MARKETING MOBILE: ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS MÓVEIS DA FIAT

May 30, 2017 | Autor: Nathalia Miolo | Categoria: Mobile Communication, Mobile Marketing
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MARKETING MOBILE: ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS MÓVEIS DA FIAT

RESUMO A Fiat participa dessa evolução publicitária aderindo há alguns anos o mobile como formato de mídia essencial no lançamento dos seus carros. Desta forma, esse artigo tem como objetivos: contextualizar a história do marketing mobile; mapear os usos e apropriações do smartphone como meio de comunicação publicitária no Brasil; e analisar as estratégias mobile utilizadas nos cases selecionados da Fiat. A metodologia foi exploratória e descritiva evidenciou, como resultados do artigo, a necessidade de voltar atenções para a ambiência mobile devido ao crescimento que a ferramenta está alcançando e suas perspectivas de avançar ainda mais.

PALAVRAS-CHAVE: Marketing Mobile. Comunicação Publicitária. Interação.

ABSTRACT Fiat takes part on this advertising evolution by incorporating for some years the mobile as an essential media format on their car releases. Therefore, this article has as its objectives: to contextualize the history of mobile marketing, to map smartphones uses and appropriations as a mean of advertising communication in Brazil and to analyze mobile strategies used on Fiat selected cases. The methodology was exploratory and descriptive showed, as article results, the need to return attention to the ambience mobile due to the growth that the tool is reaching and prospects of further advance.

KEYWORDS: Mobile Marketing. Communication. Interaction.

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1 Introdução Os brasileiros visualizam as notificações dos seus smartphones em uma média de 78 vezes por dia (MOBILETIME, 2015)1, utilizando o mobile como ferramenta essencial para sua rotina diária. Via aparelho é possível ter acesso tanto a questões pessoais, profissionais e familiares como buscar informações ou entretenimento em qualquer lugar e a qualquer momento com um dispositivo móvel. Isso substitui várias formas de acesso às mídias, como a televisão, o rádio, a revista e o computador, concentrando todos os recursos em um único local: o smartphone. A possibilidade que o consumidor tem de assistir o canal de televisão favorito, acessar todas redes sociais desejadas, enviar e-mails e até instalar a versão eletrônica da assinatura do jornal ou da revista que lê, faz com que a forma de pensar em marketing mobile pelas marcas e agências precise ser renovado e evoluído gradativamente. Alertamos para a questão de que a interação e o apreço que o consumidor têm com os dispositivos móveis precisa ser notada e utilizada a favor das marcas e suas campanhas publicitárias. Uma marca que participa dessa evolução publicitária no marketing mobile é fabricante de automóveis Fiat, que está aderindo há alguns anos ao mobile como formato de mídia essencial no lançamento dos seus carros. Assim, esse artigo analisa como a marca de automóveis Fiat utiliza as estratégias em dispositivos móveis para estabelecer uma comunicação efetiva e interativa com seus públicos. Para tanto, foi necessário contextualizar a história do marketing mobile; mapear os usos e apropriações do smartphone como meio de comunicação publicitária no Brasil; e, analisar as estratégias mobiles utilizadas nos cases selecionados da marca Fiat. As perspectivas teóricas trabalhadas envolvem: a definição de marketing mobile e da integração e interação da mídia para dispositivos móveis com outras mídias; a definição e a importância da convergência das mídias para o marketing mobile; a história da comunicação por dispositivos móveis, desde o primeiro tipo de marketing mobile até a situação atual desse formato publicitário; e a evolução do mercado mobile publicitário no Brasil ao longo do século e as projeções de investimento das marcas para o futuro. Para que as revisões teóricas acontecessem de forma eficaz e fosse possível alcançar nossos objetivos, a estratégia metodológica é exploratória e descritiva. Exploratória com a finalidade de familiarizar-se com o marketing mobile e suas apropriações, com um

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Disponível em: Acesso em: 10 out. 2016.

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embasamento coerente e maior precisão e compreensão, assim sendo possível construir hipóteses e também alcançar os objetivos do artigo. A parte descritiva foi utilizada para identificar, registrar e analisar as características utilizadas pela marca em suas campanhas móbile com o intuito de buscar as informações necessárias para a construção teórica do artigo. 2 Marketing Mobile O Ministério das comunicações estima que “o Brasil já tenha 272,4 milhões de linhas de telefones celulares, com uma média de mais de um acesso para cada habitante”2. É um grande número já que a história da telefonia móvel é recente. Em 1973 foi lançado o Ericsson MTA, o primeiro telefone móvel do mundo (TECHTUDO, 2011)3. E aqui no Brasil o primeiro aparelho chegou só em 1990, o Motorola PT-550. Os telefones móveis receberam esse nome pois foram os primeiros a serem conectados “à rede telefônica através de ondas de rádio, permitindo assim sua mobilidade” (CASAS, 2009, p. 51), o que não era possível nos telefones convencionais que necessitavam da conexão através de fios. Inicialmente, a função de um telefone celular era conectar duas pessoas, através da transmissão sonora de suas vozes, a fim de ser possível a comunicação de ambas em qualquer lugar que estejam. Porém, como afirma Las Casas (2009) e o site TecMundo (2014)4, a ideia dos tecnólogos era, posteriormente, dar outras funções aos telefones móveis, para desenvolver outras formas de comunicação entre as pessoas. Foi assim que surgiu o smartphone. O IBM Simon foi, tecnicamente, o primeiro smartphone criado, no início de 1990, na mesma época que o telefone móvel chegou ao Brasil. Porém, o primeiro telefone inteligente nomeado como smartphone foi o Ericsson R380 em 2000. Os smartphones ou telefones inteligentes, como Coutinho (2014) explica, são telefones celulares de altíssima tecnologia que possuem um sistema operacional capaz de rodar softwares de terceiros ou aplicativos. O site TechTudo (2012)5, complementa falando que os smartphones são “híbridos entre celulares e computadores. Não têm o hardware potente de um PC, mas também não são tão simples quanto um telefone”. Las Casas (2009) explica que os smartphones são aparelhos que, além de ter a função de comunicar via voz, como os telefones celulares

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Disponível em: < http://www.mc.gov.br/internet-telefonia-e-tv-paga/telefonia-movel> Acesso em: 19 ago. 2016. Disponível em: . Acesso em: 03 jul. 2016. 4 Disponível em: . Acesso em: 03 jul. 2016. 5 Disponível em: . Acesso em: 13 jul. 2016. 3

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anteriores, possuem opções de visualizar e-mails, documentos, imagens, SMS/MSS, sincronizar com serviços de correios eletrônicos, fotografar, filmar e outras tecnologias. Com o passar dos anos, foi implantado nos smartphones as redes WLAN, que são redes sem fios para acesso à internet, nomeadas conforme as evoluções tecnológicas por: primeira, segunda, terceira e quarta geração (G, 2G, 3G, 4G). Las Casas (2009) explica que a primeira geração foi analógica e a partir da segunda geração as versões são digitais. Entende-se assim que o celular inteligente é um dos primeiros dispositivos a integrar os “mais diversos tipos de conexões entre aparelhos, aparelhos e internet, internet e aparelhos” (GABRIEL, 2010, p. 277). O acesso à rede de internet por dados móveis tornou os smartphones uma das formas de comunicação mais utilizada pelas pessoas, uma vez que permite comunicação por diversas formas possíveis. Em outras palavras, os smartphones passaram a levar para as pessoas “o fácil acesso às informações em qualquer lugar, com alcance amplo a qualquer hora, se conectando de forma fácil e rápida a outros dispositivos móveis, localizando pessoas, produtos e serviços personalizados” (ALCANTARA; VIEIRA, s.d, p. 9). Skowronsky (2015), no documentário Eu Mobile6, explica que o smartphone mudou a forma que as pessoas se comunicam entre elas, nas relações pessoais, familiares e profissionais. Transformando o dia-a-dia do usuário de tecnologia móvel, facilitando o processo de comunicação em todas as áreas que cada consumidor esteja inserido. E, além dos smartphones, surgiu na vida do consumidor outra plataforma móvel, os tablets, que são um computador portátil, de tamanho pequeno, fina espessura e com tela sensível ao toque (touchscreen). É um dispositivo prático com uso semelhante a um computador portátil convencional, no entanto, é mais destinado para fins de entretenimento que para uso profissional. (SIGNIFICADOS, 2016, online).7

Logo se nota que o surgimento do telefone inteligente e os tablets levaram uma novidade para o mundo dos negócios, “o acesso instantâneo às informações sobre produtos e serviços” (TORRES, 2009, p. 19). Nota-se, portanto, como Torres (2009) afirma, que os smartphones e tablets tornaram uma mídia importante para a realização de qualquer campanha publicitária. Desta forma, tornou-se necessário para as agências de publicidade pensarem mais em marketing mobile. Marketing mobile ou marketing móvel é “fazer e pensar marketing para o consumidor que se conecta a marcas, produtos e serviços através de dispositivos móveis” (CAVALLINI; XAVIER; SOCHACZEWSKI, 2013, p. 15). O autor complementa que o mobile em questão é

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EU MOBILE. Disponível em: . Acesso em: 23 jun. 2016. Disponível em: Acesso em 19 ago. 2016.

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o consumidor, pois ele que está sempre em movimento e conectado em uma tela portátil, a qual é o ambiente em que o marketing será inserido. Já a MMA (Associação de Marketing Móvel), citada por Las Casas (2009), explica marketing mobile como qualquer ação que utilize o canal de comunicação móvel, podendo ser marketing, propaganda, promoção de vendas e outros. Entende-se assim que o marketing móvel tem uma potencialidade e uma grande diversidade de recursos para uma empresa chegar até o seu público. O consumidor, como explicam Las Casas (2009) e Kotler e Keller (2012), está cada vez mais exigente, fazendo com que cada público tenha uma experiência diferente com a publicidade inserida no meio móvel. Para isso, Chaffield (2012) explica que é preciso fazer uma estratégia simples e interativa, de uma forma que não invada a vida do consumidor, mas que esteja lá junto com ele para onde ele for. O site Viver de Blog8 complementa que “usuários de dispositivo móveis fazem tudo e qualquer coisa que usuários de desktop fazem, desde que seja apresentado de uma forma utilizável”. Segundo o infográfico do site Mundo do Marketing9, os consumidores presentes nos dispositivos móveis em 2016 no Brasil, estão na universidade, a maioria são casados e mantem seus dispositivos conectados cerca de 30 horas seguidas. Já o infográfico da ESPM chamado Game Brasil (2016), mostra que os consumidores em 2016 utilizam o smartphone ou o tablet para baixar aplicativos, acessar redes sociais, jogar, escutar músicas, assistir vídeos e trabalhar. Entre os aplicativos baixados, 71,9% são de jogos, tornando interessante o fato que a pesquisa mostra que 61% dos usuários não se importam com propagandas publicitárias inseridas nos jogos. Também, pesquisas realizadas pela Global WebIndex10 afirmam que no Brasil 53% da população são usuários de tecnologia móvel, e desses 1 a cada 4 usuários costumam dar opinião sobre produtos comprados em redes sociais através de seus smartphones e tablets. Entende-se que os aplicativos e as redes sociais são importantes para o marketing mobile, uma vez que são o principal motivo de utilização dos dispositivos móveis. Kotler e Keller (2012) afirmam que alguns países já tem um marketing mobile consolidado, mas no Brasil ainda está em fase de reconhecimento e consolidação. Os criativos do documentário Eu Mobile, explicam que o marketing mobile está passando pela mesma situação de quando surgiu o marketing digital, na questão de como utilizar verba corretamente 8

Infográfico Mobile Marketing: O futuro do marketing através dos aparelhos móveis. Disponível em: https://www.mundodomarketing.com.br/inteligencia/infograficos/82/comportamento-mobiledo-brasileiro.html. Acesso em: 10 ago. 2016. 10 Disponível em: http://abrarec.com.br/2015/07/14/tecnologia-a-importancia-dos-aplicativos-moveis-norelacionamento-com-clientes/. Acesso em: 15 ago. 2016. 9

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e de como criar novos caminhos criativos, interativos e eficazes. Com isso, os criativos complementam que as agências de publicidade precisam pesquisar e pensar mais sobre mobile, e quando considerarem necessário, elas devem procurar parceiros especializados em tecnologia móvel para complementarem seus projetos e planos de marketing. O mobile marketing tem um envolvimento com outras plataformas de comunicação publicitária. Cavallini, Xavier e Sochaczewski (2013) explicam que o mobile está sempre com o consumidor, mesmo quando ele está interagindo com outas plataformas, como a televisão, a revista e o rádio. Os autores complementam que “esse pequeno aparelho acabou virando uma extensão de nós mesmos. E justamente por isso, muitos preferem se referir a ele como a primeira tela” (p. 9). Pesquisas realizadas pela Forrester Research 11 afirmam que, por causa do dispositivo móvel ser a primeira tela do consumidor, torna-se essencial o marketing móvel ser pensado em primeiro lugar em um plano de comunicação. Uma pesquisa do instituto Millward Brown, chamada AdReaction 12 mostra que no Brasil, 64% das pessoas usam seus aparelhos móveis enquanto assistem televisão. E dessas, 27% procuram mais informações em seus smartphones e tablets sobre o que estão vendo na televisão. Também, 22% das pessoas que assistem televisão estão ao mesmo tempo comentando sobre o que estão assistindo com outras pessoas em redes sociais. Percebe-se assim, que é necessário para as agências de publicidade e comunicação pensarem na interação entre as plataformas tradicionais com a digital. O investimento publicitário em marketing mobile, segundo Kottler e Keller (2012), chegou em 1 bilhão de dólares no ano de 2009, sendo que a maior parte do investimento realizado foi para estratégias de mensagens SMS e banners simples. A Propmark13 afirma que, em 2013, o investimento global chegou a 10 bilhões de dólares e aumentou 92% em 2014, alcançando 19,3 bilhões de dólares. Também, uma pesquisa do eMarketer14, afirma que em 2016, o investimento publicitário no marketing mobile pode chegar a 100 bilhões de dólares. Esse aumento de investimento é o reflexo do aumento da utilização dos dispositivos móveis pela população, como afirma o IBGE, houve um aumento de 92% de acesso aos dispositivos móveis

em 2016, em relação ao ano anterior.

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Disponível em: http://propmark.com.br/mercado/mercado-de-mobile-marketing-cresce-no-brasil. Acesso em: 04 jul. 2016. 12 Disponível em: http://www.millwardbrown.com/adreaction/2014/#/main-content. Acesso em: 19 ago. 2016. 13 Disponível em: http://propmark.com.br/digital/investimento-em-publicidade-mobile-dobra-globalmente. Acesso em: 10 ago. 2016. 14 Disponível em . Acesso em: 10 ago. 2016.

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4 Estratégias da Fiat em dispositivos móveis Segundo o site Meio e Mensagem15, a marca de automóveis Fiat apresenta uma jornada de inovação e ousadia em seus 40 anos de existência e em seus 10 anos de liderança no mercado de automóveis no Brasil. Entre essas inovações, está a utilização do marketing mobile em suas campanhas de divulgação dos automóveis lançados pela empresa. Com isso a montadora cresceu e conquistou a liderança de vendas de automóveis e comerciais leves, posto que mantém há 13 anos, e o bom desempenho continua. Segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de janeiro a julho deste ano foram emplacados 274.783 veículos da marca Fiat sendo o modelo Palio, o mais vendido, com 74.069 unidades emplacadas (MEIO E MENSAGEM, 2016, online).

Percebe-se assim que a Fiat demostra um grande potencial por integrar o marketing mobile em suas campanhas publicitárias. Nesse artigo, apresentamos os seguintes cases: Fiat Punto 2009; Uno Fun 2 Fly 2011; e Fiat Punto 2012 e nesses há a utilização de marketing mobile das seguintes formas: através de banners em portais mobiles; através de aplicativo de jogo eletrônico; e através de aplicativo GPS. FIAT PUNTO 2009 Para a divulgação do novo modelo Fiat Punto de 2009, a empresa criou uma plataforma 100% mobile, utilizando formatos de banners que interferiam nos conteúdos de portais, quando acessados via dispositivos móveis (Figura 1). O site Mobip16 explica essa interação, afirmando que “por meio destes banners o usuário é direcionado ao mobile site do carro (Figura 2). Nele o usuário tem acesso, por meio de texto e imagem, às informações e detalhes relativos ao carro e a diversas fotos do modelo”. Segundo uma reportagem realizada pela Meio Mensagem17 essa forma de interação teve mais de 10 mil acessos pelos usuários.

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Disponível em: . Acesso em: 18 ago. 2016. Disponível em: . Acesso em: 19 ago. 2016. 17 Disponível em: . Acesso em: 18 ago.2016. 16

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Figura 1: Imagens da Interação nos Portais

Fonte: . Acesso em: 18 ago. 2016 Figura 2: Imagens do Site

Fonte: Acesso em: 18 ago. 2016.

O marketing mobile realizado através de banners, segundo Kotler e Keller (2012), foi um dos primeiros a surgir após a disponibilidade de acesso à internet e portais de notícia nos smartphones e tablets. A criação de sites responsivos18 tornou a utilização de diversos tipos de banner uma forma rápida de chegar ao consumidor sem interferir negativamente em seu espaço. Percebe-se assim que a Fiat utilizou a estratégia de banner de uma forma eficaz, trazendo um bom resultado ao investimento. 18

Sites responsivos são sites compatíveis com todos tamanhos de tela utilizados, se organizando para melhor leitura e acessibilidade ao conteúdo.

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UNO FUN 2 FLY 2011 O case “Uno Fun 2 Fly” (Figura 3) foi realizado pela Fiat em parceria com a Agência Click, para o lançamento do novo modelo do Uno Fiat. O Uno Mille é um carro que está presente na Fiat desde 1983 e em 2011 recebeu uma reforma em seu design, surgindo o novo Uno 2 portas. Para a divulgação do carro a empresa criou um aplicativo gamificado 19 , direcionado ao público jovem, transformando o modelo da empresa em uma máquina voadora. Para isso, o carro de duas portas que trouxe consigo uma inovação em cores vibrantes, utiliza suas duas portas como asas para voar por diversos tipos de ambientes: chuva, terremotos, ventos e outros. No aplicativo é possível o consumidor escolher a cor do carro preferida e no final de sua partida, compartilhar com seus amigos através das redes sociais. O desafio lançado no jogo pela Fiat é “fazer com que o carrinho suba o mais alto que puder, ganhando altitude e cada vez mais pontos. Quanto mais você subir, mais pontos ganha. Sua maior quilometragem fica marcada como recorde no game”. (Baixaki)20 O jogo ficou disponível para IOS, Android, Windows Phone e em sites de download como o Baixaki. Figura 3: Imagens do jogo Fun 2 Fly

Fontes: e Acesso em: 18 ago. 2016.

Gamificado ou Gamificação significa “uso de mecanismos de jogos orientados ao objetivo de resolver problemas práticos ou de despertar engajamento de um público específico”. 20 Disponível em: . Acesso em: 19 ago. 2016. 19

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Para a divulgação do jogo gamificado, a empresa criou anúncios publicitários para a televisão. Foram realizados três tipos de comerciais pela empresa. Neles, era visível elementos gráficos iguais aos utilizados no aplicativo (Figura 4), dando ênfase as novas cores e tratando de forma fiel ao slogan “Novo Uno, Novo Tudo”. Outro fator visível dos comerciais é a música “Uno Duni Te”, uma paródia da música original “Uni Duni Tê” da banda Trem da Alegria 21, utilizada para atrair o público jovem e colocá-lo como público-alvo do novo modelo. Figura 4: Imagem do Comercial Uno 2011

Fonte: Acesso em: 18 ago. 2016

Dos três comerciais, apenas um teve foco para o aplicativo (Figura 5), mostrando suas funcionalidades e convidando os consumidores a jogar. Figura 5: Imagem do Comercial Uno 2011

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Fonte: https://www.letras.mus.br/trem-da-alegria/69952/. Acesso em: 19 ago.2016.

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Fonte: Acesso em: 18 ago. 2016.

A estratégia de marketing mobile de aplicativos de jogos gamificados, como explica Vianna (2013), se popularizou no Brasil em 2010, apesar de o conceito ter sido criado em 2002 por um americano. Nota-se que a Fiat se apropriou rapidamente a nova forma de comunicação móvel desenvolvida no Brasil, mostrando assim sua preocupação de sensibilizar seu públicoalvo da forma mais inovadora possível. FIAT PUNTO 2012 Em 2012, a Fiat criou a campanha “Novo Punto – Você no Comando”, com o desenvolvimento do aplicativo chamado Social Drive (Figura 6). O aplicativo tem como finalidade acessar as redes sociais dos motoristas e encontrar notícias importantes pelos portais online. Todo o serviço é entregue ao condutor por mensagem de voz, para que ele não perca o foco na estrada. Também, ele funciona como um GPS. Figura 6: Imagens do Aplicativo Social Drive

Fonte: . Acesso em: 19 ago. 2016.

Para a divulgação do aplicativo a Fiat realizou dois comerciais para televisão (Figura 7) mostrando os benefícios do aplicativo, ressaltando que o novo Punto é o primeiro e único carro 11

com a tecnologia disponível no Brasil. A diferença entre os comerciais é que um utiliza pessoas e o outro, desenhos gráficos (Figura 8). Figura 7: Imagem do comercial do Novo Punto 2012

Fonte: . Acesso em: 19 ago. 2016 Figura 8: Imagem do Comercial Novo Punto 2012

Fonte: . Acesso em: 19 ago. 2016

Esse case da Fiat mostra de forma clara a importância da integração do marketing móvel com outras plataformas. A interação da televisão com o aplicativo não só ensinou os consumidores a utilizar o aplicativo desenvolvido pela empresa como também os incentivos a utilizarem a tecnologia. Desta forma, chegando ao objetivo da Fiat, que seria a venda do automóvel sem nenhuma agressividade, mostrando apenas todos os benefícios que o consumidor terá ao adquirir aquele produto. 12

5 Considerações Finais Percebeu-se, como resultados do artigo, a necessidade de ter as atenções voltadas para a ambiência mobile devido ao crescimento que a ferramenta está alcançando e suas perspectivas de avançar ainda mais. Também, entende-se a importância de integrar o mobile com as outras formas de publicidade, principalmente utilizando a televisão como apoio. Também, nota-se que é preciso pensar no marketing móvel em todas campanhas publicitárias e que não é valido ignorar o ecossistema midiático que está voltado ao mobile, pois, os usuários dos dispositivos móveis já estão dando atenção para as estratégias realizadas nessa ambiência. Desta forma, pensar no mobile como a primeira tela do consumidor é crucial para ter resultados satisfatórios aos investimentos publicitários. Entende-se que a procura de inovação e estratégias eficazes por parte da Fiat fez com que a empresa consiga alcançar seus objetivos de marketing, uma vez que começaram a dar a devida importância ao marketing mobile e ao crescimento do mesmo aos olhos dos consumidores. Suas campanhas móveis cresceram gradativamente conforme o mobile crescia, sempre realizando interação e instigando a curiosidade do consumidor em relação aos seus lançamentos automobilísticos. Com isso, conclui-se que a Fiat se preocupa com o que o consumidor quer ver e ouvir, transformando essa dada importância em dez anos de liderança no mercado brasileiro em vendas de automóveis. É preciso que todas as empresas que queriam se destacar no mercado brasileiro ou mundial, pense e realize marketing mobile.

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REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

ALCANTARA, Carlos Augusto Almeida; VIEIRA, Anderson Luiz Nogueira. Tecnologia Móvel: Uma Tendência, Uma Realidade, s.d. CAVALLINI, Ricardo; XAVIER, Léo; SOCHACZEWSKI, Alon. A Primeira Tela, 2013. < Disponível em: http://www.aprimeiratela.com.br/A_Primeira_Tela.pdf.> Acesso em: 10 ago. 2016. CHAFFIELD, Tom. Como viver na era digital. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. COUTINHO, Gustavo Leuzinge A Era dos Smartphones: Um estudo Exploratório sobre o uso dos Smartphones no Brasil. MONOGRAFIA. Habilitação em Publicidade e Propaganda, Universidade de Brasília, Brasilia – DF, 2014. ESPM. Pesquisa Game Brasil, 2016. Acesso em: 10 jun. 2016.

Disponível

em:

GABRIEL, Martha. Marketing na era digital. São Paulo: Novatec Editora, 2010. KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração em Marketing. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing Móvel: tendências e oportunidades no marketing eletrônico. São Paulo: Saint Paul Editora, 2009. TORRES, Cláudio. A Bíblia do Marketing Digital: Tudo o que você queria saber sobre marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. São Paulo: Novatec, 2009. VIANNA, Ysmar et al. Gamification, Inc : como reinventar empresas a partir de jogos. 1 Ed. Rio de Janeiro: MJV Press, 2013.

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