MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE ARTIGOS

November 22, 2017 | Autor: Dhara Piva Mendes | Categoria: N/A
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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE ARTIGOS













































ORIENTAÇÕES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ARTIGO



1. APRESENTAÇÃO GRÁFIA DO TRABALHO


1.1 FORMATO


O ARTIGO deve ser digitado em papel branco, formato A4 (210x297mm). O
ARTIGO COMPLETO a ser entregue não possui capa, apenas folha de rosto, e
deve possuir no mínimo 15 ou no máximo 25 páginas. Para margens, deixam-se
3cm na margem superior e esquerda e 2 cm na margem inferior e direita. O
mesmo deve ser entregue conforme o Manual do Aluno, em CD, contendo os
seguintes dados de identificação: nome do aluno, nome do curso, tema da
monografia (ou artigo) e o ano de entrega.

Os parágrafos podem ser iniciados rente à margem esquerda, sem recuo, em
todo o texto, sendo separados entre si por um espaçamento maior (recurso
existente em editores de texto).
Na digitação do texto, usa-se, preferencialmente, a fonte Arial 12.
Variações tipográficas são permitidas para:
a. Titulações das seções, fonte maior que a do texto, por exemplo, Arial
14;
b. Citações diretas com mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e
legendas das tabelas e ilustrações, fonte menor que a do texto, por
exemplo, Arial 10.
Recomenda-se que os títulos das seções sejam separados por duas
entrelinhas. Já o título da seção seguinte deve ser separado do texto da
seção anterior por três entrelinhas.

O título do artigo deve estar na primeira linha da primeira página,
centralizado, Arial, tamanho 16, negritado, com todas as letras maiúsculas
e centralizado.




1.2 PAGINAÇÃO
A numeração das folhas deve ocupar a margem superior, no ângulo direito. A
contagem das folhas começa a partir da folha de rosto, mas a numeração
aparece na SEGUNDA FOLHA do texto.
A numeração das folhas do texto e das folhas pré-textuais é feita em
algarismos arábicos, localizados do lado direito da extremidade superior da
folha.



1.3 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA

As partes do texto (introdução, desenvolvimento e considerações finais)
devem ser numeradas progressivamente de acordo com o exemplo abaixo:

Ex.:

1. INTRODUÇÃO – (ARIAL, 14 – CAIXA ALTA – negritado, numerada)

1.1 Problema – (Arial, 14 – CAIXA ALTA – sem negrito, numerada)

1.1.1 Consulado – (Arial, 14 – maiúscula/minúscula – negritado, numerada)

1.1.1.1 Consulado – (Arial, 14 – maiúscula/minúscula – sem negrito,
numerada)

1. Consulado – (Arial, 14 – maiúscula/minúscula – sem negrito,
numerada).

Não coloque ponto final nos títulos. O título da primeira seção deve ser
posicionado, se possível, na primeira página após o resumo.


2 REGRAIS GERAIS DE APRESENTAÇÃO

O nome e o e-mail do autor do artigo deve vir duas linhas abaixo do título
alinhado à direita, com letra Arial, tamanho 9, em negrito. Na linha
abaixo, deve constar à identificação do orientador e titulação, se este
existir.



O corpo do texto deve iniciar imediatamente abaixo do título das seções. O
corpo do texto utiliza (arial, 12, com parágrafos justificados, com
espaçamento entre linhas 1 ½).

Podem ser utilizadas NOTAS DE RODAPÉ para exclarecer fatos subjetivos,
desconhecidos ou que ficaram pouco claros ou mesmo para complementação de
dados e referências da página. Entretanto, observa-se que os livros
referenciados no artigo devem constar, mesmo assim, da parte final do
artigo em REFERÊNCIAS, o que torna repetitivo e exagerado seu uso também em
notas de rodapé (consulte seu orientador quanto a esse fato).


3 USO DE CITAÇÕES
3.1 DEFINIÇÃO E TIPOS DE CITAÇÃO
As citações podem ser:

Citação direta – quando é feita a transcrição literal de palavras ou
trechos de autores. Ou seja, citação direta é a reprodução exatamente
igual a do livro, documento, internet ou qualquer outro meio de
pesquisa, e que você aproveitou em seu trabalho, e deve ser
identificada: autor, ano, página.

a. Citação indireta (paráfrase) – citação livre do texto, quando ocorre a
reprodução de ideias, sem haver transcirção das próprias palavras do
autor consultado. Não deve vir entre aspas (pois seria confundida com
uma citação direta), mas, acompanhada do nome do autor parafraseado,
ano de sua obra;

b. Citação de citação – transcrição direta ou indireta de um texto a
partir de outra fonte, isto é, não se teve acesso ao original.




3.2 USO DE CITAÇÕES
3.2.1 Citação Direta
A citação direta de até três linhas deve vir no texto, entre aspas duplas.
Caso o trecho transcrito já contenha expressões ou palavras entre aspas,
essas serão transformadas em aspas simples.
Quando o trecho citado não for início do parágrafo, deverá ser antecedido
de reticências entre colchetes [...].

Ex.: Os especialistas na área discutem que "[...] conceitos fundamentais
para o uso de sinalização indicam que a sinalização 'feita em casa' mostra
apenas boa-vontade" (FIGUEIREDO, 1991, p. 108).

A citação direta com mais de três linhas deve aparecer em parágrafo
isolado, iniciado a 4 cm a partir da margem esquerda com a letra menor do
que a do texto original (Arial 10), com entrelinhas com espaçamento simples
e sem aspas.
Ex.: No mundo moderno,
[...] a tecnologia está tão avançada que podemos dispor de
um computador para resolver nossos problemas 'caseiros'.
Podemos também nos comunicar na hora que desejamos, via
telefone, com o outro lado do mundo. E, essas conquistas
da ciência, da pesquisa e da capacidade intelectual do ser
humano faz com que vivamos melhor (CORTEZ, 1985, p. 40).


Para enfatizar ou destacar uma palavra ou um pequeno trecho (se desejar),
usa-se grifo, negrito, itálico, etc. Indica-se essa alteração com a
expressão "grifo nosso", após a indicação de autoria. Ex: Conforme Camargos
Jr. e Schwrtz (2002, p. 156, grifo nosso):

O autismo pode estar ligado a distúrbios em alguma parte
do cérebro e que isto pode ser causado por problemas no
momento da gestação ou na hora do parto e como não se
conhecem as causas, então, as gestantes são instruídas a
não consumirem remédios sem orientação médica, bebidas
alcoólicas, fumo e produtos químicos.




Caso já exista destaque no texto consultado, usa-se a expressão "grifo do
autor" após a indicação de autoria. Ex.: "[...] o item em segundo lugar se
refere a aperfeiçoar a eficiência da bibilioteca para os usuários e em
terceiro lugar [...]" (FIGUEIREDO, 1998, p. 9, grifo do autor).





3.2.1 Citação Indireta

A citação livre do texto de um autor (paráfrase), permanecendo-se fiel às
suas ideias, é preferível a longa citação direta. A indicação da (s) página
(s) consultada (s) é dispensável. Ex.: A partir da década de 1970, as
pesquisas passaram a relacionar o autismo com: anormalidade em determinados
pontos do cérebro, alterações na quantidade de determinadas substâncias no
cérebro e causas imunológicas, ligadas a anticorpos maternos (BAPTISTA;
BOSA, 2002).





3.2.2 Citação de citação

Quando se faz uma citação a partir de uma outra fonte à qual não se teve
acesso, cita-se o autor original seguido da expressão "apud" e da indicação
do autor, data e página da obra diretamente consultada. Faz-se a indicação
completa da obra consultada na seção "Referências". Ex.: Segundo Cavalcante
(apud CORREA, 1999, p. 39), "[...]. As limitações são situações que
diferenciam um do outro [...]".
3.2.3 Outras situações aplicáveis na estrutura de citações
a. Citação obtida por meio de canais informais
Nos dados obtidos por informações decorrentes de canais informais
originários de palestras, debates, conferências, entrevistas ou ainda de
correspondência, anotações de aulas, deve-se indicar o fato pela expressão
"informação verbal" entre parênteses.

Os dados de autoria dessas informações devem ser mencionadas somente em
nota de rodapé.

Ex.: Tricart constatou que, na Bacia do Resende, no Vale da Paraíba, há
indícios de cones de dejeção (informação verbal).

3.3 OMISSÃO DE PALAVRAS
Quando você omite alguma palavra, trecho, se no início, no meio, ou no
término de um parágrafo, deve proceder colocando reticências entre
colchetes.
Ex.: "[...] grandes pioneiros da ciência moderna sofreram perseguição do
Tribunal da Inquisição" (COTRIN, 2000, p. 139).
Ex.: "Foi por este motivo que grandes pioneiros da ciência moderna sofreram
perseguição [...]" (COTRIN, 2000, p.139).
Ex.: "Foi por este motivo que grandes pioneiros [...] sofreram a
perseguição do Tribunal da Inquisição" (COTRIN, 2000, p.139).
3.4 COMENTÁRIOS OU ACRÉSCIMOS
O que você desejar acrescentar ou comentar a respeito de um trecho, deve
desenvolver esta técnica, utilizando seu aditamento entre colchetes. Ex.:
"As pessoas portadoras de deficiências conseguem resultados inesperados
[motivação e persistência asseguram a força do poder], se acreditadas
quanto a seus resultados" (ROSADAS, 1999, p. 39).
3.5 USOS DE EXPRESSÕES LATINAS
Para evitar repetições de fontes citadas anteriormente, é possível o uso de
expressões latinas. Essas expressões devem ser usadas apenas quando se
referem às notas de uma mesma flha ou de páginas que se confrontam, como no
caso de publicações de caráter comercial. Devido às dificuldades que
acarretam à leitura, é bom evitar seu emprego.
Tipos de expressões latinas:
Ibidem ou ibid. = expressão usada quando são várias citações de uma
mesma obra forem feitas, variando apenas a paginação e sendo citadas
uma imediatamente após a outra.
Ex.: "A Orientação Educacional no nosso país, percorreu um longo caminho
comprometido com a educação e com as 'políticas' vigentes" (GRINSPUN, 1998,
p. 11).
Ex.: "Partimos de uma Orientação voltada para a individualização e chegamos
a uma orientação coletiva e participativa" (Ibid., p. 13).
Idem ou id. = expressão usada em substituição ao nome do autor, quando
se tratar de citações de diferentes obras do mesmo autor.
Ex.: "Como a organização é um sistema cooperativo racional, torna-se
necessário conhecer os motivos que levam os indivíduos a cooperar"
(CHIAVENATO, 1998, p. 117).
Ex.: "Nos dias de hoje o capitalismo individual é diferente. Nas empresas
em que exigem investimentos intensivos em conhecimento não fica claro quem
é o dono da empresa, das suas ferramentas e dos seus produtos" (Id., 1999,
p. 37).
Org. = quer dizer 'organização de'. Deve ser utilizado apenas na seção
"Referências".
Ex.: ROMÃO, José Eustáquio; PADILHA, Paulo Roberto. Diretores escolares e
gestão democrática da escola. In: GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. (Org.).
Autonomia da escola: princípios e propostas. 5. ed. São Paulo: Cortez,
2002, p. 91-102.
s.d. = é empregado quando se desconhece a data da publicação. A
expressão deve ser usada entre parênteses.
Ex.: Dito de outro modo, no período industrial, a Contabilidade Tradicional
não se preocupava com a força intelectual atuante sobre a riqueza, mas,
sim, com o patrimônio da empresa. Por isso, a Contabilidade Tradicional não
estava mais conseguindo corresponder com tanto afinco as mudanças
decorrentes da revolução gerencial que estava surgindo (MEDEIROS; OLIVEIRA,
s.d.).
Apud = citado por. Expressão usada quando se transcrevem palavras
textuais ou conceitos de um autor que sendo citados por um segundo
autor, ou seja, da fonte que se está consultando diretamente.
Ex.: "Todo conhecimento (ciência da natureza ou da cultura) é sempre
absoluto/relativo [...]" (LEFEBVRE, 1983, apud CARVALHO, 1988, p. 64).
Ex.: Segundo Lefebvre (1983, apud CARVALHO, 1988, p. 64): "Todo
conhecimento (ciência da natureza ou da cultura) é sempre absoluto/relativo
[...]".

3.5 REFERÊNCIAS NO FINAL DO ARTIGO
Atualmente, utiliza-se no lugar de Referências Bibliográficas o uso simples
do título REFERÊNCIAS (torna-se mais abrangente, permitindo uso de fontes
documentais e outras, no mesmo endereço). Elas representam um dos itens
mais importantes do trabalho. É onde se apresenta as provas de que
realmente se preparou para a elaboração do trabalho. As leituras deitas
tanto em jornais, revistas, livros ou outras publicações, são fundamentais
para a apresentação de um trabalho científico.
As Referências são divididas em elementos essenciais e complementares:
a. Elementos essenciais: autor, título, subtítulo, edição, local, editora
e data.
b. Elementos complementares: tradutor, paginação, ilustração, séries,
etc.
Devem ser localizadas no final do artigo. As páginas são contadas e
numeradas. Também ser colocadas em ordem alfabética. O título REFERÊNCIAS
também deve ser enumerado.
No geral, o alinhamento das referências deve ser feito na margem esquerda,
com espaçamento entre linhas de 1,5.
Exemplos de Referências mais comuns do dia-a-dia:
3.5.1 Referência de Livro com um autor
SOBRENOME DO AUTOR, Prenome. Título do livro: subtítulo (se houver).
Edição. Local: Editora, ano.
Ex.: ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 3. ed. São Paulo: Perspectiva,
1989.
Ex.: Davenport, T.; Prusak, L. Ecologia da Informação: Por que só a
Tecnologia não Basta para o Sucesso na Era da Informação. São Paulo:
Futura, 1998.
3.5.2 Referência de Livro com mais de um autor (até três autores)
SOBRENOME DO AUTOR, Prenome; SOBRENOME DO AUTOR, Prenome; SOBRENOME DO
AUTOR, Prenome. Título do livro: subtítulo (se houver). Edição. Local:
Editora, ano.
Ex.: SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da
produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
3.5.3 Referência de Livro com mais três autores
SOBRENOME DO AUTOR, Prenome et al. Título do livro: subtítulo (se houver).
Edição, volume. Local: Editora, ano.
Ex.: JAGUARIBE, H. et al. Brasil, sociedade democrática. Rio de Janeiro: J.
Olympio, 1985.
3.5.4 Referência de Livros do mesmo autor
Ex.: LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento
na era da informática. Rio de Janeiro: Ática, 1998.

Ex.: ______. Cibercultura. Rio de Janeiro: Ática, 1998.

3.5.5 Referência de Livros do mesmo autor e mesmo ano de publicação
Ex.: LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento
na era da informática. Rio de Janeiro: Ática, 1998a.

Ex.: ______. Cibercultura. Rio de Janeiro: Ática, 1998b.

3.5.6 Publicações consideradas como parte de uma obra
SOBRENOME DO AUTOR, Prenome. Título do livro: subtítulo (se houver) da
parte citada. In: SOBRENOME DO AUTOR, Prenome. Título do livro: subtítulo
(se houver) da obra no todo. Local: Editora, ano.
a. Quando ao autor da parte e da obra for o mesmo:

Ex.: JOBIM, José Luís. História da literatura. In: _______. Palavras da
crítica. Rio de Janeiro: Imago, 1992.

b. Quando o autor da parte e da obra forem diferentes:

Ex.: MACEDO, Paulo Reis. Literatura em foco. In: JOBIM, José Luís.
Palavras da crítica. Rio de Janeiro: Imago, 1992.

3.5.7 Referência de Teses, Dissertações e Trabalhos Acadêmicos Originais
SOBRENOME DO AUTOR, Prenome. Título do trabalho: subtítulo (se houver). Ano
de defesa. Tipo de Trabalho (tese, dissertação, monografia ou trabalho
acadêmico) (grau e área de concentração) – Unidade de ensino, Insituição
onde o trabalho foi apresentado, local, ano de defesa.
Ex.: STRUMIELLO, Luis Daniel Pittini. Proposta para o Planejamento e
Controle da Produção e Custos para Pequenas Empresas do Vestuário. 1999.
Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-
Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, 1999.

3.5.8 Referência de Artigos em Jornais
SOBRENOME DO AUTOR do artigo, Prenome. Título do artigo: subtítulo (se
houver). Título do jornal: local de publicação, página inicial e final do
artigo, data.
Ex.: COELHO, Paulo. Uma lenda árabe da criação. O Globo, Rio de Janeiro, p.
25, 23 abr., 2000.

3.5.9 Referência de Artigos em Revistas Técnicas
SOBRENOME DO AUTOR do artigo, Prenome. Título do artigo: subtítulo (se
houver). Título do periódico, local de publicação, número do ano e/ou
volume, número do fascículo, página inicial e final do artigo, data.
Ex.: MORAES, Reginaldo C. C. De. Globalização e políticas públicas: vida,
paixão e morte do estado nacional? Revista da Ciência da Educação,
Campinas, n. 87, v. 25, p. 46-53, mai/ago. 2004.

3.5.10 Referência em Multimeios
Título do filme. Indicação de responsabilidade. Local: Produtora, ano. Tipo
de suporte (fita de vídeo ou DVD).
Ex.: CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Junior. Produção: Martire de
Clemont-Tonnere e Arthur Cohn. [S.I.]: Lê Stiudio Canal, 1998. 1 DVD.

Ex.: BLADE Runner. Direção: Ridley Scott. Produção: Michael Deeley. Los
Angeles: Warner Brothers, c1991. 1 DVD.

3.5.11 Referência legislativas (Leis, Decretos, Medidas Provisórias e
Portarias)
LOCAL DE JURISDIÇÃO. Tipo, número e data do ato legislativo, Referência da
publicação consultada.
Ex.: BRASIL. Decreto-Lei nº 2.331, de 6 de março de 1987. Diário Oficial
[da] República Federativa do Brasil, Brasília, 7 mar. 1987.
Ex.: BRASIL. Decreto-Lei nº 477, de 26 de fevereiro de 1969. Define
infrações disciplinares praticadas por professôres, alunos, funcionários ou
empregados de estabelecimentos de ensino público ou particulares, e dá
outras providências. In: CARVALHO, Guido Ivan de. Ensino superior.
Legislação e jurisprudência. 3. ed. Brasília: Gráfica Alvorada Ltda, 1971.

Ex.: BRASIL. Portaria nº 328, de 13 de maio de 1946. Expede instruções
modificando e ampliando as expedidas pela Portaria nº 272, de 13 de abril
do corrente ano. In: Reitoria da Universidade de São Paulo. Legislação
federal do ensino superior – 1825-1952. São Paulo, 1953.

Ex.: BRASIL. Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001.
Disponível em: . Acesso em 16 nov. 2005.

Ex.: BRASIL. Medida provisória nº 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997.
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 14 dez. 1997.


Ex.: BRASIL. Parecer nº 632/1969. O conteúdo específico da Faculdade de
Educação. In: CARVALHO, Guido Ivan de. Ensino superior. Legislação e
jurisprudência. 3. ed. Brasília: Gráfica Alvorada Ltda, 1971.

Ex.: BRASIL. Resolução nº 8/71 – CFE – Fixa o núcleo comum para os
currículos do ensino de 1º e 2º graus, definindo-lhes os objetivos e a
amplitude. In: SCHUCH, Vitor Francisco (org). Legislação mínima da educação
no Brasil. 8. ed. Porto Alegre: Sagra,1988.


3.5.12 Referência de Documentos On-line
SOBRENOME DO AUTOR do artigo, Prenome. Título do artigo: subtítulo (se
houver). Data do artigo. . data do acesso.
Ex.: RIBEIRO, Valéria Llacer Bastos. Breve análise da cognição da pessoa
com autismo e porque o computador tem um papel preponderante na educação
com autismo. 2009. Disponível em:
. Acesso em: 30 out. 2009. (Obs.: O endereço deve ser digitado
todo junto, sem espaços).
Obs.: No sentido de esclarecer tantas outras dúvidas que deverão surgir no
desenvolvimento deste seu artigo, recomendamos consultar um manual completo
e atualizado sobre as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT e/ou de seu orientador, pois este também é responsável por sua
produção científica.

APÊNDICE
Na próxima página pode-se observar, como exemplo, uma ilustração de folha
rosto de um artigo.
Em tempo: nas próximas páginas encontra-se o exemplo de um artigo
científico.











ATIVOS INTANGÍVEIS E GESTÃO DO CONHECIMENTO NAS EMPRESAS


Antônia Maria Souza – [email protected]
(Autora do Artigo)
Prof. Esp. Pedro Almeida Oliveira
(Orientador)

RESUMO
O presente artigo visa demonstrar a importância da gestão dos ativos de
conhecimento dos colaboradores de uma organização. Metodologicamente,
realizou-se um estudo bibliográfico, onde foram examinadas as literaturas
pertinentes à temática em foco. Concluiu-se que, em decorrência da Era do
Conhecimento, os ativos intangíveis passaram a ser considerados como
importantes diferenciais na vantagem competitiva frente ao mercado
financeiro atual. Sendo assim, eles precisam ser conhecidos, medidos e
convertidos rapidamente em valor real para as empresas.

Palavras-chave: Conhecimento; Gestão dos Ativos Intangíveis; Capital
Intelectual; Mensuração.


1. INTRODUÇÃO

Vivenciam-se muitas mudanças sociais, tecnológicas, econômicas e políticas
a uma velocidade espetacular. Seus efeitos começaram a ser notados
recentemente e sua identificação se faz por diversos nomes, muitas deles
associados aos diversos tipos de atividades humanas que ela modifica.


A Era do Conhecimento ou da Informação é o principal traço característico
dos efeitos causados por estas mudanças, dentro de uma visão sistêmica,
onde o conhecimento passou a ter uma importância fundamental em todas as
atividades dessa nova era. Com isso, a terra, a mão de obra e os bens de
capitais deixaram de ser meios de geração de riquezas, e que a mensuração e
gestão coerente dos chamados ativos intangíveis ou ativos dos conhecimentos
dos seus colaboradores se constituem o principal ativo na composição do
patrimônio de uma companhia.

Isto quer dizer que, o conhecimento e a inovação, passaram a ser enxergada
pelos líderes mais globalizados como fator preponderante no sucesso
competitivo das organizações. Isso porque as empresas estão realmente
interessadas nos talentos e qualificações proveniente do chamado Capital
Intelectual, identificado nos Ativos Intangíveis, os quais contribuem para
a desmistificação da valoração apenas do Capital Financeiro dentro da
organização.

Neste sentido, o presente artigo procurou demonstrar a importância do
reconhecimento da mensuração e gerenciamento (ou gestão) dos ativos
intangíveis, dentro do processo corporativo, para auxiliar as organizações
a serem bem-sucedidas, na nova ordem competitiva do mercado financeiro, que
se retro-configura a cada novo dia de trabalho, tomando como pano de fundo,
o surgimento da globalização e transformações dos negócios na Era do
Conhecimento ou da Informação.

A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste estudo foi à pesquisa
bibliográfica, onde foram examinadas as literaturas atuais, periódicos,
artigos e revistas que forneceram subsídios para esclarecer, conceituar,
identificar e expressar inovações inerentes ao ativo intangível. Portanto,
contou-se com as contribuições de Crawford (1994), Edvinsson e Malone
(1998), Hendriksen e Breda (1999), Iudícibus (1997) e Marion (2003), dentre
outras.



2. UMA NOVA CONTABILIDADE PARA UM NOVO TIPO DE CAPITAL: O ATIVO INTELECTUAL
HUMANO

Está se vivenciando na Era do Conhecimento. Esta afirmação pode ser
corroborada por Crawford (1994), que aponta que a sociedade passou por três
grandes eras do desenvolvimento; primeiramente foi a era agrária; depois a
era industrial, e agora a Era do Conhecimento.
Se na Era Industrial a vantagem competitiva de uma empresa residia em seu
capital físico, ou nos ativos contábeis tradicionais, representados pelos
seus estoques, edifícios, equipamentos, instalações e tecnologias. Onde as
pessoas eram consideradas como sendo meros custos necessários para se fazer
negócios.
Dito de outro modo, no período industrial, a Contabilidade Tradicional não
se preocupava com a força intelectual atuante sobre a riqueza, mas, sim,
com o patrimônio da empresa. Por isso, a Contabilidade Tradicional não
estava mais conseguindo corresponder com tanto afinco as mudanças
decorrentes da revolução gerencial que estava surgindo (MEDEIROS; OLIVEIRA,
s.d.).
No entanto, como bem lembra Crawford (1994), em toda a história das
civilizações, o conhecimento sempre ocupou um lugar de destaque,
principalmente, por sua estreita relação com o poder. Na dinâmica do mundo
contemporâneo, sua importância está sendo reafirmada, uma vez que o
conhecimento humano estabelece diferenciais competitivos, tornando
necessária a sua incorporação explícita aos modelos de gestão atuais.
Em suma, a transição da Era Industrial para a Era do Conhecimento, fez com
que os recursos econômicos utilizados até então, como a terra, capital e o
trabalho, unissem ao conhecimento racional, alterando, principalmente, a
estrutura econômica das nações e, sobretudo, a forma de atribuir valor ao
ser humano, único detentor do conhecimento (CRAWFORD, 1994).
Conforme o estudo de Edvinsson e Malone (1998) surgiu um novo paradigma
gerado pela Era do Conhecimento, que diz respeito à necessidade de se
mensurar os ativos intangíveis, especialmente do Capital Intelectual e
Capital Humano, como condição fundamental, ainda que não exclusiva, para
evidenciar o retorno proporcionado por esse recurso nessa era.
Paradoxalmente, como bem lembra Martins et al. (2007), embora haja pelas
empresas o reconhecimento da importância do intangível, incluso aí o
conhecimento acumulado e o Capital Humano, o desenvolvimento de modelos de
gestão existentes encontra mais respaldo nos meios acadêmicos do que nas
empresas.
Bassi e McMurrer (2005), citados por Lima (2009, p. 3), ainda mais críticos
afirmam que:

O que vemos é que, apesar de estarmos na Era do
Conhecimento, os nossos sistemas de medição ainda derivam
da Era Industrial, onde o investimento em Capital Humano
era preterido em relação às outras necessidades de
investimento. Isto faz com que muitas empresas sucumbam ao
tentar jogar um novo jogo (do conhecimento) utilizando as
regras antigas (da era industrial).
De qualquer modo, segundo Silva (2004, p. 10), as empresas necessitam de um
sistema de medição de seu capital humano, de sua conversão rápida em
resultados reais para a organização, "[...] a fim de serem capazes de
combater a tendência existente na maior parte das empresas de sub-estimar
os investimentos na gestão e no desenvolvimento das pessoas".
Enfim, o que se precisa entender é que o conhecimento de uma pessoa é um
ativo intangível, que pode se constituir numa fonte de crescimento da
empresa, caso ela implemente um sistema de gestão do conhecimento, para a
devida mensuração e gerenciamento do conhecimento e, sobretudo, a criação
de novos conhecimentos, deixando-a mais preparada para enfrentar mudanças e
incertezas (MARTINS et al., 2007).
Conclui-se, assim, que, os novos rumos gerenciais apontam para a eminente
necessidade da mensuração dos de ativos intangíveis, uma vez que esses
mesmos geram benefícios (lucros) futuros para as empresas. Por outro lado,
é importante então compreender que cada novo paradigma, seja ele político,
social, econômico e/ou técnico, traz novos termos e suas concepções, como
por exemplo, ativos, ativos tangíveis e ativos intangíveis.

3. ATIVOS: CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
3.1 O QUE SÃO ATIVOS
Hendriksen e Breda (1999, p. 388) definem o ativo, como sendo "[...] os
benefícios econômicos futuros prováveis, obtidos ou controlados por uma
entidade em conseqüência de transações ou eventos passados". Para Iudicíbus
(1997, p. 142), a questão é abordada citando que "[...] os ativos
representam benefícios futuros esperados, direitos que foram adquiridos
pela entidade como resultado de alguma transação corrente ou passada".
Usando as próprias palavras de Silva (2004, p. 4), pode-se dizer que o
ativo de uma empresa
[...] é determinado pelos bens e direitos, sendo bens as
coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e que
possuem um valor econômico atribuídos a elas. Esses bens
podem ser materiais como bens móveis e imóveis e bens
imateriais, que são aqueles que não possuem corpo físico,
mas, possuem valor econômico. Os direitos são os valores
que a empresa tem a receber de terceiros.
Assim, levando em consideração estas definições, compreendeu-se que ativos
são os bens e direitos expressos em moeda que uma empresa possui,
correspondendo assim à parte positiva do patrimônio, uma vez que estes
podem proporcionar benefícios futuros para as empresas.

3.2 DEFININDO ATIVO TANGÍVEL E INTANGÍVEL
Etimologicamente a palavra tangível vem do latim tangere, ou "tocar"
(Hendriksen; Breda, 1999). Já Iudícibus (1997) explica que o termo
tangível, significa literalmente, "perceptível ao toque". Por seu lado, os
ativos podem ser classificados em ativos tangíveis e intangíveis.
Assim, levando em consideração a definição acima, pode-se dizer que os
ativos ou bens tangíveis "[...] são aqueles que possuem matéria e podem ser
tocados, e os bens intangíveis, são os bens que não podem ser tocados,
porque não possuem corpo físico" (Hendriksen; Breda, 1999, p. 387).
Uma das definições mais adequadas, segundo teóricos da Contabilidade, é a
de Kohler (apud IUDÍCIBUS, 1997, p. 203), que define intangível como "[...]
ativos de capital que não têm existência física, cujo valor é limitado
pelos direitos e benefícios que, antecipadamente, sua posse confere ao
proprietário".
É importante destacar que, os ativos intangíveis só ganharam reconhecimento
legal com as grandes mudanças na elaboração e divulgação das demonstrações
contábeis, traduzidas na Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007,
intitulada como a Lei das Sociedades por Ações (ou Lei das S/A).
Prova disso, é que, no artigo 179, inciso V, da Lei nº 11.638, os ativos
intangíveis aparecem definidos como sendo "[...] os direitos que tenham por
objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos
com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido" (BRASIL,
2007, p. 2).
Dentre os ativos tangíveis (materiais) citam-se as máquinas, as instalações
físicas, entre outros. Já os intangíveis (imateriais) que a Contabilidade
reconhece atualmente encontram-se patentes, marcas, direitos autorais,
tecnologia, desenvolvimento e domínio do conhecimento humano, entre outros,
que podem ser traduzidos em aumento de utilidade e em ampliação, de
utilização do capital.

3.3 CAPITAL INTELECTUAL
Desde o início da década de 1980, o Capital Intelectual tem sido objeto de
estudo de um grande número de pesquisadores. O termo "capital intelectual"
surgiu primeiramente em 1994, num artigo publicado por Stewart (1998), na
Revista Fortune, sob o título "Your company's most valuable asset:
intellectual capital".
O Capital Intelectual, de acordo com Brooking (1996), é entendido como a
combinação de ativos intangíveis, como conhecimento, informação,
propriedade intelectual, experiência, que podem ser utilizados para gerar
riqueza. Portanto, o capital intelectual abrange as competências humanas
que, por sua vez, agregam valor aos produtos e serviços, sem, ainda, não
possuir registros na contabilidade.
Fica evidente, desta forma, que o conhecimento passou a representar um
importante diferencial competitivo, para as empresas que sabem adquiri-lo,
mantê-lo e utilizá-lo de forma eficiente e eficaz. Esse conhecimento passou
a gerar o Capital Intelectual e Capital Humano que, às vezes, é bem mais
importante que o Capital Econômico (PAIVA, 1999).
A necessidade do reconhecimento e investimento no potencial humano dos
colaboradores presente nas empresas vem gerando dúvidas de onde procurar o
Capital Intelectual. Respondendo esta questão, Stewart (1998), coloca que o
Capital Intelectual encontra-se em um destes três lugares: pessoas,
estruturas e clientes, que são pontos estrategicamente importantes.
Pode-se, concluir, assim, que o Capital Intelectual é composto por três
componentes, todos interdependentes um do outro, formando praticamente um
intercâmbio entre eles, conhecidos como: Capital Humano, Capital Estrutural
e Capital de Clientes. Desta forma, torna-se, oportuno, a partir daqui,
abordar as características de cada um deles.

3.3.1 Capital Humano
De uma forma simples, Batocchio e Biagio (1999, p. 11) definem o Capital
Humano como: "[...] o conhecimento das pessoas que vão para casa juntamente
com as pessoas, assim que o expediente encerra". Assim, os mesmos autores
consideram como exemplos de Capital Humano: a capacidade, o conhecimento, a
habilidade dos colaboradores de uma organização para realizar as tarefas do
dia-a-dia, os valores, a cultura, a filosofia da empresa, devendo incluir
também a criatividade e a inovação organizacionais.
Já Santana (2004, p. 15) considera que: "[...]. A grande chave do sucesso
de uma empresa é ajudar seus funcionários a conduzirem seus talentos na
busca de um excelente desempenho". Por outro lado, Martins et al. (2007)
entende que, além dos funcionários, considerados aqui como colaboradores,
os fornecedores e clientes também são os ativos mais importantes das
empresas.
Mesmo considerando os funcionários como o principal ativo das empresas,
Stewart (1998) alerta para a importância da diferenciação de quais
colaboradores são realmente ativos para a empresa, ou seja, quem de fato
agrega valor à empresa no sentido de doação, colaboração e interesse, pois
uns não fazem diferença alguma e até atrapalham o progresso dos demais.
Compreende-se assim, que o conhecimento intrinsecamente relacionado ao ser
humano, deve ser reconhecido e contabilizado pelas organizações. Dito de
outro modo, os ativos de conhecimento podem ser valorizados, desenvolvidos
e até medidos, como qualquer outro ativo da corporação. Com certeza, se
esses ativos são os mais importantes de todos os ativos, as empresas
precisam quebrar seus velhos paradigmas e passar a dirigir sua atenção para
uma das maiores mudanças atual: a valorização e mensuração do Capital
Humano.

3.3.2 Capital Estrutural
Kraemer (2007, p. 5) compreende Capital Estrutural como sendo "[...] os
ativos intangíveis relacionados com a estrutura e os processos de
funcionamento interno e externo da organização que apóiam o Capital
Humano". A mesma autora diz ainda, de uma forma mais simplificada, que os
ativos intangíveis "[...] é tudo o que permanece na empresa quando os
empregados vão para casa" (ibid., p. 6).
Este Capital, segundo Brooking (1996, p. 13), refere-se aos ativos de infra-
estrutura, como "[...] as tecnologias, metodologias e processos, sistema de
informação, métodos gerenciais, aceitação de riscos, bancos de dados,
etc.". O Capital Estrutural engloba ainda, segundo o mesmo autor, os ativos
humanos intangíveis relacionados às capacidades dos indivíduos, como
expertise, criatividade, habilidade para solução de problemas, ou até mesmo
o conhecimento de propriedade da empresa, o qual interage com a
produtividade dos funcionários quando terminam as tarefas (BROOKING, 1996).
Desta forma, o objetivo principal do Capital Estrutural consiste na
contenção e retenção do Capital Humano da organização, no intuito de que
este se torne uma propriedade exclusiva da mesma (MEDEIROS; OLIVEIRA,
s.d.). Como bem reforça Stewart (1998), a empresa pode transformar o
conhecimento das pessoas em ativo da entidade, ou seja, ela pode reter todo
o conhecimento do indivíduo para ela, através de melhoria e da experiência
e criatividade compartilhada.
Baseando-se ainda nos pensamentos de Stewart (1998), pode-se dizer que o
Capital Estrutural como produto da inteligência humana, deve ser
gerenciado, para que sejam produzidas as mercadorias e serviços de boa
qualidade. Ou seja, a função da gerência da empresa é a de mensurar o
Capital Estrutural, para que o mesmo aumente o valor para os acionistas.
Compreende-se, então, que o Capital Estrutural inclui tudo o que apóia a
produtividade dos colaboradores dentro de uma empresa, como por exemplo, os
equipamentos de informática, softwares, banco de dados, as patentes, as
marcas registradas, entre outros. Assim, faz-se necessário que o Capital
Estrutural se torne uma fonte de receita visível, o que será extremamente
benéfico tanto para as empresas quanto para os clientes.

3.3.3 Capital do Cliente
Entre os três ativos intelectuais – Capital Humano, Capital Estrutural e
Capital de Clientes – o de Clientes é o mais importante e valioso, pois são
eles que geram renda para a empresa. Com isso, diz-se que no momento em que
o Capital Intelectual transforma-se em dinheiro, surge o Capital do
Cliente. Dessa forma, é extremamente importante para as empresas que exista
uma gerência desse capital (KRAEMER, 2007).
Mesmo com sua inevitável importância, segundo Stewart (1998), o Capital de
Clientes se encontra como sendo um dos ativos intangíveis mais mal
administrados dentro das empresas. Muitas organizações nem sabem quem são
seus clientes e outras que sabem tratam seus clientes com arrogância, não
os reconhecendo como ativos tão importantes.
De qualquer modo, "[...] os investimentos no Capital do Cliente devem ser
realizados conjuntamente entre empresa e clientes, ocasionando benefício
para ambos no que se refere às informações e conhecimentos gerados"
(KRAEMER, 2007, p. 7). Para se investir no Capital do Cliente, a empresa
deve analisar alguns fatores, tais como:
[...] inovar com os clientes; concentrar-se nos clientes
como indivíduos, atendendo às necessidades dos clientes
individuais; dividir os ganhos com os clientes; conhecer o
negócio do cliente para melhor servi-lo e tornar-se
indispensável (BASSAN; HAUSCHILDT, 2005, p. 97).
Fica evidente, desta forma, que o Capital Humano e o Capital Estrutural,
aumentam quando as pessoas sentem-se responsáveis por suas partes na
empresa; e o Capital de Cliente aumenta quando ocorre interação entre
empresa e clientes, ou melhor, quando organização e seus clientes aprendem
mutuamente.

4. A IMPORTÂNCIA DA MENSURAÇÃO e gestão dos ativos intangíveis PARA AS
ORGANIZAÇÕES
4.1 O QUE É MENSURAR UM ATIVO INTANGÍVEL
Mesmo sendo considerado ativo intangível, o conhecimento tanto individual
como coletivo pode ser mensurado. Esta mensuração, nos dias atuais, segundo
Bassan e Hauschildt (2005, p. 98), tem complementado e enriquecido
consideravelmente a Nova Contabilidade, de forma a alcançar "[...] o seu
papel de fornecer informações úteis da melhor maneira possível, já que a
Contabilidade necessita de demonstrações contábeis com informações atuais
de natureza intelectual, humana, ecológica e social".
A partir do reconhecimento da importância da mensuração do ativo intangível
de conhecimento, a questão que se apresenta, para os gerentes das empresas,
segundo Marion (2003), reside em como medir e/ou avaliar esse ativo. Tentar
mensurá-los ou gerenciá-los pelas formas convencionais é um erro fatalmente
crucial. Daí é que se estabelece um paradoxo de gestão.
Alguns modelos têm sido apontados para mensurar o capital intelectual.
Estes modelos podem ser encontrados em Edvinsson e Malone (1998), Sveiby
(2000) e Straiotto (2000). Cabe esclarecer que não é a pretensão abranger
estes modelos e nem identificar suas vantagens e desvantagens, pois,
acredita-se, que o mais importante é que os gestores tenham a consciência
de que devem utilizar as ferramentas do conhecimento na Era do
Conhecimento.
Brooking (1996) entende que os indicadores do Capital Intelectual, quando
descritos nos relatório da empresa, são subsídios valiosos para os
analistas e financiadores, uma vez que ambos podem fazer uma projeção da
futura capacidade dela em gerar caixa. Ou seja, eles podem ter, igualmente,
a posição do momento e a visão de futuro, melhor dizendo, um olhar sobre as
tendências apresentadas pela empresa.
E como é possível medir o conhecimento? Num primeiro momento, segundo
Santana (2004, p. 5), cabe a organização identificar que ativos de
conhecimento possuem seus colaboradores, para que se perceba sua forma de
apresentação e tipo de acessibilidade que possui. A seguir é fundamental,
que se faça uma análise de como o conhecimento pode agregar valor à
organização, como também, se o uso desse ativo criou novas oportunidades, e
quais os atuais obstáculos a este uso.
Num terceiro momento, cabe a empresa especificar que ações são necessárias
para atingir melhor utilização dos ativos de conhecimento e agregação de
valor desejado, isto é, como devem ser planejadas as ações para o uso
desses ativos, a fim de deslanchar as ações e melhor monitorá-las. Por fim,
a empresa deve revisar o uso do conhecimento para assegurar a agregação de
valor, com o intento de monitorar as formas de manutenção dos ativos de
conhecimento (SANTANA, 2004).
Um termo bastante atual e que encontra questionamentos nos dias de hoje, é
a gestão do conhecimento. Haja vista as muitas definições sobre o termo, a
proposta a partir daqui, é a de apresentar alguns dos conceitos mais
utilizados ou aceitos por renomados autores que abordam a questão da gestão
do conhecimento.

4.2 A GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO
4.2.1 Definição e Fundamentação da Gestão do Conhecimento
É interessante dizer que a área da gestão do conhecimento é uma área muito
abrangente e atualmente, tratada de diferentes maneiras, recebendo enfoques
distintos de acordo as áreas de atuação e interesse. Em Filho (1999, p. 1-
2), encontra-se a seguinte definição:
Gestão do Conhecimento é uma certa forma de olhar a
organização, em busca de pontos dos processos de negócio
em que o conhecimento possa ser usado como vantagem
competitiva. Conhecimento útil, oriundo da experiência, da
análise, da pesquisa, do estudo, da inovação, da
criatividade, enfim, conhecimento sobre o mercado, a
concorrência, os clientes, os processos de negócio, a
tecnologia e tudo mais que possa trazer vantagem
competitiva para a organização [...].
Para Manãs (1999), a gestão do conhecimento pode ser entendida como um
conjunto de técnicas e procedimentos, que dirige a aquisição, organização e
distribuição de informações relevantes, para as pessoas certas no tempo
certo, gerando assim a capacitação necessária para a contribuição nos
objetivos pré-estabelecidos por uma organização.
A gestão do conhecimento, como se referem Davenport e Prusak (1998), nada
mais é do que uma coleção de processos de identificação, gerenciamento e
compartilhamento sistemáticos de todos os recursos de informação de uma
organização, tais como: os bancos de dados, documentos, as políticas e os
procedimentos, as especialidades não articuladas e as experiências
residentes na mente de cada colaborador dentro de uma organização.
As definições mencionadas acima, enfatiza-se, favorecem o entendimento de
que administrar o conhecimento, em uma organização, [...] é um processo
complexo, devendo estar apoiado em diversas tecnologias de informação e de
comunicações para a efetiva gestão do conhecimento nessa organização"
(MANÃS, 1999, p. 15).

4.2.2 A Implantação de um Sistema de Gestão do Conhecimento
De uma forma bastante abrangente, Filho (1999) apresenta as etapas que
delineiam a prática da gestão do conhecimento nas organizações, as quais se
constituem basicamente de criação, utilização, retenção e medição do
conhecimento, como serão explicadas a seguir.
A primeira etapa refere-se à criação do conhecimento. Essa criação refere-
se à transformação do conhecimento tácito (experiências individuais) em
conhecimento explícito (conhecimento formal da organização), ou seja, na
transformação do conhecimento individual em conhecimento coletivo ou
organizacional.
Corroborando, Herckert (2004, p. 3), apresenta o conhecimento individual
como sendo: "[...] aquele que se acha representado pela educação,
experiência, habilidades e atitudes das pessoas que trabalham na empresa".
Já o conhecimento coletivo, é definido por ele, como [...] o conjunto
formado por parcelas de intelectualidades individuais e moldado a uma
filosofia empresarial, enriquecida pela tecnologia" (HERCKET, 2004, p. 6).
A segunda etapa diz respeito à utilização do conhecimento. Em virtude das
novas tecnologias, segundo Filho (1999), percebe-se uma maior concorrência
entre as células sociais (as empresas). Com isso, o cliente passou a ser
mais exigente e, consequentemente, ocorre um maior interesse no
aprimoramento cultural do colaborador e na valorização do ativo
intelectual, ou melhor, no fluxo do conhecimento dentro das organizações.
Compreende-se com Filho (ibid, p. 6) que, para que o conhecimento flua
dentro da organização, e para que a gestão do conhecimento funcione
efetivamente é necessário "[...] criar um ambiente favorável para enxergar
uma organização do conhecimento, os executivos devem procurar ver as
organizações como se elas fossem constituídas de estruturas de conhecimento
e não de capital".
Compreende-se com Mãnas (1999), que, as empresas devem investir na criação
do conhecimento, mas também precisam ter uma cultura de pesquisa voltada
para o aproveitamento desse conhecimento. Nesse aspecto, a tecnologia da
informação e das comunicações são elementos diferenciais, podendo ser
entendidos como positivos e salutares.
A terceira etapa citada por Filho (ibid., p.5-6) faz referência à retenção
do conhecimento. Abaixo, o mesmo autor considera basicamente dois sentidos
para essa retenção: um o de assimilar, e, o outro, de preservar o
conhecimento:
No sentido de assimilar, a criação de modelos conceituais,
é particularmente válida como metodologia. Isto porque os
modelos possibilitam um melhor compartilhamento e
armazenamento do conhecimento gerado para posteriores
aplicações. No sentido de preservar, a consideração mais
importante na gestão moderna é a de que o conhecimento
gerado constitui patrimônio, podendo, portanto,
transformar-se em dinheiro. Um exemplo destacado dessa
administração é transformar a carteira de patentes da
organização em possibilidades de alavancagem da sua
própria tecnologia, [...].
Entende, assim, que, quanto mais o conhecimento for gerado, compartilhado,
processado, consequentemente, mais conhecimento estará sendo retido na
organização. E mais bem preparada esta estará frente ao mercado
competitivo, pois reter conhecimentos é uma alternativa factível, nos dias
de hoje.
A quarta e última etapa apresentada por Filho (1999) diz respeito à medição
do conhecimento. Para o mesmo autor, "[...] Medir o conhecimento
organizacional parece, a princípio, viável quando se faz análises do ponto
de vista de conhecimento explícito de uma organização e se faz especulações
sobre o conhecimento tácito" (ibid., p. 6).
Neste horizonte, entende-se que "[...] o conhecimento tácito possibilita a
valorização da organização do conhecimento" (ibid., p. 6). Assim, pode-se
reiterar que a gestão do conhecimento, é particularmente importante para
qualquer organização que valorize o conhecimento como seu Capital
Intelectual.
Essas quatro etapas constituem a linha comum do processo de gestão de
conhecimento da organização. Como elementos intermediários dessas etapas,
pode-se apontar as tecnologias de informação e comunicação, entendidas
aqui, como instrumentos básicos de suporte para a gestão do conhecimento.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta deste estudo foi demonstrar a importância mensuração e gestão
dos ativos de conhecimento dos colaboradores, presentes na empresa,
mediante revisão bibliográfica. Portanto, a partir daqui apresentam-se
algumas considerações relacionadas ao objetivo deste estudo e suas
possíveis contribuições.
Através dessa revisão bibliográfica, compreendeu-se que no mundo
contemporâneo, a importância dos ativos intangíveis de conhecimento supera
a dos ativos contábeis dentro das empresas e em muitos casos esta relação
de valor aumenta cada vez mais. Essa importância se apóia na ideia de que a
mensuração, gerenciamento e distribuição de termos como ativos intangíveis,
capital intelectual e capital humano, colocam a empresa em posição de
vantagem competitiva em relação as suas concorrentes.
Por essa e outras razões, é de suma importância que as organizações sejam
capazes de tirar o máximo proveito dos ativos intangíveis dos seus
colaboradores, uma vez que os conhecimentos mais importantes estão nos seus
colaboradores e não nas máquinas. Na verdade, o valor de uma companhia não
pode ser mais medido principalmente pelo seu patrimônio, e sim pelos ativos
intangíveis, que influenciam e muito a sua avaliação, e servem de base para
as suas atividades diárias.
Devido a sua importância, esses ativos precisam ser conhecidos, medidos e
convertidos rapidamente em valor real para as empresas. Pois eles servirão
para o crescimento das mesmas, à medida que implementa processos
organizacionais de gestão do conhecimento, sendo um deles exatamente a
valoração dos ativos intangíveis de conhecimento dos colaboradores dentro
da empresa.
Assim sendo, o desafio está imposto às empresas: como criar e implantar
processos que gere, armazene, gerencie e dissemine o conhecimento, uma vez
que este se tornou um grande aliado, personagem de grande influência e
mudanças nas organizações.
Espera-se que a leitura desse trabalho possa despertar por parte dos seus
leitores algumas reflexões sobre a questão dos ativos intangíveis de
conhecimento e relevância da mensuração e gerenciamento desses ativos no
contexto empresarial, entendidos aqui como importantes diferenciais na
vantagem competitiva frente ao mercado financeiro atual, foco central deste
estudo.

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