888.
RESENHA


MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. 1848


Rodrigo Elias Cardoso

Escrito pelos teóricos fundadores do socialismo científico Karl Marx e Friedrich Engels: Manifest der Kommunistischen Partei (O Manifesto do Partido Comunista) anuncia o programa e propósitos do Comunismo. Editado pela primeira vez em 1848 é considerado por muitos uma obra prima por realizar seu proposito de forma magistral. O livro apresenta uma análise da luta de classes e expõe a necessidade da unificação der forças por parte dos operários do mundo. Os autores defendiam a queda da burguesia, a supremacia do proletariado, a dissolução da antiga sociedade burguesa e a fundação de uma nova sociedade sem classes e sem bens privados. A obra apresenta boa diagramação, contém 285 páginas sem ilustrações, traz uma introdução seguida de dez capítulos que mostram as principais tendências da era digital e de como podemos equilibrar a interação seres humanos e máquinas.
Na introdução os autores tratam do surgimento do comunismo e sua necessidade para descontinuar a política das classes dominantes, dissolvendo poderes papais e o do tsar, Metternich e Guizot.
O comunismo já era visto atuarialmente como organizador, por essa razão, os comunistas tenderam a difundir tais ideais, expondo o novo modo de ver e seus objetivos para o mundo com um manifesto do próprio partido. Desta feita, Karl Marx e Friedrich Engels difundiram de maneira simples, em formato de Manifesto, uma nova concepção de Filosofia e de História através do Manifesto do Partido Comunista.
Preteritamente ao inicio da parte I, é essencial a conceituação de burguesia e proletariado, para entender o capitulo. Para Engels por burguesia compreende-se a classe dos capitalistas modernos proprietários dos meios de produção social que empregam o trabalho assalariado. Pôr proletários compreende-se a classe dos trabalhadores assalariados modernos, que privados de meios de produção próprios, se veem obrigados a vender sua força de trabalho para poder existir. Tal capítulo é proposto para um resgate histórico das lutas entre classes existentes.
A heterogeneidade entre burgueses e proletariados existe e a história da sociedade até aqui é a história de lutas entre classes, dos opressores contras os oprimidos, podendo ser tanto oculta quanto às caras limpas, que acabaram por modificar a sociedade, o que leva ao declínio comum às classes em luta.
Bem como fomentam os autores o ideal das ordens sociais existe desde a Roma antiga e mesmo com o término do feudalismo, a sociedade burguesa emergente não revogou as distinções entre as classes. Com isso fez vir ao mundo novas classes, novas condições de opressão, novas formas de luta, no lugar das anosas. Dessa luta surgiram duas grandes classes sociais que até hoje se enfrentam: burguesia e proletariado.
Desde o declínio da sociedade feudal fatores sociais e comerciais, dentro do contexto histórico, vieram fortalecer e consolidar a classe burguesa, O descobrimento e a colonização da América, o intercâmbio com as colônias, a multiplicação dos meios de troca e das mercadorias em geral, substituição da manufatura, desaparecimento da divisão do trabalho entre as diversas corporações e o surgimento da divisão do trabalho na própria oficina singular, estão entre os fatores.
Emerge assim a indústria moderna e com ela os ricos possuidores dos meios de fabricação. Surge também o mercado industrial que "deu ao comércio, à navegação, às comunicações por terra, um desenvolvimento imensurável. Este, por sua vez, reagiu sobre a extensão da indústria, e na mesma medida em que a indústria, o comércio, a navegação, os caminhos-de-ferro se estenderam, desenvolveu-se a burguesia, multiplicou os seus capitais2" (MARX & ENGELS, 1848), ou seja, fez nascer à burguesia, como resultado desse desenvolvimento da produção, e extinguiu outras classes. Simultaneamente a esses estágios de desenvolvimento obtêm-se um progresso político opressor (associação armada, comuna, impostos...). O modelo de Estado representativo surge para administrar os negócios comunitários de toda a classe burguesa. Os burgueses tem sua função significante na história, ou seja, revolucionário. Esse método é entendido num jargão, no lugar da exploração sonegada através de ilusões políticas e religiosas, pôs a exploração direta, aberta, despudorada e seca. Ela transformou toda a sociedade em labutadores assalariados pagos por ela. Amortizou tudo a uma relação de dinheiro. Através da ideia de globalização comercial determinou o modo cosmopolita a produção e o consumo mundial. A indústria deixou de ser nacional, agora é fragmentada, onde as matérias primas são importadas de outros países do mundo. Criando dependências entre as nações (unilateralidade). Até as literaturas locais tornam-se mundiais. Através dos instrumentos de produção e da comunicação facilitada arrasta todas as nações, mesmo as mais bárbaras, para a civilização, tornando-as burguesas.
A burguesia cria no mundo a sua própria imagem. Ela criou os grandes centros urbanos populacionais, desqualificou a vida rural, deixando-a dependente da cidade. Centralizou os meios de produção e concentrou a propriedade em poucas mãos, surgindo a centralização política.
Entende-as através de seus escritos que a história do segundo e terceiro setor é apenas a história da revolta das modernas forças bem-sucedidas contra as modernas relações de produção, contra as relações de bens que são as condições de vida da burguesia e da sua dominação. Surge a epidemia da superprodução gerando diversas crises, gerando homens munidos de informação, ou seja, os operários modernos, conhecidos como os proletários.
O proletariado se desenvolve na mesma medida em que a burguesia e o capital. Esses operários modernos só vivem enquanto encontram trabalho e só encontram trabalho enquanto o seu trabalho aumenta o capital, têm de se vender à peça, são uma mercadoria como qualquer outro artigo de comércio, igualmente expostos à concorrência e oscilações do mercado. O proletariado perdeu sua característica autônoma e seu estímulo, através da modernização da maquinaria e da divisão do trabalho. Ele é apenas um acessório que maneja a maquinaria, ou seja, servos da máquina, do vigilante, e, sobretudo dos próprios burgueses fabricantes singulares. O proletariado significa força de trabalho, seja de homens ou mulheres, porém com custos diversos e a sua luta contra a burguesia começa com a sua existência.
Segundo Engels e Marx tal disputa começa singela, depois se estende. Dirigem seus ataques seus ataques contra as relações de produção e também contra os instrumentos de produção. Formam então uma massa dispersa dividida pela concorrência. A força tende a crescer e os interesses e situação se vida tornam-se semelhantes entre eles. Salários baixos e oscilantes colidindo as classes. Então os operários começam por formar coalisões contra os burgueses; juntam-se para a manutenção do seu salário. Fundam, eles mesmos, associações duradouras para se premunirem para os levantes ocasionais. Aqui e além a luta irrompe em motins. Derrota transitoriamente unindo-se. Conversam-se uns com os outros, centralizando as lutas nacionais em luta de classes. Este aparelhamento dos proletários em classe, e assim em partido é rompida de novo a cada momento pela concorrência entre os próprios operários. Mas renasce sempre, mais forte, mais sólida, mais poderosa. Criam leis que os beneficiam e fortalece-os.
Os autores alertam também que essas duas classes se mesclam devido a interesses comuns. Alegam que nos tempos que a luta de classes se aproxima da decisão, o processo de dissolução no meio da classe dominante, no seio da velha sociedade toda, assume um caráter tão vivido, tão veemente, que uma pequena parte da classe dominante se desliga desta e se junta à classe revolucionária, à classe que vir a sê-a o vindouro.
Não obstante, a burguesia não oferece estabilidade para o proletariado, pois o operário torna-se num indigente e o pauperismo desenvolve-se ainda mais depressa do que a população e a riqueza. Torna-se com isto evidente que a burguesia é incapaz de continuar a ser por muito mais tempo a classe dominante da sociedade e a impor à sociedade como lei reguladora as condições de vida da sua classe. Ela não é capaz de dominar porque é incapaz de assegurar ao seu escravo a própria existência no seio da escravidão, porque é coagida a deixá-lo afundar-se numa situação em que tem de ser ela a alimentá-lo, em vez de ser alimentada por ele. A condição essencial para a existência e dominação da classe burguesa esta na acumulação da riqueza nas mãos de privados, a formação e multiplicação do capital; a condição do capital é o empregado.
Marx e Engels através desta análise histórica, distinguindo as várias formas de opressão social durante os séculos e situa a burguesia moderna como nova classe opressora. Não deixa, porém, de citar seu grande papel revolucionário, tendo destruído o poder monárquico e religioso valorizando a liberdade econômica extremamente competitiva e um aspecto monetário frio em detrimento das relações pessoais e sociais, assim tratando o operário como uma simples peça de trabalho ou fator de produção, alienando e reduzindo a liberdade humana à simples liberdade de consumo e não a liberdade intrínseca como valor humanista.
Depois que essa análise burguesia versus proletariado, os autores fazem uma análise entre proletariados e comunistas. Dizem que os comunistas não são nenhum partido particular face aos outros partidos operários. Não têm nenhum veles separado dos interesses do proletariado. Não estabelecem nenhuns princípios particulares segundo os quais queiram moldar o movimento proletário. Diferenciam-se dos partidos proletariados eles acentuam e fazem valer os interesses comuns, independentes da nacionalidade, do proletariado todo. Ele tem sobre a restante massa do proletariado, a vantagem da inteligência das condições, do curso e dos resultados gerais da agitação proletária. E dizem que o que distingue os comunistas dos demais não é a defesa da abolição da propriedade em geral, mas a abolição da propriedade burguesa. Juntam-se a sua teoria numa única declaração: supressão da propriedade privada. Existem distinções entre sociedade burguesa e comunista, esta visa sempre o bem comum.
Marx e Engels defendem que na sociedade comunista o trabalho acumulado é apenas um meio para enriquecer, ampliar, gerar o processo da vida do proletariado e não tira de ninguém o poder de se tomar posse de produtos sociais; tira apenas o poder de, por esta apropriação, subjugar a si trabalho alheio, entre outras ideias.
Descrevem ainda os vários tipos de aforismo comunista, assim como define o objetivo e os princípios do socialismo científico. Outro ponto que legitima a justiça na vitória do proletariado seria de que este, depois de vencida a disputa entre classes, não poderia legitimar seu poder sob a forma de abuso, pois defende exatamente o interesse da grande maioria: a abolição da propriedade.
Não obstante, destaca que o comunismo não coíbe o poder de assimilação dos produtos sociais; apenas elimina o poder de subjugar o trabalho alheio por meio dessa apropriação. Com o desenvolvimento do socialismo a divisão em classes sociais desapareceria e o poder público perderia seu caráter opressor, enfim seria instaurada uma sociedade comunista.
Nessa análise da literatura socialista e comunista, fazem um contexto histórico sobre o socialismo reacionário (socialismo feudal, socialismo pequeno-burguês, socialismo alemão), o socialismo conservador ou burguês, e o socialismo e comunismo crítico-utópicos. E no último Capítulo parte IV trata sobre a posição dos comunistas para com os diversos partidos oposicionistas, chamando os proletários para a luta, com a seguinte frase: proletários de todo o mundo, uni-vos!
O livro sugere um curso de ação para uma revolução socialista através da tomada do poder pelos proletários, fazendo uma persistente crítica ao modo de produção capitalista e na forma como a sociedade se estruturou através desse modelo. Ele é recomendado para estudantes dos cursos de sociais e para os docentes da Educação Superior interessados em refletir acerca do processo metodológico, da política crítica sua prática didático-pedagógica, visando à melhoria da qualidade de seus trabalhos nos mais variados meios de pesquisa e discussão.





























REFERENCIA:

MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. 1848



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