MODOS DE PRODUÇÃO COMUNISTAS PRIMITIVOS

May 22, 2017 | Autor: Áureo Nhaca | Categoria: Economic History, History of Science
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UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE ÁREA DE FORMAÇÃO EM CIÊNCIAS DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO HISTÓRIA ECONÔMICA E SOCIAL

TRABALHO DE PESQUISA EM GRUPO

TEMA: MODOS DE PRODUÇÃO COMUNISTAS PRIMITIVOS

Discentes: Francisco Jorge Manhiça Cesaltina Carmen Ângelo Banze Fátima Mute Mondlane Melanda Afonso Chongo Eunice Jorge Cossa Aissa Ananias Augusto Chibaquela Áureo Jaime Nhaca

Docente: Celestino Boiasse

Março de 2015

ÍNDICE

ÍNDICE ................................................................................................................................................... 1 PREFÁCIO ............................................................................................................................................. 2 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 3 FORMAS DE PRODUÇÃO PRÉ-CAPITALISTAS .............................................................................. 4 Comunista Primitivo ........................................................................................................................... 4 Decomposição do Comunismo Primitivo ........................................................................................... 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................................................ 6 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................... 7

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PREFÁCIO

Define-se como modo de produção, a forma de organização sócio económica associada a uma etapa de desenvolvimento das forças produtivas e das relações de produção. Caracteriza-se pelo trabalho artesanal, manufaturado ou industrial, os mesmos são constituídos pelo objeto de trabalho que são, instrumentos ou ferramentas, máquinas, oficinas, fábricas, etc. É importante notar que existem 6 modos de produção segundo Karl Marx (1818-1883) a saber: 1. Comunismo Primitivo; 2. Sociedade Antiga Clássica; 3. Sociedade Germânica; 4. Sociedade Asiática; 5. Escravismo, e; 6. Feudalismo.

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INTRODUÇÃO

O modo de produção primitivo designa uma formação económica e social que abrange um período muito longo, desde o aparecimento da sociedade humana. A comunidade primitiva existiu durante centenas de milhares de anos, enquanto o período compreendido pelo Escravismo, pelo feudalismo e pelo capitalismo mal ultrapassa cinco milénios. As relações de produção eram relações de amizade e ajuda entre todos, elas eram baseadas na propriedade coletiva dos meios de produção, a terra em primeiro lugar. Segundo Karl Marx (1818-1883), os modos de produção são formados pelo conjunto das forças produtivas e pelo conjunto das relações de produção na sua interação, num certo estágio de desenvolvimento, sendo que, considera-se o primeiro modo de produção da história o modo de produção comunal primitivo, onde o Homem deixou de ser nómada e passou a plantar e caçar.

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FORMAS DE PRODUÇÃO PRÉ-CAPITALISTAS

Comunista Primitivo O conceito de modo de produção foi desenvolvido por Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) para designar a maneira pela qual determinada sociedade se organiza visando garantir a produção das suas necessidades materiais, de acordo com o nível de desenvolvimento de suas forças produtivas. Trata-se de um modelo racional abstrato criado com vista a proporcionar uma produção dos seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui. Na pré-história, quando o Homem ainda não produzia seu próprio alimento eram nómadas, caçavam, pescavam, colhiam e dividiam os alimentos entre sua tribo, com advento da agricultura, os homens começaram a ter noção de território e se tornaram sedentários, e assim sendo, surgiu toda uma divisão de trabalho: uns plantavam, outros trabalhavam nos moinhos, e alguns teriam de defender as terras de outros que também queriam poder usá-las, formando os primeiros exércitos. O Comunismo primitivo foi necessário para sociedade humana naquela etapa do desenvolvimento como uma vida privada, isolada, dispersiva, teria sido impossível a invenção dos instrumentos primitivos, sendo que os utilizados pelos seres humanos até à data foram o machado e as pedras toscas sem polimento, é pela vida colectiva que os seres humanos primitivos puderam obter as suas primeiras conquistas, em sua luta de sobrevivência face à natureza. No comunismo primitivo não podia existir a exploração do homem pelo homem, pois o trabalho era dividido equitativamente entre os homens e mulheres, não existia ainda a ideia da propriedade privada dos meios de produção, nem havia a oposição entre proprietários e não proprietários. Na sociedade comunal, o indivíduo é detentor de seus meios de existência e se identifica plenamente com a comunidade, com essa nova estruturação de sociedade, surgiram as classes sociais, as lutas entre tribos, e nelas os perdedores começaram a virar escravos, aumentando mais ainda a noção de classes superiores e inferiores. O posterior desenvolvimento das forças produtivas da sociedade primitiva – por exemplo o aperfeiçoamento dos instrumentos existentes e a invenção de outros novos, o aparecimento do 4

pastoreio e da agricultura, o uso de metais - provocou a mudança das relações de produção até então existentes. O comunismo primitivo decompôs-se lentamente com o aparecimento de novas necessidades materiais que determinaram a sua substituição por uma sociedade fundada na propriedade privada dos meios de produção e de distribuição, dividida em classes sociais.

Decomposição do Comunismo Primitivo O facto do Homem ter parado de caçar e passado a domesticar os animais foi determinante na decomposição do comunismo primitivo, o que culminou com que deixassem de ser nómadas passando para as zonas ricas de pasto nas regiões de grandes rios. Ao que os Homens passaram a ter alimentos, ou seja, carne, pele, leite e lã, dessa forma a introdução da criação do gado assinalou a primeira divisão social do trabalho, pois na altura não havia ainda a separação de géneros no trabalho, esta discriminação de trabalho entre as tribos pastorais desencadeou a troca regular entre elas. De realçar que outro aspeto muito importante foi o aparecimento da agricultura, que permitiu o auto sustento permanente em vegetais, começando pela horticultura seguido pelo cultivo dos cereais. E foi ainda neste modo que os Homens começaram a fundir os metais (cobre, zinco e estanho), sendo que muito mais tarde descobriu-se o ferro e fabricaram armas e utensílios. Nos dias de hoje verificamos a existência deste modo, pois as comunidades rurais ainda assim o praticam, mesmo que esta foi a subsequente formação do Modo de Produção Capitalista.

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CONCLUSÃO

Essa nova forma de organizar a sociedade estava centrada na figura de um rei-imperador, que exercia seu poder absoluto através da legitimação da graça divina, ou seja, o próprio Deus lhe concedeu a autoridade, portanto, detinha poderes divinos.

Karl Marx (1818-1883), escreveu o seguinte sobre esta ideia. “O resultado geral a que cheguei e que, uma vez obtido, serviu de fio condutor aos meus estudos, pode resumir-se assim: na produção social da sua vida, os homens contraem determinadas relações necessárias e independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a uma determinada fase de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais. O conjunto dessas relações de produção forma a estrutura económica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta a super-estrutura jurídica e política e à qual correspondem determinadas formas de consciência social. O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral. Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência.”

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BIBLIOGRAFIA

OSTROVITIANOV, K. & LEONTIEV, L. Modos Produção Pré-Capitalistas. SP. Global Editora, 1988, p. 11-56 HAYEK, F. O Caminho da Servidão. [S.l.]: Singular, 1944. 266 p. ISBN 0-226-32061-8 MARX, Karl. Formações Económicas Pré-Capitalistas. SP: Paz e Terra, 1986 ENGELS, F. O Papel do Trabalho na Transformação do Macaco em Homem. SP: Global Editora, 1986, p. 17-50

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