Mapas e paisagens. Apontamentos acerca da abordagem cultural na cartografia

July 24, 2017 | Autor: Eliane Kuvasney | Categoria: Cultural Geography, Cartography, Paysage, Mapas E Sociedade
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Mapas e paisagens: apontamentos acerca da abordagem cultural na cartografia Eliane Kuvasney

O texto resume-se a apontamentos iniciais sobre uma possível opção teóricometodológica de análise de mapas. Nestes apontamentos, tratou-se da aproximação entre a Nova História da Cartografia (NHC) e a Nova Geografia Cultural (NGC) através da observação da proximidade de seus fundamentos filosóficos e de seus precursores, além das interpretações de alguns de seus analistas.

Os mapas Partindo das ideias de John Brian Harley (1932-1991) os mapas “são uma linguagem gráfica que se deve decodificar. São uma construção da realidade, imagens carregadas de intenções e consequências que podem ser estudadas nas sociedades de seu tempo” (HARLEY, 2005, p.62). Esse autor, nos anos oitenta, juntamente com David Woodward (1942-2004), entre outros, foram os responsáveis pela “Nova História da Cartografia” (NHC), quando “começaram a questionar a objetividade da ciência cartográfica ao introduzir elementos culturais e relativistas nas discussões teóricometodológicas da disciplina” (SEEMANN, 2010, p.118) com o objetivo, dentre outros, de “situar os mapas dentro de seus contextos apropriados de fabricação e uso” (EDNEY, 2007, p.49). “As circunstâncias em que as condições históricas são definidas produzem um mapa que é, indiscutivelmente, um documento social e cultural”, afirma Harley (2005, p.72). Nesse sentido, os mapas devem ser lidos como “imagens refletidas que contribuem para o diálogo em um mundo socialmente construído” (idem, p. 80), ou seja, “mapas são produções culturais de discursos sobre o território. Assim sendo, é possível ler a sociedade por meio de seus mapas” (GIRARDI, 2000, p.43). Dessa forma, pode-se afirmar que mapas não são “uma categoria anistórica ou transcultural, apresentando lógicas específicas em diferentes contextos” (BUENO, 2004, p.195). Jean-Marc Besse, numa reflexão acerca da cartografia e do pensamento visual, afirma que

“o mapa é objeto e ato de poder ao mesmo tempo. Por um lado, o mapa leva a marca de uma intenção, de um interesse de origem econômica, política, ideológica, até mesmo científica, que vai orientar a seleção das informações, seguida da sua apresentação cartográfica. Mas, por outro lado, o mapa tem o poder, como muitas outras imagens, de orientar as decisões da sociedade e da cultura, simplesmente porque formata a visão do mundo sobre a qual se baseiam essas decisões” (BESSE, 2006, p.5). Nesta concepção, fundada na Nova História da Cartografia (NHC), o mapa é visto como um objeto de saber-poder (baseado em Michel Foulcault). Mas, o que se observa ao longo das ultimas décadas é que “esta concepção tem-se tornado hoje, felizmente, um pouco mais dialética: os historiadores perceberam que a cartografia podia ser igualmente um instrumento

de resistência,

ou melhor,

de

reapropriação e de contestação, pelos dominados, dos valores e das visões de mundo que os dominantes queriam impor-lhes” (BESSE, 2006, p.5). Por fim, quando incluímos o leitor do mapa nessa ampla definição, ele (o mapa) se torna “não somente um instrumento importante de apropriação intelectual do espaço, mas também uma parte integrante desse processo: é um sistema ordenador, é um viés, pelo qual a sociedade se liga ao mundo” (CASTI, 2003, p.135). As definições acima nos distanciam da ideia dos mapas como imagens/espelho da realidade, como uma janela para o mundo. Ao tratarmos dos mapas antigos, nosso objeto de pesquisa, “longe de servirem como uma imagem simples da natureza que pode ser verdadeira ou falsa, os mapas redescrevem o mundo, igual a qualquer outro documento, em termos de relações e práticas de poder, preferências e prioridades culturais. O que lemos em um mapa está tão relacionado com um mundo social invisível e com a ideologia como com os fenômenos vistos e medidos na paisagem”. (HARLEY, 2005, p.61)

Sobre essa questão, tão cara aos cartógrafos, Besse nos apresenta a discussão do filósofo Nelson Goodman (1906-1998): “De acordo com Goodman, o mapa é “esquemático, seletivo, convencional, condensado e uniforme” (The revision of philosophy, p.15). Ater-me-ei aos dois primeiros itens: eles indicam, de acordo com Goodman, que um mapa que não é um sumário da realidade, não existe. A seleção das informações e a simplificação das representações são intrínsecas à realização do mapa. Mas isso quer dizer que a noção de exatidão é perdida irremediavelmente? Não, responde Goodman. O problema não é esse. Não se trata de saber se o mapa é verdadeiro ou falso, mas se é utilizável e exato em função da maneira como queremos usá-lo, quer dizer, se é capaz de fazer o serviço na perspectiva do objetivo fixado” (BESSE, 2006, p.3). Qualquer mapa propõe uma versão ou uma interpretação da realidade à qual se refere, em função das intenções relativas a esta realidade. Em outros termos, não há uma versão “melhor”, mas versões que atendam a um contexto específico. Por isso, os mapas são documentos que devem ser lidos e analisados em seu contexto. Aqui, retomamos as ideias de outro filósofo, dessa vez Nietzche (1883-1888), e uma de suas célebres afirmações de rebeldia para finalizar essa questão: “não, fatos é precisamente o que não há, apenas há interpretações” (apud HENRIQUES, 1996, p.44).

As paisagens Partimos da definição de Denis Cosgrove (1948–2008) e Stephen Daniels, a respeito das paisagens culturais. Eles, também nos anos oitenta, foram os precursores, dentre outros pesquisadores, da Nova Geografia Cultural (NGC). Estes autores trabalham com as paisagens enquanto objetos sociais e culturais, da mesma forma como os mapas são vistos pela NHC: “uma paisagem é uma imagem cultural, uma forma pictórica de representar, estruturar ou simbolizar arredores. Isso não quer dizer que as paisagens são imateriais. Elas podem ser representadas em uma variedade de materiais e em muitas superfícies - pintura sobre

tela, por escrito no papel, em terra, pedra, água e vegetação sobre o solo” (COSGROVE & DANIELS, 1987, p.1). “O conceito de paisagem como configuração de símbolos e signos leva a metodologias mais interpretativas do que morfológicas” (COSGROVE & JACKSON, 2007, p.137). Nesse sentido, esses autores desenvolvem a metáfora da paisagem como texto a ser lido e interpretado como documento social. Tal metodologia se baseia na antropologia de Clifford Geertz (1926-2006) que adota a iconografia como melhor método de interpretação de imagens na etnografia. A ele se deve a introdução da perspectiva hermenêutica nas Ciências Humanas (HENRIQUES, 1996, p.51). Tal método – da iconologia - é originalmente desenvolvido por Erwin Panofski (1892-1968) para ser aplicado às artes visuais. Os estudos de mapas e paisagens – confluência de métodos As bases da Nova Geografia Cultural em muito se assemelham àquelas da Nova História da Cartografia. Ambas florescem nos anos oitenta passando por um “abandono de um projeto científico que se coloque num plano ‘representacional’, ou seja, que tenha como fim a apresentação da realidade, embora mais não consiga do que uma representação desta, mas que, em vez disso, opte por se definir como interpretativo, problematizando as próprias condições contextuais de partida do sujeito da investigação” (HENRIQUES, 1996, p.51). Como marco dessas mudanças na NHC temos o grande projeto de História da Cartografia, iniciado por J.B. Harley e D. Woodward nos anos oitenta (1987) e publicado pela Universidade de Chicago, dando ênfase a cultura cartográfica, “que engloba a compreensão das práticas de cartografia que uma sociedade possui, as formas de representação usadas para experimentar e descobrir o mundo e os meios através dos quais a ordem social está permeando essas representações para se refundir e restaurar” (EDNEY, 1997, p.36 apud SEEMANN, 2006, p.4).

Também é importante ressaltar que Harley contribuiu para a chamada “virada cultural” da geografia (a NGC) nos anos oitenta, e que suas contribuições, a partir de então, representariam uma ruptura com seus trabalhos anteriores (conforme EDNEY, 2005, p.2). Como dito anteriormente, dentre os precursores da NGC destaca-se Denis Cosgrove. Ele também é responsável pela introdução da perspectiva cartográfica na geografia. Não podemos deixar de lembrar que publicou, juntamente com S. Daniels, o famoso texto de J.B Harley “Maps, Knowledge and Power” na coletânea The Iconography of Landscape, de 1987. Em relação a esse autor e suas relações com a cartografia, Seemann nos informa que “Denis Cosgrove pode ser considerado uma das figuras-chave a introduzir essas perspectivas cartográficas na geografia cultural. Nas suas publicações dos anos 80, Cosgrove focalizava seus estudos no conceito de paisagem como uma maneira de ver (COSGROVE, 1984) e como estrutura iconográfica (COSGROVE & DANIELS, 1987) que o levaram a direcionar a sua atenção para as dimensões múltiplas das representações gráficas (COSGROVE, 1999, 2001). Na coletânea intitulada Mappings, Cosgrove convidou doze autores a escrever “ensaios acerca de representações gráficas reais de padrões espaciais que podem cair numa categoria mais ampla de mapas, [e os quais podem incluir, entre muitas outras formas,] um diagrama na forma de um círculo, um torso tatuado ou o lugar imaginado de uma Jerusalém celestial” (COSGROVE, 1999, p.17)” (SEEMANN, 2006, p.5). Essa “perspectiva cartográfica” pode ser entendida tendo em mente que as bases metodológicas da Nova Geografia Cultural – no que se refere ao estudo das paisagens – são as mesmas que as da Nova História da Cartografia. Cosgrove e Jackson afirmam em sua obra, como dito anteriormente, que o conceito de paisagem é uma configuração de símbolos e signos que requerem uma metodologia interpretativa. Nesse sentido, a adoção da metodologia de Panofski e de sua vertente aplicada à antropologia, de Geertz mostrou-se a mais adequada a essa corrente do pensamento geográfico:

“Se a medieval ‘idade da fé’ teceu o significado de seu mundo de imagens e sinais, não foi, neste aspecto, fundamentalmente diferente de qualquer cultura. Assim, quando Panofski comparou iconografia à etnografia apontou para uma verdade ampla para todo o estudo cultural, com destaque na antropologia moderna. A Conceituação de Clifford Geertz de cultura como um ‘texto’ e seu método dual de ‘descrição densa’ (‘anotar o significado que as ações sociais particulares têm para os atores cujas ações elas são’) e ‘diagnose’ (‘afirmar, tão explicitamente quanto for possível, o que o conhecimento assim atingido demonstra sobre a sociedade na qual é encontrado e, além disso, sobre a vida social como tal’) têm muito em comum com as noções de Panofski de iconografia e iconologia” (COSGROVE & DANIELS, 1987, p.5, grifos meus). Iconografia ou iconologia? “Panofsky distinguiu entre iconografia, ‘no sentido mais estrito da palavra’ e iconografia ‘em um sentido mais profundo’. Inicialmente ele chamou essas duas abordagens de ‘análise iconográfica’ e ‘interpretação iconográfica [ou] síntese’, mas acabou revivendo o termo ‘iconologia’[de Cesare Ripa] para descrever ‘iconografia tornada interpretativa’” (idem, p. 2). O “mapa como texto” de Harley, tem suas bases em Derrida (Gramatologia) (apesar de contestadas), e em Panofski. Em ambos, se busca a textualidade, a metáfora e a dimensão retórica do mapa. A Iconologia de Erwin Panofski é assim apresentada por Harley: Arte Cartografia (usando os termos de (Paralelismo cartográfico sugerido) Panofski) 1. Tema primário 1. Signos convencionais individuais natural: motivos artísticos. 2. Tema secundário 2. Identidade topográfica nos mapas: o convencional. lugar específico 3. Significado ou 3. Significado simbólico nos mapas: conteúdo intrínseco ideologias do espaço

Quadro 1: Paralelismos iconográficos na arte e na cartografia (J.B.Harley, 2005,p.75)

“A essência da analise iconográfica é que pretende descobrir os diferentes significados de uma imagem. Panofski sugere que em um quadro encontramos: 1) um tema primário natural, que consiste em motivos artísticos individuais; 2) um tema secundário convencional, definido em termos da identidade de todo o quadro como representação de uma alegoria ou um acontecimento específico, e 3) um estrato simbólico de significado que frequentemente tem conotações ideológicas. Isto oferece uma fórmula clara para a interpretação dos primeiros mapas; sem dúvida, se pode dizer que os níveis de significado de um mapa são similares aos de um quadro” (HARLEY, 2005, p.75). Através da iconologia de Panofski, Harley conclui que os mapas atuam como uma metáfora visual dos valores mais importantes dos lugares que representam. Ele pondera que, nos mapas antigos (ou primeiros mapas, como denomina), o que lemos é um discurso metafórico das utopias que se vislumbram, da ordem e da prosperidade da paisagem. Gilles Palsky (2003), ao tratar do “espirito dos mapas” dedica o capítulo das abordagens sociológicas na cartografia à obra de Harley, afirmando que a abordagem cultural na cartografia “foi influenciada, sem dúvida, por uma geografia humanista orientada para o sujeito, sua experiência do mundo sensível e os valores que atribui aos lugares. (...) Da mesma maneira que os geógrafos humanistas correlacionam um significado espacial (a cidade, a paisagem) a um significado cultural, o mapa pode ser lido de maneira não-referencial, como um conjunto de indícios, pistas sobre as sociedades” (PALSKY, 2003, p.171) O mesmo autor, ao tratar dos desdobramentos dessa abordagem cultural na cartografia contemporânea, observa que “O projeto cultural, tal qual expresso na cartografia refere-se, em primeiro lugar, a uma busca do significado global da representação: os objetivos e propósitos da cartografia em uma determinada sociedade, os valores simbólicos que os indivíduos ou grupos

conferem aos mapas e práticas cartográficas. Refere-se também ao estudo das categorias desta cultura através do mapa. O mapa é um objeto cultural pela própria forma como ele classifica, como hierarquiza, recorta e organiza o espaço, pela forma como ele contribui ‘para a invenção de’, ‘a construção de’ tal ou qual objeto geográfico. Trata-se de decifrar as figuras do mapa como os sinais de traços culturais, de valores e de crenças” (PALSKY, idem, ibidem). As discussões aqui apresentadas visam pôr em evidencia a proximidade da cartografia com a geografia cultural. Seria possível pensar numa cartografia cultural, como sugere Seemann (2010) ou numa “abordagem cultural em cartografia”, como sugere mais cautelosamente Palsky (2003, p.170)? Seria possível falar em geohistória cartográfica a partir dessa abordagem? Esses são temas que necessitam ser analisados e discutidos para a continuidade do trabalho.

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