Maria Cristina Volpi, \"Penas para que te quero! O circuito da arte plumária não indígena brasileira nos oitocentos\", In: Coleções de Arte em Portugal e Brasil nos séculos XIX e XX: perfis e trânsitos, (Lisboa, Portugal, Casal de Cambra: Caleidoscópio Edição e Artes Gráficas S. A., 2014).

September 3, 2017 | Autor: M. Volpi | Categoria: Art History, Fashion History, Feather's Fan
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Penas para que te quero! O circuito da arte plumária não indigena brasileira nos oitocentos. Maria Cristina Volpi Doutora em Historia Social/UFF / Professora Associada da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro /Rio de Janeiro, Brasil [email protected] RESUMO: Esta comunicação reflete sobre o circuito de consumo, trocas, doações e viagens de um tipo de arte plumária não indígena produzida no Rio de Janeiro no século XIX. A partir das ventarolas de penas em coleções no Brasil, no Reino Unido e na Alemanha, o estudo visa identificar os significados simbólicos a eles atribuídos, as motivações que levaram particulares a juntarem esta arte plumária à suas coleções e suas formas de incorporação aos patrimônios nacionais. PALAVRAS-CHAVE: colecionismo, arte plumária brasileira, século XIX, exotismo.

COLECIONADORAS E COLEÇÕES O que tem em comum uma duquesa alemã que foi imperatriz consorte do Brasil por apenas dezoito meses, uma princesa bávara que gostava de viajar e que também foi uma proeminente cientista, uma princesa dinamarquesa que se tornou rainha consorte do Reino Unido e uma dona de casa e esposa dedicada que viveu entre as cidades de Niteroi e Rio de Janeiro no Brasil e Lisboa em Portugal? O período em que elas viveram - o „longo‟ século XIX (Hobsbawn),1 foi uma época situada entre a expansão inovadora da manufatura e venda em larga escala de bens de consumo europeus e uma crescente „democratisação‟ da moda através dos meios de comunicação de massa (Breward).2 Quatro mulheres oitocentistas, cujos destinos foram moldados por suas subjetividades e por suas posições sociais distintas e distintivas, entre elites efetivas e potenciais. Semelhantes e desiguais tem em comum o fato de possuírem dentre seus objetos de adorno, um tipo de artefato feito com penas fabricado no Brasil, e que constituem um conjunto extraordinário. Esta comunicação reflete sobre o circuito de consumo, trocas, doações e viagens de um tipo de arte plumária não indígena produzida no Rio de Janeiro no século XIX, com exemplares presentes no Museu Estatal de Etnologia de Munique, na Alemanha, na Coleção Real britânica e na Coleção Jeronimo Ferreira das Neves do Museu D. João VI da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Brasil. Exemplos desses artefatos chegaram a coleções publicas através de quatro senhoras aqui brevemente apresentadas.

Amélia3 Aos 17 anos, a bela e virtuosa Amélia de Leuchtenberg (1812-1873) tornou-se a segunda imperatriz consorte do Brasil casando-se com D. Pedro I (1798-1834). Chegando ao Rio de Janeiro no dia 16 de outubro de 1829, permaneceu em terras brasileiras até 1831, quando D. Pedro I abdicou em favor de seu filho, retornando à Europa como duque de Bragança. Viúva aos 22 anos, vivendo entre Lisboa e a Baviera, Amélia sobreviveria ao marido por quase 40 anos, falecendo em 1873 aos 60 anos. Sua irmã Josefina, rainha da Suécia, foi sua principal 1

herdeira, sendo que uma parte de seus bens foi legado ao Museu Estatal de Etnografia de Munique.4

Teresa5 Teresa da Baviera (1850-1925), unica filha mulher, entre quatro filhos, do principe Luitpold de Wittelsbach e de Augusta da Toscana, tinha grande sede de saber, disciplina e senso de dever (Schlinder).6 Herdeira da tradição das Luzes direcionou sua inteligencia e vasto conhecimento auto-didata para o estudo da natureza e da etnografia. Desde muito cedo realizou viagens motivadas para o estudo de mundos novos ou distantes. Em 1888 fez uma viagem ao Brasil que durou três meses. Durante suas viagens de estudos reuniu uma coleção formada por 2.438 objetos do mundo inteiro, que apos a sua morte passou a fazer parte do Museu Estatal de Etnologia de Munique. Os artefatos de penas que a imperatriz Amélia e a princesa Teresa reuniram foram adquiridos nas lojas do Rio de Janeiro. Até hoje pouco estudados, nem mesmo foram mencionados nos breves relatos de viajantes estrangeiros durante o século XIX. Galões multicoloridos formados por franjas de penas de pássaros brasileiros fazem parte da Coleção Leuchtenberg.

Fig. 1 – Galão feito com penas, trabalho brasileiro. Coleção Leuchtenberg, Staatliches Museum für Völkerkunde München . Fonte: SCHINDLER, Helmut - Plumas como enfeites da moda. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, vol.8, (suplemento), Casa de Oswaldo Cruz, 2001, p. 1100.

Teresa de Wittelsbach levou consigo ao retornar para Munique de sua viagem ao Brasil duas ventarolas (MfV, n° 26, t. 1800/01). Uma delas, com punho de casco de tartaruga é feita de penas do colhereiro-rosa (ajajá) e estames formados pelas asas de escaravelhos (Hoplia) nativos da Guatemala, o que comprova um circuito de importações de materiais entre regiões mais distantes da América. A segunda ventarola, com punho de osso e feita com penas de papagaios cinzentos do Amazonas, tem o miolo da rosácea ornamentado com penas de tangará (Chiroxiphia caudate).

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Fig. 2 – Ventarola, 1888, trabalho brasileiro; penas de papagaio do Amazonas, pele de tangará, osso. Coleção Teresa da Baviera, Staatliches Museum für Völkerkunde München. MfV, n° 26, t. 1801. Fonte: SCHINDLER, Helmut - Plumas como enfeites da moda. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, vol.8, (suplemento), Casa de Oswaldo Cruz, 2001, p. 1101.

Alexandra7 Alexandra da Dinamarca (1844-1925) foi princesa de Gales de 1863 a 1901 e rainha consorte do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda e imperatriz consorte da Índia desta data até 1910, por seu casamento com o filho da Rainha Victoria, Eduardo VII (1841-1910). Desde a morte de seu marido até sua própria morte, foi rainha-mãe do Reino Unido. Durante toda sua vida vestiu-se com graça e elegância, princesa e soberana de uma nação que ocupava o centro dominante do mundo imperialista e industrial de sua época, sendo responsável por diversas inovações na moda feminina (Callan).8 Como era popular, o seu estilo e porte foram imitados por quase todas as mulheres britânicas da época. Alexandra acumulou cerca de quatrocentos leques que fazem parte da Coleção Real britânica,9 uma das maiores e mais completas coleções de arte do mundo. Dentre as centenas de exemplares reunidos, sendo o mais antigo do século XVII, incluem-se leques fabricados na China, Japão, Dinamarca, Áustria, França, Inglaterra, entre outros lugares, obras de renomados pintores, joalheiros e fabricantes de leques como Duvelleroy, Howell James & Co. ou Fabergé, apenas para citar alguns dos mais importantes artesãos do século XIX. Trata-se de uma das mais importantes e bem documentadas coleções de leques conhecidas, catalogada pela primeira vez no final do século XIX pela a rainha Maria de Teck (18671953) (Roberts).10 Deste conjunto suntuoso, um exemplar incongruente se destaca cujo caráter exótico evoca a natureza do Novo Mundo. Trata-se da ventarola de plumas brancas que tem um beija flor vermelho (Clytolaema rubricauda) no centro e punho de osso trabalhado. A princesa de Gales foi fotografada com esta ventarola em 1871, fantasiada para o baile Waverly, que teve lugar em Willis Rooms de King Street, St James em Londres à 06 de junho de 1871. Nesta ocasião, o imperador Pedro II do Brasil que estava hospedado no Claridges Hotel, recebeu a visita da princesa11 o que permite supor que houve troca de presentes.

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Fig. 3 – Ventarola, c. 1871, trabalho brasileiro, 33 cm; plumas (de peru ou galinha), beija-flor (Clytolaema rubricauda); Royal Collection, Reino Unido. RCIN 25415 (QM LM 16) Fonte: ROBERTS, Jane, SUTCHLIFFE, Prudence, MAYOR, Susan. Images déployées; pour fans d´évantails, la collection Royale Anglaise. Editions Monelle Hayot, Château de Saint-Rémy-en-l´Eau, 2005. P.131.

Eugênia12 Eugênia Barbosa de Carvalho Neves (1860-1946) natural de Niterói, no Rio de Janeiro, foi casada com o engenheiro e colecionador carioca Jeronimo Ferreira das Neves (1854-1918), a quem acompanhou em viagem à Europa em mais de uma ocasião (Pereira).13Viúva sem herdeiros legou à antiga Escola Nacional de Belas Artes em 1947 a maior parte da coleção reunida por seu marido e que agora faz parte do acervo do Museu Dom João VI da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Eclética, a coleção reúne pinturas, esculturas, gravuras, tecidos, móveis, imaginária, porcelana, prataria, numismática e livros raros, em sua maioria de origem europeia.14 Ademais, sessenta e oito itens indexados como objetos pessoais (Ferrez)15 foram um conjunto heterogêneo: um conjunto de objetos cerimoniais que compreendem indumentária eclesiástica e linhos de altar, joias, leques, relógios, adornos de cabelo e de vestuário, partes de relógios, fragmentos de rendas e tecidos, trabalhos de costura e bordados inacabados. Um exame mais detalhado da Coleção evidencia as contradições inerentes a este conjunto, doado sob a condição de ser mantida reunida e nomeada Jeronimo Ferreira das Neves. Como não se sabe quase nada sobre o casal Ferreira das Neves, os objetos são os melhores testemunhos do seu estilo de vida. Dentre os objetos de conformo e adorno femininos, está a ventarola de penas e sua caixa: de um lado, um arranjo de plumas brancas (provavelmente de garça) e marabus, no centro um beija-flor vermelho furta-cor e oito besouros vermelhos furta-cores (Eurhinus), e de outro, um arranjo formado por uma rosa de penas sobre marabus. O cabo de madrepérola lavrado é finamente decorado, exemplo de artesanato de luxo carioca feito para exportação. A caixa perfeitamente preservada tem a assinatura do fabricante, em cartão forrado de papel verde com etiqueta onde se lê „Ao Beija-Flor‟ Rua d‟ Ouvidor, 89, Rio de Janeiro, estabelecimento comercial fundado em 1850 por Mme. Clemence, que passou às mãos de Domingos Ferreira Braga a partir de 1887. A direita está impresso “Flores finas das melhores casas de Paris” e à esquerda “Feathers, flowers, birds, insectes and Bresilian‟s curiosites.” No centro escrito a caneta num pedaço de papel colado: “D. J. Ferrª Braga” e assinado pelo proprietário, Domingos José Ferreira Braga (Volpi).16 4

Ventarola, c. 1887, trabalho brasileiro, manufatura “Ao Beija Flor”; penas, beija-flor (Chrysolampis mosquitus – macho), besouros (Eurhinus s.p.), madreperola; 32,5 x 22,5 cm; Museu D. João VI, Escola de Belas Artes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil Fig. 4 –

Fotografia de Marcos Cadena.

PENAS, PÁSSAROS E INSETOS A arte plumária não indígena brasileira foi descrita brevemente por viajantes europeus ao longo do século XIX. Desde 1812 já era conhecida a produção de flores em ramos e guirlandas feitas de penas de aves tropicais como o tucano, arara, periquito e garça, tanto na Bahia quanto no Rio de Janeiro (Silva).17 O quiruá ou crejuá (Ampelis cotinga, Linno), cuja plumagem azul brilhante era muito cobiçada, era usado para a confecção de flores e exportado da Bahia para a corte do Rio de Janeiro e para o exterior. O Rio de Janeiro concentrava a manufatura e comércio de flores de penas na Rua do Ouvidor. Como observou McGillivray que aqui esteve na década de 1850: “Nesta rua estão também as grandes lojas do Rio nas quais são preparadas e vendidas, no mais das vezes por jovens francesas, aquelas encantadoras flores de penas do Brasil.”18 Penas foram usadas na decoração do corpo e do vestuário como simbolo de posição, desde tempos remotos. Na Europa, decoravam chapéus e toucados, as raras penas de pássaros importados sendo reservados para a nobreza. Nos séculos XIV e XV chapeus masculinos eram efeitados com penas de galo, faisão ou pavão. As penas de avestruz eram ornamentos comuns para chapéus masculinos e femininos, no século XVI, época em que ainda existiam os leques rigidos de penas (plumail), que viriam a ser substituidos pelos leques retráteis chino-portugueses (Boucher).19 Ao longo do século XVIII penas e plumas ornamentavam os penteados e durante o rococó adornavam os enormes chapéus femininos. Junto de fitas e flores artificiais, as penas foram um material apreciado durante todo o século XIX e inicio do XX, para acabamento de chapéus, toucados e leques (Yardhood).20 Durante as ultimas três décadas do século XIX a moda do uso de animais mortos ou partes deles como ornamento tanto no traje, no cabelo, no chapéu quanto na decoração de interiores teve um grande desenvolvimento. Em muitos lugares, como a Nova Guiné, América Central ou América do Sul, houve uma intensificação da caça às aves para prover ao mercado europeu. Por essa época, a produção artesanal brasileira já era bem conhecida e embora houvesse vozes protestando contra a matança indiscriminada desses animais, a 5

moda se intensificou com a demanda crescente da burguesia europeia. Um vendedor londrino21 declarou nessa época ter recebido numa única carga 32.000 beija-flores, além de outros pássaros e partes deles. A criação de padrões de design originais compostos por arranjos de penas, pássaros e insetos empalhados, aplicados em galões, capas, leques e ventarolas eram largamente produzidos no Brasil e em especial no Rio de Janeiro entre 1850 e 1890, cujo centro da cidade abrigava mais de meia centena de manufaturas.22 A voga oitocentista dos ornamentos feitos de animais empalhados e de penas, que invade os grandes centros produtores de moda, como Paris e Londres, época em que o imperialismo burgues contribuiu para a multiplicação das trocas intercontinentais, correspondia a um desejo de novidade motivado pela a crescente uniformização em relação à alimentação, à habitação, ao vestuário. O mesmo tipo de luxo, os mesmos tipos de regras de civilidade que se espalhavam pela Europa, América e pelo resto do mundo, eram decorrentes dos progressos da indústria. Na esteira das explorações cientificas ultramarina, apliaram-se os sentidos do exotismo, antes ornamental e ludico como no rococó, agora cientifico e filosofico. “Na vida cotidiana, nas artes, o exotismo faz doravante parte das comodidades e dos ornamentos de que este século requintado já não pode prescindir. Às controvérsias sobre o luxo, sobre a legitimidade das colonizações, sobre o regresso à natureza não entravaram a aspiração geral ao gozo obtido graças ao mercantilismo feroz de que dependem os Estados e as sociedades do Ocidente, tanto mais que o gosto pelos produtos exóticos não fica limitado à aristocracia. O impulso considerável do comércio do ultramar, a multiplicação das empresas e das companhias tornaram muitos destes produtos longínguos acessíveis a categorias sociais alargadas” (Bourde).23 Neste contexto, os exemplos de ornamentos femininos acima descritos, constituem uma tipologia de objetos excepcionais, acumulados e preservados por suas cores, materias e formas originais nos acervos em questão. Alguns desses objetos sobreviveram ao acaso por razões estéticas, sentimentais ou históricas. Mas a questão ainda é ambígua: se os leques acompanham as variações da moda e deixam de ser usados, passariam a se constituir uma coleção?

O CIRCUITO DA ARTE PLUMARIA DO PARTICULAR AO PUBLICO Parte da cultura material remanescente do século XIX é formada por traços materiais da existência privada, objetos de sentimento que nos informam não apenas sobre as formas de representação e hierarquias, mas, sobretudo sobre os gostos de seus usuários (Charpy e Pomian).24 No relato de sua viagem ao Brasil, a princesa Teresa que era recatada e privilegiava uma roupa sem enfeites, deixou claro que os artefatos de penas encontrados na Rua do Ouvidor no Rio de Janeiro, inspiravam-lhe algo mais do que o interesse cientifico que a levou acumular artefatos em suas viagens: “Flores furta-cores de penas de colibri, objetos de enfeite com asas de besouro de brilho metálico são compostos de modo tentador na vitrine.” 25 A mesma tentação pode ter motivado a jovem imperatriz. A aquisição dos ornamentos de penas facilmente encontrados nas requintadas lojas no centro da cidade era acessível à brasileiras como D. Eugênia, que fazia parte deste importante mercado consumidor, cujo 6

poder aquisitivo permitia participar do circuito do consumo ostentatório. 26 A distinção que estes objetos de luxo proporcionavam introduzia o exótico como estética distintiva (Gombrich),27 era parte ocasional da experiência cotidiana e tinha como corolário o colonialismo, manifesto nos sentimentos contraditórios da admiração pela riqueza natural das terras colonizadas e do desprezo pelos povos inferiores que as habitavam (Hobsbawm). Ao presentear a nobreza britânica com artefatos que evocavam a natureza tropical e a arte plumária nativa – muito valorizados pelos sábios viajantes, a escolha do Imperador Pedro II foi decisiva para introduzir a ventarola brasileira no circuito das grandes coleções europeias e torna-la mais conhecida. 1

HOBSBAWN, Eric J. – A era dos impérios 1875-1914. 6ª ed. Editora Paz e Terra, São Paulo, 2001. Segundo este autor, o século XIX se situaria entre 1776 e 1914, p. 23. 2 BREWARD, Christopher - The culture of fashion; a new history of fashionable dress. 1ª reimpr. Manchester University Press, Manchester and New York,1996. P. 177. 3 Amélia Augusta Eugênia Napoleona de Beauharnais (Amélie Auguste Eugénie Napoléone de Beauharnais), terceira filha da princesa Amélia Augusta e de Eugenio de Beauharnais, enteado de Napoleão, nasceu em Milão em 13 de julho de 1812 - quando seu pai era vice-rei da Itália - e faleceu em Lisboa em 26 de janeiro de 1873. 4 Após a abdicação de Napoleão a familia Beauharnais se estabelece na Baviera e em 1817, o rei bávaro Maximiliano I dá a seu genro Eugênio o condado Leuchtenberg e o principado Eichstätt como feudo, próximo de Munique. Em 1855 os bens dos Leuchtenberg foram incorporados à Corte da Baviera. 5 Teresa Carlota Mariana Augusta (Therese Charlotte Marianne Auguste) nasceu em 1850 em Munique e faleceu em 1925 em Lindau. Neta do rei Luís I° da Baviera, única filha entre os quatro filhos de Luitpold, principe imperial da Baviera, e de sua esposa a princesa Augusta da Toscana. 6

SCHINDLER, Helmut - Plumas como enfeites da moda. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, vol.8, (suplemento), Casa de Oswaldo Cruz, 2001, Pp. 1089-1108. . ISSN 0104-5970. http://dx.doi.org/10.1590/S010459702001000500016. (2012.10.08; 11:38h) 7 Alexandra Carolina Maria Carlota Luísa Julia (Alexandra Caroline Marie Charlotte Louise Julia) - da casa Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg -, nasceu em 01 de dezembro de 1844 em Copenhagen na Dinamarca e faleceu em 20 de novembro de 1925 em Sandringham, Norfolk, na Inglaterra. 8 Algumas das modas atribuidas à Princesa Alexandra são a peliça – um casaco, capa ou manto com forro de pele - comprida com abotoamento cruzado, as gargantilhas (dog collar) de perolas ou diamantes e os longos colares de perolas formando voltas de tamanhos variados, segundo CALLAN, Georgina O‟Hara - Enciclopédia da moda; de 1840 à década de 90. Companhia das Letras, São Paulo, 2007. P.16. 9

http://www.royalcollection.org.uk/collection (2013.12.05; 9h)

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Alguns dos leques da Coleção Real britânica são exemplares oriundos de outros conjuntos, por exemplo, a Coleção de Gotha, uma das primeiras a ser constituída em torno de 1804 pelo avô materno do príncipe Alberto (1819-1861) consorte da rainha Vitoria, o duque Augusto de Saxe-GothaAltenburg (1772-1822). Conservada no gabinete chinês do castelo de Friedenstein na Turingia, Alemanha, possui atualmente trezentos leques. ROBERTS, Jane, SUTCHLIFFE, Prudence, MAYOR, Susan - Images déployées; pour fans d´évantails, la collection Royale Anglaise. Editions Monelle Hayot, Château de Saint-Rémy-en-l´Eau, France, 2005. P. 21 e nota 84, p. 32.

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M160 – Doc 7424 - Museu Imperial de Petrópolis (MI/RJ), Rio de Janeiro, Arquivo da Casa Imperial, série viagens do Imperador, diário da Condessa de Barral. Conforme anotado em seu diário pela Condessa de Barral que fazia parte da comitiva imperial. 12 Testamento de Eugênia Eugênia Barbosa de Carvalho Neves, acervo do Museu D. João VI. Eugênia Barbosa de Carvalho Neves nasceu a 03 de junho de 1860, em São Domingos, Niterói no Estado do Rio de Janeiro e faleceu a 30 de novembro de 1946 no Rio de Janeiro. Eugenia era irmã da Venerável e Arquiepiscopal Ordem Terceira de N. Senhora do Monte do Carmo no Rio de Janeiro, dedicando-se a obras de caridade e trabalhos de agulha. 13 PEREIRA, Sonia Gomes - Fluxo de objetos no tempo e no espaço: a trajetória da coleção Ferreira das Neves. Anais do XXX Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte. Comitê Brasileiro de História da Arte, 2010. 14 Disponivel em http://www.museu.eba.ufrj.br/. 15 FERREZ, Helena Dodd. BIANCHINI, Maria Helena S. - Thesaurus para acervos museológicos. Ministério da Cultura, Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Fundação Nacional Pró-Memória, Coordenadoria Geral de Acervos Museológicos, Rio de Janeiro, 1987. 2 vol. 16

VOLPI, Maria Cristina - Imagens desdobradas: os leques da Coleção Ferreira das Neves. In: MALTA, Marize. PEREIRA, Sonia Gomes, CAVALCANTI, Ana. (org.) Ver para crer: visão, técnica e interpretação na Academia., Escola de Belas Artes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013. Pp. 195-206. 17 SILVA, Maria Beatriz Nizza da – Vida privada e quotidiano no Brasil na época de D. Maria I e D. João VI. Editorial Estampa, Lisboa, 1993, p. 234 e SCHINDLER, op. Cit. p. 1093. 18 SCHINDLER, H. Idem. 19 BOUCHER, François - Histoire du costume; en Occident de l´Antiguité a nos jours. Flammarion, Paris, 1983 Pp. 231, 235, 239 e 259. 20 YARWOOD, Doreen – The Encyclopeadia of Word Costume. 1ª reimpr. B.T.Batsford, London, 1988. Pp. 177-179. 21 Segundo PERSSON, Hellen In: ROBERTS, Jane. SUTCLIFFE, Prudence. MAYOR, Susan. Op. Cit.. P. 194 e JOHNSTON, Lucy - Nineteenth-century Fashion in detail. London: V&A Publishing, 2009. P.108-109. 22

Almanack Laemmert

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BOURDE, André – Capitulo VI: História do Exotismo. In: POIRIER, Jean (dir.) – História dos Costumes: O homem e o outro. 8º vol. Editorial Estampa, Lisboa, 2003. P. 235-246. 24 CHARPY, Manuel - L´ordre des choses. Sur quelques traits de la culture matérielle bourgeoise parisienne, 1830-1914. Revue d´histoire du XIXe siècle - La bourgeoisie: mythes, identités et pratiques, n°34, Société d‟histoire de la révolution de 1848 et des révolutions du XIXe siècle, 2007. P. 109-110. POMIAN, Krzysztof - Collection: une typologie historique. Romantisme: revue du dixneuvième siècle, n° 112, Armand Colin, 2001, Pp. 9-22. Doi: 10.3406/roman.2001.6168 http://www.persee.fr/web/revues/home/prescript/roman_0048-8593_2001_num_31_112_6168. (2013.03.10; 10h) 25 SCHINDLER, H. op. Cit. p. 1094. 26 VEBLEN, Thorstein - Théorie de la classe de loisir. [Trad. Ingl. The Theory of The Leisure Class, 1899] Paris: Gallimard, 1978. 27 GOMBRICH, E. H. - O sentido de ordem; um estudo sobre a psicologia da arte decorativa. Bookman, Porto Alegre, 2012.

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