MUSEUS DE ARTE [MODERNA E CONTEMPORÂNEA] - Públicos ou Elites? -

July 23, 2017 | Autor: Patrícia Batista | Categoria: Art History, Contemporary Art, Arte, Arte contemporáneo
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MUSEUS DE ARTE [MODERNA E CONTEMPORÂNEA] - Públicos ou Elites? -

- Pós – Graduação em Museus e Educação – Seminário: Museus, Cultura e Públicos Docente: Fátima Nunes Discente: Patrícia Batista

Joan Miró L'or de l'azur, 1967

Universidade de Évora Departamento de História

Museus de Arte [Moderna e Contemporânea] – Públicos ou Elites?

Índice

I. Apresentação

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II. Amor à Arte ou aprendizagem?

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III. Amadeu de Souza – Cardoso e o Museu Berardo – Cultura versus Massas

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IV. Epílogo

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V. Referências Bibliográficas

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Museus de Arte [Moderna e Contemporânea] – Públicos ou Elites?

Abstract: Continuarão os museus de arte moderna e contemporânea a servir, essencialmente as aspirações de uma classe culta, ou elite? Qual o papel social destas instituições culturais nas sociedades actuais? O de inclusão, ou pelo contrário, o perpetuar de a aristocracização do acesso às artes?

I. Apresentação

Museus de Arte [Moderna e Contemporânea] – Públicos ou Elites? O questionamento que se coloca e que nos serve de mote para a presente reflexão terá como obra basilar o conhecido ensaio sociológico de Pierre Bourdieu e Alain Darbel, L’Amour de l’art. Les musées européens et leur public, de 19661.

A escolha dos museus de arte, particularmente os de Arte Moderna e Contemporânea, prende-se com algumas questões formais ligadas ao campo das artes. Se até meados do século XIX os critérios de definição de uma obra de arte eram consensuais e prendiamse, essencialmente com os conceitos de criatividade; originalidade; intencionalidade; autenticidade; comunicabilidade, valor estético, entre outros; a partir de então o conceito de arte conheceu profundas alterações 2 , bem como as relações entre as personagens intervenientes, o tradicional esquema entre encomendador (muitas vezes régio ou religioso), artista e encomenda, modificou-se, a produção artística perdeu o seu pendor, fortemente institucional, criando uma relação mais estreita entre artista e público (fruidor). Para além da relação com arte, este período foi próspero na diversificação de correntes e estilos, surgimento de novas técnicas e estéticas, reinventando o papel da arte e da produção artística.

Este período será determinante, do ponto de vista da história da arte, para as inovações que o novo século trará nesta esfera. 1

Para o nosso estudo utilizou-se a tradução em castelhano: El amor al arte. Los museos europeos y su público, Paidós Estética, Barcelona, 2003. 2 Note-se que a segunda metade do séc. XIX, de um modo geral, foi um período marcado por estabilidade e progresso a todos os níveis. Foi o período da afirmação da sociedade burguesa, de cariz urbano. As cidades ocidentais são o símbolo do novo estilo de vida – a vida moderna, e isso irá repercutir-se em todos os campos, desde a indústria à arte.

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Daí que a nossa escolha incida sobre a arte moderna e contemporânea 3 , pelo seu carácter inovador e de corte com a arte clássica, muitas das correntes da arte moderna continuam, hoje em dia a provocar no espectador (no sentido lato do termo) alguma relutância sobre o seu estatuto de arte. Ao contrário do que se verifica em relação a obras tradicionais, nomeadamente as que representam episódios bíblicos, facilmente identificados por uma maioria (isto numa sociedade com uma formação fortemente judaico-cristã); onde a ideia de muito antigo4, automaticamente, confere às obras uma categoria de arte.

Será precisamente esta a abordagem que nos propomos fazer, ou seja questionar: - O amor à arte é um sentimento generalizado entre as populações, ou pelo contrário é apanágio de uma minoria, a tal elite?! No fundo foi esta a questão que o sociólogo francês5 colocou na década de 60 do século XX. Para tentar responder à questão, da forma mais imparcial possível, ele fez todo um trabalho de investigação, que abrangeu vários museus em vários países europeus (França, Espanha, Grécia, Itália, Polónia e Holanda).

Do ponto de vista metodológico foram utilizados métodos científicos aplicados à sociologia, cuja explicação e respectiva aplicação são descritas no primeiro momento da obra.

Dado que a investigação abordava diferentes países e museus de diferentes dimensões, apesar de uma certa homogeneidade nas ferramentas de recolha de dados (inquéritos e entrevistas) e no seu tratamento, houve a necessidade de reajustar alguns campos, de acordo com as diferentes realidades económicas, sociais e culturais de cada país; assim como entre as características de cada museu, para evitar, comparar o incomparável, pois 3

Aceitando as balizas cronológicas da história da arte que situam a arte moderna, aproximadamente, entre o final do séc. XIX e a déc. de 70 do séc. XX; e arte contemporânea ou pós-moderna a partir da déc. de 70 do século passado até à actualidade. 4 A associação típica entre antiguidade e valor intrínseco do objecto, que se verifica não só para a arte, e que a nosso entender está directamente relacionado com a ideia, errada, de museu enquanto um depósito de memórias. Neste âmbito gostaríamos ainda de destacar que muitas vezes o nome que se dá aos espaços onde se expõe arte moderna e contemporânea não é museu, é mais frequente o uso dos termos galeria de arte ou centro de arte. 5 Apesar do estudo ter sido desenvolvido em conjunto por P. Bourdieu e A. Darbel, é explicitado o papel de cada um dos intervenientes no início da obra, sendo que o primeiro autor é o responsável pela elaboração dos textos e da análise propriamente dita; enquanto que ao segundo coube a tarefa de tratamento de dados (análise factorial).

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um dos métodos utilizados nesta investigação consiste no método comparativo, a propósito do qual P. Bourdieu refere: «Para garantir a comparação dos resultado, procurou-se utilizar procedimentos idênticos, em todas as fases da investigação (…). O mesmo questionário (à excepção de algumas adaptações indispensáveis consoante as peculiaridades nacionais) (…).6 »

A escolha desta obra, para servir de fio condutor à nossa reflexão, baseou-se, precisamente na cientificidade da mesma, bem como no seu alcance, apesar de se tratar de uma obra já do século passado, mantém-se uma obra de referência, cremos, pois tratar-se de um excelente ponto de partida para o nosso desafio: Museus de Arte [Moderna e Contemporânea] – Públicos ou Elites?

II. Amor à Arte ou aprendizagem?

Mais do que responder à questão colocada, pretende-se promover a reflexão, chegando a novas questões/ desafios, não almejamos, pois uma resposta única, fechada, definitiva.

Recorrendo à imagem que a obra escolhida nos proporciona, será o amor à arte apanágio da classe culta?! O que podemos entender sobre este conceito de classe culta?!

As condições sociais da prática cultural, analisadas por Bourdieu, demonstraram que há uma relação directa entre a frequência de museus de arte e as características económicas, sociais e escolares dos visitantes. O que significa dizer que grande parte dos visitantes dos museus europeus (o tal templo das Musas da Antiguidade), na segunda metade do século XX, são indivíduos com um nível de instrução superior (bacharelato) e o que é demonstrado na análise levada a cabo pelos sociólogos é que uma das variáveis mais importantes desta pesquisa é, o grau de escolaridade, isto é, à medida que o número de anos na escola aumenta, diminui o número de alunos, inversamente ao número de visitantes.

Estas conclusões parecem-nos importantes ainda nos dias de hoje, embora a diferença entre a sociedade de então e a actual sejam significativas, pois assiste-se, cada vez mais 6

In: El amor al arte. Los museos europeos y su público, Paidós Estética, Barcelona, 2003. p. 35 (tradução livre).

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a uma maior escolarização, nomeadamente no que concerne ao ensino obrigatório, o que significa dizer, que actualmente o número de pessoas com ensino superior, será maior à de então.

Não obstante as devidas diferenças, o problema que se coloca mantém-se. A mensagem e a forma como essa mesma mensagem é transmitida não chega a todos os públicos de igual modo. Embora o acesso físico e económico7 às obras de arte, cada vez mais, seja uma realidade, a verdade é que há uma inacessibilidade intelectual. Nem todos os indivíduos se consideram, à partida capacitados para decifrar a mensagem das obras de arte, pelo que se auto-excluem da frequência de museus (ou exposições), pois consideram que aquilo não é para eles, é para os cultos – a tal elite.

Pierre Bourdieu, na sua obra faz uma dicotomia bastante acentuada entre duas grandes classes, de influência marxista, que consideramos redutora, uma vez que este assume apenas a classe culta e a classe popular, caindo uma vez mais na simplicidade que divide a cultura em alta cultura e cultura popular, deixando de fora todas as outras manifestações, como por exemplo as subculturas, que podem gerar dinâmicas culturais muito interessantes e significativas.

Para perceber melhor estes fenómenos culturais e perceber realmente quem são as pessoas por detrás dos números, que as estatísticas das entradas dos museus nos fornecem, seria necessário um estudo de público efectivo, algo ainda pouco trabalhado na museologia portuguesa. Com base em análise estatística, segundo os métodos científicos, à semelhança do que os autores da obra L’Amour de l’art desenvolveram.

Para ter uma boa caracterização dos visitantes seria necessário dispor de mais alguns dados, do que a faixa etária e sexo. Seria importante saber se é a primeira vez que se desloca ao museu, ou se pelo contrário é um visitante habitual (público). Se foi ao museu por casualidade ou se foi por decisão prévia, com objectivos concretos e depois estabelecer relações com este tipo de dados e o nível de instrução dos visitantes.

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Cada vez mais os museus têm preocupações com as acessibilidades às pessoas com mobilidade reduzida, por exemplo e todos, grosso modo, dispõem de períodos de entradas gratuitas em determinados dias da semana.

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Embora já tenham decorrido alguns anos sobre a realização da investigação de Bourdieu e Darbel, consideramos que esse cariz elitista, uma elite culta e letrada, comparável à nobreza de toga do final do século XVIII, mantém-se em grande parte dos museus de arte moderna e contemporânea; ao qual se alia um sentimento de obrigação, como forma de integração e pertença a determinado estrato social.

Estes sentimentos de pertença, neste caso ligados ao reconhecimento social, mas que se prendem com valores e leis estéticos vigentes numa sociedade, em determinado período, são ditadoss pelas classes dirigentes. No fundo estes veiculam toda uma ideologia própria dessas mesmas classes.

Se durante a monarquia, ou em períodos ulteriores em que a igreja tinha um papel social muito mais marcado, era fácil identificar quem dirigia e quais as ideologias subjacentes, actualmente quem constitui essa classe dominante?! Será que o poder político e os grupos económicos são sinónimos de classe (s) dirigente (s)?! E como associar a este conjunto o papel dos mecenas (como por exemplo os bancos), dos críticos de arte, dos artistas, dos funcionários dos museus (o director e/ ou conservador) e até mesmo a cotação das obras de arte no mercado?! Todos estes factores determinam as leis estéticas em vigor nas sociedades actuais, fomentando e prolongando a aristocratização do espaço museológico, sobretudo os de arte.

Os discursos museográficos, os ambientes criados no interior dos museus são perpetuadores de museus apenas para alguns, ao contrário da democratização da arte (e do seu acesso) e da ideia de museu inclusivo. No sentido do que foi dito anteriormente, há pessoas que não se revêem nos espaços museológicos, há visitantes que se sentem pouco à vontade e com um enorme medo de errar ou de colocar alguma questão que denuncie que não está a perceber nada do que está a observar. Sentem-se muito mais vocacionados para visitar museus que exponham objectos históricos (sem ser arte) ou folclóricos, são mais acessíveis, do ponto de vista intelectual, pois estão mais próximo das suas representações/ bagagem cultural, ou segundo L. Febvre da sua utensilagem mental.

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III. Amadeu de Souza – Cardoso e o Museu Berardo – Cultura versus Massas

Há dois fenómenos culturais recentes em Portugal, que parecem contradizer tudo o que até aqui foi referido.

Como podemos nós explicar fenómenos como a exposição sobre Amadeu de SouzaCardoso, que esteve patente na Fundação Calouste Gulbenkian entre 14 de Novembro de 2006 e 14 de Janeiro de 2007 e que recebeu 100 117 visitantes?

Ou ainda mais recente, o Museu Berardo, que foi inaugurado no passado dia 25 de Junho e que contou com mais de 23 500 visitas nas primeiras 24 horas?!

As questões que se colocam, apesar de parecerem contradizer o que atrás mencionamos, não vêm mais do que confirmar algumas das ideias defendidas. Se por um lado falámos em elites e de como os museus, sobretudo os de arte moderna e contemporânea são, ainda hoje instituições elitistas, estes números parecem querer dizer outra coisa. A verdade é que vivemos numa sociedade de consumo e de informação, que influencia e dita as modas, as tendências a seguir.

Os meios de difusão (de publicidade) que envolveram ambos os casos apresentados foram a televisão, que permite uma projecção enorme, uma vez que este é um meio de comunicação que chega a toda a população. Ao contrário do que habitualmente se verifica na difusão dos programas dos museus (à excepção da RTP2).

Os meios de comunicação são responsáveis pela formação da opinião pública e nestes casos tiveram um papel preponderante, no caso da exposição de Amadeu de SouzaCardoso, porque reforçaram a exclusividade das obras então reunidas e até mesmo da dificuldade em voltar a reunir esse mesmo espólio devido à proveniência das obras (coleccionadores particulares, British Museum e o MOMA de Nova Iorque), o que suscitou o interesse dos públicos em visitar a exposição temporária (o seu carácter temporário, acentuada ainda mais esta necessidade de visita, como se se tratasse de um momento irrepetível). E se a classe culta (utilizando a expressão de P. Bourdieu) sentia a visita como uma necessidade, por outro lado as classes menos cultas por um 8

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sentimento de imitação 8 , seguindo o exemplo da classe mais culta, logo a mais competente, mais legítima para reconhecer a importância das obras expostas, imitaram o esse comportamento.

A projecção do Museu Berardo, muito ficou a dever-se à polémica que houve entre o empresário madeirense e o Estado Português nas negociações para que a colecção ficasse no país.

Por outro lado, a inauguração do novo museu foi amplamente publicitado nos media; as entradas gratuitas, o espectáculo de pirotecnia, quase que um “pão e circo” contemporâneos, atraiu massas.

É evidente, que a qualidade reconhecida da colecção também atrai os públicos, até porque expõe obras de renome, internacionalmente convencionadas como verdadeiros ícones, os tais padrões estéticos vigentes, aceites e socialmente reconhecidos na contemporaneidade.

As questões que se colocam agora a estes dois espaços (já por si símbolos de autoridades artísticas, principalmente a F. C. Gulbenkian):

- Será possível manter a média de visitantes? - É isso que se pretende? É seguro para as obras expostas (a nível da conservação, por exemplo)? - Pretende-se tornar um museu um local de massas? (Massificação não é sinónimo de democratização). - Deste número de visitantes, quem é que realmente vai voltar? Houve fidelização de público? [Museu Berardo] - Ou a falta de oferta de museus de arte moderna e contemporânea em Portugal é tão escassa, que existe de facto no nosso país um público sedento de eventos como estes?

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As classes mais baixas têm sempre como referência, como modelo as classe mais elevadas. Aquando da Revolução Burguesa em França, a burguesia adquiriu comportamentos típicos da aristocracia que havia contestado; enquanto que as classes médias, tinham como referência a classe burguesa alta e assim sucessivamente; o mesmo se verifica actualmente.

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E por fim, a última questão que gostaria de lançar: - Para quantos desses visitantes a experiência nesses espaços foi, efectivamente, significativa? (Do ponto de vista das aprendizagens).

Uma vez que, parafraseando Pierre Bourdieu: «Todas as vezes que uma mensagem única é proposta a uma sociedade diferenciada, ela é objecto de uma recepção quantitativa e qualitativamente diversificada, sendo que a sua eficácia é tanto mais forte quanto vai ao encontro mais directo das expectativas, implícitas ou explícitas, que os receptores devem sobretudo – pelo menos em matéria de cultura sábia – à educação»9.

IV. Epílogo

Podemos então concluir, e conforme a obra que adoptámos como referência evidencia, o amor à arte não é um dom inato da classe culta, é sim fruto de um processo de aprendizagem e de habituação, no qual o ambiente familiar e escolar são determinantes – de notar a importância do contexto, à semelhança das teorias behaviorstas do conhecimento. No fim da sua obra, na parte da conclusão o autor questiona-se acerca do prazer experimentado pelo espectador, verdadeiro amador de arte (ou de um artista em particular), uma vez que na sua análise ele exclui essa dimensão (a dos sentimentos). Será que a arte pode ser apenas e somente fruto de prazer, de fruição, pode haver um lado afectivo no gosto pela arte, ou tem que haver sempre, por detrás um gosto educado e cheio de teorias e conceitos académicos?!

Se por um lado há quem defenda que o amor à arte, como todo o amor em geral, repugna reconhecer as suas origens, ou segundo o poeta: «… Porque quem ama nunca sabe o que ama/ Nem sabe porque ama, nem o que é amar…/ Amar é a eterna inocência/ E a única inocência é não pensar…»10, por outro a posição do sociólogo é diferente, pois acredita que o prazer estético, está dependente de uma aprendizagem. 9

In: ob. cit, p. 126. Alberto Caeiro, «O Guardador de Rebanhos», in Poemas de Alberto Caeiro, Colecção Poesia, Edições Ática, p. 25.

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Falta então aos museus de arte moderna e contemporânea, perderem o seu pendor elitista, através do reajuste da oferta e dos discursos adoptados, tornando-se espaços de abertura e múltiplas leituras e interpretações, com uma função social importante para a democartização da cultura.

V. Referências Bibliográficas • BOURDIEU, Pierre e DARBEL, Alain - El amor al arte. Los museos europeos y su público, Paidós Estética, Barcelona, 2003. • CAEIRO, Alberto - «O Guardador de Rebanhos», in Poemas de Alberto Caeiro, Colecção Poesia, Edições Ática, Lisboa, 1997. • SILVA, Susana Gomes da - «Museus, cultura e sociedade: novos desafios, novas relações», in Educar Hoje – Enciclopédia dos Pais, Lexicultural, Actividades Editoriais, 2001. • TOTA, Anna Lisa – A Sociologia da Arte – Do Museu Tradicional à Arte Multimédia, Temas de Sociologia, Editorial Estampa, Lisboa, 2000.

30 de Junho de 2007, Patrícia Santos Batista

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