Movimentos na Fronteira: formação e ação no campo do trabalho social

July 9, 2017 | Autor: M. Bastos da Cunha | Categoria: Educação Popular em Saúde, Promoção da Saúde, Favelas, Educação popular
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Movimentos na fronteira:

Formação e Ação no Campo do Trabalho Social


Marize Bastos da Cunha
DENSP/ENSP/Fiocruz


Maio de 2013


Compreendemos que a campo do trabalho social vai constituindo-se no esforço de responder a este enigma. Desenvolve-se enquanto um espaço de mediação, fundamental ao controle dos custos sociais produzidos pelo descompasso próprio da sociedade capitalista. Recorrendo a uma perspectiva do mesmo Castel, podemos dizer que ela nasce abrigando um conjunto de dispositivos montados para responder ao crescimento contínuo "das franjas mais dessocializadas dos
trabalhadores"
(1998:31).
Representações e práticas
Tempos remotos e o "dualismo" presente nas primeiras representações a respeito das favelas
Produção do "problema legítimo"

"O problema da favela", alvo de diferentes ações e reflexões, é resultado de um trabalho coletivo, necessário para "dar a conhecer e fazer conhecer" este problema como legítimo. Como "confessável", "público", "oficial" (Bourdieu 1989:37).

A favela como problema legítimo
1942, Parques Proletários Provisórios
1947, Criação da Fundação Leão XIII
1948, primeiro censo de favelas: 105 favelas
1948, favela na imprensa: A Batalha do Rio

O Parque Proletário da Gávea
A "redescoberta da favela"
Crescimento das favelas e de sua população
Mudança na literatura da favela
Influência do método "desenvolvimento de comunidade"
1955, Criação da Cruzada São Sebastião
Pesquisa SAGMACS (Sociedade de Análises Gráficas e Mecanográficas aplicadas aos Complexos Sociais)
1956, Criação do SERFHA(Serviço Especial de Recuperação de Favelas e Habitações Anti Higiênicas)


Os percursos que demarcam a gênese e o desenvolvimento das iniciativas governamentais ou de caráter particular nas favelas, bem como as lutas sociais nestas localidades, podem ser compreendidos a partir desencontro entre o econômico e o social, que faz emergir um conjunto de processos, experiências e dramas sociais, próprios de uma sociedade em tensão, mergulhada num mundo aquém de suas possibilidades.

São processos que produzem e reproduzem as fraturas desta sociedade e que vão conformando aquilo que é chamado a questão social.

"A questão social é uma aporia fundamental sobre a qual uma sociedade experimenta o enigma de sua coesão e tenta conjurar o risco de sua fratura", nos diz Castel (1998 :30).

A armadilha
Para se não ser objeto dos problemas que se tomam para objeto, é preciso fazer a história social da emergência desses problemas, da sua constituição progressiva, quer dizer, do trabalho coletivo – freqüentemente realizado na concorrência e na luta – o qual foi necessário para dar a conhecer e fazer reconhecer estes problemas como problemas legítimos, confessáveis, publicáveis, públicos, oficiais: podemos pensar nos problemas da família, do divórcio, da delinqüência, da droga, do trabalho feminino, etc. (Bourdieu 1989:37)

Lugar de debate e combate aos dilemas de nossa sociedade
Palco privilegiado de mediação política
Imagens e representações do mundo social

Noções naturalizadas: "comunidade".
Espaços e grupos com identidades fixas: "áreas carentes", "população carente", "crianças em situação de risco social", "juventude".
Dicotomias cristalizadas: "comunidade X asfalto", "dentro X fora".
"Grandes problemas sociais"





Idéias/experiências chaves

Estranhamento
Produção do Conhecimento
Compartilhamento Social do Conhecimento
O popular como ponto de vista
Agregação
Espaço que se forjou historicamente, sendo constituída por relações objetivas entre diferentes agentes: técnicos e funcionários das instituições públicas, lideranças e os agentes comunitários, moradores das favelas, os profissionais que atuam em ONG´s e pesquisadores.

(...) espaço onde se manifestam relações de poder, o que implica afirmar que ele se estrutura a partir da distribuição desigual de um quantum social que determina a posição que um agente específico ocupa em seu seio". (Ortiz 1994).

A Favela em movimento

1945, primeiras comissões de favelas (Pavão/Pavãozinho; Cantagalo e Babilônia)

Fantasma da remoção como elemento agregador
Organizando o movimento
1952, Associação do Morro do Borel, uma das primeiras da cidade
Articulação entre as favelas
1963, fundação da FAFEG

União dos Trabalhadores Favelados
A "fronteira"

Terreno do trabalho social nas favelas do Rio de Janeiro
Aloja diferentes agentes sociais, que ocupam posições desiguais no mundo social; todos voltados para a intervenção social nas favelas.
Nele, defrontam-se interesses diversos e, muitas vezes, divergentes e em disputa.


Intervenção do Estado nas Associações de Moradores
Atrelamento das associações às Regiões Administrativas e à Secretaria de Serviço Social
1968/73, remoção de mais 90.000 moradores de 50 favelas
Perseguição à Fafeg


Favela da Praia do Pinto, 1968: resistência de 7000 moradores e incêndio
Morro do Borel, 1960

Rocinha
Famílias removidas do Esqueleto, 1965
Urbanização sim, remoção não
Resistência à remoção em Brás de Pina, em 1964/65
Programa CODESCO (Companhia de Desenvolvimento de Comunidade)
Urbanização da Favela de Brás de Pina, em 1969
O Pasmado
O Morro do Pasmado em 1959

Incêndio no Pasmado e a promessa da nova era que se pretendia inaugurar
Famílias deixando o Pasmado, 1964
As remoções, a "destituição da fala, a anulação da política
Aliança Estado e Capital imobiliário na construção e reconstrução do solo urbano
Governo Carlos Lacerda e a COHAB
Programa de erradicação de favelas e construção dos conjuntos habitacionais nas áreas periféricas
1968, criação da CHISAM (Coordenadoria de Habitação Popular de Interesse Social na Área Metropolitana do Rio de Janeiro)



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