MORGADO, Fernando. O futuro do rádio. Observatório da Imprensa, São Paulo, n. 635, 2011. Disponível em: <http://observatoriodaimprensa.com.br/interesse-publico/o-futuro-do-radio>.

May 26, 2017 | Autor: Fernando Morgado | Categoria: Radio And Sound Studies, Digital Media, Radio, New Communication Technologies
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O futuro do rádio Por Fernando Morgado em 29/03/2011 na edição 635 Tweetar

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Por muitos anos, um grupo de ‘futurólogos’ pregava o �m de determinadas formas de comunicação toda vez que uma novidade tecnológica surgia. Várias possíveis vítimas já foram apontadas e o rádio – dado o seu grande alcance e tradição – sempre foi um dos alvos preferidos dessas profecias. Esses teóricos caíram em descrédito quando se comprovou – pela experiência prática em todos os principais países do mundo, incluindo o Brasil – que a evolução na forma de transmissão e consumo de conteúdo não é sinônimo de extinção de linguagens de comunicação. Assim, o rádio deixou de ser visto como uma mídia em queda e passou a ser encarado por investidores, anunciantes, pro�ssionais e consumidores �nais como um exemplo de renovação e bom aproveitamento das muitas novidades técnicas que apareceram, principalmente nas últimas três décadas. E mais: as novas tecnologias não apenas ajudaram na expansão do rádio como reforçaram vocações já possuídas por ele desde muito tempo. O tão falado futuro do rádio, na verdade, começou com o advento do FM, que dobrou o número de emissoras até então existentes – com elevação da qualidade do som – e, com isso, aprofundou uma forte característica dessa mídia: a sua alta capacidade de segmentação. Seja a partir do foco num determinado estilo de programação, ou per�l de público, o rádio consegue oferecer soluções para os anunciantes que muitas outras mídias não conseguem. Outro passo importante foi dado com a chegada dos satélites, que permitiu a formação de redes nacionais e, com elas, a viabilização econômica de diversas emissoras de pequeno e médio porte em todo o país, dando novos contornos ao processo de integração nacional iniciado pelo rádio e posteriormente aprofundado pela televisão. Variedade de opções e empregos A popularização da internet, maior argumento empregado pelos ‘futurólogos’ citados no começo deste texto, acabou bene�ciando o rádio sob os mais diversos aspectos: ** Trouxe de volta muitos ouvintes jovens que haviam perdido o hábito de usar aparelhos de rádio; ** Ilimitou o espaço para empresas ou mesmo pessoas comuns lançarem novas estações, transformando a internet num campo livre para o surgimento de novas músicas, locutores, programas e marcas que podem até, no futuro, ganhar espaço nos dials; ** Permitiu que os ouvintes de rádio com baixa qualidade de sinal pudessem ouvir um som mais limpo através dos seus computadores; ** Reforçou a interação que sempre existiu entre o locutor/comunicador e o seu público, que passou – através de e-mail, de salas de bate-papo e de redes sociais – a interferir instantaneamente na programação; ** Fez estações locais do mundo todo ganharem uma audiência mundial, ampliando o potencial de internacionalização que o rádio sempre teve e que é o objeto principal da paixão de pessoas como os dexistas – aqueles que, através dos seus aparelhos receptores, procuram ouvir programações dos lugares mais distantes. A telefonia móvel – cujas ondas prejudicam, especialmente nas grandes metrópoles, a transmissão das ondas de rádio – também acabou ajudando as rádios em FM, pois, hoje em dia, praticamente todos os celulares recebem essas estações. A chegada do rádio digital ao Brasil poderá possibilitar novos avanços, apesar das discussões em torno da robustez do sinal e do alto preço dos receptores. O rádio, cada vez mais, será encarado como uma ‘central de convergência de mídias’, onde, juntamente com o áudio, o ouvinte poderá receber textos e até fotos. No novo sistema, o som das emissoras AM recebe qualidade de FM e as FMs ganham som de CD. Cada frequência poderá ter até quatro programações simultâneas, o que aumentaria – e muito – a audiência alcançada, a variedade de opções para o anunciante e, por conseguinte, os empregos gerados pelo setor. Fidelidade envolve credibilidade

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Fidelidade envolve credibilidade Há também o rádio por assinatura via satélite, que é uma realidade bem-sucedida nos Estados Unidos. A Sirius, líder deste mercado, oferece mais de 130 canais de áudio digitais, com programações muito variadas, vinculadas a marcas importantes (como Disney, CNN, Fox, BBC, Playboy, Oprah e NFL) e com som impecável para os seus quase 20 milhões de assinantes. Com toda essa evolução, vale a pena pensar: se o rádio está crescendo e se expandindo para novas plataformas, como será que as emissoras devem se posicionar enquanto marcas e negócios? A resposta está naquilo que o rádio verdadeiramente oferece e vai além de qualquer discussão relacionada com tecnologia de transmissão ou recepção de sinal – a�nal, isso muda o tempo todo. Quando se realizam pesquisas com o objetivo de detectar aquilo que os ouvintes sentem em relação a uma emissora, uma palavra sempre se destaca: pertencimento. A sensação de que aquela programação é feita ‘sob medida’, reforçada com a forte interatividade promovida tanto dentro quanto fora do ar, desperta no ouvinte a ideia de que aquela emissora ‘é dele’ e que, através dela, ele pertence a um grupo especial de pessoas. Essa identi�cação, mais forte no rádio que em outras mídias, é a base que constrói uma audiência �el e con�ante para consumir não apenas os conteúdos oferecidos pela emissora como também os produtos anunciados nos seus espaços comerciais. A�nal, �delidade também envolve credibilidade: algo primordial para a obtenção de resultados junto aos ouvintes. Pontos estratégicos da mente e do coração Como se vê, mais do que vender tempo, uma rádio promove – e vende – relacionamento, seja entre pessoas, seja entre pessoas e empresas. Todos os grandes grupos de comunicação do mundo já atentaram para isso e estão trabalhando suas estações como marcas que promovem uma nova gama de relacionamentos e formas de transmissão de conteúdo que vão além, inclusive, da própria programação e se transformam, por exemplo, em eventos, mensagens de texto para celular, colunas em jornais, portais na internet e até programas de TV, sendo tudo sustentado por grifes multimídias que nasceram no rádio e que, de tão fortes, expandiram suas fronteiras de atuação. As rádios – graças a toda a essa sensação de pertencimento falada anteriormente e às novas formas de distribuição que surgem a todo momento – têm atuado como líderes dessa nova forma de pensar e gerir negócios de mídia, o que reforça a sua importância para os tempos atuais e abre caminhos para um futuro baseado na convivência entre todas as linguagens de comunicação integradas a partir de marcas posicionadas em pontos estratégicos da mente e do coração dos ouvintes, leitores, internautas etc. ******

pessoas que abandonaram ou não iniciaram tratamentos a base de estatinas para controlar o colesterol no sangue. Saiba mais

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