Microcorrente galvânica no tratamento de estrias

August 22, 2017 | Autor: Junia Raquel | Categoria: Microbiology
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Microcorrente galvânica no tratamento de estrias Karen Karolline Braga de Oliveira1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia2 Pós-Graduação em Fisioterapia em Dermato-funcional_ Faculdade de Cambury

Resumo A pesquisa refere-se ao tratamento de por meio da microcorrente galvânica em estrias, que são regiões de atrofia da pele que possuem aspecto linear, com comprimento e largura variáveis. O intuito foi fazer uma análise bibliográfica, com o objetivo de evidenciar nesse contexto, analisar a microcorrente galvânica no tratamento de estrias. Trata-se de uma revisão literária de bibliografias publicadas nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Foram utilizados os descritores: “Microcorrente Galvânica”, “Estria” e “Tratamento”. Para efeito de análise, configurou-se a seguinte pergunta de pesquisa: Quais os efeitos da Microcorrente galvânica no tratamento d estrias? Pode-se concluir por meio deste estudo que a utilização da corrente galvânica apresentou resultados positivos seja isolada ou associada a outros métodos, pois em todos os estudos pesquisados mostrou-se uma melhora no aspecto da pele e um grau de satisfação nas mulheres que sofriam com estrias. Diante desta premissa, podemos observar a aplicabilidade clínica do tratamento de estrias com a corrente galvânica. Palavras-chave: Microcorrente Galvânica; Estria; Tratamento. 1. Introdução Um dos problemas estéticos mais comuns observados na maior parte das mulheres são as estrias, que segundo Milane et al (2006), são regiões de atrofia da pele que possuem aspecto linear, com comprimento e largura variáveis. O autor supracitado relata ainda que inicialmente têm aspecto eritemato-violáceas, finas e podem gerar prurido. Com a evolução do quadro, adquirem o aspecto esbranquiçado, quase nacarado, tornando-se mais largas. O aparecimento de estrias está relacionado a diferentes situações clínicas como, por exemplo, o crescimento e/ou aumento de peso repentino, gravidez, alterações endocrinológicas, especialmente as associadas a corticoides e ao estrógeno, exercício vigoroso [...] [...] e algumas infecções como febre tifóide e hanseníase. Caracterizam-se clinicamente por uma banda ou linha de cor e textura diferentes da pele normal, podendo ainda apresentar-se em elevação ou depressão do tecido (SILVA 2009).

Almeida et al (2009), relatam que as estrias tem frequência elevada, sobretudo no gênero feminino, permite que se questione se, de fato, devem ser consideradas como anormais [...] [...] A alteração, além de ser desagradável, do ponto de vista estético, também acarreta alterações comportamentais e emocionais, sendo que o sintoma mais __________________________________________________________________________________________________________________________________ 1

Pós graduando em Fisioterapia Dermato Funcional Mestrando em Bioética e Direito em Saúde, Especialista em Metodologia do Ensino Superior e graduada em Fisioterapia. 2

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comum causado por estrias são as alterações emocionais. Essas alterações raramente provocam quaisquer problemas médicos, mas, tendo-se em vista que saúde não é somente ausência de doença, este fato passa a ter relevância social e clínica.

Baseado nesse contexto, o presente estudo busca, por meio de revisão das publicações relevantes dos últimos 10 anos, investigar a microcorrente galvânica como tratamento de estrias com o objetivo de fornecer tratamento individualizado a estrias. 2. Fundamentação Teórica 2.1 Tecido epitelial A pele é uma complexa estrutura que tem como função principal o revestimento do organismo, protegendo assim as estruturas internas do corpo humano. A pele desempenha as seguintes funções: Proteção– a queratina, proteína cuja síntese você irá estudar ainda nesta aula, protege a pele contra o atrito e contra a perda de água por evaporação. O pigmento melanina protege a pele contra a ação lesiva dos raios ultravioleta; as células de Langerhans presentes na epiderme e outras células de defesa presentes na derme protegem a pele contra a invasão de microorganismos. Termorregulação– a pele apresenta importante função na regulação da temperatura corpórea através da sua extensa rede vascular, das suas glândulas sudoríparas e do tecido adiposo nela presente. Excreção– além da importante função na termorregulação, as glândulas sudoríparas eliminam vários produtos tóxicos do metabolismo celular, como uréia, amônia e ácido úrico. Sensorial– através das células de Merkel e das terminações nervosas livres presentes na epiderme e também de vários tipos de terminações nervosas sensitivas presentes na derme, a pele recebe informações do meio ambiente e as envia para o sistema nervoso central. Metabólica– a vitamina D, essencial para a fixação do cálcio nos ossos, é produzida na pele sob a ação dos raios solares. O tecido adiposo da hipoderme constitui uma importante reserva de energia para o corpo (CEDERJ, 2004; BRAVIM e KIMURA, 2007). SODRÉ e AZULAY (2004); (Bravim e Kimura, (2007), relatam ainda que a pele é dividida em três camadas. A primeira composta por células epiteliais escamosas estratificadas, a segunda pela derme subjacente coriácea e a terceira por um coxim de gordura subcutânea.

2.1.1.1 Epiderme A epiderme é altamente resistente ao desgaste e as infecções, suas camadas superficiais são virtualmente impermeáveis à água, prevenindo contra a dessecação e também contra a passagem de água através da superfície corporal externa (DALSASSO, 2007).

Fonte: http://www.criasaude.com.br/N6436/doencas/pele.html Figura 1: Epiderme

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2.1.1.2 Derme Segundo Mertz (2007); Pravatto (2007); Mendonça e Rodrigues (2011), a derme é a camada da pele, composta por fibras de colágeno e de elastina e por uma matriz extracelular, que colaboram para a força e elasticidade da pele. As fibras de colágeno atribuem à pele sua força e determinam as características físicas da pele. Além disso, o autor citado acima relata que a pele contém: vasos sanguíneos e linfáticos que conduzem oxigênio e nutrientes para as células e removem produtos residuais; fibras nervosas e folículo piloso, que contribuem para a sensibilidade, a regulação da temperatura e excreção e absorção através da pele, fibroblastos que são importantes na produção de colágeno e elastina.

A derme é composta de duas camadas de tecido conjuntivo: a derme papilar, camada mais externa, é composta de fibras de colágeno e fibras reticulares que são importantes no processo de cicatrização das lesões. Os capilares da derme papilar trazem a nutrição necessária para a atividade metabólica (AZEVEDO, 2005).

Fonte: http://www.criasaude.com.br/N6436/doencas/pele.html Figura 2: Derme

2.1.1.3 Hipoderme A hipoderme é formada por tecido conjuntivo frouxo, que une de maneira pouco firme a derme e aos órgãos subjacentes. Funcionalmente, a hipoderme além de depósito nutritivo de reserva, participa no isolamento térmico [...] [...] e na proteção mecânica no organismo às pressões e traumatismos externos e facilita a mobilidade da pele em relação às estruturas subjacentes. Dependendo da região e do grau de nutrição do organismo, poderá ter uma camada variável de tecido adiposo, constituindo o panículo adiposo (DALSASSO, 2007).

Fonte: http://www.criasaude.com.br/N6436/doencas/pele.html Figura 3: Hipoderme

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2.1.1.4 Anexos da pele Os anexos da pele são estruturas que se originam por invaginação da epiderme na derme. São eles: pêlos, glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas e unhas. A distribuição, o arranjo e a estrutura detalhada deles variam nas diferentes regiões da pele, mas a estrutura geral obedece a um padrão básico (CEDERJ, 2004).

Fonte: http://www.criasaude.com.br/N6436/doencas/pele.html Figura 4: Anexos da Pele

2.2 Reparação tecidual A regeneração é um processo muito complexo, no entanto essencial sem o qual o corpo seria incapaz de sobreviver. Esse processo envolve ações integradas das células, matriz e mensageiros químicos e visa restaurar a integridade do tecido o mais rápido possível. “A regeneração de uma lesão no tecido epitelial inicia logo após a perda da comunicação entre células adjacentes, sendo liberados no local da lesão substâncias quimiotáticas, que irão direcionar a migração das células originárias do tecido vascular e conjuntivo”. A reparação vai depender da idade do paciente, da sua nutrição, da administração de corticosteróides, se diabéticos ou sofrendo influência do hormônio de crescimento. Esse processo é dividido em três fases: inflamatória, proliferativa (proliferação celular) e de remodelamento (síntese de elementos para a constituição da matriz extracelular) (AMARAL et al, 2007).

2.3 Estrias De acordo com Carneiro e Junqueira (2004); Boneti (2010); Maio (2004), as estrias são como um processo degenerativo cutâneo, benigno, caracterizado por lesões atróficas ocorrendo em trajeto linear onde variam de cor, dependendo da sua fase evolutiva [...] [...] na primeira etapa as estrias são denominadas striae rubrae (rubras). Quando estão instaladas na pele são denominadas de striae albae (Alba) no momento em que as lesões tornam-se esbranquiçadas, quase nacaradas. Estas são classificadas de acordo com sua coloração, as rosadas apresentam aspecto inflamatório, e as atróficas apresentam aspecto cicatricial.

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Fonte: http://www.ligadao.net/estrias-vermelhas/ Figura 5: Estrias

Segundo Maia et al (2008), à luz de observações morfológicas e dados moleculares, estrias sugerem correlação entre perda da capacidade de síntese dos fibroblastos e alteração na estrutura do tecido conjuntivo, do colágeno, da elastina e das fibras de fibrilinas, com redução significativa na estria comparada com a pele normal. O autor acima relata também que as estrias estão associadas com vários estados de doença e situações fisiológicas, incluindo a gravidez. Nas gestantes, as estrias ocorrem em mais de 70% das pacientes e são encontradas mais comumente no abdome, no quadril, nas nádegas e nos seios. O aspecto estético é a grande preocupação para a maioria das mulheres.

Fonte: http://www.ligadao.net/estrias-vermelhas/ Figura 6: Estrias

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2.3.2 Histologia Analisando o aspecto histológico, Silva et al (2012), relatam que as estrias apresentam-se como lesões atróficas que dispersam o tecido colágeno e elástico, além de redução da presença das células da pele como queratinócitos, melanócitos e fibroblastos. 2.3.3 Etiologia Apesar de sua etiologia ainda controversa, três teorias sugerem seu surgimento. A teoria mecânica aponta o aumento na deposição de gordura no tecido adiposo levando a um estiramento e ruptura das fibras elásticas e colágenas da pele, [...] [...] enquanto a teoria endocrinológica indica a estimulação adrenocortical devido a alterações hormonais como a causa do surgimento das estrias em adolescentes e grávidas. E por último, a teoria infecciosa considera que processos infecciosos e o uso de corticoides danificam as fibras elásticas, propiciando o aparecimento das estrias (LAGE et al, 2009).

2.3.4 Características clínicas Observa-se que as estrias podem se distribuir de maneira local ou numerosa, com disposição paralela umas às outras e perpendicularmente às linhas de clivagem da pele. No início, as estrias têm aspecto eritemato-violáceas, finas e podem gerar prurido [...] Ao passar a fase inflamatória, as estrias evoluem para um quadro atrófico, adquirem o aspecto esbranquiçado, quase nacarado, tornando-se mais largas, devido ao rompimento de fibras elásticas e colágenas (SILVA et al, 2012).

Fonte: http://images.search.conduit.com/ Figura 7: Estrias

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2.4 Corrente Galvânica De acordo com Borges (2006); Pereira (2006), a corrente galvânica é uma corrente com fluxo constante de elétrons em uma só direção. O fluxo da corrente não sofre interrupção nem varia sua intensidade na unidade de tempo [...] [...] Chamada tambérn de corrente contínua, corrente direta, unidirecional ou corrente constante. É uma corrente dita polar porque mantém definida a polaridade durante o tempo da aplicação, com ação a nível mais superficial. Por definição, o estimulador de corrente direta contínua não tem pulsos e consequentemente, não tem formas de onda ou parâmetros de pulso.

Fonte: http://images.search.conduit.com/ Figura 8: Corrente Galvânica

3. Metodologia Trata-se de uma revisão literária de bibliografias publicadas nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Foram utilizados os descritores: “Microcorrente Galvânica”, “Estria” e Tratamento”. Para efeito de análise, configurou-se a seguinte pergunta de pesquisa: Quais os efeitos da Microcorrente galvânica no tratamento de estrias? Foram incluídos estudos que demonstrassem a microcorrente galvânica no tratamento de estrias, ou que contribuíssem para o objetivo do presente estudo, publicados entre 2004 a 2014 na língua portuguesa. Foram excluídos os estudos que não atendiam ao período do estudo e publicações que não tratavam de pesquisa científica. Não foram restringidos tipos de estudos, se observacional ou experimental. A análise iniciou pela leitura de todos os títulos e resumos dos artigos para excluir aqueles que não tratavam do tema em questão e após esta etapa foram obtidos os artigos para a leitura completa para a análise dos principais resultados encontrados e conclusões dos autores.

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4. Resultados e Discussão Os artigos escolhidos foram criteriosamente analisados extraindo informações primordiais relacionadas ao tipo de estudo e os métodos utilizados no tratamento de estrias. No presente trabalho seis artigos científicos entram em discussão (Tabela 1).

Autor / Ano

Pereira (2006)

Brovim e Kimura (2007)

Consuin (2007)

Tratamento Reultados

Estudos preliminares mostraram que ocorre um acentuado aumento no numero de fibroblastos jovens, uma neovascularização e o retorno da sensibilidade dolorosa após algumas sessões de estimulação elétrica, e como consequência uma grande melhora no aspecto da pele.

Proporciona a regeneração da pele ocasionada pelos efeitos intrínsecos da corrente contínua e dos processos envolvidos na inflamação, obtidos pelo estímulo físico da agulha.

Melhora do aspecto da pele.

Almeida et al (2009)

Após o tratamento o resultado foi positivo, podendo ser considerada como uma opção no tratamento de estrias devido à diminuição da extensão das áreas afetadas e consequente melhora no aspecto geral da pele.

Lage et al (2009)

Possui como objetivo intensificar a resposta inflamatória, desta forma aumentando o edema por meio da mobilização da água dos tecidos estimulados e da resposta vasomotora o que ocasiona aumento da migração de fibroblastos e alinhamento de colágeno.

Silva et al (2012)

A microgalvanopuntura apresenta resultados promissores no tratamento de estrias, visto que o método estimula um processo inflamatório ocasionado pela inserção da agulha e pela corrente galvânica, fazendo com que as estrias se suavizem pela regeneração celular.

O presente estudo foi realizado com o objetivo demonstrar o tratamento de estrias por meio da microcorrente galvânica. Pereira (2006), relata que em 1780, Alexandra Volta descobriu a pilha elétrica, surgindo a corrente galvânica ou contínua. No final do século XIX, a medicina física começou a utilizar a corrente galvânica ou contínua para a introdução de medicamentos, tratando processos inflamatórios e reumáticos, como soluções de sulfato de magnésia nas bursites; histamina nas afecções reumáticas crônicas e outros.

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O autor citado acima expõe que a corrente galvânica é uma corrente com fluxo constante de elétrons em uma só direção. O fluxo da corrente não sofre interrupção nem varia sua intensidade na unidade de tempo. Chamada tambérn de corrente contínua, corrente direta, unidirecional ou corrente constante. É uma corrente dita polar porque mantém definida a polaridade durante o tempo da aplicação, com ação a nível mais superficial. Por definição, o estimulador de corrente direta contínua não tem pulsos e consequentemente, não tem formas de onda ou parâmetros de pulso por esse motivo, parece um erro classificar essa corrente como sendo de baixa frequência. Pode-se notar no presente estudo que o uso da corrente galvânica é um método eficaz na aplicabilidade clínica, que de acordo com Bravim e Kimura (2007), isso ocorre, pois proporciona a regeneração da pele ocasionada pelos efeitos intrínsecos da corrente contínua e dos processos envolvidos na inflamação, obtidos pelo estímulo físico da agulha. A inserção da agulha deve ser subepidermicamente, paralela à pele, por toda a extensão da estria. O processo de regeneração da estria se baseia na somatização dos efeitos intrínsecos da corrente galvânica e dos processos envolvidos na inflamação. Entretanto para um bom resultado o autor referido acima menciona que não se deve realizar uma nova sessão até que o quadro inflamatório tenha desaparecido por completo, evitando assim que o processo inflamatório gerado venha a se tornar crônico, atrapalhando dessa forma o resultado esperado. Consuin (2007), corrobora com o estudo acima ao verificar uma melhora do aspecto da pele com estrias com o uso da corrente galvânica em 12 voluntárias entre 18 e 22 anos que possuíam estrias em várias regiões do corpo. As voluntárias submeteram-se a uma sessão semanal, durante um mês, totalizando 4 sessões. A estimulação microgalvânica consistiu da aplicação intradérmica de corrente galvânica. Para aplicação fora utilizadas como eletrodo ativo (polo negativo), agulhas de acupuntura de 5 mm, descartáveis. A avaliação das estrias foi feita por meio de um microscópio que analisa a superfície da pele com aumento de 10x. Foram comparadas imagens pré-tratamento e pós-tratamento utilizando-se o método de planimetria por contagem de pontos. Os resultados obtidos pela planimetria foi uma melhora do aspecto da pele. Pereira (2006), relata que tal melhora está baseada principalmente no fato de que a fibra muscular não se regenera. Estudos preliminares mostraram que ocorre um acentuado aumento no numero de fibroblastos jovens, uma neovascularização e o retorno da sensibilidade dolorosa após algumas sessões de estimulação elétrica, e como consequência uma grande melhora no aspecto da pele, que fica muito próxima do normal. Almeida et al (2009) tem demonstrado o tratamento de estrias com corrente galvânica utilizando as técnicas de escarificação e ponturação. A técnica de ponturação consistiu na introdução de uma agulha de espessura 2,5 x 5,0 mm de forma subepidérmica, a 45 o de angulação, ponturando toda a extensão da estria. O autor relata que foi utilizada uma intensidade de 150 microamperes. Já o método de escarificação consistiu no deslizamento de uma agulha de espessura 0,18 x 8 mm, a 90o, em relação a superfície cutânea, linearmente por três vezes no mesmo local, utilizando uma intensidade de 300 microamperes. As aplicações foram feitas durante quatro semanas, uma vez por semana, totalizando quatro sessões. Uma semana após o término das sessões no estudo acima, foi realizada uma coleta de imagens assim como no início do tratamento. Foi aplicada uma escala de satisfação do tratamento. A satisfação foi mensurada por uma escala do tipo Likert que varia de 1 (insatisfeita) e 4 (plenamente satisfeita). Após o tratamento o resultado foi positivo, pois tanto as duas técnicas em conjunto com a aplicação da corrente galvânica podem ser consideradas como uma opção no tratamento de estrias devido à diminuição da extensão das áreas afetadas e consequente melhora no aspecto geral da pele.

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Já Lage et al (2009), realizou um estudo com 10 voluntárias do gênero feminino, onde mostrou o efeito da corrente galvânica associada a punctura. A punctura realizada foi um eletrodo especial do tipo agulha, com o intuito de atingir parte da derme para posterior reparação tecidual. A punctura foi aplicada, em alguns sujeitos de forma independente e em outros sujeitos associada à corrente galvânica, que possui como objetivo intensificar a resposta inflamatória, desta forma aumentando o edema por meio da mobilização da água dos tecidos estimulados e da resposta vasomotora o que ocasiona aumento da migração de fibroblastos e alinhamento de colágeno. Após as intervenções do estudo supracitado e, cessado o processo inflamatório, todos os sujeitos responderam ao roteiro de entrevistas final e foi realizado um registro de imagens assim como no inicio do tratamento. Após a análise dos resultados, os autores concluíram uma significativa redução de incômodo pelas estrias após o procedimento. Entretanto, ainda que o estudo evidencie uma diferença significativa entre o resultado obtido após quatro sessões de corrente galvânica associada à punctura e punctura isolada, no estudo realizado, os autores relatam que visualmente e de acordo com a percepção dos sujeitos submetidos ao procedimento não houve diferença. Acredita-se, porém, que com número maior de sessões seja possível notar um resultado mais satisfatório em pessoas tratadas com a punctura associada acorrente galvânica. Por fim, Silva et al (2012), relata a íntima relação do sexo feminino com a incidência de estrias e a procura por tratamentos estéticos, através da fisioterapia dermato-funcional. A microgalvanopuntura apresenta resultados promissores no tratamento de estrias, visto que o método estimula um processo inflamatório ocasionado pela inserção da agulha e pela corrente galvânica, fazendo com que as estrias se suavizem pela regeneração celular. 5. Conclusão De acordo com a pesquisa, a estria é um dos problemas estéticos mais comuns nas mulheres. Diante disto a procura por tratamento tem aumentado na área Dermatofuncional. Os autores pesquisados apontaram a corrente galvânica como um tratamento eficaz e que possui aplicabilidade clínica, pois, intensifica a resposta inflamatória, desta forma aumentando o edema por meio da mobilização da água dos tecidos estimulados e da resposta vasomotora o que ocasiona aumento da migração de fibroblastos e alinhamento de colágeno, proporcionando a regeneração da pele. Após o tratamento com a corrente galvânica nos estudos selecionados o resultado foi positivo, podendo ser considerada como uma opção no tratamento de estrias devido à diminuição da extensão das áreas afetadas e consequente melhora no aspecto geral da pele. Diante disto, pode-se concluir por meio deste estudo que a utilização da corrente galvânica apresentou resultados positivos seja isolada ou associada a outros métodos, pois em todos os estudos pesquisados mostrou-se um grau de satisfação nas mulheres que sofriam com estrias. Diante desta premissa, podemos observar a aplicabilidade clínica do tratamento de estrias com a corrente galvânica. Este estudo pode ser utilizado como fonte de dados para futuras pesquisas, assim como servir de referência para tratamento de mulheres com estrias. 6. Referências ALMEIDA, Ana Zuila. et al. Estudo comparativo do tratamento de estrias atróficas com microcorrente galvânica utilizando as técnicas de escarificação e ponturação. Artigo apresentado como exigência parcial para obtenção do título de especialista em Fisioterapia Dermato funcional UCG/CEAFI. Goiânia, 2009. AMARAL, Cintia Netto do et al.Tratamento em estrias:um levantamento teórico da microdermoabrsão e do peeling químico. TCC (graduação em Cosmetologia e Estética) Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, 2007.

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Coordenadoria de Trabalhos Monográficos do Centro de Educação Física, Fisioterapia e Desportos, Universidade do Estado de Santa Catarina, FLORIANÓPOLIS–SC, 2007. SILVA, Rodrigo Marcel Valentim. LEVANTAMENTO RETROSPECTIVO DOS ATENDIMENTOS EM ESTRIAS DO AMBULATÓRIO DE FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL DA UNIVERSIDADE POTIGUAR (UNP), NATAL/RN. CATUSSABA, Ano 1, n° 2, abr. / set. 2012. SILVA, Viviane Salomão Rosa. Efeitos da carboxiterapia no tratamento de estrias atróficas brancas. 8 p. Artigo apresentado como exigência parcial para obtenção do título de especialista em Fisioterapia Dermato funcional UCG/CEAFI. Goiânia, 2009. SODRÉ, Celso Tavares. AZULAY, Ruben David. A pele: estrutura, fisiologia e embriologia. In: AZULAY, Ruben David. Dermatologia. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2004.

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