MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL DIGEOM -DIVISÃO DE GEOLOGIA MARINHA

June 1, 2017 | Autor: Marcos NobregaII | Categoria: Marine Geology
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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL

DIGEOM - DIVISÃO DE GEOLOGIA MARINHA RELATÓRIO DE VIAGEM AO EXTERIOR PORTUGAL

The 43rd Conference of the Underwater Mining Institute September 21–28, 2014 • Lisbon, Portugal World Water Congress & Exhibition September 21–26, 2014 • Lisbon, Portugal

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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL

DIGEOM - DIVISÃO DE GEOLOGIA MARINHA RELATÓRIO DE VIAGEM AO EXTERIOR PORTUGAL

The 43rd Conference of the Underwater Mining Institute September 21–28, 2014 • Lisbon, Portugal World Water Congress & Exhibition September 21–26, 2014 • Lisbon, Portugal

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Autores em ordem alfabética DSc. José Adilson Dias Cavalcanti Pesquisador em Geociências Superitendência Regional de Belo Horizonte Matrícula : 72.674.541 MSc. Marcos Nóbrega II Pesquisador em Geociências Residência de Fortaleza Matrícula: 31.779.941

Foto da capa: afloramento de metaturbiditos do Carbonífero Inferior, com dobras de eixo sub-horizontal, na praia de Almograve.

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SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................... 05 2 – LOCALIZAÇÃO .......................................................................................... 07 3 – OBJETIVOS ............................................................................................... 09 4 - PROGRAMA DA VIAGEM........................................................................... 10 4.1. Conferências em Lisboa (Parte 1) ............................................................. 10 4.2. Field Tour (Parte 2) ................................................................................... 11 4.3. Meeting - Industry Strategic Planning (Parte 3) ......................................... 12 5 - DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS ASSUNTOS TRATADOS .......................... 13 5.1. Underwater Mining Institute Conference – 2014........................................ 13 5.1.1. Conferências em Lisboa ......................................................................... 13 5.1.2. Field Tour ............................................................................................... 14 5.1.2.1. Mina de Feitais .................................................................................... 17 5.1.2.2. Mina de Neves-Corvo .......................................................................... 20 5.1.2.3. Antiga Mina de Sulfetos de Lousal ...................................................... 22 5.1.2.4. Geologia Regional de Portugal ............................................................ 25 5.2. World Water Congress & Exhibition – 2014............................................... 32 5.2.1 – Apresentação do trabalho ..................................................................... 32 6 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ..................................................... 33 7 - AGRADECIMENTOS ................................................................................. 34 8 – REFERÊNCIAS .......................................................................................... 35 9 - ANEXOS ..................................................................................................... 36 ANEXO A – Programa Oficial do UMI-2014 ..................................................... 37 ANEXO B – Programa Oficial do IWA-2014 ..................................................... 44 ANEXO C – Mapa Geológico de Portugal ........................................................ 45

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1. INTRODUÇÃO Este relatório é sobre a participação de dois pesquisadores da Divisão de Geologia Marinha da CPRM, na 43rd Underwater Mining Institute (UMI-2014), que é uma conferência anual sobre pesquisa e mineração no fundo marinho, realizada em Portugal. Este evento reúniu os maiores pesquisadores da atualidade sobre o assunto, oriundos dos mais diversos países, onde se destacaram: James R. Hein (U.S. Geological Survey), Peter Halbach (Free University, Berlin, Germany), Andrea Koschinsky (Jacobs University, Bremen, Germany), Valery Maslennikov (Institute of Mineralogy, Russian Academy of Science), Thomas Kuhn (Federal Institute for Geosciences and Natural Resources, Hannover, Germany), Gaowen He (Marine Geological Survey, China) e Irina Melekestseva (Institute of Mineralogy, Russian Academy of Science). Além das pesquisas, alguns países, como por exemplo a China, apresentou um panorama do programa de investimento, aquisição de tecnologias e desenvolvimento de pesquisa do fundo marinho, inclusive um prospecto de sulfeto maciço vulcanogenico (VMS) na Cordilheira Meso-Atlântica Sul. Portugal apresentou um panorama do potencial mineral na sua Zona Econômica Exclusiva, a infraestrutura e os programas de pesquisa científica em desenvolvimento no mar profundo. O Japão também apresentou o programa de exploração de crostas cobaltíferas na área licenciada pela ISA. Outro destaque foi a empresa Nautilus Minerals (da Austrália) que apresentou, não só o programa de pesquisa, mas também os equipamentos desenvolvidos e em desenvolvimento para a explotação de depósitos de sulfetos polimetálicos do projeto Solwara 1, em Papua Nova Guiné. No 43rd Underwater Mining Institute, UMI - Harvesting Seabed Mineral Resources in Harmony with Nature – aconteceram mais de 70 apresentações técnicas e 30 posteres, de profissionais de 27 paises e representou um balanço entre os interesses dos governos, das academias e das indústrias (Fig. 1). As apresentações destacaram questões ambientais, interesses governamentais e o desenvolvimento de tecnologias e pesquisas que envolvem a exploração e explotação dos recursos minerais do fundo marinho, ou seja, o aproveitamento de nódulos polimetálicos, crostas cobaltíferas e sulfetos maciços vulcanogênicos. O pesquisador Marcos Nóbrega II apresentou um trabalho no World Water Congress & Exhibition promovido pelo IWA – International Water Association, que foi um evento simultâneo ao UMI-2014. Ambos eventos representaram uma vitrine do conhecimento na área de Geologia Marinha e Hidrogeologia. O afastamento do pais dos empregados públicos Marcos Nóbrega II e Jose Adilson Dias Cavalcanti foi autorizado pelo Ministro de Minas e Energia, no despacho de 5 de setembro de 2014, publicado no Diário Oficial da União (D.O.U.) em 08 de setembro de 2014, tendo em vista o disposto no Decreto No 1.387, de 7 de fevereiro de 1995, e no Artigo 7º, inciso IV, do Decreto No 7.689, de 2 de março 2012.

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Figura 1 – Diagrama com a relação paises presentes no UMI-2014 e a porcentagem de participantes que cada pais enviou, em um universo de 156 inscritos.

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2. LOCALIZAÇÃO Portugal está localizado no sudoeste da Europa, na zona ocidental da Península Ibérica e parte do seu território situa-se em arquipélagos no Atlântico Norte. O território português tem uma área total de 92.090 km², sendo delimitado a norte e leste pela Espanha e a sul e oeste pelo Oceano Atlântico, compreendendo uma parte continental e duas regiões autónomas: os arquipélagos dos Açores e da Madeira. Os eventos aconteceram em Portugal, sendo que o evento da International Water Association foi exclusivamente em Lisboa. Já, o UMI-2014 foi dividido em três partes. Na primeira parte do evento foram realizadas as conferências e a seção painel no Pavilhão do Conhecimento, do Parque das Nações, em Lisboa, entre os dias 21 e 24 de setembro. Após os horários das conferências foram realizadas visitas ao Oceanário de Lisboa e às instalações do Centro de Ciências, do Pavilhão do Conhecimento. A segunda parte do evento ocorreu na região central de Portugal conhecida como Alentejo, onde foram realizadas duas visitas a minas de sulfeto maciço pertencentes ao Iberian Pyrite Belt e também um roteiro geológico sobre a Evolução Tectônica dos terrenos de Portugal, entre os dias 24 e 26 de setembro. Nas visitas as minas na região de Aljustrel, os participantes foram divididos em 3 grupos, sendo que o pesquisador Marcos Nobrega ficou no Grupo 1 e visitou a mina de Cu de NevesCorvo, pertencente a SOMINCOR (Sociedade Mineira Neves-Corvo SA); e o pesquisador José Adilson Dias Cavalcanti ficou no grupo 2 e visitou a mina de Cu-Zn de Feitais, pertencente ao Alminas (Minas do Alentejo SA). Também foi feita uma visita ao Centro de Ciência Viva Lousal e ao Museu Mineriro, na área da mina de Lousal. Durante o roteiro geológico regional foram visitados dois pontos, sendo um na Praia de Almograve e outro no Cabo de Sagres (Fig. 3) . A terceira parte foi a reunião do comitê sobre o planejamento industrial e estratégico (Industry Strategic Planning Meeting), que ocorreu no Grand Real Santa Eulália Resort, em Algarve-Albufeira, sul de Portugal (Fig. 3).

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Figura 2 – Localização de Portugal em relação a Europa Ocidental (Extraído do Google Earth).

Figura 3 – Mapa com a localização dos pontos visitados durante a viagem a Portugal. 1 – Lisboa; 2 – Aljustrel; 3 – Praia de Almograve; 4 – Cabo de Sagres; 5 – Albufeira (Extraído do Google Earth).

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3. OBJETIVO O objetivo principal da viagem foi participar das conferências do Underwater Mining Institute – UMI-2014 e, dessa forma representar o Brasil, através do Serviço Geológico do Brasil – CPRM. Isto porque a CPRM hoje desenvolve dois grandes programas de Geologia Marinha em águas profundas, o PROERG e o PROCORDILHEIRA. Através do PROERG, o governo brasileiro obteve da ISA (International Seabed Autority) uma autorização para pesquisar uma área 3.000 km2, localizada na Área Internacional dos Oceanos, conhecida como Elevação do Rio Grande, para exploração de crostas cobaltíferas. O PROERG (Projeto de Avaliação da Potencialidade Mineral da Elevação do Rio Grande) estuda os depósitos minerais em águas profundas conhecidos como crostas ferromanganesíferas ricas em cobalto. Que são depósitos que podem evidenciar um potencial para outros elementos importantes, tais como, Mn, Ni, Pb, Ti, V, Mo, Te e ETR (Ce). O PROCORDILHERA (Projeto de Avaliação do Potencial Mineral da Cordilheira Meso-Atlântica Equatorial) estuda depósitos do tipo sulfetos maciços polimetálicos vulcanogênicos (VMS deposit) ricos em Zn, Cu, Pb, Ag e Au, associados a fumarolas na Cordilhera Meso-Atlântica, em uma área ao norte do Arquipélago de Fernando de Noronha, também pertencente ao Área Internacional dos Oceanos. No outro evento, o WORLD WATTER CONGRESS & EXIBITTION – IWA, que coincidiu com a semana de 21 a 27 de setembro, o pesquisador Marcos Nóbrega II expôs um painel sobre água subterrânea, tema trabalhado pelo pesquisador durante os últimos três anos na CPRM-REPO, antes de ser transferido para a DIGEOMREFO.

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4. PROGRAMA DA VIAGEM Dia 19 de setembro de 2014 (sexta-feira) Marcos Nóbreba II, partiu de Fortaleza-CE em direção ao aeroporto de Guarulhos em São Paulo e o pesquisador José Adilson Dias Cavalcanti, partiu de Belo Horizonte-MG com destino ao mesmo aeroporto em São Paulo. Do Aeroporto de Internacional de Guarulhos os dois pesquisadores partiram com destino a Lisboa, com chegada às 07:00 da manhã, do dia 20 de setembro de 2014. Dia 20 de setembro de 2014 (sábado) Neste dia foi feito o check in no Olissippo Oriente Hotel, em Lisboa. Na parte da tarde foi feita a inscrição do pesquisador Marcos Nóbrega II, no IWA.

Dia 21 de setembro de 2014 (domingo) Aconteceu a recepção dos participantes do evento, com a entrega das pastas e o programa oficial do UMI-2014 e também houve um coquetel de boas vindas, no Olissippo Oriente Hotel. 4.1. CONFERÊNCIAS EM LISBOA (PARTE 1) Dia 22 de setembro de 2014 (segunda-feira) O pesquisador Marcos Nobrega II, passou o dia participando do IWA e apresentou um painel, no horário entre 15:00 e 16:00. O pesquisador José Adilson Dias Cavalcanti, participou das conferências do UMI2014, a partir das 8:30h da manhã até as 17:30h da tarde (Ver anexo A). A noite aconteceu o Banquet, na “Estufa Fria” localizada no Parque Eduardo VII. Dia 23 de setembro de 2014 (terça-feira) A partir desse dia, os dois pesquisadores participaram somente das atividades do UMI-2014, das 8:30h da manhã até as 16:30 da tarde (Ver anexo A). Logo após o encerramento das conferências foi realizada uma visita ao Oceanário de Lisboa. Dia 24 de setembro de 2014 (quarta-feira) Os dois pesquisadores participaram das atividades do UMI-2014, a partir das 8:30h da manhã até as 17:30 da tarde (Ver anexo A).

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4.2. FIELD TOUR (PARTE 2) Dias 24, 25 e 26 de setembro de 2014 A excursão do evento aconteceu no período entre 24 e 26 de setembro. Partimos de Lisboa, em direção a Aljustrel no dia 24, à tarde, após as conferências. Todos os participantes da excusão se hospedaram no Hotel Rural Vila Galé e foram divididos em três grupos para visitar as minas: Grupo 1 – Neves Corvo; Grupo 2 – Aljustrel; e Grupo 3 – Panasqueira. Nós da CPRM participamos dos grupos 1 e 2. Quando chegamos, ao final da tarde, na região fomos visitar uma vinícula e comprar vinhos. 25 de setembro de 2014 (quinta-feira) Na manhã do dia 25 de setembro, partimos para a visitação das minas. O pesquisador José Adilson Dias Cavalcanti visitou a mina subterrânea de Cu-Zn de Feitais e o pesquisador Marcos Nóbrega II visitou a mina de Cu de Neves Corvo. Após o almoço em Aljustrel, todos os grupos foram visitar a antiga Mina Lousal, onde hoje funciona o Centro de Ciência Viva e o Museu Mineiro. Lousal está localizada no Conselho de Grândola, a 50 km da costa atlântica. A mina Lousal faz parte da Faixa Piritosa Ibérica (Iberian Pyrite Belt) foi preservada e reabilitada para o aproveitamento do seu patrimônio edificado, etnográfico, natural, humano, arqueológico e industrial.

26 de setembro de 2014 (sexta-feira) Fizemos o check out do Hotel Rural Vila Galé e partimos cedo para o Field Tour sobre a Geologia de Portugal. Foram realizados dois pontos geológicos, sendo o primeiro na praia Almograve e, o segundo no Cabo de Sagres, onde também foi realizada uma demonstração da evolução tectônica dos terrenos peleozoicos iberianos utilizando modelagem analógica, ou seja, modelagem em caixas de areia, pelos professores da Universidade de Évora. Chegamos a Albufeira, sul de Portugal, e fizemos check in no Grand Real Santa Eulália Resort & Hotel Spá, já no início da noite.

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4.3. MEETING - INDUSTRY STRATEGIC PLANNING (PARTE 3) 27 e 28 de setembro de 2014 (sexta-feira) Foram realizadas duas reuniões de duração, de aproximadamente 2 horas cada, na parte da manhã, sendo uma no dia 27 e outra no dia 28 de setembro a fim de sintetizar os assuntos abordados durante as conferências realizadas em Lisboa. As reuniões foram exclusivamente para os membros da International Marine Minerals Society Committee. Não participamos das reuniões, fizemos check out no hotel e retornamos a Lisboa no dia 27 a noite, onde fizemos check in novamente no Olissippo Oriente Hotel, em Lisboa. Tivemos o dia livre no domingo e fomos conhecer a cidade de Évora, um importante sítio histórico de Portugal que guarda ruinas romanas. 29 de setembro de 2014 (segunda-feira) Acordamos bem cedo, fizemos check out do Olissippo Oriente Hotel e partimos para o Aeroporto Internacional de Lisboa para pegar o voo para o Brasil, tendo como destino o Aeroporto Internacional de Guarulhos, São Paulo. De São Paulo o pesquisador José Adilson Dias Cavalcanti partiu com destino o Aeroporto internacional de Belo Horizonte-MG, tendo chegado em casa por volta das 22:00h, e o pesquisador Marcos Nóbrega II com destino o Aeroporto Internacional de Fortaleza-CE.

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5 - DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS ASSUNTOS TRATADOS 5.1. Underwater Mining Institute Conference - 2014 5.1.1. Conferências em Lisboa Primeiro Dia No período da manhã as conferências foram exclusivamente sobre questões ambientais que envolvem a exploração e explotação de recursos minerais no fundo do mar. Também houve duas palestras sobre a utilização de AUV (Autonomous Underwater Vehicle) e ROV (Remotely Operated Vehicle) nas pesquisas no fundo do mar. Na parte da tarde aconteceu a seção pôster (às 13:30h) com trabalhos nas mais diversas áreas de pesquisa de recursos minerais no fundo do mar. Na seção pôster havia diversos trabalhos sobre crostas cobaltíferas, nódulos polimetálicos e depósitos de sulfeto maciço vulcanogênicos, como pode ser observado no programa do evento em anexo (Anexo A). Após a seção pôster (14:30h), continuaram as apresentaçãoes orais com conferências sobre: mineralogia dos óxidos de Fe-Mn de origem marinha, estudos depósitos de nódulos polimetálicos; processamento de nódulos polimetálicos; investimentos e atividades da China na pesquisa de depósitos minerais em águas profundas. Segundo Dia Na parte da manhã as conferências foram principalmente sobre questões ambientais, tais como contaminação, toxidade e sustentabilidade, que envolvem o pesquisa e a explotação de recursos minerais do fundo marinho. Na parte da tarde, as conferências sobre os depósitos de sulfeto maciço vulcanogênico (VMS) que ocorrem na Midlle Atlantic Ridge (MAR), foram apresentadas pelas pesquisadoras Irina Melekestseva (Institute of Mineralogy Russian Academy of Sciences, Miass, Russia) e Huaiyang Zhou (Tongji University, Shanghai, China). Houve também o convite realizado por Charles Morgan, para a próxima UMI-2015, com o tema “Odyssey Marine Exploration”, que será realizada em Tampa, na Florida (USA), em outubro de 2015. Terceiro Dia Este foi o melhor dia do evento para nós pesquisadores da CPRM. Foram apresentados diversos trabalhos sobre crostas cobaltíferas e sulfetos polimetálicos, que representam a principal área de atuação dos projetos que abordam os recursos minerais em águas profundas, em desenvolvimento pela CPRM, o PROERG e o PROCORDILHEIRA.

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O dia começou com uma conferência do pesquisador James Hein sobre crostas cobaltíferas no Oceano Indico e, foi seguida por outra conferência sobre a classificação dos tipos de crosta cobaltíferas com base na assinatura de Elementos Terras Raras (REE). Esta pesquisa foi publicada no periódico Chemical Geology, por Bau et al. 2014 (Jacobs University Bremen, Germany), com o título “Discriminating between different genetic types of marine ferro-manganese crusts and nodules based on rare earth elements and yttrium”. Outro destaque foi o trabalho apresentado pelo pesquisador Peter Halbach (Free University, Berlin, Germany), sobre concentração e fracionamento de REE em depósitos ferromanganesíferos marinhos. Ainda na parte da manhã, John Parianos, da Nautilus Minerals (Austrália) apresentou uma conferência sobre os avanços do projeto Solwara I (Papua Nova Guiné), inclusive sobre os novos equipamentos desenvolvidos para a explotação de minério no assoalho oceânico. Outro ícone dos estudos das crostas cobaltíferas e nódulos polimetálicos que apresentou uma conferência foi a pesquisadora Andrea Koschinsky (Jacobs University Bremen, Germany), que falou sobre a experiência em exploração e explotação de nódulos polimetálicos em Finnish Bay (no Mar Báltico). O pesquisador Pedro Madureira (EMEPC, Portugal) apresentou uma conferência sobre o potencial mineral da plataforma continental de Portugal. Na parte da tarde houve três conferências muitos interessantes abordando depósitos de sulfetos polimetálicos apresentadas pelas pesquisadoras Anna Firstova (Institute for Geology and Mineral Resources of the Ocean, Russia) e Ye Jun (First Institute of Oceanography, Qingdao, China), e também uma conferência sobre o Potencial para Mineração do Atlântico Norte, apresentada pelo pesquisador Steiner Ellefmo (Norwegian University of Science and Technology, Norway).

5.1.2. Field Tour Antes de partimos para as visitas às minas foi apresentada uma palestra ministrada pelo geólogo Jorge Relvas (Universidade de Lisboa) sobre a geologia do Iberian Pyrite Belt e do Distrito Mineiro de Aljustrel. A palestra foi realizada no salão de convenções do Hotel Rural Vila Galé. Iberian Pyrite Belt Iberian Pyrite Belt (IPB) é considerada a mais importante província metalogenética do mundo e alguns dos seus depósitos tem sido minerados desde a idade do cobre, como é o caso do depósito de Rio Tinto (Barriga et al. 1997). Possui mais de 90 depósitos de sulfetos maciços e centenas de jazidas de manganês e filões de cobre, chumbo, bário e antimônio. A pirita é o mineral mais comum e ocorre em jazidas com mais de 200 milhões de toneladas de sulfetos, tais como, Rio Tinto, Neves Corvo e Aljustrel. As mineralizações de sulfeto se formaram entre o Devoniano Superior e o Carbonífero Inferior, em um ambiente vulcânico e sedimentar marinho (Matos et al. 2014). É uma faixa na forma um arco com cerca de 300 km de comprimento e com 30 km a 60 km de largura, que se estende desde Sevilha até a região de Marateca-Águas de Moura (Barriga et al. 1997, Oliveira et al. 2001, Silva 1998) (Fig. 4).

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O IPB compõe a parte principal da South Portuguese Zone (SPZ) pertencente ao Variscan Fold Belt, onde uma sequência de rochas máficas e ultramáficas de afinidade ofiolítica está exposta ao longo do limite entre a Ossa Morena Zone (OMZ) e a South Portuguese Zone (Fig. 4a). Em termos estratigráficos a sequência do IPB é comumente dividida em três unidades, da base para o topo: Phyllite-Quartzite Group (PQ), o Volcanic-Silicious Complex (VS) e o Flysch Group. O VS é a sequência hospedeira dos depósitos de sulfetos maciço, bem como, de numerosas ocorrências de manganês. As principais rochas hospedeiras dos sulfetos maciços polimetálicos são tufos félsicos, tufitos e em alguns casos filitos carbonosos (Barriga et al. 1997). Três tipos de mineralização de sulfeto ocorrem no IPB: corpos estratiformes de sulfeto maciço polimetálico; corpos polimetálicos de pirita disseminada; e minérios stockwork, stringer ou fissural. Os depósitos podem ser divididos em três grupos principais: autoctones (enraizados ou proximais), transicionais e aloctones (redepositados ou distais) (Fig. 4b).

Figura 4a - Mapa geológico da Iberian Pyrite Belt, com a localização dos depósitos de sulfetos maciços (compilado de Oliveira et al. 2013).

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Figura 4b – Tipos de depósitos VMS, ambiente geológico e minérios nas zonas de alteração, na IPB. A – rochas vulcânicas félsicas; B – zona de cloritização e stockwork cuprífero; C – zona de alteração sericítica; D – sulfetos maciços polimetálicos; 1 – minério autoctone; 2 – minério transicional; 3 – minério aloctone; J – Jaspe com Mn. (compilado de Barriga et al. 1997).

Minas de Aljustrel Em termos geológicos, a área onde se encontram as minas de Aljustrel é interpretada como sendo uma bacia do tipo rifte do Devoniano, que é a principal feição que controla a distribuição dos corpos de sulfeto maciço e stockwork, associados a uma unidade vulcânica (Fig. 5). Os depósitos se formaram em bacias profundas adjacentes as zonas de crescimento de falhas que atuaram como condutos para os fluidos hidrotermais ricos em metais. A parte mais espessa do depósito de sulfeto maciço sobrepõe a mineralização tipo stockwork, que parece estar associada a falhas de crescimento ao longo do contorno da bacia. Os depósitos são compostos principalmente por pirita (>70%) com pequenas quantidades de esfalerita, galena, calcopirita e tetraedrita. Os metais-base destes depósitos são comumente zonados apresentando zonas ricas em Zn próximo ao topo e zonas ricas em Cu na base do sulfeto maciço. A orogênese Herciana do Paleozoico, gerou dobras e falhas nas unidades envolvidas com a mineralização que são responsáveis pela presente distribuição da estratigrafia Paleozoica (Almina, 2014). Os depósitos de Aljustrel possuem concentrações econômicas de Cu, Zn, Pb e Ag. São classificados como depósitos do tipo VMS (Volcanogenic Massive Deposits) do tipo exalativo, formados próximo/ou no assoalho oceânico, associados as falhas que controlam bacias restritas. Estão espacialmente e temporalmente associados com vulcanismo félsico que são as fontes de calor que geraram o sistema hidrotermal. O depósito de Feitais ocorre na porção sudeste da área das minas de Aljustrel, em uma zona de charneira do Anticlinal de Aljustrel.

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Figura 5 – Mapa geológico da área de Aljustrel, com a localização da Mina de Feitais (compilado de Barriga & Fife 1988).

5.1.2.1. Mina de Feitais A visita ao Deposito de Feitais foi um dos pontos altos do evento, por se tratar de um depósito de sulfeto maciço vulcanogênico (VMS) de Cu-Zn, semelhante aos depósitos atuais que se formaram e/ou estão se formando nas cadeias ou cordilheiras submarinas, tais como, a Cordilheira Meso-Atlântica (MAR). Antes de entrar, propriamente na mina, um geólogo da ALMINA fez uma apresentação sobre a Geologia da mina e dos corpos de minério. A visita a mina subterrânea de Feitais foi guiada por dois geólogos da mina. Visitamos duas frentes de lavra, uma área onde estava sendo feita uma sondagem onde pudemos ver e tocar nos testemunhos de sulfeto maciço (Fig. 6). Vimos também a área onde o minério é britado e colocado em uma esteira transportadora para seguir para fora da mina. Nas frentes de lavras foram vistos corpos de minério de sulfeto maciço e da stringer zone (Fig. 7).

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Figura 6 – Fotos da visita a Mina de Feitais. a) sondagem do corpos de sulfeto maciço; b) caixa com testemunhos do corpo de sulfeto maciço; c) detalhe do testemunho de sulfeto maciço; d) geóloga da mina explicando a geologia e nossa localização dentro da mina; e) vista do local de britagem e transporte do minério para fora da mina; f) britagem do minério.

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Figura 7 – Corpos de minérios vistos nas frentes de lavra da Mina de Feitais. a) corpo de minério de sulfeto maciço; b) detalhe do corpo de sulfeto maciço; c) minério da stringer zone; d) detalhe do minério da stringer zone; e) amostra de mão de sulfeto maciço; f) amostra de mão do minério da stringer zone.

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A pós a visita a mina subterrânea, a geóloga responsável pela geologia da mina fez uma demonstração em 3D da forma e do posicionamento dos corpos de minério e também do desenvolvimento da mina. Seguindo, fomos convidados para um almoço em um restaurante na cidade de Aljustrel, acompanhados pelos geólogos e pelo gerente da mina. 5.1.2.2. Mina de Neves-Corvo Os participantes do UMI-2014 foram recebidos pelo gerente da mina, o Sr. Nelson Pacheco. A mina é de propriedade da mineradora SOMINCOR, S.A. Assistimos uma apresentação sobre a geologia mina e, posteriormente, fomos visitar um galpão onde estão os armazenados os testemunhos de sondagem da mina (Fig. 8). Durante a apresentação, o geólogo comentou que, após quase 30 anos de exploração, hoje em dia os minérios de cobre e de zinco são os produtos do beneficiamento do minério. No início das atividades da mina eram explotados, da base para o topo, minérios de estanho (cassiterita), depois o cobre (calcopirita) e nas camadas superiores o zinco (esfalerita). A mina de Neves-Corvo foi aberta oficialmente em dezembro de 1988, sendo considerada a maior produtora de cobre do Cinturão Piritoso Ibérico (Iberian Pyrite Belt). A natureza única da mineralogia do depósito de Neves-Corvo comparada com outros depósitos do Iberian Pyrite Belt, é o resultado da introdução tardia de fluidos hidrotermais ricos em Cu, no minério preexistente e, também a presença de mineralização de estanho (Gaspar & Pinto 1991). O setor português do Iberian Pyrite Belt de Neves-Corvo consiste de cinco corpos de minério - Neves, Corvo, Graça, Zambujal e Lombador. Estes corpos ocorrem dentro de um complexo vulcano-sedimentar no topo de uma pilha de rochas vulcânicas félsicas submarinas (Gaspar & Pinto 1991). Os depósitos foram afetados por um metamorfismo de baixa pressão que produziu uma xistosidade e paragênese mineral na fácies prehenita-pumpelita, durante a deformação Herciniana. Segundo Gaspar & Pinto (1991) os tipos de minérios da mina foram classificados como sulfeto maciço, fissural, rubané e brechas. E, com base na composição química, levando em conta a porcentagem de Cu, Zn, Pb, Ag e Sn, os sulfetos maciços foram divididos em seis tipos de minérios (MC - o cobre é dominante, MB – bimetálico contendo Cu-Zn, MS – minério de cobre contendo quantidades econômicas de Sn, MT – minério rico em Sn, MZ - minério de Zn com pequenas quantidades de outros metais, MP – minério polimetálico rico em Zn com quantidades significativas de Cu, Pb e Ag e ME – minério de pirita com baixo conteúdo de metais base) (Fig. 9). Todos são de forma lenticular e compostos por sulfetos maciços polimetálicos com paragêneses variadas e complexas, contendo pirita, calcopirita, blenda, galena, estanita, tenatita-tetraedrita e óxidos. Ocorrem também elementos estratégicos como o Índio (In) e elementos indesejáveis como sub-produtos da extração destes minerais (As, Sb, Hg e Bi).

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Figura 8 – Fotos da Mina de Neves-Corvo. a) Visita ao galpão dos testemunhos de sondagem, onde aparecem os participantes do grupo 1 do field tour; b) detalhe de uma caixa de testenhunhos com amostras de minério de cobre em filões; c) amostrade-mão do sulfeto maciço polimetálico.

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Figura 9 – Bloco diagrama simplificado com os tipos de minérios (Compilado de Carvalho 2006). A visita a área de beneficiamento não foi possível devido a questões de segurança. Foi apresentado na sequência, a engenharia realizada para isolar de contaminantes os aquíferos locais. Existem duas grandes barragens destinadas a receber a água utilizada no processo de beneficiamento do minério e uma para receber água destinada ao abastecimento do complexo, isto em uma área equivalente a 1.357 km2. As barragens são revestidas com uma manta de PVC impermeabilizante e toda água passa por usinas de purificação sendo a mesma reaproveitada. Existe também uma equipe técnica de meio ambiente responsável por reintroduzir a fauna e flora compatível com a região e também está sendo realizado reflorestamento no entorno da área.

5.1.2.3. Antiga Mina de Sulfetos de Lousal A visita a área da antiga Mina de Lousal foi muito interessante, por se tratar de uma área que foi recuperada para o uso educativo-cultural e turístico. Além de visitar as antigas instalações e a frente de lavra a céu aberto com um lago de água ácida, conhecemos o Centro de Ciência Viva e o Museu Mineiro (Figs. 10 e 11). A Mina de Lousal foi explorada entre 1900 e 1988, com desenvolvimento a céu aberto e subterrâneo até cerca de 500 metros de profundidade. A jazida foi descoberta em 1882 por Antônio Manuel, que identificou o chapéu de ferro as margens do Rio Corona. Durante a década de 1960 e início dos anos 70 a produção anual foi de, cerca de, 250.000 toneladas, tendo o minério de cerca de 45% de enxofre e 0,7% de cobre.

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Cerca de 50 milhões de toneladas de sulfetos da jazida de Lousal ocorre em dois horizontes de sulfetos maciços sub-verticais: Grupo Ocidental – massas oeste, sul e extremo sul; Grupo oriental – massas Miguel, Central e Antônio, Norte-Leste, Norte, Fernando José (a mais possante com 40 m de espessura. A pirita que é o sulfeto predominante em Lousal, está acompanhada por calcopirita, galena, esfalerita, pirrotita, marcassita, bornita, tetraedrita, cobaltita, saflorita e ouro nativo. As massas de pirita e stockwork estão associadas a xistos negros e rochas vulcânicas felsicas do complexo vulcano-sedimentar da faixa piritosa, de idade Estroniano.

Figura 10 – Mapa da região turística de Lousal, com a indicação dos principais atrativos.

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Figura 11 – Principais atrativos da área da Mina de Lousal. a) Poço No 1, com 500 m de profundidade; b) lago de água ácida; c) interior do Museu Mineiro; d) interior de Centro de Ciência Viva, sala que aborda o conhecimento sobre a luz; e) Placa de sinalização, com explicações sobre a mina; f) detalhe da placa de sinalização turística mostrando a forma lenticular do corpo de sulfeto maciço.

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5.1.2.3. Geologia Regional de Portugal O roteiro sobre a Geologia de Portugal foi idealizado pelos professores Rui Dias e Noel Moreira, da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora (Anexo C). Fomos guiados até a costa oeste de Portugal, onde foram vistos dois pontos geológicos, nos quais foram observados os litotipos, as estruturas e foi apresentado o contexto geodinâmico em que se insere Portugal e também o Supercontinente Pangea. No final da excursão foi realizado um experimento de modelagem analógica sobre a geodinâmica da região. O roteiro geológico impresso de Dias & Mareira (2014) apresentou uma síntese da evolução geotectônica da área. Abaixo apresentamos um resumo desse roteiro. “Em termos geotectônicos, no final do Carbonífero, todos os continentes estavam aglutinados, formando o supercontinente Pangea. Este supercontinente estava cercado pelo grande oceano de Pantalassa e também possuia um pequeno oceano interior conhecido pelo nome de Tethys. A Península Ibérica estava localizada próximo a porção oeste do oceano de Tethys e também próximo ao limite entre as placas de Gondwana e Laurásia. Este posicionamento levou a Ibéria ter um papel importante na colisão entre a porção sul de Gondwana e norte da Laurásia, durante o Paleozoico Superior, e também, durante o fechamento do oceano de Tethys no Meso-Cenozoico. No início do Cambriano, ocorreu um evento extensional ao longo da margem norte da placa do Gondwana. Este regime gerou várias bacias sedimentares e também a abertura do oceano de Rheic. Durante o Devoniano Inferior, o oceano de Rheic foi subductado para baixo do Gondwana, dando início a formação do Variscan Fold Belt. O diacronismo da colisão que levou a formação de Pangea, induziu durante o Carbonífero, um forte contraste entre os ambientes geológicos do norte e do sul de Portugal. Enquanto no norte de Portugal formaramse as altas montanhas, no sul continuou o domínio marinho com a deposição de turbiditos ao longo da plataforma continental. Já, no Jurássico e Cretáceo, a quebra de Pangea foi um processo muito ativo que levou a formação do oceano Atlântico, que foi facilitada pela subducção de Tehtys ao longo da margem norte. Durante o Cretáceo, a abertura do Atlântico continuou com o início da geração de crosta oceânica ao norte da Falha Transformante de Açores-Gibraltar. Durante o Cenozoico Inferior, aconteceu a colisão entre a África e a Eurásia, que levou ao desenvolvimento de várias estruturas de grabens e horsts, que controlam a maioria das feições geomorfológicas da Ibéria.” Ponto 1 – Praia Almograve Foram vistos afloramentos turbiditos de baixo grau metamórfico do Carbonífero Superior, pertencentes a Formação Mira. Os afloramentos mostram não só os processos deformacionais durante os últimos estágios da orogenia variscaniana, mas também os eventos de sedimentação. Nesta região a deformação mais antiga (D1a) é marcada pela presença de veios conjugados em echelon relacionados com um campo de deformação com compressão maior sub-horizontal NE-SW e uma menor, também sub-horizontal,

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NW-SE (Fig. 12). Há também veios desenvolvidos ao longo de necks de boudins relacionados com a deformação D1a (Fig. 13). Os veios em echelon mais antigos, foram dobrados pelo principal evento de dobramento (D1b) em um campo de deformação similar (Dias & Basile, 2013). Foram observadas também dobras com eixos sub-horizontais, que são as principais estruturas tectônicas que afloram no setor de Almograve (Fig. 12a). Devido a espessura dos pacotes de grauvaca e das camadas é comum observar dobramentos desarmônicos (Fig. 14b). A deformação tardi-Variscaniana (D2) gerou falhas strike slip sinistrais rúpteis a rúptil-ducteis, que rotacionaram as estruturas anteriores ao evento D2. A interferência entre as estruturas D1 e D2 geraram um padrão complexo de dobramento com eixos variando de sub-horizontal a vertical (Fig. 14).

Ponto 2 – Cabo de Sagres Neste ponto, afloram calcários do Jurássico inferior, com relevo na forma de falésias com mais de 50 metros de altura, erodidos pela praia do Quaternário (Fig. 15a). Foi possível observar também uma descontinuidade angular onde sedimentos Triássicos, com camadas de baixo ângulo, recobrem os calcários jurássicos, com camadas com alto ângulo de mergulho (Fig. 15b). Neste ponto, sobre as mesas do restaurante, os professores Rui Dias e Noel Moreira, fizeram uma modelagem analógica, urilizando uma caixa com areias coloridas, para explicar a evolução estrutural da região (Fig. 16).

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Figura 12 – Ponto 01 - a) Afloramento de dobras com eixos sub-horizontais com veios em echelon. b) detalhe dos veios em echelon, marcados por um círculo na foto (a).

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Figura 13 – Ponto 01 - a) Afloramento com veios associados a boudins. b) detalhe dos veios associados a boudins, vistos na foto (a).

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Figura 14 – Ponto 01 - a) zona de cisalhamento sinistral interferindo nos padrões de dobramento. b) dobras desarmônicas relacionadas a interferência do evento D2 sobre D1.

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Figura 15 – Ponto 02 - a) falésias desenvolvidas nas rochas calcárias do Jurássico. b) Ao fundo vê-se sedimentos com camadas de baixo ângulo, de idade triássica, repousando sobre as rochas calcárias do Jurássico.

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Figura 16 – Ponto 02 – Experimento de modelagem analógica, realizado para explicar a evolução tectônica para região sudoeste de Portugal.

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5.2. World Water Congress & Exhibition - 2014 O pesquisador Marcos Nóbrega II, compareceu no dia 22 de setembro de 2014 no Congresso Internacional sobre Águas, organizado pela IWA, para apresentação oral e painel do trabalho: Aquifer Recharge on the Porto Velho City – Rondônia, Brazil. O IWA deste ano abordou o desafio global da água, que exige novos paradigmas e novas tecnologias. As Sessões Temáticas do Congresso Mundial da Água da IWA reúnem os profissionais de destaque de mais de noventa países. Os workshops e as sessões técnicas ofereceram uma oportunidade única de partilhar experiências com pesquisadores de todos os setores de estudo da água. 5.2.1. Apresentação de trabalho (Dia 22 de setembro de 2014) O trabalho desenvolvido em Porto Velho teve como objetivo principal alertar os gestores, em todos os níveis, seja, Federal, Estadual, ou Municipal, da importância de se investir em saneamento básico, cuidar dos córregos ou igarapés que se juntam para formar grandes rios como o Madeira. Culturalmente, a região norte, até pela falta de conhecimento da população, utiliza de fossas sanitárias e coletam água através de poços. Na maior parte das vezes não respeitam distâncias mínimas entre as fossas e poços. Além disso há uma falta de planejamento entre os lotes, o que torna muito confuso controlar e planejar estas construções. A Companhia de Água e Esgoto estadual (CAERD) ter avançado na entrega de água tratada a um maior número de residências, porém não chega a 50% e também não existe a constância do fornecimento. Sendo assim conseguimos nestes três anos entender o fluxo freático da cidade e estabelecer áreas com possibilidade de contaminação. Este trabalho mostrou que os igarapés que contornam e/ou cortam a cidade, contribuem para a recarga do aquífero raso e até mesmo para o aquífero mais profundo. Sendo assim, há necessidade urgente de que cuidem de não assorear os igarapés com lixo urbano. O trabalho foi inscrito na Temática 1(Cidades, Serviços Públicos e Indústrias que Lideram a Mudança) e foi apresentado na forma oral às 15:00 horas, e também na forma de painel. Durante a manhã houve oportunidade de fazer contatos com empresas que oferecem produtos e serviços ao projeto RIMAS da CPRM, e também, com empresas relacionadas com a área de distribuição de água em grandes cidades. Neste mesmo dia foi enviado email com sugestões de empresas que poderiam prestar serviços a um de nossos parceiros no estado do ACRE (DEPASADepartamento Estadual de Pavimentação e Saneamento), através da Diretora de Saneamento do estado Sra. Dannya Coutinho.

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6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Sobre o UMI – 2014 A participação no UMI-2014 foi extraordinária, não só pelo tema, mas pela convivência em um mesmo espaço-tempo com pesquisadores renomados, dos mais diversos paises, da área de Geologia Marinha. Pudemos ver e conviver com o que há de mais atual, seja na pesquisa científica e no desenvolvimento tecnológico, como também nas políticas governamentais que incentivam a busca por novas fontes de recursos minerais na Terra.

É um evento que tem adquirido força ao longo dos 43 anos do Underwater Mining Institute, reunindo o que de melhor há em relação a pesquisa e desenvolvimento tecnológico aplicados aos depósitos minerais em águas profundas nos oceanos, bem como sobre a sua preservação. O evento foi patrocinado pela Odssey Marine Exploration, Technip France, IHC Merwede, International Seabed Authority, Korea Institute of Ocean science & Technology (KIOST), The Oil, Gas and Metals National Corporation, RSC Mining and Mineral Exploration, International Marine Minerals Society e Hawaii Undersea Research Laboratory.

O Brasil precisa participar mais ativamente deste evento, apresentando os seus projetos, resultados de suas pesquisas e investimentos que tem sido realizado. Enviando mais pesquisadores, para que nos tornemos membros dessa comunidade científica mundial.

Sobre o IWA-2014 Levando em conta a importância World Water Congress & Exhibition – 2014, sugiro a CPRM um maior empenho em incentivar os seus pesquisadores a participarem desse evento apresentando os resultados dos projetos setor de águas subterrâneas, realizados pela da Diretoria de de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT).

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7. AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao Serviço Geológico do Brasil / CPRM, em nome do DiretorPresidente Manoel Barretto da Rocha Neto e dos diretores Roberto Ventura Santos (DGM) e Thales de Queiroz Sampaio (DHT), pela oportunidade de participar UMI2014 e do IWA-2014 que ocorreram em Lisboa, em setembro de 2014.

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8. REFERÊNCIAS ALMINA - Minas do Alentejo SA. 2014. Geology and metallogenesis of Aljustrel Mines. 4p. Barriga, F.J.A.S. & Fyfe, W.S. 1988. Giant pyritic base-metal deposits: the example of Feitais (Aljustrel, Portugal). Chemical Geology, 69: 331-343. Barriga, F.J.A.S., Carvalho, D. e Ribeiro, A. 1997. Introdution to the Iberian Pyrite Belt. SEG Neves Field Conference. Guidebook Series, Vol. 27. pp. 1-20. Bolacha, E. Dias, R. 2013. Evolução estrutural da Zona Sul de Portugal através da modelagem analógica: implicações das irregularidades da topografia oceânica. 9ª Conferência Anual do GGET-SGP, At Estremoz, Portugal. Carvalho, P. (1986) An introduction to Neves-Corvo copper mine. S.G.A. Iberian Field Conference, Portuguese Section, Lab. Geol,I.S.T., 83-99. Dias, R. & Moreira, N. 2014. SW portuguese coast field trip from Pangea to Atlantic. Field trip for Underwater Mining Institute. Universidade de Évora. 20p. Gaspar, O. & Pinto, a. 1991. The ore textures of the Neves-Corvo volcanogenic massive sulphides and their implications for ore beneficiation. Mineralogical Magazine, 55: 417-422. Hein, J.R.; Barriga, F.J.A.S.; Morgan, C.L. 2014. Underwater Mining Institute – Abstracts. 43rd Conference – UMI-2014, Portugal, Lisbon. Matos, J.; Pereira, Z.; Relvas, J.; Pinto, A.; Fernandes, C. 2014. Mining Archaeology: visit the mines. Iberian Pyrite Belt.Lousal, Folder. Oliveira, M.; Ferreira, T.; Relvas, J.M.R.S.; Pinto, A.M.M.; Pereira, Z.; Matos, J.X.; Fernandes, C. 2013. Lousal, Portugal: património geológico e mineiro de uma antiga mina da faixa piritosa ibérica. XVI Congreso sobre Patrimonio Geológico y Mineiro. Asturias. 19p. Oliveira, V.M.J.; Matos, J.X.; Rosa, C. 2001. The NNW sector of the Iberian Pyrite Belt – new exploration perspectives for the next decade. Geode Workshop. Massive sulphide deposits in the Iberian Pyrite Belt: new advances and comparison with equivalent systems, Aracena Spain, pp.34-37. Silva, F. 1958. As minas do Lousal. Bol. Minas, Dir. Geral de Minas e SGP, 5 (3), 161-181. Portuguese Section, Lab. Geol. L S. T., 83-99.

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9. ANEXOS Anexo A – Programa Oficial UMI-2014 22 SEPTEMBER 2014 (MONDAY) TECHNICAL SESSION I Pavilion of Knowledge, Ciência Viva 08:30 INTRODUCTION Call to Order Charles L. Morgan, UMI Program Chair Host Welcome (08:40) Fernando Barriga, UMI Program Co-chair and Host Welcome to Portugal (09:00) Miguel Seabra, MD, PhD President, Science Europe Presentations 09:10 An ecosystem-based management (EBM) approach to marine resource development - advantages and limitations Ian Graham, GNS Science, Wellington, New Zealand 09:30 Managing impacts of deep-sea resource exploitation - the MIDAS project Philip Weaver, Seascape Consultants, United Kingdom 09:50 Developing spatial management options for mining phosphorite nodules and protecting biodiversity on the Chatham Rise, New Zealand Ashley Rowden, National Institute of Water and Atmospheric Research, New Zealand 10:10 Ocean mining and deep-sea conservation: Who are the players? What is the game? S. Kim Juniper, University of Victoria, British Columbia, Canada. 10:30 Break – 30 minutes 11:00 Environmental and mineral exploration system integration: promoting capture of quality environmental data from the outset Tom Dettweiler, Odyssey Marine Exploration, Tampa, Florida USA 11:20 Study of total dynamic analysis method for deep-seabed integrated mining system LEE Chang-Ho, KRISO (Korea Research Institute of Ships & Ocean Engineering), Ansan, Korea

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11:40 Estimation of seabed surface areas from ROV oblique still images Frederico Carvalho Dias, EMEPC (Task Group for the Extension of the Continental Shelf), Portugal 12:00 AUV and ROV magnetometer surveys, compensation Peter Kowalczyk, Ocean Floor Geophysics, Inc., Canada 12:20 Break (2 hrs): Lunch 1 hr, followed by Poster Session 14:20 China’s activities in seabed area and Jialong’s diving findings LIU Feng, COMRA (China Ocean Mineral Resources R&D Association) Beijing, China 14:40 The mineralogy of marine Fe-Mn oxides and consequences for the extraction of metals Thomas Kuhn, Federal Institute for Geosciences and Natural Resources (BGR), Hannover, Germany 15:00 UK Seabed Resources - sustainably developing deep sea minerals Ralph Spickermann, UK Seabed Resources, London, United Kingdom 15:20 Processing nodules – the other half of the equation David Heydon, DeepGreen Resources, Australia 15:40 Break (30 minutes) 16:10 Regional and environmental variability of manganese nodules in the Central South Pacific David Cronan, Imperial College, United Kingdom 16:30 New geological and geotechnical considerations Interoceanmetal exploration area Ivo Dreiseitl, Interoceanmetal Joint Organization, Poland

within

the

16:50 Environmental regulations for seabed minerals in the Cook Islands Paul Lynch, Seabed Minerals Authority, Cook Islands 17:10 Technical Session I Closing Remarks Charles Morgan

23 SEPTEMBER 2014 (TUESDAY) TECHNICAL SESSION II Pavilion of Knowledge, Ciência Viva 08:30 International Marine Minerals Society: Annual General Membership Meeting James R. Hein, President

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Presentations 09:00 Development of buffer station for safe and eco-friendly mining of seabed mineral resources Sup Hong, KRISO (Korea Research Institute of Ships & Ocean Engineering) KIOST, Korea 09:20 Sustainable deepsea mining — overview on recent activities in Germany Leonhard Weixler, DeepSea Mining Alliance, Germany 09:40 Transparency, deep sea mining, and good governance Jeff Ardron, Institute for Advanced Sustainability Studies, Germany 10:00 Break (30 minutes) 10:30 Environmental impacts of deep sea mining: predictive assessment methods Thomas Matthewson, HR Wallingford, United Kingdom 10:50 Working towards best environmental practice for seabed mining Bas Bolman, IMARES (Institute for Marine Resources & Ecosystem Studies), Wageningen University, Netherlands 11:10 Toxic effects of deep-sea mining - can we apply shallow-water standard toxicity test protocols to the deep sea? Nelia Mestre, University of Algarve, Portugal 11:30 Mineral resource estimation for the Chatham Rock phosphorite project Rene Sterk, RSC Consulting Ltd., New Zealand 11:50 Lunch (1.5 hrs) 13:20 Effect of micro-bubbling on settling behavior of fine particles for deepsea mining Tetsuo Yamazaki, Osaka-Prefecture University, Osaka, Japan 13:40 Deep sea mining: from exploration to exploitation Laurens de Jonge, IHC Mining BV, The Netherlands 14:00 Lessons and implications from the onshore and offshore gas hydrate field production tests Sung-rock Lee, KIGAM (Korea Institute of Geoscience and Mineral Resources), Korea 14:20 Break (30 minutes)

14:50 Coring SMS: a seabed driller’s perspective

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Steve Stuart, Benthic Geotech, Sydney, Australia 15:10 Low temperature hydrothermal activity in ultraslow spreading ridges Huaiyang Zhou, Tongji University, Shanghai, China 15:30 Precipitates from the Peterburgskoe and Irinovskoe hydrothermal fields, MAR: geochemistry of seafloor and subseafloor mineralization Irina Melekestseva, Institute of Mineralogy Russian Academy of Sciences, Miass, Russia 15:50 Closing Remarks for Technical Session II Charles Morgan Invitation to UMI 2015 in Tampa, Florida USA Odyssey Marine Exploration 24 SEPTEMBER 2014 (WEDNESDAY) TECHNICAL SESSION III Pavilion of Knowledge, Ciência Viva 08:25 Announcements Charles Morgan and Fernando Barriga Presentations 08:30 Latitudinal/land-mass proximity controls on ferromanganese crust composition and resource potential, Ninety East Ridge, Indian Ocean James Hein, U.S. Geological Survey, California USA 08:50 Rapid and robust discrimination between different genetic types of marine ferromanganese deposits based on rare earth elements and yttrium Katja Schmidt, Jacobs University, Bremen, Germany 09:10 Polymetallic ferromanganese deposits research on the Atlantic Spanish continental margin Javier Gonzalez Sanz, Geological Survey of Spain, Madrid, Spain 09:30 Concentrations and fractionation of REEs in marine ferromanganese crust deposits controlled by the water depth Peter Halbach, Free University, Berlin, Germany 09:50 Nautilus Minerals: progress made on our Solwara 1 project in Papua New Guinea John Parianos, Nautilus Minerals, Australia 10:10 Break (30 minutes)

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10:40 Fe-Mn nodules of the Finnish Bay (Baltic Sea): exploration and exploitation experience Andrea Koschinsky, Jacobs University, Bremen, Germany 11:00 Tellurium in modern and ancient black smoker systems Valery Maslennikov, Institute of Mineralogy (Urals Branch), Russian Academy of Science, Russia 11:20 Exploring a shallow seafloor hydrothermal system on the Arctic Midocean Ridge Filipa Marques, University of Bergen, Germany 11:40 Mineral resources in the Portuguese continental shelf Pedro Madureira, EMEPC, Lisbon, Portugal 12:00 Lunch (1 hr) 13:00 Marine minerals and ocean mining potential in the North Atlantic Steiner Ellefmo, Norwegian University of Science and Technology, Norway 13:20 Rare elements in seafloor massive sulfides of the Semyenov hydrothermal cluster, Mid-Atlantic Ridge Anna Firstova, Institute for Geology and Mineral Resources of the Ocean, Russia 13:40 Preliminary study on hydrothermal sulfides from South Atlantic Ridge at 15°S and 26°S YE Jun, First Institute of Oceanography, Qingdao, China 14:00 AUV- and ROV-based exploration of active and inactive seafloor massive sulfide deposits at the Semyenov and Irinovskoe sites on the Mid-Atlantic Ridge John Jamieson, GEOMAR, Kiel, Germany 14:20 Closing Remarks Fernando Barriga and Charles Morgan 14:30 Adjournment of UMI 2014 24 SEPTEMBER 2014 (WEDNESDAY) Três grupos separados do Field Tour partiram de ônubus do Olissippo Oriente Hotel às 16:30 Field Tour - Grupo 1 – Neves Corvo Field Tour Grupo 2 – Aljustrel Field Tour Grupo 3 – Panasqueira

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26 SEPTEMBER (SATURDAY – HOTEL CHECK IN) 27-28 SEPTEMBER 2014 (SUNDAY AND ENDS MONDAY AFTERNOON) INDUSTRY STRATEGIC PLANNING MEETING Grand Real Santa Eulalia Resort Algarve-Albufeira, South Portugal Poster Presentations Geochemical types of sulfide ore as indicators of mineral evolution at the hydrothermal vent field Jubileynoye (MAR) Svetlana Babaeva, VNIIOkeangeologia (Institute for Geology and Mineral Resources of the Ocean), Russia Advanced underwater acoustics for unchained operations in deep sea mining – S2Cnetwork solution for underwater communication, geo-referenced navigation / positioning and monitoring purposes Rudolf Bannasch, EvoLogics GmbH, Germany Collaborative strategic research initiatives: their benefits and best practice approaches for establishing the same Daniel Brutto, Marine Ecological Survey, United Kingdom Ferromanganese crusts of the Mendeleev Ridge (Arctic Ocean) Georgy Cherkashov, VNIIOkeageologia (Institute for Geology and Mineral Resources of the Ocean), Russia Water depth dependence of Mn-nodule features in the NE equatorial Pacific Sang-Bum Chi, Korea Institute of Ocean Science and Technology (KIOST) Ansan, Korea Fe-Mn crusts from the Central Atlantic Patricia Conceição, EMEPC (Task Group for the Extension of the Continental Shelf), Lisbon, Portugal Hydrothermal silicification and alteration of breccias from Lucky Strike and Menez Gwen hydrothermal fields (Mid-Atlantic Ridge, Azores) Isabel Costa, Centro de Recursos Minerais, Mineralogia e Cristalografia (CREMINER), Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal Sr and Nd isotopic composition of Jan Mayen and Loki’s Castle: a progress report Ines Cruz, Creminer LARyS, Lisboa, Portugal Synthetic aperture sonar as a tool for rapid high-resolution deposit estimation Alden Denny, University of Bergen, Germany

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Deep-sea minerals and the lure of advanced planetary exploration: a perspective from astrobiology Claudio Flores Martinez, University of Heidelberg, Germany Sampling methods for seamount cobalt-rich crusts and study on the determination for the minimum reliable assay sample quantity Gaowen He, Guangzhou Marine Geological Survey, China Analysis of rheological characteristics of deepsea mining robot’s roller Jung-Yeul Jung, KRISO (Korea Research Institute of Ships & Ocean Engineering), KIOST, Korea Preliminary results of physical, geochemical sediments characteristics in the benthic environmental impact experiment site (BIS) of Korea Gee Soo Kong, KIGAM (Korea Institute of Geoscience and Mineral Resources), Korea Occurrence of ferromanganese crusts at margin of summit of a guyot: results from geophysical and geological observation LEE Kyeong-Yong, KIOST (Korea Institute of Ocean Science and Technology), Korea 3D modeling of offshore alluvial tin mineralisation in Ringarooma Bay, Tasmania Campbell McKenzie, Kenex Limited, Eastbourne, Wellington, New Zealand Potential linkage between thermal degradation and mineral magnetic properties of cu-rich chimneys in the Southwest Pacific Jai-Woon Moon, KIOST (Korea Institute of Ocean Science and Technology), Korea Ferromanganese crusts in the NE Atlantic Ocean: occurrences, composition and resource considerations Susana Bolhão Muiños, IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera/ The Portuguese Sea and Atmosphere Institute), Lisbon, Portugal Overview of exploration activities for Co-rich Fe/Mn crusts in Japan’s license area Kazuya Naito, Japan Oil, Gas and Metals National Corporation (JOGMEC), Japan Image-based marine resource exploration and biodiversity assessment with MAMAS (marine data asset management and analysis system) Tim Nattkemper, Biefeld University, Germany A study on the optimum arrangement of buoyancy module for stability of marine flexible riser using genetic algorithm & multi-body dynamic simulation Jaewon Oh, KRISO (Korea Research Institute of Ships & Ocean Engineering), KIOST, Korea

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Weathering of freshly exposed sulphides at the Arctic Mid-ocean Ridge Ingeborg Okland, University of Bergen, Norway High-resolution AUV-surveys of a occurrence in the Mediterranean Sea Sven Petersen, GEOMAR, Kiel, Germany

sediment-covered

massive

sulfide

Predictive modeling of polymetallic nodule deposits in the Cook Islands Exclusive Economic Zone Elisa Puccioni, Kenex, New Zealand Production of a certified reference material for manganese nodule analytics Carsten Ruehlemann, Federal Institute for Geosciences and Natural Resources (BGR), Germany A case study of geological characterization of Co-rich ferromanganese crusts over a giant guyot “Takuyo No. 5”, the Northwestern Pacific Akira Usui, Kochi University, Kochi, Japan

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Anexo B – Programa Oficial IWA Temática 1 (segunda feira dia 22/09/2014) Cidades, Serviços Públicos e Indústrias que Lideram a Mudança Cidades do Futuro Centradas na Água A resiliência e a sustentabilidade são essenciais para a infraestrutura urbana do futuro sensível à água. Os estudos de caso e as discussões destacam os prós e os contras dos sistemas de água urbana centralizados e descentralizados. Apresentaram-se opiniões críticas sobre a eficácia da adaptação às alterações climáticas e da criação de resiliência da água urbana através de armazenamento e drenagem urbanos, gestão de águas pluviais e recolha de águas pluviais. Os workshops e as sessões técnicas ofereceram excelentes oportunidades para a criação de redes de contactos com especialistas focados na transição de sistemas urbanos. Apresentam-se os últimos modelos e estudos de caso sobre o avanço para um desenvolvimento sustentável. Eles forneceram a base para uma reflexão sobre como os sistemas de água urbanos podem ir ao encontro de novas imperativas até 2050. A integração do desenho dos sistemas hídricos no planeamento a longo prazo e no desenvolvimento de áreas urbanas é alcançável?

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ANEXO C – Mapa Geológico de Portugal (Extraído de http://www.lneg.pt)

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