MONTALVÃO, Carlos Manuel (2009) - O Livro da Fábrica das Naus de Fernando Oliveira. Princípios e Procedimentos de Construção Naval

July 23, 2017 | Autor: Historia Maritima | Categoria: Naval Architecture (History), Shipbuilding, Shipbuilding and Maritime Technology History
Share Embed


Descrição do Produto

UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

O LIVRO DA FÁBRICA DAS NAUS DE FERNANDO OLIVEIRA. PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS DE CONSTRUÇÃO NAVAL

Carlos Manuel Montalvão de Sousa

MESTRADO EM HISTÓRIA MARÍTIMA

2009

2

UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE LETRAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

O LIVRO DA FÁBRICA DAS NAUS DE FERNANDO OLIVEIRA. PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS DE CONSTRUÇÃO NAVAL

Carlos Manuel Montalvão de Sousa Dissertação orientada pelo Prof. Doutor Francisco Contente Domingues

MESTRADO EM HISTÓRIA MARÍTIMA

2009

3

“… para proueyto dos sisudos, e diligentes.” Fernando Oliveira, Livro da Fabrica das Naos, BNL – Reservados, cod. 3702, fol.6.

4

Resumo e palavras chave Título: O Livro da Fábrica das Naus de Fernando Oliveira. Princípios e procedimentos de construção naval Neste trabalho problematiza-se, com base no Livro da Fábrica das Naus de Fernando Oliveira, os princípios e procedimentos da arquitectura e da carpintaria do casco de uma nau para a Carreira da Índia nos finais do século XVI. O texto estrutura-se em dois momentos principais. No primeiro capítulo faz-se um retrato síntese da vida e obra de Fernando Oliveira e procede-se à reconstrução hermenêutica do Livro da Fábrica das Naus, a partir de três eixos interpretativos: noção de sistema, recorrência ao paradigma biológico e fomento de uma ideia de progresso. No segundo capítulo, enuncia-se o enquadramento problemático da construção da nau da Carreira da Índia no domínio da iconografia, fontes eruditas, achados arqueológicos e modelos à escala e discute-se o projecto construtivo naquilo que são os seus parâmetros, determinados e não determinados, a montante da cadeia construtiva.

Palavras-chave: Séc XVI, Fernando Oliveira, Livro da Fabrica das Naus, construção naval, nau da Carreira da Índia.

5

6

Abstract and Key words Title: The Livro da Fábrica das Naus from Fernando Oliveira. Principles and procedures for ship building In this work we discuss the principles and procedures of the architecture and carpentry of the hull of a nau for the India Route at the end of the 16th century, based on Fernando Oliveira’s book: Livro da Fábrica das Naus. The work is structured around two main chapters. After summing up the life and work of Fernando Oliveira, we read the Livro da Fabrica das Naos focusing on three main aspects of the author’s ship building philosophy: the search for a systematical point of view, the use of a biological paradigm and the development of an idea of progress. In the second chapter we analyse the theoretical bases that can provide a better understanding of the procedures for ship construction (iconography, documents, shipwrecks and scaled models) and we discuss all the stages of the building of a Portuguese Indiaman´s hull. Key words: 16th century, Fernando Oliveira, Livro da Fabrica das Naos, ship building, East-Indiaman.

7

8

Índice Geral Resumo e palavras-chave em português ..…….………………………………….. Resumo e palavras-chave em inglês ..……………………………………………. Índice Geral ……………………………………………………………………… Agradecimento. ………………………………………………………………….. Introdução ………………………………………………………………………... CAPÍTULO I - FERNANDO OLIVEIRA E O LIVRO DA FÁBRICA DAS NAUS …………………………………………………………………………….. 1. FERNANDO OLIVEIRA: VIDA E OBRA …………………………………… 2. FERNANDO OLIVEIRA E OS SEUS INTÉRPRETES ……………………… 3. LINHAS HERMENÊUTICAS E ENQUANDRAMENTOS PROBLEMÁTICOS ……………………………………………………………... 3.1. Da crítica da prática à demanda do sistema ……………………... 3.2. A matriz biológica na génese e no desenvolvimento da construção naval 3.3. A ideia de progresso …………………………...………………………... 3.3.1 História e progresso ……….…………………………………………… 3.3.2. Condições determinantes da possibilidade do progresso ……….…….. CAPÍTULO II - PROBLEMATIZAÇÃO ARQUITECTÓNICA E DESENVOLVIMENTO DA CONSTRUÇÃO DA NAU DA CARREIRA DA ÍNDIA ………………………………………………………………………….… 1. ICONOGRAFIA, DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA, ACHADOS E MODELOS. BASES TEÓRICAS PARA A RECUPERAÇÃO PROBLEMÁTICA DA CONSTRUÇÃO NAVAL NO FINAL DO SÉCULO XVI, PRINCÍPIO DO SÉCULO XVII …………………………………………… 1.1. Iconografia ………………………………………………………………. 1.2. Documentação técnica ………………………………………………….. 1.3. Achados arqueológicos ………………………………………………….. 1.3.1 Achados arqueológicos sem a componente estrutural do navio …… 1.3.2. Achados arqueológicos com a componente estrutural do navio ….. 1.4. Os modelos. Modelismo e arqueologia naval …………………………… 2. PENSAR E CONSTRUIR UMA NAU PARA A CARREIRA DA ÍNDIA. PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS DA CADEIA DE PRODUÇÃO ……………………………………… 2.1 Os elementos pré-determinados da dinâmica arquitectónica (escolha dos materiais, princípio de construção e geometria) ……………………………... 2.1.1 Escolha dos materiais ……………….……………………………… 2.1.2 O princípio de construção …………………………………………. 2.1.2.1 Princípio de construção “forro primeiro” ……………………. 2.1.2.2 Princípio de construção “esqueleto primeiro” ……………….. 2.1.3 A geometria do casco ……….……………………………………… 2.1.3.1 A geometria na economia construtiva ……………………….. 2.1.3.2 Medições e respectivas unidades …………………………….. 2.1.3.3 A narrativa geométrica ………………………………………. 2.1.3.3.1 Porte volumétrico, comprimento linear da quilha e princípio arquetípico dimensional………………………………... 2.1.3.3.2 Quadro dimensional básico ……………………………. 2.1.3.3.2.1 Quadro dimensional básico directamente aferido pelo comprimento da quilha …………………………………. 2.1.3.3.2.2 Quadro dimensional básico indirectamente aferido pelo comprimento da quilha ………………………..………...

9

2.1.3.3.2.3 Quadro dimensional básico determinado de forma avulsa ………………………………………………………… 2.1.3.4 A dinâmica do volume ……………………….……………… 2.1.3.4.1 O traçado da baliza mestra e das almogamas ………….. 2.1.3.4.2 Gestão da transformação volumétrica entre almogamas.. 2.2 Os itinerários do possível. O projecto de construção para além das almogamas ………………………………………………………………….... Conclusão ………………………………………………………………………... Fontes e Bibliografia …………………………………………………………….. Fonte manuscrita ………………………………………………………………… Fontes impressas …………………………………………………………………. Bibliografia ……………………………………………………………………….

10

Agradecimento

Agradeço ao Professor Doutor Francisco Contente Domingues pela forma atenta e exigente como orientou a minha dissertação. As suas palavras de incentivo, a sua disponibilidade e abertura de espírito, o seu apurado sentido crítico e a sua capacidade de diálogo tiveram um peso determinante neste trabalho. Foi para mim um privilégio trabalhar sob a orientação de um dos mais conceituados especialistas nas matérias aqui abordadas.

11

12

Introdução “... símbolo maior da viagem enquanto descoberta e aventura, veículo da ideia de comunicação e partilha...”1, a nau da Carreira da Índia é uma figura incontornável na história da navegação e do país. Se a caravela abriu os mares aos portugueses em lances fugazes pela costa africana é na e pela nau da Índia que Portugal chega mais longe, abrindo portas de universos fechados, devolvendo o Ocidente ao Oriente e o Oriente ao Ocidente, fomentando, pela via do produto e da ideia, o conhecimento e o reconhecimento recíproco, num processo dialéctico que se inicia em 1497 e se renova, a cada ano, até meados do século XIX, em jornadas de tragédia e glória. Concomitantemente com o desenvolvimento dos estudos em História Marítima e Arqueologia Naval tem-se procurado, a partir de dados fundados em documentos iconográficos ou textuais e nos achados arqueológicos, reconstruir o perfil morfológico, tecnológico e funcional da Nau da Carreira da Índia2. Procura-se um modelo arquetípico de navio que tivesse sido especificamente pensado e construído para servir de paradigma aos navios da Carreira. Os especialistas quer afirmam3 quer negam4 a existência de um navio padrão, mas ninguém contesta que as centenas de navios que dobraram o Cabo rumo aos portos indostânicos, diferenciados tipologicamente pelo porte, aparelho, morfologia da querena ou das obras vivas, têm, 1

, Simonetta Luz Afonso, “ Dos arquivos aos abismos”, in Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO'98, 1998, p.16. 2 Que continua mergulhada nas sombras do desconhecimento: “In spite of their size and special characteristics, which attracted the attention of many people, these vessels were never recorded in detail in their time. Several descriptions and images of India naus are known, both from Portuguese and foreign authors, primarily from the middle of the 16th, and several important texts pertaining to their construction have been published from the late 19th and into the 20th centuries. Nevertheless, these ships remain largely unknow”. Filipe Vieira Filipe Vieira de, The Pepper Wreck: A Portuguese Indiaman at the mouth of the Tagus River, PhD. Dissertation, Texas A&M University (USA), 2001. p.4. 3 “ Records from the 16th and 17th centuries show clearly that ships for the India Route were different from all other vessels built and sailed in Portugal, and that there was no possible interchange between the ships of this trade and the ones of other more traditional routes. The most obvious difference was in capacity. ” Idem, ibidem, p.76. Do mesmo autor sobre o assunto, veja-se também, Filipe Vieira de Castro, “In Search of Unique Iberian Ship Design Concepts”, Historical Archaeology, 2008, 42 (2), pp.63-87. 4 “Naus da Índia, expressão que se encontra com frequência, era a que se aplicava às que faziam a Carreira. Não corresponde a qualquer tipo distintivo; as naus da Índia não tinham arquitectonicamente diferenças significativas das restantes, excepto na tonelagem e dimensão.” Francisco Contente Domingues, Navios Portugueses dos Séculos XV e XVI, Vila do Conde, Câmara Municipal de Vila do Conde – Museu de Vila do Conde, 2007, pp.51-52. 13

pelo menos, algo em comum: causaram o espanto e a admiração daqueles que os viram navegar5 ou daqueles que os encontraram no fundo dos oceanos6. Nesta época, uma nau capaz de ir à Índia tem de ser robusta e de grande porte para suportar a dureza da viagem, carregar muitas mercadorias e transportar mantimentos em quantidade necessária; deve ter alto bordo para enfrentar os mares e os adversários; arvorar três mastros com pano redondo - gurupés, traquete e grande – para tirar melhor proveito dos ventos de popa dominantes e um latino - a mezena, que serve de auxiliar à manobra; compor-se de três a quatro cobertas para acondicionar passageiros, carga e mercadoria e para reforço estrutural da ossada; ter castelos de popa e proa para albergue da gente e operacionalidade do combate. Os navios da Carreira evoluíram substancialmente ao longo da sua história. Filipe Viera de Castro diz-nos que os antepassados das naus se encontram no Mediterrâneo e derivam “…dos navios de dois mastros armados com velas latinas…”7. No segundo quartel do século XIV, passam a ter pano redondo no traquete8; posteriormente, castelos de popa e proa integrados na estrutura do casco, um gurupés, pano redondo no grande e uma mezena latina. A primeira representação iconográfica de um navio com estas características data de 1409.9 A caracterização tipológica dos navios usados nas viagens inaugurais por Vasco da Gama10 e por Pedro Álvares Cabral11 continua a deixar incertezas, mas os autores são

5

“Nesse porto (de Lisboa) não havia senão um desses navios … fomos vê-lo, e entretanto fomos arrebatados de admiração; tem seis cobertas … o seu comprimento é de cento e oitenta passos, e a sua largura de quarenta: trouxe da Índia a Lisboa quinhentas famílias inteiras, cada uma com os seus móveis, os seus servidores e as suas crianças. Eu pensava ter visto, quando vi o galeão de Malta, o mais belo navio que havia sobre o mar, mas esse podia passar por esquife deste.” Senhor de Monconys – 1628, citado por Francisco Contente Domingues e Inácio Guerreiro“ Os portugueses no Oriente: a evolução da Carreira da Índia até aos inícios do século XVII”, in Portugal no Mundo, vol. IV, direcção de Luís de Albuquerque Lisboa, Alfa, 1989, p.115. 6 “O primeiro aspecto a referir a propósito das cavernas deste fragmento de casco é a sua majestosa dimensão.” Francisco Alves, Filipe Castro, Paulo Rodrigues, Catarina Garcia, Miguel Aleluia, “Arqueologia de um Naufrágio”, in Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO 98, 1998, p.202. 7 Filipe Vieira de Castro, A Nau de Portugal. Os navios da conquista do Império do Oriente 1498-1650, Lisboa, Prefácio, 2003, p.45. 8 “ A representação mais antiga que se conhece destes navios é uma pintura de Ambrogio Lorenzetti, datada de 1336-1338, actualmente na pinacoteca de Siena.” Idem, ibidem, p.45. 9 Cf. Llibre de les ordinaciones de l’Administrador de les places, Folio 67 v, Archivo fr Barcelona, citado in Filipe Vieira de Castro, A Nau de Portugal, op.cit., Idem, ibidem, p.46. 10 “ Os navios de Vasco da Gama eram naus? (…) Existe a convicção generalizada que a armada de Gama era composta por navios redondos de grande porte – apesar da sua pequena tonelagem em termos do que se tornaria regular durante a centúria seguinte…”. Francisco Contente 14

unânimes em reconhecer que, ao longo do século XVI, o navio mais frequente na Carreira da Índia é a nau e que ao longo da centúria esta passa por um processo de agigantamento progressivo, cujos contornos não são fáceis de acompanhar, tendo em conta o défice de documentação técnica e as dificuldades inerentes ao processo de cálculo de arqueação, mas que se podem resumir nestes termos: os navios que partem em 1497 não ultrapassam as 120 toneladas, aumentam para 300 toneladas na armada de 1500. Em 1511, as quatro naus mandadas construir por D. Manuel para a Rota do Cabo têm 460 toneladas e nos anos subsequentes subiram exponencialmente para 800 a 900 toneladas, no reinado de D. João III (1521-1557)12. Em 1560, D. Sebastião tenta reduzir a tonelagem das naus situando o seu limite em 400 toneladas, mas teve de rever em alta a restrição passando-a para 450 toneladas, ainda assim sem êxito, pois os documentos técnicos que começam a aparecer a partir de 1580 situam a média da tonelagem nos 600 a 800 tonéis e sobem até aos 100013 e 120014. Arqueações de 1600 toneladas atribuídas pelos ingleses em 1594 à nau Madre de Deus ou de 2000 para a nau visitada em 1628 no porto de Lisboa pelo viajante francês Monsieur de Monconys devem ser encaradas com reserva, já que são apreciações elaboradas com intentos ideológicos e literários e, como tal, permeáveis ao exagero. Os achados arqueológicos encontrados às portas de Lisboa, junto ao forte de São Julião da Barra, alegadamente pertencentes à nau Nossa Senhora dos Mártires que ali naufragou em Setembro de 1606, no regresso da Índia, permitiram concluir que esta nau teria entre 600 a 700 toneladas de arqueação, uma quilha de 18 rumos equivalentes a

Domingues, Os Navios do Mar Oceano. Teoria e empiria na arquitectura naval portuguesa dos séculos XVI e XVII, Lisboa, Centro de História da Universidade de Lisboa, 2004, p.245. 11 “A armada de 1500 já incorpora navios que, segundo tudo leva a crer (não há plano de certezas, nesta matéria), eram similares aos que farão subsequente e regularmente a Carreira da Índia”. Idem, p.246. 12 “ … no reinado de D. João III, julgaram os armadores, quer do próprio rei quer de particulares, que se ganharia “tanto mais na pimenta, quanto maior quantidade dela se trouxesse(…) com a grandeza das naus a 800 e 900 toneladas” Nuno Valdez dos Santos, “Artilharia a bordo”, in Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO 98, 1998, p.107. 13 Fernando Oliveira recomenda que se façam naus de 500 tonéis para cima até mil toneladas, pois “ …estas são, as que sempre fezerão milhores uiagens, e mays seguras: por que são estas mays senhoras do mar. O qual naquelle caminho he grande, e ha mester grandes nauios para o senhorearem”. Fernando Oliveira, Livro da Fabrica das Naos, BNL –Reservados, cod. 3702, fol.66. 14 O navio com 1200 toneladas é referido por Manuel Fernandes, “Contas e medidas de hũa nao da India”. Fonte: Manuel Fernandes, Livro de Traças de Carpintaria, BA, cod.52-XIV-21, fls. 22-23v, publicado por Francisco Contente Domingues, in Os Navios do Mar Oceano. Teoria e empiria na arquitectura naval portuguesa dos séculos XVI e XVII, Lisboa, Centro de História da Universidade de Lisboa, 2004, pp.349-351. 15

27,72 metros, com uma boca de 13 metros e uma eslora de aproximadamente 40 metros15, medidas que, segundo Filipe Viera de Castro, correspondem, com variantes pouco significativas, ao quadro dimensional padrão das naus da carreira da Índia na época em análise.16 Estes navios deslocam mais de 1200 toneladas, transportam no regresso cerca de 300 toneladas de pimenta, acrescidas de lastro, peças sobressalentes e os bens de mais de 600 pessoas, bem como alimentos e água para fazer face às necessidades das mesmas durante períodos superiores a seis meses. Todos os navios seguem armados com peças cujo número e calibre depende da arqueação e das imposições regulamentares. Os navios que saem para a Índia em 1605 estão sujeitos ao Regimento publicado a 18 de Fevereiro de 1604 por Filipe II, o qual prevê que cada nau deveria transportar um total de 28 peças de artilharia (20 peças grossas, 2 meias-esperas e 6 falcões-pedreiros)17. A construção e guarnição de uma destas naus orçaria, nas primeiras décadas do século XVII, entre 60 a 70 mil cruzados, uma soma avultada, mas pouco significativa tendo em conta os lucros esperados, segundo Filipe Vieira de Castro: “ … if two vessels of a fleet of four completed the round trip, as happened almost always, the king generally received 350.000 cruzados in pepper, plus another 150.000 in custom taxes. This meant that the 250.000 cruzados spent building four vessels represent less than five percent of total gross returns”.18 O desenho e concepção do navio faz-se a partir de um conjunto de pressupostos geométricos simples, facilmente apreensíveis, executáveis e reproduzíveis. Conhecendo a tonelagem pretendida, os carpinteiros sabem, por experiência, qual deverá ser o comprimento da quilha que, de seguida, serve de paradigma dimensional aos restantes elementos estruturais como altura, lançamento da roda de proa e do cadaste, largura da boca e do fundo, número das balizas mestras e das balizas entre almogamas, comprimento do gio, levantamento e recolhimento do fundo e das ilhargas e, inclusive, comprimento do próprio batel.

15

Vide Francisco Alves, Filipe Castro, Paulo Rodrigues, Catarina Garcia, Miguel Aleluia, op.cit., p.198. 16 Para uma análise comparativa das dimensões básicas de uma Nau da Carreira da Índia na viragem do século XVI para o XVII segundo os documentos técnicos disponíveis, vide Filipe Vieira de Castro, The Pepper Wreck, op.cit., pp.190-191. 17 Vide Nuno Valdez dos Santos, op.cit., pp.107-113. 18 Filipe Vieira de Castro, op.cit., p.94. 16

Para desenhar o navio, privilegia-se a figura circular para a roda de proa, baliza mestra e restantes balizas, buçardas… Fernando Oliveira diz que “ … muntas partes desta fabrica, quanto mays tirão a redondo, tanto são milhores…” 19, pois a “… figura circular: (…) faz o casco da nao bem feito, e bo. ” 20 Os desenhos de João Baptista Lavanha podem complicar um pouco mais a geometria do navio, mas também aqui o círculo é dominante. Quando o círculo e a geometria simples se esgotam, os nossos carpinteiros recorrem às armadouras para determinar e terminar a forma do casco. Esta reflexão procura traçar um quadro síntese da construção de uma nau da Carreira da Índia, conjugando a análise do Livro da Fábrica das Naus, de Fernando Oliveira, com os registos historiográficos, os achados arqueológicos e a construção de modelos em madeira. O assunto articula-se em dois momentos diferenciados. Numa primeira fase, a análise centra-se na vida e na obra de Fernando Oliveira. Começa-se por fazer a recomposição do percurso biográfico deste autor, que deixou para a posteridade uma obra pioneira no domínio da Gramática, Estratégia Militar e Construção Naval. Segue-se uma leitura historiográfica dos seus principais intérpretes e a reconstituição problemática do Livro da Fabrica das Naos, a partir de três núcleos interpretativos determinantes: a crítica da prática construtiva e a demanda do sistema, o primado da matriz biológica na génsese e no desenvolvimento da construção naval e a definição estruturante de uma ideia de progresso. O segundo capítulo incide sobre a construção do casco da nau. Estabelecem-se as bases teóricas para o enquadramento da problemática, analisando os proveitos hermenêuticos da iconografia e da documentação técnica e tratadística coeva, os contributos da arqueologia subaquática e do modelismo naval para a reconstituição morfológica do navio. Faz-se uma leitura sequencial da cadeia construtiva, começando por explorar aquilo que são os elementos pré-determinados da dinâmica arquitectónica (escolha dos materiais, princípio de construção e narrativa geométrica do casco), para terminar com uma reflexão sobre os aspectos menos programáveis do projecto construtivo: a definição das formas da querena para além das almogamas.

19 20

Fernando Oliveira, op.cit., fol.80. Idem, ibidem, fol.110. 17

18

Conclusões Chegados ao ponto final deste itinerário reflexivo, importa ressalvar as traves mestras que paulatinamente se foram definindo, recordando as conclusões mais paradigmáticas. Destacou-se a centralidade da nau enquanto agente maior do projecto estratégico nacional para as navegações de longo curso. Viu-se a sua génese mediterrânica e a sua transformação evolutiva em navio oceânico, aumentando em tonelagem, em número de mastros, velas e artilharia. Fernando Oliveira apareceu-nos com um autor plurívoco, exímio praticante de múltiplos saberes e ofícios. Reteve-se a visão, consagrada pela historiografia, do génio aventureiro e rebelde, ceifado ao título de grande da história pelo seu maior apego à verdade e à liberdade do que, à conveniência e ao bem-estar pessoal. O Livro da Fabrica das Naos foi esquadrinhado em várias vertentes, primeiro seguindo e depois transcendendo as pistas deixadas pela historiografia. Evidenciou-se o carácter limitado e limitante das visões sequenciais (as que percorrem o texto de forma linear enunciando sintética e ordenadamente os temas e os problemas encontrados) e as leituras de segmento ( as que isolam e problematizam de forma privilegiada uma porção temática determinante mais ou menos abrangente na estrutura organizativa do texto). Procurou-se reconstruir uma visão sistemática e integradora dos vários núcleos problemáticos da obra no seu todo significante e isolaram-se três tópicos como sendo os eixos estruturais e estruturantes do pensamento de Fernando Oliveira sobre construção naval: uma visão crítica da prática construtiva com intentos de recomposição sistemática, o recurso a uma matriz biológica na hermenêutica da génese e do desenvolvimento da construção naval e a incidência de uma ideia consistente de progresso. Fernando Oliveira desenvolve uma atitude simultaneamente crítica e poiética relativamente à construção naval. A prática construtiva é globalmente avaliada como deficitária e o autor insiste na necessidade de substituir o domínio estabelecido do casuístico, do desordenado, do sombrio e do complexo pela regulação integradora e sistematizante da norma, da organização, da clareza e da simplicidade. Para potenciar os resultados cognitivos da investigação sobre as práticas construtivas, Oliveira elabora um verdadeiro “discurso do método”, no qual estabelece as regras metodológicas necessária para proceder à elevação do estudo da construção naval ao estatuto de saber. A primeira 19

dessas regras reside no princípio da suspeita relativamente a tudo aquilo que não deriva de uma recolha directa do observador; numa segunda fase, procede-se à hermenêutica comparativa dos procedimentos, diversificando os tempos e mudando os espaços de observação; segue-se uma imersão activa no contexto construtivo antes de proceder à organização selectiva dos dados recolhidos em unidades sistemáticas de enquadramento e de passar à crítica dialógica dos dados recolhidos através da publicitação e do debate. Um segundo ponto nuclear do texto assenta no recurso ao paradigma matricial do biológico no tratamento significante da embarcação. As contingência naturais funcionaram como factor de incremento e fomento na história da navegação, a nomenclatura diversa do navio reporta recorrentemente ao universo lexical relativo aos seres vivos, a composição das formas geométricas do navio e algumas práticas tecnológicas adaptadas a bordo repetem soluções em uso na natureza e é para o estudo da diversidade da fauna, principalmente marinha, que se deve voltar o estudo prospectivo de novas soluções aplicáveis na construção naval. Por último, quando se trata de proceder à avaliação das qualidades náuticas de um navio, ou à falta delas, o paradigma metafórico é, mais uma vez, repuxado do universo biológico. A ideia de progresso enquanto desenvolvimento ou evolução qualitativa da realidade constitui-se como o terceiro eixo do pensamento de Oliveira. Os navios e a sua construção partilham com as civilizações as condicionantes da possibilidade ou não do progresso e se a navegação ocidental nasce no Egipto para ser depois aperfeiçoada por gregos e romanos, a verdade é que, na época, aos olhos do autor, Portugal protagoniza do ponto de vista da competência construtiva um momento privilegiado na histórica da evolução do navio. No entanto, os construtores da Ribeira só poderão continuar na dianteira do progresso e contrariar a lógica da decadência, que já se prenuncia e que conduziu outras nações ao esquecimento neste quadrante da actividade, introduzindo na lógica construtiva pelo menos três imperativos categóricos: Conformar o saber e a prática com os processos e procedimentos já aprovados, introduzir mecanismos de inovação e de aperfeiçoamento na prática do ofício e fundamentar a performance qualitativa da construção numa lógica de desenvolvimento intelectual e ético de índole pessoal. Antes de abrir as portas do estaleiro e de passar à análise sequencial da construção, fez-se uma reflexão de fundo sobre a valência da iconografia, da documentação técnica, dos achados arqueológicos e dos modelos à escala para a reconstrução do projecto construtivo da nau da Índia. 20

Da análise iconográfica conclui-se que apesar de existirem excelentes representações de navios portugueses para o período em análise, tais documentos não podem ser confundidos com materiais fotográficos e a sua utilização como instrumentos de estudo no domínio da arqueologia deve ser antecedida de um trabalho sistemático de enquadramento metodológico, no sentido de eliminar todo um conjunto significativo de ruídos informativos que, habitualmente, tendem a interpor-se entre o objecto que foi representado e a sua representação. Sobre a documentação técnica, seja ela de índole tratadística, decorrente do labor de eruditos eméritos ou simples receituários para a construção de navios, importa reter que para o período que vai do final do século XVI até às primeiras décadas do século XVII, Portugal dispõe da mais rica e notável colecção de documentos técnicos. A construção da nau da Carreira da Índia aparece reportada em vários desses documentos, mas foi Fernando Oliveira e João Baptista Lavanha que lhe dedicaram uma atenção mais cuidada, fazendo dela o tema central dos seus trabalhos. Fernando Oliveira no Livro da Fabrica das Naus, mas também na Ars Náutica, descreve o processo de concepção geométrica e de produção no estaleiro da nau da Carreira, desde a escolha dos materiais até à colocação do leme. No Livro Primeiro da Architectura Naval, João Baptista Lavanha retoma, com variantes pouco significativas e complementa com pormenores adicionais as reflexões de Fernando Oliveira. Os achados arqueológicos são o testemunho mais fidedigno do modo como efectivamente se construía. Representam, no concreto, soluções viabilizadas e ultrapassam neste sentido, em verdade, o que os textos eruditos podem reportar como mera intenção. São infelizmente poucos e a grande maioria não preserva a ossada do navio. Dos três achados arqueológicos relativos a uma nau da Índia em que a componente estrutural da embarcação se encontra preservada apenas dois foram, até ao momento, objecto de estudo científico com resultados publicados: a nau Santo António e a nau Nossa Senhora dos Mártires. A nau Santo António que naufragou nas Sychelles em 1589 teria entre 200 a 350 toneladas. Sobrou da erosão do tempo e dos mares um pouco do fundo do navio com algumas cavernas, braços e parte do forro, mas foi o suficiente para concluir que neste navio o posicionamento das cavernas sobre a quilha é muito semelhante ao que Fernando Oliveira e João Baptista preconizam para o espaço a deixar entre duas cavernas consecutivas.

21

A nau Nossa Senhora dos Mártires, que naufragou às portas de Lisboa, junto ao forte de São Julião da Barra em 1606, é o navio da Carreira da Índia que mais foi estudado e que se encontra melhor documentado. Apesar de só se ter encontrado uma porção do fundo, composta por algumas peças da quilha, várias cavernas, algumas tábuas de forro e uma apostura, foi possível reconstruir o seu quadro dimensional básico graças a determinadas marcações nas cavernas. Essas mesmas marcas demonstraram que tinha três cavernas mestras, seguindo assim a regra de Oliveira para este tipo de embarcações. O navio também segue o que é preconizado pelo autor para a incidência do arrepiamento das secções transversais entre a casa mestra e as almogamas. Não chegou até nós, para o período em análise, nenhum modelo fidedigno de uma nau da Carreira da Índia e os modelos alusivos à época construídos modernamente e que podem ser vistos em instituições nacionais de referência como o Museu de Marinha inscrevem-se num patamar representativo sem fundamento arqueológico. Entrando na construção da nau propriamente dita, pode-se dividir a sequência construtiva em duas etapas operatórias complemetares denominadas “pré-determinação” e “possibilidade”, de modo a diferenciar aquilo que são os aspectos programáveis da construção, definidos a montante da cadeia construtiva, que funcionam como elementos identificadores do projecto arquitectónico e aquilo que não pode ser projectado senão com o navio já em fase adiantada de construção. São elementos pré-determinados da dinâmica arquitectónica, os materiais a utilizar, a escolha do princípio de construção e a definição geral da geometria do navio; cabem no segundo quadro de referência, a definição das formas da embarcação após as almogamas. No que respeita à escolha dos materiais, achados e tratados concordam com o facto de o sobreiro ser a madeira mais adequada para realizar as peças do cavername, reservando o pinheiro manso para o forro do casco nas obras vivas e o pinheiro bravo para as porções do navio acima da linha de água. Outras opções são possíveis, mas com excepção da teca e do angelim todas as outras madeiras devem ser tomadas com prudência pelos construtores. Para a pregadura basta o ferro, o cobre onera desnecessariamente a construção e o prego de pau não serve para naus destinadas aos mares quentes infestados de taredo. A cordoalha, tal como o calafeto, quer-se de estopa; as velas serão de linho e para untar o navio não há melhor do que o breu, zelando quem tem essa incumbência para que, tal como os outros achegos, seja da melhor qualidade, o que neste caso significa que não se recorra ao contrafeito.

22

No que respeita ao “princípio de construção”, isto é, à noção geral de concepção determinada pela estrutura que no conjunto forro/ossada desempenha o papel determinante ao nível dos pressupostos teóricos, do programa construtivo e da resistência global do navio, contrariamente ao que sucede com outros navios de índole igualmente oceânica, como a barca, que poderá ser construída em casco trincado segundo o princípio de construção “concha primeiro”, a nau da Carreira da Índia é pensada e constrói-se exclusivamente a partir dos pressupostos “esqueleto primeiro”, seguindo o método da baliza mestra, almogamas, armadouras e com controlo do levantamento e do recolhimento do fundo. Segue-se a geometrização do casco, que implica a utilização pelo construtor de um conjunto de pressupostos geométricos elementares, pré-estabelecidos, que funcionam como máximas gerais determinantes de procedimentos particulares e que se baseiam num quadro simples de proporcionalidades aplicadas aos vários elementos dimensionais do navio a partir de uma unidade de referência padrão, a quilha, sendo o comprimento desta proporcional ao porte do navio em toneladas. O comprimento da quilha, expresso em rumos, opera como unidade arquetípica de toda a sequência narrativa geométrica da nau e permite definir, de forma directa e proporcional, as dimensões estruturantes desta: a altura e o lançamento da roda de proa, a altura do cadaste, a boca, o número e o lugar das cavernas mestras sobre a quilha e o número de balizas graminhadas. De forma indirecta, isto é, por derivação proporcional de um segundo elemento derivado da quilha, afere-se: o comprimento total do navio; o comprimento do convés; o caimento do cadaste; o comprimento do gio; a largura do fundo; o par, ou seja, o espaço ocupado pela baliza e o espaço vazio imediatamente a seguir; o levantamento do fundo da mestra à almogama da ré; o levantamento do fundo da mestra à almogama da vante; o recolhimento do fundo da mestra à almogama da ré; o recolhimento do fundo da mestra à almogama da vante; o recolhimento da boca até às almogamas; o recolhimento da boca da almogama da vante à roda; o recolhimento da boca da almogama da ré ao cadaste; a altura do ragel; a altura do pé das buçardas; o número das cobertas; o comprimento e altura do castelo de proa; o comprimento e altura do castelo de popa; o comprimento da tolda e as dimensões do governalho. Um terceiro conjunto de dados dimensionais é fornecido a avulso: a altura do porão, a altura das cobertas, a altura da tolda, a altura do chapitéu e a mareagem dos castelos e o tosado das cobertas. Quando se soma a estes dados as informações sobre as secções das madeiras, consegue-se recompor interna e externamente o quadro dimensional básico de uma nau 23

de 18 rumos de quilha, três cobertas e com um porte de seiscentos tonéis naquilo que são as suas expressões máxima e mínima. Para traçar os contornos da baliza mestra, Oliveira privilegia a figura circular a partir de três parâmetros lineares essenciais ( a altura da nau, a largura do fundo e a boca); as restantes balizas, de ambos os lados da mestra até às almogamas da vante e da ré, são uma replicação da geometria essencial da primeira com recurso a diagramas de redução simples, os graminhos, cuja acção incide principalmente ao nível do levantamento do fundo e do recolhimento da boca. No total. a porção de cavernas cujas formas são controláveis através dos diagramas de redução é ligeiramente superior ao comprimento total do navio. Teoricamente é possível controlar e determinar qualquer redução das formas de um navio recorrendo aos graminhos e é bem provável que alguns construtores também recorressem a estes para gerir as formas volumétricas do casco após as almogamas. A historiografia considera que o trabalho de modelação do casco fora da barreira arquitectónica das almogamas era concretizado recorrendo à armadoura, Oliveira é ambíguo na matéria deixando em aberto a hipótese de não ser bem assim.

24

FONTES E BIBIOGRAFIA

25

SIGLAS E ABREVIATURAS MAIS FREQUENTES Siglas ANTT

= Arquivo Nacional da Torre do Tombo

BA

= Biblioteca da Ajuda

BGUC

= Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra

BNL

= Biblioteca Nacional (Lisboa)

CNANS = Centro Nacional de Arqueologia Naútica e Subaquática CNCDP = Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses INCM

= Imprensa Nacional – Casa da Moeda

Abreviaturas coord. = coordenação dir. = direcção ed. = edição nº = número p. = página pp. = páginas s/d = sem data t. = tomo trad. = tradução vol. = volume vols. = volumes

26

FONTE MANUSCRITA PRINCIPAL OLIVEIRA, Fernando, Livro da Fabrica das Naos, BNL –Reservados, cod. 3702. FONTES IMPRESSAS 1. HISTÓRIA NAVAL E MARÍTIMA BRITO, Bernardo Gomes de, História Trágico-Marítima, 2 vols., Lisboa, Publicações Europa-América, s/d. BRITO, Bernardo Gomes de, Historia Tragico – Maritima Em que se escrevem chronologicamente os Naufragios que tiveraõ as Naos de Portugal, depois que se poz em exercicio a Navegaçaõ da India. Tomo primeiro. Offerecido A Augusta Magestade do Muito Alto e Muito Poderoso Rei D. Joaõ V Nosso Senhor. Por Bernardo Gomes de Brito, Lisboa Occidental, Officina da Congregação do Oratório, 1735. BRITO, Bernardo Gomes de, História Tragico – Maritima Em que se escrevem chronologicamente os Naufragios que tiveraõ as Naos de Portual, depois que se poz em exercicio a Navegaçaõ da India. Tomo segundo. Offerecido A Augusta Magestade do Muito Alto e Muito Poderoso Rei D. Joaõ V Nosso Senhor. Por Bernardo Gomes de Brito, Lisboa Occidental, Officina da Congregação do Oratório, 1736. OLIVEIRA, Padre Fernando, A Arte da Guerra do Mar, Estratégia e Guerra Naval no Tempo dos Descobrimentos, Lisboa, Edições 70, 2008. OLIVEIRA, Padre Fernando, A Arte da Guerra do Mar, Lisboa, Edições Culturais da Marinha, 1983.

27

2. ARQUEOLOGIA E ARQUITECTURA NAVAL “Conta das medidas de hũa nao da India”. Fonte: Coriosidades de Gonçallo de Sousa, BGUC – Reservados, ms.3074, fls. 9v-17, publicado por Francisco Contente Domingues, in Os Navios do Mar Oceano. Teoria e empiria na arquitectura naval portuguesa dos séculos XVI e XVII, Lisboa, Centro de História da Universidade de Lisboa, 2004, pp.344-349. “Conta, e Medida de hũa Nao de quatro cubertas como ao diante se vera”. Fonte: Manuel Fernandes, Livro de Traças de Carpintaria, BA, cod.52-XIV-21, fls.1-8v, publicado por Francisco Contente Domingues, in Os Navios do Mar Oceano. Teoria e empiria na arquitectura naval portuguesa dos séculos XVI e XVII, Lisboa, Centro de História da Universidade de Lisboa, 2004, pp.334-344. “Contas e medidas de hũa nao da India”. Fonte: Manuel Fernandes, Livro de Traças de Carpintaria, BA, cod.52-XIV-21, fls. 22-23v, publicado por Francisco Contente Domingues, in Os Navios do Mar Oceano. Teoria e empiria na arquitectura naval portuguesa dos séculos XVI e XVII, Lisboa, Centro de História da Universidade de Lisboa, 2004, pp.349-351. “Medidas pera fazer hũa Nao de Seiscentas Tonelladas, e os paos que hà de levar se Souoro e Pinho”. Fonte: Livro Náutico, BNL – Reservados, cod.2257, fls.5-15, publicado por Francisco Contente Domingues, in Os Navios do Mar Oceano. Teoria e empiria na arquitectura naval portuguesa dos séculos XVI e XVII, Lisboa, Centro de História da Universidade de Lisboa, 2004, pp.351-361. “Traça de uma Nao da India ordenada por Gonçalo Roiz conforme a nao Conceição”, Real Academia de la História – Madrid, Colecção Salazar e Castro, cod.9/1068 fls.14-15, publicado por João da Gama Pimentel Barata, “Apêndice B – Transcrição de duas «traças» de naus da Índia, de João Baptista Lavanha”, in Estudos de Arqueologia Naval, vol. II, Lisboa, INCM, 1989, pp.235-236. “Traça de uma Nao da India ordenada por Sebastião Themudo”, Real Academia de la História – Madrid, Colecção Salazar e Castro, cod.9/1068 fls.16-17, publicada por João da Gama Pimentel Barata, “Apêndice B – Transcrição de duas «traças» de

28

naus da Índia, de João Baptista Lavanha”, in Estudos de Arqueologia Naval, vol. II, Lisboa, INCM, 1989, pp.234-235. CHAPMAN, Fredrik Henrik af, Architectura Navalis Mercatória, Armen, Éditions Chasse-Marée, s.d. FERNANDES, Manuel, Livro de Traças de Carpintaria, edição facsimile, Lisboa Academia de Marinha, 1989. LAVANHA, Baptista, “Livro Primeiro de Arquitectura Naval.” in João da Gama Pimentel Barata, Estudos de Arqueologia Naval, vol. II, Lisboa, INCM, 1989, pp.199-236. LAVANHA, João Baptista, Livro Primeiro de Arquitectura Naval, reedição com transcrição do texto por João da Gama Pimentel Barata, revista à luz dos novos critérios por Susana Münch Miranda, com estudos de Francisco Contente Domingues, Richard Barker e João da Gama Pimentel Barata, tradução e anotação da versão inglesa de Richard Barker, Lisboa, Academia de Marinha, 1996. MONCEAU, M. Duhamel, Éléments de l’Architecture navale ou traité pratique de la construction des vaisseaux, Seconde Edition, Paris, Charles-Antoine Jombert Imprimeur du Roi, 1752. OLIVEIRA, Fernando, “O Livro da fabrica das naos” in Henrique Lopes de Mendonça, O Padre Fernando Oliveira e a Sua Obra Nautica. Memoria, comprehendendo um estudo biographico sobre o afamado grammatico e nautographo, e a primeira reproducção typographica do seu tratado inedito Livro da Fabrica das Naus, Lisboa, Academia Real das Sciencias, 1898, pp.149-221. OLIVEIRA, Fernando, O Livro da Fábrica das Naus, com estudo introdutório de Francisco Domingues Contente e Richard Barker, descrição codicológica de Teresa A. S. Duarte Ferreira, e reprodução facsimile do manuscrito, Lisboa, Academia de Marinha, 1991.

29

3. OUTRAS FONTES IMPRESSAS OLIVEIRA, Fernão de, Gramática da Linguagem Portuguesa (1536), Edição crítica, semidiplomática e anastática por Amadeu Torres e Carlos Assunção, com um estudo introdutório do Prof. Eugénio Coseriu, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 2000. ARMAS, Duarte, O Livro das Fortalezas, Facsimile do MS.159 da Casa Forte do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Introdução de Manuel da Silva Castelo Branco, 2ª Edição, Lisboa, ANTT e Edições Inapa Lda, 1997.

30

BIBLIOGRAFIA 1. CONTEXTO E HISTÓRIA ALBUQUERQUE, Luís de, Ciência e Experiência nos Descobrimentos Portugueses, Lisboa, Conselho da Europa, 1983. ALBUQUERQUE, Luís de, Introdução à História dos Descobrimentos, Mem Martins, Publicações, Europa-América, s.d. BARRETO, Luís Filipe, “A sabedoria do mar”, in Descobrimentos e Renascimento. Formas de Ser e Pensar nos séculos XV e XVI, INCM, Lisboa, 1983, pp.185-212. BARRETO, Luís Filipe, “Do experiencialismo no Renascimento português” in História do Pensamento Filosófico Português, Lisboa, Caminho, vol. II, pp.23-34. BLOCH, Ernest, La Philosophie de la Renaissance, trad. de Pierre Kamnitzer, Paris, Petite Bibliothèque Payot, Paris, 1974. BURCKHARDT, Jacob, Civilisation de la Renaissance en Italie, Tome I, trad. de H.Schmitt, Paris, Librairie Plon et Club du meilleur livre, 1958. BURKE, Peter, La Renaissance européenne, trad. de Paul Chemla, Paris, Éditions du Seuil, 2000. DELUMEAU, Jean, La civilisation de la Renaissance, Paris, Les Éditions Arthaud, 1984. FAURE, Paul, La Renaissance, Paris, Presses Universitaires de France, 1962. GARIN, Eugenio, “L’homme de la Renaissance”, in Eugenio Garin (dir.), L’ Homme de la Renaissance, Paris, Éditions du Seuil, 1990, pp.7-20. GARIN, Eugénio, O Renascimento, história de uma revolução cultural, 2.ª ed., trad. de Ferreira de Brito, Porto. Livraria Telos Editora, 1983. KOYRÉ, Alexandre, Du monde clos à l’univers infini, trad. Raissa Tarr, Paris, Gallimard, 1973.

31

MENDES, António Rosa, “A vida cultural”, in História de Portugal, direcção de José Mattoso, vol. III: No Alvorecer da Modernidade (1480-1620), Lisboa, Círculo de Leitores, 1993, pp.375-421. 2. FERNANDO OLIVEIRA E OUTROS TEÓRICOS DA CONSTRUÇÃO NAVAL ALBUQUERQUE, Luís de, “Fernando Oliveira. Um português genial, aventureiro e insubmisso”, in Navegadores, Viajantes e Aventureiros Portugueses. Sécs. XV e XVI, vol. II, Lisboa, Círculo de Leitores, 1987, pp.128-142. BARATA, João da Gama Pimentel, “A Ars Nautica do P.e Fernando Oliveira – Enciclopédia de conhecimentos marítimos e primeiro tratado científico de construção naval (1570)”, in Estudos de Arqueologia Naval, vol.II, Lisboa, INCM, 1989, pp.129-149. BARATA, João da Gama Pimentel, “O «Livro Primeiro da Architectura Naval», de João Baptista Lavanha: Estudo e transcrição do mais notável manuscrito de Construção Naval Portuguesa do final do século XVI e princípio do século XVII”, in Estudos de Arqueologia Naval, vol. II, Lisboa, INCM, 1989, pp.151-236. BARKER, Richard, “Review. Livro de Traças de Carpintaria. By Manuel Fernandes”, Mariner’s Mirror, vol. 76, 1990, pp.394-396. BARKER, Richard, “What Fernando Oliveira did not say about cork oak”, in Fernando Oliveira e o Seu Tempo. Humanismo e Arte de Navegar no Renascimento Europeu (1450-1650). Actas da IX Reunião Internacional de História da Náutica e da Hidrografia, Cascais, Patrimonia, 2000, pp.163-175. BARRETO, Luís Filipe, “Introdução ao pensamento técnico de Fernando Oliveira: em torno do Livro da Fábrica das Naus”, Cultura. História e Filosofia, vol.VI, Lisboa, 1987, pp.613-626. BOURDON, Léon, “Épisodes inconnues de la vie de Fernando Oliveira”, Revista Portuguesa de História, t.V, Coimbra, 1951, pp.439-453.

32

CORTESÃO, Armando, “João Baptista Lavanha”, in Cartografia e Cartógrafos Portugueses dos séculos XV e XVI, vol.2, Lisboa, Seara Nova, 1935, pp.294-361. COSERIU, Eugenio, “Língua e Funcionalidade em Fernão de Oliveira”, in OLIVEIRA, Fernão de, Gramática da Linguagem Portuguesa (1536), Edição crítica, semidiplomática e anastática por Amadeu Torres e Carlos Assunção com um estudo introdutório do Prof. Eugénio Coseriu, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 2000, pp.29-60. COSTA, Melba, “Acerca do Livro de Traças”, Oceanos, nº2, 1989, pp.122-128. DOMINGUES, Francisco Contente, “Documents on Portuguese Naval Architecture – (late 16th-early 17th century) – a general overview”, in Proceedings International Symposium on Archaeology of Medieval and Modern Ships of Iberian-Atlantic Tradition. Hull remains, manuscripts and ethnographic sources: a comparative approach, Francisco Alves ed., Lisboa, Instituto Português de Arqueologia, 2001, pp.229-232. DOMINGUES, Francisco Contente, “Experiência e conhecimento na construção naval portuguesa do século XVI: Os tratados de Fernando Oliveira”, in Navios e Viagens – A Experiência Portuguesa nos séculos XV a XVIII, Lisboa, Tribuna da História, 2007, pp.49-83. DOMINGUES, Francisco Contente, “João Baptista Lavanha: Nota biográfica”, in João Baptista Lavanha, Livro Primeiro de Arquitectura Naval, reedição com transcrição do texto por João da Gama Pimentel Barata, revista à luz dos novos critérios por Susana Münch Miranda, com estudos de Francisco Contente Domingues, Richard Barker e João da Gama Pimentel Barata, tradução e anotação da versão inglesa de Richard Barker, Lisboa, Academia de Marinha, 1996, pp.9-13. DOMINGUES, Francisco Contente, Os Navios do Mar Oceano. Teoria e empiria na arquitectura naval portuguesa dos séculos XVI e XVII, Lisboa, Centro de História da Universidade de Lisboa, 2004. FERREIRA, Teresa A. S. Duarte, “Descrição Codicológica”, in Fernando Oliveira, O Livro da Fábrica das Naus, com estudo introdutório de Francisco Contente

33

Domingues e Richard Barker, descrição codicológica de Teresa A. S. Duarte Ferreira, e reprodução facsimile do manuscrito, Lisboa, Academia de Marinha, 1991, pp.29-34. FONSECA, Quirino, “Comentário Preliminar”, in Padre Fernando Oliveira, A Arte da Guerra do Mar, Lisboa, Edições Culturais da Marinha, 1983, pp.xi-xxx. FRANCO, José Eduardo, “A obra historiográfica de Fernando Oliveira: algumas pistas hermenêuticas”, in Fernando Oliveira e o Seu Tempo. Humanismo e Arte de Navegar no Renascimento Europeu (1450-1650). Actas da IX Reunião Internacional de História da Náutica e da Hidrografia, Cascais, Patrimonia, 2000, pp.25-35. FRANCO, José Eduardo, O Mito de Portugal. A primeira História de Portugal e a sua Função Política, Lisboa, Fundação Maria Manuela e Vasco de Albuquerque dOrey/Roma Editora, 2000. GASPAR, João Gonçalves, “Fernando Oliveira: Obra Náutica”, in Fernando Oliveira e o Seu Tempo. Humanismo e Arte de Navegar no Renascimento Europeu (14501650.) Actas da IX Reunião Internacional de História da Náutica e da Hidrografia, Cascais, Patrimonia, 2000, pp.11-18. LOUREIRO, Vanessa, “O Padre Fernando Oliveira e o Liuro da Fabrica das Naos”, Revista Portuguesa de Arqueologia, volume 9, número 2, 2006, pp.353-367. MATOS, Luís de,“ A Ars Nautica de Fernando de Oliveira”, Boletim Internacional de Bibliografia Luso-Brasileira, Vol I, Lisboa, 1960, pp.239-251. MENDONÇA, Henrique Lopes de, “ Fernando Oliveira – Estudo Biographico”, in O Padre Fernando Oliveira e a Sua Obra Nautica. Memoria, comprehendendo um estudo biographico sobre o afamado grammatico e nautographo, e a primeira reproducção typographica do seu tratado inedito Livro da Fabrica das Naus, Lisboa, Academia Real das Sciencias, 1898, pp.1-87. MENDONÇA, Henrique Lopes de, “ Processo Inquisitorial de Fernando Oliveira (1547-1551)”, in O Padre Fernando Oliveira e a Sua Obra Nautica. Memoria,

34

comprehendendo um estudo biographico sobre o afamado grammatico e nautographo, e a primeira reproducção typographica do seu tratado inedito Livro da Fabrica das Naus, Lisboa, Academia Real das Sciencias, 1898, pp.99-128. MENDONÇA, Henrique Lopes de, “Documentos relativos à expedição de Velez e ao Captiveiro e resgate de christãos prisioneiros (1552-1553)”, in O Padre Fernando Oliveira e a Sua Obra Nautica. Memoria, comprehendendo um estudo biographico sobre o afamado grammatico e nautographo, e a primeira reproducção typographica do seu tratado inedito Livro da Fabrica das Naus, Lisboa, Academia Real das Sciencias, 1898, pp.129-141. MENDONÇA, Henrique Lopes de, “Documentos sobre os ultimos annos de Fernando Oliveira (1554)”, in O Padre Fernando Oliveira e a Sua Obra Nautica. Memoria, comprehendendo um estudo biographico sobre o afamado grammatico e nautographo, e a primeira reproducção typographica do seu tratado inedito Livro da Fabrica das Naus, Lisboa, Academia Real das Sciencias, 1898, pp.142-145. PHILLIPS, Carla Rahn, “The context for Manuel Fernandes’s Livro de traças de carpintaria of 1616”, in Fernando Oliveira e o Seu Tempo. Humanismo e Arte de Navegar no Renascimento Europeu (1450-1650), Cascais, Patrimonia, 2000, pp.269-277. RADULET, Carmen M., “Fernando Oliveira: a primeira anotação da língua portuguesa”, in Fernando Oliveira e o Seu Tempo. Humanismo e Arte de Navegar no Renascimento Europeu (1450-1650). Actas da IX Reunião Internacional de História da Náutica e da Hidrografia, Cascais, Patrimonia, 2000, pp.19-23. RIBEIRO, António Silva, “Estudo Introdutório à Arte da Guerra do Mar”, in Padre Fernando Oliveira, A Arte da Guerra do Mar, Estratégia e Guerra Naval no Tempo dos Descobrimentos, Lisboa, Edições 70, 2008, pp.xv-liv. RIBEIRO, António Silva, “O Padre Fernando Oliveira. Breve Apontamento Biográfico”, in Padre Fernando Oliveira, A Arte da Guerra do Mar, Estratégia e Guerra Naval no Tempo dos Descobrimentos, Lisboa, Edições 70, 2008, pp.x-xiii.

35

RIBEIRO, António Silva, “O pensamento estratégico de Fernando Oliveira”, in Fernando Oliveira e o Seu Tempo. Humanismo e Arte de Navegar no Renascimento Europeu (1450-1650). Actas da IX Reunião Internacional de História da Náutica e da Hidrografia, Cascais, Patrimonia, 2000, pp.37-49. RIETH, Éric, “ Remarques sur une série d’illustrations de l’Ars nautica (1570) de Fernando Oliveira”, Neptunia, nº 169, Paris, 1988, pp.36-43. RIETH, Éric, “ Un système de conception des carènes de la seconde moitié du XVIe siècle”, Neptunia nº 166, Paris, 1987, pp.16-31. RIETH, Éric, “Les écrits de Fernando Oliveira, un témoignage sur la construction navale a la second moitié do XVIe siècle”, Neptunia, nº 165, Paris, 1987, pp.18-25. SOUSA, Botelho de, “Comentário à «Arte da Guerra do Mar» do padre Fernando Oliveira, in Padre Fernando Oliveira, A Arte da Guerra do Mar, Lisboa, Edições Culturais da Marinha, 1983, pp.xxxi-xli. TORRES Amadeu e ASSUNÇÃO, Carlos, “A Gramática e a Ecdótica”, in Fernão de Oliveira, Gramática da Linguagem Portuguesa (1536), Edição crítica, semidiplomática e anastática por Amadeu Torres e Carlos Assunção com um estudo introdutório do Prof. Eugénio Coseriu, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 2000, pp.63-77. TORRES Amadeu e ASSUNÇÃO, Carlos, “Filologia e Protofilologia Portuguesas”, in Fernão de Oliveira, Gramática da Linguagem Portuguesa (1536), Edição crítica, semidiplomática e anastática por Amadeu Torres e Carlos Assunção com um estudo introdutório do Prof. Eugénio Coseriu, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 2000, pp.5-26. VITERBO, Francisco Marques de Sousa, Trabalhos Náuticos dos Portugueses. Séculos XVI e XVII, reprodução em facsimile, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1988.

36

XAVIER, Hernâni Amaral, Novos Elementos para o Estudo da Arquitectura Naval Portuguesa Antiga. “ O Livro de Traças de Carpintaria” e as “Coriosidades” de Gonçallo de Sousa”, Lisboa, Academia de Marinha, 1992. 3. HISTÓRIA MARÍTIMA E CONSTRUÇÃO NAVAL ANDERSON, R.C, “Early Books on Shipbuilding and Rigging”, Mariner’s Mirror, vol. 10, 1924, pp.53-64. ANDERSON, R.C, “Italian naval architecture about 1445”, Mariner’s Mirror, vol.11, 1925, pp.135-163. ANDERSON, R.C., “Jal’s Memoire nº5 and the Manuscript Fabrica di Galere”, Mariner's Mirror, vol. 31, 1934, pp.160-167. BARATA, Jaime Martins, O navio ‘São Gabriel’ e as naus manuelinas, Separata da Revista da Universidade de Coimbra, Vol. XXIV com todas as comunicações e as suas discussões, apresentadas na I Reunião de História da Náutica, que se realizou nesta Universidade em Outubro de 1968, promovida pela Secção de Coimbra do Agrupamento de Estudos de Cartografia Antiga, da Junta de Investigação do Ultramar – Lisboa, Coimbra, Junta do Ultramar – Lisboa, 1970. BARATA, João da Gama Pimentel, “Introdução à arqueologia naval: A crítica da documentação plástica”, in Estudos de Arqueologia Naval, vol. I, Lisboa, INCM, 1989, pp.13-102. BARATA, João da Gama Pimentel, “O galeão português (1519-1625)”, in Estudos de Arqueologia Naval, vol. I, Lisboa, INCM, 1989, pp.303-326. BARATA, João da Gama Pimentel, “O traçado das naus e galeões portugueses de 15501580 a 1640”, in Estudos de Arqueologia Naval, vol. I, Lisboa, INCM, 1989, pp.153-202. BARATA, João da Gama Pimentel, “Os navios”, in Estudos de Arqueologia Naval, vol. I, Lisboa, INCM, 1989, pp.203-302.

37

BARATA, José Alberto Leitão, Os Senhores da Navegação – O Domínio Português dos Mares da Ásia por Meados do Século XVI, Cascais, Câmara Municipal de Cascais, 2001. BARCELOS, Christiano Senna, “ Construções de Naus em Lisboa e Goa para a Carreira da India no Começo do Século XVII”, Boletim da Sociedade de Geographia de Lisboa, (1898-1899), 17ª série, nº.1. BARKER, Richard, “«Many may peruse us»: Ribbands, moulds and models in the dockyards”, VI Reunião Internacional da História da Náutica e Hidrografia, Actas, Lisboa, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1989, pp.539-559. BARKER, Richard, “A manuscript on shipbuilding, circa 1600, copied by Newton”, Mariner’s Mirror, vol. 80, 1994, pp.16-29. BARKER, Richard, “Design in the dockyards, about 1600”, in Carvel Construction Technique, Skeleton-first, Shell-first. Fifth International Symposium on Boat and Ship Archaeology, Amsterdam 1988, Reinder Reinders and Kees Paul ed., Oxford, Oxbow Monograph, 12, 1991, pp.61-69. BARKER, Richard, “English shipbuilding in the sixteenth century: evidence for the process of conception and construction”, in Concevoir et construire les navires De la trière au picoteux, dir. Éric Rieth, Ramonville Saint-Agne, Editions Érès, 1998, pp.109-126. BARKER, Richard, “Shipshape for Discoveries, and return”, Mariner’s Mirror, vol.78 1992, pp.433-447. BARKER, Richard, “Sources for Lusitanian shipbuilding”, Proceedings International Symposium on Archaeology of Medieval and Modern Ships of Iberian-Atlantic Tradition. Hull remains, manuscripts and ethnographic sources: a comparative approach, Francisco Alves ed., Lisboa, Instituto Português de Arqueologia, 2001, p.213-225.

38

BARROS, Eugénio Estanislau de, Traçado e Construção das Naus Portuguesas dos Séculos XVI e XVII, Lisboa, Imprensa da Armada, 1933. BASCH, Lucien, “Construction privée et construction d’État dans l’Antiquité ”, in Concevoir et construire les navires - De la trière au picoteux, dir. Éric Rieth, Ramonville Saint-Agne, Editions Érès, 1998, pp.21-47. BELLABARBA, Sergio, “The ancient methods of designing hulls”, Mariners Mirror, vol. 79, 1993, pp.274-292. BELLABARBA, Sergio, “The origins of the ancient methods of designing hulls: A hypothesis”, Mariners Mirror, vol. 82, 1993, pp.259-268. BELLABARBA, Sergio, “The square-rigged ship of the Fabrica di Galere manuscript. Part I”, Mariner's Mirror, vol. 74, 1988, pp.113-130. BELLABARBA, Sergio, “The square-rigged ship of the Fabrica di Galere manuscript. Part II”, Mariner's Mirror, vol. 74, 1988, pp.225-240. BELLEC, François, “ A Carreira da Índia no Século XVI – Relato de uma vulgar viagem ao Inferno”, in Luiz de Lancastre e Távora, François Bellec, Rogério d’Oliveira, Hubert Michéa, Naus, caravelas e galeões na iconografia portuguesa das Descobertas, Lisboa, Quetzal Editores, 1993, pp.31-93. BILL, Jan, “Ship Construction: Tools and Techniques”, in Cogs Caravels and Galleons – The Sailing Ship 1000-1650, Robert Gardiner ed., London, Conway Maritime Press, 1994, pp.151-159. BOUDRIOT, Jean, “Formation et savoir des constructeurs royaux”, in Concevoir et construire les navires - De la trière au picoteux, dir. Éric Rieth, Ramonville SaintAgne, Editions Érès, 1998, pp.127-150. BOXER, Charles Ralph, “Admiral João Pereira Corte-Real and the construction of Portuguese East-Indiamen in the early seventeenth century”, Mariner’s Mirror, vol. 26, 1944, pp.388-406.

39

CANAS, António Costa, Naufrágios e Longitude, Lisboa, Edições Culturais da Marinha, 2003. CASSON, Lionel, “Sailing Ship of the Ancient Mediterranean”, in The Earliest Ships – The Evolution of Boats into Ships, Robert Gardiner ed., London, Conway Maritime Press, 1996, pp.39-51. CASTANHEIRA, Edmundo, Manual de Construção do Navio de Madeira, Lisboa, Dinalivro, 1991. CERVIN, G.B. Rubin de, “La nef Catalane. XVe Siècle”, in Les Grands Voilers du XVe au XXe Siècle, dir. de Joseph Jobé, Lausanne, Edicta Lausane, 1967, pp.19-24. CHRISTENSEN, Arne Emil, “Proto-Viking, Viking and Norse Craft”, in The Earliest Ships – The Evolution of Boats into Ships, Robert Gardiner ed., London, Conway Maritime Press, 1996, pp.72-88. CIPOLLA, C., Canhões e Velas na Primeira Fase da Expansão Europeia (1400-1700), Lisboa, Gradiva, 1989. COSTA, João Paulo Oliveira e “Francisco Rodrigues S.J. (1559-1606) Procurador da Missão do Japão”, in Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo/EXPO 98,1998, pp.175-181.

COSTA, Maria Leonor Freire, “ A Ribeira das Naus de Lisboa, a Rota do Cabo e os circuitos comerciais europeus no século XVI”, in A Carreira da Índia e as Rotas dos Estreitos, Actas do VIII Seminário Internacional de História Indo-Portuguesa, edição de Artur Teodoro de Matos e Luis Filipe F.R. Thomaz, Matos, Angra do Heroísmo, 1998, pp.239-255. COSTA, Maria Leonor Freire, “A construção naval”, in História de Portugal, direcção de José Mattoso, vol. III: No Alvorecer da Modernidade (1480-1620), Lisboa, Círculo de Leitores, 1993, pp.292-310. COSTA, Maria Leonor Freire, Naus e Galeões na Ribeira de Lisboa. A construção naval no século XVI para a Rota do Cabo, Cascais, Patrimonia Historica, 1997.

40

CRUMLIN-PEDERSEN, Olé, “Problems of reconstruction and the estimation of performance”, in The Earliest Ships – The Evolution of Boats into Ships, Robert Gardiner ed., London, Conway Maritime Press, 1996, pp.110-119. CURTINHAL, Elisabete, “Estaleiro memória do lugar”, Barcos, memórias do Tejo, coord. Graça Filipe, Seixal, Câmara Municipal do Seixal/ Ecomuseu Municipal do Seixal, pp.17-34. D’ INTIMO, Raffaella, “História de uma viagem”, in Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO 98, 1998, pp.157-163. D’ INTIMO, Raffaella, “Objectos do quotidiano”, in Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO 98, 1998, pp.219-227. DAMIANIDIS, Kostas, A., “ Methods used to control the form of the vessels in the Greek traditional boatyards”, in Concevoir et construire les navires - De la trière au picoteux, dir. Éric Rieth, Ramonville Saint-Agne, Editions Érès, 1998, pp.217244. DODDS, James e MOORE, James, Building the Wooden Fighting Ship, Londres, Hutchinson & Co. Publishers Ltd, 1984. DOMINGUES, Francisco Contente e GUERREIRO, Inácio, “ Os portugueses no Oriente: a evolução da Carreira da Índia até aos inícios do século XVII”, in Portugal no Mundo, vol. IV, direcção de Luís de Albuquerque, Lisboa, Alfa, 1989, pp.105-130. DOMINGUES, Francisco Contente e GUERREIRO, Inácio, A vida a bordo na Carreira da Índia (Século XVI), in Navios e Viagens – A Experiência Portuguesa nos séculos XV a XVIII, Lisboa, Tribuna da História, 2007, pp.157-207. DOMINGUES, Francisco Contente, “A expedição portuguesa de auxílio ao rei de Velez em 1552: o relato oficial versus o testemunho de um participante”, in Navios e Viagens – A Experiência Portuguesa nos séculos XV a XVIII, Lisboa, Tribuna da História, 2007, pp.135-156.

41

DOMINGUES, Francisco Contente, Navios Portugueses dos Séculos XV e XVI, Vila do Conde, Câmara Municipal de Vila do Conde – Museu de Vila do Conde, 2007. DOTSON, John E., “Treatises on Shipbuilding Before 1650”, in Cogs Caravels and Galleons – The Sailing Ship 1000-1650, Robert Gardiner ed., London, Conway Maritime Press, 1994, pp.160-168. EDWARDS, Clinton R., “Design and construction of fifteenth-century Iberian ships: a review”, Mariner’s Mirror, vol. 78, 1992, pp.419-432. ELLMERS, Detlev, “The Beginnings of Boatbuilding in Central Europe”, in The Earliest Ships – The Evolution of Boats into Ships, Robert Gardiner ed., London, Conway Maritime Press, 1996, pp.11-23. ELLMERS, Detlev, “The cog as Cargo Carrier”, in Cogs Caravels and Galleons – The Sailing Ship 1000-1650, Robert Gardiner ed., London, Conway Maritime Press, 1994, pp.29-46. ESPARTEIRO, António Marques, Dicionário Ilustrado de Marinha, 2ª Edição Revista e actualizada pelo Comandante J. Martins e Silva, Lisboa, Clássica Editora, 2001. FERNANDES, Mário, “A Carreira da Índia, os naufrágios e as técnicas de construção naval (séculos XVI-XVII)”, Al-madan, II série, nº7, Outubro 1998, pp.88-94. FILGUEIRAS, Octávio Lixa, “Navegação à Vela. Barcos à vela dos rios portugueses”, Anais do Clube Militar Naval, vol.112, Out.-Dez. 1982, pp.1017-1066. FRIEL, Ian, “The Carrack: The Advent of the Full Rigged Ship”, in Cogs Caravels and Galleons – The Sailing Ship 1000-1650, Robert Gardiner ed., London, Conway Maritime Press, 1994, pp.77-90. FRIEL, Ian. The Good ship: ships, shipbuilding and technology in England 1200-1520, Londres, British Museum Press, 1995. GARCIA, José Manuel, “Construção Naval”, in Portugal e os Descobrimentos. O Encontro de Civilizações, Lisboa, CNCDP, 1992, pp.233-243.

42

GARDINER, Robert Gardiner ed., The Line of Battle: The Sailing Warship - 1650-1840, London, Conway Maritime Press, 1992. GOMES, Armando de Sousa, Carpinteiros da Ribeira das Naus, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1931. GRACIAS, Fátima da Silva, “Entre partir e chegar: saúde, higiene e alimentação a bordo da Carreira da Índia no Século XVIII”, in A Carreira da Índia e as Rotas dos Estreitos, Actas do VIII Seminário Internacional de História Indo-Portuguesa, edição de Artur Teodoro de Matos e Luis Filipe F. R. Thomaz, Angra do Heroísmo, 1998, pp.457-467. GREENHILL, Basil e MANNING Sam, The Evolution of the Wooden Ship, Londres, B.T. Batsford Ltd, 1988. GUEDES, Max Justo, A Carreira da Índia - Evolução do seu roteiro, Lisboa, Museu de Marinha, s/d. GUERREIRO, Inácio, “ A vida a bordo na Carreira da Índia. A torna-viagem”, in A Carreira da Índia e as Rotas dos Estreitos, Actas do VIII Seminário Internacional de História Indo-Portuguesa, edição de Artur Teodoro de Matos e Luis Filipe F. R. Thomaz, Angra do Heroísmo, 1998, pp.415-432. GUILMARTIN , John F., “Guns and Gunnery”, in Cogs Caravels and Galleons - The Sailing Ship 1000-1650, Robert Gardiner ed., London, Conway Maritime Press, 1994, pp.139-150. GUINOTE, Paulo Jorge Alves; FRUTUOSO, Eduardo Jorge Miranda; LOPES, António, Naufrágios e Outras Perdas da “Carreira da Índia” – Séculos XVI e XVII, Lisboa, Grupo de Trabalho do Ministério da Educação para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1998. HASSLÖF, Olof, “Main principles in the technology of Ship-building”, in Ships and shipyards: sailors and fishermen: Introduction to Maritime Ethnology, Copenhagen, Copenhagen University Press/ Rosenkilde and Bagger, 1972, pp.2772.

43

HASSLÖF, Olof, “Wrecks, archives and living tradition. Topical problems in marinehistorical research”, Mariner’s Mirror, vol. 49, 1963, pp.162-177. HOWARD, Frank, Sailing Ships of War – 1400-1860, Londres, Conway Maritime Press, 1987. KIRSH, Peter, The Galleon: The great ship of the Armada Era, Londres, Conway Maritime Press, 1990. LANCIANI, Giulia, Sucessos e Naufrágios das Naus Portuguesas, Lisboa, Caminho, 1997. LANDSTRÓN, Björn, Histoire du Voiler, Paris, Albin Michel, 1969. LANE, Frederic Chapin, “Venetian naval architecture about 1550”, Mariner's Mirror, vol. 20, 1934, pp.24-49. LANE, Frederic Chapin, Navires et Constructeurs à Venise pendant la Renaissance, Paris, S.E.V.P.EN., 1965. LAVERY, Brian, Deane’s Doctrine of Naval Architecture, 1670, Londres, Conway Maritime Press, 1981. LEITÃO, Humberto e LOPES, Vicente, Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual, Lisboa, Edições Culturais da Marinha, 1990. LEWIS, Archibald R., e RUNYAN, Timothy J., European Naval and Maritime History, 300-1500, Indiana, Indiana University Press, 1985. MARZARI, Mario, “Evolution of shipbuilding techniques and methodologies in Adriatic and Tyrrhenian traditional shipyards”, in Concevoir et construire les navires - De la trière au picoteux, dir. Éric Rieth, Ramonville Saint-Agne, Editions Érès, 1998, pp.181-215. MATOS, Artur Teodoro de, “«Quem vai ao mar em terra se avia». Preparativos e recomendações aos passageiros da Carreira da Índia no século XVII”, in A Carreira da Índia e as Rotas dos Estreitos, Actas do VIII Seminário Internacional

44

de História Indo-Portuguesa, edição de Artur Teodoro de Matos e Luis Filipe F. R. Thomaz, Angra do Heroísmo, 1998, pp.377-394. MATOS, Jorge Semedo de, “Os primeiros Roteiros de Lisboa à Índia e o conhecimento náutico no princípio do século XVI”, texto apresentado na X Reunião Internacional de História da Náutica, no Rio de Janeiro, em Agosto de 2000, policopiado. McGRAIL, Sean, “ The Bronze Age in Northwest Europe”, The Earliest Ships – The Evolution of Boats into Ships, Robert Gardiner ed., London, Conway Maritime Press, 1996, pp.24-38. MENDONÇA, Henrique Lopes de, Estudos Sobre Navios Portugueses nos Séculos XV e XVI, Lisboa, Typographia da Academia Real das Sciencias, 1892. MERRIEN, Jean, A vida Quotidiana dos Marinheiros no Tempo do Rei-Sol, trad. de Virgínia Motta, Lisboa, Livros do Brasil, s.d. MICELI, Paulo, “Navio; a História e o lugar da História (Viver a bordo nas naus portuguesas da Carreira da Índia – Séc XVI)”, in A Carreira da Índia e as Rotas dos Estreitos, Actas do VIII Seminário Internacional de História Indo-Portuguesa, edição de Artur Teodoro de Matos e Luis Filipe F.R. Thomaz, Angra do Heroísmo, 1998, pp.395-414. MICHÉA, Hubert, “Principais Navios do Século XVI”, in Luiz de Lancastre e Távora, François Bellec, Rogério d’Oliveira, Hubert Michéa, Naus, caravelas e galeões na iconografia portuguesa das Descobertas, Lisboa, Quetzal Editores, 1993, pp.123129. MOORTEL, Aleydis van de, “The construction of a cog-like vessel in Late Middle Ages”, in Carvel Construction Technique, Skeleton-first, Shell-first. Fifth International Symposium on Boat and Ship Archaeology, Amsterdam 1988, Reinder Reinders and Kees Paul ed., Oxford, Oxbow Monograph, 12, 1991, pp.42-46.

45

MOREIRA, Rafael, “ As máquinas fantásticas de Leonardo Turriano: a tecnologia do Renascimento na Barra do Tejo”, in Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO 98, 1998, pp.51-67. NANCE, Morton R., “The Ship of the Renaissance – Part I”, Mariner’s Mirror, vol. 41, 1955, pp.180-197. NANCE, Morton R., “The Ship of the Renaissance – Part II”, Mariner’s Mirror, vol. 41, 1955, pp.281-298. OLIVEIRA, Rogério S. Geral d’ “ A Arquitectura Naval e a Expansão Portuguesa”, in Luiz de Lancastre e Távora, François Bellec, Rogério d’Oliveira, Hubert Michéa, Naus, caravelas e galeões na iconografia portuguesa das Descobertas, Lisboa, Quetzal Editores, 1993, pp.97-120. PÂRIS, Vice-almirante, Souvenirs de Marine Conservés, 2 vols., Armen, Éditions Chasse-Marée, s.d. PEDROSA, Fernando Gomes, Os Homens dos Descobrimentos e da Expansão Marítima – Pescadores, Marinheiros e Corsários, Cascais, Câmara Municipal de Cascais, 1997. PHILLIPS, Carla Rahn, “ Iberian ships and shipbuilding in the Age of Discovery”, in Maritime History, vol.I: The Age of Discovery, John Hattendorf ed., Malabar, Florida, Krieger, 1996, pp.215-238. POMEY, Patrice, “ Conception et réalisation des navires dans l’Antiquité méditerranéenne”, in Concevoir et construire les navires - De la trière au picoteux, dir. Éric Rieth, Ramonville Saint-Agne, Editions Érès, 1998, pp.49-72. POMEY, Patrice, “Principles and Methods of Construction in Ancient Naval Architecture”, in The Philosophy of Shipbuilding – Conceptual Approaches to the Study of Wooden Ships, Frederick M. Hocker and Cheryl A. Ward ed., College Station, Texas A&M University Press, 2005, pp.25-36.

46

PRYOR, John H., “The Mediterranean Round Ship”, in Cogs Caravels and Galleons – The Sailing Ship 1000-165, Robert Gardiner ed., London, Conway Maritime Press, 1994, pp.59-76. QUINTELLA, Ignácio da Costa, Annaes da Marinha Portuguesa. I Parte. Quarta Memória, reedição, Lisboa, Ministério da Marinha, 1975, pp.186-197. REIS, Estácio dos, “A navegação astronómica nos séculos XVI e XVII”, in Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO 98, 1998, pp.8595. RENAULT, François, “Construction navale en Base-Normandie. Projets, contrats, construction de navires en bois”, in Concevoir et construire les navires - De la trière au picoteux, dir. Éric Rieth., Ramonville Saint-Agne, Editions Érès, 1998, Ramonville Saint-Agne, Editions Érès, 1998, pp.151-180. RIETH, Éric, “ Des mots aux pratiques techniques: gabarits et architecture navale au Moyen Age”, Chronique d’Histoire Maritime, nº 56, 2004, pp.13-34. RIETH, Éric, “ Principe de construction «charpente première» et procédés de construction «bordé premier» au XVIIe siècle”, Paris, Neptunia, nº153, 1984 pp.21-31. RIETH, Éric, “ Une tradition médiévale et méditerranéenne de conception des navires construits à franc-bord « membrure première » ”, in Concevoir et construire les navires De la trière au picoteux, dir. Éric Rieth, Ramonville Saint-Agne, Editions Érès, 1998, pp.91-108. RIETH, Éric, “François-Edmond Pâris: homme de mer, de science et de musée”, in Vice-Amiral Paris, Souvenirs de Marine Conservés, vol. I, Armen, Le ChasseMaree/Musée Nationale de la Marine, 1999, pp.6-20. RIETH, Éric, “Quelques réflexions sur l’histoire de la construction navale de la période 1494-1592”, in Philippe Masson & Michel Vergé-Franceschi, La France et la Mer au Siècle des Grandes Découvertes, Paris, Tallandier, pp.27-40.

47

RIETH, Éric, Le maître-gabarit, la tablette et le trébuchet : essai sur la conception nongraphique des carènes du Moyen-Âge au XXe siècle, Paris, Comité des Travaux Historiques et Scientifiques, 1996. RIETH, Éric, “Príncipe de construction

« charpente première » et procédés de

construction « bordé premier » au XVIIe siècle ”, Neptunia, nº153, Paris, 1984, pp.21-31. ROBERTS, Owain T.P. “Descendents of Viking Boats”, in Cogs Caravels and Galleons – The Sailing Ship 1000-1650, Robert Gardiner ed., London, Conway Maritime Press, 1994, pp.11-28. RUBIO SERRANO, José Luís, Arquitectura de las Naos y Galeones de las Flotas de Índias, 2 vols., Málaga, Ediciones Seyer,1991. RUNYAN, Thimothy, “The cog as Warship”, in Cogs Caravels and Galleons – The Sailing Ship 1000-1650, Robert Gardiner ed., London, Conway Maritime Press, 1994, pp.47-58. SALGADO, Augusto e VAZ, João Pedro, Invencível Armada - 1588 - A participação Portuguesa, Lisboa, Prefácio, 2002. SALGADO, Augusto, Seis Galeões da Coroa de Portugal para Filipe II, Lisboa, Academia da Marinha, 2001. SANCEAU, Elaine, O Caminho da Índia, Porto, Livraria Civilização – Editora, 1958. SANTOS, Nuno Valdez dos, “Artilharia a bordo”, in Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO 98, 1998, pp.107-113. SARSFIELD, John Patrick, “The fabrica di galere ships”, Mariner’s Mirror, vol.75, 1989, pp.51-52. SCHWARZ, George R., “The iberian caravel: tracing the development of a ship of discovery”, in Edge of Empire – Proceedings of the Symposium “Edge of Empire” Held at the 2006 Annual Meeting of Society for Historical Archaeology,

48

Sacramento CA, Filipe Vieira de Castro e Katie Custer ed., Casal de Cambra, Caleidoscópio, 2008, pp.23-42. SÉRGIO, António, “ Naufrágio das Naus Sacramento e Nª Sª Da Atalaia. Cabo da Boa Esperança no Ano de 1647, in Naufrágios e Combates no Mar. Textos seleccionados e acompanhados de um estudo por António Sérgio, Volume II, Lisboa, Edição do Autor distribuída por Livros Horizonte, Limitada, 1959, pp.133-191. SOROMENHO, Miguel “Aires de Saldanha (1542-1606). Décimo-sétimo vice-rei da Índia”, in Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo/EXPO 98,1998, pp.165173.

SPECTRE, Peter, e LARKIN, David, Wooden Ship – The Art, History, and Revival of Wooden Boatbuilding, London, Cassel Publishers Ltd, 1991. STEFFY, J. Richard, “The Mediterranean shell to skeleton transition; a Northwest European Parallel??”, in Carvel Construction Technique: Skeleton-first, Shell-first, Fifth International Symposium on Boat and Ship Archaeology Amsterdam, 1988, Reinder Reinders and Kees Paul ed., Oxford, Oxbow Monograph, 12, 1991, pp.19. STEFFY, Richard, “The development of ancient and medieval shipbuilding techniques”, in Proceedings International Symposium on Archaeology of Medieval and Modern Ships of Iberian-Atlantic Tradition. Hull remains, manuscripts and ethnographic sources: a comparative approach, Francisco Alves ed., Lisboa, Instituto Português de Arqueologia, 2001, pp.49-61 UNGER, Richard, “Introduction”, in Cogs Caravels and Galleons – The Sailing Ship 1000-1650, Robert Gardiner ed., London, Conway Maritime Press, 1994, pp.7-10. UNGER, W. Richard, “ Ships of the late middle ages”, in Maritime History, vol.I: The Age of Discovery, John Hattendorf ed., Malabar, Florida, Krieger, 1996, pp.35-49.

49

VENCE, Jules, Construction & manoeuvre des bateaux & embarcations a voilure latine. Pêche – Batelage – Pilotage - Plaisance, Paris, Éditeur Augustin Challamel, 1897. VERGÈ-FRANCESCHI, Michel e RIETH, Éric, Voiles et Voiliers au temps de Louis XIV, Edition critique des deux Albums dits de Jouve et de l’Album de Colbert, Paris, Editions Du May, Paris, 1992. VIEGAS, Vasco dos Santos, As Naus da Índia, Macau, Comissão Territorial para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses em Macau, 1999. VILLAIN-GANDOSSI,

Christiane,

“Illustrations

of

Ships:

Iconography

and

Interpretation”, in Cogs Caravels and Galleons – The Sailing Ship 1000-1650, Robert Gardiner ed., London, Conway Maritime Press, 1994, pp.169-174. VIVIER, François, Construction bois. Les techniques modernes pour les constructeurs amateurs d’embarcations voile-aviron ou de petits voiliers de plaisance classique, Armen, Le Chasse-Marée, 1991. WOOOD, J.R. Russell, “Seamen ashore and afloat: the social environment of the Carreira da India, 1550-1750.” Mariner’s Mirror, vol. 69, 1983, pp.35-52. XAVIER, Hernâni Amaral, A Evolução dos Navios dos Descobrimentos, Estudo Iconográfico dos Navios dos Descobrimentos, Lisboa, Academia de Marinha, 2001. 4. ARQUEOLOGIA AFONSO, Simonetta Luz, “ Dos arquivos aos abismos”, in Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO 98, 1998, pp.15-19. ALVES, Francisco, “Genealogia e arqueologia dos navios portugueses nos alvores do mundo moderno”, in Nossa Senhora dos Mártires A última Viagem, Lisboa, Pavilhão de Portugal-Expo’98 / Ed. Verbo, 1998, pp.71-83. ALVES, Francisco; CASTRO, Filipe; RODRIGUES Paulo; GARCIA, Catarina; ALELUIA, Miguel, “Arqueologia de um Naufrágio”, in Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO 98, 1998, pp.183-215.

50

ALVES, Francisco; RIETH, Éric; RODRIGUES, Paulo; “The remains of a 14th century shipwreck at Corpo Santo, and of a shipyard at Praça do Município, Lisbon, Portugal”, in Proceedings International Symposium on Archaeology of Medieval and Modern Ships of Iberian-Atlantic Tradition. Hull remains, manuscripts and ethnographic sources: a comparative approach, Francisco Alves ed., Lisboa, Instituto Português de Arqueologia, 2001, p.405-426. ALVES, Francisco; RIETH, Éric; RODRIGUES, Paulo; ALELUIA, Miguel, RODRIGO, Ricardo; GRACIA, Catarina e RICCARDI, Edoardo, “The hull remains of Ria de Aveiro A, a mid-15th century shipwreck from Portugal: a preliminary analysis”, in Proceedings International Symposium on Archaeology of Medieval and Modern Ships of Iberian-Atlantic Tradition. Hull remains, manuscripts and ethnographic sources: a comparative approach, Francisco Alves ed., Lisboa, Instituto Português de Arqueologia, 2001, pp.317-345. ALVES,

Francisco;

RODRIGUES,

Paulo;

CASTRO,

Filipe,

“Aproximação

arqueológica às fontes escritas da arquitectura naval portuguesa”, in Fernando Oliveira e o Seu Tempo. Humanismo e Arte de Navegar no Renascimento Europeu (1450-1650), Cascais, Patrimonia, 2000, pp.225-256. BLAKE, Warren and GREEN, Jeremy, “A mid-XVI century Portuguese wreck found in the Seychelles”, The International Journal of Nautical Archaeology and Underwater Exploration (1986), 15.1, pp.1-23. CASTRO, Filipe Vieira de and FONSECA, Nuno, “Sailing the Pepper Wreck: A Proposed Methodology to Understand an Early 17th-Century Portuguese Indiaman”, International Journal of Nautical Archaeology, (2006) 35.1, pp.97103. CASTRO, Filipe Vieira de, “In Search of Unique Iberian Ship Design Concepts”, Historical Archaeology, 2008, 42(2), pp.63-87. CASTRO, Filipe Vieira de, “O aparelho da nau de SJB2, «The Pepper Wreck»”, in La ciencia y el mar, Vicente Maroto, Maria Isabel e Esteban Piñeiro, Mariano Valladolid coord., Universidad de Valladolid, 2006, pp.345-370.

51

CASTRO, Filipe Vieira de, “Os destroços de uma nau da Índia na foz do Tejo, Lisboa, Portugal”, in Actas do 3.º Congresso de Arqueologia Peninsular, 1999, vol. 8 – “Terrenos” da Arqueologia da Península Ibérica, Porto, ADECAP, 2000, pp.475495. CASTRO, Filipe Vieira de, “Rigging the Pepper Wreck. Part I: Masts and Yards”, International Journal of Nautical Archaeology, (2005) 34.1, pp.112-124. CASTRO, Filipe Vieira de, “Rising and Narrowing: 16th-Century Geometric Algorithms used to Design the Bottom of Ships in Portugal”, International Journal of Nautical Archaeology, (2007) 36.1, pp.148-154. CASTRO, Filipe Vieira de, “The Pepper Wreck, an early 17th-century Portuguese Indiaman at th mouth of the Tagus River, Portugal”, International Journal of Nautical Archaeology, (2003) 32.1, pp.6-23. CASTRO, Filipe Vieira de, “The remains of a Portuguese Indiaman at Tagus mouth, Lisbon, Portugal (Nossa Senhora dos Mártires, 1606?)”, in Proceedings International Symposium on Archaeology of Medieval and Modern Ships of Iberian-Atlantic Tradition. Hull remains, manuscripts and ethnographic sources: a comparative approach, Francisco Alves ed., Lisboa, Instituto Português de Arqueologia, 2001, pp.381-404. CASTRO, Filipe Vieira de, A Nau de Portugal. Os navios da conquista do Império do Oriente 1498-1650, Lisboa, Prefácio, 2003. CASTRO, Filipe Vieira de, e CUSTER, Katie, Edge of Empire – Proceedings of the Symposium “Edge of Empire” Held at the 2006 Annual Meeting of Society for Historical Archaeology, Sacramento CA, Casal de Cambra, Caleidoscópio, 2008. CASTRO, Filipe Vieira de, The Pepper Wreck: A Portuguese Indiaman at the mouth of the Tagus River, PhD. Dissertation, Texas A&M University (USA), 2001. CASTRO, Filipe Vieira de; FONSECA, Nuno; SANTOS, Tiago, “Rigging an early 17th- century portuguese indiaman”, in Edge of Empire – Proceedings of the Symposium “Edge of Empire” Held at the 2006 Annual Meeting of Society for

52

Historical Archaeology, Sacramento CA, Filipe Vieira de Castro e Katie Custer ed., Casal de Cambra, Caleidoscópio, 2008, pp.177-200. CUSTER Katie, “Exploration and Empire: Iconographic Evidence of Iberian Ships of Discovery”, in Edge of Empire – Proceedings of the Symposium “Edge of Empire” Held at the 2006 Annual Meeting of Society for Historical Archaeology, Sacramento CA, Filipe Vieira de Castro e Katie Custer ed., Casal de Cambra, Caleidoscópio, 2008, pp.43-61. D’INTIMO, Raffaella, “ Objectos do quotidiano”, in Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO 98, 1998, pp.219-227. DESROCHES, Jean-Paul, “Cerâmicas orientais e porcelanas”, in Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO 98, 1998, pp.229-251. DOMINGUES, Francisco Contente, “Arqueologia Naval Portuguesa, História e conceito”, in Navios e Viagens – A Experiência Portuguesa nos séculos XV a XVIII, Lisboa, Tribuna da História, 2007, pp.16-31. DOMINGUES, Francisco Contente, “Problemas e perspectivas da arqueologia naval portuguesa dos séculos XV-XVII: a obra de João da Gama Pimentel Barata”, Navios e Viagens – A Experiência Portuguesa nos séculos XV a XVIII, Lisboa, Tribuna da História, 2007, pp.107-132. FRAGA, Tiago Miguel d’ Oliveira, “Santo António de Tanná: story excavation, and reconstruction, in Edge of Empire – Proceedings of the Symposium “Edge of Empire” Held at the 2006 Annual Meeting of Society for Historical Archaeology, Sacramento CA, Filipe Vieira de Castro e Katie Custer ed., Casal de Cambra, Caleidoscópio, 2008, pp.201-213. FRAGA, Tiago Miguel d’ Oliveira, Santo António de Tanná: Story and Reconstruction, MA. Dissertation, Texas A&M University, 2007. GILLMER, Thomas C., “The importance of skeleton-first ship construction to the development of the science of naval architecture”, in Carvel Construction Technique, Skeleton-first, Shell-first. Fifth International Symposium on Boat and

53

Ship Archaeology, Amsterdam 1988, Reinder Reinders and Kees Paul ed., Oxford, Oxbow Monograph 12, 1991, pp.89-96. GRENIER, Robert, “The Basque whaling ship from Red Bay, Labrador: a treasure trove of data on Iberian atlantic shipbuilding design and techniques in the mid-16th century”, in Proceedings International Symposium on Archaeology of Medieval and Modern Ships of Iberian-Atlantic Tradition. Hull remains, manuscripts and ethnographic sources: a comparative approach, Francisco Alves ed., Lisboa, Instituto Português de Arqueologia, 2001, pp.269-293. HAZLETT, Alex, “The nau of the Livro náutico: the textual excavation of a Portuguese Indiaman”, in Edge of Empire – Proceedings of the Symposium “Edge of Empire” Held at the 2006 Annual Meeting of Society for Historical Archaeology, Sacramento CA, Filipe Vieira de Castro e Katie Custer ed., Casal de Cambra, Caleidoscópio, 2008, pp.63-77. HOCKER, Frederick M., “Shipbuilding: Philosophy, Practice, and Research”, in The Philosophy of Shipbuilding – Conceptual Approaches to the Study of Wooden Ships, Frederick M. Hocker and Cheryl A. Ward ed., College Station, Texas A&M University Press, 2005, pp.1-11. JORDAN, Brian, “Wrecked ships and ruined empires: an interpretation of the Santo António de Tanna’s hull remains using archaeological and historical data”, in Proceedings International Symposium on Archaeology of Medieval and Modern Ships of Iberian-Atlantic Tradition. Hull remains, manuscripts and ethnographic sources: a comparative approach, Francisco Alves ed., Lisboa, Instituto Português de Arqueologia, 2001, pp.301-316. LOEWEN, Brad, “The structures of Atlantic shipbuilding in the 16th century. An archaeological perspective” in Proceedings International Symposium on Archaeology of Medieval and Modern Ships of Iberian-Atlantic Tradition. Hull remains, manuscripts and ethnographic sources: a comparative approach, Francisco Alves ed., Lisboa, Instituto Português de Arqueologia, 2001, pp.241258.

54

MAGALHÃES, Ivone e FELGUEIRAS, José, “Survivals of old shipbuilding traditions on northern Portugal local boats” in Proceedings International Symposium on Archaeology of Medieval and Modern Ships of Iberian-Atlantic Tradition. Hull remains, manuscripts and ethnographic sources: a comparative approach, Francisco Alves ed., Lisboa, Instituto Português de Arqueologia, 2001, p.103-118. MARTINS, Adolfo Silveira, Arqueologia Naval Portuguesa (séculos XIII-XVI). Uma aproximação ao seu estudo ibérico, Lisboa, Universidade Autónoma, 2001. OERTLING, Thomas J., “Characteristics of Fifteenth - and Sixteenth-Century Iberian Ships”, in The Philosophy of Shipbuilding – Conceptual Approaches to the Study of Wooden Ships, Frederick M. Hocker and Cheryl A. Ward ed., College Station, Texas A&M University Press, 2005, pp.129-136. OERTLING, Thomas, J., “The concept of the Atlantic Vessel”, in Proceedings International Symposium on Archaeology of Medieval and Modern Ships of Iberian-Atlantic Tradition. Hull remains, manuscripts and ethnographic sources: a comparative approach, Francisco Alves ed., Lisboa, Instituto Português de Arqueologia, 2001, pp.233-240. PIERCY, Robin, “A Escavação do Santo António de Tanna, um navio português naufragado no porto de Mombaça”, Al-madan, II série, nº7, Outubro 1998, pp.135-140. POMEY, Patrice e RIETH, Éric, L’archéologie navale, Paris, Editions Errance, 2005. POMEY, Patrice, “La construction à franc-bord dans l’Antiquité Méditerranéenne; Principes et méthodes”, in Carvel Construction Technique: Skeleton-first, Shellfirst, Fifth International Symposium on Boat and Ship Archaeology, Amsterdam 1988, Reinder Reinders and Kees Paul ed., Oxford, Oxbow Monograph 12, 1991, p.10. RODRIGUES, Paulo, ALVES, Francisco, RIETH, Éric., CASTRO, Luís Filipe Vieira de, “L'épave d’un navire de la deuxième moitié du XVème siècle / début du XVIème, trouvée au Cais do Sodré (Lisbonne). Note préliminaire”, in Proceedings International Symposium on Archaeology of Medieval and Modern

55

Ships of Iberian-Atlantic Tradition. Hull remains, manuscripts and ethnographic sources: a comparative approach, Francisco Alves ed., Lisboa, Instituto Português de Arqueologia, 2001, pp.347-380. RULE, Margaret, The Mary Rose, Londres, Conway Maritime Press, 1982. SARSFIELD, John Patrick, “Master frame and ribbands; a Brazilian case study with an overview of this widespread traditional carvel design and building system”, in Carvel Construction Technique, Skeleton-first, Shell-first. Fifth International Symposium on Boat and Ship Archaeology, Amsterdam 1988, Reinder Reinders and Kees Paul ed., Oxford, Oxbow Monograph 12, 1991, pp.137-145. STEFFY, J. Richard, Wooden Ship Building and the Interpretation of Shipwrecks, College Station, Texas A&M University Press, 1994. VALE, José Picas, “Astrolábios náuticos”, in Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO 98, 1998, pp.97-105. 5. MODELOS E MODELISMO NAVAL BOUDRIOT, Jean, Le Trois-ponts du Chevalier de Tourville -1680 – Monographie de l’Ambitieux, 2 vol, Nice, Editions Ancre. BOUDRIOT, Jean, Le Vaisseau de 74 canons – 1780 – Traité Pratique d’Art Naval, 4 vol. Paris, Edição do autor, 1997. BOUDRIOT, Jean, Modèles Historiques - Musée de la Marine, 2 vols, Paris, Éditions Ancre, s.d. CHAZARAIN, Jean-Claude, “Construction originale demi-coques (suite et fin)”, M.R.B. (Modèle Réduit Bateau), nº373, Décembre, 1994, pp.44-48. CHAZARAIN, Jean-Claude, Construction des Coques sur Membrure, Paris, Rigel Editions, 1995. CHAZARAIN, Jean-Claude, “Construction originale des demi-coques (1ère partie)”, M.R.B. (Modèle Réduit Bateau), nº372, Novembre 1994, pp.33-39.

56

CURTI, Orazio, Modèles Réduits – Encyclopédie du Modélisme Naval, Paris, Éditions Maritimes et D’Outre-mer, 1971. DOMINGUES, Francisco Contente, “O modelo de navio da Capela dos Mareantes”, in Navios e Viagens – A Experiência Portuguesa nos séculos XV a XVIII, Lisboa, Tribuna da História, 2007, pp.97-106. FRÖLICH, Bernard, L’Art du Modélisme - Marine à voile 1680-1820, Nice, Éditions ANCRE, 2002. GAUTIER, Alain, “La charpente dans le modélisme naval”, Neptunia, nº151, Paris, 1984, pp.25-44. GAUTIER, Alain, “La charpente dans le modélisme naval”, Neptunia, nº153, Paris, 1984, pp.32-39. GOODWIN, Peter, The Construction and Fitting of the Sailing Man of War, 1650-1850, London, Conway Martime Press, 1987. HIERRO, José Ignacio González, APESTEGUI, Cruz, PLA, Jorge e ZAMARRÓN, Carmen, Modelos de Arsenal del Museo Naval – Evolución de la construcción naval española, siglos XVII-XVIII, Barcelona, Lunwerg Editores, 2004. LAUGTON, L. G. Carr, “The study of ship models”, Mariner’s Mirror, vol. 11, 1925, pp.4-28. LAVERY, Brian, Anatomy of the ship. The 74-Gun Ship Bellonna, London, Conway Martime Press, 2003. LAVERY, Brian, The Arming and Fitting of English Ships of War – 1600-1815, London, Conway Maritime Press, 2007. LONGRIDGE, Nepean, C., The Anatomy of Nelson’s Ships, Dorset, Special Interest Model Books Lda, 2008. MCCARTHY, Ron, Building Plank-on-Frame Ship Models, London, Conway Martime Press, 1994.

57

MCGRAIL, Sean, “Models, Replicas and Experiments in Nautical Archaeology”, Mariner’s Mirror, vol. 61, 1975, pp.3-8. MONTALVÃO, Carlos, “Jabeque Árabe del siglo XVIII”, in Más Navios – Modelismo Naval & Maquetismo, 2007, Año III, nº 26, pp.14-18. MONTALVÃO, Carlos, “Xaveco do século XVIII celebra amizade entre Portugal e Marrocos”, in Vega – Mar & Aventuras, 2007, 28, Lisboa, Agosto-Setembro, pp.22-28. MONTALVÃO, Carlos, O Xaveco Marroquino (séc. XVIII) - A Construção do modelo / Le Chébec Marocain (XVIIIe siècle) - La construction du modèle, Lisboa, Comissão Portuguesa de História Militar, 2008. OLIVEIRA, João Braz de, “Modelos de navios do Museu de Marinha” Anuário da Escola Naval e da Escola Auxiliar de Marinha, ano lectivo de 1912-1913, Lisboa, Imprensa Nacional, 1913, pp.481-497. OLIVEIRA, João Braz de, Modelos de navios existentes na Escola Naval que pertenceram ao Museu de Marinha – Apontamentos para um catalogo, Lisboa, Imprensa Nacional, 1896. PETERSSON, Lennarth, Rigging Period Ship Models, Annapolis, Maryland, Naval Institute Press, 2000. PINI, G. Modélisme Naval, Paris Editions de Vecchi, 1999. SIMÕES, Ferdinando Oliveira e LEITÃO, Manuel, Modelo da Nau “Madre de Deus”, Lisboa, Museu de Marinha, 2004. VÁRIOS, Le Modélisme Naval – Plans, Styles et Techniques, Armen, Éditions ChasseMarée, 1994. 6. FLORESTA E MADEIRAS COSTA, Augusta e PEREIRA, Helena, “A silvicultura do sobreiro”, in Árvores e Florestas de Portugal - 03. Os montados. Muito para além das árvores, coord.

58

Joaquim Sande Silva, Lisboa, Público, Comunicação Social, SA/ Fundação LusoAmericana para o Desenvolvimento, 2007, pp.39-57. COSTA, Augusta e PEREIRA, Helena, “Montados e sobreirais: uma espécie, duas perspectivas”, in Árvores e Florestas de Portugal - 03. Os montados. Muito para além das árvores, coord. Joaquim Sande Silva, Lisboa, Público, Comunicação Social, SA/ Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, 2007, pp.17-37. CREASMAN, Pearce Paul, “Ship timber: forests and ships in the iberian peninsula during the age of discovery”, in Edge of Empire – Proceedings of the Symposium “Edge of Empire” Held at the 2006 Annual Meeting of Society for Historical Archaeology, Sacramento CA, Filipe Vieira de Castro e Katie Custer ed., Casal de Cambra, Caleidoscópio, 2008, pp.275-248. GIBBS, Nick, Guia Essencial da Madeira. Um manual ilustrado de 100 madeiras decorativas e suas aplicações, Lisboa, Lisma, 2005. LOEWEN, Brad, “Forestry practices and hull design, ca.1400-1700”, in Fernando Oliveira e o Seu Tempo. Humanismo e Arte de Navegar no Renascimento Europeu (1450-1650), Cascais, Patrimonia, 2000, pp.143-151. MENDES, Américo M.S. Carvalho, “O Sobreiro ao longo dos tempos” in Árvores e Florestas de Portugal - 03. Os montados. Muito para além das árvores, coord. Joaquim Sande Silva, Lisboa, Público, Comunicação Social, SA/ Fundação LusoAmericana para o Desenvolvimento, 2007, pp.77-106. NATIVIDADE, J.Vieira., Subericultura, Lisboa, Ministério da Economia - Direcção Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas, 1950. SILVA, Joaquim Sande “O Sobreiro, essa dádiva da natureza - Introdução”, in Árvores e Florestas de Portugal - 03. Os montados. Muito para além das árvores, coord. Joaquim Sande Silva, Lisboa, Público, Comunicação Social, SA/ Fundação LusoAmericana para o Desenvolvimento, 2007, pp.15-16.

59

7. OUTROS ASSUNTOS GIL, Adriano Beça; PONTE, Fernando Fuzeta da; SERRA, Manuel Seixas; NEVES, Bruno Gonçalves, PINTO, Olímpia Gordon, “Museu de Marinha – um Mundo de Descobertas”, in A Cultura na Marinha, Lisboa, Academia de Marinha, 2006, pp.71-96. INSO, Jayme Correia do, “O Museu de Marinha e um pouco da sua história”, Revista da Marinha, nº532, 31 de Julho de 1967, pp.5-10. INSO, Jayme Correia do, “O Museu de Marinha” - uma conferência promovida pela Comissão de Estudos Militares da Sociedade de Geografia de Lisboa, realizada na mesma Sociedade no dia 29 de Abril de 1949, Separata dos Anais de Marinha nº13, 1950. LONGFELLOW, Henry Wadsworth, “The Building of the Ship” in The Complete Poetical Works of Henry Wadsworth Longfellow, Boston and New York, Houghton Mifflin Company, 1893. MACHADO, Diogo Barbosa, Bibliotheca Lusitana, nova ed. revista por M. Lopes de Almeida e César Pegado, vol II, Coimbra, Atlântida Editora, 1966. VALE, José, “Portugal - Humanismo e Descobertas”, In Oceanos – Heranças de Neptuno, nº 22, 1995, pp.97-108. VALLE, Henrique Pereira do, “Marcas de fundidores Portugueses de Artilharia do século XVI”, Revista de Artilharia, 1963, 59 (2) pp.423-433. VALLE, Henrique Pereira do, “Nomenclatura das bocas de fogo Portuguesas do século XVI”, Revista de Artilharia, 1962, 58 (2) pp.381-390.

60

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.