Métodos de educação biligue

October 4, 2017 | Autor: Albert Traquinho | Categoria: Socilogy, Psicología Social, Socilogia
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1. Método de Experiência da Língua/ Ocasional

2ª Classe. L1

Características:
Desenvolve a gramática implícita, interacção, envolvimento emocional
com a experiência;
Desenvolve e organiza o pensamento, a recriação que provém do aluno ao
nível da escrita;
Baseia-se de uma experiência vivida e observada;
Interliga a observação, a oralidade e a produção escrita;
Possibilita a passagem da oralidade para a escrita.

Passos:
Fase I
Oralidade
i. Organizar os alunos em grupos;
ii. Distribuir o materila para a aula por forma a criar uma
experiência comum entre o professor e o aluno ou aproveitar uma
ocasião (aproveitamento do acaso);
iii. Desenvolver uma conversa acerca dos materiais: nomeiar e
explorar o material através de perguntas fechadas e abertas
(peso, cor, forma, tamanho, sabor, textura);
iv. Efectuar perguntas directas aos alunos (ex.: Quem gosta de isto
ou aquilo, etc).


Fase II
Experiência
i. O professor e os alunos escolhidos simulam uma ocasião a partir da
qual se vai elaborar o texto.


Fase III
Passagem da Oralidade para a Escrita e da escrita para leitura
i. O professor escreve algumas conclusões ou frases ditadas pelos alunos
a partir da observação feita da experiência;
ii. Os alunos fazem uma apreciação geral das frases escritas no quadro de
acordo com a experiência efectuada e por estes observada sob
orientação do professor;
iii. Os alunos lêem individualmente a frase ou texto escrita no quadro;
iv. Os alunos copiam o texto nos seus cadernos.

Fase IV
Produção da redacção escrita
v. Os alunos produzem pequenos textos ou história em grupos acerca
daquilo que gostam ou do material que lhes foi distribuido;
vi. Os alunos sob orientação do professor apresentam ou ilustram o texto
ou a história na vitrina da turma.
MÉTODO EXPERIÊNCIA DA LINGUA

O Método Experiência da Língua é um método específico para o ensino da L1
mas também pode ser utilizado na L2 em níveis mais avançados alcançados no
3º ciclo. Este método baseia-se no conhecimento que os alunos possuem da
sua língua materna, por essa razão denomina-se experiência da língua.


A aplicação deste método baseia-se nas seguintes etapas da aula:

1. A partir de uma experiência comum do professor e dos alunos como por
exemplo um acontecimento – um incêndio florestal, erosão, uma
tempestade ou ciclone, etc. um texto ou uma situação de comunicação, o
professor vai desenvolver com os alunos um diálogo ou um debate;
2. O professor orienta os alunos no sentido de discutirem sobre essa
experiência;
3. Durante o debate surgem ideias e vocabulário novo;
4. Os alunos ditam as ideias ao professor ou a um outro aluno que as
registam no quadro. O que se escreve no quadro depende do nível dos
alunos, por exemplo:


Principiantes: palavras-chave
Nível intermédio: frases
Nível avançado: histórias completas com título, etc.

5. Os alunos praticam a leitura das palavras escritas com ajuda do
professor.
6. Os alunos copiam as palavras, frases, ou histórias dos seus cadernos.
7. Os alunos podem fazer um desenho para representar o que escreveram.
8. O professor pode utilizar as palavras, frases, ou histórias escritas
para ensinar conceitos de fonética, gramática, compreensão,
interpretação, etc.






Nota importante: Dependendo se a aula é dada na L1 ou na L2, o nível de
exigência e desempenho dos alunos pode ser maior ou menor



































Aula Modelo: Experiência da língua


Tema: Cobra na sala
Objectivo: No fim da aula, os alunos podem:
(Principiantes: 1ª e 2ª classes) ler pelo menos uma frase das palavras-
chave.
(Nível intermédio: 2ª /3ª classes) ler pelo menos uma frase da
história.
(Nível avançado: 3ª, 4ª , 5ª, 6ª e 7ª classes) escrever e ler textos
inteiros.


Palavras-chave (fase de preparação; podem ser diferentes na prática,
dependendo das contribuições dos alunos): cobra, entrar, fugir,
morder, bater , matar, medo, etc.


Antecedentes: Os alunos e o Prof. têm uma experiência em comum, neste
caso uma cobra entrou na sala de aula


Antecipação/Motivação: O professor dialoga com os alunos sobre a
experiência.


Maca:


O Prof. faz perguntas abertas para extrair as ideias e
experiências dos alunos.
O Prof. aproveita a oportunidade para ensinar novo vocabulário.
Os alunos ditam as suas ideias e:

(Principiantes) o prof. escreve só as palavras-chave e pede ilustração
(Nível intermédio) o prof. escreve uma pequena história ditada pelos
alunos, incluindo o título.
(Nível avançado) os alunos podem escrever a experiência no quadro, ou
trabalhar em grupos para escrever.


Prática acompanhada:
O Prof. ajuda os alunos para praticar a leitura das palavras (mas o
prof. evita ler antes dos alunos).
O Prof. pode aproveitar a oportunidade para ensinar algo (fazer uma
análise das letras, da pronúncia, da gramática, etc.)


Prática independente(e/ou revisão) :
Os alunos copiam as palavras ou histórias nos seus cadernos.
Os alunos fazem desenhos ou símbolos nos cadernos para fazer-lhes
lembrar dos sentidos das palavras.


Avaliação:
O Prof. anda pela sala e pede a cada aluno para ler a sua palavra (ou
uma frase ou toda a história) para o Prof.


Extensão:
Na sala de aula, o Prof. pode usar as palavras ou histórias nos
cadernos para analisar outro aspecto da língua ou desenvolver mais
vocabulário.


Organizado por Samima Patel



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2. Método de Leitura por Prognóstico

Nível: médio avançado (2º e 3º Ciclos) L1 e L2

Características:
Estudo da gramática;
Os alunos desenvolvem a escrita e regras gramaticais;
Os alunos escrevem, recontam a mesma história.

Passos:
i. Organizar os alunos de modo a visualizarem as imagens;
ii. Conversar com os alunos sobre os tipos de histórias, adivinhas
que conhecem (motivação);
iii. Apresentar a nova informação ou conteúdo;
Prognosticar o título da história e conformar através da
semi-visualização de uma parte da imagem totalmente
ocultada;
Continuar a prognosticar sucessivamente a confirmar;
iv. Elaborar uma nova história pequena a partir dos prognósticos
admitidos ou confirmadas e iintitular;
v. Cada aluno lê a sua história para a turma;
vi. Analisar a moral da história;
vii. O professor corrige gramaticalmente oa textos de acordo com o
pragrama.



3. Método de Situações de Comunicação

Nível: 3ª, 4ª e 5ª classes. L2

Características:
Desenvolve a oralidade na L2;
Envolve mais de dois interlocutores;
Aplica-se nas diferentes disciplinas: Ciências Sociais e Naturais;

Passos:
i. Formação de grupos;
ii. Distribuição de papeis que contenham situações de comunicação;
iii. Preparação de simulação dramatizada ou não;
iv. Apresentação da simulação do grupo à turma;
v. Avaliação do desempenho do grupo por parte da turma.












4. Método de Diálogo com Fantoches

Nível: I ciclo. L2

Características:
Desenvolver a oralidade;
Entertenimento dos alunos;

Passos:
i. Introduzir o



























O método da Resposta Física Completa

Resposta Física Completa - RFC (Total Physical Response - TPR) é um
método de ensino da língua segunda (L2) ou língua estrangeira (LE) criado
em torno da coordenação entre a fala e a acção e visa ensinar a língua
através de actividades físicas (motoras). Foi desenvolvido por James J.
Asher em 1965 e tem sido aplicado com muito sucesso até aos dias de hoje em
contextos de aprendizagem em que os aprendentes não conhecem a língua
segunda ou estrangeira.


Este método consiste no ensino da segunda língua através de comandos
emitidos pelo professor e executados pelos alunos. Neste contexto, no
desenvolvimento do vocabulário, o professor pode orientar os alunos no
sentido de usarem a expressão corporal e o movimento para ilustrar o
vocabulário adquirido e executarem instruções e ordens que correspondam ao
nível de dos alunos. No começo, estes comandos são simples (exemplo:
"levante-se", "sente-se"), mas tornam-se mais complexos à medida que se
avança no curso (exemplo: " Alexandre, desenha uma camisa verde, uma saia
amarela e umas calças azuis).O professor pode pedir aos alunos para
executarem os movimentos de pessoas a sacharem ou a pescarem. Nesta
metodologia privilegia-se a expressão, a mímica e a execução dos comandos
como uma forma de representar o significado de uma palavra ou de uma acção
concreta. Por exemplo: ao ensinar as palavras correr ou dormir, lavar,
engomar, ler, escrever, os alunos poderão representar através da mímica ou
execução das acções correspondentes.

Uma das maiores vantagens apontada neste método é o facto de ser muito
movimentada, desempenhando-se muitas acções. Por exemplo, Krashen (1981)
refere que um dos méritos da RFC é que o input (informação) é compreensível
e o stress é reduzido, constituindo-se, assim, a chave de sucesso deste
método.

O seguinte é tradução dos conteúdos de um artigo escrito por James J.
Asher. Ele descreve a maneira de começar com um grupo que não fala nada da
língua segunda.[1]

PRIMEIRA AULA

Motivação: O professor pode demonstrar alguns gestos ou acções e dar os
mandatos na língua alvo. Os alunos vão entender o que disse pelos gestos.

Orientação dos alunos: O professor pode explicar na L1 que para aprender a
língua a pessoa tem de internalizar o código. A melhor maneira de
internalizar o código é assimilar os sentidos naturalmente, como fez na L1.
Mandatos são comuns na aquisição duma língua: por exemplo, a mãe disse,
"Olha para lá," "Diga papá," etc. O bebé não responde com palavras no
início, mas aprende e percebe pelo contexto. Este método imita a aquisição
da língua materna na língua segunda.

Ensino (INPUT): Usando sinais (gestos com as mãos) o professor pede o aluno
para fazer o seguinte:
"Levanta-te"
"Senta-te"
"Levanta-te"
"Senta-te"
Praticam mais se precisar; depois continuam com outros:
"Anda"
"Pára"
"Vira"
"Anda"
"Pára"
"Vira"
"Anda"
"Pára"
"Salta"
"Vira"
"Anda"
"Pára"
"Salta"
"Vira"
"Senta-te"
O professor pode observar os alunos – se eles todos conseguem obedecer os
mandatos sem hesitar, pode continuar. Ao contrário, se têm problemas podem
precisar da participação activa do professor como modelo de comportamento.

Próximo passo: Pode mandar Individuais a fazer. Quando todos podem
responder sem dúvidas, estão prontos para mais INPUT. O professor faz a
acção com os alunos:
"Aponta a porta"
"Aponta a cadeira"
"Aponta a mesa"
"Aponta a porta"
"Anda até a porta"
"Toca a porta"
"Aponta a cadeira"
"Anda até a cadeira"
"Aponta a mesa"
"Anda até a mesa"
"Toca a mesa"
"Aponta uma cadeira"
"Anda até uma cadeira"
"Senta-te na cadeira"

Próximo passo: Rever os mandamentos com vários individuais...
"Maria, levanta-te. Anda até à mesa. Aponta a
porta. Anda até à porta e toca a porta" etc.

Novidade: O professor pode introduzir novas combinações de mandatos para
despertar o interesse dos alunos. Por exemplo, pode pedir um individual a
fazer algo novo:
"João, aponta a cadeira. Salta até a cadeira." (Normalmente conseguem
fazer; senão, professor pode fazer com o aluno. Ou o professor pode pedir
outro aluno saltar a outro lugar para ajudar o primeiro adivinhar o
sentido.) " Salta até a mesa."

"Lúcia, levanta-te. Anda até a mesa. Agora, aponta a mesa. Agora toca a
mesa. Aponta a cadeira. Anda até a cadeira e senta-te.

"Eduardo, levanta-te. Anda até à mesa. Agora, senta-te na mesa." (Os alunos
vão rir..Se o Eduardo não conseguir, o professor pode acompanhar.)

Nota: A novidade não é para enganar. É para fazer-lhes pensar e divertir-
se. Também aumenta a auto-confiança quando o aluno consegue adivinhar uma
coisa surpreendente na língua segunda.

Introdução de mais vocabulário: Quando estão a responder facilmente, pode
introduzir mais vocabulário de coisas nos arredores, por exemplo janela,
tecto, chão, parede, quadro preto. A regra é normalmente introduzir 3
palavras novas e praticar antes de introduzir mais. Os alunos têm de ser
sucesso para não ficarem frustrados.



SEGUNDA AULA

Revisão: O professor pode trabalhar com um grupo de alunos e rever o
seguinte:
"Levanta-te"
"Senta-te"
"Levanta-te"
"Pára"
"Vira"
"Salta"
"Senta-te"
Agora pode expandir com outros mandatos:
"Anda até a janela"
"Toca a janela"
"Anda até a mesa"
"Toca a mesa"
"Anda até a porta"
"Toca a porta"
"Anda até a cadeira"
"Toca a cadeira"
Depois disso, o professor pode pedir individuais a fazer.
"Sílvia, levanta-te e anda até a porta"
" Júlio, levanta-te e anda até a janela"
"Eva, anda até a mesa e senta-te na mesa"
O professor pode monitorar a aprendizagem dos alunos para saber o ritmo
apropriado. A aula deve andar bastante rapidamente para manter o interesse
mas não para criar frustração.

Novos comandos: Agora o professor pode usar mais vocabulário. Pode mandar
um individual com o seguinte:
"Francisco, levanta-te e anda até a mesa."
"Toca o lápis." (Professor e aluno tocam lápis.)
"Levanta o lápis." (Os dois levantam o lápis.)
"Põe o lápis na mesa." (Os dois fazem.)
"Toca o livro." (Os dois fazem.)
"Levanta o livro." (Os dois fazem.)
"Põe o livro na mesa." (Provavelmente o aluno pode fazer sozinho agora.)
"Toca o papel." (O professor pode dar mais tempo para o aluno fazer.)
"Levanta o papel."
"Põe o papel na mesa."
Já que o aluno entende, o professor pode chamar mais alunos para mandar.
"Toca o livro."
"Toca o papel."
"Toca o lápis."
"Levanta o livro."
"Levanta o papel."
"Levanta o lápis."
"Põe o papel na mesa."
"Põe o livro na mesa."
Agora o professor pode variar os mandatos assim:
"Levanta o papel e o lápis."
"Põe só o papel na mesa."
"Agora põe o lápis na mesa."
"Levanta o lápis e o livro."
"Põe o livro na mesa mas não o lápis."
"Levanta o papel."
"Não pões o papel na mesa."
"Agora, põe o papel na mesa."
Nota-se que as pequenas palavras agora, só, e não são apresentados no
contexto e os alunos podem assimilar os sentidos facilmente.

Agora o professor pode mandar alguns alunos mais na mesma maneira, que pode
ser expandido para incluir:
"Abre o livro."
"Fecha o livro."

Novos comandos: Quando os alunos já entendem, o professor pode recombinar
as palavras que conhecem, por exemplo:

"Manuel, levanta-te. Anda até a mesa. Levanta o lápis e o papel. Anda até a
janela e põe o lápis no chão. Põe o papel na cadeira."

"Hortência, levanta-te. Levanta o lápis da cadeira e põe na mesa."

"Pedro, levanta o livro e põe no Manuel." (O aluno põe o livro na cabeça do
outro!)

Para manter o ritmo da aula, o professor pode preparar ma lista de mandatos
e manter na mão. Se um aluno tem dificuldades em entender, o professor pode
demonstrar ou pedir outro aluno para fazer.

Nova matéria: Agora o professor pode introduzir outras palavras
gradualmente, por exemplo:

Nome "Vou escrever o meu nome no quadro."
"Benilda, corre ao quadro e escreve o teu nome."
"Jaime, vai ao quadro e escreve o teu nome."
"Todo o mundo, escrevam os seus nomes nos seus
papeis."
Sobre "Anastácia, levanta o livro e põe o livro sobre a
cadeira."
"Põe o livro sobre a mesa."
"Põe o livro sobre a tua cabeça."
Debaixo de "Fernando, levanta o lápis e põe debaixo da cadeira."
"Agora põe o lápis debaixo da mesa."
"Põe o lápis debaixo da mesa."
Números "Vou escrever o número 1."
"Vou escrever o número 2." Ect. (até 10)
"Sara, escreve o número 3."
"Henrique, escreve 7."
Cabeça "Dulce, toca a cabeça."
"Todo o mundo, toquem as suas cabeças."
"Lucílio, toca a cabeça da Sónia."
Boca, orelhas, olho, braços, pernas, etc. (O professor continua da mesma
maneira.)

Nota-se que o professor não deve introduzir demais matéria de vez. A regra
é apresentar três coisas novas e depois praticar, antes de introduzir mais.
O professor deve chamar cada aluno para praticar, ou individualmente ou num
grupo, e manter um ritmo interessante.

Organizado por Samima Patel

Referência:

Richards, C. Jack & Rodgers. S. Theodore. (2001). Approaches and Methods in
Language Teaching. 2a Ed. Cambridge University Press.

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[1] As sequências foram traduzidas por Carol Benson, especialista em
Educação Bilingue, para um curso de formação de técnicos do INDE.
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