MUDANÇAS DE ESTRATÉGIA DAS ORGANIZAÇÕES FINANCEIRAS PARA O FINANCIAMENTO USANDO COMO VARIÁVEL O CRÉDITO E A INADIMPLÊNCIA

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XIV FÓRUM INTERNACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO Rio de Janeiro – 2015 18 a 20 de maio

MUDANÇAS DE ESTRATÉGIA DAS ORGANIZAÇÕES FINANCEIRAS PARA O FINANCIAMENTO: USANDO COMO VARIÁVEL O CRÉDITO E A INADIMPLÊNCIA

Rodrigo Rodrigues de Freitas (CEFET-RJ e PPGE/UFF) [email protected] Ronaldo Bernardo Junior (CEFET-RJ e FEA-RP/USP) [email protected] Priscila de Jesus Freitas Pinto (CEFET-RJ e PENO/COPPE) [email protected] Ana Clara da Cunha Ferreira Leite (CEFET-RJ) [email protected] 1

RESUMO

O presente estudo tem o objetivo de analisar os efeitos da mudança do volume de crédito e da inadimplência. Fazendo uso da literatura que enfatiza a qualidade do crédito para equilibrar o nível da inadimplência e o aumento do volume de crédito como fator de desenvolvimento regional, buscou-se avaliar os efeitos da elevação do crédito sobre a inadimplência, os níveis de cobrança e a atividade econômica. Não houve a intenção de trabalhar à luz de uma única corrente de pensamento, e sim fazer uso de fontes distintas que possibilitassem observações das mudanças do efeito em relação as variáveis na sociedade. Para demonstração das concepções desenvolvidas foram realizado duas situações com três cenários. Onde não necessariamente o aumento do volume de crédito é fator para o aumento da inadimplência. Palavras–chaves: Volume de crédito; Cobrança; Desemprego; Inflação.

ABSTRACT

This study aims to analyze the effects of changing the volume of credit and default. Making use of literature that emphasizes the quality of credit to balance the level of default and the increase in credit volume as a regional development factor, we sought to evaluate the effects of elevation on credit defaults, recovery levels and activity economic. There was no intent to work in the light of a single school of thought, but make use of different sources that would allow observations of changes in effect on the variables in society. For demonstration of the developed concepts were held two situations with three scenarios. Where not necessarily the increase in credit volume is factor for the increase in defaults. Keywords: Volume of credit; collection; unemployment; Inflation.

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1. INTRODUÇÃO

A concessão de credito, assim como a cobrança, estabelece estratégias de trabalho a serem adotadas para estabilidade da inadimplência. Quando acontece a análise de crédito as financeiras passam a calcular a probabilidade de inadimplência para determinado bem, chamado de risco de crédito Altman e Saunders (1998). Segundo Jorion (1997), o risco em financiar pressupõe uma relação de confiança entre a financeira e o financiado, e o não cumprimento das obrigações contratuais é chamado de inadimplência, sendo que as operações de crédito e de cobrança apresentam um nível de inadimplência

esperada.

“A

concessão

de

crédito

pelo

banco

depende

fundamentalmente de suas expectativas quanto à viabilidade dos empréstimos, ou seja, da capacidade do tomador auferir receitas futuras para cumprir seus compromissos financeiros” (De Paula, 1999, p. 14). O risco de crédito ocorre por falta de informação do mercado onde a financeira atua ou na conjuntura econômica, pois as centrais de crédito costumam generalizar o valor financiado na concessão de crédito sem criar parâmetros em épocas de retração ou expansão econômica. Stiglitz (1992a) menciona que a assimetria da informação influencia na tomada de crédito na economia, pois a falta de um conhecimento melhor sobre o financiado o analista poderá incorrer no processo de seleção adversa (por falta de informação, não necessariamente poderá escolher o melhor financiado) ou risco moral (o agente econômico, ou o financiado podem mudar o seu comportamento de acordo com o contexto econômico). Segundo Saunders (2000), o erro na concessão de crédito é classificado em dois tipos, sendo o primeiro tipo chamado de crédito específico, que é quando apenas um agente ou um grupo não paga suas despesas de forma isolada; e o segundo tipo de erro, chamado de risco sistemático - que está voltado para análise conjuntural e estrutural da economia, uma vez que as instituições não são afetadas apenas por um grupo de financiado, e sim por todo mercado ou grande parte dele. Segundo Luçi (2002) o grande desafio das instituições, em épocas de crise, seria manter o nível de empréstimo e controlar o índice de inadimplência, pois as dificuldades de manter o volume de negócio com a desconfiança do consumidor, e atrair maus pagadores é grande em épocas de baixo volume de negocio e escassez de crédito no mercado. A tendência é retração dos mercados por falta de garantias, assimetria da informação e aumento da taxa de juros do mercado. 3

Apesar da necessidade de um novo modelo, geralmente os agentes financeiros não se preocupam em criar modelos ou metodologias eficazes de combate à inadimplência (Caouette, Altman e Narayanan, 1998). Os agentes preocupam-se basicamente com a consolidação das informações de clientes mais confiáveis para ofertar mais créditos; porém, com crescimento da economia e inclusão de pessoas em condições de obtenção de crédito (mas sem um histórico de bons pagadores), conduziu as instituições financeiras a ofertar novos serviços para atrair essa nova massa de clientes em potencial. A partir do contexto exposto, presente estudo tem o objetivo de analisar os efeitos da elevação da relação volume de crédito/PIB. Os dados analisados foram coletados de uma série temporal de 10 anos, e a escolha do período teve como critério englobar uma época na qual vigorou uma estabilidade econômica, tendo o cuidado de minimizar as mudanças metodológicas dos institutos de pesquisa em questão. O texto está dividido em três seções, além desta introdução. Na seção 2 o texto enfatiza a relação do crédito em relação a inadimplência, se utilizando de outras abordagens discutidas em outros textos como crescimento econômico, taxa de juros e racionamento de crédito. Na seção 3 é mencionada a abordagem metodológica se utilizando de algumas variáveis comuns ao volume de crédito. Seção 4 a conclusão sintetiza toda a discussão realizada durante o texto.

2. Efeitos da expansão do crédito

Percebe-se que a variação do crédito na economia provoca variações nos índices de inflação e de emprego. O volume de crédito na economia entre o período que compreende os meses de dezembro de 2008 e fevereiro de 2010 ficou entre 40,8 a 44,9 do PIB (Produto Interno Bruto) respectivamente, de acordo com BACEN – Banco Central do Brasil, esse índice variou entre o pico de 45,0% em novembro e dezembro de 2009. Pode-se reaver as condições fazendo um panorama junto aos dados de geração de emprego formal no Brasil, nos mesmos meses a variação de emprego foram 1,32% em outubro, 1,68% em novembro e 1,59% em dezembro 2009. Esses dados estão sofrendo efeitos de sazonalidade do período de final de ano, pois por cultura no Brasil, há uma tendência do aumento do volume de vendas e de geração de empregos temporários. Porém a variação em 12 meses do período que compreende de janeiro a dezembro de 2009 em nível de emprego, a variação foi de 7,47%, se confrontarmos com dados de

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2005, 2006 e 2007, os dados variaram respectivamente em 8,26%, 7,31% e 12,94%, e o volume de crédito estacionou em 40,8% em dezembro de 2007. Se criarmos um paralelo com aumento do volume de crédito com geração de emprego formal no Brasil, não necessariamente poderemos afirma que as duas situações servem de parâmetros de crescimento, pois o aumento de crédito e o aumento de demanda estão diretamente ligados ao aumento das importações nesse mesmo período. Podemos verificar que nos anos de 2005, 2006, 2007 e 2008 a variação das exportações foram 22,6%, 16,3%, 16,6% e 23,2%. As importações foram 17,1%, 24,1%, 32,0% e 43,4%. A princípio, houve um grande crescimento, porém a variação do saldo da balança de pagamento nos períodos de 2006, 2007 e 2008 com seus anos anteriores, houve variações de 3,40%, -13,83% e -37,66%. Os dados demonstram um grande crescimento das importações, pois os impactos estão justamente em produtos de alta tecnologia, que o Brasil não possui indústrias e tecnologia avançada de desenvolvimento em alguns setores como motores automotivos, aeronauta e naval, energia nuclear, farmacêutico e de telecomunicação. Os gargalos que impactam o crescimento estão na geração de energia sustentável constante, infraestrutura, saúde e educação. A agência de classificação de risco Fitch, avaliou que em 2008, o Brasil teria problemas de energia caso o Brasil cresça 5% ao ano.

2.1 Variação do crédito e inadimplência

Se o índice de inadimplência no mercado está em baixa, flexibiliza-se a tomada de crédito, se em alta, criam-se critérios mais aprimorados de analise para canalizar o crédito para os financiados com menor taxa de propensão à inadimplência. Segundo Stiglitz (2004) os bancos ficam mais competitivos em expansão monetária e alta do ciclo econômico, esse efeito ocorre quando a economia apresenta liquidez nos mercados e aumento da demanda por crédito. Parte-se do princípio que a economia não vai mudar ou que os financiados não ficaram inadimplentes, pois bem, os bancos tendem a absolver ou atrair financiados de alto risco de inadimplência e com histórico de cobrança ruim. Em períodos de escassez de crédito como ocorreu em novembro de 2008 com a crise do subprime, o índice de inadimplência se elevou, levando as financeiras a retrair o crédito. A gráfico 2.1 exemplifica justamente a expectativa do consumidor em relação à demanda por crédito, pois houve pequenas variações nos meses que antecederam um período de escassez de crédito que compreende o período de 5

janeiro de 2007 até setembro de 2008, logo depois, a demanda por crédito reduziu para taxas abaixo da média nacional neste período. Gráfico 2.1

Fonte: Serasa Experian abril de 2010.

Deve-se observar que a validação dos dados está diretamente relacionada à atividade industrial no mesmo período, gráfico 2.2. Entre janeiro de 2008 e setembro de 2008 houve um crescimento. Com o desencadeamento da crise chegou ao menor patamar em fevereiro de 2009. Os dados são apenas para ilustrar a relação de consumo com atividade industrial e não necessariamente a geração de emprego formal, pois o simples aumento da liquidez na economia, por mais que não seja a única variável de análise, é capaz de mudar o cenário econômico. Duas situações estão relacionadas a este trabalho: manutenção da atividade econômica (geração de empregos) e controle da inflação, utilizando o grau de liquidez e a disponibilidade de crédito.

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Gráfico 2.2

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *Série com ajuste sazonal ** Média corresponde a 124,88 do período.

2.2 Taxa de juros e o mercado de crédito

As variações da taxa de juros são avaliadas sobre vários aspectos. As observações podem ser através da demanda por crédito, por volume de moeda, por modalidade do crédito etc., contudo iremos analisar sobe a ótica do risco e da informação do negócio onde Stiglitz (2004) afirma que o crédito se baseia na informação e o ato de prover crédito exige risco e não existe relação simples entre os custos econômicos e a quantidade de crédito concedido. A taxa de juros não pode ser determinada simplesmente por efeitos de oferta e demanda por crédito. O risco e a informação são as variáveis mais importantes na análise do credito. Segundo Stiglitz (2004) o crédito é uma promessa a ser paga no futuro e promessas frequentemente são descumpridas. Frequentemente os bancos se utilizam do mecanismo de aumento da taxa de juros para obter maior retorno. Segundo Stiglitz e Weiss (1981) as variáveis são determinadas de forma a maximizar o retorno esperado da carteira de empréstimos do banco. O aumento da taxa de juros acaba criando um processo de seleção de candidatos. Quanto maior for a taxa de juros, maior deve ser a probabilidade de absolver candidatos de qualidade inferior ou projetos mais arriscados com a taxa de retorno maior, efeito da seleção adversa, pois os candidatos assumem riscos maiores para obtenção do crédito, efeito do risco moral (ou incentivo adverso). A seleção adversa aumenta o risco do investimento do banco, logo maiores juros incorrem em menores retornos, e não 7

necessariamente em maiores lucros. Tal como Dreizzen (1985) o volume dos empréstimos pagos será proporcional à fragilidade financeira da análise de crédito.

2.3 Racionamento de Crédito

O mercado de crédito em época de escassez de moeda sofre interferência e transformações em relação aos financiados. Segundo Stiglitz (2004) o mercado de crédito não é determinado apenas pelos efeitos da oferta e demanda. Existe um fator confiabilidade que pode variar a taxa de juros para determinado grupo de tomadores de empréstimo, pois se trata de pagamento futuro, onde mudanças estruturais podem ocorrer em longo do tempo. Ainda segundo Stiglitz e Jaffe (1990) existem dois resultados possíveis em caso de incerteza para crédito em projetos. Retorno bom Xb e retorno ruim Xr, sendo a probabilidade dado por Pb e Pr (Pb + Pr = 1), logo o retorno esperado é dado por Xe = PbXb + PrXr. O montante dos recursos emprestados B e a taxa de juros J, na qual, a promessa de pagamento e dado como constante representado em (1+J)B. O comprimento do contrato ocorre quando o retorno do contrato X é maior que o montante devido em (1+J)B. O calote (default) ocorre quando X é menor que o montante devido. Por hipótese, Stiglitz salienta que a possibilidade de falência cria um conflito em potencial entre ofertantes e demandantes, admite-se neste caso que o credor receberá apenas o valor efetivo do projeto em caso de calote. Três cenários são traçados: o montante devido do financiado é menor que o retorno ruim Xr, então a financeira recebe o valor devido. No segundo cenário o valor devido é maior que o retorno bom Xb, logo o financiado vai à falência e a financeira recebe o valor efetivo do projeto. O terceiro cenário ocorre quando o montante devido está entre o resultado ruim e o resultado bom [Xr < (1+J)B < Xb]. Contudo a financeira espera receber, quando o resultado bom, o valor total contratado, ou quando resultado ruim espera receber a menos o valor do projeto. Formulada assim: Xe = Pb(1+J)B + PrXr. O risco pode ser atenuado, incentivando o crédito para clientes com bons cadastros em épocas de escassez. Segundo Stiglitz e Greenwald, deve-se lembrar que o crédito quando analisado de forma subjetiva pode incorrer na exclusão de tomadores de empréstimos que estão dispostos a pagar a taxa de juros vigente ou novos e potenciais pagadores, causando o desequilíbrio entre a oferta e demanda por crédito.

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3. Principais variáveis analisadas que possuem correlação significativa em relação ao aumento do volume de crédito.

A pesquisa utilizou sete variáveis para determinar correlação entre os dados analisados: volume de crédito, volume de inadimplência, atividade industrial, produção física industrial, inflação, desemprego aberto e atividade econômica. Os softwares utilizados foram MS-Excel e E-Views. Os critérios adotados para os cálculos econométricos são aceitos como verdadeiros aqueles com coeficiente de determinação igual ou acima de 70% e hipótese nula ou verdadeira igual ou abaixo de 5%. Os dados foram testados no software MS-Excel, e quando aceitos de acordo com os critérios acima, fora utilizados os testes de violação Autocorrelação, Multicolinearidade e Heteroscedasticidade, e de raiz unitária de ADF - Augmented Dickey-Fuller, PP – Phillips Perron e KPSS – Kwiatkowski-Phillips-Schmidt-Shin no software E-VIEWS. Na primeira análise a regressão possuía 104 observações (dados de outubro de 2001 a maio de 2010), e havia grave perturbação de Autocorrelação, após todos os ajustes aceitáveis no teste de Durbin – Watson, somente se chegou à região de indecisão, não podendo se afirmar a veracidade da sua distribuição. À medida que se retirava o número de observações o R² perdia relação sem necessariamente perder a significância, pois o R² muito ajustado é considerado um grande indício de Autocorrelação ou Heteroscedasticidade e exatamente com 15 observações a regressão passou a se ajustar, onde todos os testes não precisaram de ajuste para afirmação do modelo. A opção por um modelo de 13 observações é justamente para contemplar um modelo com variações anuais orientados apenas para projeções no mesmo período. A perda de significância em períodos mais longos (os testes apresentaram fortes perturbações ao modelo) poderia indicar a validade da hipótese de inelasticidade, indicando a neutralidade monetária em longo prazo.

4. Conclusão

As instituições financeiras são muito sensíveis às variações da atividade econômica e do desemprego. No Brasil as instituições financeiras trabalham reguladas e fiscalizadas pelo BACEN, que disciplina o volume de crédito, o risco e a qualidade da análise. Em 9

geral, estas instituições trabalham se utilizando de ferramentas de mensuração de risco de acordo com variações do histórico da taxa de inadimplência; segundo Lawrence et al.(1992) as financeiras se utilizam de modelos matemáticos para prever a probabilidade de inadimplência sobre empréstimos com médias moveis. Elas alimentam seus modelos de escoragem para analisar o risco iminente do financiado com a inadimplência. Quanto menor o risco apresentada na ficha, o analista tende a flexibilizar procedimentos de concessão de crédito. Logo, os bancos trabalham se utilizando do nível de cobrança, o risco do crédito e o histórico do financiado no mercado. Conforme mencionado por Stiglitz (2004), a concessão de crédito está mais relacionada à análise e não necessariamente a variações da taxa de juros, pois a procura por crédito aumenta com o aumento da atividade econômica e não pela redução da taxa de juros, tal como Oreiro (2004) as variações da taxa de juros não têm impacto sobre o preço do crédito, e sim as flutuações do volume de crédito, pois estes podem ter interferência através da taxa básica de juros. É possível compreender que a redução da taxa de juros aumenta a procura por crédito, porém a sua variação tende a ser menor que a ocorrida com a variação da atividade econômica e do desemprego. O aumento da taxa de juros acaba afastando os melhores financiadores (pagam em dia) e atrai aqueles que são propensos ao risco para financiar seus projetos. Essa explicação está exposta na figura 2.2 onde quanto maior os juros, maior é o risco de inadimplência. No entanto, em condições de normalidade, o crédito é uma importante ferramenta de promoção do crescimento econômico, O sistema de crédito no Brasil cresceu a taxas de nações desenvolvidas, porém está muito aquém do volume de crédito em relação ao PIB ideal para o desenvolvimento5. Ao fazer uma comparação com outros países, o Brasil possui apenas 3% do seu crédito investidos no mercado imobiliário. Esse efeito deve-se aos índices históricos de altas taxa de inflação que impediam o acesso ao crédito de longo prazo. Essa diferença tende a mudar ao longo dos anos, pois o crédito imobiliário corresponde, por exemplo, a 65% do crédito americano. Essa modalidade aumenta a atividade econômica, gera emprego em todas as camadas e possui uma garantia que não se deprecia com a velocidade de automóveis ou bens domésticos. O aumento da inadimplência, representada pelo aumento do nível de cobrança, não esteve, no período recente, diretamente ligado ao aumento do crédito. A hipótese aqui é que, a despeito do comportamento pró-cíclico dos bancos privados, as reformas 10

macroprudenciais instituídas a partir de 1999, garantiram a estabilidade do sistema e valorizaram a qualidade do crédito.

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Referência

ALTMAN, E.; SAUNDERS, A. (1998). Credit risk measurement: Development over the last 20 years, Journal Banking & Finance. CAOUETTE, John B., ALTMAN, Edward. I. e NARAYANAN, Paul. Managing Credit & Risk The next great financial challenge, New York: Jonh Wiley & Son Inc., 1998. DE PAULA, L.F. (1999). Dinâmica da Firma Bancária: Uma Abordagem NãoConvencional. Revista Brasileira de Economia. DREIZZEN, J. (1985). O Conceito de fragilidade financeira num contexto inflacionário. Prêmio BNDES de Economia. JORION, Philippe. Value at Risk. New York, McGrawhill, 1997. p. 332. LUÇI, Erjon.(2002). Developing A theory Of financial intermediation In transition. Bank of Albania. OREIRO, José Luís, BASILIO, Flavio. A. (2004). Preferência pela Liquidez, Racionamento de Crédito e Concentração Bancária Uma Nova Teoria Pós-keynesiana da Firma Bancária. Est. Econ., São Paulo, V. 35, N. 1, P. 101-131, Janeiro – Março. SAUNDERS, A. Medindo o risco de crédito. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000. STIGLITZ, J. E. Capital markets and economic fluctuations in capitalist economies. European Economic Review, n. 36, p.269-306, 1992a. STIGLITZ, Joseph E., GREENWALD, Bruce. Rumo a um novo paradigma. São Paulo: Francis, 2004. STIGLITZ, J. & JAFFE, D. (1990) Credit rationing. In: FRIEDMAN, B. & HAHN, F. (ed.). Handbook of monetary economics, v. II. Elsevier Science Publishers.

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