Manifesto do Designer Gráfico e do Cidadão-Livre

July 9, 2017 | Autor: Gonçalo Sepúlveda | Categoria: Design for Social Innovation, Anarchism, Graphic Design, Social Design
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Descrição do Produto

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O MANIFESTO DO DESIGNER GRÁFICO

“Eu, estudante de design gráfico, comprometo-me a continuar os meus estudos e investigações na área, com o fim de melhorar e descobrir novos processos de colaboração, criação e educação. Mais do que ser mestre nesta arte, quero contribuir no seu crescimento e viver as mudanças que imagino. Não aceito que me sirva do design apenas como profissão mas também como suporte. Tudo o que aprendi e estudei não se vai resumir a trabalho lucrativo e projectos bonitos. Procuro sim um caminho prático para ajudar a curar as pessoas e o mundo . Para isso, preciso de continuar motivado e acreditar sempre. Trabalhar para financiar tudo o que precisar para alcançar os meus objectivos. Comunicar com quem nunca falei antes. Comprometo-me a analisar a nossa sociedade e actualizar-me regularmente sobre a situação da humanidade, como se de um briefing se tratasse. Vou trabalhar com quem nunca imaginei, onde nunca imaginei e dar uma voz firme à justiça e à igualdade De que serve um mundo bonito e funcional, quando uma parte dos seus habitantes não tem educação para entender a rede complexa de factores externos que são os causadores de todo o sofrimento que eles vivem? A prática do design protagoniza uma realidade consumista, que alimenta a destruição rápida da humanidade à qual todos nós somos espectadores. Desde a reformulação da educação ao desenvolvimento de uma maior sensibilidade solidária, os valores da

comunidade devem estar apontados para a construção de uma sociedade melhor. Mais que nunca, agora é altura de agir. Pesquisar e fundamentar sobre práticas sociais reforça este manifesto. Manifesto que confio ser a porta de uma revolução. O cidadão-designer é forte e é responsável por todos os outros que não têm voz. Comunicar ideias e partilhar informação é essencial para contra-atacar o capitalismo selvagem. Cabe a nós designers assumir o papel de actores na mudança que o mundo precisa e unirmo-nos para provar a força do nosso conhecimento.” ————————————————————————————

ESTE MANIFESTO DEFENDE a redefinição de prioridades nas nossas acções como cidadãos e profissionais. O número de designers que t r a b a l h a m s e m q u a l q u e r n í v e l d e é t i c a s ã o a s s u s ta d o r a m e n t e s u p e r i o r e s a o d o s c o l e g a s q u e l u ta m p o r a l g o d i f e r e n t e d e s ta r o t i n a c a p i ta l i s ta . c h e g a d e t r a b a l h a r d e s i g n s o b r e u m h o r á r i o d e funcionamento, usem as vossas habilidades para dar a conhecer os direitos e deveres de todos os cidadãos.Critiquem e informem as pessoas do universo que as rodeia em vez de as bombardear com novidades e notícias inúteis.uma parte do mundo sofre pelas acções d a s p o t ê n c i a s o c i d e n ta i s e n ó s , c o m o c i d a d ã o s - d e s i g n e r s informados temos o dever de lhes dar voz e fazer o mundo conhecer a sua situação. Não somos Alguém que faz uns desenhinhos nem s o m o s p r o f i s s i o n a i s c o m a p t i d ã o i n f o r m át i c a . S o m o s d e s i g n e r s q u e vão dar a conhecer as suas capacidades.

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O MANIFESTO DO CiDADÃO-LIVRE

“Eu, ser humano livre e igual a todos os outros seres vivos do meu planeta, cego a preconceitos e discriminações, deslocado da realidade justa e respeitosa que tanto sonho e idealizo, emergido e criado numa cultura de influências e manipulações, não aceito sentar-me e assistir à destruição dos nossos valores sociais e à degradação acelerada da nosso ecossistema. A globalização é muitas vezes apontada como a faísca que condenou o mundo a uma realidade onde o opressor é poderoso mas anónimo. Um mundo que é embelezado por uma mentalidade de consumo e de desejo, acompanhada pelo encorajamento da cultura do individualismo. Os nossos problemas e deveres são anestesiados com o último grito da tecnologia e o nosso tempo é desperdiçado à procura da aprovação dos outros. Na grande maioria das escolas não nos ensinam a formar valores nem a entender a humanidade. Um planeta mais global, hoje, significa que deixamos de ser homens e mulheres. Somos números. Somos a fonte da vida de uns quantos lá em cima. Os de cá de baixo estão preocupados a distinguirem-se ainda mais. Dividimo-nos por gostos, cores, crenças e tantas outras desculpas só porque temos medo. Lutamos por pertencer a um nicho e esquecemo-nos dos que lutam por casa ou água. Estamos tão ocupados a ser astronautas da nossa viagem, que deixamos no vazio tudo o que está para lá das nossas fronteiras. A solidariedade é como um horizonte que escolhemos ignorar, trocamo-lo por um outro mais decorado e recheado de exotismos.

A culpa não é da globalização nem de nenhum Sistema. A culpa é nossa, porque escolhemos aceitar a nossa neo-liberdade e as suas consequências. Desrespeitamos a palavra “sobreviver” quando acreditamos que a nossa esfera é o suficiente. Será que os grandes empresários, que estudam e abusam da Hierarquia de Maslow, querem realmente o nosso bem? E nós o que queremos? Apenas a satisfação pessoal em troca da transformação para um ser apático perante os problemas. Somos todos culpados é verdade, mas entretanto muita gente sofre. As nossas ferramentas do dia-a-dia estão inundadas em informação. Temos o direito a ela, por isso aceitem os vossos deveres como cidadão. Se não se acham nessa obrigação, são todos livres e podem continuar sentados. Se estão revoltados e se querem realmente mudar, alimentem-se da boa informação, aprendam e ensinem. Criem os vossos valores e pensem sem fronteiras. Tornar um mundo global não é o problema! A globalização é a união. Invistam tempo e energia em entender a igualdade e afastem o preconceito. Afiem as vossas armas e gritem pela mudança e pelo crescimento. Não podemos continuar a alimentar os motores desta âncora que não nos segura, mas nos afunda. Estamos numa era em que um cidadão instruído é uma ameaça ao ciclo capitalista, e Eles sabem disso. E Nós? Nós temos na mão o papel de mudar o mundo e criar um biossistema saudável e justo para todos. Temos na nossa mão a vida de multidões, os que amamos e os que nunca vamos conhecer. Nós, cidadãos livres e iguais, vamos usar as nossas habilidades para reconstruir a sociedade. Somos Nós que vamos lutar contra esta figura dominante. Porque podemos. E se isso não bastar, porque precisamos.”

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ESTE MANIFESTO DEFENDE O CIDADÃO IGUAL, JUSTO E LIVRE. O CIDADÃO QUE SE PREOCUPA COM O AMBIENTE QUE LHE RODEIA E COM TODOS OS O U T R O S M U N D O S Q U E E L E N Ã O C O N S E G U E A L C A N Ç A R . N O M U N D O O C I D E N TA L , I M P E R A A C U LT U R A C A P I T A L I S T A , O N D E O S C I D A D Ã O S E S T Ã O D I S T R A Í D O S DAS SUAS OBRIGAÇÕES E USAM O PODER DE COMPRA PARA CONSOLAR OS N O S S O S P R O B L E M A S . T O R N A M O - N O S D I S TA N T E S U N S D O S O U T R O S , P O R Q U E A NOSSA SATISFAÇÃO PESSOAL É A PRIORIDADE DA MAIORIA DOS CIDADÃOS. A GLOBALIZAÇÃO NÃO DEVERIA SER UM ENTRAVE, MAS SIM UNIÃO! O NOSSO H A B I TA T N A T U R A Ç E S O C I A L E S TÁ N U M E S TA D O C R Í T I C O E A REVOLUÇÃO DEVE COMEÇAR PRIMEIRO, EM CADA UM DE NÓS.DEVEMOS C U LT I V A R O S N O S S O S V A L O R E S a F A V O R D E U M D E S E N V O L V I M E N T O P O S I T I V O . O Ó D I O R A C I A L T E R Á Q U E A C A B A R . T E R E M O S Q U E A P R E N D E R A A C E I TA R E COMPREENDER OS QUE NOS RODEIAM PORQUE SOMOS TODOS LIVRES DAS NOSSAS ESCOLHAS E INTERESSES. TEMOS QUE NOS COMPROMETER COM O NOSSO MUNDO!

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