MIL FITA - Dimensões formativas na trajetória e atuação de rappers

May 30, 2017 | Autor: Michel Brasil | Categoria: Popular Music Studies, Hip-Hop/Rap, Educação Musical, Música Popular Brasileira
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Michel Antônio Brasil Teixeira

“MIL FITA” Dimensões formativas na trajetória e atuação de rappers

Pré-Projeto de Pesquisa apresentado ao Mestrado em Artes do PPGArtes/UEMG

Linha de Pesquisa: Processos de Formação, Mediação e Recepção

Orientador: Prof. Dr. Luiz Alberto Bavaresco Naveda

Belo Horizonte, 2016.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ________________________________________________ Página 3 JUSTIFICATIVA ______________________________________________ Página 6 OBJETIVOS ___________________________________________________ Página 7 METODOLOGIA ______________________________________________ Página 8 CRONOGRAMA _______________________________________________ Página 9 REFERÊNCIAS _______________________________________________ Página 10

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“MC bom é mais que photoshop e refrão.” Criolo (rapper paulistano)

INTRODUÇÃO

O presente projeto foi elaborado para ser submetido à seleção do Mestrado em Artes do PPGArtes UEMG, na linha de pesquisa Processos de Formação, Mediação e Recepção. “Mil Fita” é uma proposta de pesquisa situada no campo da educação musical e objetiva investigar processos de aprendizagem musical de rappers de Belo Horizonte. Como se aprende o estilo musical rap? Quais atributos e habilidades são necessários para ser um rapper? Quais as trajetórias formativas dos rappers de Belo Horizonte? Existe algum tipo de padrão nestas trajetórias? De que maneira este aprendizado pode contribuir com a reflexão sobre o ensino musical? Esta proposta se apoia em minha própria trajetória de aprendizado e na trajetória de diversos rappers e MCs que conheci ao longo dos anos. Sou graduado em Radialismo e Televisão pela UFMG, mas também sou músico autodidata e, ao longo dos anos, aprofundei uma pesquisa transversal em música popular afro-diaspórica; seja como baterista, comunicador, educador ou disc-jóquei. Conheci diversos músicos ligados ao rap no percurso de minha trajetória artística e profissional. Através da convivência e colaboração com estes músicos, pude perceber que o aprendizado musical da maioria deles aconteceu, prioritariamente, de maneira informal. Entretanto, creio que as maneiras que os rappers se formam musicalmente não se tratam de processos cristalizados no tempo. Ainda que possam existir certas similaridades, o processo pelo qual um rapper aprende música hoje em dia é distinto do que aconteceu há mais de duas décadas, época em que os primeiros grupos de rap se formaram no Brasil. Em artigo no site do Nexo Jornal, Ricardo Teperman atesta algumas mudanças significativas no rap nacional: Nos quinze anos que separam Emicida de Mano Brown, pelo menos duas coisas mudaram no Brasil: a maior escolaridade e o maior acesso a bens de consumo, ambas potencializadas pela democratização da internet de banda larga e da tecnologia em geral. A maioria dos rappers da geração de Emicida tem diploma de curso técnico ou universitário e muitas vezes começou no rap em festivais de música promovidos nos colégios, acessando a internet em lanhouses ou em computadores pessoais para ouvir, produzir e divulgar música. A grande desenvoltura no trato com a mídia e com as noções de “carreira” e “mercado” se devem, ao menos em parte, a essas novas configurações. Em comparação, nenhum dos quatro integrantes do Racionais concluiu o ensino

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médio, e apenas com muita dificuldade podia acessar os meios técnicos do sistema da música (TEPERMAN, 2015).

Emicida e Mano Brown, rappers citados no artigo de Teperman, sintetizam momentos distintos do rap brasileiro. De maneiras diferentes (sem serem opostas), ambos ajudam a evidenciar as mudanças ocorridas no país nas últimas duas décadas; onde as classes menos favorecidas tiveram mais acesso aos bens de consumo não-duráveis, mais acesso à educação, maior acesso à comunicação móvel (dentre outros fatores). Ao mesmo tempo, ambos evidenciam metamorfoses sofridas pelo estilo musical: maior diversidade estética, mais aceitação do rap pelo mercado e por outro músicos; mais artistas solo e menos grupos (de rap). Se o gênero passou por transformações, assim como o contexto das periferias e o próprio país; quais as mudanças operadas nos processos de aprendizado musical inerentes a este estilo? O que é “ser rapper” atualmente? O que significa “aprender rap” hoje em dia? Acredito que ainda existem várias semelhanças na maneira como diferentes gerações de rappers de formaram. Porém, o processo atual possui certas especificidades: o rap é uma linguagem consolidada; a presença da internet e da telefonia móvel constituem-se como ferramentas de pesquisa e criação; além da existência de oficinas e outros processos formativos em rap. Por conseguinte, algumas práticas e alternativas menos recentes tem perdido força, como por exemplo, os ensaios coletivos em ONGs, Igrejas e outros espaços comunitários (prática comum nos anos 90).

Rap, Hip Hop e Educação Musical Informal O interesse de pesquisadores pela cultura Hip Hop e a música rap tem crescido nos últimos anos, especialmente a partir do início do novo milênio. Estudiosos de diversos campos do conhecimento têm se debruçado sobre este universo, contribuindo com diferentes análises que passam por uma diversidade de “departamentos”. Estudos como os de DAYRELL (20005), ROSE (1994) e HERSCHMANN (2000), atualmente constituem-se como importantes referências para estudos sobre o assunto. Assim como o funk carioca (seu “primo” mais novo), o rap é um gênero musical advindo da “apropriação de tecnologia barata por não-músicos” (PALOMBINI, 2009, p. 50). Trata-se de uma narrativa musical contemporânea, que se refere a elementos tradicionais e ao mesmo tempo os re-significa. Além disso, é um estilo intrinsicamente 4

ligado a questões sociais, ao cotidiano, à convivência nas grandes cidades. Tal ligação não se manifesta somente nas letras, como se concretiza de maneira sonora. O rap soa como a vida, as coisas e, obviamente, as pessoas. Em sua análise sobre a música rap no evento Duelo de MCs, em Belo Horizonte, Gustavo Marques evidencia a relação entre música e cultura urbana, demonstrando a influência de costumes e contextos sociais na produção sonora do rap: Não é a toa que musicalmente, tanto teoricamente quanto na forma de produção, o rap se desenvolve como um estilo à parte, que se apropria de músicas já existentes para produzir a sua própria num patamar diferente, feito na prática e livre de amarras teóricas, como se procurasse resistir ou se soltar delas. Superada essa dicotomia entre prática e teoria, é possível aprender não só com a cultura hip-hop, mas, sobretudo com a música rap[...] (MARQUES, 2013, p. 123)

Em relação ao aprendizado dos elementos expressivos do gênero, é possível dizer que ele acontece de maneira predominantemente informal. O aprendizado informal “pode ser definido como um aprendizado não-linear, cooperativo, controlado por um grupo social ao invés de um indivíduo” (FEICHAS, 2010. tradução nossa). Ainda segundo a autora: Eles [os músicos] não passam por um processo sistemático de aprendizado nem uma gradação de conteúdo curricular. Ao contrário, eles constroem seu conhecimento de acordo com suas necessidades e motivações, as quais são associadas com mais prazer e diversão. Consequentemente, o conhecimento e as habilidades adquiridas são mais significativos e concretos para a vida musical deles. (FEICHAS, 2007, p. 4)

A pesquisadora Lucy Green é uma das principais autoridades no campo da educação musical não-formal, e tem sido ponto-de-partida para diversas pesquisas na área. No Brasil, existem algumas pesquisas sobre do universo temático abordado pela presente proposta, sobretudo na UFRGS, onde estudiosas como ARALDI (2007) e FIALHO (2003) dedicaram-se a estudar processos de aprendizagem e produção de conhecimento inerentes ao rap e hip hop. Uma outra busca de sistematização que fornece inspiração para este projeto é o livro organizado por ANDRADE (1999), que reúne uma série de artigos refletindo sobre a relação entre o rap e a educação.

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JUSTIFICATIVA

O que me incentiva a propor esta pesquisa é seu potencial de diálogo com a atual discussão sobre a atualização de práticas de ensino e aprendizagem musical. É possível observar um número cada vez maior de pesquisas que defendem uma renovação dos procedimentos de ensino musical, a partir de um diálogo mais intenso com processos da aprendizagem informal e o background dos alunos. Para a construção de uma escola de música includente, é preciso que o “conhecimento científico”, escondido muitas vezes sob o discurso musical acadêmico, dialogue com o discurso musical das ruas, sem hierarquização, para que, tanto um quanto outro, possam ser enriquecidos. (ASSANO, 2001, p. 6)

Acredito que esta proposta dialoga com as referências e pesquisas em educação musical que vêm sendo empreendidas no PPGArtes UEMG. É a partir deste tipo de diálogo que me sinto empoderado a propor este estudo, pois creio que o mesmo, somado a outros que o complementam, podem fornecer subsídios para uma reflexão sobre “o ensino da música popular em si” (GREEN, 2008) e, quiçá, a construção de parâmetros e políticas públicas de ensino musical. Precisamos evidenciar na educação musical que, de fato, o que importa não é o transplante musical de estruturas desprovidas de significados, mas sim uma verdadeira contextualização das propostas de ensino com músicas diversificadas, em que sejam considerados os valores e as relações mais amplas de cada manifestação, inserindo a prática educativo-musical no universo global das diferenciadas realidades. (QUEIROZ, 2005, p. 61).

Dayrell já atestou a importância da hip hop e rap para a sociabilização dos jovens de periferia, afirmando que “a música é a atividade que mais os envolve e os mobiliza” (DAYRELL, 2005, p.12). Sendo assim, oficinas e outros processos formativos relacionados ao rap têm se tornado frequentes em escolas e projetos sociais. Estas oficinas têm sido conduzidas por rappers que encontram no mínimo duas grandes razões para fazê-lo: contribuir para a “evolução” de sua “comunidade” (espécie de missão pedagógica do Hip Hop); e garantir sua “condição”, sua sustentabilidade pessoal. Embora existam experiências pedagógicas interessantes nestes projetos, existe pouca sistematização e referências sobre estas práticas. Ainda que a pesquisa não se proponha a investigar o ensino do rap em escolas e projetos sociais, acredito que ela pode contribuir com este debate; fornecendo insumos para a sistematização e atualização dos processos de ensino musical nestes contextos. 6

Mas não é somente a constante presença das oficinas de rap em projetos que incentivam esta proposta de reflexão. Outras pesquisas sobre educação musical no universo do hip hop ajudam a atestar a contribuição do rap para novos pensamentos e modelos de ensino e aprendizado musicais. No que se refere à importância de pesquisar as diferentes manifestações musicais e a relação que as pessoas fazem com a música para as diferentes formas de pensar a educação musical, ressalto o quanto foi possível "aprender" a partir desta investigação. Esse "aprender" é refletido em um pensar a educação musical dentro das diferentes relações socioculturais em que é desenvolvida. Trata-se de um repensar currículos e conteúdos, e uma atuação que procure entender as diferentes formas de vivência musical. (ARALDI, 2007, p. 9)

Compartilho este pensamento e considero que, ao estudar os processos de aprendizado característicos do rap, estamos aprofundando uma reflexão sobres fazeres e pedagogias musicais contemporâneas; ao mesmo tempo em que projetamos a educação musical do futuro.

OBJETIVOS · Objetivo Geral Investigar processos de educação musical em instâncias informais de aprendizagem, a partir da análise de trajetórias de aprendizado e atuação de rappers de Belo Horizonte.

· Objetivos Específicos - Identificar práticas de educação musical presentes no cotidiano de criação e produção musical do gênero rap. - Esboçar um histórico dos processos de educação musical vivenciados pelos músicos investigados. - Tecer relações entre os casos estudados e outros estudos sobre aprendizagem musical informal. - Discutir procedimentos e diretrizes de ensino musical que dialoguem com as práticas musicais contemporâneas. - Sugerir práticas educativas para a formação musical de jovens em escolas públicas, que dialoguem com os processos inerentes ao rap/hip hop.

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METODOLOGIA

A presente proposta não se afasta da tradição de pesquisa do campo. Trata-se de uma abordagem qualitativa, que se nutre de procedimentos de pesquisa das ciências humanas e das artes. A metodologia envolve um estudo multicasos, apoiado em um conjunto de práticas de observação e levantamento de dados. Lia Tomás, em um dos volumes da série “Pesquisa em Música no Brasil”, organizada pela ANPPOM, atesta que: “[...] a tendência ao trabalho participativo, aplicado ou engajado também é um traço se estende a outras subáreas de pesquisa, visto não ser exclusivo da Etnomusicologia. Notadamente a subárea da Educação Musical é adepta a métodos de pesquisa que envolvem o pesquisador e o pesquisado, assim como os estudos de caso, a aplicação de questionários semiestruturados, e mais recentemente, o aprendizado musical informal” (TOMÁS, 2015, pgs. 64-65).

Os métodos de coleta de dados a serem utilizados são: · Pesquisa bibliográfica · Questionário, a ser aplicado junto à rappers de diferentes estilos, influências e gerações. A ideia é esboçar um mapeamento de possibilidades formativas vivenciadas pelos pesquisados. Além de contribuírem para a pesquisa como um todo, os dados aqui coletados balizarão a escolha das situações e casos a serem etnografados. · Observação participante. A partir da análise do mapeamento inicial, pretendo acompanhar três rappers de diferentes gerações. É imprescindível que haja uma diversidade (de estilos, influências e trajetórias) entre os rappers estudados. Acredito que a principal contribuição dos rappers “antigos” para o corpus será através das entrevistas, uma vez que eles já vivenciaram o processo de aprendizado. No caso dos mais novos, terei uma possibilidade maior de reunir informações a partir da etnografia, observando o aprendizado dos mesmos nas diversas situações e espaços que contribuem para a formação destes músicos. A intenção inicial é observar dois espaços – que suponho serem - primordiais para o aprendizado dos rappers: o estúdio e o palco. Pretendo acompanhar pelo menos um processo de gravação de cada um dos pesquisados; em estúdios independentes como o Xeque Mate, Produto Novo, Giffoni e Pro Beats. Também estarei presente em shows e eventos de rap, em seus diversos formatos: Festivais (Cidade Hip Hop, Palco Hip Hop), Festas (Um Boom Som, Taka Fogo, Kronics), Duelos de MCs e sarais; assim como em

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eventos em diversas comunidades (Lá da Favelinha, Circuito Soundystem). O registro será feito através de anotações, assim como gravações de áudio e vídeo. · Entrevista semi-estruturada, registrada em áudio (em alguns casos a entrevista pode também ser registrada em vídeo). Além dos músicos pesquisados, tenho a intenção de entrevistar

outros

músicos

para

enriquecer

minha

análise,

confirmar

hipóteses/suposições. · Análise documental: músicas, bases instrumentais, fotos, reportagens, consulta a sites e redes sociais que tenham informações sobre as carreiras e trajetórias dos pesquisados.

CRONOGRAMA DE PESQUISA ANO 1 Mês 1

Mês 2

Mês 3

Mês 4

Mês 5

Mês 6

Mês 7

Mês 8

Mês 9

Mês 10

Mês 11

Mês 12

M. 22

M. 23

M. 24

Revisão Bibliográfica Questionário Análise Dados Observação de campo Realização Entrevistas

M. 13

M. 14

M. 15

ANO 2 M. M. M. 16 17 18

M. 19

M. 20

M. 21

Observação de campo Realização Entrevistas Análise dos Dados Redação da Dissertação Revisão Textual Defesa Dissertação

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REFERÊNCIAS ANDRADE, Elaine Nunes de. Rap e Educação: Rap é Educação. São Paulo: Summus Editorial, 1999. ARALDI, Juciane. Prática Musical de DJs e Educação Musical. In: XVII Congresso da ANPPOM, 2007, São Paulo. Anais do XVII Congresso da ANPPOM. Sao Paulo, 2007. p. 1-10. ASSANO, Christiane Reis Dias Villela. Reflexões acerca das concepções de conhecimento no contexto dos chorões. In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL, 10., 2001, Uberlândia, MG. Anais... Porto Alegre: ABEM, 2001. DAYRELL, Juarez. A Música Entra em Cena: o Rap e o Funk na Socialização da Juventude. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005. FEICHAS, Heloísa. Bridging the gap: Informal learning practices as a pedagogy of integration. British Journal of Music Education, 27(01), 47, 2010. FEICHAS, Heloísa. Processos de Aprendizagem Formal e Informal na Universidade Brasileira. In: XVI ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MUSICAL. Anais... Porto Alegre: ABEM, 2007. FIALHO, Vania Malagutti. Hip Hop Sul: um espaço televisivo de formação e atuação musical. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Música, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 2003. GREEN, Lucy. How popular musicians learn: a way ahead for music education. London: Ashgate, 2002. HERSCHMANN, Micael. O funk e o hip hop invadem a cena. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2000. MARQUES, Gustavo Souza. O Som que Vem das Ruas: Cultura hip hop e música rap no Duelo de MC’s. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte: 2013. PALOMBINI, Carlos. Soul brasileiro e funk carioca. In: Opus – Revista Eletrônica da ANPPOM, v. 15, n. 1 (jun. 2009). Goiânia: ANPPOM, 2009. p. 37 – 61 PENNA, Maura. Música(s) e seu Ensino. Porto Alegre: Editora Sulina, 2008. QUEIROZ, Luis Ricardo. A Música como Fenômeno Sociocultural – perspectivas para uma educação musical abrangente. In: MARINHO, Vanildo Mourinho; QUEIROZ, Luis Ricardo (Org.). Contexturas - O ensino das artes em diferentes espaços. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2005. p. 49 – 65. ROSE, Tricia. Black Noise. Rap Music and Black Culture in Contemporany America. Middletown: Wesleyan University Press, 1994. TEPERMAN, Ricardo. Do Rap ao Rap: Emicida de 2015 não é o Racionais de 1990... nem o Brasil. Site Nexo Jornal. Disponível em www.nexojornal.com.br/ensaio/2015/11/13/Do-rap-ao-rap-Emicida-de-2015n%C3%A3o-%C3%A9-o-Racionais-de-1990...-nem-o-Brasil. Acessado em 13/03/2016. TOMÁS, Lia. A pesquisa acadêmica na área de música: um estado da arte (19882013). Porto Alegre: ANPPOM. 2015. (pgs 64-65).

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