Música e Pintura
Descrição do Produto
Música e Pintura SOM EM SILÊNCIO PARTITURAS MÚSICOS E PINTORES EM DIÁLOGO Foi opção dos curadores desta exposição escolher a música para percorrer, do século XIII à actualidade, representações de músicos tocando para si próprios ou para os seus admiradores, em obras representadas nos principais Museus da Europa, num exercício de silêncio que apenas a imaginação nos permite adivinhar. O SOM EM SILÊNCIO dos primeiros cartazes tem esse significado. No solo, nas paredes das grutas, nos objectos de uso quotidiano, as marcas e traços, as formas estilizadas, as cores dos pigmentos obtidos localmente foram para a Humanidade a memória, o rito propiciatório, a escrita possível que levaria à adopção de códigos e símbolos, a sequências desenhadas de acontecimentos, por fim ao equilíbrio e escolhas que caracterizam cada grupo humano na sua busca de identidade, distinção e história. As paredes com cenas pintadas nos templos foram os livros abertos das sociedades iletradas. Ou os lenços bordados e os livros de horas desenhados cuidadosamente com cenas da vida quotidiana do séc. XVI. A Música e a Dança estão entre as manifestações de que o desenho, a pintura, a escultura se quiseram apropriar. A música e a dança desaparecem no mesmo momento em que são criadas ou interpretadas. A sua transmissão, antes dos novos meios de registo apenas criados em finais do século XIX — gravação áudio e cinema, dependia de Mestres capazes de demonstrar pelo seu exemplo como fazer. E do crescente domínio de códigos escritos, capazes de descrever procedimentos de enorme complexidade. A fragilidade dos próprios instrumentos musicais, feitos de matérias orgânicas perecíveis, excepção feita aos litofones (instrumentos de pedra) do neolítico e a algumas flautas em osso, dificultava o seu conhecimento depois de findo o período de utilização funcional por uma determinada cultura. Através da representação pictórica da música e dos seus cultores, com os instrumentos que tocavam nos contextos reais ou simbólicos de utilização, nas festas profanas, nas cerimónias que marcam os ciclos vitais, nas representações do divino, através de anjos e deuses tocando inaudíveis litanias celestiais, acedemos a uma contextualização das práticas musicais. A escolha dos 42 autores que ilustram os primeiros 7 cartazes, permite nomear alguns dos mais importantes artistas plásticos da cultura europeia. Começando pelo Cancioneiro da Ajuda, de autor anónimo, podemos encontrar obras de Pieter Bruegel, Piero della Francesca, Johannes Vermeer, Caravaggio, Degas, Cézanne, Modigliani, Matisse, Picasso, Dali e dos portugueses Francisco Vieira Portuense, José Malhoa, Almada Negreiros e Amadeo de Sousa–Cardoso. Os alunos do 1º ciclo são sensíveis e capazes de se emocionar com estas obras. O seu significado profundo e a mudança operada em cada época na 1 de 5
recepção das obras de arte é um processo gradual que a Escola pode proporcionar ao longo da escolaridade. Mas sem esse confronto com as obras de arte e o desafio que cada uma delas nos faz ficamos mais pobres. PARTITURAS, o cartaz com vários exemplos de escrita musical, mostra num longo período de tempo diferentes formas e processos em que o desenho e a pintura permitiram a transmissão de procedimentos de enorme complexidade. PINTORES E MÚSICOS EM DIÁLOGO, a segunda série de 10 cartazes, é uma colecção de obras de arte de finais do séc. XIX até aos nossos dias em que sabemos ter havido colaboração ou influência entre músicos e pintores, por vezes mesmo uma dupla condição de músicos pintores e pintores músicos que procuraram encontrar os elos entre obras e procedimentos de criação. Ou a invocação de obras musicais distantes no tempo. Os músicos referidos a par dos pintores são alguns dos mais significativos compositores da história da música ocidental: Arnorld Shoenberg, Arthur Honegger, Béla Bártok, Claude Debussy, Edgard Varése, Felix Mendelssohn, Johanes Brahms, Johann Sebastian Bach, Ludwing Van Beethoven, entre outros. Dois estudos foram importantes no delinear desta exposição. O primeiro, de 1992, de Jean–Yves Bosseur, Le Sonore et le Visuel, Intersections Musique / Arts Plastiques Aujourd´hui, (O Sonoro e o visual, intersecções Musica / Artes Plásticas hoje), Centre National des Lettres, Paris. E The Music of Painting (A música na Pintura) de 2010, de Peter Vergo, PHAIDON, Londres. Recordo o entusiasmo com que o Prof. Carlos Augusto Ribeiro me falou desta obra pouco depois da sua publicação. E a alegria com que reconheci nas opções tomadas pela Joana Morais e pelo João Ferreira, curadores desta exposição, uma reflexão tornada possível pela evidência da existência documentada em textos, obras e correspondência de artistas dessa utópica busca de sentido entre processos tão diversos de criação. Algumas frases de pintores e músicos estão escritas nos cartazes. E há uma proximidade revelada entre a música e a pintura. Complementa esta 2ª parte da exposição um filme que permitirá ouvir excertos das obras citadas olhando as pinturas com elas relacionadas. O seu visionamento permite uma melhor leitura acompanhada pelos professores aos cartazes. Pode visioná-‐lo aqui: https://vimeo.com/67489025 O desafio proporcionado por estas obras a crianças sem preconceito sobre a arte moderna e contemporânea é um contributo para o enriquecimento da sua expressividade e um antídoto à pobreza das experiências visuais proporcionadas pelos media e pela indústria de entretenimento, manipuladoras do gosto e liberdade pessoal.
Domingos Morais Maio 2013
“ A ARTE DE DELACROIX DEVE SER OUVIDA — SIM, OUVIDA, POIS AS SUAS PINTURA PARECEM SER FEITAS DE NOTAS MUSICAIS. SÃO SINFONIAS ESPLÊNDIDAS.
2 de 5
É A ARTE DO SOM APLICADO À COR — A MESMA COMBINAÇÃO MAGISTRAL DE INSTRUMENTOS: PROFUNDO, ESTRANHO, INESPERADO.” // ZACHARIE ASTRUC “ EXISTE UMA IMPRESSÃO QUE RESULTA DE UMA JUSTAPOSIÇÃO ESPECÍFICA DE CORES, LUZES E SOMBRAS: O QUE SE PODERIA CHAMAR DE MÚSICA DA PINTURA” // EUGÈNE DELACROIX “ SE FOREM SENSÍVEIS AO JOGO DA HARMONIA, IRÃO COMPREENDER... COMO A SINFONIA CRIADA PELOS BARCOS COM VELAS AZUIS É CONCLUÍDA COM A CHEGADA DA TRIPULAÇÃO VESTIDA DE LARANJA. A NATUREZA IRÁ REVELAR A QUEM ESTIVER ATENTO AS ANALOGIAS DAS SEMELHANÇAS E DOS OPOSTOS...” // PAUL SIGNAC “ SEURAT, TAL COMO WAGNER, ATRIBUI AOS DETALHES DAS SUAS COMPOSIÇÕES IDENTIDADE E CARÁCTER EXPRESSIVO, QUE DE UMA FORMA DISTINTA, VÃO DE ENCONTRO A UMA HARMONIA CONTÍNUA PRESENTE NAS SUAS OBRAS.” // PAUL SMITH “ GOSTAMOS DE CRIAR ORQUESTRAÇÕES MENTAIS... DO RUÍDO DE ESTAÇÕES, DE VIAS FÉRREAS, DE FUNDIÇÕES, DE RODAS A GIRAR, IMPRESSORAS A TRABALHAR, CENTRAIS ELÉCTRICAS E CAMINHOS DE FERRO SUBTERRÂNEOS.“ // LUIGI RUSSOLO “ ACREDITO QUE POSSO ENCONTRAR ALGO ENTRE A VISÃO E A AUDIÇÃO, E POSSO PRODUZIR UMA FUGA EM CORES, COMO BACH FEZ COM A MÚSICA.“ // FRANTISEK KUPKA “ AS REPETIÇÕES DO MESMO ELEMENTO, DISTRIBUÍDOS SOBRE A TELA EM DIFERENTES LOCAIS COM VARIAÇÕES MENORES OU MAIORES, CONDUZ A UMA ESPÉCIE DE RELAÇÃO MUSICAL ENTRE OS CONJUNTOS DE FORMAS, E UMA COMPOSIÇÃO MAIS CLARA DO TODO.“ // HANS RICHTER “ NÃO SE DEVERIA LIBERTAR A PINTURA DA SUA OBSESSÃO COM A REPRODUÇÃO DE FORMAS MATERIAIS? MAS, PRIMEIRO, SERÁ POSSÍVEL COMPARAR OU ATÉ MESMO RELACIONAR A PINTURA COM A MÚSICA? A PINTURA PODERIA NÃO TER NENHUM OBJECTIVO ALÉM DE PRODUZIR SENSAÇÕES POR MEIO DE CORES E DE LINHAS, ASSIM COMO A MÚSICA FAZ EM VIRTUDE DOS SEUS SONS.“ // ARNAULD PIERRE “ DEPOIS DA MÚSICA, A PINTURA É A SEGUNDA DAS ARTES IMPENSÁVEL SEM CONSTRUÇÃO, O QUE HOJE EM DIA AINDA SE VERIFICA. PORTANTO, A PINTURA ATINGIRÁ O NÍVEL MAIS ALTO DE ARTE PURA, AO QUAL A MÚSICA JÁ CHEGOU HÁ VÁRIOS SÉCULOS.” // WASSILY KANDINSKY
3 de 5
“ A MÚSICA DE SHOENBERG CONDUZ–NOS A UMA NOVA REALIDADE, ONDE AS EXPERIÊNCIAS MUSICAIS JÁ NÃO SÃO ACÚSTICAS MAS PURAMENTE ESPIRITUAIS... NO CAMINHO DA NECESSIDADE INTERNA, ELE CONSEGUIU ATINGIR UMA BELEZA ÚNICA E GRANDIOSA.“ // WASSILY KANDINSKY “ AO OLHAR PARA PINTURAS DE KANDISKY OU KLEE, REPARO QUE TODOS OS ELEMENTOS EXIGIDOS PELO MOVIMENTO REAL — A TENSÃO ENTRE UM PLANO OU OUTRO, ENTRE A SUPERFÍCIE E O ESPAÇO, ENTRE RITMO E MOVIMENTO MUSICAL — JÁ ESTÃO PRESENTES NA IMAGEM ESTÁTICA... “ // LÁSZLÓ MOHOLY–NAGY ” O GRADUAL DESAPARECIMENTO DA FORMA NATURAL NA PINTURA CORRESPONDE AO ABANDONO DA MELODIA NA MÚSICA CONTEMPORÂNEA... ESTA CORRESPONDÊNCIA COM A PINTURA É AINDA MAIS PERTINENTE, NA MEDIDA EM QUE PODEMOS CONSIDERAR QUE O ASPECTO MELÓDICO DA MÚSICA ANTIGA É INDIVIDUAL, CONTRARIAMENTE AO ASPECTO HARMONIOSO DA NOVA MÚSICA, QUE É UNIVERSAL...“ // THEO VAN DOESBURG “ O VERDADEIRO BOOGIE–WOOGIE É TÃO HOMOGÉNEO NAS SUAS INTENÇÕES COMO AS MINHAS O SÃO NA PINTURA: DESTRUIÇÃO DA MELODIA, QUE É O EQUIVALENTE À DESTRUIÇÃO DA APARÊNCIA NATURAL NA PINTURA, E CONSTRUÇÃO ATRAVÉS DA OPOSIÇÃO CONTÍNUA DE SENTIDOS PUROS – RITMO DINÂMICO.” // PIET MONDRIAN “ OS GUACHES ORIGINAIS DO MIRÓ ESTARIAM RELACIONADOS COM O SEU PRÓPRIO VOCABULÁRIO MUSICAL, OU SERÁ QUE ELE REAGIU A CERTOS ELEMENTOS PROPOSTOS MUSICALMENTE? ” // FRANCIS MIROGLIO “ POLLOCK OUVIA OS SEUS DISCOS DE JAZZ DE DIA E DE NOITE, ÀS VEZES POR TRÊS DIAS SEGUIDOS... JAZZ? ACREDITAVA QUE ERA REALMENTE O MAIOR EXPOENTE CRIATIVO QUE ESTAVA A ACONTECER NO SEU PAIS.“ // ROBERT O’MEALLY “ O MEU OBJECTIVO ENQUANTO ARTISTA É DAR FORMA E PINTAR COMO SCHUBERT COMPÔS AS SUAS MÚSICAS, E COMO BEETHOVEN CRIOU O SEU UNIVERSO SONORO.“ // HANS HOFMANN “ TU ÉS, E CONTINUARÁS A SER A ÚNICA PESSOA VERDADEIRAMENTE MUSICAL QUE EU CONHECI ATÉ AGORA. A PARTIR DE HOJE, O QUE IREI ESCREVER É APENAS PARA TI, E CADA UMA DAS MINHAS COMPOSIÇÕES DEVERIA TER A INSCRIÇÃO: “ DEDICADO A JOHANNES ITTEN“ // JOSEPH MATTHIAS HAUER “ O PROPÓSITO DA ARTE RESIDE NA SUA SOBRIEDADE
4 de 5
E TRANQUILIDADE PARA QUE ESTEJA DE ACORDO COM O QUE ACONTECE. ” // JOHN CAGE “ AS CORES E AS LINHAS — OS RECURSOS DA PINTURA — PODEM SER APLICADOS A DOIS TIPOS DIFERENTES NA SUA REPRESENTAÇÃO: A PRIMEIRA, PREOCUPADA EM PERCEBER E DESCREVER, RECRIANDO COM PRECISÃO A FORMA COMO VEMOS OS OBJECTOS; A SEGUNDA, UMA ARTE QUE É EMOCIONAL E MUSICAL, QUE NÃO SE PREOCUPA COM OBJECTOS REPRESENTADOS POR ESSAS CORES E LINHAS, MAS UTILIZA–OS COMO SIGNOS, COMBINADOS LIVREMENTE DE FORMA LÚDICA DE MODO A PRODUZIR EM NÓS UMA SENSAÇÃO COMPARÁVEL À DE UMA SINFONIA.” // TEODOR DE WYZEWA
5 de 5
Música e Pintura som em silêncio partituras músicos e pintores em diálogo
Piet Mondrian
Paul Klee
boogie woogie // 1941–42
tocador de timbales // 1940
Óleo sobre tela < 95,2 x 92 cm > Colecção Hester Diamond, Nova Iorque, EUA
Têmpera sobre papel < 34,6 x 21,1 cm > Paul–Klee–Stifung, Kunstmuseum, Berna, Suiça
Os alunos do 1º ciclo são sensíveis e capazes de se emocionar com estas obras. O seu significado profundo e a mudança operada em cada época na recepção das obras de arte é um processo gradual que a Escola pode proporcionar ao longo da escolaridade. Mas sem esse confronto com as obras de arte e o desafio que cada uma delas
Foi opção dos curadores desta exposição escolher a música para
nos faz ficamos mais pobres.
percorrer, do século XIII à actualidade, representações de mú-
Partituras, o cartaz com vários exemplos de escrita musical,
sicos tocando para si próprios ou para os seus admiradores, em
mostra num longo período de tempo diferentes formas e processos
obras representadas nos principais Museus da Europa, num exer-
em que o desenho e a pintura permitiram a transmissão de procedi-
cício de silêncio que apenas a imaginação nos permite adivinhar.
mentos de enorme complexidade.
O som em silêncio dos primeiros cartazes tem esse significado.
Pintores e Músicos em diálogo, a segunda série de 10 cartazes,
No solo, nas paredes das grutas, nos objectos de uso quotidiano,
é uma colecção de obras de arte de finais do séc. XIX até aos nos-
as marcas e traços, as formas estilizadas, as cores dos pigmentos
sos dias em que sabemos ter havido colaboração ou influência entre
obtidos localmente foram para a Humanidade a memória, o rito
músicos e pintores, por vezes mesmo uma dupla condição de músi-
propiciatório, a escrita possível que levaria à adopção de códigos e
cos pintores e pintores músicos que procuraram encontrar os elos
símbolos, a sequências desenhadas de acontecimentos, por fim ao
entre obras e procedimentos de criação. Ou a invocação de obras
equilíbrio e escolhas que caracterizam cada grupo humano na sua
musicais distantes no tempo.
busca de identidade, distinção e história. As paredes com cenas pintadas nos templos foram os livros abertos das sociedades iletradas. Ou os lenços bordados e os livros de horas desenhados cuidadosamente com cenas da vida quotidiana do séc. XVI. A Música e a Dança estão entre as manifestações de que o desenho, a pintura, a escultura se quiseram apropriar. A música e a dança desaparecem no mesmo momento em que são criadas ou interpretadas. A sua transmissão, antes dos novos meios de registo apenas criados em finais do século XIX — gravação áudio e cinema, dependia de Mestres capazes de demonstrar pelo seu exemplo como fazer. E do crescente domínio de códigos escritos, capazes de descrever procedimentos de enorme complexidade. A fragilidade dos próprios instrumentos musicais, feitos de matérias orgânicas perecíveis, excepção feita aos litofones (instrumentos de pedra) do neolítico e a algumas flautas em osso, dificultava o seu conhecimento depois de findo o período de utilização funcional por uma determinada cultura. Através da representação pictórica da música e dos seus cultores, com os instrumentos que tocavam nos contextos reais ou simbólicos de utilização, nas festas profanas, nas cerimónias que marcam os ciclos vitais, nas representações do divino, através de anjos e deuses tocando inaudíveis litanias celestiais, acedemos a uma contextualização das práticas musicais. A escolha dos 42 autores que ilustram os primeiros 7 cartazes, permite nomear alguns dos mais importantes artistas plásticos da cultura europeia. Começando pelo Cancioneiro da Ajuda, de autor anónimo, podemos encontrar obras de Pieter Bruegel, Piero della Francesca, Johannes Vermeer, Caravaggio, Degas, Cézanne, Modigliani, Matisse, Picasso, Dali e dos portugueses Francisco Vieira Portuense, José Malhoa, Almada Negreiros e Amadeo de Sousa–Cardoso.
Os músicos referidos a par dos pintores são alguns dos mais significativos compositores da história da música ocidental: Arnorld Shoenberg, Arthur Honegger, Béla Bártok, Claude Debussy, Edgard Varése, Felix Mendelssohn, Johanes Brahms, Johann Sebastian Bach, Ludwing Van Beethoven, entre outros. Dois estudos foram importantes no delinear desta exposição. O primeiro, de 1992, de Jean–Yves Bosseur, Le Sonore et le Visuel, Intersections Musique / Arts Plastiques Aujourd´hui, (O Sonoro e o visual, intersecções Musica / Artes Plásticas hoje), Centre National des Lettres, Paris. E The Music of Painting (A música na Pintura) de 2010, de Peter Vergo, PHAIDON, Londres. Recordo o entusiasmo com que o Prof. Carlos Augusto Ribeiro me falou desta obra pouco depois da sua publicação. E a alegria com que reconheci nas opções tomadas pela Joana Morais e pelo João Ferreira, curadores desta exposição, uma reflexão tornada possível pela evidência da existência documentada em textos, obras e correspondência de artistas dessa utópica busca de sentido entre processos tão diversos de criação. Algumas frases de pintores e músicos estão escritas nos cartazes. E há uma proximidade revelada entre a música e a pintura. Complementa esta 2ª parte da exposição um filme que permitirá ouvir excertos das obras citadas olhando as pinturas com elas relacionadas. O seu visionamento permite uma melhor leitura acompanhada pelos professores aos cartazes. O desafio proporcionado por estas obras a crianças sem preconceito sobre a arte moderna e contemporânea é um contributo para o enriquecimento da sua expressividade e um antídoto à pobreza das experiências visuais proporcionadas pelos media e pela indústria de entretenimento, manipuladoras do gosto e liberdade pessoal. Domingos Morais
parte 01 o som em silêncio
Cancioneiro da Ajuda O TROVADOR (SENTADO), UM JOGRAL COM SALTÉRIO TRAPEZOIDAL (SENTADO) E SOLDADEIRA DANÇANDO COM CASTANHOLAS O TROVADOR (SENTADO), UM JOGRAL COM VIOLA (DE PÉ) E OUTRO COM HARPA (SENTADO).
Hans Memling
finais do século XIII // Pergaminho
Óleo sobre Madeira < Pormenor de um Retábulo > Koninklijk Museum, Antuérpia, Bélgica
anjo // 1490
Biblioteca Nacional da Ajuda, Lisboa, Portugal
Pieter Bruegel
Paolo Veronese
O casamento do camponês // 1567
as bodas de caná // 1562–63
Óleo sobre tela < 124 x 164 cm > Kunsthistorisches Museum, Viena, Áustria
Óleo sobre tela < pormenor > Museu do Louvre, Paris, França
Orazio Gentileschi
Piero della Francesca
tocadora de alaúde // 1626
natividade // 1470
Óleo sobre tela < 144 x 130 cm > National Gallery of Art, Washington DC, EUA
Óleo sobre madeira < 123 x 124,5 cm > National Gallery, Londres, Reino Unido
GÓTICO
RENASCIMENTO
MANEIRISMO
Judith Leyster menino tocando flauta // 1635 Óleo sobre tela < 73 x 62 cm > Museu Nacional de Belas–Artes, Estocolmo, Suécia
William Hogarth
Johannes Vermeer
Indústria e ociosidade (6 de 12) // 1747
tocadora de espineta // 1670–72
Gravura sobre papel < 38,8 x 46,2 cm > British Museum, Londres, Reino Unido
Óleo sobre tela < 51,5 x 45,5 cm > National Gallery, Londres, Reino Unido
Michelangelo Caravaggio descanso na fuga para o egipto // 1597 Óleo sobre tela < 135,5 x 166,5 cm > Galeria Doria Pamphilj, Roma, Itália
jean Antoine Watteau canção de amor // 1717 Óleo sobre tela < 51,3 x 59,4 cm > National Gallery, Londres, Reino Unido
Thomas Gainsborough retrato de wiliam wollaston // 1759 Óleo sobre tela < 121 x 98 cm > Christchurch Mansion Ipswich, Londres, Reino Unido
Francisco Vieira Portuense fauno // 1799 Gravura a buril e ponteado < 23 x 17 cm > Sociedade Martins Sarmento, Guimarães, Portugal
barroco
rococó
neoclássico
John Melhuish Strudwick a música suave de antigamente // 1890 Óleo sobre Tela < 61 x 79 cm > Colecção Privada
James Ensor
Dante Gabriel Rossetti
A ENTRADA DE CRISTO EM BRUXELAS EM 1889 // 1888
a casa do prado // 1871–72
Óleo sobre Tela < 253 × 431 cm > J. Paul Getty Museum, Los Angeles, EUA
Óleo sobre Tela < 86,3 x 68 cm > Manchester City Art Galleries, Manchester, Reino Unido
Gustav Klimt música // 1901 Litografia
Jacques–Louis David retrato de juliette de villeneuve // 1824 Óleo sobre Tela < 110 x 180 cm > Museu do Louvre, Paris, França
José Malhoa o fado // 1910 Óleo sobre Tela < 152,5 x 185,5 cm > Museu do Fado, Lisboa, Portugal
PRÉ-RAFAELITAS
SIMBOLISMO
ROMANTISMO
Edgar Degas a orquestra da ópera // 1870 Óleo sobre tela < 56 x 45 cm > Museu de Orsay, Paris, França
Georges Seurat
Paul Cézanne
o secundário de circo // 1887–88
menina ao piano // 1869
Óleo sobre tela < 100 x 150 cm > Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque, EUA
Óleo sobre tela < 57,8 x 92,5 cm > Museu Hermitage, São Petersburgo, Rússia
Pierre–Auguste Renoir
Édouard Manet
A dança em Bougival // 1883
tocador de pÍfaro // 1866
Óleo sobre tela < 182 x 98 cm > Museu de Belas Artes de Boston, EUA
Óleo sobre tela < 160,5 x 97 cm > Museu de Orsay, Paris, França
Vincent van Goght marguerite gachet ao piano // 1890 Óleo sobre tela < 102,6 x 50 cm > Offentliche Kunstsammlung, Basileia, Suiça
impressionismo
pós-impressionismo
neo–impressionismo
Oskar Kokoschka
Emil Nolde
o poder da música // 1918–19
dança em redor do bezerro dourado // 1910
Óleo sobre tela < 100 x 151,5 cm > Stedelijk Van Abbe Museum, Eindhoven, Holanda
Óleo sobre tela < 88 x 105,5 cm > Staatsgalerie Moderner Kunst, Munique, Alemanha
Henri Toulouse–Lautrec
Amedeo Modigliani
jane avril, jardim de paris // 1893
estudo para o violoncelista // 1909
Litografia < 130 x 95 cm > Colecção privada
Óleo sobre tela < 73 x 60 cm > Dr. Paul Alexandre Collection, Paris, França
Alphonse Mucha cartaz para a exposição de slav epic // 1928 Litografia
Henri Matisse música // 1910 Óleo sobre tela < 260 x 398 cm > Museu Hermitage, São Petersburgo, Rússia
arte nova
expressionismo
fauvismo
Almada Negreiros
Mário Eloy
Fortunato Depero
Pablo Picasso
Bailarico no Bairro // 1936
mecanismo de bailarinas // 1917
três músicos // 1921
Óleo sobre tela < 80 x 100 cm > MNAC – Museu Nacional de Arte Moderna, Lisboa, Portugal
Óleo sobre tela < 75 x 71,3 cm > Museo Provinciale d`arte, Trento, Itália
Óleo sobre tela < 200,7 x 222,9 > Museum of Modern Art, Nova Iorque, EUA
marinheiro tocando guitarra // 1920
Amadeo de Sousa–Cardoso
Óleo sobre tela CAM – Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal
estudo para o violoncelista // 1909 Óleo sobre tela // Colecção Privada
Salvador Dalí um farmacêutico levantando com extrema precaução a tampa de um piano de cauda // 1936 Óleo sobre tela < 48,3 x 64,1 cm > The Art Institute of Chicago, EUA
Marc Chagall o violoncelista // 1939 Óleo sobre tela < 88 x 105,5 cm > Colecção privada
cubismo
futurismo
surrealismo
Richard Hamilton
Jean–Michel Basquiat
la scala milano //1968
Max Roach // 1984
Foto gravura e serigrafia em papel < 50,5 x 59,3 cm > Tate Modern, Londres, Reino Unido
Acrílico e pastel sobre Lona < 88 x 105,5 cm > Colecção privada
Michel Delacroix o grande baile // 1985 Litografia < 40 x 60 cm > Edição: 150 exemplares
Helmut Middendorf cantor iv // 1984 Resina artificial sobre tela de algodão < 190 x 230 cm > Colecção Jung, Aachen, Alemanha
David Hockney dois bailarinos // 1980 Óleo sobre tela < 121,9 x 182,9 cm > Colecção privada
pop art
neo-expressionismo
Afonso X “O Sábio”
Pierre Cordier
John Cage
Excerto das Cantigas de Santa Maria Século XIII
Canção “ Belle Bonne sage” Século XV
cartdrige music 1960
Jean–Claude Éloy
Bruno Maderna
equivalência para dezoito intrumentos 1963
serenata para um satélite (pormenor) 1969
Iannis Xenakis
Luciano Ori
Anónimo
polytope, posição e nomenclatura de pontos luminosos // 1967
fantasia cromática // 1986
romance de d. inês de castro Renascimento
Técnica mista < 70 x 50 cm >
partituras
parte 02 pintores e músicos em diálogo
pintura
pintura
William Turner
William Turner
iate aproximando–se da costa // 1845–50 Óleo sobre tela < 102 x 142 cm >
Chuva, vapor e velocidade // 1844 Óleo sobre tela < 121,9 x 90.8 cm >
Tate Gallery, Londres, Reino Unido
National Gallery, Londres, Reino Unido
música
música
Claude Debussy
Claude Debussy
o mar // 1905
sonata para violino e piano, finale // 1917
pintura
“ A arte de Delacroix deve ser ouvida — sim,
Eugène Delacroix
ouvida, pois as suas pintura parecem ser feitas de notas musicais. São sinfonias esplêndidas. É a arte do som aplicado à cor — a mesma combinação magistral de instrumentos: profundo, estranho, inesperado.” // zacharie astruc
cristo no lago de genesareth // 1853 Óleo sobre tela < 46 x 54 cm > Nelson–atkint Museum of Art, Kansas, EUA
música
Frédéric Chopin estudo op. 10, nº 12 // 1831
pintura
eugène Delacroix bom samaritano // 1849–51 Óleo sobre tela < 36,8 x 29,8 cm > Colecção Waterhouse, Londes, Reino Unido
música
Frédéric Chopin nocturno, op. 9, nº1 // 1833
pintura
Alfredo Roque Gameiro a foz do alcoa // 1934 Aguarela sobre papel < 41 x 59 cm > Museu José Malhoa, Caldas da Rainha, Portugal
música
Maurice Ravel o túmulo de couperin // 1917
“ Existe uma impressão que resulta de uma justaposição específica de cores, luzes e sombras: o que se poderia chamar de música da pintura” // Eugène Delacroix
pintura
Claude Monet impressão, sol nascente // 1872 Óleo sobre tela < 48 x 63 cm > Museu Marmottan, Paris, França
música
Claude Debussy devaneio // 1890
pintura
Claude Monet jardim do monet em vétheuil // 1881 Óleo sobre tela < 151,5 x 121 cm > National Gallery of Art, Washington DC, EUA
música
Claude Debussy prelúdio à tarde de um fauno // 1894
pintura
“ Se forem sensíveis ao jogo da harmonia, irão compreender... como a sinfonia criada pelos barcos com velas azuis é concluída com a chegada da tripulação vestida de laranja. A natureza irá revelar a quem estiver atento as analogias das semelhanças e dos opostos...” // paul signac
Paul Signac pôr–do–sol, pesca da sardinha, adagio, op 221 // 1891 Óleo sobre tela < 65 x 81 cm > The Museum of Modern Art, Nova Iorque, EUA
música
Johanes Brahms concerto para violino op 77 // 1878
pintura
Édouard Manet a batalha de kearsarge e alabama // 1864 Óleo sobre tela < 134 x 127 cm > Museum of Art, Filadélfia, EUA
música
Paul Dukas sinfonia em dó maior // 1895
pintura
Georges Seurat o banho em asniéres // 1884 Óleo sobre tela < 79 x 118 cm > National Gallery, Londres, Reino Unido
música
Richard Wagner parsifal // 1882
“ Seurat, tal como Wagner, atribui aos detalhes das suas composições identidade e carácter expressivo, que de uma forma distinta, vão de encontro a uma harmonia contínua presente nas suas obras.” // Paul Smith
“ gostamos de criar orquestrações mentais... do ruído de estações, de vias férreas, de fundições, de rodas a girar, impressoras a trabalhar, centrais eléctricas e caminhos de ferro subterrâneos.“ // luigi russolo
pintura
Rantisek Kupka amorfa: fuga em duas cores // 1912 Óleo sobre tela < 211 x 220 cm > Galeria nacional, Praga, República Checa
música
Johann Sebastian Bach a arte da fuga, bmw, contrapunctus II // 1626
“ acredito que posso encontrar algo entre a visão e a audição, e posso produzir uma fuga em cores, como Bach fez com a música.“ // Frantisek Kupka
pintura
pintura
Luigi Russolo
Luigi Russolo
a revolta // 1911 Óleo sobre tela < 150 x 230 cm >
música // 1911 Óleo sobre tela < 220 x 180 cm >
Gemeentemuseum, Haia, Holanda
Colecção Particular
música
música
Luigi Russolo
Luigi Russolo
máquina tipográfica // 1913
velho de uma cidade // 1913
pintura
pintura
Marcel Duchamp
Giacomo Balla
nu descendo uma escada // 1912 Óleo sobre tela < 147 x 89 cm >
rapariga a atravessar uma varanda // 1912–13 Óleo sobre tela < 125 x 125 cm >
Museum of Art, Filadélfia, EUA
Galleria d´Arte Moderna, Milão
música
música
George Antheil
Arthur Honegger
o avião // 1922
pacífico 231 // 1923
pintura
Hans Richter música–dada // 1918 Linóleo < pormenor > Colecção Privada
música
Hans Richter sinfonia de uma corrida // 1928
“ as Repetições do mesmo elemento, distribuídos sobre a tela em diferentes locais com variações menores ou maiores, conduz a uma espécie de relação musical entre os conjuntos de formas, e uma composição mais clara do todo.“ // hans richter
pintura
pintura
Kasimir Malevich
Kasimir Malevich
avião a voar // 1915 Óleo sobre tela < 57,3 x 48,3 cm >
suprematismo // 1915 Óleo sobre tela < 101,5 x 62 cm >
Museum of Modern Art, Nova Iorque, Eua
Stedelijk Museum, Amesterdão, Holanda
música
música
Mikhail Matyushin
Mikhail Matyushin
vitória sobre o sol, acto 01 // 1913
vitória sobre o sol, acto 02 // 1913
“ Não se deveria libertar a pintura da sua obsessão com a reprodução de formas materiais? Mas, primeiro, será possível comparar ou até mesmo relacionar a pintura com a música? A pintura poderia não ter nenhum objectivo além de produzir sensações por meio de cores e de linhas, assim como a música faz em virtude dos seus sons.“ // Arnauld Pierre
pintura
Francis Picabia concertos de radio // 1921–2 Litografia < 38,5 x 26,7 cm > Colecção Privada
música
Edgard Varése Ionização // 1931
pintura
Hans Arp sem título (quadrados organizados de acordo com a lei do acaso) // 1917 Papel colorido colado em papel < 33,2 x 25,9 cm > Museum of Modern Art, Nova Iorque, EUA
música
Béla Bártok o mandarim maravilhoso, op 16 // 1924
pintura
Wassily Kandinsky composição VIII // 1923 Óleo sobre tela < 140 x 201 cm > Guggenheim Museum, Nova Iorque, EUA
música
Arnorld Shoenberg três peças para piano, op 11 // 1909
“ Depois da música, a pintura é a segunda das artes impensável sem construção, o que hoje em dia ainda se verifica. Portanto, a pintura atingirá o nível mais alto de arte pura, ao qual a música já chegou há vários séculos.” // Wassily Kandinsky
pintura
Wassily Kandinsky improvisação 26 (remar) // 1912 Óleo sobre tela < 97 x 107,5 cm > Stadtische Galerie im Lenbachhaus, Munique, Alemanha
música
Arnorld Shoenberg segundo quarteto de cordas, op 10 // 1907–08
“ A música de Shoenberg conduz–nos a uma nova realidade, onde as experiências musicais já não são acústicas mas puramente espirituais... No caminho da necessidade interna, ele conseguiu atingir uma beleza única e grandiosa.“ // Wassily Kandinsky
pintura
Paul Klee pastoral (ritmos) // 1927 Óleo sobre tela < 69 x 52 cm > Museum of Modern Art, Nova Iorque, EUA
música
Ludwing Van Beethoven sinfonia nº6 // 1808
pintura
Paul Klee som antigo, abstracto em negro // 1925 Óleo sobre cartão < 38 x 38 cm > Offentliche Kunstsammlung, Basileia, Suíça
música
Felix Mendelssohn as hébridas, a gruta de fingal, op 26 // 1830
“ Ao olhar para pinturas de Kandisky ou Klee, reparo que todos os elementos exigidos pelo movimento real — a tensão entre um plano ou outro, entre a superfície e o espaço, entre ritmo e movimento musical — já estão presentes na imagem estática... “ // László Moholy–Nagy
pintura
pintura
Piet Mondrian
Theo Van Doesburg
broadway boogie woogie // 1942–43 Óleo sobre tela < 127 x 127 cm >
ritmo de uma dança russa // 1918 Óleo sobre tela < 135,9 x 61,6 cm >
Museum of Modern Art, Nova Iorque, EUA
Museum of Modern Art, Nova Iorque, EUA
música
música
Pete Johnson and Albert Ammons
George Gersshwin
expresso da sexta avenida // 1941
um americano em paris // 1928
” O gradual desaparecimento da forma natural na pintura corresponde ao abandono da melodia na música contemporânea... Esta correspondência com a pintura é ainda mais pertinente, na medida em que podemos considerar que o aspecto melódico da música antiga é individual, contrariamente ao aspecto harmonioso da nova música, que é universal...“ // theo van doesburg
pintura
Theo Van Doesburg composição aritmética // 1930 Óleo sobre tela < 101 x 101 cm > Colecção Particular
música
George Gersshwin rapsódia em azul // 1924
pintura
“ O verdadeiro Boogie–woogie é tão homogéneo nas suas intenções como as minhas o são na pintura: destruição da melodia, que é o equivalente à destruição da aparência natural na pintura, e construção através da oposição contínua de sentidos puros – ritmo dinâmico.” // piet mondrian
Piet Mondrian nova iorque // 1942 Óleo sobre tela < 119,3 x 114,2 cm > Centre Georges Pompidou, Paris, França
música
Albert Ammons sapateado boogie woogie // 1938
pintura
Marcel Duchamp tu m` // 1918 Óleo sobre tela < 69 x 303 cm > Yale University Art Gallery, New Haven, EUA
“ Uma forma de compor música: estudar Duchamp.“ // JOhn cage
pintura
pintura
pablo Picasso
Lyonel Feininger
atelier com cabeça de gesso // 1925 Óleo sobre tela < 98,1 x 131,1 cm >
gelmeroda IX // 1926 Óleo sobre tela < 108 x 80 cm >
Museum of Modern Art, Nova Iorque, EUA
Museum Folkwang, Essen, Alemanha
música
música
Erik Satie
Johann Sebastian Bach
Ginopédia nº2 // 1888
tocata e fuga em ré menor // 1707
pintura
Joan Miró pastoral // 1923–24 Óleo sobre tela < 60 x 92 cm > Museo Reina Sofia, Madrid, Espanha
música
Francis Miroglio extensões 2 // 1970
“ Os guaches originais do Miró estariam relacionados com o seu próprio vocabulário musical, ou será que ele reagiu a certos elementos propostos musicalmente? ” // Francis miroglio
música
John Cage música para marcel duchamp // 1947
pintura
” O mundo é azul.” // yves klein
yves Klein azul monocromático IKB 48 // 1956 Óleo sobre madeira < 150 x 125 cm > Moderna Museet, Estocolmo, Suécia
música
john Cage 4’33” // 1952
pintura
Yves Klein ANT 63 (antropometria) // 1961 Pigmento e resina sintética sobre papel sobre tela < 153 x 209 cm > Colecção Particular
música
Yves Klein sinfonia monotónica // 1947
pintura
Mark Rothko homenagem a matisse // 1953 Óleo sobre tela < 269 x 129,5 cm > McGrory Corporation, Nova Iorque, EUA
música
Morton Feldman capela rothko // 1971
pintura
Robert Rauschenberg pintura vermelha // 1954 Óleo e papel sobre tela < 179,7 x 121,9 cm > Broad Collection, Los Angeles, EUA
música
Earle Brown elegia para Robert Rauschenberg // 1959
pintura
Jackson Pollock numero 29 // 1950 Óleo e outros materiais em vidro < 121 x 182 cm > National Gallery, Canadá
música
John Coltrane C.T.A // 1957
“ Pollock ouvia os seus discos de jazz de dia e de noite, às vezes por três dias seguidos... Jazz? acreditava que era realmente o maior expoente criativo que estava a acontecer no seu pais.“ // Robert O’Meally
pintura
pintura
Cy Twombly
Cy Twombly
herói e líder // 1962 Óleo e lápis de cera sobre tela < 200 x 243 cm >
sem título // 1967 Óleo e lápis de cera sobre tela < 152,4 x 172,7 cm >
Daros Collection, Zurique, Suíça
Daros Collection, Zurique, Suíça
música
música
Pierre Henry
Pierre Henry e Pierre Scaheffer
andante // 1956
tendu, sinfonia para um homem só // 1950
“ O meu objectivo enquanto artista é dar forma e pintar como Schubert compôs as suas músicas, e como Beethoven criou o seu universo sonoro.“ // hans hofmann
pintura
pintura
Johannes Itten
Hans Hofmann
estudos para: Primavera, Verão, Outono, Inverno (4) // 1963 Óleo sobre tela < 100 x 150 cm >
equinócio // 1958 Óleo sobre tela < 152 x 182 cm >
música
música
Colecção Particular
Joseph Matthias Hauer
Franz Shubert
peça dodecafónica para quatro mãos // 1956
sinfonia nº8 // 1822
“ Tu és, e continuarás a ser a única pessoa verdadeiramente musical que eu conheci até agora. A partir de hoje, o que irei escrever é apenas para ti, e cada uma das minhas composições deveria ter a inscrição: “ Dedicado a Johannes Itten“ // joseph matthias hauer
“ o propósito da arte reside na sua sobriedade e tranquilidade para que esteja de acordo com o que acontece. ” // john cage
pintura
pintura
John Cage
John Cage
HV2 // 1992 (1 de 15) Água forte < 30 x 39 cm >
variações III // 1992 Monotipia sobre papel “fumado“ < 44,5 x 66 cm >
música
música
John Cage
Iannis Xenakis
Music of Changes // 1951
Pithoprakta // 1956
pintura pintura
pintura
Robert Ryman regente // 1983 Óleo sobre fibra de vidro com pinças de alumínio < 235,6 x 213,4 cm > Saatchi, Londres, Reino Unido
música
J.J. Johnson & Kai Winding Quintet lament // 1954
“ As cores e as linhas — os recursos da pintura — podem ser aplicados a dois tipos diferentes na sua representação: a primeira, preocupada em perceber e descrever, recriando com precisão a forma como vemos os objectos; a segunda, uma arte que é emocional e musical, que não se preocupa com objectos representados por essas cores e linhas, mas utiliza–os como signos, combinados livremente de forma lúdica de modo a produzir em nós uma sensação comparável à de uma sinfonia.” // teodor de wyzewa
Jonathan Lasker
Francis Miroglio
quando os sonhos funcionam // 1992 Óleo sobre tela < 228,6 x 305 cm >
Mosaicos 7 // 1985
Daros Collection, Zurique, Suíça
música
música
Elisabeth Chojnacka
Swans
inserções // 1969
93 ave. B blues // 2012
Lihat lebih banyak...
Comentários