Mestres de Vidraças na Estremadura nos Séculos XVII e XVIII

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Jornal da Golpilheira

. entrevista . história .

25

Janeiro de 2016

.história. Miguel Portela Investigador

Mestres de Vidraças na Estremadura nos Séculos XVII e XVIII Os mestres de vidraças, peculiarmente conhecidos pela produção de vitrais para mosteiros, conventos, igrejas, capelas, entre outros edifícios, desempenharam uma intensa atividade na região estremenha, sobretudo entre Serra d’El-Rei e Alcobaça, nos séculos XVII e XVIII. Contudo, esses profissionais não têm merecido a atenção devida por parte dos historiadores. Está ainda por investigar, analisar e divulgar o vasto património deixado por estes mestres, assim como por outros protagonistas que contribuíram direta e indiretamente para a produção desse legado. Sabemos que na zona de Serra d’ElRei proliferaram alguns mestres de vidraças que exerceram o seu ofício um pouco por toda a região estremenha. Sobressaem diversos nomes, entre os quais o de José Nunes, mestre de vidraças, cônjuge de Isabel de Miranda, cujo filho João foi batizado em Serra d’El-Rei a 1 de junho de 1687, e que ainda reconhecemos a exercer o seu ofício nesta região em 1730 (doc. 3 e 6). Igualmente de sublinhar é o nome de António Rodrigues de Miranda, mestre vidraceiro que residiu em Serra d’El-Rei, tendo executado, entre agosto de 1732 e fevereiro de 1733, as vidraças para a igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha (Arquivo Distrital de Leiria (A.D.L.), Confraria de Nossa Senhora do Rosário, Livro de Receita e Despesa da Irmandade do Rosário [1710-1739], Dep. VI-2-B-5, fl. 116v, publicado em PORTELA, Miguel, “As obras setecentistas na Igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha”, in Jornal da Golpilheira, Diretor: Luís Miguel Ferraz, Ano XIX, Edição 221, novembro de 2015, p. 17). Recordamos, como exemplo, que a obra da demolida Igreja de Nossa Senhora do Rosário das Caldas da Rainha, no ano de 1719, implicara o gasto de 510 réis no conserto de uma fresta pagos a um mestre vidraceiro (ibidem, fl. 64); e em 1725 fora despendida a quantia de 2000 réis para vidraças (ibidem, fl. 83). Reconhecemos o referido António Rodrigues de Miranda como filho de António Rodrigues, soldado, e de Maria Dias, tendo sido batizado a 4 de julho de 1669 na igreja de S. Sebastião de Serra d’El-Rei, (A.D.L., Livro de Registo Mistos de Serra d’El-Rei (L.M.), Dep. IV-40-C-81, at. n.º 1, fl. 11). Trata-se de António Rodrigues, oficial de vidraceiro, aquele que em 23 de outubro de 1707 surge, juntamente com sua mãe, Maria Dias, como padrinho de batismo de Marcelina, filha de João Dias e de Maria da Ascensão, moradores em Serra d’El-Rei (A.D.L., Livro Misto - Batismos, Casamentos e Óbitos de Atouguia da Baleia, Dep. IV-39-D-19, at. n.º 1, fl. 61v). O soldado António Rodrigues era filho de Francisco de Miranda e de Jerónima Rodrigues, tendo casado a 21 de fevereiro de 1678 na igreja de S. Sebastião de Serra d’El-Rei com Maria Dias, filha de Sebastião Pires e de Maria Dias, (A.D.L., L.M., Dep. IV-40-C-81, at. n.º 2, fl. 159). António Rodrigues de Miranda casou nessa dita igreja a 23 de janeiro de 1732 com Josefa Caetana de Santa Rosa, dos Casais do Pinhal (Óbidos), filha de Pedro da Silva e de sua mulher, Francisca Maria da Amoreira (doc. 7). É essencial referir que neste casamento surge como testemunha um indivíduo de nome José Nunes Colares, o qual consideramos ser familiar de Domingos Batalha, outro mestre vidraceiro, que fez os vitrais para a capela-mor da Sé de Lisboa, morador que foi na Calçada de Paio de Novais, nessa cidade. Poderemos estar na presença de um familiar de seu cunhado, ou mesmo de um familiar de João Nunes de Serra d’El-Rei já mencionado, conforme se declara no testamento do dito Domingos Batalha, lavrado a 2 de março de 1691, «Item, declaro que João Nunes, meu cunhado, morador em Colares, me deve dezouto mil réis de dinheiro que lhe emprestei, que delle se cobrarão como também \todas/

as mais dívidas que se me devem declaradas neste meu testamento, e os mais que se me estiverem a dever se que nelle não faço menção, como também mando se paguem as que eu estiver a dever» (Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, Registo Geral de Testamentos, Livro 64, fls. 49-51v., in SIMÕES, João Miguel Ferreira Antunes, Arte e Sociedade na Lisboa de D. Pedro II - ambientes de trabalho e mecânica do mecenato. Lisboa, 2002, 2 vols. Texto policopiado. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vol. II, pp. 55-57). Sabemos que, em 1674, Domingos Batalha, mestre de vidraças de Lisboa, surge em Colares como padrinho de António, filho de João Nunes, mestre de vidraças, e de sua mulher Maria Luís, ambos da Ribeira do Valente (Colares) (doc. 1). Através do testamento de Domingos Batalha já aludido, reconhecemos Domingas dos Santos, esposa de Tomás da Cunha, ambos moradores na freguesia de S. Nicolau, como sobrinha do dito Domingos Batalha por parte de sua mulher, e que terá falecido em Colares a 6 de junho de 1701 (A.D. Lisboa, Livro de Óbitos de Colares [16991723], Livro O5, Caixa n.º 18, at. n.º 2, fl. 15). Neste contexto salientamos o facto de, no ano de 1682, concretamente a 27 de abril, ter falecido Brites Nunes de Colares, viúva de Gaspar Carrasco, familiares de João Nunes, da Ribeira do Valente, em casa de seu genro João Leal, vidraceiro de Lisboa (doc. 2). Temos ainda conhecimento, através do documento relativo ao decesso de Ana Nunes, filha de Manuel Cristóvão, ocorrido em Colares a 6 de agosto de 1710, que esta estava esposada com Miguel Mendes, oficial de vidraceiro (doc. 5). Do consórcio de António Rodrigues Miranda e de Josefa Caetana de Santa Rosa nasceu, entre outros filhos, Ana, batizada a 26 de julho de 1736 na igreja de S. Sebastião em Peniche, (doc. 9). De seu nome completo Ana Joaquina de São José, casou-se nessa igreja a 2 de outubro de 1752 com António da Horta, filho de Pedro Gomes e de Maria da Horta de Atouguia da Baleia (doc. 10). Sabemos que os monges de Cister, mormente os do Mosteiro de Alcobaça, nos séculos XVII e XVIII, contrataram os mais diversos mestres em distintas áreas. Sobressaem os nomes dos mestres-deobras António Rodrigues de Carvalho, de Coimbra, e Manuel Dinis, de Lisboa; dos pintores Pedro de Moura, Bento Botelho, Pedro Peixoto, de Peniche, e João dos Reis Veloso; dos lavrantes de pedra Gonçalo Afonso, Paulo Ferreira, Estevão da Silva e José de Oliveira; dos pedreiros João Pereira de Lisboa, José de Oliveira e Jerónimo Correia; dos ourives Bartolomeu Correia e Manuel da Ressureição de Lisboa; do marceneiro Manuel Rodrigues; e do dourador Urbano Gomes da Costa de Lisboa, entre tantos outros, como participantes nas obras de enriquecimento do Real Mosteiro de São Bernardo. Nesse período, o Mosteiro de Alcobaça tinha ao seu serviço o mestre de vidraças Manuel Rodrigues Leão, morador em Lisboa, considerado um dos melhores mestres de vidraças em Portugal nesse período (doc. 4). De modo a alcançarmos os trabalhos executados pelos mestres vidraceiros, damos como exemplo uma relação das vidraças e consertos que efetuou Manuel Cristóvão, mestre vidraceiro de Lisboa, nos Paços do Santo Ofício em Lisboa, em 1734 (doc. 8). Consideramos relevante o aprofundamento de estudos neste campo, pois que na região de Colares se encontra um dos mais importantes focos de mestres vidraceiros nos séculos XVII a XVIII do nosso país, que deram origem a vários notáveis mestres de vidraças da região da Estremadura. Temos consciência de que existe um longo caminho a percorrer de modo a

Postal ilustrado do Mosteiro de Alcobaça. Sala dos túmulos onde são visíveis as várias vidraças desse monumental espaço.

proceder-se a uma atenta investigação arquivística tendo em vista reconhecer possíveis exemplares desta arte e ao mesmo tempo dar a conhecer as referências documentais que permitem elucidar a relevância e o valor intrínseco da arte do vitral nesta região de Portugal.

Apêndice Documental Documento 1 1674, setembro, 23, Colares - Registo de batismo de António, filho de João Nunes, mestre de vidraças, e de sua mulher, Maria Luís, em que surge como padrinho Domingos Batalha, mestre de vidraças de Lisboa. Arquivo Distrital de Lisboa (A.D. Lisboa), Livro de Batismos de Colares [1672-1691], Livro B7, Caixa n.º 3, assento (at.) n.º 3, fl. 8v. [fl. 8v] < Antonio. Ribeira do Valente > (a) Hoje vinte e tres dias do mes de setembro de mil e seissentos e setenta e quatro annos baptisei Antonio filho de João Nunes da Ribeira do Valente e de sua molher Maria Luis. Foi padrinho Domingos Batalha morador em a cidade de Lisboa freguesia de S. Niculao, e madrinha Anna dos Santos filha de Anna Luis veuva da mesma Ribeira. Manoel de Oliveira Barros. Documento 2 1682, abril, 27, Colares - Registo de óbito de Brites Nunes, que faleceu em casa de seu genri João Leal, vidraceiro. A.D. Lisboa, Livro de Batismos de Colares [16721691], Livro B7, Caixa n.º 3, at. n.º 3, fl. 38. [fl. 38] < Britis Nunes viuva > Aos vinte e sete de abril de seisentos e oitenta e dois veio de Lixboa a enterrar Britis Nunes da Boca da Mata viuva de Gaspar Carrasco, por faleser em casa de seu genro João Leal vidraceiro em Lixboa. Fes testamento e o dito seu genro testamenteiro, deixou a tersa a seu filho Gaspar Nunes com obrigasão de duas missas do Natal, deixou dous oficios de nove licois enterrouse no Convento de Santa Anna e por verdade fis e asinei. (a)O Cura Silvestre Nunes Franco. Documento 3 1687, junho, 1, Serra d’El-Rei - Registo de batismo de João, filho de João Nunes, mestre de vidraças, e de sua mulher, Isabel de Miranda. A.D.L., L.M., Dep. IV-40-C-81, at. n.º 1, fl. 22. [fl. 22] < João de João Nunes e Isabel de Miranda no 1.º de junho de 1687 > No primeiro dia do mes de junho de mil e seiscentos e oitenta, e sette baptisei na pia baptismal desta igreja a João filho de Jozeph Nunes mestre de vidraças e sua molher Isabel de Miranda foi madrinha Maria Nugueira donsella todos moradores neste lugar e o padrinho o Padre João Craveiro vigario da villa das Caldas de que fis este assento no mesmo dia. (a) O Cura Antonio do Couto Documento 4 1706, agosto, 9, Alcobaça - Registo de batismo de Francisco, filho de João Dias, e de sua mulher, Escolástica Francisca, em que surge como padrinho Manuel Rodrigues Leão, mestre vidraceiro do Mosteiro de Alcobaça. A.D.L., Livro de Batismo de Alcobaça 17031727, Dep. IV-24-A-4, at. n.º 3, n.º11, fl. 15v. [fl. 15v] 111 Em outo de agosto de mil e setecentos e seis baptizou o sobredito [vigário Manoel Dias Raposo] a Francisco filho de João Dias Raposo, e de Escholastica Francisca sua molher. Padrinho Manoel Roiz de Leam morador em Lixboa e mestre vidraçeiro do Convento e Madrinha Escholastica filha de Joam de Souza de que fis a prezente que asignei. (a) O coadjutor o Padre Jozeph Fragozo. Documento 5 1710, agosto, 6, Colares - Registo de óbito de Ana Nunes, que se encontrava esposada com Miguel Mendes, oficial de vidraceiro. A.D. Lisboa, Livro de Óbitos de Colares [16991723], Livro O5, Caixa n.º 18, at. n.º 3, fl. 30v. [fl. 30v]

Aos seis de agosto da era assima [1710] faleceo da vida prezente com todos os sacramentos Anna Nunes filha de Manoel Christovão ja defunto, e de sua molher Natalia Nunes das Cazas Novas: estava espozada com Miguel Mendiz official de vidrasiero. Esta sepultada na Matriz desta villa. De que tudo fiz este asento mes, e era ut supra. (a) O Parocho Luis Pereira. Documento 6 1730, fevereiro, 13, Serra d’El-Rei - Registo de batismo de António, filho de Domingos Jorge e de sua mulher, Luzia Delgada da Conceição, em que surge como padrinho José Nunes, vidraceiro. A.D.L., Livro de Batismos de Serra d’El Rei, Dep. IV-40-C-82, at. n.º 2, fl. 21v. [fl. 21v] < Antonio de Domingos Jorze > Em os treze de fevereiro de mil e setesentos e trinta annos eu Antonio da Couxa Delgado Parrocho em esta freguezia de São Sebastião da Serra DelRey baptizei, e pus os santos oleos a Antonio filho legitimo de Domingos Jorze e Luzia Delgada da Conceição neto pella parte paterna de Manoel Jorze e Maria Dias e pella parte materna de João Roiz e Luiza da Sylva todos moradores e baptizados no ditto lugar e freguezia de São Sebastião da Serra DelRey e násceo a criamça em sete do dito mes e forão padrinhos Jozeph Nunes vidraceiro e Catherina Jorze donzella, e todos moradores no dito lugar, e de tudo fis este termo dia, més, e era ut supra. (a) Parocho Antonio da Couxa Delgado. Documento 7 1732, janeiro, 23, Serra d’El-Rei - Registo de casamento de António Rodrigues de Miranda com Josefa Caetana de Santa Rosa. A.D.L., L.M., Dep. IV-40-C-81, at. n.º 1, fl. 21v. [fl. 207] < Antonio Roiz e Jozepha Caetana de Santa Roza > Em os vinte e tres dias do mes de janeiro de mil e settecentos e trinta e dous annos de tarde a porta desta Igreja de São Sebastião do lugar da Serra delRey se receberão por marido e molher como manda a Santa Madre Igreja de Roma em minha prezença e das testemunhas abaixo asignadas Antonio Rodrigues de Miranda filho de Antonio Rodrigues e de sua molher Maria Dias naturais deste ditto lugar da Serra delRey e freguezia de São Sebastião com Jozefa Caetana de Santa Roza filha legitima de Pedro da Silva natural dos Cazais do Pinhal de Obidos freguezia de São Pedro da ditta villa de Obidos onde ella foy baptizada, e de sua molher Francisca Maria natural da freguezia de Nossa Senhora das Aboboris do lugar da Amoreira e o ditto Antonio Rodrigues de Miranda morador nesta ditta freguezia e se receberão despois de feitas todas as denunciaçõens como manda o Concilio Tridentino e Constituiçõens deste patriarchado. Testemunhas prezentes Jozeph Nunnes Collares morador neste ditto lugar de Serra delRey e Jorge Gomes Souveral da villa de Peniche, Manoel da Silva, Sebastião Pires todos deste ditto lugar da Serra delRey e outras muitas pessoas que estavão prezentes e eu o padre Manoel Monteiro Franco nesta parochial Igreja de São Sebastião fiz este assento dia, mes, e anno ut supra. (a) O Cura Manoel Monteiro Franco (a) Jozeph Nunes + Collares (a) Jorge Gomes Soveral (a) Manoel da Silva (a) Sebastião Pires Documento 8 1734, abril, 7, Lisboa - Relação das vidraças e consertos que fez Manuel Cristóvão, mestre vidraceiro, nos Paços do Santo Ofício em Lisboa. Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, Livro de Despesas do Tesoureiro Manuel Afonso Rebelo [1733-1735], Liv. 547, fl. 6-6v. [fl. 6] Rol das vidrasas e comsertos que fis para ao pasos do Santo Ofisio desde o mes de marso de 1733 athe o prezente. Em o dito mes de marso fiz para Sua Himinensia [sic] huma vidrasa de vidros grandes finos que tem 8 vidros de 400 reis cada hum - 3200 Tem a dita sete palmos de fero de 25 reis - 175 Em abril comsertei 3 vidros grandes em hum lenpeão de 200 reis cada hum - 600 Comsertei outro vidro no dito lempeão de 80

reis - 80 reis Em setembro pus hum vidro branco grande em huma vidrasa do Senhor Joaquim Joseph de 350 Comsertei as vidrasas da galaria em que pus 15 vidros de 50 reis cada hum - 750 Pus hum vidro na caza das prosisois christalino - 350 Na camera de Sua Iminensia pus hum vidro de - 150 Na caza donde janta o dito senhor pus hum vidro - 150 Consertei as vidrasas do tinelo [sic] e do coredor de sima em que pus 24 vidros de 50 reis cada hum - 1200 Em outubro comsertei sete vidros de 70 reis cada - 490 Em novembro comsertei nas vidrasas do senhor padre Manoel Martins 3 vidros brancos de 150 reis cada hum - 450 Comsertei mais 4 vidros de 50 reis cada hum - 200 Nas vidrasas do senhor João Soares comsertei 4 vidros brancos de 150 reis cada hum - 600 Emporta esta conta salvo erro - 8745 (a) Manoel Christovão Recebi do Senhor Lecenseado Manoel Afonso Rabelo a quantia de oito mil setesentos e quaren // [fl. 6v] E quarenta e sinco reis que me pagou sendo thezoureiro desta Santa Inquisiação. Lixboa a cidade 7 de abril de 1734. (a) Manoel Christovão Documento 9 1736, julho, 26, Serra d’El-Rei - Registo de batismo de Ana, filha de António Rodrigues de Miranda e de Josefa Caetana de Santa Rosa. A.D.L., Livro de Batismos de Serra d’El Rei, Dep. IV-40-C-82, at. n.º 2, fl. 44v-45. [fl. 44v] < Anna de Antonio Roiz de Miranda > Em os vinte e seis dias do mes de julho de mil e settecentos e trinta e seis annos eu o padre Manoel Monteyro Franco, Cura na parochial Igreja de São Sebastião deste lugar da Serra de ElRey baptisei solemnemente, e pus os Santos oleos a Anna que nasceo em dezoito deste ditto mes filha legitima de Antonio Rodrigues de Miranda natural deste ditto lugar e freguezia de São Sebastião e de sua molher Jozepha Caetana de Santa Roza natural dos Cazais do Pinhal de Obidos freguezia de São Pedro da ditta villa de Obidos. Forão Padrinhos o Reverendo Padre Jorge de Oliveira da villa de Torres Vedres e tocou o Reverendo Padre João Delgado com huma reliquia de Nossa Senhora do Amparo de que tudo fis este assento // [fl. 45] e asignei dia mes e anno ut retro. (a) O Cura Manoel Monteiro Franco. Documento 10 1752, outubro, 2, Serra d’El-Rei - Registo de casamento de António da Horta, filho de Pedro Gomes e de Maria da Horta, com Ana Joaquina de São José, filha de António Rodrigues de Miranda e de Josefa Caetana de São José. A.D.L., L.M., Dep. IV-40-C-81, at. n.º 2, fl. 232v-233 [fl. 232v] < Antonio da Horta e Anna Joaquina > Em os dous dias do mes de outubro do anno de mil e settesentos e sincoenta e dous annos da tarde a porta da Parochial Igreja de São Sebastião deste lugar da Serra de ElRey termo da villa de Atouguia da Ballea em prezença de mim o padre João Delgado Cura da ditta igreja, e das testemunhas abacho nomeadas e asignadas, e outras muintas pessoas se receberão por palavras de prezente como manda a Santa Madre Igreja, e Constituicoens deste Patriarchado Antonio de Horta filho legitimo de Pedro Gomes e de sua molher Maria de Horta ja defunta mora // [fl. 233] moradores em o lugar dos Boulhos termos da vila de Atouguia da Balea freguezia de São Leonardo da ditta villa, e Anna Joaquina de São Joze filha legitima de Antonio Rodrigues de Miranda e sua molher Jozefa Caetana de São Joze ja defunta natural e moradora em esta ditta freguezia testemunhas prezentes o padre Joaquim Ferreira de Horta Cura de Miragaya, Antonio Ferreira do lugar de Ribafria, e Felipe de Andrade Madeira do lugar de São Bartholomeu termo da villa de Obidos de que fiz este assento dia mez, e anno ut supra e asignei com as ditas testemunhas. (a) O Cura João Delgado (a) O Cura Joaquim Ferreira da Hortta (a) Antonio Ferreira (a) Felipe de Andrade Madeira

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