Na margem direita do Baixo Tejo.Paisagem rural e recursos alimentares (sécs.XIV e XV)

June 2, 2017 | Autor: Manuela Catarino | Categoria: Idade Média, Portugal - História Económica E Social, Alimentação medieval Portugal
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Descrição do Produto

MARIA MANUELA S. C. CATARINO

NA MARGEM DIREITA DO BAIXO TEJO:

PAISAGEM RLJRAL E RECURSOS ALIMENTARES

(SÉCS.

XIV E XV)

LISBOA

1998

MARIA MANUELA S. C. CATARINO

NA MARGEM DIREITA DO BAIXO TEJO:

PAISAGEM RURAL E RECURSOS ALIMENTARES

(SÉCS.

DISSERTACÂU

XIV E XV)

DE MESTRADo LM HrSTORlA MLDIIA 'AL A APRESLNTAR

A

FACLLDADL DL

ClÊNCiAS

SOCIALS K IKMAXAS

DA CNIVTRS IDADT7 NOVA DF l.ISBOA

\

LISBOA 1998

A minha mãe Maria dos

que tanto sabe

amar as

Anjos.

eoisas da terra...

INDICE GERAL

ÍNDICE

DE XLAPAS

4

INTRODUCÃO 1

ESBOCO

1.1- O RIO

1.2

-

1.3

-

5

DE UMA PALSAGEM RURAL

.ALGUMAS

-

HIPÔTESES

OUTROS CONSTITUINTES

-

FÍSICOS

OS COMPONEXTES VEGET.AIS

1.4- OS COMPONENTES

1.5

DE TRABALHO

A

PRESENQA

FAUNÍSTICOS

HUMAN'A

8

18

30

38

44

2- A PAISAGEM DOMINADA: A AGRICULTLRA

2.1

2.2

-

-

DISTRIBUigÃO

ESPACIALDOS RECURSOS

57

RECURSOS ALIMENTARES DE ORIGEM VEGET.AL.... 74

2.2.1.

2.2.2.

-PÃO

-

74

VINHO

86

2.2.3. -AZEITE

100

2.2.4.

105

-

FRUTAS E LEGUMES

2

3

-

CRIACÃO

DE

GADO, CAQA E PESCA

-

RECl RSOS DE

ORIGEM ANIMAL

3.1 -ASCARNESDECONSUMO

3.1.1

3.2

3.3

-

-

OLTROS ALIMENTOS DE ORIGEM ANLMAL

-

OS PRODITOS DA

CA?A

OS PEIXES DE RIO

3.3.1,

-

116

129

134

142

MOLUSCOS E MARISCOS

150

CONCLLSÃO

153

IONTES E BIBLIOGRAFIA

154

3

ÍNDICE

MAPA 1

Hipotético

-

entre

MAPA 2

MAPA 3

MAPA 4

-

-

-

MAPA 5

-

M.APA 6

-

MAPA 7

-

MAPA8

-

curso

Alverca

e

do rio

Tejo.

As

sécs. XI\"

e

XV. 16-1 7

de cultivo de cereal

64-65

das terras de cultivo da vinha

66-67

terras

Distribui^ão das terras de

Distribui^ão

nos

Santarém

Distribuicão das

Distribuiøo

DE MAPAS

cultivo do olival

das hortas. árvores

consocia^Ôes do

e

pomares

68-69

69-70

cereal

84-85

As consociacôes da vinha

98-99

As

consocia^ôes do olival

4

100-101

INTRODUQÃO

Os aspeetos do nossa

Em

investiga^ão.

Quotidiano constituiram-se

partieular

final da Idade Média. estabeleeidas

Tejo.

urbanos

significativos

No deeorrer do

ordena

agrícola

se

reeursos

de

popula^oes.

na

-

Lisboa

nosso

e

E.

rio

eventualidade de

que

outros

o

e

.

vamos

faeilita

recursos.

alimentar.

e

se

econômieo

e

cultural

economia rural ela

adquirem.

citadinos. que

trata. apenas. de

E que.

o

como

suprir

as

transporte.

espaeo

Deteetar

paisagem.

a

o

os

necessidades das

pereeber-lhes.

a

destinos...

mão humana. estes

diíerente. E não

proeurar saber

Compreender

Quer sejam disponibilizados pela

Rurais

Baixo

naturalmente, dependentes de dois

animal. capazes de lhes

um

do

Santarém.

estudo

margem do rio.

origem vegetal já

.

e

populaeôes

espaco da margem direita. de

no

de earaeterísticas bem definidas

eentros

alimentares das

os recursos

.

pnontano da

tema

o

a

em

um

a

uma

alimenta^ão.

permite perceber

pcso muito

ou

transformados pela

signifieante

eles aeedem

um

no

quotidiano

usufruem-nos de forma

divergêneia na questão

constitui

qualquer época

natureza,

do sosto.

importante indicador

da histôria humana. Relaeionada

como se

estabelecem

as

rela^ôes

entre

sôcio

-

com a

grupos

sociais:

como

estabelecem

se

organizam

padrôes

e

pela palavra, e

inquiridor.

relevadas

as

em

um

jeito

tempo

mas

ate.

e.

como

se

comportamentos culturais.

O estudo que

eompreensão.

neeessidades econômicas:

as

de

ora

apresentamos é.

primeiro olhar.

e um

que resultou

tanto

quisemos,

timido. Dessa

eventuais lacunas. E. que

mats. uma

tentativa de

da realidade medieva. O tornar vísivel.

espaeo. Um olhar que um

de

antes

a

por

perspectiva.

partir deste.

se

ísso.

nos

demorado

ser

possam

possam refazer outros

mais olhares...

* * *

Os

agradecimentos

faco-os.

muito

especialmente.

orientadora Senhora Professora Doutora Iria Goncalves. Da suas

correccôes. sabem todos quantos tém tido

supervisão eientífica. Como eles. Mas

expressar. e

o

que não cabe

pela intensa humanidade.

coracão

.

e

,

privilégio

é

nas

palavras.

com

que sempre atendeu

nesta

a

todos eles devolveu. transformados

em

rigor

das

a sua

aprendi.

gratidão,

longa caminhada.

e

minha

de trabalhar. sob

posso dizer que também muito

de derrotismos, que, fui desfiando.

seu

o

justeza

a

ao

que Ihe devo rol de lamurias

Tudo soube ouvir.

persistentes incentivos...

no

Pela devo também

resultados

paciente tarefa

agradeeer

eonseguidos.

a

não deslustrem

vão.

elaboracão deste esmdo.

me

prosseguir eaminho. De

algum

margem

.

me

iniciar.

Dra. Anabela Velosa

Agradeeimentos

esta

de

de onde. agora.

a

o

Cartografia.

Rodrigues. esperando.

para todos

ultrapassar

modo. foram eles

vejo

meandros da

os

que

mestra.

a

igualmente.

ajudaram

nos

sonho fluir.

os

os

aqueles

que, duranîe

eseolhos mais difkets.

água

que

eorre...

Torres Vedras. Julho de 1998

7

e a

responsaveis pela ehegada

como

a

a

ESBO^O

-

DE l'MA PAISAGEM Rl/RAL

Olha

o

rio

que

Quando

no seu manto

uma

a

noiva

tingiu

eom o

brisa soprou saeudiu coura^a de

numa

a^afrao seus

os

da tarde.

flaneos

guerreiro

armada da cabeca

aos

pés

Ibne

"

Sara1

-

séc. XI

rio domina tudo. Pareee que o eéu é uma miragem sua. Cortam-no mouehôes e bra^os de Mas

o

areia.

Espelham-se nele as árvores da margem pendidas eomo a quererem deitar-lhe a mão../" Alves Redol"

1 1

-

.

O RIO

O rio.

em

-

sereno.

que

corre

sobressaltos de rebeldia. invade

Geracoes atrás de gera^ôes.

HIPÔTESES

ALGUMAS

os

as

homens

alegrando terras

e as

as

aprenderam

-

Antônio Borges Coelho, vol. IV, 1975. pág. 357. 2

a

Avieiros

DE TRABALHO

margens. O

vidas dos que

Abú Mohâmede Abdalá ibne Sara Assantarini ( o 1123 Cf. Portugal na Espanha Árabe,

morre em

-

medir-lhe,

mesmo

eom

rio que.

ele eoabitam.

eom um

olhar.

os

Santareno):

natural de Santarém. Organiza^ão, Prologo e Notas de

Alves Redol nasceu em 1911 e publica a sua obra Avieiros em 1942 Cf. Antônio José Saraiva e Oscar Lopes. Histôria da Literatura Portuguesa, 6a ed.. pag. 1051. -

8

cambiantes das aguas a

conviver

marcar

com

os

fortemente. â

mteresses

sua

Nascido a

o

Encaixado

os

na

a

vida

,

estatuto.

\"ale

no

o

e a

Tejo.

nesse

hoje

desafiaram-no. E

e

como

no

passado.

o

rio.

Margem

com as

paisagem. ao

atingir

trecho do

ribatejano5.

Direita

-

íngremes

obrtgado

não deixa de

a zona

seu curso.

de Santarém. de rio de

eomeca

planicie 4.

tomaram-se caraeterístieos da

terra^os aluviais das margens. formados por depôsitos

lodosos. contrastantes

especial

volta.

humanos.

espanhol

espraiar-se ganhando

paisagem

Recearam-no

correntes.

encostas

,

sua

arenosos e

que lhe fieam sobraneeiras.

em

Ademas.6

as

Vidé Afonso Zuzarte de Mendonca. O Rio Tejo. Breve descri^âo geográfica". Anuário dos Servi^os Hidráulicos e Eléctricos, 1° ano, "1933, pás. 7 a 9 in Boletim da Junta Geral do Distrito de Santarém. Ano VI, n° 43. Santarem, 1936. pp. 89-92. k"

4Cf.

"

H. Lautensach. Os Rios e o Processo de Erosão" in Geografia de Portugal, por ( )rlando Ribeiro. Hermann Lautensach. e Suzanne Daveau. Vol. II. pág. 470: Suzanne Daveau. Comentários e Actualiza^ão". Ibidem. pág. 512: Vidé também Pierrc Birot, "

Portugal. s/'d., pág.160.

rios não correm ao nivel do enchimento das bacias. mas encaixam-se nele a 100 m mais. Abriram vales muito largos. mas que mantém vertentes bastante íngremes. nas quais se escalonam terra^os interglaciários... Na época post-glaciária a subida do nível do mar provocou neste entalhe a acumula^âo de depôsitos afenosos e lodosos que tem muitas dezenas de metros de espessura e cuja superfície. larga e plana. forma impresstonante contraste com as encostas íngremes. No vale do Tejo. o assoreamento chega a ter 13 km de largura..." refere, a propôsito da bacia do Tejo. H. Lautensach. "As Características Fundamentais da Geomorfologia,, in Geografia de Portugal, por Orlando Ribeiro. Hermann Lautensach, e Suzanne Daveau. Vol. I, 1987, pao. 158 : Também Carlos Alberto Medeiros. Geografia de Portugal. Ambiente Natural e Ocupacão Humana. Uma Introdu^ão. 1987. pág. 62.

"...os ou

-

Na actual

toponímia da região ribatejana permanece a designa^ao "Assim se chamava. Ribatejo. as colinas que se levantavam abruptamente do vale" Cf. Luis Teixeira de Sampaio, Guia de Portugal. II, Estremadura, ,41entejo, .Vlgarve. apresenta^ão dc Sant'Anna Diomsio, 1991. pág. 341. -

no

-

P. Birot assinala

margem direita

existência de um relevo de colinas bastante complicadas nos pormenores. A alternância das camadas arenosas e calcárias miopliocénicas. as desloca^ôes orientadas principalmente no sentido NO-SE que as aíectam e orientam as principais ribeiras. origmam as diversidades de pormcnor'" op.cit.. pag. 161. na

"

a

-

Também Maria Helena da Cruz Coelho faz notar idênuco fenômeno nas margens do Mondego medievo o contraste entre a planicie aluvial dominante e as eíevacôes como as •'ademias" se situariam na zona baixa, mas já não que, segundo a autora, inundável" O Baixo Mondego nos Finais da Idade Média ( Estudo de Histôria Rural) Vol. I. 1983. pág. 4 e nota 2. -

'•

-

.

9

E.

tempos.

naseem

as

e

desapareeem.

espaco. Ofereeendo

conquistando -

caminho para

transforma^ôes eontínuas no

a

de areia

á^uas

no seu

que

podem

ås

ir da mais

for^a natural.11

esta

rio

tem

assistido.

ao

longo

dos

leito. Mouchôes, ilhas aluviais. baneos delta

seu

interior.8

mundo íertil que

fiutua§ôes elimáticas.

Outros permaneeem. do coracão das

eresee

povoando

as

por muilo que

E.

eaudal

o seu

completa estiagem

Cheias. Os homens que lhe foram com

um

seu

o

Lezirias.

Sujeito oscila^ôes

no

foz.

a

chega

ã cheia mais

a

violenta.10

margens habituaram-se a

sua

aeeão

apresentar

a

As

conviver

geomorfolôgica seja

destas ilhas aluviais rasas e alagadi^as em águas ja salgadas" tem vindo a no do esUiário rio (T. Orlando Ribciro. As Tonnas do Relevo" tn progredir de Orlando Ribeiro. Hennann Lautensach. e Suzanne Geografia Portugal, por DaveauA'ol. I. 1987, pág. 199. A

"

forma^âo

k*

-

Sobre 9

as

P. Birot

.

características deste estuário op. cit., pp. 160

e

164

-

Ibidem. pp. 80

e

199.

166.

a

Sobre o aproveitamento econômico destas ilhas aluviais V. Armando de Castro. "Lezirias do Tejo e Sado" in Dicionário de Histôria de Portugal dir. Joel Serrâo Vol. ffl, 1981. pp. 501 -504. ,

'Em Julho de 1385,

o já então rei 1). João I. acompanhado por seus homens, "chegaram de Santarem ao par Tejo em dereito de Santa Eria a Pequena. homde avia huum baxo vaao per que bem podiam passar" Fernão Lopes. Cronica Del Rei Dom Joham I de boa memona e dos Reis de Portugal o decimo, Parte Segunda, ed. preparada por WtUiam Entwtstle, concluida por L. F. Lindlev Cintra. 1973. pág. 47. Por sua vez. o vtajante H. F.Link refere que. em fmais de Âgosto de 1798. o rio junto a Santarém apresentava um caudal tão reduzido" que se podia atravessar sem inconvenientes com botas baixasr citado por H. Lautensach. "Os Rios e o Processo de Erosâo" in de Geografia Portugal, por Orlando Ribeiro. Hermann Lautensach. e Suzanne Daveau.Vol. n. 1988. pag. 472 e nota 13. Veja-se, igualmente. P. BiroL op. cit a

-

-

pag.161.

Em 1481. relativamente a uma vtnha de assinalar. no contrato. que no

emprazada caso

de

na

Balea

ocorrerem

(Valada). há cheias.

e

a

os

preocupacao

foreiros não referida vinha

conseguirem. por esse motivo. cumprir as respectivas obriga^ôes. que a seja tirada A. N. T. T., Colegiada de St° Estevão do Stmo Milagre. Ma^o

Dies nâo

-

Relembre-.se que o Vale do plano q extravasem o leito do rio. Dessa íorma da-se

Tejo,

tornando-as

menos

íuriosas

e

devastadoras.

alargado. pcrmite que as águas subam e um'amortecimcnto do ímpeto das cheias.

Modemamente. a constru^ão de barragens veio atenuar um pouco o escoamento das cheias. Mas nao de um modo totalmente eficaz como salienta Suzanne Daveau ao referir as "cheias catastrôficas de 1978 e 1979" Cí'. Comentários e Actualiza9ão,' in Geografia de Portugal, por Orlando Ribeiro. Hermann Lauteasach. e Suzanne "

-

10

benéfica para

a

agrícola,12 toma-se catastrofica

vida

apareeimento de entravesL>

o

Numa

neeessidades,

luta

e

.

utiliza^ão plena homens

constante.

Proeurando

diques. tapar goivas.

á

vaîar margens.

medida qtie contribui para

do rio.

e

Natureza

impedir

esfor^o

mesmo. num

a

mais

equilibrar

tentam

assoreamentos.

consertar

arrojado regularizar

o curso

dorio.11

Daveau Vol. n. 1988. e o

pág. 512-513. Cf. Orlando Ribeiro, Portugal O Mediterråneo Atlântico. Esbo^o de rela^ôes geográficas. 5a ed.. 1987. pp. 52 53. -

\Já nos textos da Alta Idade Média a referência ås cheias no campo margmal do Tejo é assunuda como um benefício E quando enche o Tejo. sai pela terra chã e cobre-a toda e. pois que o no desce. fazem suas sementeiras mui boas serôdias. E tanto íica a terra em boa maneira disposta Texto do que chega o pão a segar com as primeiras" Séc. X in Portugal na Espanha Árabe, Organiza^âo. Prologo e Notas dc Antonio Borges Coelho. Voi. I. 1975, pág. 39; Cf. outros textos dos sécs. XI e XH Ibidem. pp. 46, e 60 e 75. "

-

-

.

Recordem-se, igualmente, as inúmeras referências ã fertilidade dos Campos de Balata de Valada ) Vidé Leite de Vasconcelos. Etnografia Portuguesa, Vol III 1941. pág. 475-482.

(Campos

-

Veja-se H. Lautensach.

"

Os Rios e o Processo de Erosão" in Geografia de Portugal, por Orlando Ribeiro. Hermann Lautensach. e Suzanne Daveau. Vol. IL 1988. paa. 476: bem como Suzanne Daveau. "Comentános e 514. Actualiza^ão". Ibidem. *

pág.

No reinado de D. Dinis promovem-se obras no Tejo e no seu sistema adjuvante Gaspar. Os Poríos Fluviais do Tejo", Finisterra. V 10. 1971. pág. 157. "

-

Jorse

Recordem-se os trabalhos de mudan^a do curso do Tejo na zona da Qumta da Cardiga João José Alves Dias, Uma grande obra de engenharia em meados do sec. XVI -"a mudan^a do curso do rio Tejo^ in Nova Histôria Século XVI. dir. A. LI. de Oliveira Marques. n° 1- Junho de 1984. pp. 66-82. "

-

Também durante o domínio filipino se fizeram estudos tendentes a melhorar as Cf. Artur Teodoro de Matos. condi^ôes de navegacâo no rio Transportes e Comunicaøes em Portugal, A^ores e Madeira (1750 -1850), 1980. pag. 279 e nota -

No século XVIII. no reinado de D. João V. concretiza-se a abertura do, a partir de então chamado. Tejo Novo. As obras efectuaram-se em 1746 e traduziram-se na abertura de um alveo prô.ĸimo de Valada a fim de evitar as perigosas voltas de Andreza^ Cf. .Artur Teodoro de Matos, op. cit.. 280 e nota 112. Possivelmente pág. essa abertura situar-se-ia "entre os campos de Vila Nova da Rainha e a tcrra chamada a Caldeira. nas lezirias de \'ila Franca" .Vlvaro Rodnsues d'Azevedo. Benavente. Estudo Iĩistorico Descritivo. Lisboa. 1926. reedi^ao da Cámara Mumctpal dc Benavente, 1981. pág. 165 e nota 3. "

-

-

Abertura que será mais alargada nos finais desse século:" A primeira abertura ha memoria. que foi hum pequeno canal capaz de duas barcas: hoje he largo palmos 1300. e ftmdo palmos 50" diz a esse proposito Estevão Dias Cabrâl, Memôrias Sobre os damnos causados pelo Téjo nas suas ribanceiras" in Memorias Economicas da Academia Real das Sciencias de Lisboa, para o Adiantamento da Agricultura, da.s u

-

n

Rio que

atesta a sua

fisico envolvente. Pelas

margens

subsistências.15Imensa

retirando

poder territorial10:

Artes,

suas

e

em

transportes

Portugal,

o

se

disse

na nota

elemento ordenador do espaco

desenvolvendo

aptidôes agrícolas

líquida permite hterarquizar e

comumcacôes1":

e

espacos de

intervir

em

conquistas. Tomo II. Lisboa. 1790. pag.

e suas

1 o5.

I5\eja-se

como

vâo

se

estrada

estabelecer

da Industria

presen^a

12 relatrvamente

fertilidade dos nateiros de Balata. -" Desde a Idade Media. reis. pnncipes quintas. construiram marinhas de sal. moinhos de maré e outros estabelecimentos fabris. nomeadamente, para producâo de vidro e de cerâmiea" Referências Histôrícas do Porto de Lisboa. 1991. pag. 64. Sobre

que

o

.

aproveitamento econômico das nobres e institui^ôes religiosas

a

margens ergueram

-

Vide igualmente Femando Castelo-Branco. Do Tráfego Fluvial e da Sua Importância na Economia PortuguesaA Separata do Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, Janeiro-Marvo. 1958, pp.39-66; também Pedro Gomes Barbosa. Lîsboa O lejo, a lerra e o Mar" m Lisboa O Tejo, a Terra e o Mar (E outros Estudos) 1995. pág. 20. "

"

-

-

6Recorde-se a apropria^ão dos terrenos férteis das Lezírias desde os tempos recuados da Reconquista que ficaram pertencentes ao lundo dominial dos reis". mas tamhém aos concelhos vizinhos de Santarem e Azambuja. Nos seculos posteriores alsumas ínstituiyôes religiosas vão recebendo também pequenas parcelas Armando Castro op cit, pág. 502. "

-

Veja-se. a título de exemplo. a enumcra^ão das Lezírias e Reguengos pertenccntes a D. Dtms Maria Rosa F. \íarreiros, Propriedade Fundiáría e Rendas da Coroa no Reinado de D. Dinis. Guimarães. Vol. L 1990. pp. 72-77. Desde a época romana há notícia da existência de uma via terrestre paralela ao rio iigando Scallabis a Oiisipo V. o Mapa apresentado por Jorae Alarcâo Portu°aI * Romano. 1974. pag. 67. -

-

w

E

já Edrici,

no

para onente.

a

Portugal na Coelho, vol. I, "

Para

séc.XH. refena

"

De Lisboa. seguindo a margem do no e dtriaindo-se Santarem..contam-se 80 milhas. Pode-se ir por terra ou por a°ua" -Cf Espanha Arabe, Organiza^ão. Prôlogo e Notas de Antonto Bor«es & 1975. pág. 75. -

"

pnmeira metade do século XV são abundantes as reíerências a Portos do Teio pnncipais mercadonas que poj ele transitaram" Cf. Jorge Gaspar op cit pp. 157- 158; como o artigo de Alvaro F. do Amaral Neto. Os Pnnutn/os 1 ortos do Medio Tejo e a sua Importância do seu Comércio Fluvial" in Boletim da Junta de Província do Ribatejo. n° 1. .Anos de 1937 1940. Lisboa. 1940. pp. 115a

e mesmo as

-

^bem

"

-

A segunda metade do séc. XVI denota o movimento dos portos iluviais da mar^em direita como Porto de Muge, Azambuja, Vila Nova da Rainha. Povos, Vila Franca de Aira. Alhandra e Alverca servindo os interesses econômicos de Lisboa citado por Jorge Gaspar, op. cit pag. 36. Quadro E Barcos e batéis dos do -

-

portos

.

Tambem passagem

a -

circula^âo

de homens

Uí. ,\rtur Tcodoro de

Possivelmente

e

bens

Matos,

op.

c

atcstada

pela exisíûncia de

Tejo

em

BaíVa.s dc

cit., pp. 427-428.

Barca mais antiga na travessia do BaLxo Tejo, entre a zona de Porto de Muge Escaroupim sena aquela que vem reíerida na Viagem de Claude de Bronseval Dom Maur Cocheril. "Lne Description du Portugal au XATe siécle" in Arquivos do Centro Cultural Português, Vol. ffl. 197L pág. 89; e também Frêre Claude de BronsevaL Peregrinatio Hispanica V'oyage de Dom Edme de Saulieu, Abbé de a

e

-

12

as

portas

a um

eonstante

política nacional18.

cruciais da

momentos

no

Clairvaux,

sonho maior

Todas

as

tempo

e

en

-

a aventura

E. aeima de tudo. do

Espagne

espaco"1.

et

au

abre

mar...2 / ).

Ibidem, Convento

-

îi. 43,

Sobre

de S. Dinis de Odivelas, LK. 19.

toponimo Cf. José Pedro Machado. Dicionário Onomastico Et.mologico. \oL I. pag. 169: Esta árvore da íamilia das Salicáceas. é espontânea dos Iugares humidos. mas pode ser também cultivada Dicionário da Lin«ua este

.

-

*

Portuguesa..., pag. 69.

6

que írStaanw0la Maria de

Esta

enfre oulras-



sc

\lc0ba9a, \ia90

indica 86.

*

a

c°rte do FreLxio"- A. N. T. T

,

Mosteiro de

(1439).

planta arbôrea,

da família da Fraxínáceas ( branca. E espontanea de norte a sul de Portuguesa.... pag. 865. muito

ou

Oleáceas) produz

Portugal

-

uma madeira Dicionário da Língua *

Na Ota. encontramos a designa^ão "salgueiro do covedo"- A. N. T. T Vlosteiro de Sta Vlana de Aicoba^a, \la90 30. n° 749. (1372); na Yalada. uma vmha chamada Colegiada de Sta Maria da Alcá^ova de Santarém, Maco 14 n° 2/_. (1339) e, tambem. a explica^ão de Máno Paulo \lartins Viana. op. cit, páo 16 e nota 2>.

£e,lc?f? -nIb,dem.

Planta da amentilho

famiha das Salicáceas. lenhosas.

de

flores unissexuadas dispostas em Dicionário da Lingua *

(espiga), podendo apresentar várias especies Portuguesa..., pag. 1605. Cf. Orlando Ribeiro, "O Manto F.m Alhandra.

Vegetal"

in op. cit,

-

pág. 582.

mencionado um casal de pão que confronla. cntrc outros com \-inhas herdades da quinta do murtal A. N. T. T., Mosteiro de S. Vicente de Fora, 2a Incorpora^ão, LK'. 27, fl. 28 e 28v., 1460.

e

c

-

32

malva

variados

:

arbustos

silvestres

silva102,

-

"espadaneira",10\ -lamargueira"'106. "zevreira"10";

e

.

cana103.

ate mesmo

juncolw.

alguns íungos

-

"cogumelaT108

A murta é uma

cheirosas

-

planta arbustiva. da famíha das Yíirtáceas. Dicionário da Lingua Portuguesa... pag. 1244.

com

flores brancas

e

Na aldeia de Subsena. em Alhandra. entre outros bens contam-se vinhas feitas e por iazer na Funcheira" e uma vinha denominada a Funcheira \. N. T T Mosteiro de Sta Maria de Alcoba^a, Liv. 183, fl. 206, "

-

(1410).

O funcho. da íamília das Umbelíferas. e uma planta herhácea. cheirosa em Portugal Dicionário da Língua Portuguesa..., pág. 874.

espontánea

e

-

Em Valada. seis estis de herdade estao situados aquém da Malva A N T T Convento de Sta Clara de Santarém. \la90 10, n° 679 680. (1302): uma vinha confronta com caneira de Meios que vai para a Malva Ibidem, Convento de Sta Maria de Almoster, \la90 3. C.x. 8. n° 40. (1314), -

-

Esta herbácea, pertence â família das Malváceas, apresentando folhas alîemadas hermafroditas Dicionário da Língua Portuguesa.... pág. 1146.

e

flores

-

L

V

as

referências

ao

rio da SiKeira.

Alverca

em

-

nola 78

do § 1.2

.

Recorde-se a descn^ão do achamento da unagem de St3 Maria da adema ( N'ossa Senhora das Virtudes): "aquella ymagem De marfil fov ali achada em huua siluevra: E ieita aly huua pequcna capclla De ramos De soucTcvros E mato" Francisco Coneia. "Livto dos Milagres de Nossa Senhora das Virtudes Compilado por Frei João da Povoa em 1497", Separata da Revista da Biblioteca Nacional, Série 2.\'ol. 3 (1). 1988, -

pág.

No Termo de Alenquer. situam-se bens rústicos em Paíha Cana"- \ N T T Mosteiro de Sta Maria de .\Ic0ba9a. \Ia90 32. n° 8. (1343); e um herdamento na Ota onde chamam o canal"" \la90 27. n° 39. (1324); bem como uma courela ao valado velho \la90 30. n° 749. (1372). "

"

-

-

Em Yalada. embora nâo

se conserve na

toponimia, a presen^a desta planta é atestada vinha com suas arvores e canais agrános: Ibidem Convento de Sta Maria de Almoster, \la90 3. Cx. 8. n° 94, (1421); numa ouîra devem ser anancadas as canas todas. ficando estas apenas nas testadas \la90 7. Cx. 1 2. n° 30 (n°575). (1394): outra vinha com "caneiras"- Ibidem. Convento Sta Clara de Santarém, \ia90 7. n° 397/98, (1432); peda^o de vinha e canal para pôr em vmha Ibidem, \losteiro de Sta Maria de Alcoba^a \la90 42. n° 1066, (1474). em vanos

contratos

uma

-

-

-

Esta planta. nzomatosa, da íamília das Gramineas. apresenta um colmo lenhoso: pode cultivada mas também c espontánea Cf. Dicionario da Lingua Portu°uesa pag. 12(). ser

Na

-

Azambuja. duas

courelas de vinha.

em

YaKerde confrontam no Juncal n° 801 a 808. (1468).

T., Convento de Sta Clara de Santarém. \ia90 12

-

A. N. T.

.

Embora não sendo directamente mencionado na toponimia. temos notícia da licen^a conccdida aos moradores de .Vlhantra e rermo. para cortarem -iunco" e madcira nas Lezínas de Vila Franea de Xira Histôria Florestal..., cd. por C. M. L, Bacta Neves, Vol. IV, Doc. 40. pág. 44. (1496); De facto, outras indica^ôes apontam para 0 crescimento desta planta neste tipo de terrenos na Lezíria da Toureira. o foreu-o tem metade da "jun^a" do conedoiro A. N. T. T., Convento de S. Dinis de Odivelas, LK'. 29, 11. 75, (1451); uma herdade. com seu juncal. surge mencionada em Pu^ao, Lezíria dos Francos'- Ibidem, Convento de Sta Clara delSantarém, \laco 5, n° 158. -

-

-

"

(1354). }}

Outros topommos. destmadas valverde

aîimentacão animal

a

U1. valderva112

e

amda.

-

identifícam

lameiros

terrenos

produ^ôes

e

panasqueiralu°. ferragial11 ".

bou^a

charneea113.

O junco e uma planta esponîânea, herbácea, alongada e flexível. da família das Juncáceas. que se desenvoKe nos meios aquáticos ou nos tenenos humidos ou alagadi^os Dicionário da Lingua Portuguesa.... pág. 1068. -

Em Alhandra. um casal de pâo. apresenta. entre outras confronta^ôes. a agua da 'fonte do vimiero"- Ibidem. Mosteiro de S. Vicente de Liv ^7 fl Fora, 2a Incorporacão, F V 28 e 28v.. 1460. *

O vimeiro é longos. finos 10

uma

planta lenhosa, pertencente å família das Salicáceas. Dicionário da Língua Portuguesa..., pág. 1864.

flexíveis

e

com

*

ramos

-

Em Alhandra. uma courela onde chamam a Espadaneira (perto de Subsena) \ N T. T., Mosteiro de Sta \laria de Alcoba^a. \ia90 35. n° 839. ( 1386) Maco ^5 n° 573. (1394): LK\ 183. fl. 206. ( 1410); \ia90 38. n° 919, (1443). -

Espontánca, -

esta

Dicionário da

planta herbácea, de folhas lmcares. desenvoK-e-se Língua Portuguesa.... pag. 742.

nos

meios

palustres

^Em AKerca. nomeia-se 0 casal das Tamargueiras A. N. T. T., Mosteiro de Santos o Novo, Cx. 17. \la90 1. n° 16, (1340); Cx. 16. \la90 2. n° 6. ( 1340): Cx 17 \laco V 1. n° 20. (1342); Cx. 16, \la90 2. n° 1,(1351). -

-

-

Este arbusto pertencente å família das Tamaricáceas lenhosas de flores pequenas e íruto capsular e espontáneo no Centro e Sul de Portugal Cf. Dicionário da Língua Portuguesa..., pág. 1713. -

-

-

Em Alhandra. na Quinta de A- do -fremoso. enumeram-se. entre outras. as herdades das "zevreiras"- A. N. T. T., \losteiro de Sta \laria de Chelas, Maco 58. n° 1144.

(1365).

Considerámos. conhecido

0

aqui 0 topônimo na acep^ão de zebro nome vulgar por que também é arbusto azevinheiro ou azevinho Cf. Dicionário da Lingua pág. 1895: A topomma actual conserva 0 nome Azibreira" Carta -

-

Portuguesa.., \lilitar de Portugal,

"

-

escaía 1 25 000.

106

'No Termo de AKerca, situa -se uma herdade chamada Mosteiro de Sta Maria de .\lc0ba9a, \Ia90 38. n° 919,

"

(1464). m

V.

as

notas 68

a

70 do

Cogumelal"(1443); \la90

A. N. T T 47. nc 1255

§ 1.2.

Exemplos idénticos são referidos na toponimia da BaLxa Idade Média A. H. de Oliveira Marques. Portugal na Crise..., pp. 103-104; Manuel SiKio .\lves Conde. lomar..., pág. 26. -

Trata-se de tenenos propícios ao crescimento de ervas panasco), dado o elevado grau de humidade dos solos: forma de pântano ou loda^al Dicionário da língua

plantas herbáceas ( caso do chegando mesmo a adquuir a Portuguesa..., pp. 1080 e 1331.

-

e

Uma única referéncia é feita para o termo de .Alenquer um lasar e uma vinha com olival siUiam-se no Fenegeal"- A. N. T. T., \losteiro de St^Maria de .\lc0ba9a, \la90 30, n° 756. (1387); Este topômmo mantem-se na actualidade Cf. Carta \Iilitar de Portugal, escala 1/25 000. -

seu

"

-

Nos campos de fenâ cuítKam-se cevada ou centeio, cortados em verde, para o e.xemplo dos coutos alcobacences Iria Gon^aKes. op. cit., pág. 96.

\reja-se

0

aado.

-

Em V'ila Franca de Xira situa-se um casal de VaKerde- A. N. T. T., Vlosteiro de S. Fora, 2a Incorporacão, \ia90 29. Doc. 44. (1501): No termo de Alenquer

\ icente de

34

E.

•Íloresta,,]

bem

se

o

processo

de

desbaste

da

*

acentue cada vez mais.

se

humana11-. igualmente como mata

seculos.

nestes

que.

116

matos11

e

assmala-se o 44. n 1 128.

favor das neeessidades de vivência

referéncias genérieas

anotam

se

em

espéeies vegetativas

a

.

de VaKerde-Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de AIcoba9a, \ia90 (1320). No termo da vúa de Azambuja refere-se a horta de Valverde bem de > : IWdem, Convento de"Sta Clara de Santarem. \Ia90 n( V 167. (1377) e \la90 12. n° 801 a 808, ( 1468).

lugar

î2?°n°Æ??r 12

VaKfî;de

No Termo de

AK;erca,

lagoa que

com a

.\lc0ba9a. \ia90 13

casal localiza-se em Valderva confrontando. enîre outros Adarse Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de

um

contra o caminho do

vai

-

36. n° 31. ( 1409).

Os documentos fomecem-nos duas

indica^ôes:

Na Ota.

no

vale do cavalinho

um

herdamento vai acima a chameca- Ibidem, \ia90 35. n° 833. ( 1325V a carta de coutada dos pauis. matas e ribeiras de Santarém menciona a "charneca que vav pera Fl0reslal-' ed' por C' VL L Baeta Xeves- Vo1- L Doc. 285 pp.

mA%(

1407fÔrÍa

O vocábulo charneca é

aqui

tomado no sentido do tipo de vegetacâo resultante da e muitas vezes destinada ao paitoreio Cf Orlando Mediterråneo--., pag. 51; tambem Pedro Gomes Barbosa. * Povoamento e Estrutura Agncola na Estremadura Central (Séc. XII a 132*)' LisDoa, 1992, pp. 29-30.

degrada^ao

da mata meditenanea

-

Pn~nt°^ §f °* Entenda-se

a

palavra

"smômmo de mata, de ^floresta', alias.

como

arbustos disseminados. A palavra substituida ou mato e macico

pag.

pelo

porjnaja

considerado'

-

A.

H.

de

termo

Cf. Nicole Devy Matas Medievais

e

nunca

de

de árvores e documentacão

maci^o

surge

na

designatrvo da arwre predommante no Marques. Portugal na Crise...,

Ohveira

101.

J5

bosque

"

Yareta. Para uma Geografía Histôrica da Floresta Portuguesa \s e a "Coutada Yelha" do Rei\ Revista da Faculdade de^Letras ™ L Port0-1985Para uma Geografía RP- 47 67: Idem, Histon^a da Floresta Portuguesa. Do Declimo das Matas MedievaLs a Poh'tica Floresîal do Renascimento ( Sec \V e XVI )". Revista da Faculdade de Letras Geosrafla, I Sene. Vol. I Porto. 1986, pp. 3 40 ; Hermann Lautensach. A Cobertura Vegetal" in Geografia de Portugal. por Orlando Ribeiro. Hermann Lautensach. e Suzanne Daveau. \oL H 1988. pp. 561-564; O. Ribeiro, O Manto Vegetal" in op. cit.. pá* 583: A. H _de Ohveira Marques. Portugal na Crise..., pp. 102 -103: Armindo de Sousa. "132d -1480 in op. ciL, pp. 322 327; C. M. L. Baeta Neves. Alguns dos Fnncipais .\spectos da Pohtica Florestal em Portuszai ate ao Seculo XVII" Separata dos Boletins do Instituto dos Produtos Florestaií 1980. pp. 1 6. -

-

uí°l r™! r?ene;XnL

"

-

-

"

-

"

"

-

-

16

Mais

uma vez

são

as

confronta^ôes

dos

prédios rústicos

que

nos

permitem detectar

algumas destas manchas florestais. Em AK'erca. uma herdade de pão no Vale dos Melros. confína com mata do rei A. N. T. T., Mosteiro de S. Vicente de Fora, "»a Incorpora^ão, \ia90 28. Doc. 8. (1410); Fazem-se men^ôes â "mata de AKerca" na Histona Florestal..., ed. por C. M. L. Baeta Neves, Vol. H. Doc. 116. pág. 48 81- (1450^ e aos monteiros da "mata de aKerca e temĸT' pag' ÍL Í3): D,0Q-' l49; Ibidem \ol fí. Doc. 521. pág. 169. (1470); bem como ao monteiro da mata da Ribeira de AK'erca Ibidem, Vol. 131 Doc. 238, pág. 91, (1486). -

"

,

Sô voltamos

indica^ôes ã medida que nos aproximamos de Ota Alenquer e claramente maioritárias as referências å mata da Ota" e ås "matas reais da montaria da Ota"- Histéria Florestal..., ed. por C. M. L Baeta Xeves Vol. I, Doc. 386. pág. 261, ( 1434;: Ibidem. Vol. II. (1439 -1481). Doc. 38 pág 26^ a

encontrar

Azambuja. Assim,

sao

"

35

Esta cobertura

eompleta-se.

espécies

paisagem.

na

maioritariamente.

ao consumo

da fíora

frequentes

vegetal.

com

-

assim. a

estas.

eereal. vinha

árvores de fruto

Num breve relance.

apresentámos

plantas

as

humano. Entre

mediterrânea

as mencoes a

que apenas

e a

e

culturas

podemos

\

em

tragos gerais.

cultivadas. oltam

destinadas

a marcar

presen^a

as

oliveira: sendo. também.

hortícolas."8

considerar que

reílecte.

paisagem

a

variedade do povoamento vegetal desta margem dtreita. Grosso modo.

(1440); Docs. 82. 83. 84, pag. 39 (1441); Doc. 119. pág. 49. (1443); Doc. 133 páo 76* íl450): Doc- 226- p^77- (145°)- Docs- 187- 188\ll' rr?:?åkDocs. 189 íoo44): 190 pag.D™ 79. 285. 286. pág. 87. (1451); Docs. 379. 380, (1430): : pag. 115 (1438); Docs. 430 a 433. pág. 131. (1462); Docs. 459. 461, 462. pag 144 0466)" Docs. 463, 465. 468. pag. 145. (1466): Doc. 493 e Doc. 496. pág. 158. (1468)- Doc' 340. pag. 183. (1472); Ibidem. Vol. III. Docs. 63 a 68. pág. 34. (1482)- Docs 70 71* pag. 33. (1482): Doc. 81. pag. 39. (1482); Docs. 89. 90. pag. 40. (1482)' Docs 94* pag. 41. (1482);Docs. 183 a 186, pag. 64 e 65. (1484); Doc. 298. pág 123 (1489V Ibidem. \ ol. IV Docs. 48. 49, pág. 56. (1496); Doc. 76. pág. 84. (1497): Docs. 78 a 81. pag. 83, (1497); Docs. 90, 91. pág. 94. (1497); Docs. 92. 93. pág 95 (1497)"h '

Doc, 119,

pág. 107, (1497). documenta^ão consultada

Na

encontramos. ainda. uma herdade na Coríe do Parido Mata \ elha. pertencente â Quintã de Ota A. N. T. T., \losteiro de Std Maria de .\Ic0ba9a, \ia90 30. n° 749, ( 1372); uma herdade em Valada que confronta com canetra da mata quc vai para .\zambuja Ibidem, Convento de Sta Clara de Santarém, \la90 10. n° 677, 678, (1305).

junto

com a

-

-

Este

de associa^âo arbustiva. resultante da degrada^ão da floresta primitiva. por humana. acyao pode apresentar se também. como sindnimo de outra situaeâo chaos que. ao deLxarem de ser agricultados, vão regressando â condi^ão pnmeira Farece-nos ser, pelo menos esse. o sentido de algumas refcrências que encontramos nos documentos:

tipo

-

.

-

Em Alverca. ou

lan^a-se pregâo

por outro foro

para quem

quiser

tomar "matos"

ou

campos de

sesmana

Ibidem, Mosteiro de Santos -o- Novo, Cx. 17, \ia90 1 n° (1389); dois peda^os de mato que jazem em mato. em bravio e em mortono -

Soveral Grande. sao entregues para serem transformados n 3 (1430); a Qumtã de Poverba inclui. entre outras

vinhas

17 no

Cx. 16. Maco 2 parcelas. os genéricos "matos" Ibĸieni, Convento de S. Dinis de Odivelas, Liv. 27. 11. 2. (1447); e os matos maninhosv Liv. 27 fl. 36. (1466); um chão que ora jaz em campo e mato mamnho por ser de muita pedra e necessitar de muito trabalho ( onde chamam A dos Potes) para por a melhor parte em vmha e. a pior. em ohval LK'. 27. fl. 14. (1475)- três peda^os de "matos" para transformar em vinha um na Portela Alva. outro na aldeia de A de Poverba. o terceiro acerca da Panasqueira Ijv. 27. 11. 38, ( 1477). Em .\lhandra. encontram- se matos" entre as vinhas do Mosteiro ( peno de Subsena) Ibidem, Mosteiro de Sí3 \laria de .\lc0ba9a. Liv. 183, fl. 206. (1410) e assim se mantem uns anos depois \la90 38, n° 919, (1443) e \la90 47, n° 1255. (1464) também um herdamento que ora esta em mato" e que deve ser em vmha \la90 5, n° 154, (1430). em

-

,

-

-

-

-

-

"

-

-

"

Referiremos

em

Capitulo prôprio

piantado

as

indica^ôes 36

relativas ãs

plantas alimentares.

-

desde Alverea Castanheira.

algumas aguas

as

searas.

eorrem.

aproximam-se

e

seu

termo.

eolinas do

pastos

e o

cuizento

eonstantes.

nos

chegamos

a

das vinhas

nas

e nos

Quando

dualidade de

polieultura intensa. desde florestais;

dos olivais. das

esta^ôes

Vila Franea. Povos

e

surgem matizadas do louro de

eores

menos

luminosas dos pomares. As quentes.

Yinhas

hortas

e

do rio.

cereal.

encontrar essa

por Alhandra.

eabe^os verdejantes

e

Nas lezírias

os

passando

terrenos da Ota

nos

aproximamos

aproveitamento do

cereais.

aos

eampos da borda do río.

Yalada. Porto de

cruza

-

se com os

tons que se entremeianL

mais

Vluge.

ao

: nos

planos elevados.

aproveitamento

eultivos da vinha

e

37

o

pão. E.

dos

a

uma

reeursos

dos eereais. Até que

quase ás portas de Santarém

persiste

crescem

da vila de Azambuja voltamos

ondeios das terras de

uma vez

Yila Nova da Rainha

espa^o

legumes. os

e

-

o vasto mar

para lá de todos estes

azul sobranceiro do

Tejo..

1.4 OS COMPONENTES FAUNTSTICOS

Sobre

os

possíveis habitantes faunísticos deste

pouco sabemos. Para lá de

vestígios toponímieos

partieipante

da

vida

'.

uma

natural rudez

são. elaramente.

humana.

pnmitiva. índieiada

nomes

de

uma

descortinamos

que

espa^o da beira rio.

entre

em

outra

as

diminutos

fauna. mais

nossas

fontes

documentais120.

Mansos cordeiros medram sob

vigilância

1:1. velozes

zelosa dos

cavalos

guardadores.

seus

1:: e

solta

a

robustos touros

pelos pastos.

1:\

e nas

0 wVale da serpe" é mencionado numa das conlronta^ôes de um prédio rústico perto da Granja de Ota A.N.T.T., Mosteiro de Sta \laria de .\lc0ba9a. ^la^o 33. n° 1. (1352). A documenta^âo refere. a propôsito de um anendamento, de uma das Cortes de .\lc0ba9a maLs precisamente. a do Parido sob a L.obeira 30. n° 749. -

-

Ibidem, \la90

(1372); Sobre a origem deste último topônimo levantam-se-nos algumas duvidas. considerando que ele pode apresentar significado diverso que ou aquele que ca^a lobos" ou "uma especie de tngo rijo"- Cf. Dicionário da "

-

Língua Portuguesa.... pág.

DesenvoKeremos,

em

Capitulo prôprio.

as

práticas relatKas â cria^âo de gado.

Em .\lverca são mencionados casais pertencentes ao condado. e entre eles 0 dos cordeiros de Aracena"- A. N. T. T., Mosteiro de Santos 0 Cx. 16 -Novo, \iaco 2 n° 1. (1351); \la90 4. n° 14. (1365); \la90 2. nc 4. (1380). "

.

-

'

Sobre São

vale do cavalinho.

0

na

Ota. V.

a

nota 1

13 do

§ 1.3.

espa^os das Lezírias, no termo da Azambuja. que guardam particularmente assim. a Lezina de "Corte da Vila" confronta pelo poente com 0 esteiro de Corte de Cavalos"- Ibidem.Convento de Sta Maria de Almoster Maeo 3 Cx. 8. n° 11. (1301). estes

os

topônimos

-

"

'

Este mamifero, da famíha dos Equídeos, Dicionário da Língua Portuguesa.... pág. 369 tem sido, desde tempos recuados. criado nos Cf SiKa teles, pastos taganos "Ribatejo" m op. cit., pp. 323-324; Orlando Ribeiro. Portugal O Mediterraneo..., pp. 88 e 156 157: A. H. de OlKeira Marques. Portugal na Críse..., pág. 108. -

-

-

-

"^Bastante frequentes

sao as referéncias a Leziria da Toureira sobretudo no cartôrio do Convento de S. Dinis de Odivelas que usufrui da sua posse individualmente, ou em partilha com Sf C^lara de Santarém V. a nota 87 do § 1.2 ,

-

.

As manadas destes bovinos. cuja bravoira é incontestada. caracterizam a paisagem A figura do campino é-lhe indissociável Orlando Ribeiro. op. cit., pág. 90; Amorim Girão. Ribatejo" in op. cit.. n. p. ; Raul Proen^a, Guia de Portugal..., w* FH

ribatejana.

-

"

329-331.

38

"

"cortes*,

ou

protegidos.

importâneia

da

cria^ão

agncolas

até venatôrios. vai

.

e.

eeonômiea do Reino.

1:1

Adoptámos.

no

de

em

gado.

espa^o

devido tempo. muitas

vezes em

ganhando

espeeífico

nos

do

"curraes"125.

confronto

eom

A crcsccntc

interesses

os

papel preponderante.

um

na

vida

Ribatejo126.

"

sigmfícado dc curral. malhada" Cf. Jose Pedro Machado. Dicionário Onomástico Etimolôgico..., Vol. II, pág. 237; tambem Dicionário da Língua Portuguesa.... pág. 487. Na

neste caso. o

-

documenta^âo

consultada. o topônimo torna-se particularmente visível á medida que apro.xunamos dos espa^os de Ota. Alenquer e Azambuja. No pnmeiro caso. detectamos várias cortes'" logo no Paul de Ota. onde se situa a Corte do Rossio em nos

"

todo

o fundo do paul Os foreiros devem "romper, lavrar e semear" a dita Corte. mas chama-se-lhes a aten^ão para que os gados nâo danifíquem as valas e abertas. nem que essas valas sejam portos de gados nem trilhamento deles"- A. N. T. T., \losteiro de Sta Maria de .\Ic0ba9a. \la90 86, (1439/40). .

"

Idênticas

recomenda^ôes se fazem aos foreiros que agricultam as restanles cortes desse Corte grande'* onde se mclui a do Parido e a do FreLxio c espa^o que esta aberta e cenada de vala. onde têm permissão para deixar todos os anos um quarto para pascieo de seus bois de lavoura. mas não de outro gado nem sempre no mesmo sítio. Outfa. íora desta vala. denominada Salgueiro do Covedo"- Ibidem, \la90 86. (1439) outras. "

-

"

ainda.

"

como

Fardilhão da Asna Brava".

a

Cadima.

a

do Faiano

-

\la9086, (1440). No Termo de Azambuja. encontramos Vila-Cf supra a nota 122.

as

já mencionadas Corte de Cavalos

e

Ibidem

Oorte da

125

Em Alhandra. na aldeia de Subsena. ou bem perto dela. a documenta^ão apresenta sinais da presen^a de cunaes destinados â cna^ão de gado, bem como espa^os especificos para pastagens. Vejam- se os exemplos segumtes: o Mosteiro empraza um casal na aldeia com duas casas e dois curraes, um junto ãs casas e outro junto a um pomar acuna da aldeia. E uma courela de herdade, ao cunal da sena. que confronta. entre outros. com montado"- Ibidem, \losteiro de Sta Maria de Liv. \lc0ba9a, 183. fl. 206. (1410); Mais tarde esse casal é novamente De novo sc refere emprazado. um curral junto as casas da aldeia. E contmua a mencionar-se a herdade de pão ao cunal da sena, conirontando agora com "ressio"- \la90 38, n° 919. (1443); Parece. no entanto, que com o passar do tempo 0 casal foi sofrendo alguns estragos. De facto um emprazamento postenor dá conta da existência de urna^" casa pequena. com seus pardieu-os e um cunal. na aldeia. E volta a mencionar a herdade de pão. que chamam 0 cunal da Sena, conímante com 0 rossio \la90 47. n° 1255, (1464). Do montado" micial não temos mais noticia... "

"

-

Lma informa^ao sobre a permanência dos animais no pasto. devidamente protcgidos, e assinalada na Lezíria da Toureira. Diz-se a esse propôsito que os dois foreiios'devem ter a pousada" e cunaes" de permeio Ibidem, Convento de S. Dinis de Odivelas, Liv.29.il. 75,(1451). "

"

-

126

Cf. A. H. de OlKeira

Marques. Portugal

na

39

Crise..., pág. 103.

Apanágio caca.

Não apenas

pela fonte

pelo seu aspecto lúdieo.

de proventos que ela

Pelos

calhandra129.

12~

do reino animal. não

ares.

eolovio1"'.

o

se

se

constitui12

melro131

sigmíicante

presenva da

mas.

eertamente

.

gaio132

e o

a

tâo do gosto senhorial.

volteiam. estridentes o

olvide

coloridos.

e

-

até que

a

-

a

verdelha12s.

rede do

a

passareiro13'

Ibidem. pp. 108-109.

Em AKerca. situam-se bens de um casal na "Verdelha"- A. N. T. T., Mosteiro de Santos o Novo, Cx. 17. \la90 1. n° 16 (1340): o topánimo desisna, hoje um lu«ar da freguesia de Yialonga Freguesias do Concelho de V'ila Franca de Xira'^in Boletim da Junta de Província do Ribatejo, n° 1, Anos de 1937 -1940. pág. 670. -

-

"

-

Por este nome também é designado o Yerdelhão. Esta ave amarelada, pertence å famiha dos Frineilideos: é muito Dicionário da Lingua Portuguesa..., pág. 1850.

canora.

de

frequente

plumagem em

verdePortuoal -Cí

No Termo de Alverca. â ribeira de Calhandriz A. N. T. T., Mosteiro de S Vicente de Fora, 2 a Incorporacão, Liv. 26. fl. 43, (1368): a freguesia de Calhandnz pertence hoje ao Concelho de Vila Franca de Xira 663. Freguesias..." in op. cit, -

"

pág.

-

Pássaro da famiha dos Alaudídeos. também conhecido por cotovia, laverca. É conhecida pelos seus dotes de cantora- Dicionário da Lingua Portuguesa..., pag. 320. "

Em

Alhandra.

refere-se a propôsito de herdades da quintã de A de Fremoso herdeiros dos cotovios*' A. N. T. T., \losteiro de Sta \laria de coníronta^ôes Chelas. \la90 58. n° 1 144. (1365); Como toponimo este chegou â actualidade como sc venfica na Carta Militar de Portugal. escala 1 25000. "

com

-

As cotovias apresentam uma plumagem castanha. com manchas escuras sobre um íundo que vana entre o einzento esbranqui^ado e 0 castanho-acinzentado. ( ) seu canto. muito melodioso. suscitou desde sempre a admira^ão de quem o ouve Portugal Natural. 1995. pág. 172. -

-

1

'Ainda

em Termo de .\lverca. no Yale dos \lelros A. N. T. T., \losteiro de Sta Maria de Chelas, \la90 28. Doc. 8. (1410); A toponimia acmal conseiva o nome Ados Melros na treguesia de .\lverca "Freguesias..." in op. cit, pág. 660. Esta ave pertence á família dos Turdídeos- Dicionário da -

"

-

pág.1184

apresenta plumagem preta

Língua Portuguesa....

bico amarelo-alaranjado. no caso dos machos. As femeas são castanhas escuras. com manchas mais cîaras na garganta e peito. O bico é castanho-amarelado. A sonoridade caractenstica do seu canto ecoa pelos bosques Cf. Portugal NaturaL... pag. 183. -

e

um

-

'

Em .\lverca, salientam-se de Santos o Novo. Cx. -

-

as

pe^as do gaio e a vinha do 2. n° 6. (1340).

gaio

-

A. N. T. T.

Mosteiro

16, \la90

Da íamília dos

Corvideos. c 0 seu membro mais vistoso. devido a plumasem eolorida: cor-de-rosa. peito garganta branca. bigode negro e dorso castanho-eseuro.Mas o que se destaca ncsta ave é 0 azul-celeste das asas e 0 seu grito. que ressoa durante quase todo o ano, \kaak. skaak'- V. Dicionario da Lingua Portuguesa..., pág 882 Portugal Natural..., pp.175 176. ventre

e

-

"

A título de e.xemplo. relembre-se a doa^ão da ribeira que vai ao longo do Tejo. desde a Porta do Sol ( Santarém) até å Tone do Porto de Muge. em 1466. a um cayador para íazer armadilhas e cevadoiros para ca^ar aves Cf. Histôria Florestal... ed por C \í L. Baeta Neves. Vol. II. Doc. 458. pág. 143. -

-10

ou as

garras do faleão lhes

gozando

as

sombras. nidifiea

A

noite

a

mesmo

traz

eonsigo

felinos

l.U

liberdade134;

a

de vida

por

em

folhagem.

entre a

vanedade de

uma enorme

outras

pleno dia.136

inevitável eortejo de

outro

um

aves.13'

Mas. por eerto.

ínseetivoros. roedores

e.

~

que deixam

.

um

.138

marcas

a

que dedieamos

-f .

evidentes da

sua

presen^a

-

restos

de

ninlio abandonado...

No espa^o. constante

chilreia

e

paisagem enehe-se. pois.

alimentos roidos.

uma

ponha côbro

E que. também

Sobre técnicas de ca^a

nos

as

a nossa

águas.

referiremos

em

dão

aten^ão.

guarida

a

presen^a

a uma imensa

aquieola

e

poalha de

Capitulo respectivo.

135

Atente-se na carta de V írtudes. em que se proibe

prKilégio

prior

írades do mosteiro de Santa Maria das passareiros que armam ás aves no campo de Yalada tomarem qualquer pomba pertencente ao pombal do Mosteiro. No entanto. esclarecese que a proibi^ão se refere a apenas poombas de pomball e nam em zeuras nem seLxas*- Histôria Florestal..., ed. C. \1. L. Baeta Neves. Yol. I. Doc. n° 155. por pp. 62- 63 (Novembro de 1469); a seLxa é uma variedade brava da famíha dos Columbideos. a que tambem pertencem a rola e a pomba Dicionário da Lingua Portuguesa..., pp. 432 e 1630. ao

e

aos

"

-

Quanto å perdiz.

da íamília dos Fasianídeos Dicionário da Lingua Portuguesa..., pág. 1374 assinalam-se coutadas em Santarém e Azambuja e seus termos Cí. respectrvamente Histôria FlorestaL... ed. por C. \í. L. Baeta Xeves Yol IL Doc. 608. pp. 205 207, (1479) e Doc. 625, 212. pág. (1481). ave

galmacea

-

-

-

-

!

36

Embora

fontes. mais uma vez não sejam suficientemente explicitas. parece-nos iníerír da presen^a de abelhas. quando nos poder surge o topommo Yale do C01I190. conirontando com um talho de herdade, no rossio que vai de Yila Nova contra a Ota A. N. T. T., \losteiro de Sta Maria de .\lc0ba9a, \Ia90 40. n° 991. as

hcito

-

(1429).

L'-

Já que

documenta^ão exemplos de mamiferos cacheiro. texugo, coelho, lebre, porco montês, raposa, fumha. geneta. urso. javah, entre outros indicados para espa^os agrarios semelhantes -Cf YĨanuel Sílvio a nossa

e

omissa nestes

casos.

Y.

os

-

ounco

-

.

Vlves Conde. O Médio

Tejo....

pp. 203. 209

216.

e

únicos colhidos na nossa documenta^ão : o "casal de mata coelhos". situado Alhandra c perten^a regia Chancelarias Portuguesas Chancelaria de D. Pedro I..., Doc, 912. pág. 421 : um casal de pão. acima de .\lhandra onde chamam a \loucheu-a A. N. T. T., \losteiro de S. Vicente de Fora, 2a Incorpora^ão, \laco 29. Doc. 45, (1463).

Exemplos

em

-

-

-

Recorde-se. também a Estremadura. bem como

de ca^ar porcos monteses e ursos na Comarca da Lezírias Histôria Florestal.... ed. por C. M L. Baeta Neves. Vol. I. Doc. 302, pp. 201- 202; e a referência ã tena do paul de Ota que. em 1486, ficou sendo coutada da Gama Banos. Histôria da para coelhos Ilenrique Administra^ão Pública em Portugal nos Séculos XII a XV, 2fl ed.Tomo VI, pag 55.

proibi^ão

os cervos nas

-

-

138

Para além do omnipresente notas 78 a 80 do § 1.2

nas

Tejo. recordem-se vários tipos de

.

41

cursos

de

água indicados

vivos.

organismos permitem

o

Regatos. ribeiros

e

rios139. lagoas.

eharcos

desenvolvimento. quer de animais. quer de plantas

pântanos14'.

e

eom

earaeterístieas

espeeifieas. Causa-nos, por

fa^am

de

eco

tão reduzido de

numero

muge14

apenas dois:

alguma estranheza.

isso.

e

balea são.

toponimos Iigados

aqui. utilizados

os

que

se

fauna piseíeola

a

para

doeumentos

baptizar

as

-

terras

ribeinnhas.

Dos dois referidos,

todos quantos tem estudado

problemas

de

Atrevemo

lado.

numa

região

espa^o

loealiza^ão142.

exacta

eontrário do que dá

o

-

segundo

o

nos a

peeuliar

também

lan^ar

onde

o

levantado imensos problemas

É

de Valada.

o seu

uma

entender. não estar

a

tem

ligado

que. para além dos

signifíeado não

sugestão: poderá ao

presumível

a

é bem elaro.

o nome

balea

.

ao

cetáceo? Por outro

cultivo de cereal necessita de eiras. amda que perto

ou

\\ naUireza do leito (arenoso, lamacento ou pedregoso). o grau de acidez ou pH. a nqueza em substâncias nutritKas (teor de minerais^dissoKidos) e a percentagem de ímpurezas... determinam as variedades de plantas e animais que se podem encontrar num dcterminado meio "Portugal Natural.... pág. 234. "...

plantas 1

ao

gra^as

penetrando Nome

e

na

estrume

água

-

espalhado pelos campos vizinhos

costumam

ser

animais'- Ibidem. pp. 234

vulgar

-

ricos

em

nutrientes,

235.

e

-

,

que vai.

aos

poucos,

portanto. tambem

enî

de

entre outros. por

peLxes teleosteos. da famiha dos Mugihdeos. também conhecidos. faîava. tainha...- Ci. Dicionario da Língíia Portuguesa..., pag. 1240.

O topônimo refere se â povoa^ão de Muge situada na margem esquerda. Para o nosso estudo apenas vamos considerar o Porto de Muge, este situado na margem dirciîa. -

Na

documenta^ão gue compulsámos, Balea. termo de

como

Santarém

é regra

geral que o topônimo seja identificado equrvalente Balea. Termo da V'Ja, ou Balea na prédios rústicos assinalados apresentam. entre outras

e o seu

\ alada. Nessas circunstâncias os conironta^ôes. o rio Tejo. o caminho de Meios. o Porto de Muge...

o

caminho da ponte

que vai para

nova

No entanto, em dois casos, a localiza^ão do topônimo na margem direita, deLxa de fazer sentido. quando se identificam bens. no dito lugar além do rio "na ballea"- A. N. T. T., Colegiada de S. Salvador de Santarém, \la90 2, n° 70, (1405); ou. além do rio, acima da Lagoa .\l\-a, termo da vila ( de Santarém), onde chamam a Balea Vlaco 7. n° -

226,(1440). 42

no

leito do rio

"baleio

proprias lezírias \ poderá

e nas

de

a vassoura

.

giesta. grande.

Sabendo-se eelebrar

Tejo pela abundância

o

alguns testemunhos

dessa natural

O tamanho

chamam Montalvo

registado pela peseadores

a

seu

144

1

1:5

116 14" 148

149

qualidade

riqueza.

da

de que

o

nunca

o no

é

a

maior

retiram das

mariscos

suas

águas...

se

grão?

eansa

de

apenas

no

Tejo ";hu

As dizimas que devem pagar

"

ostra.

-

e o

de

testemunha...145

pescado

A

regulamenta^ão

pescaria dos sáveis do Tejo e Zêzere*,14S. os

espigas

pescaria. relembrem-se

bordalos14".

e

adultera^âo

rei D.Dinis fez questão de deixar

geral146.

enguias

ser a

se varrem as

memôria dos homens

tabelião

que peseam eiros.

se

e

que

topônimo

peso. do admirável solho,

e

fatava. linguado. enguia'e hoje. ainda.

a

perto de Muia'". que

mão do

"eanieos dos eanais de

143

eomo

com

este

lamejinha

Os

e

pei.xes-

dos

"sável.

camarão"'149que

Ibidem, Convento de S. Dinis de Odivelas, Liv. 29. fl. 17. ( 1468). Cf. Dicionário da

Lingua Portuguesa.... pág.

Desenvolveremos.

a seu

Histôria

tempo.

Fiorestal..., ed.

as

caracteristicas da pesca íluvial.

por C. M. L. Baeta Neves, Vol. L Doc. 37,

Ibidem, Vol. I, Doc. 28. pp. 45

-

Frayão Camacho,

"

pág.

64.

51, (1309).

Ibidem. V'ol. IL Doc. 417, pp. 125-127, Clara

235.

A ponte sobre

(1462). o

43

rio

Tejo..." in

op. cit.

pág.

133.

(1321).

1.5APRESEXgAHUMANA

Nesta simbiose do rio uma

outra

consoante

presen^a

diversos factores

No que

inferir que

apelo

do homem.

a

-

as

se

e

É

refere

ao

Tejo

margens não

ele que

neeessidades.

características

suas

com as suas

e

o

em

respectivas

específícas

que

margens. não será difîcil

se

:

da presen^a

mu^ulmana

um

íbrte

acolhem.

de povoamento vão-se delineando da Pré

conquistadores romanos15

modtíiea

pretende viver15".

desde cedo constituem

âs eomunidades humanas que aí sucessivamente

Estratégias

apropria. altera.

se

espa^o

podemos ignorar

-

Histôria

aos

â vitôria deíinitiva dos

cristãos152.

Captar

os

ritmos dessa

ocupa^ão, durante

a

época

eontudo. extremamente difícil, através da documentaclo que

aqui tratada,

eompulsámos.

e.

Os

Cf. os problemas relativos ao estudo da ocupa^ão do espayo levantados por Jose An°el Garcia de Cortazar, Histôna Rural Medieval: Um Esquema de Anáhse F.strutural dos Seus Conteudos Atraves do Exemplo Hispano Cnstão" in op. cit, pp. 59-81. uma linha de pequenas eleva^ôes cone paralela ao rio. tendo permitido a dos pnmeiros habitantes em povoados defensivos nas encostas. ha cerca de 3000 anos atras Clara Frayao Camacho. A ponte sobre o no Tejo.. m op cit pag. 134 Vejam-se. igualmente. as sintéîicas mas esclarecedoras notas sobre o povoamento da margem direita, do Paleolitico a acmalidade. embora centrando as suas aten9oes sobre Castanheira do Ribatejo Rui Paneira. Inventano do Patnmomo e Construido do Concelho de Yila Franca de Xira Notícia da Parcela °P' c,t' PP'-77 9L V- tamhem os mformes fomecidos v lĩl por Carlos Fabião O Fassado proto- histonco e romano'" m Histôria de Portugal, dir. por Jose Mattoso' vol. I, coord. por Jose Mattoso. pp. 79 293. "

-

?'V°f fíxa^ao

"

-

"

"

-

.^uqueologico

-

Å

"

'

"

-

01iv'e«*a Marques. «w-^ Histona lí de 1? Portugal, dir. de Joel

"

Potencial Demográfico e Colomza^ão" in Nova Senão e A. H. de Ohveira Marques Yol U I ortugal das Invasôes Germânicas â Reconquista", coord. por A. H. de OlKeira 151; Também Cláudio Tones. Marques, pp. 137 O Garb Al \ndaluz" in Histona de Portugal, dir. por José Mattoso, Yol. I. coord. José Matloso pp 363 por -

"

"

-

-

44

-

nomes

que

lugares.

os

tabeliães lavram

ás aldeias.

interpreta^âo

as

nos

pergaminhos.

vilas

proprias

isenta de laeunas. E.

tanto

termos.

e

dos

no easo

nem

os

permitem

sempre

antropômmos.

referem

se

que

eomo

aos

uma

é ôbvio.

as

ditieuldades sâo acrescidas...

Com redobradas cautelas olhamos.

dispomos1"3. É por

exemplo.

as

que

âs que

fontes silenciam

podem indiciar tendéncias

dos séculos fínais da Idade Média.

No^oes

"crescimento"'. difíeilmente

assim.

colmatar eventuais lacunas

ocupaeão humana.1

~

podem. na

e

de

elementos de que

informa^ôes. Referimo-nos.

comportamentos demográficos "

como

ser

os

mobilidade,*. "estagna^ão".

objectivadas.

percep^ão do espa^o

e

eonheeer

a

a

fim de

permitir

realidade da

sua

dar-lhes

um

'"*

Organizar

signilieado.

tipo

outro

pois.

pareee-nos

os

ser

.

dados.

descontínuos.

eseassos e

de momento.

a

possível

e

tentar

abordagem155...

Sobre a nossa documenta^ão recorde-se a nota 51 do § 1.2 Tratando se de fontes avulsas, não tivemos, infehzmente, acesso a Tombos de Bens que nos senam de extrema utihdade. A nâo ser em duas situa^ôes: O Tombo das propnedades da Colegiada de Sf Iria de Santarem em 1436 A.N.T.T., Colegiada de St» Iria da Ribeira de Santarém. LKto n° 3; A Demarca^ão dos bens que o Mosteiro de S. Vicente de Fora possui na vila da Castanheira em 1473 Ibidem. Mosteiro de S. -

.

-

.

-

Yicente de Fora, 2a

Incorporacão, \la90 29,

Doc. 48

e

Doc. 49.

No que se refere aos dados demográficos para este periodo e â problemática em torno da sua utiiiza^ão Cf. A. H. de Oliveira Marques, Portugal na Crise..., pp. 15-19. V., tambem o já reíerido artigo de O. Ribeiro. Povoamento" in op. cit pp. 466 485. Relativamentc a estudos parcelares da demograíia medieva. os cuidados a ter no manustíamenlií ilos quantiiativos, C, SObiCUidu as pussivcis dileren^as regionak Vidê Maria João Yiolante Branco Marques da SiKa. Esgueira. A vida de uma aldeia do séc. XV, 1994, pág. 185 e muito particularmente a nota 182. "

-

.,

Yeja-se, por exemplo, o que foi feito para o Médio Tejo, no § 2.5 "Hierarquia de lugares centrais e polariza^âo sub- regional em fins da Idade Médía" por Manuel SíKio ,\lves Conde. O Médio Tejo.... \'oî. I. pp. 152 165. -

45

Antes

do séc. XIV



margem direita. foram sofrendo

quer

no

espa^o

podemos

e

em

núcleo habitado.

do terreno. erguem-se

fortifíeaeôes150;

quer

no seu

redor.

em seu

transformam-se varios

preocupam

alguns lugares desta

pnneipal

altera^oes.

Aproveitando eleva^ôes surgem

dizer que

aproveitar

os

aglomerados humanos15 hídricos

recursos

e

cujas popula^ôes

.

se

gerar actividades eeonômicas

diferenciadas.158

E neste contexto que

popula^ão vai

permanecer.

no

podemos destacar

alto do

monte

o caso

do Senhor da Boa

de

Povos159.

\lorte10°.

até

A

sua

cerca

Nos lugares de Povos. V'ila Franca. .\lhandra e Aherca Cf. Clara Fravão Camacho. A ponte sobre o no Tejo..." m op. cit. pág. 134. No sítio do Senhor da Boa Morte. sobranceiro a Poyos há vestigios de "íortifíca^ôes ainda visiveis no alto...muito embora nao se dLsponha ainda de dados arqueolôgicos para uma data^ão rigorosa. Porém. o desenvolvimento de um burgo no alto. cuja importância fica bem patente no íoral concedido em 1195 por D. Sancho I aos moradores do Castelo de Povos. relaciona- se com a crescente importância das fortifíca^ôes da linha do Tejo desde a Alta Idade Média. que está na base do desenvoKimento de X ila Franca e" sobretudo Alhandra e Alverca" Rui Paneira. Inventano do Patrimonio .\rqueologico e Construído do Concelho de Yila Franca de Xira. Notícia da Parcela 390 -~6" in Boletim Cultural 3. 1987 1988. pp. 100 101. -

.

"

-

-

Atente-se na importáncia desta margem do Tejo em séculos anteriores Mas o eLxo de todo o pais. desde a epoca de Afonso Henriques. e a via que vai de Lisboa ao Porto. por Santarém e Coimbra. Pôe em comunica^ãp as duas regiôes mais povoadas do país. o Entre Douro e Minho e a Estremadura. E a grande artéria por onde passam os homens e as mercadorias. o feLxe onde se concentram as trocas e os contactos"- José Mattoso, Identificav'ão de um Pais, Ensaio sobre as Origens de Portugal, 1096 1325, VoL H Composivão. 1991, pág. 189. "

-

-

-

"Na Idade Média destacam-se como vilas ribeinnhas do Teio Pôvoa de Santa Iria, Alverca. .\lhandra. V'ila Franca de Xira, Povos. Castanheira." Em cada vila. um porto com embarca^oes de trazer e levar passageiros e mercadorias, rio abaLxo. em direc^ão â capitaL no acima para Azambuja, Vila Nova da Rainha e Abrantes"- Clara Fravão ( amacho. "A poníe sobre o rio Tejo... "in op. cit. pág. 132. -

No século XHl de acordo com o imposto sobre os tabehães do remo, lan^ado por D. Dinis. verifíca-se que é anolado um tabehão nessa localidade. comparando-se assim a Sacavém. Sintra e .\rruda A. H. de OlKeira \íarques. A Popula^ão Portuguesa nos Fins do Século XHI" m Ensaios de Histôria \ledieval, 1980. pag. 64. No século XI\'. a Igreja de Sf Maria de Povos, juntamente com a capela de Soeiro Anes. e taxada em 350 hbras. e o comum dos seus ra^oeiros em 190 hbras. No total 540 libras. que a situam logo atrás de Sr3 \laria de Azambuja. de Sf \laria e S. Pedro de Porto de Môs V. o "Catáîogo de todas as Igrejas, Comendas e Mosteiros que havia nos Reinos de Portugal e .\lgarves. pelos .\nos de 1320 e 1321, com a Lota^âo de cada uma delas. .\no de 1746" in Fortunato de .\lmeida. Histôria da Igreja em Portugal. nova edi^âo. preparada c dingida por Damião Pei-cs. Vol. I\'. 1971, pp. 129 -130. "

-

-

46

do séc.XVI. altura

organiza

a

em

vida eeonômiea

desloca para

se

que

em

da

íun^ão

a

parte baixa áo do rio

proximidade

e

mesmo

de

monîe

e

outros aeessos

16!

necessanos.

Este declínio

lugar.

ate então.

parte integrante do

partir da segunda

a

para

plano

explica-se pela

metade de

inferior Povos

e

prôprio

seu

Quatrocentos.

redimensiona.

importáncia

creseente

ao

o

tenno

receber

espa-90

outro

um

Castanlieira. F, ela que.

a

-

de

de

carta

a

em

redor.

vila16\ relega

segundo

outras

funeionalidades163. Vila Franca. .Aîhandra

igualmente

eonhecer transforma^ôes.

e

Alverca.

nestes

erigindo-se

séculos tardo

-

â beira rio.

vao

medievos.

Cí. Ana C nstina C alais Freire dos Santos. Contributo Para o Estudo das Sepulniras Rupestres do Monte do Senhor da Boa Morte" in Boletim Cultural Cira 5 .1991 92. "

pág.

14.

"No séc. XVT. mercé do desenvoKimento das transa^ôes comerciais no no Tejo. deslocamento para a parte baLxa de Povos da popula^ão que habitava o monte. integrando um núcleo urbano bastante dinámico. dotado de um caLs fluvial (Cais de Povos) e atravessado pela estrada real'". placa grratôna entre Lisboa e a assistiu-se ao

"

Estremadura), "

o

hinterland

As anforas da villa

(

ribatejano

romana

e o

Alenîejo"- Carlos \lanuei dos Santos Banha

de Povos" in Boletim Culturai Cira

53.

5, 1991 91 •!!•-pp s*>

-

162 '

1

D. Alonso V concede a aldcia e lugar da Caslanheira ídentica a viia de Povos"- Cf. a nota 92 do § 1.3.

a

carta

dc vila

"

com

jurisdicáo

63

Em 1455, na vila da Castanheira. exerce clínica um cirurgiâo; o que pareee atestar, de alguma forma a unportáncia atingida entretanto por este núcleo populacional Iria Gon^alves, Fisicos e Cirurgiôes Quatrocentistas. .\s Cartas de Exame" in Imagens do Mundo Medieval. 1988. Apêndice IL pag. 37 e \iapa da pág. 22. A imoortáncia da Castanheira veníica-se ainda na constante men^âo á rede viária que lhe permitia estabelecer contactos com outros centros habitados. da Estremadura, e nao sô. Yeja-se o exemplo colhido em Femâo Lopes, a propôsito do percurso seguido pelo Vlestre de Avis que. ao partir de Almada e. depois de juntar aîguns homens. ftbi esse dia dormuaa Castanheira a uma legua de Alenquer Femâo Lopes. Cronica Del Rei Dom Joham I..., Parte Primeira. pág. 91: sendo possível referir que da capitai. também se podia tomar o cammho junto ao no Tejo. mdo por Sacavém. .Mverca e Castanheira pela actual Estrada Nacional n° 10. segumdo depois para Alenquer pelo que e hoje a hstrada Ncionai n° 1. passando pelo Canegado. A cerca de 1,5 Km do Carreaado ínílectia-se. pela presente Estrada Nacional n° 9, para Alenquer. Passava-se assim pela estrada púbhca da Castanheira para Alenquer (subhnhado nosso), a qual atravessava o vale do canegado pela ponte da Couraca. ainda hoie persistente na toponimia" José Pedro Feno. .\lenquer Medieval (Séculos XII XVr) Subsídios para o seu Fstudo 1996. pág. 197. -

"

"

-

"

-

-

47

No se

transformando

primetro num

easo. o

núeleo165

Relativamente

a

proximidade

cidade.

povoar

séculos

os

No séc. XIV

o

lugar

e

matagais. vai-

.Alhandra.

lugar

poder supôr

do termo de Lisboa

que

o seu assento

freguesia

ou

primitivo não se

rio.166

do

Data de 1203 Lisboa. Durante

cheio de silvas

de características marcadamente medievais.

de S. Joâo de Alhandra. parece-nos

afasta da

lugar inicial164

o

Foral que lhe é concedido por D. Soeiro.

seguintes

continua perten^a dos

de Alhandra. aumentando

que outros de fora. que ai

quiserem viver,

o

a

preocupa^ão

número de moradores.

tenham

de

.Arcebispos daquela

documento assinala claramente

um

bispo

autoriza^ão

do

em

possibilitando

bispo

para

esse

efeito.168

"

Sem querer cohdir com os esnados que pretendem discutir a localiza^ao dos topônimos V'ila Franca" e \Xira ( Cira)". relembremos "

"

e

ídentifíca^ão

apenas uma possivel A funda^âo primitKa de Yila Franca ínterpreta^ão suponho que seria ai pelas almras da Barroca de Cima que nessa época ficava como dizemos hoje. á beira do rio. quase encravada no extenso e vigoroso bosque que se devia erguer por todo o vale de Santa Sofia. Dai seguia o rio, numa pequena curva por trás do Serrado. ã Nova Colônia e ia cobrir quase toda a actual vila de Alhandra. Da esquerda ficavam-lhe as Lezirias... Da direita a beleza da vegeta^ão sem cultura vindo terminar na linha de água"- Lino de Maeedo. Antiguidades do Moderno Concelho de Vila Franca de Xira, 2aed., 1992, pág. 12. "

-

"

O núcleo antigo de Vila Franca de .Xira e passível reconhecer- se na cidade actual lFoi a rua direita ( hqje Rua Dr. Miguel Bombarda) que constituiu o eLxo de onde partiam as ruas secundárias em direc^ão ao vale de Santa Sofia a Lisboa e a Povos. Essa malha urbana mclui a Barroca. a Rua Gomes Freire e a Rua dos Loureiros" O Concelho em que Vivemos, 1991, pág. 1 7. Refira-se também a concessâo de foral aos moradores e povoadores de vila franca de xira e de seu termo", em 1212. por D. Froila Ermiges representativo da necessidade de a vários niveis, de todo organiza^ão, este espa^o Cf. a tradu^ão proposta por Maria Fihpa de Meneses Cordeiro. Foral de Vila Franca de Xira 1212" in Boletim Cultural n° 1, 1985. pp. 157 159. -

-

"l

"

-

-

-

,

■'Situada numa planície na margem dircita do Tejo. faz parle de um montc denominado Casteîo". onde se encontra a Igreja Matríz" Freguesias do Concelho de Yila Franca de Xira" in Boletim da Junta de Província do Ribatejo, nc 1. Anos de "

"

-

1937

-

Clara 8

1940, pág. 657.

Frayao Camacho.

"

De Alverca â Castanheira ..." in op. cit.

A. N. T. T., Mosteiro de Sta \laria de

Chelas, \la90 48

pág.

62. n° 1226,

103.

(1393).

Mais do que a

documenta^âo

facto.

.

e

iugar de .Alhandra169.

pareee eonferir

eneontramos

Subserra

ao

unidades de

a

instala^ão

dos

a

seu

Alverca.

o

ver

quintas1

como

agricultadas

em

e

'Se bem que

ao seu

neste

termo que

crescimento !

e

De

periodo.

casais:

como

:que

os

rendosas...

acidentado do terreno mais

povoadores.1

seus

territôrio. aldeias

explora^ao agrícola

respectivos proprietários pretendem Quanto

protagonismo

um creseente

espalhadas pelo

é sobretudo

a

uma vez

proximidade

A vigairana da Igreja de .Alhandra é taxada em 30 hbras Bispado de Lisboa em que se mtegra é extremamente reduzidoIgrejas..." m op. cit.. pág. 128.

o

.

"

que

no

determina

do

no

seja

conjunto do

Caíalogo de Todas

as

E possivel detectar foreiros moradores na aldeia de "so a sena"- A. N. T. T., \losteiro de Sta \laria de \lc0ba9a. Liv. 183. fl. 206. (1410) ; e bens de institui^ôes rehgiosas nela situados Ibidem, \losteiro de Sta Maria de Chelas, \la90 60, n° 1 183, (1395); Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de .\lc0ba9a, \la90 62, n° 14, ( 1410) e \la90 47. n° 1255. (1464). Cmzando desta aiguma informa^ão é possivel saber quc na aldeia além das casas e pardieiros (algumas apresentam casa dianteira. celeiro. cozinha. palheiro. alpendre). existem cunais. um pomar acima da aldeia junto com o rocio. uma íonte, e parcelas de cultivos variados, hortas inclusrvé Ibidem, Liv 183 fl 206. (1410) e \la90 38. n° 919. (1443). -

-

Relativamente å identificayão deste tipo explora^ão agricola V. .\lberto Sampaio. vilas do Norte de Portugal ". Yol. I de Estudos Histôricos e Econômicos. 1979 pp -74: Ina Gon^alves. O Patrimônio.... pp. 177 180; A. H. de OlKeira

Portugal

\s 7^

\larques

-

na

"

Crise..., pp. 76- 80.

Na documentayão encontramos referéncias a várias qumtas: qumtã do murtal aeima de Alhandra- A. N. T. T., Mosteiro de S. Vicentc de Fora, 2a Incorporac^o. \la90 29. Doc. 43. (1463); quinta de A-do Fremoso Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de Chelas. \la90 58. n° 1144. (1365): \Ia90 55. n° 1093. (1368); \Ia90 31. n° 619. (1407); \la90 2. n° 31, (1447); qumta do Alamo ( que é a par da Igreja de S. João de Aihandra) Ibidem. \la90 52. n° 1024. ( 1385); \la90 62, n° 1228; (1414) e \la90 48. n° 993 (1414): em Subsena situa-se a quinta que pertenceu a Sancha Eanes \lana Filomena Andrade, O Mosteiro de Chelas..., pág. 78 e pág. 80 nota 157. -

-

-

-

"Sobre

estrutura do casal

Iria Gon^alves. Media", Histôria e Crítica, n° 7, pp. 60 Portugal na Crise..., pp. 76 e 79 -80. a

"

-

-

Da estrutura do casal nos finais da Idade 72; também A. H. de Oliveira Marques

Citem-se por exempîo: 0 casal da \loucheira, perto da quintâ de A dc Fremoso- A. N. T. T., Mosteiro de S.Vicente de Fora, 2a Incorpora^ão. Liv. 26. fl. 32,( 1369); o casal em Ade Bulhaeo- Ibidem, Convento de S. Dinis de Odivelas, Liv. 19, 11. 42 v e 43. (1455): um casal chamado do Fiwe Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de Chelas, \la90 23, n° 451 e 452, (1365); um casal em Subsena Ibidem, \losteiro de Sta Maria de .\lc0ba9a \la90 35, n° 839. (1386). -

-

"

Foi na colina onde hoje se enconUa .\lverca. do qual restam ainda Concelho..., pág. 10.

de

igreja que se hoje Nestígios a

49

instalou o primitKo aglomerado da muralha do Castelo"- ()

fiindamental. por terrestres

certo a sua

fundamentais

Subindo

periodo. Alenquer

primetro.

o

que

tenno, sobretudo

da Ota

e

já o

localizaclo

na

vida do

o

rio.

reino1 4.

Nâo eabe

que mais

aproxima

se

determinante.

destaeáveis

presente estudo

no

do

ser

lugares

como

feito1

exeelentemente

esta

espaeo concorrido. cruzado por vias

nâo deixa de

eneontramos.

Azambuja.

e

num

'\

mas

neste

particularizar

detenhamo-nos

pelo

Tejo. .\i devemos salientar

o

seu

o couto

Vila Nova da Rainha.

Doados

aos

monges de

em

fertilíssimas

os

terrenos

alagadi^os da Ota1 6,

Alcoba^a. aqueles

Apesar de

dentro dos avultados bens da abadia, ela

lhe perteneer). construir

nesse

1 1 89. por D.Sancho L

foram-se transformando. mercê do

de eultivo.

terras

em

espaco

se

permitiu.

uma

eonstituir

uma

até 1472

(data

seu

pareela em

esfor^o. menor

.

que deixa de

explora^ão agrícola signifíeativa.

se

Durante a ocupa^ao romana o acesso a via que ligava Scalabis a Olisipo passava por Alverca: "Julga-se que onde hoje está Alverca a via se bifurcava segumdo pela varzea de \ íalonga para Santo Antão do Tojal e Loures e derivando um seu ramaL junto ao no. na direc^ão da actual Pôvoa de Santa Iria. A prôpria AK'erca pode ter sido. já na altura um ponto de reíerência importante, como pequena eleva^âo sittiada numa encruzilhada de caminhos" Rui Paneira. Que fazer desta Memôria?..." in op. cit pag.117. Para a Barxa Idade Média tomem-se os exemplos colhidos na nossa documenta^ao: um casal em Yalderva conironta. entre outros. com estrada pubhca de Lisboa para Santarém A. N. T. T., \losteiro de St3 Maria de .\Ic0ba9a \ia90 V, n 31 (1409 1410) ; uma vmha e herdade, no SoveraL confronta com caminho e estrada que yai para Santarem Ibidem, Liv. 5. fl. 16. (1411); herdades de pao e courelas de vmha genencamente, confrontam com rio da SiKeira a vila de \Kerca e com estrada que vai para Lisboa Ibidem, \Ia90 25. n° 584, ( 1424): um châo em Ados Potes. termo da vila de .\lverca entesta do levante com estrada que vai para lt>09ellas Ibidem. Convento de S. Dinis de Odivelas. Liv. 27. fol. 14. (1475) um pedaco de mato. no termo da mesma vila, confronta, entre outros. com carrinho cmc vem de A dc Poverba para a dita Portela ( Fortela Alva) e com cstrada pubhca que vai de ,\Kerca para "Vila Longa" ( Yialonga)- Ibidem, fol. 38, (1477). "

-

-

-

-

-

-

Rcaíume-sc

a

importáncia

da análise de João Pedro Fcno cit.

na

nota 1 56 do

parágrafo. 6

Sobre

as

características deste couto

-

Iria

Gon^aKes. 50

O

Patrimônio..., pp. 401

prcscntc -

404.

bem que

termos

em

.

populacionais.

não

tenha aí estabelecido nenhuma

se

"

de

povoa^ão digna

registo.

'

\ ila Nova da Rainha. por

facto de

ao

ligacao

a

ser

o

Alenquer. possibilitando-lhe Azambuja. da

sequência

na

Coroa. por

este

"

Afonso. seu

espa^o. parece eomo

importáncia

de quatrocentos.

e

a

os

atestar-se

vastos

se

que

ou.

o seu

importâneia

a sua

desembarque.

e

com

especial

flamengo

Raolino.

Tejo.178

Vila Franca". doada

exemplo.

por

pode

Igreja matriz182.

sua

o acesso ao

recebe

poder .

"

parece dever

embarque

claramente

termo. que se tomam

trezentos

a

pnmitiva

Mas são. certamente.

A

sobre

a

Reconquista".

membros da família reaî

pelo

porto de

principal

sua vez.

foral na

em

ao

L2001"9.

doa^ão

O interesse da

de terras. ai situadas.

por D.Afonso III

a sua

das lezírias que

plainos

a

fílha Leonor se

estendem

apelativos181...

eleva

a

vila

.

no

decurso das eenttirias de

apenas entrever-se através da taxa que recai

pelo

número de besteiros que

se

podem



arrolar183.

No entanto, os moradores do couto justifícam a exisîência de um templo A Igreja de S. Bartolomeu de Ota Cf. Catálogo de Todas as Igrejas..." in op. cit. pág. 130. As diíiculdades em povoar este espa^o parecem bem patentes na carta régia que pnviiegia os que íorem para a Ota morar e lavrar A. N. T. T., C. R. Mostefro de Sta Maria de Alcobaca, Doc. Reais. \la90 4. n° 22. (1366). -

"

-

-

sCf.

o

que foi dito nas notas 17 pp. 205 -206.

Medieval...,

J. Pedro Feno, op. cit,

pág.

e

29 do $ 1.1: V. ainda J. Pedro Feno. Alenquer

75.

veio a doar ao Mosteiro de Santa Cîara de Santarem posteriormentc A. N. T.T., Convento de Sta Clara de Santarem. \la90 12, n° 895 896. (1320). Cf. também Maria Rosa F. Maneu-os. op. cit, pp. 82 -83.

Que

esta

-

-

'

Recorde-se

o

Azambuja

Cf.

\\

Igreja ra^oeiros

-

que dLssemos sobre nota 87 do § 1.2.

de SF Maria de em

470.

as

Azambuja perfazendo um total

Lezírias anoladas.

neste

período.

no

Termo de

é taxada em 500 libras e o comum dos seus de 970 libras. o que a coloca destacada entre as 51

Mas não devemos esqueeer que é i

a

que

apenas



por esteiros

vila

a

.

respectivo termo).

o

priv ilegiada. Azambuja

eneontra-se.

de

mesmo

até

Santarém185

distantes:

que ha

rreino de

no

eelebrada Santarém Esse espa^o. que

arvoredo. que

se

o

do rio.

o

Tejo.

em

direc^ão

e

se

que a

que

insereve (não

tomam

realmente

espa^o que lhe garante faeilidades

núeleos.

signiíieativamente

rio domina

a

em

se

que

hua das

eneontrar

enehe-se de

.

confundem mais alem

Porto dc Môs cit. pp. 129-130.

"

a

gramdes

mais abastada de todos

não voltamos

Igrejas dc

num

outros

com

Portugall. .

pois.

em

niais

Lisboa.186

e

Beirando

rede viária

eompletada pela

também

como

eomuniea^ão.

localiza^ão. proxima

1 84



hga

se

a sua

nas

inclui

melhores villas

mantiimenîos"ls~.

povoa^ôes dignas desse

a

nome.

parcelas cultivadas. de manchas

de

dobras da adema...

k-

e

Catálogo

dc Todas

"

as

Igrejas

in op

53

Os dez besteiros ai contabilizados, colocam-na a par de locahdades como Cantanhede. Colares, Lourinhâ. Porém. em numero infeiior. aos indicados para V'ila Franca.

Castanheira e Povos quinze; para .\lenquer vinte e cinco; e muito aíastada de Santarém cem e de Lisboa trezentos. Este rol dos besteiros do conto da Estremadura. de 1421-22. é devidamente anaiisado por José Pedro Feno. Alenquer Medieval..., pp. 82-84, de onde retiramos os números apresentados. -

-

-

-

g

Por exemplo o esteiro de Corte de Cavalos Almoster. \ia90 3. Cx. 8. n° 12. ( 1268).

-

A. N. T.

T., Convento de Sta \laria de

\\s conlronta^ôes dos prédios

rusticos e urbanos permitem-nos recolher alnuns vinha situa-se além da conedoira acima do caminho de propôsito: umas casas locahzam-se na Rua Direita Ibidem, Convento de St3 Clara de Santarém, \la90 5, n° 158. ( 1354); e as referências esmiuyam-se : estrada do concelho. caminho público do concelho. azinhaga do concelho Ibidem, Maco 1 1 n° 713-714. (1440) e \la90 12, n° 801 a n° 808. (1468).

elementos Santarém:

a este

uma

-

-

'

Na

viagem de Odivelas para Almoster, em 1532, Dom Edmc de Sauîieu não faz do que repetir o trajecto usuaí dos antecedentes caminheiros medievos. E depois de Tojal Alverca .Alhandra, dirigem-se para Yila Nova da Rainha: "ou nous cspérions coucher. Nous cherchámes des écuries sans en trouver. D nous fallut donc aller å Azambuja. Dans tout le village, nous ne pûmes avoir que deux hts sur le sol. â la mode du pays"- Frêre Claudc dc BronsevaL Peregrinatio...,Tomc H, pág. 409 c Tomc L Mapa da pág. 388. sua

mais

.

Fernao

Lopes.

Cronica Del Rei Dom Joham 1...., Parte Primeira, 52

pág. 111.

Porío de

\Iuge

A naturaî

importância

e

Vaîada

merecem-nos.

contudo.

umas

breves

refereneias.

funcionalidade de

A

\alada

de

populacional a

pertenceníes dos

-

A

embora dê

segunda.

vulto191

nestes

existência de a

primeiro liga-se

de pessoas

quase até ás portas da

-

perceber

circulacâo188

do

o

bens.

nome

vila190.

não

entre as

ao

se

duas

constitui

.

rei193.

e ao

Bogalho196.

do

ou

garantir

a

margens.

espa^o rural

múltiplos lagares (parceiros

Malpiea195.

faeto de

campo de

-

como

aglomerado

séculos. As fontes que utilizamos

particulares eeîesiasîicos.

Chavôes194. de

e

ao

não

A referência

a

do Dr. \lartim

de

pennitem

vinhas192)

várias

quintas

Docem19".

do

faz eco das indica^ôes feitas aos foreiros para levarem as rendas å barca de Porto de \luge. Apenas dois exemplos: A. N. T. T., Convento de Sta Maria de Aimoster. \Ia90 3. Cx. 8. n° 25. (1379): Ibidem, Mosteiro de Sta \laria de Chelas, \la90 78. n° 1557, (1479). De acordo com o IKto dos Bens de D. Afonso V na Comarca de Santarém. 0 rei tinha os direitos das barcas de passagem do porto de Muge e do de Escarupim ( SaKaîena). devendo cada proprieîário' do campo dc \ alada pagar "seis alqueires de pão meado para a barca do porto de \lugc" Cf. Maria Angela V da Rocha Beu-ante. op. cit, pág. 240. Recorde-se o que deixamos dito na nota 31 do § 1.1

documenta^âo

respectivas

"

-

.

Cf.

0

que deixámos dito

na nota

67 do

§

1.2

.

0

Do baino do Pereiro. no extremo sul da vila. a partir da Porta de Yalada. sai a ealyada do mesmo nome que "passando pela venente norte do actual Outeiro da Forca. descrevia apro.ximadamente um ãngulo recto na direc^ãp N-S-W. dirigmdo-se ao rossio de V'alada â Omnia e Ponte da Asseca"- Maria Ângela V. da^Rocha Beirante Santarém Quinhentista 1981. pp. 91- 92.

O histonal da pp. 476-480. O

procurou fazê-lo J. Leite de Vasconceíos. op. cit, Vol. EDL da data proposta de 1331. para inicio do povoamento de Valada. e outras achegas. podem ser encontradas em Mário Paulo Martins Viana. Os Vinhedos..., nota 5 âa pág. 21.

povoa^âo recuo

2

Sobre a inser^ão pp. 100-101. De entre N T. T.,

espacial

dos

lagares de

Valada

-

Mário Paulo Martins Viana. op. cit,

docum.eníacão registamos: lagar que foi de Louren^o Gon^alves A. Colegiada de St° Estevão do Stmo. \íiîagre de Santarem, \ia90 2. n° 75. (1414); lagar do Mosíeiro de S. Domingos de Santarém lbidem, Convento de S. Domingos de Lisboa Timlos das fazendas de Pedro Afonso Mealha em Santarém. Termo, Outros de Fazenda em Almada Tomo 2 (livro 8), n° 5 (67). (1428); íagar de D. Pedro Ihidem, Colegiada de Sta Maria de Alcácova Maco 18. doc. 385. (1418). a nossa

-

-

-

"

Situada

com sua

aquém da ponte de Sf Ana com assentamento de casas grandes e sobradadas. Adema matos .árvores. tenas grandes. pauî e seu pomar com árvores e vinhã 53

Judeu

\ de

eampo: bem

Igreja

Pero

Caramos199.

eomo a

régios

paeos

de Sr3 Maria de

de Martim de

-

os

me

espa^o. Mas não

paeos de D.

a

e

e

-

edifícios

Baptista203

fertilidade das

calcorreiam ínfinita

nos

Pedro201

Valada*u'\ Igreja de S. Joâo

Pedro"(M. permitem-nos perceber que muítos ioreiros

Coíheiros200- espaíhadas peio

muitas

terras é

vezes

e

a

seu

religiosos

-

Ermida de S.

multipartilhada:

que

penosamenîe.

seu

parecem elementos suficientes para estimar.

com

o

rigor.

o

quantitativo dessa real ocupa^ão.

e

grande paul

-

Ibidem, Colegiada de St° Estevão do Stmo. Milagre de Santarém ígreja \Ia90 3. n° 137, fl. 34v, (1474°?).

Tombo de Bens pertencentes ã 195

l'ma quinîå dc pâo e vinho, com sua casa c lasar dc vinho Salvador de Santarem. \ia90 2. n° 79. ( 1409).

-

Ibidem, Colegiada de S

:%

Arquivo Distritaí de Santarém, Convento de Sta Clara de Santarém Gav 3 n°" (1450).

[■■)

Três estis de herdade. em Valada. no lugar que chamam "a Rancosa" ( acmal Arrancosa). acerca âa quintã do doutor Martim Docem A. N. T. T., Convento de Sta Clara de Santarém. \ia90 5. n° 143. (1425). -

i9H

A quintâ surge-nos sob a designa^ão que "foy do Judeu" e que chamam "do Judeu" Ibidem, \losteiro de Sta Maria de Cheias. \ia90 17. nc 327. (1357) e \Ia90 40. nc -

794.

(1424) respectivamente.

199

O Convento de S. Salvador de Lisboa por testamento de \lestre .\ntoninho. entra na posse da qutntã. Ao emprazá-ia. refere-se a e.xistência de um pa^o. lagares. vinha e herdade de pâo. no lugar que chamam A de Pero Caramos. termo de Santarem. e uma almuinha. Postenormente 0 Convento envoKe-se em demanda com os foreiros que tmham derxado danifícar bastante a quintã e deviam pagamentos passados" Ibidem Convento de S. Salvador de Lisboa. Cx. 8. n° 4Î4( 16). (1388)- n° 410 (1^1)' J' "

-

(1400); n°409(150).(1418);n°412 (62). (1430).

Lm outro documento refere. a propôsito de um anendamento de uma herdade carva" que esta entesta na vinha "da Tone" que foi de Pero Caramos Ibidem, Cx 8 n° 407 "

-

(98), (1414).

Ibidem, Mosteiro de Sía Maria de Chelas. \Ia90 45. n° 889. (1470); \iartim CaIheiros"como a designa Maria Fiiomena Andrade op. cit, -

ou

qumíã

nota

3 da

"

de

pág.

Refere se a proposito da doa^ão. a Beatriz Dias, criada do rei. da lezína a que chamam do galego que he em termo de santarem a soo os meus paa^os de ualada"Chancelarias Portuguesas D. Pedro I..., Doc. n° 999. pág. 468. -

"

-

t02A.

N. T. T., Mosteiro de Sta \laria de n° 1143. (1439); LK.15. fl. 373ve 374.

.\Ic0ba9a Maco 35.

n° 2.

45 (1382); \laco V

D. Dinis mandou ediíicar esta igreja. sufragânea â de St° Estêvão de Lisboa. na "herdade apphcada aos pobres de Lisboa sita no termo de V'alada"- Ibidem, Colegiada de St° Estevão de Alfama Maco 14. n° 261. (1311) e Maco 11. n°219 (1316) "

54

No espaco desta margem direita desenvolvem-se.

povoamento humano que

interesses polítieo mesmo

mais

espaevr"

ou menos

fomes

e

-

as

condicôes eeonômieas.

as

vias

nueieos

pois. de

acesso

e

administrativos benefíciam. Mas. nâo esque^amos. que

se

toma.

um ímenso

eíclicamente.

nos

paleo206

sées. XIV

dos dramas

XV. afeetam

e

mais

punjentes

homens

os

-

de

os

este

que.

pestes:c'\

guerras208. E apesar de todos

forma mais

parece-nos eonsolida

ou

ser

na

menos

intensa209.

esses

núcleos

os

possível deseortinar

eentúria

gravosos a

problemas que

terem

temos

nos

atingido.

vindo

progressiva hierarquiza^ão

uma

a

de

refenr.

que

se

seguinte.

Recorrendo ãs que Vila Franea de Xira

informa^ôes

assume uma

do Numeramento de

posi^ão

de

destaque

neste

152721" verifíca-se eonjunto das vilas

Ibidem, Mosteiro de Sta Clara de Santarém, \ia90 9, nc 549. Rela^ão antiga das que as religiosas deste Convento de Sr3 Cîara de Santarem. têm no Campo de \ alada e no reguengo do mesmo campo. ( séc. X\' ?). tenas

\ ejam-se os tra^os gerais apontados para a Estremadura neste período Hemuma \ asconcelos Yilar. A Vivência da Morte no Portugal Medieval. \ Estremadura Portuguesa ( 1300 a 1500), 1995. pp. 34- 41. -

6

A

proposito

damíicados

Santarém,

dos bens da

"

das per 4. n° 179. \la90 azo

da qumta da Malpica diz-se que estes estão muito A. N. T. T., Colegiada de S. Salvador de guenas"

Capela

-

( 1406).

Cí. a hstagem de pestes ocorridas no Reino de Portugal nestes seculos A. H. de Ohveira Marques. Portugal na Crise..., pág. 21: Também a listagem postenor a 1477 Maria José Pimenta Feno Tavares. Os Judeus em Portugal no Século XV Vol I 1982, pág. 425. -

-

^Guenas intemas. invasôes castelhanas e outros conflitos A. H. de Ohveira \larques. Portugal na Crise..., pág. 32; O rol das crises alimentares Idem, Introduvão â Histôria da Agricultura em Portugal. 3a ed., 1978, pp. 257 281: c Idem, Portugal na Crise..., pãg. 30. -

-

-

Vejam-se as referências ao testemunhos indKidualizados de despovoamentos em Aveiras de Cima ( Azambuja) e Aipiiate ( V'ila Franca de Xira) citados por A. H de Ohveira Marques, Portugal na Crise pp. 28 -29. ...,

'

-l

Povoa^ão da Estremadura no X\'I.Seculo". ed. por Anselmo Braancamp Freire. in Archivo llistorico Portuguez .Vol. VI n° 7 1908. pp. 241- 284. Sobre a utiliza^ão dos quantitativos fomecidos por esta fonte Cí. Mana Helena da Cruz Coelho. O .

-

55

ribeinnhas.

lugar

Logo

a

seguir. Azambuja

mais modesto. De

maeroeéfaîa

e

Castanheira:

quedando-:se Alhandra

qualquer modo. todas elas

eertamente

atraidas

pela

Lisboa.211

Baixo Mondego..., pp. 39 40; Manuel SíKio AKes Conde, Toniar..., Mana Joâo Yiolante Branco M. da SiKa. Esgueira..., pp. 184 -185. -

211

num

pág.

151:

Considerando apenas o número de fogos por localidade. Vila Franca aprescnîa para a vila 311. e para a vila com o seu termo 337: para Azambuia. são indicados 240 e 246 respectivamente; para a Castanheira, 233 nos dois items; e." finalmente, para Alhandra. 191 e 234. Bem distantes. qualquer deles. dos 13010 fogos de Lisboa e dos 17034 de Lisboa com o seu termo. Extraímos

dados do Quadro apresentado por Manuel SíKio AK'es Conde. 154 155; O autor nâo considerou nesse quadro o elenco de concelhos sedes apresentavam menos de 1 50 fogos. estes

Tomar..., pp.

cujas

-

56

2

A RUSAGEM DOMINADA: A AGRICULTURA

-

"...

Vejo

a

laranjeira

que

lágrimas

parecem

coloridas de vcrmelho

do

pelos

tormentos

Estão

congeladas

\lãos

mágicas

frutos:

nos mostra os seus

amor.

fimdissem

mas se

moldaram

a

seriam

terra para

as

Ibne Sara

"

E

tewpo das huuas

se ao

ffosse achado



vin/ia

so/í/os de Coomha. E aehado

tn

de cada cabeea

sex

das fíruitas

ou cn

sse

.\lguu Agro

e

formar..."*

~12

sse o

home/w

Pumar pagaua

Boy ou

de Pam

dmheiros

vinlio.

uaca. ou

ou na

se os

noyte leuauarø huu soldo de cada

hy

^inquc

Besta

era

vinna leuaua/w Achaua/w de

Cabe^a..."

Chancelaria de D. Afonso IV213

2.1

-

DISTRIBUIQÃO ESPACIAL

Pelo caminho de

meios"14. chia

um carro

dois camponeses de Valada. Um deles. eertilica-se mantém fechados. enquanto evita

lu 3

Cí'.

Portugal

na

Espanha..., Vol.

Cf. Chancelarias

pp.184Na

o

Portuguesas

-

I\

.

pp. 352

-

de

bois21\ Conduzem

se os sacos

buraco da estrada

de tngo

e

-

eevada

no

se

poeirenta.

353.

Chancelaria de D. Afonso IV... Yol. IL Doc. 98

186.

documenta^âo utilizada referindo topônimos

men^ão

DOS RECl'RSOS

a este

caminho de

meios

.

ao

do espa^o de Y'alada. e constante a que parece o principal e maLs percomdo por 57

Mais atrás. báeoro que

Chelas"

grunhe algo desesperado.

Vâo levar

.

ouîro. ainda

o

as

rendas

jovem. guia São

alguns

barca do porto de

a

alguma irreverência

com

um

dos foreiros de Sf Maria de

Muge.

como

aprazaram

com o

Mosteiro.'1

Bnlhante

'.

o

sol

E. para lá dessa muralha verde.

ehoupos.

atapetados

campos

quente"

e

restolho219: \inhas.

de

dan^a num

por entre

foihagem

a

estival. descobrem-se

regozijo

plena matura^ão.

em

dos

aninhando

os

quanios ah faziam os seus cultivos. Essa indieayão parece poder deduzir- se do elevado número de conironta^ôes de prédios rústicos eom ele confinantes. Cite -se apenas o exemplo de uma vmha que entre outros. confronta com estrada que vai para o Porto de Muge e da outra banda entesta no caminho de meios Biblioteca Nacional de Lisboa, Reservados Documentacão (traslados) do Convento da Santissima I rindade de Santarém, relativa a aforamentos 1450 1522, Primeiro Livro de Pergaminho Velho, fl. 45v 46. .

-

-

-

-

-

'

"Sobre o uso do carro de bois na época medieval Cf. Armando de Castro. A Evolucão Econômica de Portugal dos Séculos XII a X\r, Vol. IV, pág. 219; Iria Gon^aKes. O Patrimônio..., pp. 376 e 381. Ligado â faina agricola das lezírias. embora para o secuío XLX. \ a men^âo ao cano íezirâo de quatro rodas e oito lueiros de fôrma de chavelho. puxado por 6 ou 8 bois; leva tngo. milho. em grande quantidade" apresentada por J. Leite de Vasconcelos, op. cit,Vol. IDL 48 1\ -

"

-

.

pág.

'

maioria dos pagamentos das rendas. neste espa^o de Valada, traduz-se em determinadas quantidades de cereal ( principalmente trigo). sobretudo meado. e. nesse caso. com a parceria maioritária da cevada. E tambem vmho. Acrescem. ainda. ammais de capocira. ovos e porcos de um ou dois anos. A

No que

refere

rendimentos das íreiras de Chelas escolhcmos os seguintes moios e meio de pâo meado. dois capôes, um porco. e uma tei«a de tngo e outra de cevada referentes a duas courelas em Valada A. N T T Mosteiro de Sta Maria de Chelas, \la90 17. n° 327, (1357): três moios de pão meado. de trioo e cevada, e mais um porco \ia90 46 n° 919. (1456); dez quarteiros de pão meado. metade tngo. metade sesunda e um Vlaco 54 n° 107"? (U'Mi e porco de dois anos \la906.3. n° 1254. (1473). se

aos

exemplos: quatro

-

-

.

-

"

'

1

N'os contratos que utihzamos e conente a obriga^âo de fazer cheear as rendas destmadas ao cenobio. a barca do porto de Muge. na maioria dos casos â custa do íoreiro. Veja Ibidem. \la90 46. n° 919. (1456)- recorde-se se, por todos ígualmente, a noîa 188 do § 1.5 ; bem como a nota 31 do 1.1 -

-

§

Nos

citados,

casos

Agosto,

o

que

nos

0

.

paoamento das rendas deve

permiîe

compôr

um

ser efectuado por dia de St* \laria de cenario estival para este preâmbulo.

Sobre esta e outras datas de pagamento dos foros dos bens do Mosteiro de Sf Maria de Chclas V Maria Filomcna .\ndradc. op. cit, pp. 102 104. -

-

.

Sobre

difercntes alturas do corte do caule das gramineas c as razôcs dc tais procedimentos V. Georges Comel Le Pavsan et Son Outil. Essai d' Histoire lechnique des Céréaies ( France \TIIe XV.e siêcle), 1992. pp. 184 186. as

-

58

-

fartos cachos eom a

folhagem empoeirada; pés

na

luxuriante variedade de

cores e

de oliva, entremeando-se.

azinhagas

galinhas

e

de

entre as

vinhas22".

que

mais porcos vêm engrossar

dos homens quase

se

perdem

no

e

ali.

sabores das fmteiras...

Enquanto eaminiiam. juntam-se-lhes das

aqui

se

esta

eamponeses. emergindo

outros

dirigem

na mesma

direceâo.

descompassada procissâo.

trauteio dos rouxinôis que

se

E

Capôes. as vozes

eleva dos campos

vizinlios.

Chegados crestada. Porém.

águas.

eomo um

um

â margem do

portinho.

a

bnsa do rio refresea-ihes

súbito véu parece toldar todos

os

destino inexorável. lenta. muito lenta.

olhares

-

a

deslizando

aproxima-se

a

pele nas

barea...

* * *

Este

preâmbulo permite-nos

agneoia, relativamente margem direita do

"'

aos

Tejo221.

abordar

a

organiza^ão

agiomerados populacionais, situados Não será demais recordar que

a nossa

ao

do espaco

longo desta

doeumenta^ão

Sao de novo as confronta^oes dos prédios rústicos que nos permitem apreender um pouco do povoamento agrícola deste espa^o peculiar. Tome-se o seguinte exemplouma vinha em Valada quc confina com outras duas, entesta do norte com cstrada pubhca dantre as vinhas"- A. N. T. T., Núcleo Antigo, n° 274, Tombo..., 162 v.

d* rela^o eampo eidade. entre outros A. Lombard Jourdan y^-T Pr?Pá?to et baiiheue. et les dimensions du tenitoire urbain" l'origuic Annales O^um 395: Jac^ues Le Goff' PP' 373 de la France L'apogée •}•■ ,"..2.' i972' urbaine medievale La vilie médiévale des â la a

:

-

sur

m

"

"

'

u

m

Caroligiens Renaissance. dir por Le Goft. Tome II de Histoire de la France Urbaine. dir. por Georges Dubv 1 ans. 1980. 247 ; Ina Goncalves, Entre o Campo e a Cidade na 2a m^tade pp. 245 do sec. XI\ in Estudos \ledievais, n° 8. 1987, pp. 73 97.

Jacques

"

-

*

-

59

reíere

esse

aproveitamento agrário.

administrativas de sediados

institui^ôes

Lisboa

em

duas urbes

e

ftin^âo

em

de caráeter

impondo-lhe disposi^oes detenninando-lhe

de cultivos.

vias

as

religioso

Santarém. E. que. embora

nâo deixam de eoordenar

de

das necessidades

os

interesses

de

modo

a

deste

mesmo

-

essas

espaeo.

de aetividades.

instala^ão

a

e

eolegiadas

e

geográfícamente afastadas.

organizando

acesso.

mosteiros

os

-

economicas

garantir

o

seti

propno

abastecimento.

No

prédios que

nos

nistieos

caso

se

que esîudamos.

situam

a

par da vila.

pennite pereeber que

a

fontes

as

ou.

especificam

mais latamente.

no

que muitos dos

temto

eomposi^âo da paisagem se estmtura

vilas ribeirinlias. criando para eada

uma

delas

um

espeeílieo

da

em

vila222.

o

redor das

peri-

espa^o

urbano"3.

E

.

se

bem que

elementos urbanos

e

podemos verifíear

que

tenno rural da

mrais

nem

na

modela^ão desse

segundo regras

de

espa^o envolvente

"atrac^ão

e

sempre há eoineidência entre

se cmzem

rejei^ão""1 o aro

deíinidas.

periurbano

e

o

respeetiva vila.225

A documenta^ao e clara e precisa a este respeito. Veja-se. por todos. o exemplo de bens situados em Azambuja e seu termo: na vila, acima da dita vila no termo da vila A. N. T. T., Convento de Sta Clara de Santarém. 5. n° -

\ia90

O espa^o

Leguav.

armoncaines

au au

a

"

a

1354).

penurbano pode atingir de

2 a 10 km de extensão segundo Jean Pierre Urbaine dans Papprovisionnement des villes in Moyen^Age" L'Approvisionnement des villes de V Europe Moyen Age et aux Temps Modernes, s 1, Flaran 5, 1983, pág. 190.

Le rôle de la „zone Péri

Occidentalle

Sobre í"'~

■•

158. (

lôgica

-

ordenadora do espa^o, simulîaneamente atractiva e repulsiva" veja-se Conde, O Médio Tejo.... Vol. EL pp. 637 641. *

sintcse dc Manuel SíKio .\K'es

-

Cf. idêntica obscrva^ao para o Amclia Aguiar espa^o periurbano de Ponte dc Lima .\ndrade. Um Espa^o ITbano Medieval: Ponte de Lima 1990, 82. pp. 81 -

-

60

De facto. os

campos

diversos

espaco habitado.

e o

culturas. relativamente delernunante

os

ao

ocupacâo

na

tipos de

tlorestas.

agrana do solo

onde

complanta^ão

a

pomares

e

exigentes

em

o

eentro

animais.

os

tennos de

habitado.

gado.

frequente.

cultivo.

manter

uma zona

Num

monta.

Senão

pareelas

a

elementos.

estes

mais

aro

ao

entre os

de natural confluéncia

eartograíar

factor

eomo

mais afastados

Seguem-se

as searas.

Constitui-se, assim.

desioeacôes diarias ãs

nas suas

grande

tendência de

produtos. simultaneamente. necessáríos

Porém. tarefa de

de oliveiras é

pois.

::c".

uma

extensiva de

entre

útiî. A distância das várias

mercado consumidor. constitui-se.

cria$âo

a

cultivadas organizam-se

proximidade

numa

Desse modo. veriliea-se matos e

terras

as

os

vinlias.

prôximo. hortas.

quotidiano eampos

e

mais

periférieos

e

pereurso de homens

no

e

agncuîtar.22"

no

espaeo

em

estudo. toma-se

vejamos:

Considerando as condi^oes fisicas do solo e as possibihdades de transporte iguais em todo o Mana José Lagos Trindade e Jorge Gaspar. A utihza9ão aSrária do solo emtomo de Lisboa na Idade Média e a teoria de Von Thûnen" in Boletim C ultural da Junta Distrital de Lisboa 1 97374. pág. 5.

temtono^

-

"

Yários esmdos de núcleos urbanos medievos parecem atestar de culturas. Relembrem-se as fomecidas a

a

e.xistência desîe*

ams

informa^ôes respeito de: Évora Bernardio \ asconcelos e Sousa A Propriedade das \lbergarias de Évora nos flnais da Idade 39 6x Tones Vedras ,\na Maria S. de Aimeida Medial990, pp. Rodngues. Torres Vedras. A Vila e o Termo nos -

-

-

Finais da Idade Média 1992. 126 Tomar pp. 123 Manuel SiKio ,\lves Conde. Tomar 146: Ponte de I ima Medieval..., pp. 141 Ameha Aguiar Andrade. op. cit. pp. 81- 86: Esgueira Maria João V. Branco da Siha. Esgueira..., pp. 83 120. -

-

-

-

-

-

61

As

espa^o exacto destinado

designa^ôes genéricas identilieadas

parcela se

como

destinada

ao

de cereal.

pomares

como

.

eultivo de eereais. "

herdades de

ao

cultivo

Repetem

E nâo

-se

os

localiza^ão de

"\eja-se

pâo "9.

para

o

mais difíeil

alguns

em

complica^ôes

eom

oportunidade

de

easos

sejam

quando

a

ott.

unieamente

na

questão das

olival

e

aîé para

os

ver.

não terminam por com outro

o

o

quantifíear

aumentam

problemas apenas

cultivo da vinha. para

prende-se

macro e

As

deparamos

embara^os

das referéncias documentais

toma-se

designada por "estis de herdade"230.

adiante teremos

Mas

vez. a

e

mas

herdades". ainda que

como

quantifíeam os estis'31.

terras

courelas de herdade228. permiíem contabilizar

mencoes a

aqui.

tipo

A distribuicâo

espaeial

de dilieuldades. Mais

uma

microtopônimos se revela complicada.

exemplo segumie: duas courelas de herdades onde chamam "o lombo". AKerca. são depois devida e claramente confrontadas pelo que e possivei índividualiza-las simadas

o

em

conectamente

27. fl. 34. '"

(1461).

-

A. N.

T.T., Convento de S. Dinis de Odivelas, Liv.

A segmentacão das parcelas agncolas e o "puzzle" que eventualmente dai se constimiria na paisagem agrária já foi referido em outros estudos Cf Manuel SíKio AKes Conde. O Médio Tejo..., Vol. I. pág. 267; Essa práîica verifícada no Ocidenîe europeu e, na Estremadura portuguesa resultaníe da desagregayâo do casal é igualmente elucidada por Iria Gon^aKes. O Patrimônio..., pág. 181. Entre a nossa documenta^âo sâo precisamente relacionadas com casais e quintãs que nos surgem essas designa^ôes genencas. V.. por exemplo. o caso da quinta em Poverba. Alvêrca onde sao mencionadas no seu todo, e entre outros. vinhas. herdades de pão oliveiras e matos maninhos A. N. T. T., Convento de S. Dinis de Odivelas. Liv. 27. 11. 36. -

-

(1466).

Sobre o estil ou astil medida agrária linear. largamente utilizada nos campos de Santarcm. "esscncialmcnte entrc a Yalada c a Golegã bordejando o Tcjo"- Cf. \íaria Angela V. da Rocha Bcirantc. Santarém Medieval pág. 186 c iiota 57. Idem. Santarém Quinhentista.., pag. 11 e nola 13; Maria de Lurdcs Rosa. Pero Afonso \lealha Os bens e a gestão da nqueza de um proprietário leigo do séc. XI V, 1995. pág. 58 e nota 51: Mario Paulo Martins \ iana Os Vinhedos 24 e nota 13. -

...,

Citem-se dois

pág.

exemplos: quatro estis onde chamam a Malpica os quars partem de cuna com outros quatro. e. dois estis e quarta de herdade. em Valada no Reguengo das Donas A. N. T. T., Convento de Sta (4ara de Santarém. \iaco 9. n°^49^( séc XV) e \la90 9. n° 548. (1338), respectivamente. -

62

No espa^o rural, que estudamos. em

lo

sem

de

de

fun^ao

grande dificuldade

Muge.

Mas

quando

é

enonne.

eomplexidade uma

ponto de referéneia

um

outra

específíca

as

Se parte das

msticos. é possível determinar

juntar

casos

eada

é

ínstitui^ão

sobre

e.xaeta

um

pouco

risco de.

o

eronologia

ritmo da

as

sem

intenvão.

elaramente

Apesar

o

de sujeitos

1

deste espa^o ribeirinho tão

Rclcmbre-sc IJm dos

referida

que íîcou dito -

a

loealizada. forma

campo de

dos

prédios

produtivo. a

os

tra^os

nalA5

TERRA5 PE

CULtivc

A vinha não Antes

eontrárío.

pelo

espa^os"

mesmo

.

Aqui

pareelas as

-

easais

e os

Mas.

vitieultura

no

tâo

ali.

-

tao íntensamente

procurado

em

unidades de

verifícamos

dúvida. que

sem

cspayo de

podem

rejeitar25

paisagem. tambem náo

pela

eomo

aglomerados populacionais255.

eonsoeiada. ei-la que invade todos

ou

que outros cultivos

de vinhedos. mehudas

quintãs

afasta tanîo dos

monocultivo

em

aqueles

e

se

praticada Valada261.

na

raro

.

eneontrarem

-

se.

exploraeao devidamente habitadas

em tomo

das

uma

e

os

de

Alverca25b

mais

marcas

Estremadura26

.\s constantcs

e

Alhandnr^.

signifíeativas

da

'

portuguesa

confronta^oes202

encontra

se

de

prédios

" "

As exigências de mão de obra nos trabalhos que trazem o homem å roda da cepa durante dois tcr^os do ano. conlinam a cultura a árcas assaz povoadas" Orlando Ribeuo. Portugal O Mediterrâneo.... pag. 72. -

Na vila da Castanheira podemos conhecer. com algum pormenor. o implante deste cultivo num espa^o populacional: junto da Igreja come^a um cenado de vinhas que vai ate ao ribeiro (com 12 parcelas) conírontando com estradas e ruas púbhcas : um outto cenado locahza-se a fundo da Cmz com 34 courelas. contíguas. na maior parte das vezes; outras vinhas simam-sc acima da fonte e a \so a fonte"~ou a fundo da fonte num total dc 16 courclas cntre vinhas e mortorios" quc sc acercam de caminhos e ruas claramente identiiicados ( caminho para a fonte rua que vai para o rio j ; um pouco mais aíastado. um terceiro cenado que confronta com a estrada de Alenquer e estrada de Santarém e. até. em châo de forca A. N. T. T., Mosteiro de S.Vicente de Fora, 2a Incorpora^ão, \la90 29. Doc. 48 e Doc. 49. (1473). "

-

Areais. encostas. tenenos pobres. todos eles se prcstam ao cultivo da vinha Yeia-se de um chão em campo e mato maninho. perto de A dos Potes Alverca. que é de muita pedra em que se reeomenda ao foreu-o que deve romper o campo e mato e em vinha de boa planta; a terra que fôr boa para pôr em vinlia e a outra que 0 não pô-lo fôr que seja posta e trazida em ohvais. de modo que a terra boa e má seja aproveitada sempre em vinha e ohval Ibidem, Convento de S. Dinis de Odivelas. Liv. 27. 11.14. -

o caso

-

.

-

(1475). "

'

Cf. a enumera^ão de vinhas pertencentes aos casais do Mosteiro em Castel Picâo. em A dos Potes. na Yerdelha no Soveral. na Poverba entre outros lbidem, Mosteiro de Santos o Novo. Cx.16. \la90 2. n° 6, (1340). -

-

-

"J

Veja-se

Alhãndra

-

.

-

por exemplo. a reieréncia ás vinhas pertencentes ã quinla do .\lamo. Ibidem. Mosteiro de Sta Maria de Chelas, \ia90 52. n° 1024. (1385).

Cf. Iria Gon^alve^. O Patrimonio..., pág. 82

e

nota

em

91.

A procura dos tenenos de \alada para cultivo da vinha pode remontar ao último quartel do séc. XIII. A sua progressão parece poder atestar-se até å primeira metade do séc. Xĩ\': a partir dai e com algumas cautelas. pode come^ar a pensar-se num "abrandamento da cultura nesta área". segundo os dados disponibilizados por \lário Paulo Martins \iana Os Vinhedos..., pp. 44 49. .

-

67

rústieos onde

estc

cultivo

assinalado. permite-nos concluir dessa intensa

c

vizinhanea.

\las. estatuto

antes

eomo

Na

sua

oeorre neste

alguns requisitos:

*1eme-se das

terrenos

-

estayão fria. temperatura

prolongado...tem

um

mar:

dos

passado-0"

não inferior

4

1 8° durante

a

-

a

-

oliveira.

eneontra-la.

podemos

planta cultivada apresenta

a

flora^ão.

limite da altitude. que parece andar

esta

presente de

dos

e

E. apesar de Santarém"0"

uma

\"erão quente.

600

ser um

e

800

m

forma bem localizada

dos locais onde

a

hoje

na

seeo

"'

entre

de maior vulto. tanto

aglomerados populacionais .

como

do rio

dos nevôes. dos Estios húmidos

geadas.

este

terceiro elemento da tnade

ao

zambujeiro"6"1

-

vinlia apresenta

a

requer Invernos modcrados. chuvas abundantes

Ainda assim ela tomo

sempre

marginal

caleários. Porém.

nos

fortes da beira

espaeo

variedade brava

preferencialmente.

e

nem

de cultivo único. Refenmo-nos. é ôbvio.

mediterránica. que também

ventos

disse.

se

como

26!.

em

no

concentracao de

Na

documenta^ão que estudamos são vários os exemplos elucidaîivos de taî facto. Rcgistcmos um caso apcnas : uma vinha na Y'alada confronta eom outras trés â sua volla A. N. T. T., Colegiada de Sta YP da .\ica90va de Santarém. \iayo II. n" -

213,(1473). \'. 2M

):

o

topônimo Azambuja

-

nota 94 do

§ 1.3.

Cf. Orlando Ribciro. Portugal O \1editcrrâneo..., pág. 68. Iria

Goncalves, O Patrimônio..., pp. Crise..., pág. 99.

87

-

88: A. H. de Ohveira

68

Ylarques. Portugal

na

olivcdos é elevada'

as

.

fontes quc

analisamos268

não

nos

dâo

dessa

conta

frequencia. Os

em

easos

assoeia^âo"

que deteetamos indiciam claramente

". vinhas" '.

de eereal"

com terras

o

arvores

eultivo da oiiveira de

fmto2 2.

■~-"i

i

entre matos" \ mas

justifique

a

forma

destemesmo

reduzmdo-se.

alargada

Tejo2

disse.

onde

aquele

total.

a

alguns

-

.

pes de olivas" ''. Nada que

"povoamentos'* que earaeterizam

outros

espacos

\

L.'m último

se

dos

no

ate.

e.

aro

de cultivos.

mas nao menos

produ^ão das fmtas

a

e

legumcs

precioso.

se

faz

é.

como

atrás

metieulosa

com

e

160

Cf o Mapa da Produ^âo e Consumo do Azeite nos Séculos XII e XIII apresenîado por F. P. Langhans. Apontamentos para a Histôria do Azeitc em Portugai". Sep. do Boletim da Junta Nacionai do Azeite. 1949. pág. 57. "

:•:,

Yejam Santarém

*6*

Cf.

lw

se

-

as

indica^ôes fornecidas

por Maria

Ângela

V. da Rocha Beiranîe.

Vledieval..., pp. 170-171.

Mapa respectK'o.

Cí\. adiante.

o

Mapa

8

As

-

Consocia^ôes

do Ohval.

'"'

L'ma herdade de pâo. em \'ale de Melros Alverca com suas ohveúas A. N. 1 Mosteiro de S.Vicente de Fora, 2a Incorpora^ão. \Ia90 28. Doc. 8, (1410). -

-

.

T.,

Na Castanheu-a. no carrunho da emnda. siUiam-se três vinhas com suas árvores e oliveiras e azambuieiros Ibidem, Convento de Sta \laria de Almoster. Ylaco 8. Cx.12, n°8. (1451). -

"De

Castanheira. um chão tem três ohveiras e árvores de fruto e sem fruto Mosteiro de S.Vicente de Fora, 2a Incorpora^ão, LK. 27. fl. 87. 87 v e 88. íbidem, novo na

-

(1500). *"*

'

Recorde-se

a nota

257 supra.

Nlais uma vez na Castanheira, e mencionada uma vinha oom suas arvores de olKeiras ĩbidem, Mosteiro de S.Vicente de Fora, 2a Incorporacão, Doc. 30. (1391). .

-

*

""'

oito

pés \ia90 29. c

Na acep^ão utilizada para a região estudada por \lanuel SíKio Alves Conde, O Médio Tejo...,Yol. I. pp. 292 293 e os inúmeros exemplos apontados nas págs. 285 a 291. -

69

florescente rentabilidade. \'ariadas árvores de fruto na

dos

periferia

modesta. não

se

ao

senhor mais abastado,

esgotam ai

horticultura ttrbano

povoados. eonsagram

e

e

as

fruticultura. está

disîríbuiyão

pareee,

pois. eonfínnar

e

essas

que

a

documenta^âo seja

sobre

o

tipo de

arvores

a

de hortas

nestes

cultivadas. perpetuam

quatro

casos"

a

e

tendências

tâo

avara

euja

variados consôrcios. Também

ou

ligado.

múltiplas hortas que

-

.

desde

o eonsumo

séeulos XI\"

dentro

e

família mais

domestieo. \ías

desenvolvimento da

o

que

a

.

e

XV.

ao

crescimento

naturalmente mais amplo. mercado

e.

°

A

tres

objectivo

potencialidades. dado

suas

ãs necessidades desse outro

consumidor."

prátiea

uma

tem um

e

ao

pomares,

gerais.

longo

da margcm do

rio2".

que brevemente apontamos. Pena

de outros informes. De facto, pouco sabemos

sombra

benefícars

ignoramos

presen^a das

se

se

acolhem

espécies

as

de

espécies mediterrâmcas.

os

legumes.

fruteiras2 com

nestes

aqui

\

excep^ão

de

u

em

se atesta a sua

que

exístência.

'

Vlaria Jose Lagos Trindade e Jorge Gaspar. A utiliza^ão agrária..." in op. cit, pág. 6 e nota 3: Iria Gon^alves. O Patrimônio..., pp. 89 91: A. H. de Ohveira Marques. Portugal na Crise..., pp. 99 -100. Y. igualmente a sintese bibliogralica sobre a oconéncia deste íenômeno na Europa Ocidental e no caso de PortugaL nas varias regiôes já esmdadas apresentada por Manuel Sílvio AKes Conde. O Médio Teio Yol. I. nota 388. pp. 314-315 "

-

.

.

""

.

Ci.

\lapa respectivo,

le couvert des frondaisons diminue 1 'elfect de Févaporation et rentabihse d autant les bienfaits de rirrigation'- Noel Coulet, Aix en Provence. Espace et relatinns d'une Capitale. (Milieu XlVe S. Milieu XV e S. ), Vol. L 1988. pág. 125. Ver também Ina Gon^aKcs, O Patrimônio..., pág. 91: A. H. de OlKcira Portugal na -

\larques.

Crise..., pág. 100.

Ao contrário da privilegiada enumera^ão de fmtas. frescas e secas. e respectivas castas, que íoi possivel recolher na documenta^ão relatKa ao cenôbio alcobacense hia 96: ou. até mesmo, nos tombos das instimi^Ôes Gon^alves, op. cit, pp. 93 eclesiásticas e assistenciais com interesses no médio Teio. conlonne o demonstra Manuel SíKio Alves Conde. O Médio Tejo..., Y'ol. I. pp. 322 328. -

-

-

As indica^ôes que conseguimos apurar. nas nossas fontes. dizem respeito a figueiras e ameixieiras : na Castanheira A. N. T. I \losteiro de S. Vicente de Fora. 2a -

.,

7n

As

difícultam

designayôes genéricas

quantifíca^ão e. também,

a

Para

conhrmar

do

acerca

generalidade

nâo

-

tipo

dos que

certezas: a constante

que Ihes garante

o

sâo

a mesma

se

praticados

eram

presen^a da

pomares. mais

questão.

As

uma

vez.

Nada

bem que. por certo. não

na

época:s:.

indieacoes

umeas

sufícientemente elucidativas.

cultivos"81.

de

c

qualifíeay-ão...

legumes. persiste

os

almuinhas. hortas

a

árvores

Ficam-nos.

podemos

aiaslem da

se

porém. duas

água2*3 e a proxmndade da habita^ão humana284

afa zeîoso dos hortelãos.

Incorpora^ão. \ia90 29. Doc. 48 e Doc. 49. (1473); junto da Azambuja Ibidem, Mosteiro de St3 .Maria de .\k0ba9a \ia90 40. n° 991," (1429); perto da'ponte de Sr' Ana no Gampo de Yalada Iiv.119. fl. 373. (1432); na Balea LK.15. 11. 307. (1492). I ma unica vez temos indica^ão da exisléncia de laranjeiras: nas eonirontacôe* de um pomar novo. pertencenîe ã de Poverba -

-

-

quinta

laianjeuas

que estâo na borda do rio Liv. 27, fl. 11. (1454). *

'

Cpmo

Tejo...,

ahás \ol.

sc

verifica

cm outros

-

( .\lverca). meneionam-se duas Ibidem, Convento de S. Dinis de Odiveias

estudos

I, pag. 321.

-

Manuel SíKio AKcs Conde O \íédio

"

\ "Hortah^as

e

leguminosas

couves. espinafres, nabos, rábanos, alfaces, cenouras benngelas íeijoes, favas. ervilhas. lentilhas. chicharos. cebolas. alhos, salsa tremoco A. H. de Ohveira ...grao de bico Marqucs, Portugal na Crise..., pp. 100 101. ,

-

-

-

Xa aldeia de Subserra ( .\lhandra). as duas hortas locahzam-sc junlo á fontc da aldeia MasU>,ro de St3 Maria de .\ic0ba9a Liv 183. fl. 206. (1410); em v' k \ alverde, no termo de .\lenquer. 0 foreiro deve íazer uma casa de morada. pomar c horta com po^o \la90 44. n° 1128. (1320). -

7'

"

-

Dois

exemplos:

no termo

de

Alenquer, sinia-se, iunto

aos momhos de trás a- Portela Ibidem. Liv. 183. íl. 51 e 51v.(1396): em po^os Subsena. uma casa com uma almumha com herdade que 'vae ante ella"- Ibidem Mosteiro de Sta Maria de Chelas. \la90 15. n° 297. (1365). uma

horta

com

suas

casas

e

-

71

-

Os habitantes deste espaco ribeirinho

variedade de

reeursos

agríeolas que

necessidades vitais. quer

a

dispôem.

assim. de

uma

para lhes satisfazer. quer

eoncorrem

solvéncia das rendas das

parcelas

as

que Ihes cumpre

cullivar.

Em termos gerais. pareee-nos cereais

encontram nos

cultivos.

mesmo

importância.

E.

recursos.

pareee

.

nestas

"salms"" '.

ocupados

ja

forma ideal de

a

vão

frágeis.

dieta alimentar

se o

quadro

aumentando

como nas

não

se

que estes camponeses

ambas. E. que. sua

e

outros

quota parte de

prodtiyão285.

distribinvao espaciaî

esqueca que apenas referímos

centũrias de Trezentos

então denotando

a

relacdes de

agrícola dominada. É evidente

por matas.

suprir

que tcntamos csbocar, da

algo limitado,

base da paisagem eontar

vinha

mais

os

tanto na

e na

poder deduzir.

os

dos

elementos

que. para alem destes. ha que

Quatrocentos.

com

as

mareas

do

significativas alteracôes de espa^os anîeriormente

bosques. pauis. pântanos.

brenlias.

e

"incuîtos"2S~.

"

S e bem que, nesîes séculos tardo medievos. o pagamento em moeda fosse prática habitual, os senhores continuavam a receber produtos : Parte das rendas. sobretudo a das dirciniras. manteve-sc cm gcneros. Todo o tenatenentc prcfcna alimcntar-se do pão. do vmho. da came. da ímla. das hortah^as a ate do peLxe que provmham dos seus domínios"- \. H. de Oliveira Marques. Portugal na Crise..., pág. 93. V. o exemplo do cenôbio alcobacense Iria Gon^alves. O Patrirnônio... pág. 314; e do Mosteiro'de Sf \Iana de Chelas Maria Filomena Andrade, O Mosteiro de Sta Maria de Chelas..., pp. 97-102; ou a excep^ão verificada nos bens mrais de Lorvão em Esgueira. onde as prcsta^ôcs monetárias cstavam quasc totaimentc erradicadas dos campos de cereal. das hortas e das vmhas. bem como das mannhas"- Mana João V. Branco \I. da Silva -

-t

-

-

"

Esgueira..., pág. 163. V. a distin^âo entre siKa. saltus e ager proposta por Jose .\ngel Garcia de C^onazar, "Histona Rural Medieval: Um Esquema de ,\náhse..." m op. cit, pp. 80-81: retomada para o esUido do Médio Teio, e que aqui também adopíamos Cí. Manuel Silvio ,\lves Condc, O Médio Tejo..., Vol. I. pp. 350 351. -

-

Desenvolveremos adiante

aproveitamentos desies

alguns aspectos relacionados

espa^os. de acordo

com os

72

com o ritmo c tipo dados das fontes consultadas.

de

Em

vegetal um

e

suma

.

dispondo

animai. de todos eles faz

poueo. para

de

um

largo

ver como...

73

variado uso o

leque

de

reeursos

de

origcm

homem medieval. Quedemo-nos.

2.2

-

RECURSOS ALIMENTARES DE ORIGEM VEGET.M

2.2.1 -PAO

Simplesmcnte cozido. omnipresente

na

dieta alimentar

também. de cevada'

e

De entre

cultiva

nas

triticum

terras

aveia"

as

medieva288,

e

a

fonna de papas faz-se de

trigo.

e

de bolos.

milho

ou

o

pão.

centeio.

e.

quando aqueles rareiam.

citadas

gramíneas. é, preferencialmente.

de lavoura" ". As

dicoccum

sob

ou

triticum

suas

vanedades ( triticum

spelta) conhecidas.

desde

o

trigo.

vulgare

que

se

hibernum:

tempos recuados.

De entre os muitos estudos focando o papel do pão na alimenta^âo medieval. mencionem-se: Fernand Braudel. Civilizacão Material e Capitalismo. Seculos XV XVĨII, Tomo L pp. 84 117; Massimo MontanarL L1 alimentazione contadina nclPalto Medioevo, pp. 211 218: Louis StoufF. Ravitaillement.., pp. 27- 8^ \na \Iana N'ada Patronc. II cibo dcl ricco..., 122; A. H. dc Ohveira Marques \ pp. 55 Sociedade Medieval..., pp. 15 16; Salvador Dias Arnaut A Arte de Comer em Portugal na Idade Media Introdu^âo a O Livro de Cozinha" da infanta D. Maria -

-

-

-

-

"

de Portugal. pp. 12 18: Ina Gon^alves. Wcerca da Alimenta^ão..." in op. cit. pp. 211 212: Maria Heiena da Cmz Coelho. in op Apontamentos sobre a Comida cit. pp.12- 16: V. também a nota 235 do 2.1. -

"

-

"

§

"

Embora largamente consumida pelas popula^ôes. o principal objectivo na cultura da cevada residia. porem. em obter fonagem para ao gado. especialmente muar e cavalar" A. II. de Oliveira Marques. "Cevatfa" in Dicionário de Histôria de Portugal, dir. Joel Senao, Vol. II. pág. 46. -

Podc ser semcada no Outono ou na Primavcra, c nao nccessita de lavras profundas; dcstina-sc, sobretudo. â fonagcm dos bovinos e cquídeos. Com um fraco indicc de aproveitamenlo para a ahmentayao humana, o pao de aveia. de baixa quahdadc. pesado. e. dc sabor não muito agiadável, c, alem do mais, de difíoil oonseivayão Ana \laria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pp. 63 64. -

-

Com possiveis variantes segundo as épocas e as regiôes. Por exemplo, na cenmna de Duzentos, o trigo nao detinha a primazia relativamente aos cereais cultKados no espaco minhoto Iria Gon^aKes." Sobre o Pão Medieval \linhoto. O testemunho das de 1258". Arqueologia \ledieval, \'ol. 6. no preîo. Inquiri^ôes -

74

acrescenta-se

no

Portugal medieval.

mediierrânieas. trazida

alargar

o seu

pelos

árabes

-

durum292-

o irnicum

já amplo leque de utiliza^ão.

característica

outra.

uma

em sementeiras

que contribui para

o

inverno2°\

de

Estas vanedades não são devidamente identiiieadas

estudamos"'\ dado que das

hcrdades

e

a

e

gramíneas cultivadas.

mas. e

"2Os trigos de invemo Marques, Introdu^ão

"

-

å

"

genérica men^ão

de

courelas

margem

quantitativos das rcndas respectivas

desta

nos

nalguns

dizendo

galego", "îemporão" historia da

As scmcnteiras dc Invemo quc

tngo"

e

nas

que mais

ribeirinha.

pennitem individualizar

casos.

Patrimonio..., pag. 72. 93

regiocs

e.

em

pnmavera29"4.

sementeiras de

contratos

das

respeito

"mourisco*"

-

ocorre nos

Apcnas

outros

"

ao

fontes que

pam

os

tipos

meado"296.

Cf. A. II. de Ohveira

agricultura.., pág. 81; hia Gonyaives.

efcetuam

de

O

"

Sctembro c Janeiro. mas talvez Fevereiro" Iria Gon^alves. O Patrimônio..., pau. 72 : e Maria Helena da Cruz Coelho. O Baixo Mondego..., pp. 132- 133.

podendo sê-lo ainda 9-1

em

sc

entrc

-

"

O tngo tremcs" pode ser semeado pelo menos até ao fim de Maio" ( o que lhe coníere as oaractensticas de cereal de pnmavera). no entanto as condi^ôes chmatioas do nosso pais pareccm ser pouco propicias ao seu desenvoKimento. "

Y.

a

índica^ão tomecida por Iria Gon^aKes sobre a saida. do Mosteiro aloobacense. de alqueires de trigo tremés para semear na Ota" a 24 de Vlaio de 1439 O

"tnnta

-

Patrimônio.... pp. 72 -73 e nota 37; esta variedade de trigo encontra-se isualmente bastante difundida no "campo do Bolão*"- \laria Helena da Cmz Coelho.^O Baixo

Mondego..., pág. E de

crer

132. entanto. que o panorama

tra^ado. para estes cultivos. nos campos d \lanuel Síhio possa aphcar â margem direita que estudamos Alves Conde. O \íédio Tejo..., \'ol. I. pág. 275. .

no

médio-taganos.

se

-

96

Concspondendo a partes iguais de trigo c ccreal de segunda. Quanto a csta última designayão c assun que as fonlcs medicvas mencionam lodo o ccrcal quc não fosse "- A. H. de Ohveira tngo Marques. Inlroduvão ã Historia da Agricultura..., pag. 85. tv

Veja

sc o exempîo seguinte: de um casal, no tenno de AKerca. devem pagar três moios de pão meado. 12 de trigo e 1/2 de segunda'- A. N. T. T., Mostciro de Sta Maria de .\lc0ba9a \Ia90 50, n° 1361. (Ĩ335); embora também seja possivel identiiicar uma outra torma de rcparti^ão : de uma herdade em Pinhel. íreguesia de Alhandra. devem pagar vinte e cinco alqueires de pão meado sendo quinze de trigo e dez de cevada- Ibidem, \losteiro de Sta\laria de Chelas. \ia90 64. n° 1270. (1459). -

75

Desses cereais "de segunda". vertente.

para

cevada.

a

lugar"

tereeiro

Mas esta

.

grande maioria dos clarifícadores"'

depois

e

o

milho. remetendo-se

observa^âo fazémo-la.

contratos apenas

eila

"

com

alguma

pam meado ".

centeio29"

o

reserva.

sem

no

outros

pois

caso

para que

a

elementos

.

A eevada. por

de resistência âs

:•->

para

vai.

predomináncia

a

sua vez.

atendendo

a

grandes condieoes

que apresenta

muta^ôes clnnáticas3,J0. perrmte

o

cultivo de

mvemo.

mas.

l.'ma herdade no Alqueidao, termo de Azambuja. deve seis moios de pão meado. 1 2 iiigo e 12 segunda de milho ou cevada- Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de Chelas, \ia90 29. n° 573. (1416); c sobrc a paga reiativa a uma herdade. no regucngo do rei (Campo de \ alada). estipula-se claramente: três quarteuos de pâo. metade tngo c metade segunda. e a segunda não seja centeio Ibidem. ma^o 54. n° 1063. (1403)." .

-

:9::

Estas

variar oonsoante as regiôes estudadas. Yeja-se 0 caso da área BaLxa Idade Média in ordine di importanza tra I grani grossi' a semina invemaîe. la segale. poi il fmmento in posizione complementare e^secondaria ed infinc l'orzo. Tra I greni 'minuti" sembra prevaiere il miglio, scguito dal sorgo. dal panico. dall'avena c dalla spelia"- .\na Xíaria Xada Patrone, II cibo del ricco.~, pág. 73. Yejam se igualmente as diferentcs repartieoes de eereais cultivados nas lenas senhoriais c nas tenas dos oamponeses proven^ais Louls Stoufí, Ravitaillement.., Cartes n°l 2. pp. 42 43 : Ou. para 0 condado de Bigone: "le froment et lavoine etaient en 1313 comme en 1429, les ceréales principales (...) les pavsans bigourdans ajoutaienî souvent la culturc dc trois ccrcales secondaires. lc milleí, lcseiglc cf l'orge"\laurice Bcrthc, Le Comté de Bigorre. L n milieu rural au bas moyen âge. pp. 85 87: dados que podem comparar-sc com as práticas da oerealicultura da Itáha do Nortc. nos secs. LK X. oomo o demonstra Massimo .Vlontanan. L'alimentazione contadina..., pp. 148 -150,

prioridades podem

do Piemonte

"

na

-

.

-

-

-

-

-

-

No que

refere

tambem se encontram algumas varia^ôes.V'eiam-se os herdades mais afastadas de Evora praticava-se uma culmra cereah'fera extensiva. com claro dominio do sendo. no entanto. trigo. possível detecíar também a exisíência de cevada e. presumivelmeníe. de centeio" Bemardo \asconcelos e Sousa A Propriedade das Albergarias..., 83; nos pág. campos do Mondego, a primazia é para o trigo. enquanto para os cereaLs de segunda é manifesta a pnondade de ínteresses em rela^âo ã cevada seguindo-se-lhe o centeio e, por fim, o milho" Maria Helena da Cmz Coclho. O Baixo Mondego..., pp. 131-135: e. nos tenenos do Médio 'lejo. surgc o trigo â cabe^a, seguido a grande distância pelo centeio. a cevada e 0 milho"- \ianuei SiKio .\K-es Conde. O Médlo Tejo..., pág. 274 e giáfico da pág. 273. se

a

seguintes exemplos:

PortugaL

nas

"

-

"

-

"

299

Lm úmco cxemplo de pão ter^ado nos surpe cntrc a documenta^ao em análise. Ao .ontrário dc screm indioadas trcs qualidades dc ccrcais, apenas se menciona que dcvcm ser pagos dez quarteiros de pao de dezasseis alqueires o quarteiro ter^ado, o ter^o do trigo e as duas partes de cevada A. N. 1 1 Mosteiro de Santos o N'ovo. Cx. 16, -

-

.

.,

Ma9o2.n0l. (1351). w

Cf. Ana Maria Nada Patronc. II cibo del ricco..., pag. 68. 76

-

sobretudo.

o

dos

cavalar

do

gados

Tejo "\

tngo

nos

de

primavera" Apesar .

e muar

De facto.

nos

sua

generaliza^ãc

aparece individualizado

dispomos

eereaî, alimento

estc

no

espayo

como

apenas surge

margmal

pareeiro do

ibros de pâo meado "°'\

pobres"u\

mas

nos

dados de que

O eenteio

cereal

"\ não

da

e

panifícável

ser

Quanto

.

se

-

que é

não deixa de

animais

ter

parece

ã

não tem

.

eultivado bastante

permite

o

igualmeníe nossa

problemas

para

um

em

empregue.

documentaeão'09.

desenvolver

Estremadura

na

fabrico de

se

pão

vcrde

mais

medieva3 "°.

extremamente

ou em

terrenos

em

saboroso30

seco. na

uma vez. se

Como

.

rayão dos

mostra avara em

íomeeer dados sobre esta graminea.

A. H. de Oliveira Marques, Introducão á Histôria da \gricultura..., pág. 83: Gon^alves. O Patrimônio..., pp.73 74; Georges Comet. Le Paysan pag.~259.

Ina

-

...,

""'"Cf. Fernand Braudel. op. cit. pag. 89: Yîassimo \Ionianan. Alimentazione nel Medioevo, pag.132 133: Relembre sc. ainda. a nota 288 supra. -

"

e

cultura

-

cevada é o cereal de segunda mais cotado. chegando a valer 2/3 do pre^o do trigo"o estará relacionado a com sua na que utiliza^ao ahmenta^âo do gado \laria Helena da Cmz CoeLho. O Baixo \londego..., pag.135: Ana \iana Seabra de .Vlmeida Rodrigucs. Torres Yedras..., pp. 196; Iria Gon^aKcs. Sobre o Pão Medieval. ..".

a

-

"

303

Ao contrário do que é possível detectar, por exemplo. para SiKio .\Kes Conde. O Médio Tejo.... Vol. I, pp. 277 278.

o

Médio

i

Tejo

-

Manuel

-

_m

Cí. notas 295

Georges

e

296 supra.

Comet. op. cit, pp. 245

-

246.

306

A. Ii. de Oliveira IL pp. 38 39: Ina -

30

\larques. 'Centeio" ín Dicionário de Gon^alves. O Patrimonio.... pág. 75.

Histôria de

Portugal

~

308

309

Ana Maria Nada Patronc. U cibo del ricco...,

Como sahenta \lanuel Sílvio Alves Recorde-se

o

Conde,

singular exemplo apontado

pág.

O Médio

na nota

77

70.

296.

Tejo...,

Y'ol. I. pp. 276.

,

Yol.

Rcferências cultivo do milho.

eseala"1".

se

bem que

Certamente que.

variedade de milho alvo

pain^o

"~\ O

De

em

podemos

esquecer que ele

restantes

os

cultivam.

.

cultivar-se.

e

O

qualquer modo

sobre

pão branco

paisagem

e

que

fino, para

este

os

,

nesíe

no

destina

aqui.

que

do

marginal

respeita

ao

tambem. fazem valer um

outro. escuro

larga

em

também

o

depois

de farinado.

aves e

dos

Tejo.

cabe

eaes315.

ao

trigo

a

cultivo dos solos316. Nâo

proprietários eclesíásticos.

aos

senhores;

e.

ao

sera na sua

.

ocorrer

alimento das

como

espa^o

meado"

respcito

desenvolva

podendo

.

"

se

sequeiro311

cereal de

pão313

segundo,

cereais

se

do

que dizem

as

medieva eie

(panicum miliaceum)

papas314.

primazia

o

ao

na

primeiro. eonstitui parte

pode consumir-se

rendeiros

reduzidas são

sumamente

a sua

e

para quem

liierarquia sociai:

mais

grosseiro.

para

os

o

os

eamponeses/1

Iria

Gon^aKes.

Tejo..., Vol. I. 11

O

pp.

Patrimônio..., pp. 74 75; \íanuel SíKio Alves Conde, O Médio 278 -279; Georges Comet. op. cit, pág. 275. -

Por não suporîar os rigores invemais, cste cercal semcia-se unicamente na primavera Ana \laria Nada Patrone. II cibo deî ricco..., pág. 67; Georaes ComeL op. cit pá« *

w

275. 31i

-

"

Orlando Ribeiro, \lilho" in Dicionário de Histôria de Portugaí.dir. de Joel Senão Vol. IV, pp. 294 300. -

Embora nâo sendo porîador dc grandes vantagens nuíricionais. o pao de milho quente e bem oozido Georges Comet. op. cit, pág. 276; Xâo se esque^a a boroa" detectavel no Entre Douro e Minho Iria GonyaK'es. Sobre o Pão Medieval...". eonsome-se

-

"

"

-

14

-

Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pag. 69.

Ina nas

Gon^aîves. O Patrimônio..., pág. 75. V. as referências Inquui^ôes de 1258 Idem "Sobre o Pão Medievaî...".

cxpressas

a

íal

uíuizayão

-

Para além do facto de o Tejo ser uma excelente via de escoamento da produyão. não oKide. também. que o trigo é o cereal mais compensador em termos de meioado, e o mais proourado pelos habitantes das cidades Ina Gon^aKes. "Sobre o Pão Medieval...'". se

-

Massuno Montanan. L'alimentazione contadina.., pág. 148; Louls Stouff Ravitaillement.., pag. 44: Ana Maria Nada Patrone. 11 cibo del ricco.... pág. 57: 78

A

distinyâo

entre os

respeetivos eomponentes minerais"

-

lerrenos e

do

que variam consoante

consumo:

enqtianto

panifieavao; papas

e.

os

de

_>1

mral"

uma

.

de

ou

primavera (

menos

ricos ).

de inferior

de

confec^ão

especifícacâo

e.

sais

gramineas utilizadas.

.

ainda.

se

maior

englobar

dos

lbr

a

uma

rolão319.

pâo

práticas

com os

aminoácidos.

os

tipos

de eereais utilizados

grãos duros. de inverno ( mais nutritivos).

diferentes tamanhos. pesos.

modo. para

de

ou

vitaminas.

utilizada.

modo. também diferem

naturalmente. de

Das

em

os

.

sâo mais abundantes quanto

integralmente

presen^a de farelo.

igual

pão fabricado prende-sc ainda.

caraetensticas das

as

proprio clima. Aqueles

De

de

glúcidos. prôtidos.

-

percentagem de farinlia

signiíicativa

tipos

se

.

destinam â

se

pennitem a prepara^âo de sopas.

qualidade obtêm

no

de

*2"

pâes diversos

se

que

traduzem

naturalmente. pre^os. Contribuindo. desse

entre o

pão

do mundo urbano

e

do mundo

o

I ...

Para

humilhaøo

o

habitante da eidade.

de retomo ãs

recorrer a

eondiyoes

de

cereais

menos

nobres é

ruralidade322. Conquanto.

Maria Helena da CruzCoelho. Apontamentos sobre Georges Comet. op. cit.. pp. 492 493. "

a

em

um

smal

situayôes

Comida..." in op. cit.. pag. 10:

-

1 K

Cí. Ana Maria Nada Patrone, II cibo del ricco...,

pág.

56.

Ibidem, pág. 57. Louis StouíT, RavitaiIIement.., pp. 48 50; Maria Helena da Cruz Coelho, "Apontamentos sobre a Comida..." in op. cit, pág.10. -

Ana \laria Nada Patrone. tl

op.cit, pág. 62; Georges Comet, op. cit, pág. 231.

Sobrc modclos alimenîares opostos, cntrc rurais c citadinos V. Massimo Moníanari, La Fame e L'Abbondanza. Storia dell'Alimentazione in Europa pp. 87 98 -

-

"

\lassimo

Montanari,

La Fame...,

pág.

70. 79

dramáticas^".

a

panificafão pode fazer-se a pariir das mais

estranhas

inusitadas

e

substâncias'24.

Para

entre o

medo

que

o

a terra

rural. alem das incertezas cki eolheita, do

Ihe da.

e a

avidez dos senhores.

persistente. Desapareeidos

os

preeário equilibrio.

alberga-se

tntimo

no seu

ultimos dos grâos. ele sabe que

um

tempo da

e

fome325...

Mas conhecer

pormenor. on

os

o

pão. cultivado

preparos dos terrenos.

de colheita.

o

quc

se

toma

as

bastante

e

consumido.

técnicas utilizadas.

difîcil, perante

o

implica

saber.

em

formas de semeadura

as

quase mutismo das

nossas

fontes.

Nas situa^oes extremas. vividas peias popula^ôes urbanas. duraníe penodos de cerco proîongados: No Alandroai passavam ja fracamente de mantimentos eomemdo pam de bellotas. e doutras asperas cousas de comer": em Almada. a íalta de agua obngou os moradores a fabricar o pâo. amassando-o com vinho. o que ímphcava consumi-lo en quamîo era quenîe. e como era frio. nom o podiam nenguem comer"para ja não falar dc Lisboa. onde os seus habitantes come^aram de comei pam dc bagayo dazenona e laces m avia. que ssc mamtunha em alfelloa"- Fernão Lopes Cromca Del Rei Dom Joham i..., Parte Primeira pp. 168. 236 e 269. Sobre a alféloa doee constituído por a^úcar em ponto e água de cheiro o que Ihe coníere uma grandc dureza. Cf. Maria Jose Azevedo Santos. O Mais Antio Livto dc Coanha Portugues Receitas e Sabores". Revista Portuguesa de Histôria. Tomo X.YVli. pag. 74. mais ou menos

"

"

"

"

"

-

*

Cf.

que diz respecnvas. o

a

este

proposito ina Gon^alves.

"

Sobre

o

"

Pão Medieval

.

c

notas



A fome existe quando íalta o pão. mesmo que abundem outros ahmentos Veia-se o descnto por Femão Lopes sobre o ocorrido no anaial do Condestável. postado alem da ponte do Cartaxo. com grande falta de manîimentos en tamto quc se deu huum cavallo por ^imquo paaes". Estando Nuno Âlvares tendo yimquo comendo, paaes na mesa. que nom avya mays em sua ^aqujtaria, chegarom ^imquo cavalleyros jngreses queixando-sse muvto que morrvam de fame e que quenam bever com ehe".. E oada huu tomou seu pam e o comeo," e beverom duas duas'vezes ( cada huum) e íoromsse: e íycou o Conde sem pam. c nom comeo aquella hora senam carne sem elle com gramde rjso e sabor""- Cronica Del Rei Dom Joham I..., Parte Segunda, pag. 48: Tambem mencionado por Salvador Dias Arnaut. op. cit.. pp.14 -15. -

caso

-

"

80

Os

indicadores.

fomccidos

agncoias. devemos analisá-los sob paga

e o

gernuna

que

de acordo

efectivamente. eultiva.

.

temf '". E. quanlo

na

certas

cada

com

a

reservas.

a sua

conhccc

pclo calejado

das

se

pratica

mrais do reino

efeetuados

.

a

o

quem melhor

se nos

apresenta, não difere substancialmente do e

-

.

elaro.

nos

outros espacos

portugués'29.

No

grande parte

ser

especifíca. julga

minuciosa32

Europa tardo medieval328.

restante

na

agrieultor

realidade do que

a

natureza tao

o

prôprias mãos...

O panorama. que que

presîayôes

do que

rela^âo

dos trabalhos que devem

men^ão

tabelião. desnecessário relembrá-los. de forma mais os

A

sempre traduz

nem

de cultivo. dada

tipo

das

pelos pagamentos

do

ano

"

"estrumagem".

easo

das terras destinadas

agríeola.

monda'".

ao

várias

assumem

"gradagem".

pâo.

esses

trabalhos. que ocupam

designa^ôes:

"

lavra".

para além da sementeira

"alqueive"'.

propriamente

dita330.

"

O senhor

loreiro aqueles produtos em oue tinha maior interesse e curar de saber quais eles seriam'", eomo já foi devidamente sahentado por Ina Gon^alves. O Patrimônio..., pag. 76; e retomado por Yíanucl SiKio AKes Condc, O Médio Tejo..., Vol. I, nota 236. pp. 273 274.

deLxava-lhe

e.xigia

os

ao seu

resíantes,

sem

-

"'Veja-se o caso da quintâ dc Borgcs. no termo da Azambuja onde se menciona genéncamente. que os foreiros devem trabalhar a lena eomo melhor é uso e costume das outras qumtâs do termo da Azambuja A. N. I'. L, Mosteiro de S.Vicente de Fora, la Incorpora^ão. \ia90 11. Doo. 3, (1345). -

"

Georges Dubv. Economia Rural e Vida no Canipo no Ocidente \ledieval, Vol. L pp. 121- 148: Guy Fourquin. "A Cristandade dos campanários e dos campos (por volta de 1300)" in Histôria Econômica e Social do Mundo, Tomo 1, O Mundo em Expansão. Séculos XIV XVI. Vol. I. pp. 188 195; Georges Comet. op. cit. pp. -

333-373.

entre

-

muitos outros.

V. a excelente caracteiiza^ão das prátĩcas do cultivo cerealiiero nas tenas alcobacences Iria Gon^alvcs, O Patrimônio..., pp. 216 229; e, se bem que revelando algumas diliculdades na obten^ão dos respeotivos dados, V. o que deixa dito. para as tenas esgueirenses, Maria João Yiolante Branco M. da SiKa, Esgueira..., pp. 99 102. -

-

-

Veja-se o escalonamento deste tipo de trabalhos Gon^alves, O Patrimônio..., nota 38 da pág. 221. 81

para

as searas

alcobacences

-

Iria

Nos A fôrmula

nossos

generiea

de pao é que

os

mais

esterco que

e

entregtie

ao

pressupôe

uma

e.

V por todos

possíveî

um

-

neles

vez. se nos

este o

um

se

refere

lavrar.

a

preparacâo de

a

recomenda^âo

terras

herdade do

de que

o

arrendado332. seja

fomo de eal. então na

respeito.

semear"3''.

apresenta

fa§a lan^ar

a este

proprietário.

o

que

adubagem333. os

grãos atmgem

posterior debulha335.

mral toma-se,

331

unica

caseiro. para que

uma

quando

liear da lenha de

Quando

eolheita'3'1

utilizaa\i

agrícultores devem "romper.

E. por

cisco

documentos. muito pouco podemos saber

na

devida matura^ão

procede-se

å

eira. Esse espayo tão caractcrístieo da vida

pouco mais evidente,

A N. T.

a

na

doeumenta^ão

que

conheeemos336.

T, Mosteiro de Sta \laria de Alcobaca, Maeo 32 n° 8

(1343). 332 333

Ibidem, Mosteiro de Sí" Maria de Chelas. \ia90 64. n° 1271. (1378). Sobre

estruma^ão dos campos cerealíferos e as diferentes possibihdades de o fazer Georges Duby, Economia Rural..., V'ol. I, pp. 138 139; Mauricc Bcrthe Le Comté de Bigorre..., pág. 91: A. II. dc Olivcua Marques. íntrodu^ão â Histôria da Agricuitura..., pp. 89 90; fria Gon^atves. () Patrimémo..., pp. 224 226: Mana a

-

-

-

-

João V. Branco VI. da SiKa Esgueira..., pp. 99- 100. 33!

Utilizando as "foices para segar'- A. H. dc Ohvcira Marques, Introducâo â Histôria da Agricultura..., pag. 98: A ceifa eiectuava-se em Junhô e Julho". deLxando na terra "colmos muito aproveitaveis c levando com a espiga sô a palha suficiente para a íeimra dos moihos em que o cereal seria transportado "até â eira"- Iria Gon^aKes O Patrimônio..., pág. 228; e Ana Maria Nada Pafrone. II cibo del ricco..., pág 63 Recorde-se a nota 2 1 9 do § 2. 1. "

335

"

A debulha podia scr fciîa com malho. eom trilhoada ou singcl pes" A. H. dc OlKcira \Iarqiics Introducão â Hislôria da 99

os _

-

ou

simplesmcnte

Agricuítura..., -

**

com

dd rr-

98

V. 0 exemplo seguiiite sobre a locahza^ao de eiias na Leziria da Toureiia. tenno de Azambuja: que o dito Joâo Amiques possa fazer a eira para debulhar seu pao e se lograr dela A. N. T. T., Convento de S. Dinis de Odivelas. Liv. 29, íl. 75. (1451); e. a propôsito de uma questão relativa å "guarda?* de todos os pâees e Iegumes que em as -

"

dictas lezirias sam semeados". diz se que essas guardas duravam desde até ao levantamento das eiras Ibidem, Liv. 29. fl. 77. (1468). -

-

82

as

sementeiras

Grande partc dos pagamentos de rendas são fcitos

local33".

ncsse

devido

em

~>~>~i '

tempo'

apresentando-se

.

Sobre

a

o

pratica

do

e.

mais

desenvolvida pelos

nos

alias.

que.

alongadamente

na

o

"a

e

zona

é dado saber. Uma

rendtmento das

eresee o

corrente

vasĸoura

eereai. mais

m.

uma

entanto. que

no

no

Portugal

mediterrânica341.

'\

moreira"

"

sementes

a

tardo-

tambem

é

Dizem que

em este

a

propôsito

â terra. muito

lan^adas

estimativa, para bens situados

apresentada pelos monges aleobacences

chama

ondc

de

e

agricultores ríbeirínhos342.

Porém. sobre nos

terras

quase obsessivo. Cremos.

e

afolhamenlo bienai.

medievo" ".

destas

rentabilizayão

siiéncio dos doeumentos

vez. o

pouco

grão. preferencialmente. limpo de pá

do

seu

na

fértil Vaiada. é-

reguengo onde

se

rreguengo ha terra para tres chamias

O pagamento dos íoros relatKos a nove estis de tena de pão. situados aquem do Porto de \iuja Campo de \ alada. termo dc Santarcm. deve ser fcito ao procurador do Mosteiro. entregue na barca ao porto de Muja ou na eira das herdades segundo recado do procurador- Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de Chelas. Maco 54. n° Ĩ072. (1473)

^Geraimente por Sf Mana de Agosto Histona da

Agncultura...,

tao Situapao que

largamente

A H. de

-

pag, 99.

Oliveira

Marques. introducáo

a

atestada que

nos dispensamos de apresentar os muitos Sahente-se. apenas. um curioso acrescimo as recomendacoes usuais: sobre o respectivo pagamento diz-se que deve ser m^ade dc tngo e a ouíra metade cevada sendo bom pâo hmpo de pá e de vassoura novo enxuto e nao molhado; e que o trigo não tenha cevada nem outra impureza de enoano \ N 1 1., Coiegiada de S. Bartolomeu do Beato de Lisboa \ia90 1. n° 10. (1495).

exemplos

oconem nestes contratos.

-

.

A. H. de OlKeira Marques. Introdu^ão â Histôria da Agricultura..., pp 91 Gonyalves. O Patrimônio..., pp. 217 221: \lana Helena da

95- 1™ Cruz Coeiho. O Baixo Mondego..., pp 202 208; Ana \iana Seabra de Almeida Rodrigues. lorres Vedras. 198: Mana Joâo V. Branco M.da Silva pp. 197 Esgueira pa 100 \lanuel SiKio .\lves Conde. O \lédio Tejo..., Yol. L pp. 269 -270. Ct. B. H. Shcher van Bath. Historia Agraria de Europa Occidental ( 500 18^0) ^ ed.. pp 8^ 86: Georges Dubv Economia RuraL.A'ol. I 13">- \iaurice pp 121 Berthe. Le Comté de Bigorre..., pág. 91. -

-

-

-

..

...

-

-

-



Parece-nos

poder deduzi-lo

a

partir da indica^ão

Yale da Pedra termo de Alenquer, em que courcla um ano cm alqueivc outro em

.\lc0ba9a, \Ia90 M3

25. n° 585.

Ibidem. LK.15. fl. 374

v

pão

(1427).

-375

v.

83

relatKa a uma coureia situada no recomenda ao foreiro que aproveitem a A. N. T. T., \losteiro de Sta Maria de

se -

quanto possam llavrar "

acreseentando que

xxb.

.

xxx.

perdesse que

nom

c

pode

xxxb. moios

levara

que

Render

este

como

Mas esta

ssemear

Regeengo mjlhor

e aas uezes

gram parte desta terra contra

he aberta

em

o

e

dos outros

cereais346.

cultivos. Porém.

as

caractensticos.

estis

elemenlos

.

é

per Razom da augua que dtzem

não

a

estende

se

sabe.

se

uma constanîe

também.

designa^ôes de

Rezoadamente

ano

compre"344.

lhe

é

mjlhor".

e

forem abastados mais

sse os anos

monle

possivel fertilidade

Erequente

eada hum

em

cerealíferos desta margem direita. Tanto quanto

trigo-4',

moios

xx.

da vida

divisão das

a

a

baixa

todos

os

espa^os

produtividade

agrícola medieva34".

parcelas348

dedicadas

de terra, herdade, coureia. talho. cerrado

herdade

dos

santarenos,

campos

do

não

a estes

ou. os

fornecem

"

permitam ealcular

nos

que

respectivas

as

áreas das terras de

semeadura3ÍU.

y;

As cheias

podem afectar a rentabihdade da produøo como igualmente se íaz sentir \iondego Maria Helcna da Cmz Coclho."~0 Baivo \londego *

para os campos do pp. 137 -138, 315 346 34"

'

",

A. II. dc Oliveira

Marques, Portugal

Iria

Gon^alves,

Patriménio..., pág. 216.

No

caso

mcdia

a 34 J

-

Sobre

do

geral

O

Crise...,

pp. 96

Mondegc> -

os exemplos são algo diferentes. \lana Heîena da Cmz Coelho. O Baixo

dimmutas dimensôes das

as

na

-

97.

apresentando valores superiores

Mondego...,

tenas de semeadura. em todo o

e-

pp. 139 -1 52.

Ocidentc europeu

n°:s esp?90s agncolas portugueses já esmdados Cf. Manuel SiKio AKes Conde Medio Tejo..., \ ol. L pp. 280 283 e bibliografía aduzida nas notas respectivas. -

'

O

-

349

Cf.

o

quc antcs dissemos

c as

notas 2.30 e 231 do

§

2. 1

.

Cí. os exemplos fomecidos para as searas pertencentes a institui^ôes de assist^nna de Santarem \lana Manuela Tavares dos Santos Silva e Manuel Silvio Aives Conde Kecursos eeonomieos de algumas mstituiyôes de assisténcia de Santarém nos finais da Idade Media m 1383 1385 e a Crise Geral dos Séculos XIV / XV. Jornadas de Histona \ledieval, Lisboa, 20 a 22 de Junho de 1985. Actas, 80 ou das pp 79 herdades tonesâs Ana Maria S. A. Rodngues. "O Patrimonio das Donas de Santos no lermo de lones Vedras durante a Idade Média in As Ordens Militares em Portugal, Actas do I Encontro sobre Ordens \Iilitares. pág. 121. -

-

-

-

"

S4

tWA, 6

-

AS CC^SCOACOfeS

Ĩ>C

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5K*

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t

C6.«tM-

C'J.'Jt.iftA

'

preocupayão

protege-las

em

última instáncia.

reeorrer

com

a

valados

ou outras

intervencão de

formas de defcsa

~\ e. ern

guardadores especializados

-

os

vmheiros

s

Sâo vinhas baixas. mais

guamecem este espa^o

cereal "*''.

o

consocia^ão Tejo.

03

mas

de

também.

.

a

°

em

da

"

Gon^alves.

a

menos

associacâo

oliveira

cultivos44". ajudam

as marcas

Iria

agricola

ou

e as

alinhadas

com

outras

árvores de

tra^ar

nesta

em

earreiras

.

que

culturas139. Deeerto

fruto4"41. preferidas

paisagem.

que

se

nesta

abeira do

policultura mediterrâniea.

Lntre

o

campo

e a

cidadc..." in op. cit.,

pág.

83.

i;.i

Xa Ota. na várzea a par do Ribeiro. detennina-se que se fa^a uma vinha vaiadaChancelarias Portuguesas Chancelaria de D. Afonso IV..., Yol. I. Doc. 73. pp. 92 -

-93.

V. as explica^ôes em tomo da protecyâo e defesa das vinhas santarenas Martins \iana Os Yinhedos..., pp. 102 107.

-

\lano Paulo

-



I.V-

V.

os

exemplos apresentados

por Mário Paulo \iartms Yiana. Os Yinhedos..., pp.

106- 107.

CL Maria Joâo V. Branoo \í. da Silva,

Esgueira..., pág.I09; Mário

\ iana. Os Yinhedos..., pag. 32: \lanuel SíKio Alves Conde. O Médio

pág. m

300.

Ci. nota 252 do .

§.

2.1

V

\íapa respeotivo.

V.

o

Paulo \Iartins I'ejo..., Yol. L

.

"

Mapa

6

-

As

oonsociayôes

do cereal

e a nota

356 do

§.

2. 1. 1

.

De entre a nossa documenta^ão podemos reunir uma amostragem de 53 reierências a consôrcios desta nauircza: a liga^ão vinha + ccreal c vcrificável dezoito \-czcs; vinha + oliveira surge dezassclc vczcs: vinha + árvores oeorre dczoito vczes. V. \lapa

respectivo. "

Como o demonsîiam outros espa^os já estudados hia Gon^aKes. O Patrimônio..., pp. 86 -87; Vlaiia Helena da Cruz Coelho. O Baixo Mondego..., pág.157; Saúl Antônio Gomes. O Mosteiro de Santa Maria da Vitôria no séc. XV. 1989. pág.193; Maria João V. Rranco \1. da Silva. Esgueira.., pág.109; Mário Paulo Martins Vîana. Os Vinhedos..., pp. 32 41; Manuel Sílvio AK'es'Conde, O Médio Tejo..., Vol. I. pág. 305. -

-

99

2.2.3-AZEITE

Na

alimentayão.

partieular dos mais altos medicina.

o uso

símboios

se

se

religiosos:

do azeite faz parte do

Indubitavelmente. de que

lado de outras

ao

o

seu

especializados

e

criado

eondi^Ôes

para

a

e

eni

de

pratiea^

nas

\

a

para que

forma^ão

e

iluminayao.

fun^ão

sacralizante

eultivo da oliveira

o

de centros

produtores

.

Com efeito. Santarém é.

azeitcira do

valor econômico

sigmiicativo

na

períumaria

quotidiano medieval

acha revestido. tiveram peso

tenha desenvolvido

na

gorduras:

reino44". São famosos

na

Idade Média.

os seus

olivais44t!.

um

que

dos

da

produ^ão

crescem nos

solos dos

pôlos

Cf. Louis Stouff, Ravitaillement..., pp. 101- 103: Massimo Moníanari. L' aiimentazione contadina..., pp. 396 402; Ana \laria Nada Patrone, II cibo del ricco..., pp. 207 210: F. P. Langhans. Apontamentos..." in op. cit, pp. 9-15: A. H. de Ohveira Marques. Portugal na Crise..., pag. 99: Maria José Azevedo Santos. O \lais Antigo LKto.... in op. cit., pág. 74. -

"

-

"

'

Relembre-se

266 do

a nota

§. 2.2.2

.

Os dũ'eitos de portagem do azcitc sâo indieados. desde séculos antenores. nos forais de: Santarcm c Lisboa 1179: Povos 1195; .Alcnquer e Vila Franca dc Xira 1212. coniorme dcmonstra F. P. Langhans. Aponlamentos..." m op. cit, pág. 55. -

-

-

"

Como

tambem Lisboa. Coimbra. Evora e Leiria F. P. Langhans. "Apontamentos..." in op. cit., pag. 22; iria Gon^alves. () Patrimônio..., pág. 88; Maria Helena da Cmz Coelho. O Baixo Mondego.., pág.172. o

eram

-

Como amda na actuahdade se regista na voz popular : Corri Santarém ã volta OlKeiras. Olivais Para ver se me esquecia Cada vez me lembro mais." cit. por Antônio Augusto Antunes Júnior. "Santarcm Breves notas sôbre o concclho dc Santarcm" in Boletim da Junta de Provincia do Ribatejo. 1937-1940. pág. 247. "

-

mn

H A?A

Q

-

AS

CO^'SOClACotS.

DC

5AWTAR£m

OUCûu

LEG6AJDA.

Qpcuro •

3e

CU.Oti.teA,

*- CŨCîíCa.

«£PtA£>JÔA e

e

C£«k

-

Baqucro Moreno. A acyão dos Almocrcvcs no Dcscnvolvimcnto das Comunicaeôcs inter-Regionais Portuguesas nos iins da Idade Média in Papei das Áreas Regionais na Porma^ao Historica de Portugal, Actas do Colôquio. 1975, pp 211- 215. '

1

Apesar da chamada de aten^ão que faz A. H. de Oliveira Marques : "No Foral da Portagem de Lisboa de cerca de 1377. hga-se-lhe pouca unportância como objecto de exporta^ao. Ainda por cima o termo 'azeite" podia englobar variados ôleos nomeadamcnte de perxe

e

de baleia

o

quc diíiculta

10-1

o

conhecimcnto"- Ibidem

páo

2. 2. 4

O do

retemperador

FRLTA E LEGCMES

-

aroma

fígo.

acre

da

ma^ã.

são apenas

o

aîguns

docc refreseante da dos sabores

uva.

o

gosto

apreciados pelo homem

medieval.

Acesstvel å

luxo

\ o

espectro do

quase todo

irngado.

o

espa^o.

passa

a

mesa

dos

seu consumo

com

privilegiados. inicialmente.

no

comportar

as

fruteiras mais

quadro alimenîar

perecibilidade

de

algumas

E.

alguma fertilidade. susceptível

As frutas frescas. que

ganham

alargando46.

vai-se

as

variadas4'

que

de

Baixa Idade Media.

de

ser

abundantemente

ano

diversifieam47*.

.

diferentes formas de a

produto

na

várias estacôes do

vanedades aeonselliam

como

utiliza^ão.

se consumam

A elevada

seeas4

9

ou

,;

Cf. Massimo Montanaii L 'aiimentazione contadina.., pp. 366 Nada Patrone, II cibo deî ricco..., pp. 181.

6

Recorde-se

o

que deLxámos dito

na nota

275 do

-

369: Ana Maria

§.2.1.

Não queremos deLxar de reproduzir parte de uma licen^a. para conduzir a água do rio para um pomar. situado em AK'erca pertencente â quintã de Poverba. Essa água deverá ciroular. pelo fundo da herdade da nogueira, onde esîao os loureiros, de modo que na dita herdade se faya o menor dano. E dali passa se pera o fĩindo do pomar novo. por entre as duas laranjeiras que estão na borda do rio. Outras estão situadas acima. Devem evitar danos ao pomar e íevar a agua onde é necessário. Uinto no verão oomo no invemo- A. N. T. T., Convcnto de S. Dinis de Odivelas, Liv. 27: fl. 11. (1454). -

0

Por exemplo. oerejas, gmjas. ameLxas e amoras mais tipioas do Yerao hia Gon^aKes. "Aceroa da Alimenta^ao.Y" in op. cit, pág. 207: os figos frescos de Junho a Setembro -

-

Manuel SiKio Alves

Conde, O Médio Tejo...,

Vol. I.

pág.

323.

ikOs fmtos empregues são as cidras ( sô a casca). os pêssegos. os limôes. as peras ou os codomos, os marmeîos e a abôbora" sujeitos a proccssos como a "scoagem e as caldas" Maria José Azevedo Santos. "O Mais .\ntigo LKto..." in op. cit, pág. 87. -

105

'

passadas

-

sabores.

mormente

pelo

figos.

ameixas

a

cozedura

recurso

Outras.

e uvas.

possibilitam

fermentayâo

.

variayão dos

a

praticas

outras

e

gastronômicas"

As necessidades alimentares ditam

como

campos

doen^as pelo

\ outros.

da

sua

.

eitadino48

m

portadores

Talvez. por isso.

ehegada

Se

alguns

frutos sâo

quando verdes. podem levar

contráno. são

idades

cidades.

nas

até

ao

tanto

de beneíicios

se

fa^a

o consumo

sentir

â

a

a

da fruta.

julgados

morte483. criancas

e

obriga^ão

eonsumidor486, especialmente

Bem

eausadores de

amadurecidos484.

adultos de todas

dc

o

tanto nos

as

vigiar as eondi^ôes

que vive

no

espaco

.

Cí'. Iria

Gon^alves. O Patrimonio..., pág. Crise...,pp. 99- 100. "Cem frutti potevano anche

94: A. H. de Oliveira

Marques. Portugal

na

cotti al fomo...sia domestico. sia pubbhco. doppo la potevano poi essere destinati alla confezione di aelatine composte speziaîe" Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco\„ essere

cottura del pane. Tutti i fmtti

marmellaie 1 4h-

o

pag!

-

oo.

Curiosas são

referências quc o rci D. Duarte faz a algumas fmîas, que, em sua podem poteneiar probicmas cstomacais "vvanda humida asy como yereijas peseguos ou "muyto inas e agudas" oomo o ivmom" Dom Duarte, Livro dos Conselhos ( Livro da Cartuxa), edi^âo diplomatica preparada por Joâo José \Kes Dias, 1982, pag. 253. as

opmiao,

-

-

i

jv

V. os exemplos documentados por \laria José Azevedo Santos. LKto..." in op. cit, pág. 86 e nota 42.

"

O Mais

Nuno AKares Pereira

Antigo

e os seus homens. em tránsito forom bem para Évora, pemssados de íigos. ca outro mamtiimento nom avia" de\ido ás acmras da guena Lcmâo Lopes. Cronica Del Rei Dom Joham I...., Parte Primeira. 259. "

-

4Sí

pág.

Cf. Ana Yiaria Nada Palrone. II cibo dei ricco...,

pág.

183.

E oonhecido o caso das cerejas. produzidas em Alenquer. que as regateiras vendem e iazem em ehas engano mesturando as ^ereiJas ^edi^as oom as fresoas e esso medes as meudas com as ounas mavs gradas" cit. por João Pedro Feno. Alenquer Medieval M 137-138. pp. JCT

As ímtas "podiam deteriorar-se pela vizinhan^a de do pcLxe ao ser escalado ou salgado nas suas "Defesa do eonsumidor..." in op. cit, pág.113. caso

106

produtos poluentes.

proximidadcs"

-

como era o

Iria Goncalves.

Fmtos

secos

medievos. Não apenas. altemativa que

pela disponibilidade

constituem,

se

Em

suma.

de

pela planta^ão

Por

.

uma

sua

de

paladares

nos

que ofereeem.

eonstante

abstinência488.

mas

pela

alimentos de

aos

a

disposi^âo

I ejo. dos sées. XIV

e

os

laconismo das fontes.

Embora

se

nos

a

fmtos

seeos

garantidaw

e

ameixieiras.

romãzeiras. limoeiros.

pmicipais

pessegueiros.

laranjeiras.

que

.

e

outras

castanheiros.

e

eompletam

o

quadro

medieval4°:.

do homem

XV.

variedade de fmlas freseas

nogueiras. amendoeiras, aveleiras

vez,

Até que ponto

'

larga apetencia

figueiras. pereiras.

nespereiras.

eontribuem. para forneeer fmtieola

enorme

macieiras.

eidreiras. eerejeiras.

o

periodos

nos

uma

animal48\

orisem

mais

conheeem. também.

fruticuîtura.

integra

impede

nesta

de

praticada

visâo

global.

direita do

nesta margem

é

algo

que. mais

uma vez

pormenorizar.

referência expressa å ingestao de algum tipo de fruto seeo. V.. no que proposito do rei Luis LY de Fran^a du. um seu biôgraío: "Pendant le Caréme et l'Avent il s'abstenait de poisson et de íruit le vendredi. Cependant avec la permission de son confcsscur il ne consommait ce jour-lâ qu'une seule espece de Samt Louis a Table: Entre poisson et une espêce de fruit."- Jacques Le GoíL Conunensahté Royale et Ilumilité Alimentaire^ in La Sociabilité â table. Commensalité et convivialitc ã travers les âges. Rouen, 1990. pág. 134. sem

entanto. o

a

a

"

48Q

Ana Maria Nada Patrone, II cibo del ricco...,

Cf.

pág.

189.

variedade de árvores f'rutiferas existente na Proven^a Louis Stouff Ravitaiííement..., pág. 107; e Noél Couîet. Aix en Provence..., pág. 125; V. a tipologia das fmtas. que se cultKavam no Piemonte, apresentada por Ana \iaria Kada Patronc, II cibo del ricco..., pp. 189 205. a

grande

-

-

Completc-sc as men^ôes com a hstagcm aprcscntada, para Portugal. por A. H. dc Marques. Portugal na Crise..., pág. 99: oompare-se. ainda. com a riqueza ímticola do cenobio alcobacense Ina Gon^alves. O Patrimônio..., pp. 93 94; e de outros espa^os agríoolas Maria Helena da Cmz Coelho. O Baixo Mondego..,, pág. 194; .\na Maria S. de .Almeida Rodrigues, Torres Vedras..., pág. 205. Oliveira

-

-

-

'"

Para além do que dissemos na nota 487 supra. V. também Salvador Dias Amaut, A Fmta" in Arte de Comer..., pp. 42 45: Maria Antonieta Soares de Azevedo. 83. Dicionário de Histôria de Portugal. dir. de Joel Senão. \ 'ol. III. pp. 81 "

-

-

107

Se árvores

castas

que

c

que

neste

espaco ribeirinho, já não é tao evidente

plantadas

predominantes.

não

documentadas nos

apenas

9\

deixoti

rasto

de

das

árvores

e

então496?

em

e

qual

sabemos

que

A verdade

apresentadas

que possamos avaliar da extensão

conjunto

no

a

de

casta ou

"hadalhoucil" ? Por

a

fîgueira "milheira" 49?no

uma

pomares meneionam-se

? Talvez

outras

:\s restantes LndicaeÔes são-nos

gencrico para

em

"negral"

universo frutícola de

no

o

a

qualquer

ou

está

ftgueira

a

Eventualmente

"coriga"

a

destaque403

certo

e

devidamente

que

a

espa^o de

toponimia

Valada49*...

de modo demasiado

qualidade dos

Alverca499discriminando,

cultivos. Yssim. .

num

único

caso500,

fontes permitem localizar: na Castanheira uma casa e um bacelo e A. N T. T., Mosteiro de S. Yicente de Fora, la Incorpora^ão, M390 12. Doc. 22. ( 1352); um eenado dc figuciras c amcixieiras Ibidem, 2a Incorpora^ão. \Ia90 29. Doc. 48 c Doc. 49, (1473); uma eourela dc vinha com uma "mouta" de íigueiras no topo Ibidem, \ia90 29. Doc. 40. (1493). Junto da Azambuja. ondc chamam Borjos. uma tena de ametro com figueiras c uma oliveira Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de Aicobaca, \ia90 40. n° 99 L (1429). No campo de Yalada acerca da quintã de Guiomar Docem. mencionam-se duas casas que têm em scu redor, duas figueiras e um eortinhal cm quc cstão ameixiciras novas e três iiguciras Ibidem, Liv. 159. fl. 373. (1432). Numa herdadc. acerca do rcguengo dc Yalada. junto a duas casas situa-se um cortinhal com Uês iigueu-as novas Ibidem, Liv 15 íl 373 v. -374, (1439). As

nossas

íigueiredos

-

-

-

-

-

-

'

Como já várias vezes eonhecmiento dos dados

o

dissémos.

em

estudo. As de plantas

prova concludente do tipo reahdadc das nossas observa^ocs.

Relembre

-

se a nota

278 do

§.

2.1

este

de

tipo

arvores e os

culhvadas

ai

referências. e.

podem

mesmo

desvirtuar

a

.

Assinalc-se ainda a "re\anqueira" detcctada no cspa^o tonesão Aimeida Rodngues. Torres Vedras..., pág. 205.

Iria Goncalves. O Patrimonio..., Torres Vedras..., pag. 205

um total indicam nâo são

hnpede se

pomares que

pág.

-

.Yna \lana S. dc

95: ,\na Maria S. de Almeida

L'ma courela que chamam a figueira milheira A. N. T. T., Estêvão do Stmo. \lilagre de Santarém, \la90 3, n° 137. -

Rodngucs.

Colegiada

de St°

Numa senten^a envolvendo 0 \losteiro de S. Yicente de Fora diz-se que este tem no de AKerca muitas vinhas. herdades de pão e pomares Ibidem, Vlosteiro de S. Yicente de Fora 2a Incorporacão, C.x. 10. \la90 28. n° 11 ( 1386): e da quinta de

lugar

-

108

que aí e.

se enconîram uma

partieular.

mats em

nogueira51'1. loureiros50" e laranjeiras503. na

aldeia de Subserra ".

a

Em Alhandnr"

presenca de

h

água

pareee

'

favoreeer

loealiza^âo

a

dos pomares

Em Povos. apenas para

.

um

'"",

deles

se

°

protee^ão. cercando-o

a sua

preve

da vila da Castanheira.

mas

l

referidas"

\

e

alindando-o

dispoem-se

todas elas confrontando

outras

algo

com

tanto

possivel

quanto

.

Nas

árvores. para além das já

comum

a

-

frescura das

águas

eorrentes511...

Poverba eitam-se. entre as suas perten^as. os pomares- Ibidem, Convento de S. Dinis de Odiveias. Lrv. 27. 11. 5. (1451); na aldeia do Adarse, um casal oom casas. lagar. vinhas herdades e olivais tem. ainda. outras árvores- Ibidem, \losteiro de Sta Maria de \Ic0ba9a Maco 43. n° 1087. (1467). Ai

L

pomar que se inclui entre as perten^as da 477 do presente parágrafo.

0

nota

Que de "

resto da

Y\. adianle.

o nome a

548

as nolas

parcela

propna

e

-

a

quintã

de Poverba

em

herdade da nogueira

-

parte

v.



citado

na

nota supra.

549.

13

PossKehnente a variedade doce que era já conente nos meados do séc. XV .Vntonieta Soares de Azevedo. Fmta"... in op. cit. pág. 82.

-

Maria

"

14

A quintã do Alamo. inelui enîrc os seus bens os pomares St8 Víaria de Chelas, \ia90 52. n° 1024. ( 1385).

'-'"

-

A. N. T. T., Mosteiro de

Dols pomares situam-se, um junto ås casas, ouîro acima da aldeia junto Ibidem, Mosteiro de Std Maria de .\Ic0ba9a Liv. 183. fí. 206. (1410). L'm delcs situa-sc. prccisamentc. a so a Fontc no dito lugar Sta Maria de Chelas. \ia90 60, n° 1184, (1375).

"He

-

com 0

rossio

-

Ihidcm, Mosteiro de

mais fresco que quantos 0 Teio ve por que de todas as partes está de fmiîo principalmenîe das de Espinlio as quais estando verdes todo o anno 0 fazem pare^er Lsento das iniurias do tempo. as outras fruitas de veraô se colhem nesta tena de melhor sabor e períei^aô que quantas se conhece em Europa. Nasce isto da bondade das agoas. que anebentando da sena regaô abundantemente estes pomares..." diz a propôsito duma viagem que aí faz. em 1609, Manucl Scverim de Fana Cf. 'Tontes Documentais Relatos de \'iajantes" m Boletim Cultural, \'° 2 1986, pág. 129.

lugar

este

cerquado

de

o

arvores

-

-

A.

X.T.T., Mosteiro da Santíssima Trindade de Lisboa Liv. 2 da Fazenda fl. 4> 49,(1402). Ibidem, LK\ 2 da Fazenda. fl. 50 Lu

Cf.

notas:

382 do

-

2.2.2, 459 do

§.

52

§.

-

v.

2.2.3

e

493 do presente

paragrafo.

O cenado de íigueuas e ameixieiras coníronta com ribeiro; a fundo da Fonte situa-se outra courela de ameLxieiras: e outras árvores localizam-se perto da Fonte, coníorme nos dá a percebcr o tombo dos bens do Mostciro de S. Viccnte de Fora quc tcmos vindo a utilizar Ci os dados da nota 493 referentes ao ano de 1473.

uma

-

ioq

Pelos pomares. Em dois que forem

necessanas e

da

Ignoramos.

não deixe

se

os seus

forma.

as

referêneias

a

eultivos existente

~

-

nozes513.

em

eada

sem

prevalentes

nesse

se

constituem

os

e

disputado

os

ano. as arvores

no

entanto.

eonjunto de

arvores.

que.

pomares perteneentes na

a

área da fruticultura.

espa^o de Valada.

árvores516 demonstrem

evidente consôrcio da vinha

e o

implicam

No jardim

Em Yalverde

em

sâo

parcerias de cultivos

inserem.

euidados51\

plantar.

tradi^ão alcobacense 51\

tão

no

pomares

.

Estas

numero. se

de

dispersam igualmente

se

eréditos por mãos alheias...

Por último.

que

foro

o

como

a

da Ota

e

obriga^ão

nogueiras

bem que

se

a

requere-se

as

mesma

Ota514.

da

Granja

refere-se

casos.

pereeber

possamos

Alenquer51"

de

termos

ou

que

o

em

que

agneultor

quintal520

as

se

urbanos.

e

total

a

da

nao e

de admirar

promiscuidade

de

fruteira518.

árvores.

em

maior

desmulliplique

em

ou menor

trabalhos

e

tempo que lhes é dedicado.

o

Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de Alcobaca, \íaco 44 n° 1128

(1320). ~~u

Nos Moinhos de trás

e no 514

"

Ribeiro de

Gon^alves.

Y. também a 194 do§. 1.5.

Relcmbrem

~18

Alenquer

Ibidem, Liv. 52. 11. 408 Ci\ Iria

A:

-a

\\.

-

Sobre 234.

os

-

v.

termo de

Ibidem. -

41 1

se os 0

\la90

Alenquer lbidem, -

Liv. 183. íL 51

-

51

v;

86. (1437).

v.

Patrimonio..., pág. 232.

quintã dos Chavôes

entre outros.

9

O

portela

-

que tem

exemplos já indicados

exemplo citado

trabaLhos relatKos

ao

seu

pomar

na nota

na nota

382 do

pomar Cf. Ina

árvores

com

e

vinha

-

Cf.

nota

493 supra.

§.

2.2.2

.

Gon^aKes, O Patrimônio...,

pn

232

-

Normalmente cingidos ás respectívas habita^ôes. tanto na Europa como em Portugal Noel Coulet, Aix en Provence..., pág. 126: Iria Gon^alves, Entre o campo..." in~op. cit, pág. 90. -

"

no

recupera-o.

o seu

pode recolher.

rural.

habita^ão para

Em

tralar

as

demasiado

dono.

mais

com o

conírapartida.

devidamente"

ja que

~

ao

.

fazê-lo

horta523

Terra bem estmmada

cultivador525,

mimosas

nas

524

~6.

junto

da

crescem as suas arvores.

eneargo

se

eonjuntamente522

loma.

porem.

cuidar da vinha.

que Ilie está associada.

.

água

fazem desabrochar

mesmo no

esse

que ai

-

"

almuinhas, conchousos

humana por perto

locais onde

poderá

.

primicias

para além das que cultiva.

Nem sempre

do oiival. ou, mais comumente. da

parte do

aos

luxo das

acesso ao

camponês.

o

de deslocar-se até

tem

oneroso.

rápido

abundante. minuciosos cuidados por

lcgumes

.

ervas

de cheiro.

cortinhais. desde que exista

e

e

fmtas

habita^ão

interior das grandes cidades.

A preseiĸa do pomar. anexo ã como c

obvio

-

habita^ão mral. não imphca uma desloca^ão de maior Cí. Ana Mana S. dc Almcida Rodrigues. Torres Vedras..., pág. 205.

"Xormalmcnte essas parcclas cram cultivadas com fins lucrativos, intercssando sobremaneira os respectivos proprietários, como no caso dos monges de Alcoba^a Iria Gon^alves. O Patnmônio..., pág. 90. Ou, a Ordem de Cristo como refere Manuel SiKio AKes Conde, O Médio Tejo..., V'ol. I. pág. 313. -

Sobre cssa estreita associayão cntre hortas e \lassimo \lontanari V pomares ahmentazione contadina.., pag. 366: Louis Stouíl, Ravimiiiement..., pag. 103 Ina Gon^aKes. O Patnmonio..., pag. 90: Yíana Helena da Cruz Coelho, O Baixo -

Mondego..., pag.193. -n

Escolher-

"mclhor e mais raro estmme produzido pclas aves e daí ser usual a pombais. no mterior dcsses campos" Mana Helena da Cruz Coelho O

se- ía o

.

e.xistencia de

Baixo

-

Mondego..., pág.191.



N'oeî Coulct. Aix en Provence..., pág. 128; Iria Gon^alves. O Patrimônio..., pp.234 entre cavas e sementeiras de verduras de Verão. 236; mondas. reaas. sachas e transplanta^ôes nos produtos primaveris" Manuel SíKio Alves Conde O \lédio Tejo..., Vol. I, pág. 348. -

"

-

*

V. a actuahza^ão bibliográfica relativa å oconôncia dcste fenômcno na Europa c em Portugal Manuel Silvio .Alves Conde, O Médio Tejo..., Vol. L pág. 313 e nota 388. -

m

As fontes. chafarizes

vi^osa. quando colhidos.

os

regatos.

as

e

ribeiras

podem. assim. chegar

ajudam

po^os

rio llies fieam mais

ou o

dos

mâos

as

manter-Ihes

a

perenidade

a

longe'2

eonsumidores

.

L'nia

vez

melhores

nas

condi^ôes.

Secos"

recolhidos

eira.

na

"

aquando

muitos

com

cereaP2\

o

cultivo'0. Podendo aqueles.

juntamente

favas. ervilhas. tremo^os, chicharos

eomo as

.

é

eomo

outros531,

que

com

quem

evidente. a

partilham

serem

doeumenta^ão

outros. sâo

e

de

terras

as

consumidos frescos. coeva

nem

sempre

disponibiliza. 0

eonsumo

dos

legumes,

despojamento. humildade

e

quotidiana.

Frescos

necessidade.

que. para

mortifica^âo'32. ou

é, para

secos.

alguns. pode a

maioria.

decerto que

uma

todos

ser

smal de

premente. entram

e

na

composi^ão das mais variadas sopas'33.

bia

Gon^alves, O Patrimônio..., pág. 92; Maria Helena da Cmz Coelho O Baixo Mondega. pag.189; Ana Maria S. de Almeida Rodrigues, Torres Yedras..., pág 206; Manuel SiKio .Alves Conde. O Médio Tejo..., Vol. L pp. 315 e 319- 320. A total ausência destes legumcs. na nossa documenta^ão. impcdc-nos dc comparar

dados quc 529

5J0

531

Iria

sc

Gon^alves.

Recorde-se V

conheccm para outros espayos mrais.

a

O

a nota

hstagem

de

Patrimônio..., 357 do

§. 2.2. 1

pag. 92. .

legumes.

para consumo ahmentar. que apresenta Massuno Montanan contadina.., pag. 353; e os assinalados por Louis StouíY Ravitaillement..., pág. 106: assim como a tipologLi de iesumes secos e ffescos eultivados no Piemoníe Ana Mana Nada Patrone. II cibo del rícco..., pp. 126 131 e L ahmentazione

-

-

140

-

1 57.

'

Constituindo-sc parte da simboîogia monástica dcfinida a partir da alta Idadc Mcdia, csclarecc Massimo MoníanarL L'alimentazione contadina.., 163 165.

como '

Ana Maria Nada Patrone. Ii cibo del

pp.

ricco..., pp.131- 132. 112

-

Couves"34. certamente

habitantes do espa^o de

vanos

mral538. Mas.

desenvolvimento de

um

respectivos po^os

localizam

espécies

ano. com



se

desta

espa^o hortícola

"

produzidas"

.

com

S6

dos

o eonsumo

aquieola

nqueza

geral535.

sentido

de saladas. tambem nâo deve

tipos

A

das

em

maior parte do

a

guameeem

horîali^a

e

ser

regulandade. legumes

margem

mesa53". sob

em cm.

a

dos

forma

direita"40 proporeiona

privilegiado541.

certeza

a

cebolas53*

e

esquecido539.

exactidão542, já

uma

alhos

E

se

o mesmo

podemos

ter

algumas

não

o

hortas

e

podemos dizer

quanto

aos

legumes

Cf Massimo \IontanarL L'alimentazione contadina.., pp. 359 -360; "L" importance extréme du choux mérite d'être souhgné: pendant des moLs. il est un élément fondamental de la nourriture; on en mange plusieurs jours par semame,,- Louis Stouff.

Ravitaillement.., pág.106. ':

Relativamente â a documcntacão indKidualiza as couves. as Iria ^6^93^ O Gonyalves. Patrimônio..., pág. 93; ou ^er^as couves. espinafres. nabos. rábanos. alfaces. cenouias. beiingelas. saLsa. feijôes. favas. ervilhas, cebolas. alhos-" eomo oonsidera de fonna mais alargada Maria Helena da Cruz Coelho. O Baixo Yíondego..., pag.189; conespondendo. possivelmente. a couve galega como faz notar Manuel Sílvio Alves Conde. O Vlédio Tejo..., V'ol. I. pág. 321 e nota 438.

hortali^a.

-

-

16

Claramente indispensáveis na cozinha da Europa \ledieva Massimo Víontanan. L' alimentazione contadina.., pp. 356 359: Louis Stouff. Ravitaillement.., pás. 106: N'oel Coulet Aix en Provence..., pág. 126: e também bastante valorizados" como medicamento Ana \laria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pp. 142 -144 e 149. -

-

-

"In tutti

sepure in misura variabile. sono sempre presenti infatti sali minerah øi elementi proîetthi \i si trovano con una certa abbondanza la \itamina X la \itamina B ed anche quella xitamina C cosi carente di sohto neĩle diete medievah"- Åna xVlaria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pág.139.

gh ortaggL

(calcio. feno)

e. tra

Por exemplo, acompanhada de carne, a sopa de cou\res c de nabo. constituia 0 praîo de sustento da refei^ão invemal dos piemonteses. segundo .\na Maria Nada Pairone. U cibo del ricco..., pág.158. i9

Ibidem, pág.158.

10

Relembrem-se 1.2.

Reveja-se

o

as marcas

que

Por 2.1.

exemplo.

diz

se

""

em

da

toponímia referidas

nas notas

Subsena

e

281

a

.Alenquer.

283 do

§.

como se

anteriormente

2.1

-

noîas 75 a 80 do 6.

.

menoiona

nas notas

282

e

283 do 8

Por uma vez. se referem genéricos legumes. a propôsito dos foros de bens simados na aldcia de Subsena A. N. T. T., Mosteiro de Sta Maria de .\lc0ba9a Maco 7, n° -

185.(1448). 113

criados

espa^o úbere das lezírias. Pelo

no

finais do

sec.

Destinadas E,

pelas

frescura do espa^o horticola.

a

ao eonsumo

suas

ultrapassam

alimentar.

os

hortos

Salsa. came e

intuitos

peixe

monásticos54

se

tanto

utiliza

utilize

na

altmentos mais

fannacol6gicas:'46. a

hortelã" M9 ,

eheiro54\

de

aromas.

apetitosos ao oliacto.

muitas

ervas

que estão tradicionalmente

igualmente

abundam

que tambem

profilácticos. Estimulante

embora

se

louro

.

ervas

caractenstica mistura de

numa

os

as

aromáticas.

Itgadas.

para

se

almuinhas.

e

coentro.

eom

doeumentay^ão.

tomam

reeonhecidas virtudes

espalharem pelos eortinhais

se

nos

X\\ cultivam-se chicharos544...

Ainda mais ausentes da

partilham

Lezíria da Toureira.

menos. na

e

na

pode mascar5'0

se

digestivo

de sopas.

considera

se

para eonieecionar

aromatiza^ão

cozinha medieva.

eames.

o

Temperaevidentes

com

rosmaninho'51.

A salvia. por

sua

vez.

preparados farmacolô^icos552.

como em

-44

Requerem-se dez alqueires de chícharos bons aos foreiros desta lezina Convento de S. Dinis de Odivelas. I.iv. 29. fl.78. (1492). CL a tipologja das ervas aromáticas cultivadas Patrone. II cibo del ricco..., pp. 160 166.

Piemonte

no

-

-

Ibidem

Ana Maria Nada

-

546

Ana Mana Nada Patrone. II cibo del ricco.... pag. 159.

54"

Sobre a tradiyão dos cultivos monáshoos Cf. Massimo Montanan, L' alimentazione contadina.., pp. 338 351. -

Maria José Azevedo Santos. "O Mais 549

'

Antigo

.\na Maria Nada Paîronc. II cibo del ricco...,

LKto...

pág.

in op. cit,

pág.75.

161.

"

E que dizer daquela importante pessoa que mascava louro para que D. João IL o abstémio. não Ihe sentlsse o háhîo de \inho? O rei notou o disfarce e perguntou-lhe: 'debaLxo desse louro, a como vale a canada?'..." citado Salvador Dias .\maut. A Arte de 551

"""

por

Comer..., pág. 37.

Cf. Ana \laria Nada Patronc. II cibo del ricco...,

Ibidem, pág.164. 114

pág.163.

E

ntmea e

da malva.

demais relembrar

outras.553

entre

malva

.

de que

~*4

ftmcho"

O

sao os

unieos

propriedades

as

ainda. usufrutuários...

de intenso

.

vestigios que

direita. Mas. decerto que

.

outras.

cômoros. ã beira dos caminhos. ritmo das estacôes

somos.

calmanîes da valeriana. da cidreira.

aroma.

e

restaram na

muitas

ou. nas

e

a

ervas.

almuinhas55

creseem.

.

ao

"'"

pelos

cadeneiado

5>s. nestas verdejantes terras ribeirinhas.

Acresoentem-se as indica^oes de outras plantas utihzadas para fins por Massimo MontanarL L'alimentazione cnntadina..., pp. 353 Ana \laria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pág.162.

apontadas 4

da

desta margem

topommia

variadas

cuidadas

cornqueira

presenca

medioinais -

354,

ĩbidem, pág. 162.

536

Cf.

as notas

100

e

101 do §. 1.3

.

Particuîarmente no período estivaL em que os trabalhos se intensificam nas hortas. aromáticas quc ai crcsccm. acabam por beneficiar da aten^ão do agrícultor.

as

crvas

\

3.10

Yaria^ôes sazonais da paisagem agrária" excelcntcmentc por Manuel Silvio Alves Conde. O Médio Tejo..., Vol. I. pp. 341 349. .

o

"§.

-

-

115

apresentada

3

-

CRIACÂO DE

G,\DO.

CA£A

E PESCA

-

RECURSOS DE

ORIGEM AXIMAL

"'

Pastor

de estrelas

sou

apascentar todos As estrelas são

dos

fogos do

Parece que

como sc

fixos

os astros

na

noite

tivesse

cargo

planetas.

e

símbolo

o

da minlia mente.

amor acesos na treva

sou o

a meu

guarda do jardim verde-escuro do fírmamento

cujas altas ervas estão

bordadas de narcisos..." Ibne Haznr

E disse Deus: nossa

aves

Fayamos

o

homem

a nossa

semelhan^a. e domine sobre

dos céus.

e

sobre

os

ímagem. confonne

-

para

os

eame

homens

o

gado.

e

sobre toda

.

de várias

medievos561.

qualidades nas

e em

faustosas

-

as

terra...

a :

26560

abundáncia.

mesas

nasceu em

pp. 31

e

un

alto

oonsumo

di

came.

sintoma de

Côrdova

Abster-

em

994

40.

Sagrada contendo o Velho e o Novo Testamento. Traduzida João Feneira de Almeida. 1968, pág. 6. por a

e

senhoriais562.

A Bíblia

L'assuefazione

sobre

"

Abú Mohámede Ali ibne Ahmade ibne Sat'de ibne Hazm 1064 Cf. Portugal na Espanha... Yol. IV.

e moneu em

mar. e

a

AS CARNES DE CONSUMO

Comer

prestigio

do

peixes

Génesis. 1

3.1

9

preferibilmente

em

anostita.

português era

una

componente essenzialc del comportamento alimcnîarc dei potentes: assuciazionc psicologica prima ancore che biologica in un ambito sociale. quello aristocratico. la eui etiea comportamentale indKiduava como segno de debolezza Lastensione volontaria dalla came. e la proibizione di mangiame come punizione gia\issima segno di umihazone

e

\limentazione

di emargmazione dalla cultura... pág. 47.

societå

dei

torti/'-

Massimo

\iontanaa

e

Relembre-se a expressão demonstrar os consumos de "

dos Camívoros" que Braudel escolheu para verilicados até 1550. quando. em seu entender. a

líuropa came

116

deia, muito para alem do prcscrito pela regra monástica^3.

sc

tempo que ultrapassam parte de

um.

muito

De

uma

fundamental. Nele

de

até.

pelo pag.170:

percurso de

cidades se

qualidade

vez.

substancialmente566

consumo

dias santifícados.

e

e

conjunto da respectiva

e

vilas

disponibilizam

pode. pelo eontrario. faz.er

citadinos. senhores

ou

quantidade das

no

dieta

a^ougue"08

o

.

de

vida564.

qualquer modo. sejam eies. rurais

Nas

"ra^ão

Quaresma

particular.

eamponeses. mais

diferem

a

periodos

em

as cames.

inteiras

eames

consumidas565.

alimentar56

pois.

ocupa. ou em

ou

.

papel

um

peda^os.

de maior

dimmui"- F. BraudeL Civiliza^ão Materiai..., pp. 150-156. O generalizado de came parece poder atestar-se para vários espa^os europeus. menos ao séc. XVL como tambem referem Louis Stouff. Ravitaillement.., Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pp. 223-224. carne

-

«ô:

De entrc os muitos excmplos possiveis, citc-se a variedade de carnes aprcsentada peios burgueses parisienses, ao rei Luis XII. em 1498 Jean-Piene Leguav. Une maniíestation de sociabihté urbaine: Les banquets municipaux en France aux XIV e et W'e siêcles" in La Sociabilité á Table..., pág.190; \\. igualmente. os exemplos referentes a PortugaL aduzidos por SaKador Dias Arnaut. A Arte de Comer..., va* "

-

°'

21 563

Cí. Ylassimo Ylontanari. Alimentazione

564

In

e

cultura.., pp. 47-92.

prospettKa di valutazione completamente diversa anzi diametralmente si opposta. poneve il mode-Uo di comportamento alimentare elaborato dalla cuitura monastica. che assumeva l'astensione dalla came( e. piũ in generale. le praîiehe di mortiíicazionc alimeníare) eomc punto distintKo e dela •santitâ' "una

Ibidem, 56?

qualificanîe

pag. 47.

Nos sécs. XI\'

e X\\ o consumo de ovinos, pela sociedade urbana, opunha- se ã carne salgada que constituía o símbolo da vida mral Cí. Massimo Montanari, La Fame..., pág. 97: .Andrzej WvczanskL La consommation alimentau-e en Pologne au

de porco

-

"

X\Te siecle" '

"

La

m

AXXALES, E. S. C, 1962. pp. 321- 322.

de la viande est assurément moins bonne å la oampagne quã la ville: de la variéte des chairs offertes aux citadins est inconnue dans les locahtes mrales/'Louis Stouff. La viande. Ravitaillement et oonsommation á Carpentras au XY'e siécle" m ANNALES, E. S. C, 1969. pág. 1442; No século XI\\ porém. os camponeses lariam tarnbém constar da sua dicta ahmcntar alguma came ou pescado, lcgumcs e íruta... Não se danam. por certo. ao lu\o de eomer camc de vaca que já no scculo XI\ escasseava na oidade, ou de cameiro. uma das mais apreciadas. mas alguma de poroo. avcs e ca^a.'Miz, a proposito da alimenta^ão oampesina ooimbrã, Maria Helena da Cmz Coelho, "Apontamentos. ." in op. cit, pág. 11.

quahté

meme,

"

"

.

5í,

Relembre-se

568

V.

o

que

se

disse,

a

propôsito

do

consumo

do

pão.

no

§.

2.2.1.

e nota

321.

estudo pormenorizado do papel do a^ougue em três espa^os medievos. Em La viande..." in op cit, pp. 1431-1448: em ioulouse: arpentras: Louis Stouff. W'olff. Les bouohers de ioulouse du XUe au XVe siêcle"in Recards sur le Phihppe o

(

"

-l

117

prcferencia dos habitantes 5ô°. Tambem aí. animais

\

outras. que este

a

como

se

puhnôes. figado

os

retiram de ovinos.

tipo de produtos:

procura

e

o

mais baixo

encontram

algumas

viseeras

eora^ão. de proveniência bovina.

e

caprinos

se

e

certamente. de

eusto. por

oposi^âo.

ao

suinos.

da

O fácil

carne.

de

ou.

acesso a

juslilieam-lhe

eonsumo5 :1.

Por isso.

várias. visando. de

higiene. a justeza

impendem.

alguma íbnna.

dos prey^os.

meios fraudulentos

sobre

\ são

a

a

o

espa^o do a^ougue. preocupa^oes

defesa dos interesses dos consumidores. A

manuten^ão da qualidade das das

algumas

prioridades

que

carnes sem recurso a

os

dirigentes

urbanos

proeuram defender.

No meio rural.

num

ámbito mais familiar5

o

abate dos animais. para

3. Mesmo

\lidi medieval,1978, pp. 107-124: cibo del ricco..., pp. 241 268.

na

recorra a

que

ajuda

consumo.

dos

seus

desenrola-se

vizmhos. para

reaâo do Piemonte: Ana Maria N'ada Patrone II

-

V>9

-

A

taxa^ão

dos pre^os das variadas

carnes

hicrarquia do gosto. \ o scgumtc exemplo: sont les plus chéres; tres souvent celles de

"

acaba por funcionar como uma íonna de Celles de mouton. d'agneau, de chevreau.

porc soni a égalité avec elles. Se placent ordre dccroissant. celles de bocuf. de vache. dc brcbis. de chcvre. de bouc ct de truie. Ces mdieations apportent un premier témoignage sur la préférence des Proven^aux pour le mouton."- Louis Stouff Ravitaillement.., ensuitc en

pág.135.

"

bem quc desaconselhadas pelos médicos da época Algumas fressuras. por sc tratar um alimcnto grosseiro. mais indigcsto. c pouco nutriente. acabam por ter larga uliliza^ão na eozinha medievaî. partieularmente. na dos camponeses. Preparadas com ervas aromáticas. e ímaginayâo culinana, constituem parte do seu sustento. Cf Ana sc

dc

^

-

Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pp. 277

-

280.

V., por cxcmplo. a vanedade de produtos disponiveis para o oonsumo dos piemonteses- Ibidem, pp. 280-281. Chegam. inclusivamente. âs mesas mais noas. onde sâo sumamente valorizados pelo seu especial paladar. V. a curiosa lista de produtos senidos nos banquetes dos burgueses parisienses: \.. 'piez et oreilles', irvpes". coeur, fraise de veau, rognons et auîres abaís servis írítes ou â \a graisse\- Jean-Piene Leguav. Une mamfestation de sociabilité..." in op. cit, pág. 190.

L'

52

Cf. Louis Stouff, Ravitaillement.., pp. 130 -143; consumidor.." in op. cit, pp. 100-114.

573

Ana Maria Nada Patrone. II cibo de!

ricco..., pp. 239 118

Iría

-

240.

Gon^aK'cs,

'l

Dcfesa do

o acto

da morte do ammal. da

qumhão

eame

conservados

o

que

pelo fumo.

parctmoma ínvemal do

o

camponcs

abasteee todo

a came

seu

de

guarda. depois. o ano.

No

na sua

salgadoiro.

prôpria ou

em

porco'"4. principalmente. aguarda

eonsumo5"5

ou. a

easa. o

peda^os dias de

os

abundância. algo ilusona. dos dias

festivos576...

Nesta cabnto

e o

porco. colhem

por esta ordem.

adquirem

Europa mediterrânica5

na

e com

dieta

a

animais

.

como o

earneiro.

preferência dos consumidores. Não

algumas variasôes geográficas5"8. \las.

alimentar medieva

merece

.

que

os

a

a vaca. o

necessanamente

importância

que

analisemos mais

demoradamente.

Iria

Gon^alves.

O

Patrimônio..., pág. 266.

"

Les marches et les foires de la tin novembre et de décembre...sont ceUes ou les porcs abondent...Alors que d'avril a la fin septembre. on tue surtout des animaux d'un poids mimme.... a partir de la fin de l'ctc. on abat des pores dc 80 â 120 h\Tes ( ^ á 48 kg)" Cf. Louis Sîouff. Ravitaíllement.., l'on a éleve et abattu ã pág.189: le porc salé "

-

Ia maison et que 1

cit, pag.

on

mange

au cours

du

mois

d'hiver"

-

quc Idem. "La viandc

1442.

"

m on I#

"

pede-se-lhe apenas que coma que aumente de corpulência e de came gorda e saborosa. Aican^ado este hm. o bicho e sacnficado. num ritual festivo. c parcamente consumido no decurso do ano"- Orlando Ribeiro. Portugal O Mediterrâneo..., pag.89: "Com grande alegria se comemorava a quadra do N'atal. época da matanca do Maria Helena da Cmz Coelho. porco Apontamentos..." in op. cit, pág. 16. I.ouis Stouff. Ravitaillement.., pág.180: Iria Goncah/es. Acerca da alimentacâo m op. cit, pág. 203 e nota 23, "

-

"

RelatKamente á

preferência pela

"

de cameiro. na Proven^a recorde-se a nota dc animais. destacam-se os ovinos. bem longc dos bovinos. pelo porco e aves Maurice Berthe. Le Comté de Bigorre..., pag. 101; Na Poîonia entte as geníes de qualidade, é a came de bovino. (vaca e vitela íncluidas), a maLs procuiada seguindo-se a de carneiro e aves. Os camponeses preferiam o porco Andrzej Wyczanski La consommation ahmentaire..." in op. cit, pág. 320. A preponderáncia da carne de cameiro. cabrito e cordeiro. é notôria em Castela Vlaria del Carmcn Carlé. "Alimentacion v Abastecimiento" ín Cuadernos de Historia de Espana V'ol. LXI-LXIL 1977, pág. 264 569 supra. Em

Bigorrc.

na

came

cria^ão

e^compleíada -

-

"

-

119

Bovinos. ovinos, capnnos. suínos. equinos manadas

e

rebanlîos mais

ao consumo

O que não do

alimentar:

impede.

consumo"

capacidades

°.

os

que

venham

utilizados

a ser

séculos XIV

fbnte de

e

das fonnas da reconversão resultados do

aumento

o

creseem nas

que

A. H. dc OlKcira 58Û

581

Maria del Carmem Carlé.

em

e

do

Tejo. na sua

Lezírias.

na

Se. por

Cí.

Hugues

Neveux.

Marques. Portugal 5S.1

na

trabalho.

as suas

forcas

e

e

e. mesmo.

as

eria^ão

de

gado.

lado. ela é

um

uma

de outro modo.

os

cabe^as de gado, despoletam cacadores'83.

earaetenstieas

forma extensiva

.

da

eomo

propna

é

o caso

dos afamados cavalos. evoeados

n; na

Crise..., pág.105.

Alimentacion..." in op. cit,

pág.

261.

Cf. a distin^ao entre animais para alimenta^ão e animaLs para \lontanari. Alimentazione e cultura..., pp. 37-41.

5s:

a

período de crise582:

do número de

pastoreio.

\iarques. Portugal "

ao

uns.

inieialmente afaslados

homem,

o

alguns contratempos.

direita

.584

dos touros"

para

agncultores. pastores

margem

geografia fisica. possibilitam

ou a vaca.

dediea^âo

alimenta^ão quando

na

recursos

europeia.

entre

na sua

as

diminuidas581...

das pastagens

diiieuldades de convívio

Nesta

XV,

boi

eomo o

constiniem

medievo579. Destinam-se.

fundamentais.

outros são.

estão inexoravelmente

nos

do espa^o rural

alguns deles.

Inesgotável conhece,

comuns

e muares

o

trabalho

-

Yíassimo

"

Deohn et reprise..." Crise pág.104.

m

op. cit, pp. 76-77: A. H. dc Ohvcira

..,

Mana Helena da Cruz Coellio. O Baixo Mondego..., pp. 235 248; Ana Maria S. dc Almeida Rodrigues, Torres Vedras..., pp. 211- 213; \Í3nuel SíKio Alves Conde O \lédio Tejo..., Vol. L pp. 366 373. -

-

...

nos

toiros da Lezíria

caminhosprôprios Mediterraneo...,

para as pág. 90.

em

manadas sob a guarda do campino a cavalo. com do gado bravo..."- Orlando Ribeiro. Portugal O

dcslocayôes

120

toponímia58\ da copiosa

dá-nos

o

Testemunhas da

eronista

égtias.

ou os

por

desde que

gados bovinos58

tomo

da Ota.

restolhos das

fa^am

pelas pontes

apascentam. passar

ervas e

valas

nas

e

os

"curraes"5^;

e.

alimentar.

o eonsumo

para

Azambuja. aproveitando

deambulam

searas.

danos

dispom'veis

.

Alenquer

exemplo. podem pastar não

pasto. são

no

exemplo588.

conheeido

o

Em

freseas.

de

cria^ão

permanência

sua

e

Gado

outros ammais.

beber

água

nas

abertas. Devendo

que aí estão feitas,

verduras

as

"\

acanl"

"eortes"' da

gados.

os

e

Ota589.

que

aqui

ftm de evitar maiores

a

prejuízos. Neste

destina

a

pascigo

expressa de que

mesmo

espa^o. todos

dos bois de lavoura. pertencentes esse

eventuais espa^os de

o

§.

1.4

e as

Por exemplo, assinalámos V. -

aos

sítio mude eonstantemente.

se

a

presen^a dos

enriquecedora, pela aporta^ão Ci

quarto da Corte grande foreiros.

a

indica^âo

com a

fím de nâo

se

prejudiear

cultivo590.

De facto.

iK

os anos. um

do tão

gados

no

espa^o

precioso estmme591.

agrícola pode

ser

destrui^oes

de

as

notas 122 e 123. os

nota

"cunaes" que 125 do §. 1.4

se

locahzam

Lezíria da Toureira.

na



como

.

Lm indicio da prcsenya dos gados podc também encontrar-se no pedido do conde João Afonso de ooutamento cĩas herdades. situadas nas Lezírias de Azambuja. que emboi a tapadas e valadas, såo sujeitas aos estragos que as pessoas lhes fazem com seus gados e bestas A. X. T. T„ Colegiada de S. Saivador de Santarém, Maco 1 n° 6 -

V

(1367).

Reoorde-se a. por demais conheeida referência aos muitos das 1 ,ezínas para a cidade de I ísboa. antes do cerco oastelhano "

gaados -

V.

mortos" trazidos 1 8 do tj. 1. 1

nota

.

A. N. I. CQQ

91

T., \losteiro de Sta Maria de Alcoba^a, \ia90 86, ( 1440) Como já 0 mcncionámos na nota 1 24 do §. 1.4.

Y. o que se diz a propôsito Noel Coulct, Aix en Provence..., pág. 176: De quc aîguns donos de gados. chegam a fazer negôclo. como afirma Maria Helena da Cmz Coelho. O Baixo Mondego..., pág. 235. 121

colheitas

e

arborizados592.

cspa?os

algumas das razôes que

E.

os

ovinos

termo

e

liga^ão

mais

caprinos.

entre

as

aldeia de

a

fainas

liberdade da

promiseuidade. v"curraes",

serra

e

a

mesmo

junto

presentes

Subserra595.

agricolas

e

a

\

gado

nos

as casas

eonhecem

são

de maior porte. cireuîam

vestigios

ilustra.

da

toponimia'04.

partieularmente.

prática da peeuária.

fontes596. quais

animais'9

e

os

gados

que

se

.

patente

na

estreita

a

E,

No

embora

desloeam

a

entre

quase

loealizaeão'98 dos

da aldeia...

Nesses rebanhos. cordeiros

apreciada"

pastores593.

e

defesa dos estábulos. é. por demais notôria.

humanos

entre

ammais

conílitos que micialmente refenmos.

os

uma vez.

desconhecendo. por omissão das a

abusos de

beira do rio, para além do

nesta

de Alhandra.

motivam

os

vida.

uma

"Ana \laria Nada Patrone, II cibo del Patrimônio..., pp. 265 266.

e

eabritos

assaz

.

euja

relativamente

eurta.

ricco..., pp. 234

tenra

carne

-

é deveras

a

239: Iria Gonealves

dos

O

-

0

A. H. dc OlK-eira

Marques, Portugal

na

Crise..., pág.106.

4

Cí. '■'

o

casal dos cordeiros de Araccna mencionado

V. nota 125

do§.

1.4

na

nota 121 do

§. 1.4

.

.

Mcsmo com as omissôcs da verdade se dissermos que rebanhos.

nossa

documenta^ão. julgamos

ovmos

A presen^a de animais. por toda da vida quotidiana:" Eram as

e

oapnnos

oonstanam

nâo andar muito lonae da maiontanamente desses

parte. mesmo nas artérias oitadmas. é uma constante de capoeira nomeadamente as salinhas. que esgaravatavam por toda a parte os desperdicios lan^ados iora; eram os~ porcos. que circulavam em todas as cidadcs...eram. atc algumas cabe^as dc gado. o pcqueno rebanho do ciíadino... quc o Icvava a pastar nos baldios municipais. mas á noite o trazia sempre, de regresso ao cunaL muitas vezes contiguo å sua casa' Ina Gon^alvcs, "Fntrc o campo... \ tn up. eit, pag. 91. a

aves

-

V.

de um casal de .\lc0ba9a, em Subsena .Vlíiandra, que entre vários mclui um rossio de pertences. A. N. T. T., Mosteiro de Sta pascigo e logradouro Maria de .\lc0ba9a \ta90 62. n° 14, (1410). o

caso

-

Q

A came de cabrito e cordeiro que se come na Páscoa e. conentemente. na primavera Louis Souff. Ravitaillement.., pag.122: ídem. La viande...." in op. cit, pag. 1443. -

"

122

progenitores*"";

destes.

produzam lã. peles.

e

espera-se

leiíe para

a

sobrctudo que,

devidamente alimentados.

eonfec^ão de queijo e manteiga601.

Através dos pagamentos dos foros. de terras cultivadas de Alverea

Alhandra. apercebemo-nos que

e

ler. nesses espacos.

reduzidas

não

.

eondi^ôes

permitindo

destes animais resulte de

eriadoresou" sediados

na

.

Sendo.

principal

para

o

seu

o

carneiro602

pastoreio.

e o

cabrito603 podem

As referências sâo muito

que possamos determinar até que ponto

uma

generalizada preferêneia alimentar

porém. aqueles foros requeridos

tennos

nos

a

criacâo

dos

seus

por senhores eelesiásticos.

cidade do reino, não será. assim. tão incomum que. por

esta

Nos

exemplos fomecido pela nossa doeumenîayão, ainda que muiîo reduzidos. soliciîaentrega dos íoros. em cabritos. pela Páscoa A. N. T. T., Mosteiro de Sta Víaria de Cheias. \la90 55. n° 1093. (1368) e \ia90 23, n° 451 c n° 452. (1365). se a

-

t*.*.í

'Cabras e ovclhas são abatidas por volta do terceiro ou quarto Massimo \Ionlanari. Alimentazione e cultura.., pág. 44.

601

Maria del Carmen Carîé.

"

Alimentaeion..." in op. cit,

pág.

ano

de vida

-

Cf.

264.

602

Solieita-se um oameiro. de foro. em vários contratos: A. N. T. T., \losteiro de S Vicente de Fora T Incorpora^ão. LK. 26. fl. 32. (1369); Ibidem, Mosteiro de Sta Ylaria de Chelas, \ia90 55, n° 1093, (1368); Mayo 58. n° 1144. (1365) e \ia90 23, n° 451 e nc 4>2, (1365). Os pagamentos nâo referem a ovelha. Possivelmente 0 consumo da sua carne. maLs velha menos tenra embora consumida regularmente. não fosse tão apreciada como deduz, para 0 caso idêntico. verificado nas tenas castelhanas. Maria del Carmen Carlé. Alimentacion..." in op. cit, pág. 264. "

Em Alverca. do casal dos cordeiros de Aracena. devem entregar um cabrito. de foro anuaL entre outros produtos A. N. T. T., Mosteiro de Santos~o-Novo, Cx. 16. \la90 2, n° 4, (1380); em Alhandra, da quinîã de A de Fremoso, recebem-se dois cabritos lbidem, Mosteiro de Sta Maria de Chelas. Maco 55. n° 1093. (1368) e Aiaco 23 n° V 451 cn° 452, (1365). -



M

Sao apcnas cinco rcferências supra.

contabihzadas,

"...Fopinione

eomo se

dcprcendc

das nolas 602

c

603

eomune aveva stabihto la valutazione delh cami con criteri differenti da dei medici: le oarni di piũ alto valore venale, secondo Fopinione popolare ohe apprezava tutto ciô era unto. erano quelle di castrato, ricche di grasso. seguite da quelle dell' animale maschio e poi da quelle della femina". embora do ponto de vista médico se sugerissc francamente o consumo de came dc animais jovcns- Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pp. 259 e 261.

quelh

123

forma. aqueles procurem satisfazer o

padrão alimentar citadino606

em

as suas

que

Outro, dos animais, que e o

porco. Pelos campos de Yalada

peío

menos

atestada.

e

medievo608.

guiado.

e

nos

dôcil:

matan^a

(j~

W

o

com

Porto de

a

o

Muge

a sua

entregar na barea do

sobejamente difundida

esta

margem.

passagem

e.

porto607.

por lodo

e

qualquer

grandes cuidados. Quando bem

por onde calha.

espeeie de

retiigiando-se

em casa,

facilitando, assim.

o

eonsidera-se apto para

a

rcstos

.

sustento.

A

lontes

junto

gerahnente. vagtieia a

de acordo

eirculando. por

encontramos

porco. não necessita de

periodos invemais. Come toda

prôpno

606

mas

o

consumo.

inserem.

obrigatoriedade de

na

Na variedade domestiea.

espa^o

se

de

precisôes

.

.

partir

do

Um bácoro de

Possivelmenle

que deixámos dito

Relembrem-se

os

o

ano

um ano

seu

nas noîas

exemplos

de vida.

.

ammal

o

poreos de dois.

e

marrâs, surgem

peso nâo andana muito

565

e

566 deste

que indicámos

na

longe

nas nossas

dos minimos

parágrafo.

nota 216 do

§.2.1.

608

Massimo Montanari. I/alimentazione contadina.., 244: I ouis Stouff pp. 232 Ravitaillement.., pág. 123: Maria del Carmen Carlé. Alimentacion..." in op. cit, 263 -266; A. II. de Ohveira Marques, Portugal na Crise..., pág. 106; Iria Gon^aKes. O Patrimônio..., pp. 266 -267. -

k"

pp'

Embora fosse essa a altura prcoonizada para o abatc, há rcferências que pcrmitcm avan^ar cssc pcríodo atc quatro anos de vida do animal Cf. Massimo \lontanari. L' alimentazione contadina..., pp. 235 -236. -

"

\\ alguns casos: duas manãs e dois manâos, de "senlios" anos, 4 por dia de Natal N. T. T., Convento de St3 Maria de Almoster, Cx. 8, \la90 3, n° 25. (1379); um bacoro, de um ano, por Sf Maria de Agosto Ibidem, Cx.12, \la90 7, n° 57 602. (1432); um porco. de dois anos. por dia de Natal Tbidem, Convento de Sta Clara de Santarém. LK'. 6. fl.lv. 2v.. (1469); um porco de dois anos, por Sf Maria dc Agosto Ibidem, Mosteiro de StaMaria de Chelas. \ia90 78. n° 1557. (1479). -

-

-

-

-

124

eonsiderados

juslifiea

na

época611.

início

o

suíno adulto.

longitudinal.

gordura

ao

longo

\ reservam-se as

aos

a

sua

preparos. da

apôs

aproveita6

partes que

\

permitindo.

a conserva

pelo

e

por isso mais

apeîecida.

ritual da

patas ås orelhas.

as

fumo. garante

no

importante

quolidiano eampesino...

âmbito familiar

e

as

eames

e

a

praticamente

tudo

utiliza^ôes gastronômicas.

lingui^as616.

e

Separadas

no

a

conserva^ão614.

para além das variadas

chouri^os

é hábito eorta-io

morte.

pretendem consumir frescas 6I3. dando-se

para

que decorrem no

o

se

restante carne.

fabrico de cnchidos vários, que.

jovent

da coîuna vertebral.

Enfint do porco. desde

a

carne

abate.

o

Para sentido

mas

E não

se

esque^a

o

se

estranha.

pois.

o

presunto.

inalterabilidade do sabor. Tarefas

rural. nâo

se

que ocupem

estas

papel

Dato íl sistema di allevamento. che puntava quasi esclusivamente sul pascolo brado riducendo al margine le tecniche stabulari e di ingrassamento forzato, il ritmo di crescita degh animali era normalmente assai lento. e ii loro peso. in rapporto alLeta. assai píû basso di oggi. Per il maiale sembra si potesse andare da un nunimo di 30-40 kg a un massimo di 70-80 inferiori di almeno \xe volte ai pesi odierm."- Massimo Montanari. Alimentazione e cultura..., pag. 44. Para a Proven^a, csse pcso varia entre 32 c 48 kg como se reíere na nota 575 deste paragrafo. ,

"

V.

o

predominio

Santos.

"

O Mais

desta

Antigo

/Vlguma desconfian^a proven^ais. é

habitantes

gordura animal

nas

Livro..." in op. cit.,

relativamente assuu

ao

justiíicada:

"

receitas referidas por Maria José Azevedo

pág.

74.

consumo

da

came

fresoa. por parte dos

cette viande esí considéré comme malsaine.

I'été et il se manifeste une vive métĩance des porcs ladres"- Louis I.a viande..." in op. cit, pág. 1439.

particuliérement Stouft;

"

ã salga ao íumo e å gordura do prôprio animal. permite o desenvohimento técnicas de conserva^ão Cf. Massimo MontanarL L'alimentazione contadina.., pp. 241-244; Louis Stouff. Ravitaillement.., pag.123: Ana Maria Nada Patrone, II cibo del ricco..., pág.236: Les Poionais du XYIe siéclc salaicnt la viande de boeuf pour l'hiver dans des tonneaux, et séchaient eelle du porc avec le lard salé"Andrzej Wvczanski. La consommation alimentaire... in op cit, pag. 321. W também as notas 575 e 576 do presente parágrafo. O

de

recurso

várias

-

"

'

"

1

Massimo Montanari, L'alimentazione contadina.., Carlé. ".Alimenuicion..." in op. cit, pág. 265. A. H. de Oliveira Marques. A Sociedade A ,4rte de Comer..., pág. 20 e nota 2.

pág. 244;

Maria del Carmen

\Iedieval..., pág. 8; Salvador Dias z\maut.

125

Ao

garaiitem

seu

dispor.

normalmente

as

manuten^ão.

e

,

homem medicval tem

bom fomeeunento de

um

Cuidar da

citadino6

o

came: as aves

alimenta^ão

sua

mulheres. A facilidade de

perspeetivas

as

acaba

por

se

e

de

reprodu^âo.

eompensador.

animais que lhe

cria^ão61". é tarefa

erescunento.

de eomereializa-las

revelar

otitros

.

baixos

os

eustos

bom pre^o.

a

em

que

da

sua

mereado

no

de

termos

cabe

eeonomia

doméstica619.

Por outro lado.

animais.

permite variantes

eontribuindo para

o

das

ao

presta^ôes

possibilidades

paîadar

galinhas. frangos.

lado de patos. gansos.

expressas

nos

de

utiliza^ão culinária

dieta alimentar. melhorando

refinamento do

Assim. medieval "\

na

as

do

a

do

destes

camponês620

e

senlior621.

capoes,

e mesmo

que

povoam

a

eapoeira

pombos. fazem parte integrante

eontratos eelebrados entre

uns e

outros

623.

Nao incluimos, dehberadamente. nesîe tipo de cria^ão doméstica os coelhos. Sem dados concretos sobre essa prática no penodo e espa^o que estudamos, optámos por considerar mais significatKa a sua rela^ão com as actividades venatorias. que adiante trataremos. "

Dans certaines villes. il y

poiiasserius 19

ou

a une me

poÍiassericT cit.

:

poullairerie"

por Louis Stouff,

et des revendeurs que l'on

Cf. Ana Maria Nada Patrone, II cibo del ricco..., pp. 285

Ibidcm, pág.

285.

Nas

dos

refei^oes

appellc

Ravitaillement.., pág. 199. -

287.

cmbaLxadores navarros. muitas vezes o frango ocupou o lugar de alimento; foram tambem consumidos com e, menos pombos principal frequêneia tambem o pato. segundo constata Iria Gon^alves, Aceroa da AÍiinenta^ão..." in op. cit., pág. 204. W. igualmente, a larga utiliza^ão da galinha, e, em número mais reduzido, do frangão e do pombo nas receitas estudadas por \taria José Azevedo Santos. O Mais Antigo LKto..." in op. cit, pág. 73. "

"

"Ci. Massimo Ylontanari. L'alimentazione contadina.., pp. 250-253; Louis Stouff. Ravitaillement.., pág. 199; Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pag. 288: 126

E

precisamente

detectar por toda

esta

curiosamente. apenas

margem dtreita.

pombos6"8. numa

A

galo62\

um

largamente refereneiados

Lma

através da

~

.

obrigacão

a

leitiira que, mais

presen^a de

E. enquanto que

por duas unicas

pratiea

outra

sua

de

terra acerca do Porto de

eapôes

os

é

Muge.

o

e

a

patos62".

abrange

que

pombal. cobertos

singular exemplo

e.

estâo. tambem.

vezes. se nomeiam os

uma casa e um

podemos

galinaceos. frangoes624.

ena^ão domestiea

de constmir

uma vez.

as

que

de

os

palha.

fontes

nos

documentam620.

Conhece-se. também.

a

proibi^ão de

matar

pombas. perteneentes

do Mosteiro de Santa Maria das Yirtudes. até

pombal

aplicando-se

a

eoima de

Direelamente visados são

os

trezentos

uma

légua

reais braneos. por eada

passareiros

''

que

annauam no

aues'*. advenindo-os. ainda de que "se per uentura

alguu

em

pomba

ao

redor.

morta.

eampo de l alada

aas

desses cacadores fílhar

Maria del Carmen Carlc, Alimentacion..." m op. cit, pp. 269-271; A. H. de Oliveira Marques. A Sociedade Medieval..., pág. 8; Idenc Portugal na Crise..., pag.108. "

Largamente comprovado Patrimônio..., pág. 294.

em

outros

esíudos. W, por todos, Iria

Gon^aKes.

O

Nao aprcscntamos as devidas abona^ôes. dado quc elas são comuns a todos os estudos vcrsam csta matcria. Apenas podcmos refcrir quc. desde Alvcroa a Yalada. cstcs animais, estão presentes na documentayão que consullámos. quc ,\~[ ~

Na Yalada entre outros. sohoita-se um galo A. N. T. T., do Stmo. Milagre de Santarém, \Ia90 3, n° 109. ( 1481). -

V. "

0

que aníes disscmos

a

propôsito

das

galinhas

c

Colegiada

de St° Estêvão

frangos.

Na Castanheira. requerem-se dois patos. no tempo das eiras Ibidem, Mosteiro de S. Yicente de Fora, la Incorpora^ão, \la90 13, n° 4. (1359); na Balea, deve pagar-se um pato Ibidem, Núcieo Antigo, n° 274, Tombo..., il.l78v. -

-

Ana \lana Nada

Carlc, 29

"

Patronc, II

cibo del ricco...,

.\limentacion...." in op. cit,

pág.

pp. 287

-

288; Maria dcl Carmcn

272.

A. N. T. T., Convento de Sta Clara de Santarém. Lívto 6. fi. lv.- 2v.. 127

(1469).

em sua

leue

rede

alguua poomba

logo aos frades de Mas.

criadas, deve.

no

o

Samta

a

a

ser

lance

a

Em

gado. se

é

partieularmente.

que estâo

ao

aos

virtual de eonsumo

a

capoeira. já

é

menos.

o

ĸ'

morrcr na

com

.

.

a

rede que

assim

aves.

nâo sô.

e

pela

pombal. conhece

o

o

sua

rapida

um

quase

de sabor inconíundível.

importância outra

condiy^oes

que nâo ou

a

ca^adores.

apenas contrariado

que. cada

já da

sua

investir

de

que iiiteressa. neste

tipo

de

apreciáveis633.

dispôe

de meios eeonomicos

três ovelhas. de

Com eles.

cabe^a

criayão. prende-

vertente.

para

de garantir rendimentos

precioso.

relativas

normas

que estudamos.

porco. de duas

por demais

a sua

alguns bicos.

na

subsistência está. pelo

precavida...

Cf. Ilistôria Florestal..., ed. 11

e

ela

a

eamponês '\

um

lhe

Presas fáceis de

came"632.

perspectivas

posse de

algo

de

alimentar. Numa

senhores

Mas para

suíicientes.

tipo

sujeitas.

período

suma. neste

aetividade. abrem-se

a uoar e se

asas. e a mesa. uma carne

uma "reserva

direetamente

este

eonstante.

capacidade reprodutora631. Gra^as permanente bater de

logo

Maria."630

desrespeito

entanto.

mvel de mortandade

que

Ana Maria Nada

Patrone, II

porC. M. L. Baeta Neves, Yol. IL Doc. 155.

pp. 62-63.

cibo dei ricco..., pag. 286.

Ci Louis Stouff Ravitaillement

pág.

116.

Cí". Maria José Lagos Trindade, A Vida Pastoril e o Pastoreio em Portugal nos séculos XII a X\T in Estudos de Histôria Medievaí e Outros.T ed.. 1981. 29. "

pág.

Vlaria Helena da Cmz Coelho, O Baixo Ylondego..., Almeida Rodrigues. Torres Vedras..., pãg. 213. 128

pág.

252; Ana Maria S. dc

3.1.1 OLTROS YLIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL .

Dissemos. antes. que leiteira. Vaeas. ovelhas

produøo

de animais visa.

cria^ão

a

eabras são

especialmente

processo. As caracteristicas do leite bovino,

apresentando

gordura.

tornam-no

recomendado

ser

tanto

do

doentes

aos

seu

mais

integrar

cuhnário. sabe-se que

produtos:

Do

nutritivo

6,5

e

pastores. que

na

ao

um

homem

dos ovinos

a

a

ele têm

bem que

se

o

acesso

maior

medieval.

caprinos.

e

nesse

teor

de

sendo

parece não

chega

ao

das

primor

nas

mesas

directo. não deixam de

acto de beber leite não

documenta^ão medieva.636.

fabricam. sobretudo.

queijo e

o

do

consumo

crian^as. Quanto

alimenta^ão diária.

devidamente elanfieado

se

ao

iirterv emenîes

a

agrado6"^.

na sua

A partn dele

apto

e

Camponeses o

e

igualmente.

Mas.

pelas notíeias

aristocráticas

regiôes mediterrânicas.

e

esteja

do

uso

eelesiástieas63".

dois

importantes

manteiga.

queijo.

eonsumido

em

fresco

e em seco.

salienta-se

o

alto valor.

* .

Acompanhando

Ana Maria N'ada

Patrone, II

o

pão.

como

cibo del

alimento único. ele satisfaz

o

estômago

ricco..., pp. 344-345.

"^Louis Stouff. Ravitaillement.., pág.195;

Ana Maria Nada Patrone. II cibo del 346: Maria dcl Carmen Carlé, Alimcntacion..."in op. cit, pág. 277; Wyczanski, La consommation alimentairc..." in op. cit.. pág.320; A. H. dc l

ncco..., pag.

Andrzcj Ohveira

Marques,

A Sociedade

\ledieval..., pág.13.

Cf. A. H. de Oliveira Marques, A Sociedade Medieval..., pág. 13. Sem detallies de relembrem-se os famosos manjares de leite"- Cf. \iaria José Azevedo Santos, O Mais Antigo LKto..." in op. cit, pp. 81 84.

maior. "

"

"

-

538

O queijo é rico em prôtidos, hpidos, cálcio, fosforo Patrone. II cibo del ricco..., pág. 349. 129

e

vitanunas

-

Ci. Ana Yíaria Nada

dos mais desfavorecidos

nîultiplictdade

a

eonhece diferentes

no

64~~



animais

variedades

suas





nas mesas

requintadas64".

n

técnicas de fabrieo.

e

implanta^oes geográficas64'.

entanto. que a

". vai

enquanto que.

lhes garanîe

alimentar.

Das

Sabemos.

\

que nâo

dos pastos.

qualidade.

e

mundo medievai

eabe

nos

.do

o

lipo

de

aqui especiiiear.

alunenta^ão

dos



míluir

no

gosto final do

queijo

.

tanto como a

perícia

das mãos que

fabricam...

o

A

de

utiliza^ão eulinária643.

azeite,

6J'J 640

manteiga. outro derivado lácteo.

e

Deeerto quc.

gorduras animais644.

Maria del Carmen Carlé. Jean-Piene

"

mas,

na

íncreve-se no

Europa do sul.

fora dele.

plano

ela é

das

gorduras

suplantada pelo

ganha preponderância645.

Pelo

Alimentacion..." in op. cit, pág. 278.

Leguay. "Une manilestation

de sociabihte..." in op. cit, pag. 190.

611

V. os exemplos íornecidos por Louis Stouff. Ravitaillement.., pp. 196-1 97; Maria N'ada Patrone, 11 cibo del ricco..., pp.351 -370.

"

CÍ. Ana Maria Nada patrone. II cibo dei ricco...,

A manteiga de vaca ou de porco, por scu do frigir ou para fazer as massas. no oaso dos Ylais Antigo LKto..." in op. cit, pag. 74.

pág.

e

Ana

352.

lado, é muito usada sobretudo como basc pastéis"- Maria José Azevedo Sanlos. O "

Na Proven^a preferem-se o azeite, o toucinho e a came de porco salgada Louis Stouff. Ravitaillement.., pp. 195 e 261; no Piemonte, a manteiga tenf também um consumo disoreto. oonhariamente ao azeite e ao toucinho- Cl". .Yna Maria Nada patrone, II cibo del ricco..., pãg 346. -

Jean-LouLs Randrin, Le goût et la nécessité: sur Lusage des graisses dans lcs cuisines d'Europe occidentale (XIY'e XVIIIe siêcles)" in ANNALES, E. S. C, 1983. pag. 380. "

-

130

segundo

menos.

quanto

as

o

prescn^ôes religiosas Toucinho

predominantes mais

de vista da

ponto

largo

na

e

o

medieina^0

eomo

ambos. são substituídos

banha são.

pois.

as

tempero6'9. pode azeite

pelo

principalmcnte.

tanto

pennitem647.

ser

de

gorduras

alimenta^ão quotidiana medieva648.

emprego

e.

.

O

o

animal

primeiro. embora tenha

consumido

quando assim

origem

alimenlo. L.

eomo

determina

calendário

o

litúrgico6?u.

A

criafão doméstica.

medieva! usufrua.

no

que diz

difiindido651. Permitindo sais minerais

146

"

e

uma

vitaminas. sâo

Le bcune. s'il

etait

interdit

a

respeito fácil

já aludimos. permite

aos ovos.

digestão.

de

que

sua

nqueza

completo6' \

O

a

em

prôtidos.

problema maior

fébncitains. voire aux temperamcnts biheux etait en aux gravcleux"- Jcan-Louis Flandrin Lc

revanche recommande aux asthmatiques et gout et la necessite..." in op. cit., pág. 373. 61

mesa

amplamente

um consumo.

gra^as å

alimento quase

um

aux

que

"

Cf. Massimo MontanarL Ualimentazione contadina..., Le gout et la necessite.... m op. cit, pág. 380.

pág.

de chouxdu larcl M?n^Le mT dîp0lS" áîdesíéves gens simples de la Province. Elle 0U

avec

pavsans. des artisans des hommes dans 1 Luropc du bas Movcn 26

Agc."-

est

394: Jean-Louis

Flandrin,

l'aliment tondamental des

aussi ceile dc la Louis Stouff, Ravitaillemen est

masse

^

».\

Ana Maria Nada Patrone. I! cibo del

akmenta^ao... Livro...,

in

Iria

op. cit, pp. 204 op. cit, pag.74. m

e

ricco..., pág. 283; Iria Gon9alves.

206: Mana

Jo^é

Azevedo Santos."

"

6

"

\cerca da Ma* "=>

'

-

^tioo

Gon^alves, Acerca da alimenta^ão..." in op. cit, pp. 206. '"'Massimo MontanarL L'alimentazione contadina..., pás, 250 Louis Stouff Ravitaillement.., pág. 199: Ana Maria Nada Patrone, II cibo del ricco..., páe ^94: !!, Aa^nÍ' ;.\limentacion..." in op. cit, pág. 276; A. H. dc Oliveira Marqucs,

Socicdadc Mcdieval...,

pag.14.

Ana \-laria Nada Patrone. II cibo del

ricco..., pág. 294. 131

prende-se. que

sejam

nas mesas

certamente. com

usados de

na

peixe.

Se bem que.

".

total interdito

"6.

produtos.

inequívoca

653

algo profusameníe.

e.

como os

ovos

do

periodos de jejum,

nos

ngor maior da Quaresma. possa

o

legumes

constam

nossas

generalizado

seu

tmpliear

pelo

.

um

papel o

consumo

seu

de

secos.

produtos

das

têm

os ovos

sendo. então. evenmalmente substimídos

De todos estes

os

conscrva^ão653. mas isso nâo impede

ostenta^ão senhorial654.

lundamentar

apenas

condicôes de

alimentayão de todas as classes soeiais.

Ao lado do

outros

as

que acabamos. brevemente. de apontar.

referências

consumo.

Duas

documentais65".

escassas

Talvez solucionável fazendo

numa

prova

men^ôes658 pennitem-

a imersão dos ovos em água de cal Massimo Montanari alimentazione contadina.., L; pag. 252; Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco pag. 293. -

654

O "prazer visual" a decora^ão. dos alimentos consumidos nas ementas senhoriais eonseguc-se com vanos ingredientes. entrc clcs, os ovos. como o 4emonstra Lucie Le soleil puhcnsc sur les tablcs andalouscs du \Ioven tíoiens, Age Yiandes et sorbets (XlIIe sieole)" in L' Andalousie du quotidien au sacré. Xle-XIIIe siécles. 1990. pp. 27-36. Considerem-se, da mesma íorma. as reoeitas de maniares de ovos" mencionadas por Maria José Azevedo Santos. O Mais Antigo LKto..." pp, 79-80. .

"

"

"

655

LouLs Stouff

RavitaiIIement..,

pag. 199.

6515

Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pág. 295: Piene Charbonmer. La Seigneurs Auvergnats du XYe au XYIIIe sieole" in AN.WLFS E.S.C., 1975. pág. 469. "

( onsommation des 65

As referências são mais quc muitas, oomo é conhecido de todos quantos tipo de documentayão. Desse mo'do julgamos não ser a sua

este

Identificamos.

investigam

atesta^âo.^

pnoritana

vale do oorti^o. no rossio que vai de Yila Nova contra a Ota. N'cste mesmo espa^o dc ohameca, tambem sc locahzam matos, onde as abehias podem buscar o necessário pblen Cf, nota 136 do §. 1.4 Num contrato relativo â Granja da Ota. prevê-se a possibihdade de aí se criarem colmeias A. N. T T Mosteiro de Sta Maria de Alcobapa, LK'. 52, fl. 408v.- 41 lv.. (1436). na

topommia.

o

-

.

-

A cxplora^ão apicola tambcm Silvio .\lves Conde. O Médio

verifica nos espacos da C'hamcca transta«ana Tejo..., Yol. L pág' 358.

sc

132

-

YlanuH

nos.

por outro lado.

uma

palavra.

idcntificar

o

mel659. Quanto

Apesar destas ausências. um

peso secundario.

alimentar das pouco mais

em

pormenor.

mas a

não devemos

insigniftcante.

popula96es aqui

ahmentares660. não no-Io

ou

aos

a

estes

lacticinios

eair na

suas

predileccôes.

e

no

eonjunto

de conhecer.

até

os

declarada falta deste tipo de dados.

nem

de atnbuir

eerto.

e.

um

quantitativos

fontes consultadas.

nas

permite. .\inda assim. julgamos poder eoncluir que

do

tenta9ão

derivados animais.

sediadas. Gostanamos.

as

gorduras

e

Tejo dispondo.

consomem,

por certo, de todos estes variados

de modo nâo muito diferente do que

as

popula9dcs ribeirinhas

produtos

,

os

confeccionam

ocorre na restante

Europa

e

tardo-

medieval.

O mcl dcvena embora

a

ser

apicultura

pnncipalmente oblido a partir dos iavos das abclhas sclva»cns va conheoendo algum desenvolvimento nesle pcríodo -* Cí

Massimo Montanaa L alimentazione contadina.., pp. 303- 305: Ana Mana Nada 373' C°™ ^o9ante. o seu papel e íundamental dada a randade e elevado pre9o do a^ucar, pelo menos. antes do séc. XV

LlTr^° ddr,CC° PP-37j^efv^^íf^Tf1"" P^' ]97v >X H' vieuieval..., pag. lx prahcas cuhnanas. -

Louis Sociedade nas a sua prescnya c obvia Lucic Bolcns "Lc op. cit, pp. 28 -34; Maria Jose Azevedo Santos. O Mais Anũ-o

soleil puvense... m Livro... m op. cit, pag. 89.

-

dc

0,ivcira

Mar^ue^

A

-

"



"

u

campones...apenas ocasionalmente comendo came ou peLxe. consumiria entre 1 a e 1 a 2 htros ou mais de vuiho.W. podendo acompanha-los, com legumes : iruta aves e lacticinios. se bem que "não de uma forma sistematica". nem constante ao lonpo do ano como rcfere. para os habitantcs dos campos do Ylondego Ylaria Helen* da Cmz Coelho. O Baixo \londego..., pp. 700-701 e notas respectivas

kg

de pao

133

3.2

-

OS PRODLTOS DA

Obtidos.

com

facilidadc.

Estremadura

medieva061.

da economia

camponesa.Vendidos

alguns

reditosJJ\

deste

consumo

peles.

as

sobeja miportância

os

no

nos

produtos da no

caca

e

e.

contribui

permitem

mas

obten9âo

de

malenas-primas

de

não

alguma

para.

na

importante refor9o

um

constituem

por fim.

abundam

matas que

eonstituem

ea9ados.

coevo663:

carnes

bosques

mercado urbano,

dos animais

artesanato

de

tipo

CAQA

a

menos

essencial.

melhoria.

da

o

dieta

a!imentar6M.

Aos senhores.

ludiea

e

cortesâ

ca9a interessa por otitros

de prepara9ão

desportiva. ;

a

guerreira666;

motivos665. Actividade

reflexo de

expressâo viva dos direitos senhoriais668.

as aves e

uma

mentalidade

animais de

caca.

Nos meados do sec. XT\ uma das consequéncias da onse. ioi o avan9o da llorcsta e de toda a tena 'mculta'- A. II. de Oliveira Marques. Portugal na Crise..., pág.102N'ieole Devv-\ areîa para uma geo£n"afia histôrica da floresta portuauesa \s matas m op. cit, pag. 55: Maria Ilelena da Cmz Coelho e Carlos Guilherme Rilev, Sobre a caca medieval in Estudos Medievais. n1' 9. 1988. pp. 255 e 258. .

-

"

"

'

*

Ana Maria Nada Patrone. II cibo del

ricco..., pp. 298, 300

Armando dc Castro. A Evolucão

e

310.

Eeonômica.., Vol. IV, pp 149 c 161 A H dc Oliveira Marques. Portugal na Crise..., pág.109: Maria Helena da Cruz Coelho e Carlos Guilherme Riley. Sobre a ca9a..." in op. cit. pág. 259. ■

"

Massimo MonîanarL L'alimentazione contadina..., pp. 258-275; Maria del Carmen Carlé, "Alimeníacion..."in op. cit, pág. 253. 5

Cf. nota 127

do§.

1.4.

Massimo YíontanarL L'alimentazione contadina..., pp. 256-261: .\rmando de Castro. A Evolu^ão Economica..., Yol. IW pág. 145; ; A. H. de Ohveh-a Yíarques Portuga! na Crise..., pág, 108: Maria Helcna da Cmz Coelho e Carlos (îuilhcmic Rilev, Sobre a ea9a..." in op. cit, pág. 261. "

Cf.

interessante anáhse. sobre as rela^ôes da ca^a e meníahdade senhoríal. apresentada por Massimo MontanarL Ualimentazione contadina..., pp. 261 268; Maria Helena da Cruz Coelho e Carlos Guilhenne Rilev. Sobre a caca..." in op. P cit. pp. 216-262. a

-

"

"

134

que

å

chegam

paladar.

num

satisfazem-lhes

sua mesa.

exibicionismo de

cores e

ca9ados

que

a

por todo

o

noite "\

grande

.

comprazendo

eom

cila. sâo

2. simples

e

a

preferência pelo eoelho

lado6 ". Ca9adores profissionais.

documenla9ão tanto

corredio. são técnicas6

orgulho

vista

e o

sabores66'.

Animais de pequeno porte. sâo

o

responsaveis pela eficazes. que

sua

como os

e a

lebre.

eoelheiros6"1.

eaptura. A rede

e o

la9o

pennitem ea9ar. normalmente

número de roedores. E. eonsumida

a came.

resta

a

pele.

de

que.

,j-~

Louis Stouff. Ravitaillement.., pág.198; Ana Maria Nada Patrone. II cibo del pp. 298-299; Armando dc Castro. A Evolu9ão Econômica.., Vol. IV. pp. 14^ e 151; se bem que. as pun^ôes senhoriais sobre a ca^a são quase nulas nos seeulos XTV e X\\ prova certamente do deoréscimo das espécies. que são reservadas para os scnhorcs c ficam. cm boa partc c sem dúvida no quc â ca9a grossa diz rcspeito mtcrditas aos camponeses". eomo 6 bcm assinalado por Maria Hclcna da Cruz Coelho e Carlos Guilherme Rilev. Sobre a ca^a..." in op. cit. pág. 259. ncco...,

"

-

-

"

u.r>

Sobre

o

valor estético das

aves

que

se

preterencias. de entre as cames de ca^a. pombo. nas reoeitas. a que estes animais tijela e pastéis dos pombinhos". Cf. "

apresentam

nas

mesas

(r-

in

op. cit, pp. 71. 73

Massimo

Montanan.

L'

c

e.

as

"

"

-

Livro..."

senhoiiais,

para o ooelho. perdiz e, em menor numero. o dâo o nome: tijeladas de perdiz". "coelho em Maria José Azevedo Santos. O Mais \ntigo notas 14-16.

alimentazione

Ravitaillement.., pág.198;

contadina..., pau.

274-

Louis

Stouff

.Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pp 311315: Maria del Carmen Carlé. .\limentacion..." in op. cit. páo 2S^ \ H de "

Ohvcira

\larqucs, Portugal

na

Crisc..., pag. 109.

6^1

Q)ue se constituem como uma cbsse profissionaL no reino portu

variados

usufruirem dos espa9os

a

íncultos681. originando

conflitos

'

\

contribuindo, ademais. para

e

crescente

a

extinyão das espécies

cinegéticas68\ Ao ritmo das

porte.

e.

no

aparato685

easo

das elites.

condizente

o recurso a

esta9ôes '. as

eom o seu

annadillias

e

â

se

ea9am

os

animais de

técnicas venalônas utilizadas. estatuto e

caea em

mentalidade. Para

eorrida por

meio

de

grande

medio

revestem-se

os outros

la9os686.

e

são

do

ca9adores.

os

métodos

mais eficienîes.

Mas. de

aves.

a

"

uma

varicdade

enorme

Perdizes, rolas. codomizes, galinliolas, narcejas. cotovias. são

pequena amostra das

6>'l

ca9a mcdieva incide. também. sobre

espécies

mais

frequentes68

.

De todas. é

a

perdiz

uma

que parece

longo dos sees. XIV e XW os 'moradorcV queL\am-se eonstantcmcnte contra as privadas ou reais. que os privam da lenha da madeira e dos pastos para os seus gados. alem de tacilitar a invasâo dos campos pelas 'bestas daninhas'. '- Nicole Para uma Devy-Yareta. geografia histôrica da floresta portusuesa. As matas..." in op cit, pág. 58: Ruy d'Abreu Tones, Ca9a" in op. cit, pág. 4 Í8. os: Cf'. nota583do§. 3.1 Ao

coutadas

"

w*

.

'■,::>.

Cf. 359.

675 supra. W, também, Yianuel SiKio Ahes Conde. O Médio Teio J

nota

'

''

náa F^'

i cervi si cacciavano da maggio m poi, e soprattutto m agosto. qundo sono piũ grassi". dopo labbondante pasoolo pnmaverile. I emghiah. mveoe. si caociavano preferibilmente in aumnno. dopo la caduta delle ghiande." Massimo Montanari. L'alimentazione contadina.., pág. 258; nell'autunno-invemo. la stagione venatoria per eccellenza, la caocia significava anche per i ricchL rifornire la dispensa di carni pregiate. da consumai-si subito o da conservarsi per mezzo della salagione e l'affumicagione, specie la selvaggma di grossa o mcdia taglia quah cervi. camosci. omghiah" Ana Mana Nada Patrone. II cibo del ricco..., pág. 306. \ a cnayão dos oargos de ca9ador -mor e de monteiro-mor. entre outros. liizados ã montaria Ruy d Abreu Tones. "Ca9a: m op. cit, pág. 419; Idem. MonteTros" in Dicionário de Histôria de Portugal. dir. Joel Senão. Y'ol. I\\ pág. 337. Armando de Castro. A Evolu9ão Econoniica..., Vol. IV, pág.159. -

"

-

.

"

-

"

\íolto apprezzah erano moltre gh uccelh acquatici di tutte le specie. che prohiicavano nelle vaste paludi: non solo oche e antre seKatiche. ma anche cigni. gm, cicogne" \lassimo \iontanarL I/alimentazione contadina.., pág. 275: A pega o gaio. -

gralha~a

137

recebcr

a

preferéncia

dos

eurioso sistema da ca9a

estratagemas

como a

ca9adores6

eom

perdiz

ou

.

Sobre

boi689. Usados

perdigão

"

de

o seu

são

apresamenîo. eonheee-se.

igualmente la9os.

rapina devidamente

falcôes.

gavioes.

c

e.

porem.

a

paixâo

são criados expressamente para

ostenta9ão senhorial.

preserva9ão.

treinadas.

ao

fortemcntc

contrário do que

se

e ate

chamado"*69''.

A volataria. outra modalidade da ca9a medieva.

de

bestas.

o

o

passa

da

com recurso a aves

nobreza691. A9ores.

efeito692. Sinônimos com as

de luxo

restantes aves.

e

a sua

vigiada693.

paío sehagem. são também menoionados por Armando de Castro. A Evolu9âo Economica.., Yol. IW nota 44 da pag.147: abctarda. gru. cerceta gar9a macanco.

o

iuselo. sisão c galeîrâo. são outras Sociedade \ledieval..., pág. 8

espécies. aduzidas

por A. H. de

OÍivcira Marques.

A

68S

Louis Stouff. Ravitaillement.., pag.198; Ana Ylaria N'ada Patrone. 11 cibo del ricco..., pág. 301; Alguns exemplos da existéncia de coutadas siKicolas. impedindo a ca9a de perdizes, ãs popula9ôes vizinhas- podem ser encontrados em \lanuel SíKio Alvcs Condc, O Médio Tejo..., Vol. I. pp. 364-365.

689.,

Consistia

ca9ador se cobrir com uma pele de boi, aguardando quc os animais se aproximassem desprevenidos para então os aganar." Também se ca9a a perdiz usando annadilhas c gaiolas, ou reconendo å luz para a eneandear ( ca9a "eom rede e candeio") Armando de Castro. A Evoiu^ão Econômica..,Vol. IV, pag.155. em o

-

6P0

A proposito das penas que rccaicm. sobre quem ca9ar pcrdizes na coutada de Santarém e termos, ilustram-se alguma> das téonicas de Item ca9a a esta ave: mandamos e defendemos que pesoa allguua nom mate nem perdizes perdiguoes com rredes e camdeas nem a chamado com perdizes nem com nem com outras alguuas la9os armadilhas...Item nenhuu nom tenha em ssua casa perdiz nem perdigam de chamado... nem tenha nem traga podengo de mostrar...Item que nenhuu nom ea9e perdizes a cuniquam...Item quc ncnhuu nom node pcrdiz..."- Histôria Florestal..., cd por C \1 L. Baeta Neves, Vol. IH, Doe. 608. pp. 205 -207. "

«J1

Massimo \lontanari, L'alimentazione contadina..., pp. 259-260; Ana Maria Nada Patrone, II cibo del ricco..., pág. 305; Ruy d'Abreu Tones, 'Ca^a11 in op. cit., pág. 418.

602

6''}

Armando de Castro. A

EvoIu9ão Econ6mica..,\'ol. IV,

.Yna Maria Nada Patrone. II cibo del

ricco..., pág. 305. 138

nota 43 da

pág.146.

Incluso

chamada Licoutada

na

deeerto ofereee. exeelentes

existéncia. floresUil

coelhos69

podem

Em .Alliandra. apenas

deeerto que.

mas.

.

eneontrar as

uma

pelos

medievos. Relembremos

euja dos

indicacão avulsa. refere montes. e

seus

lugares,

em

destinados

e

e. ou

a

termos

nos

das mais

aves.

verdelha,

presen9a. de tâo notôna

As notíeias da

ealhandra.

íntensa

o

sobretudo.

casal de

pela

mata

serra.

se

destas duas vilas que

se

.

séculos.

nestes

procuradas pelos passareiros

gaio.

justifica. para

.

um

o

melro.

os

entre

humanos.

o

outros6°x. baptismo

que escolheram habitar...

Sobre

■w

a

cstudamos.

ea9a. perrmtem-nos deduzir da

a

espécies cinegéticas. mais comuns.

topônimos refenndo

espa9o695que

monteiros696, responsáveis pela visilância

Curiosamente. porém. é eoncentram os

o

possibilidades venatérias.

cumprunenlo das mterdieôes relativas

e

pratica.

sua

de Alverca. de

mata

na

variadas.

e

velha*,lSM.

a caea.

é

os

espa9os

possíve!

coutados.

reutur

olivaes

d*alamquer".

poreos

monteses699. Quanto

nos

algtms elementos.

poder atestar-se

parece

termo

a

de

Alenquer

Ota.

e

Na vasta área. coutada. dos

prescn9a de porcos.

â mata. da real montaria da Ota.

cervos.

várias

as

anhos

cartas

de

No séc. X\\ esta coutada régia conheceu a sua maior extensão Na realidade. a •eoutada velha' seria um espa9o florestal descontmuo. ondc sc encontravam. quer matas dispersas ao lado dc pântanos ou ehamccas c do espa9o agro-pastoriL qucr dc maciyos ílorestais mais extensos nas áreas menos povoadas ou mais afastadas dos mercados urbanos". Nicole Devy-Vareta, Para uma geografia historica da íloresta portuguesa. As matas..." in op. cit, pág. 60. "

-

u

-

15

A. H. de Ohveira Marques. Portugal na Crise..., pág. 109; CE. tambem. o mapa onde figuram. o limite da citada couiada. c as sedes dc montana Nicole Devv-\ arcta. "Para -

uma

"SCL "Cf. 18

9

geografia nota

histôrica da lloresta portuguesa. As matas..." in op. cit,

116do$.

nota 137

do§.

Cf. notas 128

a

1.3

1.4.

132 do

João Pedro Feno.

.

§.

1.4.

Alenquer Medieval...,

pp. 143 -144.

139

Fig.

L

pág.

61.

montciro presentes este

preservar.

na

penalizando-se

das

vai para

a

Azambuja703.

o

na

terra

abusos vários,

ou outra

desijn9am

E,

á vila

monteiro "6. E

'M. E

ca9a

e

Cf., de ^ũ2

11



a

os

mas.

propôsito

dos eoelhos

caca

furâo

câes.

com

séc. XV.

as

ademas

otitras

e

e a

coutadas.

Chameca que

gados

não entrem nela

principalmente

nâo

a

pastar.

eoelhos.

matem

se

°5.

e ao

qual filham

o

nem as

exaetamenle, nesta coutada. que esta instalado

dados não

outros

carta

de

doa9ão

§.

1.3

ao

vinhas devem

as

temos

podemos afmnar

novo, a nota 1 16 do

o

tantas aves

quanto âs

que

as aves

ser

vigiadas

por

um

espécies animais aqui

abundam

ca9ador, Apaneio Anes,

nesta

beira rio.

da ribeira

"

des

.

Histôria Florestal..., ed. porC. M. L. Baeta Neves. Vol. m. Doc. 240, pp. 92-93. Ibidem, Vol. n. Doc. 625. pág. 212. Histôria Florestal..., ed. por C. \i. L. Baeta N'eves. Vol. L Doc. 285. pp. 194- 196. Ibidem, VoL IL Doc. 578. pág. 194; Doc.600, pp. 200 -202.

T°5Cf. nola630do§. T06

a

dellas".

se

justifica

no

termo702:

que já fizemos referência

a

dominantes. seguramente o

a

for encontrado

No espa9o de Valada. também

Assim

eleicão. E.

em

do Mosteiro de Sf Maria das Yirtudes.

deve zelar para que

pombal do Mosteiro. "que

sua

1486. interdita-se

em

Azambuja, conhecem-se.

perdizes. pertencente

cometam

perdizes

da actividade da

régio

ol

respeetivo guarda. pessoas

são prova evidente do cuidado

dita coutada.

na

quem.

prátiea

da Ota.

paul

Acerea da

como a

a

espa9o. para

do eoutamento do

armadilhas

documenta9ão")n,

3.1

.

Ibidem, Vol. IL Doc. 192. pág. 72: Doc. 393. pag.117. 140

a

Porta do Soll eeuadoiros pera

r

atee

a

torre

as avees

que

do porto de avera

de

Muja

ea9ar"' °".

Ibidem, Vol. II. Doc. 458. pp. 143 -144. 141

pera fazer

suas

armadilhas

e

3.3

-

OS PEIXES DE RIO

Enquanto masculina é

uma

e

pesea.

e

viril.

a

anti-ca9a desprezada.

de

com

água. fonte

morte

a

de vida

geral. pela nobreza.""08.

e

é. desde

c

logo

elemento feminino.

Esta dicotomia

reflecle. nâo apenas. diferenles modelos de comportamento soeial.

mas

com

longo

religião impôe

ingestão

de

religioso '~\ já entâo.

â

ligada

la9o

ca9a

o

motiva9ôes de

o consumo

carne. como acto

dissemos

preponderância.

os

de

magro". equivale

o

consumo

queijo.

o

mais

ou menos.

a

restritivas

generaliza9ão

"comcr

a

peniténcia. segundo

13. ímpliea

legumes.

as nomias.

religiosa709.

e

alimentar. contribuem para

que 'comer

em

ordem mental

10.

da Idade Media

sobre

padrôes de conduta,

nâo

no

um

entre

Ao

a

ca9a cria

pesea. mais

prende-se. sobretudo.

que

a

peixe"*711.

A

dias do calendário

os

"substitutos"""1 '. Ganham.

de

elaro.

os ovos. e.

o

peixe.

Viaria Helena da Cruz Coelho e Carlos Guilherme Riley, Sobre a caca..." in op. cit, pág. 263; La pesoa, infattL non esercita sulla olasse signorile lo stesso fascino della caccia"- Massimo MontanarL L'alimentazione contadina..., 280, "

"

pág.

39

Massimo MontanarL L'alimentazione contadina..., pp. 278 pp. 98-101. Massimo Montanari, Alimentazione

e

-

279: Idem. La fame

cultura.., pág. 48.

"

solo dal LX-X secoío non vi sono piũ dubbi nell 'ammettere la liceitå del consumo di durante i giornil di astinenza. Daha dieta quarcsunale pesce vcngono csclusi solo I oosiddetũ pesci 'grassi'. oioe gh anunah manm di grandi dimensioni (balene. dellini ecc.) la cui polpa appariva troppo simile alla came degli animali tenestri. forse sopratutto per Labbondanza di sangue." Idem. La fame..., pág.100. ...

-

*

V.os números indicados para a Provenca; 140 â 150 joumées oû les produits de la pêche remplacent la viande dans la nourriture des hommes: le vendredi et le samedi de chaquc scmainc, quclques jours et veilles de fetes, 46 jours du mcrcrcdi dcs Cendres â la veillc dc Páques"- Louis Stouff. Ravitaillement.., pág. 201. "

Recordem-se

as

notas 563

e

564 do

§.

3.1

.

142

.\s uma ímensa

e

popula9oes medievas dispoem.

gama de

marinho

Vías.

diierencas que

conserva9ão

as

espécies ictiolôgicas. condi9ôes

ultrapassam

como a

as

de

nossos

nos

dias. de

meios fluvial

peixe apresentam. necessariamente.

queslôes do

meras

contrário dos

desenvolvem

se

que

acesso ao

ao

fonna de transporte são.

goslo"16.

'l'anto

estado dc

o

igtialmente. detenninantes

o

para

seu consumo.

O

fresco é extremamente

peixe

ribeirinhas podem disfrutar de todo acontece com as

que vivem

de transporte. devem

ser

cursos

eficazes,

e

sabor de

e

água.

frescura. já E.

mesmo

nesse easo. as

fim de evitar

a

o

popula9ôes

a

não

eondi9ôes

deteriora9âo

deste

.

Obices que.

no

referente

pei.xes

aos

de

água doee. podem não

ser

tão

b. De facto. qualquer espa9o aquicola. por mais pequeno que seja.

pode fornecer elaboradas

rápidas

seu

as

*

tipo de produlos

evidentes

dos

longe

o

Se

perecível.

este

\ se

tipo

obtêm.

de

recursos.

Å

mão.

espécimes variados.

com

em

linha.

ou

usando técmcas mais

rios. ribeiras

e

lagoas, aptos

a

consumir de imediato.

"14

Revejam-se

as

notas 655 e 656

do §. 3.1. 1

.

715

T>ado quc não nos ccntramos nos brcve. aigumas das condiyôes para Stouil, Ravitaillement.., pp. 201

Marques. Portugal

na

recursos a -

202:

Crise..., pp. 109

da pesca maritima assinalc-se, a título Por cxcmplo, na Provcn9a Louis claro, em Portuaal : A. H. de Oliveira

prática.

sua

e.

112.

-

V. a preferência entre outras. pelas tmtas, enguias. carpas, lúcios, evidenciadas pelas popula9ôes proven9ais Louis Stoufî.

e. pelo esturjão Ravitaillement.., pág. 203.

-

Louis Stouff. "■18

A

RaviUiillement..,

viaggiare

e

ad

scmphce da reperire La

fame..., pag.101.

e

essere

pp. 207

-

208.

consumato era

da catturare,

soprattutto il pesoe d^acqua dolce. piú

piû rapido

da

trasportare."

-

Ylassimo Montanari.

719

\r. a reícrcncia a redes. a nassas de vime ou dc junco, \iontanari. L'alimenlazione contadina.., pp. 283 -284. 1-13

entrc

outras

-

Massimo

Maiores ettadinos. para revelam

os

abastecerem de

se

pareee não surtir

o

desejado efeito.

O soiho

carpa.

a

homem

enguia.

um

ou

As

nas

As

respeito

são

salmão.

algumas"25.

a

â

higiene

sua

habitantes

os

Os cuidados. que

condi9ôes.

defesa da

queixas o

encontrem

que

melhores

que diz

eomo a

esturjão 2\

são apenas

medicval'26.

permitem

no

produto 2'\ bem

o

preve-se

peixe.

responsáveis urbanos.

transacciona

sc

dificuldades.

dos espacos onde

qualidade

e

pre9os"::.

constantes"22.

lampreia.

a

tmta. o

das muitas vanedades.

lucio"24.

a

apreciadas pelo

águas locais, bem providas de espécimes, decerto Ihe

abastecimento regular.



Les transaehons doKení se faire en un lieu détermmé. Dans une rue sur une plaee les etals des poissonmers sont rassembles." Louis Stouff. Ravitaillement.., pa« Ina Gon9alves. Detesa do consumidor..." in

\)3:

-

"

op. cit,

páo.100.

"

\lolhava-se o pcLxe atrasado para Ihe confenr uns laivos de frescura ou misturavamcapturas ieitas a rede e por ísso. ås vezes. íacultando um produto -muvto podre e maao com o "pescado da hnha que he mjlhor1 e vendiam-no pelo mesmo preco "- Ina Gon9aIves. Deíesa do consurmdor..." in op. cit, pág.113 e notas respectivas Louis Stouff. Ravitaillement.., 203 204. pp. se as

"

"

-

-'

Considerado

-'

peixe particularmente "nobre". digno de contadina.., pág. 293.

um

L ahmentazione

Apesar da prática de

reis

-

Massimo Montanaii

"

humildade alimentar'. estes peixes eram do apre9o de S I uis beaucoup ies grands brochets et autres poissons déhcieux et qu'on devant lui â table. pourtant il n'en manseait pas. mais ils étaient Laumone et il mangeait les autres petits poissons." -lacques Le Goff Saint -

...bien qu il aimat en achetait et portait

envoyes

a

LouisaTable...

"

m

op.

cit, pág.137.

"Xías simo Mo^2nan. "„Cf-. Rav.taillement

L'alimentazione contadina.., pp. 293-294 Louis Stouff ™ Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pp J3Z, Mana del Carmen Carle. .>\hmentacion ..." in op. cit, pag. 266. * Embora mcncionando peixes de água docc c de mar. V. o scguinte exemplo dc peixes aeessivcis as mcsas

pág. 203;

"

"

burgucsas: Roucn offrc courammcnt a scs hôtcs dc marquc loutcs ies vanetes de harengs. Nantes connaît déjá les civehes et les ajoute aux habituels esturgeons au -bero, (brochet), aux lamproies. aux saumons de Loire..."- Jean-Piene Leguay, Lne mamfestation de sociabilité..." in op. cit, pág. 190.

E no caso da Polônia les communautés utilisaient Ie poisson en quantites assez considerabies: nom seulement les poissons des étangs. carpes notammenL.... mais aussi lcs harcngs ímportcs" par les Hollandais et vcndus dans toutc l'étenduc du pavs." Andrzej WyczanskL La consommation alimentaL-e..." in op. cit, pág. 320. "

-

144

No melhores ser

entanto. na

condi9ôes.

necessário

período quaresmaî. dada

e. no

â

recorrer

seeos.

.

podem. também apreciar-se

em

de

importa9ão

'

eonserva9âo especiiicas

Correm

esta9ão invemosa.quando

os

peixes

de

transporte

faz

em

pode

técnicas de

a

simplesmente.

ou.

se

intensidade da proeura.

peixes. Gra9as

outros

fumados.

a

o seu

em

salmoura.

mar728.

abundância.

águas.

as

neste

espa9o

da

margem

-->-)

tagana

Delas.

~\

camponês faz

o

constante.

uso

cuhuras. quer para. através delas. transportar Também llies. actos, mais

aproveita

prosaicos. Em

recursos

do

a

for9a

seu

na

e. a

produíos

elas

para até

recorre.

írngaeãe das

a

aos

para

suas

locais de destino. a

consecu9ão dos

quotidiamv30.

eontrapartida.

iaumsticos.

motnz.

Quer

as

limpidez

águas ofereeem-lhe de

um

a

riqueza

dos

seus

meio. ainda nâo demasiadamente

poluido...

Massimo MontanarL L' aiimentazione contadina.., pp. 294-295: Louis Stouff. pag. 212: Ana Maria Nada Paîronc, II cibo del ricco pág. 334. 6 Louis Stouff Ravitaillement..., pp. 205. 212-213; Ana Maria Xada Patrone II cibo del ricco..., pp. 333- 338.

Ravrtaillement..,

9

1

Cf.

as notas

78

a

..,

80 do

V.. relatKamente

"§.3.12-

As

águas"

§.

1.2

e a

nota 133 do

§.

1.4

.

Médio Teio. o bem delineado texto. que se apresenta no Manuel Sílvio AKes Conde. O Médio Tejo..., Vol. I. pp. 374

ao -

-

145

As dízimas. que

Vila Franca de Xira. Povos. íluvial para eoneede

a

aos

sinônimo da

vida das

se

Castanheira"31, popu!a9ôes 32.

suas

destas

pescadores

importância.

cobram sobre

o

pescado

em

dizem bem da

E

ate os

Alvcrea. Alhandra.

privilégios

looalidades"33. podem

que lhe é reconhecida

que

o

poder regio

ínterpretados

ser

contexto

no

da pesca

nnportáneia

da

como

economia

coeva"34.

Profissionais. pesear

agam9ar de

e

embarca9ôes 6, do anzol

ou

comeT735 ser o

pareee

ki

não. estes homens. têm

.

ágtias do Tejo. Aliás.

nas

mais eftcaz para

a

batees

seus

o

que vãao

sistema de pesea

fluviaf'37.

faina

em

embora

as

em

artes

' .

tambem

se

pratiquem.

E. consoante

as

especies

a

capturar. podem.

Histôria Florestal..., ed, por C. M.L. Baeta Neves. Y'ol. L Doc. 327. pág. 214; Vol. III. Doc. 71. pag. 35: J. VI. Cordeiro de Sousa, Fontes Medievais da liistôria lorreana 1957. Doc. 99. pág.139. "

Sobre

os

efeitos, da crise dcmografica do sec. XIW nas actmdades piscaíônas Cf. na Crise..., pag.112; A pesca e extraeyâo do saL -

H. de Ohvcua Víarques. Portugai area de C oimbra até å foz do

Cmz Coelho. O Baixo

Yiondego. foram igualmente Mondego..., páíi. 255.

afectadas

-

A na

Ylaria Helena da

Cf. os pnvilegios concedidos aos pescadores de Alhandra e Y'ila Franca Histôria Floresta!..., ed. por C. M. L. Baeta Neves, Yol. IW Doc. 36. pag. 39; Doc. 38, pag. -

1

Em 1498. salicntando a falta de pescadores em Yila Franca de Xira diz-sc que "na dicta villa suya dauer mujtos pescadores E que por nom serem goardados eomo era rrezam nom auja ahj Ja mais que dous o que era gram mjngoa pera huua tal villa e de hj mujtos pescadores era homna e nobrecimento da dicta villa e proueito de todollos moradores della"- Historia Florestal..., ed. por C. M. L. Baeta Neves \'ol I\ Doc. 37. pag. 40.

hayer .

Historia Florestal..., ed. por C. M. L. Baeta N'eves. Yoi. IV. Doc. 38, pag. 42. Baicos utihzados em Santarém para a pesca de eirôs. enguias e bordalos, eram designados por cuus dc lobos" Histôria Florestal..., ed. por C. M. L. Baeta Neves, Vol. I. Doo. 28. pp. 45 51; Outros. possivelmente. senam a muieta e a íahia. embarca9oes de longínqua origem sũdica". que se adaptam "a todos os ventos e técnicas de marear. transformando-se em autênticas máquinas de pesca."- Cláudio Iones, A cmttira industrial da Lisboa de quaírocentos.lTOa abordagem arqueoîogica" "

-

"

-

-

m

1383-1385 e a crise geral dos séculos XÍY7 XV. Jornadas de histéria medieval, a 22 de Junho de 1985. Actas. 1985. pág. 295.

Lisboa, 20

Armando de Castro. A 8

Evolu^ão Econômica..,

Manuel Silvio Alves Conde. O Médio

\"ol. IW

Tejo.... Yol. 146

I.

pág.

pág.

97.

385.

ainda.

outros, mais

usar-se

tambént vános tipos de

lambem

a

prática

ainda que

correntes. nesta epoca.

Quanto

aos

régia 44.

ou

de colocar redes

gerais.

regulamentando

a

redes"3*e

atravessadigas 41. bem

sujeitas

vários

a

canais. caneiras

e

piscatoria"12.

sâo

pesqueiras 43. geralmente perten9a

que vedam coercivamente

Dá disso testemunlio.

eomo a

tipos de eoima.s,

garantindo. assim, melhores pescarias 4\ acabam necessidades

dc

annadiilias740.

de metodos de pesca. altamente lesivos da fauna

utiliza9âo

senhorial

compíexos. envolvendo arma9ão

espa9os

por entrar

caría

a

certos

feitura dos eanieos dos canais de

que

o

em

rei

aquícolas.

conflito manda

com as

publiear.

pescaria dos sáveis do Tejo

e

Difcrcntcs tipos dc redes sâo utihzadas

consoante as especies a apresar: îresmaîhos do saveL da lampreia e enguia: sa\~ares. para os saveis: boaueiros. para a boga e o muge. Para mais pormenores reîatKos ás "artes de rede" também uîihzadas no Medio Tejo Cf. Manuel SíKio AK'es Conde. O Médio Tejo..., Vol. L pp.382 384.

para

a

apanha -

-

VJ

Enquanto

que a nassa era destinada â pesca da borba permitia apresamento da lampreia e do sável Cf. Médio Tejo..., V'ol. I. pág. 385. o

e

da ensuia a ,j\~ar?a ou abar?a SíKio \lves Conde O

Manueĩ

-

n0m tossc nem se*a tam ousado 6 27. 29. 30. 32. 33. 34. 35. 36

38.40.41.42.43.44.45.47' 50.51.52.53.57.62.67.86; 89

Livros

-

2. 4. 5. î 1. \5. 52. 159, 183

ORDENS MILITARES:

Ordem de Avis

2

441. 519, 554. 594. 639

-

BIBLIOTECA NACIONAL DE LISBOA (B.N.L.)

RESERVADOS

Côd.l 1348

Documentacão (traslados) do Convento da Santíssima Tnndade de Santarém. relativa a aforamentos -1450-1522

-

-

-

Primeiro Livro de

Segundo Lívto

de

Pergaminho Velho Pergaminhos \ 'elhos

MSS 171 Doe. n° 1 1- Certidão de uma Inciuin9ão que se fez antigamente sobre as terras do Aiqueidâo. que perteneem ao Senado de Lisboa. e de que os Priores e Beneliciados das Igrejas de S. Estévão e S. Engrácia cobrão os dizimos

3

ARQLIVO DISTRITAL

DE

Convento de Sf Clara de Santarém

SANTARÉM ( A.D.S)

-

Gaveta ln° 4; Gaveta 3 n° 7: Gaveta 5 n° 7: Gaveta 6 n° 2: Gaveta 7 n° 9: Gaveta 9 n° 3

4- MUSEU DE

Capela

ALHANDRA-CASA DR.SOLSA MARTINS (\L A.)

de Maria .Amies

-

Santa Casa da Misericôrdia da Vila de .\Jhandr, 156

FONTES IMPRESSAS

AZEVEDO. Pedro de Os Reguengos da Eslremadura na 1" Dinastia"*. Sep. da Miscelânea de Estudos em Flonra de D. Carolina Michaelis de \ asconcelios. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1930. 58 p. "

-

BRONSEVAL. Fr.Claude de Peregrinatio Hispanica. Yovage de Dom Edme de Saulieu. Abbé de CTairvaux. en Espa«ne et Pofní°al (1531 1533). ed. de D. Maur Cochenl. Pans. 1970. -

"Catálogo de todas as igrejas. eomendas e mosteiros que havia nos remos de Portugal e Algarves. pelos anos de 1320-1321...'" in Fortunato de Almeida. Histôria da Igreja em PortugaL ed. por Damião Peres. Yol IV. Porto. 1971. pp. 90-144.

Chancelarias Portuguesas D. Afonso IV. Vol. I (1325 1336) e Voi. II (1336-1340). ed. de A. H. de Oliveira Marques et alii. Lisboa. I.N.I.C. Centro de Lstudos Histôricos da Fac. de Ciências Sociais e Humanas da Lniversidade Nova de Lisboa. 1990-1992.

Chancelarias Portuguesas D. Pedro I ( 1357 1367). ed de A H de Ohveira Marques eî alii. Lisboa. I.N.I.C. Centro de Estudos Historicos da rac. de Cieneias Soeiais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, -

1 9o4.

CORREIA. Franeiseo

"Lívto dos Milagres de Nossa Senhora das Virtudes Compilado por Frei João da Povoa em 1497*' Sep. da Revista da Biblioteca NacionaL Lisboa. S. 2. vol. 3(1). 1988. pp. 7 42. -

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Mappa

mudado,

acrescentado,

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explicão-se os seus caracteres, e se poem huma breve mas curiosa noticia do nosso Rcino, Provincias, Cidades, e villas mais principaes deUe offerecidos ao Illustrissimo e Excelentisssimo Conde de Oevras. Joao Silverio Carpinetti Lisbonense. Lisboa, 1762" publicadô por I.eite de Yasconcelos Etnografia Portuguesa.vol.IIL Lisboa 1941 Fíp 96 Mapa da Província da Estremadura -

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Planta

do

Carregado

rio

Tejo

para servir

desde aos

os

Campos

estudos do

160

de

mesmo

Salvaterra até ao rio I Nevvton e -

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