Memorial Acadêmico - Produção Acadêmica (Parte 2) | Pedro Nunes

July 24, 2017 | Autor: Pedro Nunes | Categoria: Entrevistas, Apresentação, Pedro Nunes, UFAL, UFPB, Prefacios
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Apêndice A Apresentações | Prefácios | Posfácios

entreVISTAS Pedro Nunes Filho |Universidade Federal da Paraíba

PRINCIPAIS PREFÁCIOS/APRESENTAÇÕES/POSFÁCIO PRODUÇÃO ACADÊMICA NUNES, Pedro; FERNANDES, José David Campos. Desafios e complexidades do JORNALISMO DIGITAL (Challenges and complexities of the DIGITAL JOURNALISM). ÂNCORA – Revista Latino-americana de Jornalismo. V. 1 N.1 (2014) | ISSN 2359-375X NUNES, Pedro. Entretons da sexualidade na esfera do cinema. In: Nunes, Pedro; Rabay, Gloria. (Org.). Matizes da Sexualidade no Cinema. João Pessoa: EDUFPB, 2012, v. 01, p. 09-12. NUNES, Pedro. O AVESSO DA FOTOgrafia: ranhuras propositais e desconfortos poéticos da imagem. In: LOBO, João. Tessituras Urbanas. João Pessoa: EDUFPB, 2012. FERNANDES, José David Campos; NUNES, Pedro. Apresentação. In: NUNES FILHO, Pedro. (Org.). Mídias digitais & interatividade. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2009. p. 9-11. | ISBN 978-85-7745-334-4 NUNES, Pedro. Palavra- perspectiva da Comunicação e Semiótica. Biblioteca on line de Ciências da Comunicação, Portugal, 2001.

||| Principais Prefácios/Apresentações/Posfácio ||| Universidade Federal de Alagoas| | Universidade Federal da Paraíba

Memorial Acadêmico | Pedro Nunes | Universidade Federal da Paraíba

Desafios e complexidades do JORNALISMO DIGITAL Challenges and complexities of the DIGITAL JOURNALISM

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Programa de Pós-graduação em Jornalismo, do Centro de Comunicação Turismo e Artes da UFPB, através do seu Laboratório de Jornalismo e Editoração - LAJE, entrega à comunidade científica brasileira e internacional do campo do jornalismo e áreas afins, a Revista Latino-americana de Jornalismo – ÂNCORA, periódico eletrônico semestral. Em sua edição inaugural, ÂNCORA cumpre o desafio acadêmico de refletir acerca das complexidades do jornalismo digital em tempos marcados pela modernidade liquida, com suas dinâmicas próprias, interfaces e paradoxos. Esse é, então, o veio central de abordagem transdisciplinar da presente edição, expresso através de vozes teórico-metodológicas presentes em artigos e análises de práticas jornalísticas que integram as seções denominadas Eixo Temático, Entrevista e Pauta Livre. O tema de ancoragem da Revista, abarca diferentes olhares interpretativos e busca examinar nuances e complexidades do jornalismo, que prioriza, de forma não absoluta, a construção de narrativas espelhadas em referencialidades do tempo presente. Vale ressaltar que o jornalismo em sua dimensão complexa também dialoga com outras temporalidades de passado e futuro, de ordem material ou imaterial. Outro desafio de natureza acadêmica que destacamos neste primeiro número da Revista ÂNCORA é o esforço direcionado do Mestrado Profissional em Jornalismo da UFPB, que completará dois anos de funcionamento em março de 2015, no sentido de construir um canal de interlocução que evidencie a sua capacidade de dialogar com pesquisadores cujo foco de investigação esteja voltado particularmente para o campo do jornalismo. O referido Programa de Pós-graduação, através de seu periódico digital, se aproxima de segmentos da comunidade cientifica nacional e internacional e, também, procura estabelecer interlocuções e intercâmbios com os diferentes Programas de Pós-graduação notadamente do Brasil e países da América Latina. Essa aproximação acadêmica pode ser verificada através da constituição do próprio Conselho Científico da Revista ÂNCORA, reunindo cinquenta e quatro pesquisadores que atuam no campo do Jornalismo e Comunicação vinculados a centros de investigação e universidades de países como a Polônia, Espanha, Portugal, Chile, Argentina, Colômbia e Brasil. Além dos pesquisadores integrarem o Conselho Científico da Revista ÂNCORA em si, essa iniciativa também implicará em construção futura de acordos acadêmicos, cooperações e formação de uma rede de pesquisa em jornalismo. Alguns passos neste sentido já foram dados pelo Mestrado João Pessoa – Brasil | ANO 1 VOL.1 N.1 | JUL./DEZ. 2014 | p. 03 a 04 Revista Latino-americana de Jornalismo | ISSN 2359-375X

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Revista ÂNCORA ▪ EDITORIAL

Profissional em Jornalismo da UFPB e por Âncora a exemplo da realização em outubro de 2013 do Colóquio Internacional: Jornalismo, Conhecimento e Desenvolvimento e o Simpósio Nacional de Jornalismo, Participação e Cidadania em outubro de 2014, ambos com a presença de pesquisadores nacionais e estrangeiros. Por fim, vale destacar que o Eixo Temático de ÂNCORA é constituído por sete artigos que de forma orgânica dialogam entre si. O primeiro intitulado - Interfaces de notícias táteis em conteúdos gamificados contemporâneos, de autoria de Denis Porto Renó, Marcos Américo e Shelley Costa ambos da Universidade Estadual Paulista, trata dos processos dinâmicos e variáveis que envolvem a ‘gamificação’ da notícia destacando as interfaces táteis, diversidade de linguagens e os ambientes multiplataformas. O artigo seguinte Smartphones e tablets na produção jornalística de autoria de Fernando Firmino da Silva da Universidade Estadual da Paraíba destaca a natureza ecossistêmica dos dispositivos móveis no contexto de produção e consumo das notícias. Os dois artigos seguintes de Vivian Beloquio e Sofia Silva, da Universidade Federal do Pampa e de Michele Negrini, Esther da Rosa Louro e Marcela Lorea Gomes da Universidade Federal de Pelotas tratam dos critérios de noticiabilidade no jornalismo, apropriações das redes sociais pelo jornalismo, interatividade, convergência jornalística, análises sobre o webjornal gaúcho Zero Hora.com e a edição local do Jornal do Almoço transmitido pela RBS TV - Pelotas (RS). O último bloco é formado por artigos de Olga Tavares e Pâmela Bório da Universidade Federal da Paraíba, Rodrigo Severo Rodembusch e Alessandra Saicosque Medeiros da Universidade do Vale do Rio do Sinos e Francisco Laerte Juvêncio Magalhães da Universidade Federal do Piauí. Os referidos textos acadêmicos promovem reflexões sobre o telejornalismo digital, prosumer, rotinas do jornalismo no contexto de transição do analógico para o digital e estudos de caso das práticas jornalísticas das revistas semanais Veja, IstoÉ e Época. Como ponto diferencial da revista, criamos uma seção com entrevista intitulada, nesta edição, Internet: imagens no espaço e tempo de Marcos Palacios da Universidade Federal da Bahia tendo a participação das professoras da Universidade Federal da Paraíba Emília Barreto, Virginia Sá Barreto e Sandra Moura. Por fim culminamos a presente edição inaugural da Revista ÂNCORA com a resenha intitulada Espaços de participação no Jornalismo Online em que Pedro Benevides (Universidade do Vale do Rio do Sinos e Universidade Federal da Paraíba) analisa o livro La prensa online y su público de Natalia Anselmino. Boa leitura! Pedro Nunes Filho David Campos Fernandes Editores João Pessoa – Brasil | ANO 1 VOL.1 N.1 | JUL./DEZ. 2014 | p. 03 a 04 Revista Latino-americana de Jornalismo

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Entretons da sexualidade na esfera do cinema

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presente coletânea de artigos organizada em forma de livro impresso e eletrônico, reune diferentes olhares interpretativos sobre as complexidades da sexualidade no âmbito exclusivo das narrativas fílmicas. Trata-se da constituição de um coletivo plural de pesquisadores, educadores e estudantes participantes de grupos de pesquisas que tomou como foco transversal de análise alguns filmes dentre os vários curtas, médias e longametragens que foram exibidos e debatidos por ocasição de realização da primeira e segunda Mostra de Filmes Temáticos – Matizes da Sexualidade, que aconteceram respectivamente nos anos 2009 e 2010, na cidade de João Pessoa – Paraíba. As referidas mostras de filmes temáticos foram promovidas pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Mídias Audiovisuais, Processos Digitais e Sexualidades com o apoio direto do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação sobre a Mulher e Relações de Sexo e Gênero, ambos sediados na Universidade Federal da Paraíba. A realização dessas duas mostras específicas teve por finalidade escolher, pelo processo de curadoria, um conjunto de filmes que evidenciassem a sua estruturação audiovisual enquanto narrativa poética e que abordassem, de forma sutil ou de maneira direta, as variantes e conflitos em torno das

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O cinema não tem fronteiras nem limites. É um fluxo constante de sonho. Orson Wells

MATIZES da SEXUALIDADE no CINEMA

Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens [ e mulheres] se educam entre si, mediatizados pelo mundo. Paulo Freire | Pedagogia do Oprimido

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sexualidades. As obras selecionadas, em sua maioria despidas de preconceito, trouxeram à tona temas polêmicos a exemplo das identidades flutuantes, triangulações amorosas, incestos, assédio sexual, preconceitos familiares, violência contra mulheres, mortes pela condição sexual, virgindade, fetiches, heteronormatividade, conflitos na adolescência, sexualidade no contexto das religiosidades, afeto entre mulheres, afeto entre homens, transexualidades, preconceitos na escola, formas de prostituição, sexualidade na velhice, entre outros. Impregnados pela ousadia, seriedade quanto a abordagem temática e pelo arrojo combinatório em termos das relações estéticas esses filmes exibidos e movimentados pela crítica ainda se notabilizam no tempo presente, pelo estilo criativo peculiar de cada diretor(a) com as suas respectivas visões de mundos, nacionalidades, contextos políticos em que foram produzidos e a própria dimensão epifânica materializada em cada filme. Torna-se imprescídivel afirmar que essas construções fílmicas são plenamente compreendidas enquanto formas articuladas de conhecimento que mobilizam e envolvem o espectador atento para o conjunto de situações tratadas no universo das próprias realidades filmicas. É importante também salientar que o papel da universidade em sua dimensão pluralista traduz-se não só pela perspectiva de se promover debates, exibir filmes ou mobilizar segmentos da sociedade em torno das questões complexas da sexualidade mas, sim produzir diálogos e sistematizar conhecimentos acerca dessas diferentes questões que envolvem a sexualidade no contexto da sociedade contemporânea com os seus paradoxos extremados. Vale notar que a Paraíba vem se destacando nas últimas duas décadas pela constante produção audiovisual tendo como foco de abordagem da sexualidade. No entanto devemos frisar que mesmo em pleno século XXI, a sexualidade , em sua dimensão hologramática, continua sendo um tema tabu.

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O presente livro Matizes da sexualidade no cinema advém desse movimento acadêmico intenso que conjuga a mobilização de plateias através das mostras de filmes pelo critério de escolha da abordagem temática e pelo processo de construção poética da narrativa, reflexão crítica sobre os próprios filmes compreendidos enquanto geradores de sentidos, produção audiovisual e pesquisas transdisciplinares. A coletânea é então composta por múltiplos olhares investigativos que aprofundam, de forma transversal, a cuja forma e conteúdos narrativos angulam as de diferentes matizes da sexualidade. Destacamos então que os artigos são lastreados por perspectivas teóricas inovadoras que ressignificam cada filme escolhido para análise no contexto temático das variantes ou tonalidades da sexualidade. Além desse contributo acadêmico em termos de produção de conhecimentos norteados por uma estrutura dorsal apoiada em mecanismos metodológicos transdisciplinares, o livro Matizes da sexualidade no cinema é também destinado aos educadores e educadoras do ensino médio que queiram utilizá-lo como suporte didático para as suas argumentações no processo ensino-aprendizagem. Neste caso, embora o livro não seja um manual didático com uma feição tradicional, objetiva em primeira instância, fornecer subsídios aos professores e professoras que trabalham com o tema da diversidade sexual no cotidiano das escolas ou apresentar e debater em sala de aula alguns dos filmes analisados neste livro. Por fim, acreditamos que esse agregamento de diferentes vozes interpretativas no presente livro Matizes da sexualidade no cinema é o que faz a diferença em termos de uma produção editorial cujo recorte acadêmico aponta diretamente para a compreensão dos conflitos e entretons da sexualidade em filmes de diferentes nacionalidades e formatos. Matizes da sexualidade no cinema pode naturalmente

MATIZES da SEXUALIDADE no CINEMA

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transformar-se em uma obra de referência não somente pelo critério editorial que permeia toda coletânea, profundidade dos arigos e pela raridade de trabalhos publicados priorizando exclusivamente filmes temáticos que exploram as gradações sutis das dinâmicas da sexualidade. Espero que os usuários e leitores deste livro façam uma excelente leitura no sentido de estabelecer pontes e diálogos entre os artigos aqui apresentados e os filmes que foram tomados como objeto de análise crítica. Com certeza esse cotejo comparativo entre os artigos dispostos nesta coletânea e os filmes analisados resultará em um novo processo de produção de conhecimentos realmente reveladores.

Núcleo de Estudos em Mídias Audiovisuais, Processos Digitais e Sexualidades | UFPB

MATIZES da SEXUALIDADE no CINEMA

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Filmes

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| SUMÁRIO | SUMÁRIO | SUMÁRIO | | Apresentação | 0 9 | Entretons da sexualidade na esfera do cinema Pedro NUNES

| Triangulação Amorosa | Desencontros | Diversidade Sexual | | Incesto | Identidades de Gênero | Heteronormatividade |

54 | Jogos de sedução: estética fílmica, juventude e os labirintos da sexualidade Afonso BARBOSA | Pedro NUNES 78 | Histórias de amor duram apenas 90 minutos Denis Porto RENÓ 86 | Mobilidade e fluxo das identidades de gênero e sexuais em Todas as cores do amor Sandra Raquew dos Santos AZEVÊDO 91 | Com o que sonham Os Sonhadores? Cenários corpóreos, imaginário(s) e imagens transgressoras em contexto de integração Marília Lopes de CAMPOS 107 | Itinerários do desejo numa estrada Latinoamericana Thiago SOARES

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13 | Quando a noite cai: o velado e o visível Virgínia de OLIVEIRA SILVA 24 | Encenação de performances legitimadoras do feminino Mayra Medeiros de AZEVEDO | Thiago SOARES 30 | Segredos íntimos: matizes da sexualidade judaica Janaine AIRES | Virgínia de OLIVEIRA SILVA 43 | Henry & June: transmutação do eu autoral, fetichismo e questões de gênero Carlos DOWLING

MATIZES da SEXUALIDADE no CINEMA

| Afeto entre Mulheres | Religiosidades | Esteriótipos de Gênero |

Apresentação

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ste livro é resultado do trabalho acadêmico desenvolvido ao longo dos anos 2007 e 2008 no Núcleo de Pesquisas em Mídias, Processos Digitais e Interatividade – NUMID, vinculado ao

Pólo Multimídia da Universidade Federal da Paraíba. Esse conjunto de ações acadêmicas do referido Núcleo de Pesquisa foi materializado em forma de seminários avançados, grupos de estudos, vinculação da disciplina optativa Mídias, Processos Tecnológicos e Produção de Sentidos sob a responsabilidade dos professores Annelsina Trigueiro e Pedro Nunes, além da orientação de Projetos Experimentais com temáticas diretamente relacionadas com o foco das reflexões presentes nesta coletânea. Assim, a idéia que movimentou a presente iniciativa de organização do livro

Mídias Digitais & Interatividade resultou da necessidade de ampliar esse fluxo de produção sistemática pré-existente, associado com o desenvolvimento de experiência teórico-aplicada sobre Televisão Digital em parceria com o Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital – LAVID, também da UFPB, considerado referência nacional e internacional por seus projetos no campo da televisão digital interativa, redes e middleware. Logo após os primeiros passos transversais envolvendo o ensino, a pesquisa e a extensão, o Pólo Multimídia considerou ser necessário amplificar esse fluxo Mídias Digitais & Interatividade

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sistemático de produção acadêmica realizando juntamente com o NUMID. Realizou chamada aberta aos pesquisadores e estudantes da pós-graduação das principais universidades brasileiras e do exterior tendo por finalidade receber propostas de artigos que pudessem ser incorporadas à da presente coletânea. Assim o primeiro módulo de Mídias Digitais & Interatividade é constituído por textos interconectados por marcos teóricos distintos que englobam reflexões acerca da natureza da Televisão Digital; os principais desafios enfrentados nessa sua primeira fase de transmissão de sinais digitais, com área de cobertura ainda restrita; pesquisas em andamento; relatos de experiências; além de produção de conteúdos e os mecanismos de interatividade. É importante frisar que todos os artigos, de forma direta ou indireta, procuram refletir acerca das dimensões e variações do conceito interatividade associado à própria televisão digital e outras mídias expandidas. Os dois textos do bloco seguinte ajustam projetivamente o foco de análise para o exame do rádio digital, ainda em fase totalmente experimental e sem a definição do padrão de transmissão a ser adotado pelo governo brasileiro. Destaca-se, no caso do rádio digital, que os estudos disponíveis na rede ou no formato impresso ainda são incipientes e, consequentemente, a bibliografia é extremamente escassa. Assim, os artigos revelam inquietudes que transcendem o encantamento quanto às possibilidades tecnológicas inerentes a nova mídia radiofônica e chamam atenção para que neste momento de passagem do analógico ao digital, haja uma preocupação direcionada para a formação de profissionais na área, a elaboração de conteúdos, os mecanismos de participação, os formatos radiofônicos, o sistema de concessões, as rádios comunitárias e o processo de convergência tecnológica O outro conjunto de textos versa acerca da complexidade dos sistemas hipermídia associado à dinâmica do ciberespaço com sua gama de experiências semióticas híbridas que reconfiguram a dimensão comunicacional na sociedade contemporânea através de suas formas de cooperação e controle, mecanismos 10

Mídias Digitais & Interatividade

de interatividade, redes de relacionamento e compartilhamento. Neste caso, a pluralidade de enfoques se apresenta em caminhos igualmente distintos e entrecruzados, expressos em artigos que valorizam mais o campo teórico, que detalham a acessibilidade na web, a cibernotícia, a educação mediada por interfaces, o potencial dos ambientes virtuais imersivos, a exclusão digital, as formas de compartilhamento como o You Tube entre outras temáticas. Por fim, os artigos finais evidenciam a narrativa dos games, e a Arte mídia e os mecanismos de constituição do bios midiático. O livro Mídias Digitais & Interatividade é uma espécie de mosaico que aglutina diferentes vozes acadêmicas em forma de saberes produzidos singularmente em distintas universidades, centros de pesquisas brasileiros e instituições do exterior. Acreditamos que um dos papéis da universidade seja este, o de produzir e fazer circular o conhecimento em diversos formatos seja em suporte de papel, a exemplo deste livro, ou mesmo por outras vias artesanais, eletrônicas ou digitais. José David Campos Fernandes Pedro Nunes Filho

Mídias Digitais & Interatividade

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Apresentação ........................................................................................9 TV digital, democracia e interatividade.....................................13 Sivaldo Pereira da SILVA

As TVs universitárias como espaços de experimentação da interatividade na tv digital .............................................................31 José Dias PASCHOAL NETO

Uma proposta de telejornal educativo interativo .................53

Sumário

Kellyanne Carvalho ALVES Deisy Fernanda FEITOSA Sílvia Helena Rocha RESENDE Fernanda Paulinelli Rodrigues SILVA Giuliano Maia L. de CASTRO Derzu OMAIA Erick Augusto Gomes de MELO Guido Lemos de SOUZA FILHO

Design de interfaces para TV digital interativa destinada a crianças em idade pré-escolar ......................................................77 Ana Vitória JOLY Renata Yumi SHIMABUKURO

Boa noite, e boa sorte: TV digital e o fazer notícia no telejornalismo .....................................................................................97 Clayton SANTOS

Os bastidores de uma nova era: a interatividade na televisão digital brasileira............................................................ 115 Nara Idelfonso SOUTO José David Campos FERNANDES

Conceitos de interatividade e aplicabilidades na TV digital............................................................................................ 133 Deisy Fernanda FEITOSA Kellyanne Carvalho ALVES Pedro NUNES FILHO

Televisão digital: quando chega a interatividade? ............. 157 Almir ALMAS

Tecnologia e mídia radiofônica: mudança de paradigma à vista ..................................................................................................... 173 Olga TAVARES

Mídias Digitais & Interatividade

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Prefácio por Pedro Nunes (Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP e Un. Autônoma de Barcelona), Autor dos Livros: As Relações Estéticas no Cinema Eletrônico e Cinema & Poética)

A Palavra: Perspectiva da Comunicação e Semiótica 1 Há, além da estrutura significante aparente da palavra, uma dimensão complexa de natureza semiótica. Essa complexidade espectral que ultrapassa a materialidade física dos sistemas verbais vem sendo analisada ao longo de décadas e décadas e até nos remete à Fedro onde Platão, de certa forma, objeta a palavra escrita e também nos conduz aos estudos sobre retórica persuasiva formulados pelo pensador Aristóteles. A produção e a transmissão do conhecimento, da cultura e as formas de comunicação entre os indivíduos na antigüidade tiveram como principal representante a palavra em sua dimensão oral. A história da humanidade foi edificada tendo por base a cultura oral. Dizemos que a cultura oral foi a principal representante porque é desnecessário enunciar a relevância das outras formas de expressão existentes antes da palavra escrita. A articulação da palavra (significante acústico), pode ser entendida enquanto fruto da ação pensamental de um dado sujeito produtor de signos estruturados com uma carga de intencionalidade e que interage com signos exteriores. A ação dos signos se complementa com o intérprete (receptor, decodificador/leitor) em um processo de circularidade e autogeração de novos signos. Já a palavra escrita, além de caracterizar-se enquanto expressão do pensamento que também opera com seleções e associações regidas por um código próprio é, em síntese, a versão do audível para o visual. A representação escrita, além do aspecto de produção de sentidos, mobilizaria um sentido específico, a visão, para o processo de decodificação das mensagens ou narrativas de cunho verbal escrito. Grosso modo podemos dizer que com a codificação por convenção da palavra escrita, temos uma profunda mudança nos aspectos da cultura de base essencialmente oral. A escrita no papiro e no pergaminho estimulou a leitura silenciosa, promoveu o enciclopedismo e a erudição seletiva e, de certa forma, dificultou o acesso dos usuários aos manuscritos. 1

Prefácio do livro eletrônico Palavra: Signo Ideológico (1999) de autoria do professor Antonio Francisco

Ribeiro de Freitas disponibilizado na biblioteca online de Ciências da Comunicação. Disponível em: Link do prefácio: http://bocc.ubi.pt/pag/freitas-antonio-palavra-signo.html. Acesso em: 12. Out. 2014

O acesso ao conhecimento verbal escrito gera exigências específicas como o domínio do código com suas regras de concordância (sintaxe) para cada língua ou dialeto. A mecanização da palavra escrita cria condições efetivas para produção em série de textos impressos a baixo custo. Todas essas transformações não lineares da palavra oral e escrita implicaram também em crises, desvios e, sobretudo, desencadearam profundas modificações na esfera da cultura e das relações sociais. A palavra escrita ampliou o âmbito da leitura, impulsionou os diversos campos do conhecimento e forçou os sujeitos sociais à adoção de novas regras de escolaridade: a alfabetização. Com seus traços de estruturação significante diferenciados, a escrita incorpora, de certa forma, elementos da oralidade. Ambos sistemas de significação não só estabelecem uma relação de complementaridade como também, individualmente, adquirem uma nova feição espacial. As artes em geral e em particular a poesia, o sermão e o drama, por exemplo, não perderam o fôlego inventivo da criação com ênfase no discurso oral.

Com o mecanismo textual vemos acelerar o tempo. A palavra oral ganha uma nova perspectiva com o rádio e o cinema. A escrita é modernamente redimensionada na esfera da pintura (vanguardas históricas), dos suportes técnicos em geral e da própria computação gráfica. Os Chats, salas de discussão na Internet, resgatam a escrita; as transmissões ao vivo no universo digital (Real Player) evocam o som e a imagem. A palavra introjeta a velocidade, passa a materializar-se e transformar-se em espaços simultâneos denominados ubíquos. A era da Informática absorve e não elimina as representações discursivas da esfera da oralidade, da escrita e audiovisual. Os suportes sonoro-visuais interagem e até influenciam formas de representações anteriores. As contaminações são recíprocas na esfera das linguagens.

Nesse sentido é que a reflexão do prof. Antonio de Freitas sobre o signo verbal apresenta subsídios para as áreas de Lingüística e, particularmente, para o estudo dos fenômenos da Comunicação. Trata-se do exame da palavra enquanto corpo material do discurso que veicula ideologia. Para essa fundamentação teórico-metodológica Antonio de Freitas argumenta o seu discurso com base em um tripé de autores: Bakhtin, Saussure e Vygotsky. O objetivo central deste ensaio é então pensar a mobilidade do signo verbal norteado pelo trânsito do pensamento que também se constitui pela ação de signos. A partir das bases conceituais sobre o signo lingüístico formuladas por Saussure, Antonio de Freitas contesta a visão dicotômica de signo apresentada pelo referido autor e caminha ao encontro de Bakhtin para argumentar a não neutralidade do signo e da própria linguagem.

Com a presente obra sobre a palavra enquanto parte integrante do discurso, Antonio de Freitas avança ao propor uma contribuição efetiva para as áreas de Comunicação e Semiótica, destacando o processo de reversibilidade do signo e, consequentemente, a ação da linguagem.

Por isso mesmo é que o estudo apresenta-se como um substrato teóricometodológico necessário para nossas práticas (aplicação da teoria) em sala de aula, para os estudos e pesquisas sobre a natureza das mensagens e linguagens da mídia. Trata-se de um a-porte intelectual de peso para a análise e a compreensão semiótica do signo verbal como produto social marcado em seus diversos níveis pela ideologia. Por fim, devo dizer ao leitor também em palavras subjetivas: é um prazer partilhar deste banquete específico do conhecimento sob um céu denominado universidade.

PRINCIPAIS ENTREVISTAS NUNES, Pedro. Jornalismo, Participação e Cidadania. TV UFPB. João Pessoa: TV Brasil, 27.10.2014. NUNES, Pedro; BECHARA, Gabriel. A sexualidade no Cinema. Espaço Experimental UFPB. João Pessoa: UFPB, 10.05.2014. Disponível em: Acesso em 10.03.2015. NUNES, Pedro. Por uma escola sem violência e preconceito. Jornal A União. João Pessoa: A União, 21.05.2013. Caderno Entrevista, p3. NUNES, Pedro. Perfil - Quem é Pedro Nunes. Revista + Cinemas. Cachoeira: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, 2012. NUNES, Pedro. Complexidades e Desafios do DECOMTUR. Revista DECOMTUR. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba, 2010. NUNES, Pedro. Reportagem sobre o Projeto Multimídia Graffiti: Visualidades Urbanas. TV Correio. João Pessoa: Sistema Correio de Comunicação, 2008. Disponível em: Acesso em 22.12.2014. NUNES, Pedro. Reportagem sobre o projeto de extensão "Presença da Ufal em Penedinho". TV Educativa. Maceió: Instituto Zumbi dos Palmares, 2006. Disponível em: Acesso em 22.12.2014. NUNES, Pedro. Entrevista sobre o projeto de extensão “Presença da Ufal em Penedinho”. TV Gazeta de Alagoas. Maceió: Rede Globo de Televisão, 2006. Disponível em: Acesso em 22.12.2014. NUNES, Pedro. Entrevista - projeto de extensão Ufal. TV Educativa. Maceió: Instituto Zumbi dos Palmares, 2006. Disponível em: Acesso em 22.12.2014. NUNES, Pedro. Entrevista - projeto de extensão Ufal. TV Pajuçara. Maceió: TV Record, 2006. Disponível em: Acesso em 22.12.2014. NUNES, Pedro. Entrevista concedida a Wendel Palhares – Cinema, Movimento Cinematográfico e Tecnologias. Antes Arte do que Tarde. Maceió: SESC Alagoas, 2006. NUNES, Pedro. Electronic Cinema is Here Pedro Nunes. Portal Barceloca.com. Barcelona – Espanha, 2002. NUNES, Pedro. Eleições Brasileiras e desafios futuros. Rádio Barcelona. Barcelona – Espanha, 16.11.2002. NUNES, Pedro. Cibermemória: Memória Fractalizada. Revista Transmídia / Revista Ágora – UNP – RN, Maceió e Rio Grande do Norte, 2001. NUNES, Pedro. Cinema Impuro e as Tecnologias. Projeto Multireferencial, Maceió, 1999. NUNES, Pedro. Cinema Cibernético e o Trânsito dos Signos. Projeto Multireferencial, Maceió, 1999.

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Memorial Acadêmico | Pedro Nunes | Universidade Federal da Paraíba

GUIA

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Eventos

06

Grupo de Análise da Imagem e do Som: Uma Experiência de Pesquisa.

08

Quem é Pedro Nunes?

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Abertura Dossiê

16 Novos ares no cinema contemporâneo brasileiro e o papel da Universidade Cinema e Audiovisual: Arte vs Comunicação

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Curta e Mercado

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Patrocínio Criativo: outras formas de produção

Bate-Papo com Jeronimo Soffer Festivais de Cinema Universitário no Nordeste

Tutora PET Cinema: Rita Lima Editor-Chefe: Bruno Machado Textos: Beatriz Vierah, Bruno Machado, Clarissa Brandão, Emerson Dias, Izadora Chagas, Jefferson Parreira, Lamonier Angelo, Lucas Santana, Marcelo Ikeda, Ohana Almeida, Rwolf Kindle e Tiago Araujo. Ilustrações: Lamonier Angelo Projeto Gráfico: Bruno Machado, Jefferson Parreira, Guilherme Bronzatto e Lamonier Angelo.

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Diagramação: Bruno Machado Assessoria de Comunicação: Jefferson Parreira, Ohana Almeida e Tiago Araujo Produção do Lançamento: Beatriz Vierah, Clarissa Brandão, Izadora Chagas, Ohana Almeida e Tiago Araujo. Agradecimentos: Carolina Fialho, Marcelo Ikeda, Pedro Nunes, Jeronimo Soffer.

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Apêndice A Honoris Causa Saudações Acadêmicas

PROPOSITURAS DE TÍTULOS DE DOUTOR HONORIS CAUSA PARA PESQUISADORES BRASILEIROS E SAUDAÇÕES ACADÊMICAS ANTONIO FAUSTO NETO | Proponente: Pedro Nunes Filho RESOLUÇÃO Nº 22/2013

Aprova a concessão do Título de “Doutor Honoris Causa” da Universidade Federal da Paraíba ao Professor Doutor Antônio Fausto Neto. Conferência: Fausto Neto – Honoris causa: Artífice do conhecimento ANTONIO ALBINO CANELAS RUBIM | Proponente: Pedro Nunes Filho RESOLUÇÃO N° 27/2009

Confere ao Professor Antônio Albino Canelas Rubim, da Universidade Federal da Bahia, o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Paraíba. Saudação Acadêmica | Pedro Nunes Filho JOSÉ MARQUES DE MELO |Honoris Causa – UFAL Saudação Acadêmica em nome da UFAL | 2001 A incompletude das palavras ao artífice do conhecimento | Pedro Nunes Filho Saudação Acadêmica aos alunos do Curso de Ciência da Informação | 27.03.2001 O fera, a universidade e o tempo – Pedro Nunes Filho

||| Proposituras de Doutor Honoris Causa e Saudações Acadêmicas ||| Universidade Federal de Alagoas| | Universidade Federal da Paraíba

Memorial Acadêmico | Pedro Nunes | Universidade Federal da Paraíba

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