MUSEOLOGIA SOCIAL EDUCAÇÃO POPULAR

May 31, 2017 | Autor: Pedro Pereira Leite | Categoria: Museologia Social, Museologia Informal
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MUSEOLOGIA SOCIAL EDUCAÇÃO POPULAR PEDRO PEREIRA LEITE

LIGAÇÃO MUSEOLOGIA EDUCAÇÃO

• Questão •

A função educativa nos museus e a educação popular

ROTEIRO 1. O que é Educação Popular

2. Em que condições se faz a Educação Popular 3. Com que objetivos se Faz Educação Popular 4. Educaçao Popular e Museologia Social

O QUE É EUCAÇÃO POPULAR UMA LONGA PRATOCA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

UMA LONGA HISTORIA •

Uma alternativa à Educação para o Desenvolvimento.



Educação Popular é uma abordagem metodológica •

Uma educação onde a aprendizagem é baseada na cooperação. •







Emerge do grupo e das suas relaçoes

Visa melhorar as competências de comunicação e fortalecer auto-estima

Aprendizagem baseada na resolução de problemas •

Encoraja a fazerem perguntas e a darem respostas.



Parte do mundo real

Aprendizagem baseada no diálogo •

Cria interações orais entre os participantes e procura estimular a troca de ideias. Funciona como uma ponte

CONDIÇÓES DE APLICAÇÃO Escolher o ambiente de aprendizagem apropriado: Um ambiente centrado no indivíduo  Na relação democrática, participativa, cooperativa e experiencial.

• Pensamento crítico Reconhecer a realidade de forma a terem consciência da sociedade global Desenvolverem valores referentes ao direito de todos a uma vida digna.

• Fazer a ponte do global para a realidade de cada um e para o seu dia-a-dia para olhar para o blonal • Estimular a curiosidade. A arte de perguntar • Estimular a criatividade. A arte de resolver problemas

OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO POPULAR Necessidade de descolonizar, des patricalializar e descapitalizar a educação.

É necessário que a escola ajude a pensar de forma diferente. Uma educação voltada para o futuro, marcada pelos valores da justiça, pela criação de capacidade de ação e pelo trabalho com as emoções. • Os grandes objetivos da educação são •

Identificar problemas,



Implementar soluções,



Enfrentar complexidades,



e trabalhar com utopias.

PORQUE A EDUCAÇÃO POPULAR Compreender o tipo de mudanças que é necessário promover.

• O Mundo está a mudar. •

É necessário pensar numa educação que se ajusta à mudança.



Que educação para que tipo de mudança? •

Pensar na relação entre o processo educativo e os desafios do contexto histórico.

• Uma educação para a competitividade e eficiência no mercado de trabalho, ou uma educação para a democratização ou cidadania global.

EDUCAÇÃO E EDUCADORES POPULARES • •



A educação libertadora não produz sozinha a mudança social, mas não haverá mudança social sem educação libertadora. 7sideias para um educação emancipadora educação para a vida. •

Educação Popular releva a pedra de afeto nas relações humanas, e os processos de destruição do planeta. Por isso é uma educação emancipadora, popular, libertadora.



Uma educação que equacione de forma crítica o modelo de desenvolvimento. É necessário problematizar o desenvolvimento e imaginar as ações possíveis.



A educação como um processo ético, politico, cultural, pedagógico (centrada nas aprendizagens), estético (reecantar, repensar, rir)



Uma educação onde os sujeitos são protagonistas das transformações. Não há transmissão de conteúdos, mas uma preocupação de criar condições para pensar de forma crítica.6



Um outro papel para os educadores. Educar é uma experiencia de gerar aprendizagens. Criar paixões para descobrir.



Uma educação com uma pedagogia da resistência. A pedagogia da proposta, do diÁlogo da mobilização e da esperança.



Uma educação para a utopia. A procura da coerência (como propôs Paulo Freire).

A aventura do conhecimento. O conhecimento não uma coerência mas a procura da coerência. É necessário criar uma pedagogia criativa, produtora de frutos.

PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO POPULAR •

A criação de sujeitos transformadores, •

Os Modelos de mudança sociopolítica foram dominantes nos anos 60 aos 80. A lição foi que a liderança do poder politico não muda a sociedade.



Nos anos 90 a proposta foi transformar a sociedade alavancada no extrativismo. •



Os processos de mudança são longos. É necessária uma liderança ética e pedagógica nas estruturas hegemónicas.

Sente-se a emergência dum novo paradigma viver bem e bem viver. •

Paradigma de viver numa sociedade planetárias, em relação com a natureza, numa sociedade de diversidade. Construir outra forma de convivência humana, com a natureza e com os outros povos. O processo transformadores tem que ser regionais.



As interdependências e as diversidades/ autonomia e autodeterminação são chaves para a transformação das relações de poder



A transformação nas universidades. Relação pesquisa, ensino, extensão ampliam o papel das universidades. É necessário combater o modelo da universidade como produtora de serviços, separada dos problemas da sociedade.



A construção da esperança como impulso de transformação. “Escolhi a sombra desta árvore para repousar do muito que farei enquanto esperarei por ti.” A espera como esperança conforme propôs Paulo Freire.

HISTORIA DAS UNIVERSIDADES POPULARES Antecedentes. •

Universidade Popular surge no século XIX inspirada nos princípios do Anarquismo, como local de treino\encontro e representação



A competição entre o anarquismo e o comunismo, no final do século XIX e inícios do século XX leva focar a ação nos processo de transformação, diminuindo o seu foco no processo de criação duma representação.



No final do século XIX e inícios do século XX a universidade popular surge no âmbito das atividades do Bureau Internacional do Trabalho com base no objetivo geral de dar educação a quem está excluído

UNIVERSIDADE POPULAR E EXTENÇÃO •

Na Europa do pós-guerra, as Universidades Populares orientavam-se para a evolução do ser humano, numa perspetiva de educação integral e universal, enquanto que na América a experiencia orienta-se fundamentalmente para a alfabetização.



A universidade era vista como um espaço de elites. Por isso era necessário que o povo dela se apropriasse. •



Se o conhecimento das universidades era um conhecimento erudito, as universidades populares deveriam procurar um conhecimento popular. Construir os seus próprios conteúdos sem serem eurocêntricos.

As universidades não são eurocêntricas. As primeiras Universidades conhecidas foram formadas em Tombuctu no Mali e em Assur no Egipto. A Universidade de Bolonha, criada no século XI é uma universidade que é destinada a preparar a burocracia e a classe comercial. Nesse sentido pode ser considerada a primeira universidade para as elites. •

Na Europa as Universidades tornam espaços de poder. Espaços de formação das elites brancas e coloniais.



Tombuctu foi fundada cerca do ano 1100 pela sua proximidade com o rio Níger para servir às caravanas que traziam sal das minas do deserto do Saara para trocar por ouro e escravos trazidos do sul por aquele rio.

A CRISE DAS UNIVERSIDADES POPULARES E DESAFIOS •

A crise da Educação Popular e a crise das Universidades das elites



No campo da educação popular, após o entusiamo dos anos oitenta, os modelos das Universidades Populares entraram em crise.





Em parte pela institucionalização dos modelos de educação universal extensiva, feita pelas campanhas da UNESCO.



As forte transformações sociais exigem um repensar das suas formas.

A educação popular já não se pode constitui com base numa pedagogia da libertação. A libertação assenta no paradigma da opressão. •

Tem por base a ideia que a libertação é possível pela consciência, pela conscientização. A educação popular no entanto não foi sensível aos processos de opressão do colonialismos, do patriarcado e do racismo. Não se ajustou aos mecanismos de dominação



A Universidade Popular não se adaptou à transformação do conhecimento, nem à emergência da Internet. •



O conhecimento está hoje em todo o lado, é acessível. A questão hoje que se coloca à educação já não é o conhecimento, mas trabalhar por um mundo digno. A educação já não é um monopólio de uma instituição.

Educação popular assenta no diálogo. Ele não assente num conhecimento pré-existente, mas constrói-se no confronto entre saberes. O objectivo da Educação popular é identificar os mecanismos de opressão. •

A opressão está na sociedade de consumo e formação de mercadorias. A educação popular deve assentar na produção dum pensamento crítico.



A educação popular questiona a hierarquia entre educador e educando. O educador popular é um facilitador.



A educação popular está envolvida em processos de construção coletiva.



A Educação Popular tem que construir o seu próprio sistema de poder. A educação popular tem que entrar nos sistemas de educação formal e acabar com a dicotomia entre popular e tecnologia

CRISE NA UNIVERSIDADE HOJE O modelo universitário está em crise desde os anos oitenta.

A ideia geral é que o sistema está sub-financiado, o que obriga as universidades a procurarem uma parte do seu financiamento na sociedade, fundamentalmente através de empresas, em troca do qual são criadas ações educativos voltadas para o mercado. As universidades deixaram de se recriar. A entrada das classes médias na Universidade acabou por ditar o fim das Universidades como espaços da elites, que se transferiram para universidades privadas, financiadas pela atividade empresarial. As universidades públicas tendem a perder o papel da universalização no ensino.

EDUCAÇÃO POPULAR E UNIVERSIDADE A educação e uma oportunidade. Há que pensar novos processos de produção do conhecimento. Por exemplo educação e saúde. A educação popular terá que construir o seu próprio conhecimento a partir das relevâncias da sociedade. •

O desafio da Educação popular é trazer o saber popular para as universidades. Criar universidades anticapitalistas, antipatriacais e anticolonialistas. Assim se poderá ligar a Educação Popular e a Universidade Popular, através da transformação social.



O modelo de extensão universitária





Ultrapassar a ideia decapturar receitas para a universidade.



No entanto o modelo de extensão permite criar inovação institucional. Por exemplo, o modelo de observatórios articulados com a sociedade civil permitem identificar problemas que estão a surgir e propor ações para os resolver ou minorar.

É necessário reformular as universidades. Reequacionar o ensino médio e a escola pública para a adequar ás transformações na sociedade. Novas instituições e novas formas de atuar. •

Por exemplo, as oficinas da Universidade Popular, com aduração de dois dias, ajudam a construir as epistemologias do Sul. As suas palavras de ordem são. Democratizar, Descolonizar, Despatriacalizar desmercantilizar Obter certificações autónomas e assentar em pedagogias alternativas



Construir um a pedagogia como um processo de artesanato, tecendo os conhecimentos dos outros e integrar as diferenças. A pedagogia popular como uma construção rizomática de corpos e saberes nos territórios.

EDUCAÇÃO POPULAR E MUSEOLOGIA • Os processos de museologia social como: •

Espaços de encontro



Como laboratórios sociais •

Como observatórios e como oficinas de construção do futuro

A lição da ibero america a apropriação das instituições para transformar-las

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