MOSQUITOS (DIPTERA: CULICIDAE) DO PERÍODO CREPUSCULAR EM ÁREA DE FLORESTA ATLÂNTICA DA REGIÃO OESTE DE SANTA CATARINA, SUL DO BRASIL

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MEDTROP 2015 51° Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

TITULO: MOSQUITOS (DIPTERA: CULICIDAE) DO PERÍODO CREPUSCULAR EM ÁREA DE FLORESTA ATLÂNTICA DA REGIÃO OESTE DE SANTA CATARINA, SUL DO BRASIL AUTOR(ES): ELTON ORLANDIN, EMILI BORTOLON DOS SANTOS, MONICA PIOVESAN, MARIO ARTHUR FAVRETTO, ANDRÉ HENRIQUE SCHNEEBERGER, GERSON AZULIM MULLER, GLAUBER WAGNER, PALAVRAS-CHAVES: crepúsculo; febre amarela; Haemagogus; malária; vetores RESUMO: Introdução. O crepúsculo é um dos fatores que influenciam na atividade hematofágica de muitos culicídeos, encerrando ou iniciando suas atividades durante esse período. O objetivo do estudo foi identificar a culicideofauna do crepúsculo em área remanescente de Floresta Atlântica no oeste de Santa Catarina, sul do Brasil, a influência dos fatores abióticos, a abundância e riqueza específica e a presença de culicídeos com capacidade vetorial. Materiais e Métodos. A área avaliada foi um fragmento florestal (27°10'22"S, 51°30'23"W), com 2.856.809,33 m², inserida no bioma Mata Atlântica, em área de transição entre Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Decidual, a cerca de 10 km do perímetro urbano. O crepúsculo foi dividido em três períodos de 30 minutos cada: pré-crepúsculo, endo-crepúsculo e pós-crepúsculo. As capturas foram realizadas mensalmente, entre novembro de 2013 e outubro de 2014, com auxílio de armadilha luminosa de Shannon e capturador de Castro. A identificação foi realizada com lupa estereoscópica, utilizando literatura especializada, e Ochlerotatus foi considerado gênero válido. Fatores abióticos, como temperatura e umidade, foram aferidos no momento da coleta, e seus registros mensais através da consulta da base de dados da estação automática do Instituto Nacional de Meteorologia. O teste de Correlação de Pearson foi utilizado para correlacionar os fatores abióticos obtidas no momento da coleta, do sétimo e 15º dia precedente das coletas, com as três espécies mais abundantes. A similaridade específica entre os períodos foi realizada por meio de análise de agrupamento do índice de similaridade de Bray-Curtis, utilizando o software Past versão 2.16. Resultados Foram coletados 984 espécimes distribuídos em 13 gêneros e 23 espécies. Tr. pallidiventer (59,76%), Oc. crinifer (8,13%), Oc. scapularis (5,89%) foram os mais abundantes. A primavera apresentou maior abundância e riqueza de espécies. O período pré-crepuscular teve a maior abundância enquanto o pós-crepúsculo a menor. O pré-crepúsculo e o endo-crepúsculo, apresentaram maior similaridade de espécies. Os fatores abióticos mensurados sete e 15 dias antes das coletas não apresentaram correlação significativa para as espécies mais abundantes. Contudo, a temperatura mensurada no momento das coletas, apresentou correlação positiva sobre as três espécies mais abundantes. Conclusão Algumas das espécies mais abundantes são indicadoras de alterações ambientais por ação antrópica. Das 23 espécies coletadas, dez, possuem capacidade vetorial: An. argyritarsis e An. strodei, são vetores secundários de malária. Hg. leucocelaenus de febre amarela silvestre. Oc. serratus s.l é vetor secundário de febre amarela silvestre. Oc. scapularis, Co. venezuelensis, Ps. ferox, Ma. pseudotitillans e Ma. titillans de encefalites. Oc. fluviatilis pode transmitir o agente etiológico da malária em galinhas.

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