Museus e coleções etnográficas no Império colonial português: Moçambique e Timor - Plano de Curso SESC Centro de Pesquisa e Formação

May 20, 2017 | Autor: Daniel De Lucca | Categoria: Museum Studies, Timor-Leste, Moçambique, Terceiro Império português
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SESC - Centro de Pesquisa e Formação

! MUSEUS E COLEÇÕES ETNOGRÁFICAS NO IMPÉRIO COLONIAL PORTUGUÊS: Cultura e Política em Moçambique e Timor-Leste

Plano de Aulas

CURSO

Museus e coleções etnográficas no Império colonial português

CARGA HORÁRIA

18 horas

DOCENTES

Profa. Dra. Lia Dias Laranjeira Prof. Dr. Daniel De Lucca

DIA/HORÁRIO

Terça e Quinta 15h

I. Sinopse Na passagem para o século XX o Estado colonial português inicia a construção de uma rede de instituições que tiveram implicações de longo prazo na cultura do império. No coração deste processo situam-se as práticas de saque e coleta dos “objetos dos outros”, levando à circulação, classificação e o estudo da cultura material representativa das populações nativas. Inspirado na crítica pós-colonial este curso problematiza a formação dos museus, coleções e saberes antropológicos no império, com destaque para Moçambique e Timor-Leste. II. Proposta As heranças mais evidentes dos impérios europeus nas suas antigas colônias são percebidas no traçado dos mapas, onde observam-se fronteiras nacionais decorrentes das fronteiras coloniais, mas também na língua do colonizador, muitas vezes, transformada em idioma oficial após as independências. Nem sempre é avaliada, no entanto, a importância e o lugar-chave de outras construções institucionais, culturais e intelectuais do império, tais como os museus e as coleções etnográficas. Destacando como valor patrimonial objetos, imagens e lugares específicos, associados aos povos colonizados, as instituições museológicas acabaram por também produzir símbolos e ícones nos quais os próprios colonizados puderam se ver e se identificar coletivamente de modo distinto, subvertendo, neste processo, os sentidos coloniais anteriores.

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De modos diferenciados, tais processos já foram bem analisados por pesquisadores como Mahmood Mandani (1996), no contexto da África Centro-Austral, e também por Benedict Anderson (2009), na região do Sudeste Asiático. Inspirado nestes e noutros trabalhos, o curso oferece uma visão ampliada a respeito dos itinerários dos museus coloniais portugueses no decorrer do século XX, considerando os processos de formação e transformação de coleções etnográficas associadas à Moçambique e Timor-Leste. Ao final do percurso, busca-se refletir sobre o lugar destas instituições e coleções no próprio movimento de luta pela libertação, na imaginação nacional dos novos cidadãos e na construção destes Estados pós-coloniais, hoje formalmente associados à CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Se é a estrutura geral da coleção que a define e lhe dá singularidade, e não os objetos em particular, as condições do colecionismo, enquanto prática social, também devem ser interrogadas criticamente. Por isso, especial atenção será dada ao modo como a circulação de objetos etnográficos e a formação de coleções estão diretamente associadas a trajetórias intelectuais, contextos institucionais e regimes políticos específicos. Ao problematizar as práticas de representação dos povos colonizados, articuladas ao campo da cultura material, das teorias raciais e etnológicas, assim como da produção visual e estética, o curso adota uma perspectiva plural e transdisciplinar, incorporando temas pertinentes à história, à antropologia, à museologia e à arte. No intuito de abordar as múltiplas dimensões dos tópicos selecionados em cada encontro, as aulas expositivas serão pautadas em discussões coletivas, complementadas com leituras indicadas e interpretações de imagens e de documentos selecionados. III. Público alvo Estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores, professores da rede pública, educadores sociais, profissionais de museus e instituições patrimoniais, bem como demais interessados nos temas. IV. Cronograma de atividades

Aula e Temas e textos de referência data Aula 1

1. Era dos impérios, era dos museus

25/04

1. Hobsbawn, Eric J. A Era dos Impérios 1875-1914. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. 2. Said, Edward. Cultura e Imperialismo. São Paulo: Companhia de Bolso, 2011. 3. Thomaz, Omar Ribeiro. Ecos do Atlântico: Representações sobre o Terceiro Império Português, Rio de Janeiro: editora UFRJ/FAPESP, 2002.

Aula 2

2. Instituições, saberes e exposições coloniais na metrópole

27/04

1. Antunes, Gonçalo. “Timorenses em Portugal: Antropologia e representação na Exposição Colonial do Porto de 1934”. http://www.historyanthropologytimor.org/wpcontent/uploads/2012/01/21-ANTUNES_G.pdf 2. Roque, Ricardo. “Museus Antropológicos coloniais”. In: Antropologia e Império: Fonseca Cardoso e a expedição à Índia em 1985. Lisboa: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, 2000.

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Aula 3

3. Museus e coleções nas colônias portuguesas

02/05

1. Castro, Alberto Osório de. Flores de Coral: últimos poemas (trechos selecionados), Dílli: Imprensa Nacional, 1908. 2. Porto, Nuno. “Museu e Arquivo do império (o terceiro império português visto do Museu do Dundu, Companhia de Diamantes de Angola)”. In: Bastos, C.; Almeida, M. V. & Feldman-Bianco, B., Trânsitos Coloniais: Diálogos críticos luso-brasileiros, Campinas, SP: Editora Unicamp; 2007. 3. Laranjeira, Lia Dias. “Arte e cultura material makonde no Museu de Nampula: formação de acervo e ciência colonial em Moçambique (1950-1960)” (no prelo).

Aula 4

4. Trajetórias intelectuais no Império: Jorge Dias e Ruy Cinatti

04/05

1. Sousa, Lúcio. “Objetos Lulik, neolítico e Casas Sagradas: um episódio de antropologia colonial em António de Almeida”, Atas do Colóquio Timor: Missões Científicas e Antropologia Colonial. AHU, 24‐25 de maio de 2011. http://www.historyanthropologytimor.org/wp-content/uploads/2012/01/18-SOUSA_L.pdf 2. Castelo, Claudia. "Ruy Cinatti: Poeta, “Agrónomo e Etnólogo”, Instigador de Pesquisas em Timor”, Atas do Colóquio Timor: Missões Científicas e Antropologia Colonial. AHU, 24‐25 de maio de 2011. http://www.historyanthropologytimor.org/wp-content/uploads/2012/01/16-CASTELO_C.pdf 3. Macagno, Lorenzo. “Lusotropicalismo e nostalgia etnográfica: Jorge Dias entre Portugal e Moçambique”. In: Afro-Ásia, n. 28, Salvador, 2002. https://portalseer.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/21045

Aula 5

5. Arte, artefato e libertação: Moçambique e Timor-Leste

09/05

1. Silva, Kelly & Sousa, Lúcio. “Art, agency and power effects in East Timor: provocations” (manuscrito traduzido), Cadernos de Arte e Antropologia, 2015. 2. Laranjeira, Lia Dias. “Produção de arte makonde na guerra de libertação de Moçambique”. In: _________. Mashinamu na Uhuru: conexões entre a produção de arte makonde e a história política de Moçambique (1950 - 1974). 2016. Tese (Doutorado em História Social) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.teses.usp.br/ teses/disponiveis/8/8138/tde-03112016-160238/.

Aula 6

6. Dilemas pós-coloniais: patrimônio, museu e monumentos

11/05

1. Coelho, Paulo Borges. “Abrir a fábula: questões da política do passado em Moçambique”. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 106, 2015. p. 153-166. 2. De Lucca, Daniel. “Instituições em contraponto” à “Políticas da Recepção”. In:_________. A timorização do passado: nação, imaginação e produção da história em Timor-Leste, tese de doutorado-UNICAMP. Campinas, 2016. Disponível em: https://www.academia.edu/31119295/A_Timoriza%C3%A7%C3%A3o_do_Passado_na%C3%A7%C3%A3o_imagina%C3%A7%C3%A3o_e_produ %C3%A7%C3%A3o_da_hist%C3%B3ria_em_Timor-Leste

V. Bibliografia complementar Abreu, Regina; Chagas, Mário; Santos, Murian S. (Org.) Museus, Coleções e Patrimônios: narrativas polifônicas. Rio de Janeiro: Garamind, MinC/IPHAN, 2007. Adam, Yussuf. Escapar aos dentes do crocodilo e cair na boca do leopardo: trajectória de Moçambique PósColonial (1975-1990). Maputo: Promédia, 2006. Alberto, Manuel Simões. “Notas sobre algumas colecções etnográficas do museu dr. Álvaro de Castro”. Memórias do Instituto de Investigação Científica de Moçambique. Cinquentenário do Museu Dr. Álvaro de Castro, 1913-1963. Vol. 5. Lourenço Marques, 1963.

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Almeida, Márcia Cristina Pacito Fonseca. Comércio, bens de prestígio e insígnias de poder: as agências centro-ocidentais africanas nos relatos de viagem de Henrique de Carvalho em sua expedição à Lunda (1884-1888). Dissertação. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 2016. Almeida, Antônio. “Contribuição para o estudo do neolítico de Timor Português”. In: O Oriente de Expressão Portuguesa, Lisboa: Fundação Oriente; 1994 [1960]. _____________. “Da pré-história de Timor Português. In: O Oriente de Expressão Portuguesa,. Lisboa: Fundação Oriente, 1994 [1961]. Anderson, Benedict. “Censo, mapa, museu”. In: Comunidades Imaginadas: reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo, São Paulo: Companhia das Letras, 2009 [1983]. Antunes, Gonçalo. “Timorenses em Portugal: antropologia e representação na exposição colonial do Porto de 1934”. In: Colóquo Timor: Missões Científicas e Antropologia Colonial, AHU, 24-25 de maio de 2011. Bastos, C.; Almeida, M. V. & Feldman-Bianco, B., Trânsitos Coloniais: Diálogos críticos luso-brasileiros. Campinas: Editora Unicamp, 2007. Bevilacqua, Juliana Ribeiro da Silva. De caçadores a caça: sobas, Diamang e o Museu do Dundo. Tese. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 2015. Boas, Franz. Primitive Art. New York: Dover Publications, 1955. Cantinho, Manuela. Museu Etnográfico da Sociedade de Geografia de Lisboa. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2005. Cabral, António Augusto. Raças, Usos e Costumes dos Indígenas da Província de Moçambique por António Augusto Pereira Cabral Secretário dos Negócios Indígenas. Lourenço Marques: Imprensa Nacional, 1925. Cinatti, Ruy. Timor-Amor, Rio de Janeiro: Gryphus, 2013. _____________. Um cancioneiro para Timor. Lisboa: Editorial Presença, 1996. _____________. Motivos artísticos timorenses e a sua integração. Lisboa: Instituição e Investigação Científica Tropical; Museu de Etnologia, 1987. _____________.; Almeida, Leopoldo de.; Mendes, António de Sousa. Arquitetura timorense. Lisboa: Instituto Camões, Museu Nacional de Etnologia, Direção Geral do Património Cultural, 2016. Cabaço, José Luís de Oliveira. Moçambique: Identidades, Colonialismo e Libertação. São Paulo: Editora UNESP, 2009. Cabral, Amílcar. “Libertação nacional e cultura”. In: Sanches, Manuela Ribeiro (org.) Malhas que os impérios tecem: textos anticoloniais, contextos pós-coloniais. Lisboa: Editora 70, 2011. Castelo, Claudia. O modo português de estar no mundo. Porto: Afrontamento, 1999. _____________. “Apresentação: memórias coloniais: práticas políticas e culturais entre a Europa e a África”. Cadernos de Estudos Africanos, 9/10, 2006. _____________. “Ruy Cinatti”. In: Ricardo Roque (org.) History and Anthropology of “Portuguese Timor”, 1850-1975. Online Dictionary of Biographies: http://www.historyanthropologytimor.org/ ______________. “O lusotropicalismo e o colonialismo português tardio”. Buala, 2013. Disponível em: . Acesso em 12/11/2013.

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Clifford, James. “Museologia e contra-história”. In: Abreu, Regina; Chagas, Mário (orgs.), Memória e Patrimônio: ensaios contemporâneos, Rio de Janeiro: DP&A, 2003. _____________. “Colecionando arte e cultura”. In: Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (230): 219-40, 1994. _____________. “Museu como Zonas de Contato”. http://www.forumpermanente.org/revista/numero-6-1/ conteudo/museus-como-zonas-de-contato Costa, Alda. Arte em Moçambique. Lisboa: Verbo, 2013. De L’Estoile, Benoît. Le goût des autres: De l’exposition coloniale aus Arts premiers. Paris: Flammarion, 2010. Dias, Jorge. Alguns problemas dos museus etnológicos. Reunião do dia 31 de maio de 1966 no Museu de Etnologia do Ultramar. Apom-Associação Portuguesa de Museologia, Boletim, n. 1, Janeiro de 1967, Lisboa. ______________. ; Dias, Margot. Os Macondes de Moçambique: cultura material. Vol. 2. Lisboa: Junta de Investigações do Ultramar, 1964. DIAS, Margot. Instrumentos Musicais de Moçambique. Lisboa: Centro de Antropologia Cultural e Social do Instituto de Investigação Científica Tropical-IICT, 1986. DIAS, Margot. O fenómeno da escultura maconde chamada “moderna”. Coleção Estudos de Antropologia Cultural, n. 9. Lisboa: Junta de Investigações do Ultramar, Centro de Estudos de Antropologia Cultural, 1973. Fabian, Johannes. “Colecionando pensamentos: sobre os atos de colecionar”. Mana, 16(1):59-73, 2010. Ferreira, Maria Corinta. Museus Africanos de História Natural: O South African Museum. Vigésimo quinto aniversário. Boletim da Sociedade de Estudos da Província de Moçambique. Ano XXV, Boletim n. 94-95. Setembro a dezembro, 1955, Lourenço Marques. Galvão, Henrique. Exposição do Mundo Português: seção colonial. Lisboa: Neogravura, 1940. Gonçalves, José Reginaldo dos Santos. "Antropologia dos objetos: Coleções, Museus e Patrimônios". BIB, (60): 5-25. Hicks, D. “A pesquisa etnográfica no Timor Português”. In: Silva, K., Souza, L., Ita Maun Alin. O livro do irmão mais novo – afinidades antropológicas em torno de Timor-Leste, Lisboa: Edições Colibri, 2011. Hobsbawn, Eric J. Nações e Nacionalismos desde 1780. Rio de Janeiro: Saraiva, 2011. Lévi-Strauss, Claude. “O desdobramento da representação nas Artes da Ásia e da América”. In: Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996. Macagno, Lorenzo. “Lusotropicalismo e nostalgia etnográfica: Jorge Dias entre Portugal e Moçambique”. In: Afro-Ásia, n. 28, Salvador, 2002. Mandani, Mahmood. Citzen and Subject. Contemporary Africa and the legacy of late colonialism. Princeton: Princeton University Press, 1996. Matos, Patrícia Ferraz de. Mendes Correia e a Escola de Antropologia do Porto: Contribuição para o estudo das relações entre antropologia, nacionalismo e colonialismo. Tese de doutorado. Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa, 2012. _____________. As ‘Côres' do Império: Representações Raciais no Contexto do ‘Império Colonial Português' nas primeiras décadas do Estado Novo . Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2006.

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Vicente, Filipa Lowndes (org.). O império da visão: fotografia no contexto colonial português (1860-1969). Lisboa: Edições 70, 2014. _______________. “"Rosita" e o império como objecto de desejo”. In: Jornal Público, 28 de agosto de 2013. https://www.publico.pt/culturaipsilon/jornal/rosita-e-o-imperio-como-objecto-de-desejo-26985718 Weule, Karl. Resultados científicos de minha viagem de pesquisas etnográficas no sudeste da África Oriental. Maputo: Ministério da Cultura, Departamento de Museus, 2000.

VI. Referências áudio-visuais Almeida, António (Realizador) (1954) Série A Reconstrução de Timor. Produção: Junta das Missões Geográficas e de Investigações do Ultramar / Missão Antropológica de Timor. Disponível no sítio Saber Tropical: h t t p : / / w w w 2 . i i c t . p t / ? i d c = 2 1 & i d t = 2 1 Ta m b é m e m : h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v=lEIgDuA4lJ0&index=39&list=PLJ1_nrzoK9qSzZRWqkJWbHaUzTO_p8vlM Dias, Margot. Filmes Etnográficos 1958-1961. Cinemateca, Museu Nacional de Etnologia, 2016. Palazón, D., Uma Lulik, Casa Sagrada – futuro da tradição, (filme documentário) 2010. Acessível em: https://www.lusofonias.net/australasia/timorfilm/593-timor-uam-lulik-casa-sagrada.html

VII. Mini currículo dos professores Lia Dias Laranjeira é doutora em História Social (USP/FAPESP), mestra em Estudos Étnicos e Africanos (UFBA) e bacharela em Ciências Sociais, com concentração em Antropologia (UFBA). Colaborou como pesquisadora e tradutora no sítio eletrônico “Práticas Religiosas na Costa da Mina: uma sistematização das fontes européias pré-coloniais (1600-1730)” (Coord. Prof. Luis Nicolau Parés, UFBA). A partir da experiência como educadora no Museu Afro Brasil, elaborou seu projeto de doutorado sobre a produção de arte makonde em diálogo com a história política de Moçambique, cuja pesquisa foi realizada neste país e em Portugal (IHC-Universidade Nova de Lisboa/FAPESP). É pesquisadora do Núcleo de Apoio à Pesquisa Brasil-África (USP), pesquisadora bolsista do Museu Paulista e autora do livro: O culto da serpente no reino de Uidá: um estudo da literatura de viagem europeia-séculos XVII e XVIII (EDUFBA, 2015). Tem experiência nos campos da história da África, cultura material, e arte educação, com pesquisas sobre o reino de Uidá (Benim), Moçambique colonial e arte makonde. Daniel De Lucca é doutor em Ciências Sociais (UNICAMP/CNPq/CAPES), mestre em Antropologia Social (USP/FAPESP), bacharel em Geografia (USP) e em Sociologia e Política (FESP-SP). É Professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP-SP). Em 2009 foi pesquisador visitante do Centre d’étude des mouvements sociaux/Institut Marcel Mauss da EHESS e, entre 2012 e 2014, foi professorvisitante na Faculdade de Ciências Sociais e Políticas (FASPOL) da Universidade Nacional Timor Lorosa'e (UNTL), Timor-Leste. É coordenador de projetos do Núcleo de Direitos Humanos (NDH) da FESP-SP, pesquisador associado do Centro de Estudos de Migrações Internacionais (CEMI-UNICAMP) e do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). Tem experiência nos campos da antropologia política e geografia humana, com pesquisas nos temas da cidade, violência, espaço público, memória, nacionalismo e póscolonialismo lusófono. Contatos: [email protected] [email protected]

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