Midiatização como Matriz para o Estudo do Ecossistema Midiático Contemporâneo

May 27, 2017 | Autor: Luciana Carvalho | Categoria: Epistemology, Media Ecology, Mediatization (Communication Studies), Digital media ecosystems
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Descrição do Produto

Midiatização como Matriz para o Estudo do Ecossistema Midiático
Contemporâneo[1]


Luciana Menezes Carvalho[2]
Anelise Rublescki[3]
Eugenia Mariano da Rocha Barichello[4]

Universidade Federal de Santa Maria


Resumo




O trabalho conduz uma reflexão teórica de caráter epistemológico sobre a
midiatização, proposta como matriz conceitual para os estudos dos meios de
comunicação que integram o ecossistema midiático contemporâneo. Na primeira
seção, a midiatização é discutida como conceito que permeia as
transformações tecnossociais observadas na sociedade, tendo como fator
desencadeador as novas configurações dos meios de comunicação. Na segunda
parte, propõe um entendimento dos meios de comunicação como ambiências a
partir da perspectiva da Ecologia dos Meios. Finalmente, reflete sobre a
possibilidade de a midiatização ser utilizada como matriz epistemológica
nos estudos dos meios que integram o ecossistema midiático.


Palavras-chave

Midiatização; mídias digitais; epistemologia da comunicação; media ecology.



1 Midiatização

A midiatização tem sido abordada como o processo pelo qual os meios de
comunicação superam seu caráter representacional e de simples mediação em
relação aos campos sociais e se tornam uma realidade complexa que organiza
todos os âmbitos da vida social na atualidade, constituindo novas formas de
interação (FAUSTO, 2008); ou como um fenômeno pelo qual a mídia passa a
constituir uma nova forma de vida, um bios[5] midiático (SODRÉ, 2002), uma
ambiência cultural midiatizada.
Hjarvard (2011) propõe um entendimento da midiatização como um
processo que ocorre a partir dos meios em seus aspectos tecnológico,
institucional, cultural e social. Nesta perspectiva, ela é um fenômeno
histórico observado a partir da emergência de determinadas condições
tecnossociais que tornaram possíveis essas novas formas de interação.
Ao entender a midiatização como processo, fenômeno social e, ao mesmo
tempo, conceito que procura explicar as transformações que vem se
desenvolvendo no âmbito da mídia e da sociedade de um modo geral, Fausto
Neto (2008, p. 92) propõe que


Já não se trata mais de reconhecer a centralidade dos
meios na tarefa de organização de processos interacionais
entre os campos sociais, mas de constatar que a
constituição e o funcionamento da sociedade – de suas
práticas, lógicas e esquemas de codificação – estão
atravessados e permeados por pressupostos e lógicas do que
se denominaria a 'cultura da mídia'.


Pode-se dizer que, nesta perspectiva, a sociedade da midiatização
difere da sociedade dos meios na medida em que, nesta, tinha-se apenas o
fenômeno de centralidade da mídia em relação aos demais campos sociais, em
que as organizações midiáticas ainda mantinham seu caráter meramente
representacional e a mídia ainda poderia ser observada como um campo
autônomo, institucional; a mídia era constituída apenas pelos meios de
comunicação de massa, que estavam em poder de uma parcela pequena de
pessoas (os proprietários das organizações de comunicação – emissoras,
jornais, revistas).
Na sociedade da midiatização, por outro lado, tecnologias voltadas
para a comunicação interpessoal (computadores, telefones) são convertidas
em meios que alteram o quadro anterior, com a ideia de mídia ultrapassando
os limites de um campo ou instituição; tem-se mídia por todos os lados,
mediando as interações entre as pessoas, entre as organizações e a
sociedade, e entre as próprias organizações. Como afirma Fausto Neto (2008,
p. 93), "as mídias perdem este lugar de auxiliaridade e passam a se
constituir uma referência engendradora no modo de ser da própria sociedade,
e nos processos e interação entre as instituições e os atores sociais".
A midiatização, neste sentido, só é possível em determinados contextos
sociotécnicos, posto que, para se desenvolver, pressupõe um conjunto
articulado de condições econômicas, sociais e culturais. É um processo
histórico que passa a observado em contextos de globalização e
desenvolvimento tecnológico, ou seja, está presente em sociedades
desenvolvidas ocidentais, e de forma não homogênea (HJARVARD, 2011).
Segundo este autor, a midiatização se processa em dupla face: 1) a
mídia ganha um caráter institucional semi-independente em relação às demais
instituições - que precisam a ela se adequar para ter acesso a uma série de
recursos; e 2) a mídia se integra às rotinas das outras instituições, que
desenvolvem suas práticas em meios de comunicação próprios (meios
institucionais). Trata-se, portanto, no primeiro caso, de uma inclusão, no
âmbito conceitual da midiatização, do que já se registrava na sociedade dos
meios, em que a mídia ocupa lugar central de mediação dos demais campos e
instituições.
Para Fausto Neto, conforme já abordado nos parágrafos anteriores, a
midiatização seria observada apenas a partir do segundo aspecto e incluiria
ainda outro, mais importante, que diz respeito à midiatização das
interações entre os atores sociais; ou seja, nesta "dupla face" proposta
por Hjarvard não está incluído o principal aspecto da midiatização em seu
estágio atual, que é a presença dos meios e das lógicas da mídia em
praticamente todos os âmbitos comunicacionais, inclusive nas esferas de
relacionamento interpessoal.
Esse aspecto, ainda que não apareça na ênfase dada ao caráter de
"dupla face" da midiatização, é mencionado por Hjarvard quando inclui, no
aspecto institucional, o nível microssocial em que se dão as interações,
sempre pensadas do ponto de vista institucional (indivíduos dentro de uma
instituição, como a escola, a família, por exemplo). Em cada um desses
contextos em que a midiatização se manifesta, entra em cena, para o autor,
um conjunto de características materiais do meio em questão que, de algum
modo, condicionam seus usos potenciais.
O autor recorre ao conceito de affordances, de Gibson (1979), para
explicar essa potencialidade dos meios para determinados usos que
estruturam a interação entre usuário e mídia. Assim, os meios funcionariam
como tecnologias que atuam a partir dessas affordances, que "facilitam,
limitam e estruturam a comunicação e a ação". Este conceito reforça o
argumento do autor em favor da ideia de que a midiatização ocorre em um
determinado contexto, mediante a disponibilidade de certos tipos de meios
que tem potencialidade para exercer uma maior influência e impacto na
sociedade e na cultura, como é o caso das tecnologias digitais atuais.
Nesta linha, pode-se concordar que a popularização dos
microcomputadores seria o marco histórico que separa "a era elétrica da
mídia de massas e a era digital de hoje" (LOGAN, 2011, p. 3). Antes disso,
no entanto, uma série de aparelhos eletrônicos de consumo individual, como
videocassetes, walkmans, fotocopiadoras - possibilitaram a conformação de
uma nova cultura em plena era de consumo massivo da TV, que Santaella
(2003) denominou "cultura das mídias". Seguindo a argumentação de Hjarvard,
seria o início do processo de midiatização.
O que se observa é que, efetivamente, houve no período – mais ou menos
a partir dos anos 1980 – caracterizado por uma multiplicação de meios
técnicos. Esses recursos info-comunicacionais foram sendo apropriados pelas
pessoas no consumo diário, modificando a relação-fruição com e dos meios
massivos, que, por sua vez, se adaptam ao mercado e se segmentam cada vez
mais. É a partir deste momento que pode-se falar de midiatização do
cotidiano.
Entender que os meios, em suas interações na sociedade, possibilitam
mudanças culturais, permite enxergar a midiatização como um processo que
ocorre a partir de um período de ubiquidade dos meios na vida social. É
quando há uma invasão de tecnologias de forte impacto sociocultural na vida
cotidiana, em um sentido totalmente diferente do que os meios massivos
operavam, que se pode falar em midiatização.
Esse entendimento dos meios como ambientes remete à perspectiva
ecológica da mídia – matriz conceitual que tem no aforisma mcluhaniano "o
meio é a mensagem" sua gênese e que tem sido atualizada para o estudo das
mídias digitais.


2 Os meios de comunicação na perspectiva ecológica

Os principais pressupostos da Ecologia dos Meios[6] resumem-se em duas
ideias centrais: a) os meios de comunicação constituem um entorno (o medium
como ambiência) que modifica nossa percepção e nossa cognição; b) os meios
são as espécies que vivem em um ecossistema e estabelecem relações entre si
e com os sujeitos que nele interagem (SCOLARI, 2010).
Nesta concepção, "a medium is a technology within which a culture
grows; that is to say, it gives form to a culture's politics, social
organization, and habitual ways of thinking" (POSTMAN, 2000, p. 10). Da
mesma forma como na natureza, em que um ecossistema é formado por
organismos que coabitam em um ambiente, ecossistema midiático é formado
pelos meios de comunicação e as relações que eles estabelecem entre si e
com a sociedade. Cada mudança no ambiente (a sociedade) afeta os meios,
assim como cada novo meio (ou tecnologia) que ingressa no ecossistema afeta
sua totalidade.
Deste modo, a popularização de tecnologias de consumo personalizado e
a entrada dos microcomputadores no ecossistema de mídia massivo, como
afirmado na seção anterior, e a subsequente popularização de tecnologias
digitais transformaram esse ecossistema, que passou, então, a conformar uma
nova cultura, com novas formas de interação tecnossocial. De receptores de
meios de comunicação de massas, as pessoas transformaram-se em usuários. A
cultura massiva tornou-se, aos poucos, midiatizada (primeiramente em uma
"cultura das mídias"), exacerbando-se com a internet e a evolução das
tecnologias digitais (emergindo uma "cultura digital" ou
"cibercultura"[7]).
A partir do ponto de vista da Media Ecology, pode-se observar a
emergência, nos últimos anos, de um ecossistema de base digital que marca
uma evolução do ecossistema anterior, de característica massiva. Neste
sentido, a midiatização pode ser entendida como um processo que tem início
no cerne do ecossistema de massas, com a "cultura das mídias", e evolui
gradativamente até o estágio atual, em que se tem a "cultura digital", em
um processo que não está finalizado.
A ideia de evolução é uma das metáforas ecológicas utilizadas pelo
paradigma da Media Ecology que ajuda a compreender o caráter dinâmico do
ecossistema midiático. Da mesma forma, ajuda a compreender processos de
coevolução, remediação e hibridismos que marcam a era digital (SCOLARI,
2012).
Assim, é possível entender o que ocorre quando surge, com cada vez
menores intervalos de tempo, novas tecnologias na forma de softwares,
gadgets, aplicativos, sites e serviços que reconfiguram o ecossistema, na
medida em que adquirem o caráter de meios tecnossociais, ambiências
culturais que transformam a forma como circulam os fluxos informativos, as
interações entre os atores (individuais, institucionais), a formação dos
vínculos. Um meio raramente morre. De modo geral, cada meio evolui em
correlação com os novos, hibridiza-se, como é o caso do que vem ocorrendo
com a imprensa desde o surgimento do telégrafo.
No ecossistema digital, devido às possibilidades técnicas e a
condições socioculturais favoráveis, a convergência é a principal mostra
desses processos evolutivos. É através deles que em um mesmo aparelho, e em
uma multiplicidade deles, se tem acesso a diferentes mídias (envolvendo
diferentes linguagens, tecnologias, atores, processos). Com as tecnologias
móveis, novas configurações são possíveis, ampliando a complexidade deste
ecossistema digital, marcado por características como convergência
tecnológica, cultura de participação, ubiquidade.
A tecnologia digital tornou possível uma maior participação dos
usuários, que passaram a produtores de conteúdo. Com a tecnologia digital e
a convergência midiática ocorrem maiores transformações no ecossistema
midiático porque as "novas tecnologias midiáticas permitiram que o mesmo
conteúdo fluísse por vários canais diferentes e assumisse formas distintas
no ponto de recepção" (JENKINS, 2008, p. 36). É o caso das mídias e redes
sociais digitais que apresentam maior potencialidade que os meios
anteriores para uma comunicação mais participativa e em rede, devido às
apropriações técnicas e simbólicas[8] dadas pelos usuários
A metáfora do ecossistema ganhou fôlego na última década, a partir da
chegada dos blogs, identificados pelos pesquisadores como uma nova espécie
no ecossistema, que logo passou a se relacionar de maneira simbiótica com
os meios massivos (BOWMAN & WILLIS, 2005; DEUZE, 2006; LASICA, 2003). Além
dos blogs, outros meios digitais agregam-se ao ecossistema, fazendo emergir
um novo ambiente tecnológico, social e cultural.
Esses processos evolutivos dos meios são permeados, conforme já
discutido nos parágrafos anteriores, em relação mútua, pelo fenômeno da
midiatização.
Portanto, para se estudar os meios na atualidade, mesmo que seja um
estudo sobre a televisão, por exemplo, defende-se, neste trabalho, a
importância ter como matriz epistemológica a midiatização. Isto porque
observa-se que a midiatização perpassa os processos de produção, circulação
e recepção de qualquer mídia nos últimos anos, desde a constituição da
cultura das mídias até o advento da cultura digital, prosseguindo em
direção a novas matrizes culturais que venham a ser observadas a partir das
mudanças que ocorram no ecossistema.




3 Midiatização como matriz epistemológica para o estudo dos meios

A partir do que foi discutido nas seções anteriores, propõe-se que a
midiatização, enquanto processo e marco conceitual, possa ser utilizada
como matriz epistemológica para os estudos da comunicação na atualidade,
independentemente dos meios que venham a ser objeto dessas investigações.
Levando em conta que a cultura digital tem sua base na convergência, e
partindo da perspectiva ecológica dos meios, não há como pensar nos meios
ainda ditos massivos (televisão, rádio, imprensa) sem inseri-los no
contexto do ambiente midiatizado que os meios digitais – em suas
apropriações tecnossociais – possibilitaram emergir.
A proposta é que se tenha a midiatização como contexto, já que ela é
um processo social que caracteriza nossas sociedades na época atual, e, ao
mesmo tempo, pensa-se na midiatização como matriz conceitual.
No primeiro sentido, a ideia é mais simples. Trata-se - ainda que não
se aprofunde todas as consequências da midiatização em uma pesquisa sobre
as mensagens televisivas, por exemplo – de, ao menos, se lançar alguma luz
sobre o fenômeno, para tentar entender a complexidade que ganham essas
mensagens por conta das alterações promovidas pelo ambiente midiatizado nos
processos de produção, circulação e recepção ou consumo desses produtos
culturais. Apenas como exemplo, menciona-se o hábito sócio-cultural já
instalado dos telespectadores assistirem a um programa televisivo tecendo,
simultaneamente, comentários sobre ele via Twitter ou Facebook.
O mais complexo é o aspecto conceitual desta escolha da midiatização
como uma matriz epistemológica. Pressupõe-se que ela deva partir da noção
central dos meios como ambiências culturais conforme a perspectiva
midiacêntrica da Ecologia dos Meios, fundada por McLuhan[9]. A MediaEcology
propõe um quadro teórico-epistemológico inovador para a pesquisa na área,
podendo ser renovada na atualidade com novas categorias que surgem das
transformações no ecossistema midiático digital.
Os seus postulados principais estiveram sempre ligados às noções de
meios como ambientes e da perspectiva ecológica como uma relação
"intermeios". Na atualidade, o ecossistema midiático pode ser pensado, de
forma mais ampla, como uma rede de tecnologias, produtores, consumidores,
forças sociais e também como um quadro teórico que pode e deve conversar
com outras áreas próximas (como a Teoria Ator-Rede e a Teoria da Construção
Social da Técnica) para dar conta da complexidade do quadro atual da mídia
(SCOLARI, 2010, 2012).
Os meios evoluem em inter-relação uns com os outros através de
processos de extinção, sobrevivência, equilíbrio, pontuando uma ecoevolução
(SCOLARI, 2012). Assim, o que se propõe neste artigo é partir da
midiatização como contexto básico de análise dos meios na atualidade.
Adotada esta concepção, propõe-se que as pesquisas também entendam a
midiatização como uma como matriz conceitual; ou seja, defende-se uma
perspectiva teórica dos meios como ambiências. Ou seja, por que não adotar
nos estudos comunicacionais a Ecologia dos Meios como perspectiva teórica
não apenas para o estudo do digital enquanto tecnologia, mas o digital
enquanto cultura que caracteriza o ecossistema midiático contemporâneo,
formado por meios institucionais, redes sociais, micromídias digitais e
outros meios de comunicação que hoje se imbricam por meio de distintos
encadeamentos[10]? Desta forma, a midiatização é concebida como macro
conceito para dar conta desta complexa rede de relações entre aparatos
técnicos, atores sociais e suas interações.


4 Considerações finais
Neste artigo procurou-se evidenciar que a Comunicação é a sociedade e
a sociedade engloba os meios de comunicação. Meios e práticas sociais
sempre datadas, reflexo de um tempo histórico-sócio-comunicacional, que
pressupõem diferentes articulações entre si em cada período.
A midiatização – marca sócio-cultural deste início de século XXI –
torna-se uma das matrizes teóricas que parecem viabilizar as pesquisas
atuais sobre a comunicação na sociedade e nos seus plurais meios digitais.
Seja como contexto ou como matriz teórica, o que se observa é que
estudos que optam pela midiatização como matriz epistemológica tendem a
contemplar a nova Ecologia dos Meios, fortalecendo a compreensão das
múltiplas articulações, tendências e das nuances que os diferentes meios
estabelecem intra e entre si na sociedade contemporânea.


Referências Bibliográficas

BOWMAN, S.; WILLIS, C. The future is here, but do news media companies see
it? Nieman Reports, vol. 59, no. 4, p. 6-10, 2005.Disponívelem:
.Acessoem: 14 abr. 2009.

DEUZE, M. Liquid Journalism. Political Communication Report, 6(1), March,
2006. Disponívelem:
. Acesso em: 15 out. 2011.

FAUSTO NETO, Antônio. Fragmentos de uma "analítica" da midiatização.
Matrizes. Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da USP. São
Paulo, 2008, ano 1, n.2, p. 89-105.

GIBSON, James. The Ecological Approach to Visual Perception. Boston:
Houghton Mifflin, 1979.

HJARVARD, Stig. Midiatização: teorizando a mídia como agente de mudança
social e cultural. In: Matrizes, ano 5, n. 2, jan/jun., 2012.

JENKINS, H. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008.

LASICA, J. D. Blogs and Journalism Need Each Other. NiemanReports, Fall
2003, p. 70-4. Disponível em:
. Acesso em: 12
ago. 2009.

POSTMAN, N.The Humanism of Media Ecology.(2000). Media EcologyAssociation.
Disponível em: . Acesso em: 16 jun. 2012.

PRIMO, Alex. Interação mediada por computador. Porto Alegre: Sulina, 2007.

SANTAELLA, L. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à
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SCOLARI, Carlos A. Media Ecology: exploring the metaphor to expand the
theory. In: Communication Theory, n.22, 2012, p. 204-225.

________________. Ecología de los médios. Mapa de um nicho teórico. In:
QuadernsdelCac, 34, vol. XIII (1), Jun 2010, p 17-25.

SODRÉ, Muniz. Antropológica do espelho: uma teoria da comunicação linear e
em rede. Vozes, 2002.
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[1] Trabalho apresentado no Grupo de Trabalho Estudos de jornalismo do IV
SIPECOM - Seminário Internacional de Pesquisa em Comunicação
[2] Jornalista, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Professora do curso de
Jornalismo do Centro Universitário Franciscano.
E-mail: [email protected].
[3] Jornalista. Doutora em Comunicação e Informação (UFRGS). Pós-doutoranda
no Programa de Pós-Graduação em Comunicação (UFSM). Bolsista Capes-Fapergs.
E-mail: [email protected].
[4]Professora titular no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFSM.
Doutora em Comunicação e Cultura (UFRJ). E-
mail:[email protected].
[5] Refere-se o autor aos bios aristotélicos Aristóteles conceitua três
bios: do conhecimento, do prazer e da política.
[6] Ainda que a institucionalização da perspectiva ecológica da mídia tenha
sido proposta por Postman, consideram-se os canadenses Harold Innis e
Marshall McLuhan, juntamente com Walter Ong, os principais pais-fundadores
da Media Ecology. Nas obras desses autores aparece, pela primeira vez, a
aplicação explícita da metáfora ecológica ao estudo dos meios de
comunicação (SCOLARI, 2010).
[7] Conforme propõe Santaella (2003), a cultura das mídias marca a era de
popularização das tecnologias de consumo individual, que prepararam o
terreno para a chegada da internet e das tecnologias digitais, quando
eclode a cultura digital ou cibercultura.
[8] Apropriação aqui é pensada de acordo com Lemos (2002), para o qual a
apropriação técnica tem a ver com a aprendizagem de uso da tecnologia e a
simbólica com os usos criativos quase sempre desviantes dados pelos
usuários.
[9] Tem-se McLuhan como o principal pai fundador, ainda que Postman tenha
sido responsável pela institucionalização desta área de estudos.
[10] A questão do encadeamento entre diferentes níveis de mídia é levantada
por Primo (2007).
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