Na margem direita do Baixo Tejo.Paisagem rural e recursos alimentares (sécs.XIV e XV)
Descrição do Produto
MARIA MANUELA S. C. CATARINO
NA MARGEM DIREITA DO BAIXO TEJO:
PAISAGEM RLJRAL E RECURSOS ALIMENTARES
(SÉCS.
XIV E XV)
LISBOA
1998
MARIA MANUELA S. C. CATARINO
NA MARGEM DIREITA DO BAIXO TEJO:
PAISAGEM RURAL E RECURSOS ALIMENTARES
(SÉCS.
DISSERTACÂU
XIV E XV)
DE MESTRADo LM HrSTORlA MLDIIA 'AL A APRESLNTAR
A
FACLLDADL DL
ClÊNCiAS
SOCIALS K IKMAXAS
DA CNIVTRS IDADT7 NOVA DF l.ISBOA
\
LISBOA 1998
A minha mãe Maria dos
que tanto sabe
amar as
Anjos.
eoisas da terra...
INDICE GERAL
ÍNDICE
DE XLAPAS
4
INTRODUCÃO 1
ESBOCO
1.1- O RIO
1.2
-
1.3
-
5
DE UMA PALSAGEM RURAL
.ALGUMAS
-
HIPÔTESES
OUTROS CONSTITUINTES
-
FÍSICOS
OS COMPONEXTES VEGET.AIS
1.4- OS COMPONENTES
1.5
DE TRABALHO
A
PRESENQA
FAUNÍSTICOS
HUMAN'A
8
18
30
38
44
2- A PAISAGEM DOMINADA: A AGRICULTLRA
2.1
2.2
-
-
DISTRIBUigÃO
ESPACIALDOS RECURSOS
57
RECURSOS ALIMENTARES DE ORIGEM VEGET.AL.... 74
2.2.1.
2.2.2.
-PÃO
-
74
VINHO
86
2.2.3. -AZEITE
100
2.2.4.
105
-
FRUTAS E LEGUMES
2
3
-
CRIACÃO
DE
GADO, CAQA E PESCA
-
RECl RSOS DE
ORIGEM ANIMAL
3.1 -ASCARNESDECONSUMO
3.1.1
3.2
3.3
-
-
OLTROS ALIMENTOS DE ORIGEM ANLMAL
-
OS PRODITOS DA
CA?A
OS PEIXES DE RIO
3.3.1,
-
116
129
134
142
MOLUSCOS E MARISCOS
150
CONCLLSÃO
153
IONTES E BIBLIOGRAFIA
154
3
ÍNDICE
MAPA 1
Hipotético
-
entre
MAPA 2
MAPA 3
MAPA 4
-
-
-
MAPA 5
-
M.APA 6
-
MAPA 7
-
MAPA8
-
curso
Alverca
e
do rio
Tejo.
As
sécs. XI\"
e
XV. 16-1 7
de cultivo de cereal
64-65
das terras de cultivo da vinha
66-67
terras
Distribui^ão das terras de
Distribui^ão
nos
Santarém
Distribuicão das
Distribuiøo
DE MAPAS
cultivo do olival
das hortas. árvores
consocia^Ôes do
e
pomares
68-69
69-70
cereal
84-85
As consociacôes da vinha
98-99
As
consocia^ôes do olival
4
100-101
INTRODUQÃO
Os aspeetos do nossa
Em
investiga^ão.
Quotidiano constituiram-se
partieular
final da Idade Média. estabeleeidas
Tejo.
urbanos
significativos
No deeorrer do
ordena
agrícola
se
reeursos
de
popula^oes.
na
-
Lisboa
nosso
e
E.
rio
eventualidade de
que
outros
o
e
.
vamos
faeilita
recursos.
alimentar.
e
se
econômieo
e
cultural
economia rural ela
adquirem.
citadinos. que
trata. apenas. de
E que.
o
como
suprir
as
transporte.
espaeo
Deteetar
paisagem.
a
o
os
necessidades das
pereeber-lhes.
a
destinos...
mão humana. estes
diíerente. E não
proeurar saber
Compreender
Quer sejam disponibilizados pela
Rurais
Baixo
naturalmente, dependentes de dois
animal. capazes de lhes
um
do
Santarém.
estudo
margem do rio.
origem vegetal já
.
e
populaeôes
espaco da margem direita. de
no
de earaeterísticas bem definidas
eentros
alimentares das
os recursos
.
pnontano da
tema
o
a
em
um
a
uma
alimenta^ão.
permite perceber
pcso muito
ou
transformados pela
signifieante
eles aeedem
um
no
quotidiano
usufruem-nos de forma
divergêneia na questão
constitui
qualquer época
natureza,
do sosto.
importante indicador
da histôria humana. Relaeionada
como se
estabelecem
as
rela^ôes
entre
sôcio
-
com a
grupos
sociais:
como
estabelecem
se
organizam
padrôes
e
pela palavra, e
inquiridor.
relevadas
as
em
um
jeito
tempo
mas
ate.
e.
como
se
comportamentos culturais.
O estudo que
eompreensão.
neeessidades econômicas:
as
de
ora
apresentamos é.
primeiro olhar.
e um
que resultou
tanto
quisemos,
timido. Dessa
eventuais lacunas. E. que
mats. uma
tentativa de
da realidade medieva. O tornar vísivel.
espaeo. Um olhar que um
de
antes
a
por
perspectiva.
partir deste.
se
ísso.
nos
demorado
ser
possam
possam refazer outros
mais olhares...
* * *
Os
agradecimentos
faco-os.
muito
especialmente.
orientadora Senhora Professora Doutora Iria Goncalves. Da suas
correccôes. sabem todos quantos tém tido
supervisão eientífica. Como eles. Mas
expressar. e
o
que não cabe
pela intensa humanidade.
coracão
.
e
,
privilégio
é
nas
palavras.
com
que sempre atendeu
nesta
a
todos eles devolveu. transformados
em
rigor
das
a sua
aprendi.
gratidão,
longa caminhada.
e
minha
de trabalhar. sob
posso dizer que também muito
de derrotismos, que, fui desfiando.
seu
o
justeza
a
ao
que Ihe devo rol de lamurias
Tudo soube ouvir.
persistentes incentivos...
no
Pela devo também
resultados
paciente tarefa
agradeeer
eonseguidos.
a
não deslustrem
vão.
elaboracão deste esmdo.
me
prosseguir eaminho. De
algum
margem
.
me
iniciar.
Dra. Anabela Velosa
Agradeeimentos
esta
de
de onde. agora.
a
o
Cartografia.
Rodrigues. esperando.
para todos
ultrapassar
modo. foram eles
vejo
meandros da
os
que
mestra.
a
igualmente.
ajudaram
nos
sonho fluir.
os
os
aqueles
que, duranîe
eseolhos mais difkets.
água
que
eorre...
Torres Vedras. Julho de 1998
7
e a
responsaveis pela ehegada
como
a
a
ESBO^O
-
DE l'MA PAISAGEM Rl/RAL
Olha
o
rio
que
Quando
no seu manto
uma
a
noiva
tingiu
eom o
brisa soprou saeudiu coura^a de
numa
a^afrao seus
os
da tarde.
flaneos
guerreiro
armada da cabeca
aos
pés
Ibne
"
Sara1
-
séc. XI
rio domina tudo. Pareee que o eéu é uma miragem sua. Cortam-no mouehôes e bra^os de Mas
o
areia.
Espelham-se nele as árvores da margem pendidas eomo a quererem deitar-lhe a mão../" Alves Redol"
1 1
-
.
O RIO
O rio.
em
-
sereno.
que
corre
sobressaltos de rebeldia. invade
Geracoes atrás de gera^ôes.
HIPÔTESES
ALGUMAS
os
as
homens
alegrando terras
e as
as
aprenderam
-
Antônio Borges Coelho, vol. IV, 1975. pág. 357. 2
a
Avieiros
DE TRABALHO
margens. O
vidas dos que
Abú Mohâmede Abdalá ibne Sara Assantarini ( o 1123 Cf. Portugal na Espanha Árabe,
morre em
-
medir-lhe,
mesmo
eom
rio que.
ele eoabitam.
eom um
olhar.
os
Santareno):
natural de Santarém. Organiza^ão, Prologo e Notas de
Alves Redol nasceu em 1911 e publica a sua obra Avieiros em 1942 Cf. Antônio José Saraiva e Oscar Lopes. Histôria da Literatura Portuguesa, 6a ed.. pag. 1051. -
8
cambiantes das aguas a
conviver
marcar
com
os
fortemente. â
mteresses
sua
Nascido a
o
Encaixado
os
na
a
vida
,
estatuto.
\"ale
no
o
e a
Tejo.
nesse
hoje
desafiaram-no. E
e
como
no
passado.
o
rio.
Margem
com as
paisagem. ao
atingir
trecho do
ribatejano5.
Direita
-
íngremes
obrtgado
não deixa de
a zona
seu curso.
de Santarém. de rio de
eomeca
planicie 4.
tomaram-se caraeterístieos da
terra^os aluviais das margens. formados por depôsitos
lodosos. contrastantes
especial
volta.
humanos.
espanhol
espraiar-se ganhando
paisagem
Recearam-no
correntes.
encostas
,
sua
arenosos e
que lhe fieam sobraneeiras.
em
Ademas.6
as
Vidé Afonso Zuzarte de Mendonca. O Rio Tejo. Breve descri^âo geográfica". Anuário dos Servi^os Hidráulicos e Eléctricos, 1° ano, "1933, pás. 7 a 9 in Boletim da Junta Geral do Distrito de Santarém. Ano VI, n° 43. Santarem, 1936. pp. 89-92. k"
4Cf.
"
H. Lautensach. Os Rios e o Processo de Erosão" in Geografia de Portugal, por ( )rlando Ribeiro. Hermann Lautensach. e Suzanne Daveau. Vol. II. pág. 470: Suzanne Daveau. Comentários e Actualiza^ão". Ibidem. pág. 512: Vidé também Pierrc Birot, "
Portugal. s/'d., pág.160.
rios não correm ao nivel do enchimento das bacias. mas encaixam-se nele a 100 m mais. Abriram vales muito largos. mas que mantém vertentes bastante íngremes. nas quais se escalonam terra^os interglaciários... Na época post-glaciária a subida do nível do mar provocou neste entalhe a acumula^âo de depôsitos afenosos e lodosos que tem muitas dezenas de metros de espessura e cuja superfície. larga e plana. forma impresstonante contraste com as encostas íngremes. No vale do Tejo. o assoreamento chega a ter 13 km de largura..." refere, a propôsito da bacia do Tejo. H. Lautensach. "As Características Fundamentais da Geomorfologia,, in Geografia de Portugal, por Orlando Ribeiro. Hermann Lautensach, e Suzanne Daveau. Vol. I, 1987, pao. 158 : Também Carlos Alberto Medeiros. Geografia de Portugal. Ambiente Natural e Ocupacão Humana. Uma Introdu^ão. 1987. pág. 62.
"...os ou
-
Na actual
toponímia da região ribatejana permanece a designa^ao "Assim se chamava. Ribatejo. as colinas que se levantavam abruptamente do vale" Cf. Luis Teixeira de Sampaio, Guia de Portugal. II, Estremadura, ,41entejo, .Vlgarve. apresenta^ão dc Sant'Anna Diomsio, 1991. pág. 341. -
no
-
P. Birot assinala
margem direita
existência de um relevo de colinas bastante complicadas nos pormenores. A alternância das camadas arenosas e calcárias miopliocénicas. as desloca^ôes orientadas principalmente no sentido NO-SE que as aíectam e orientam as principais ribeiras. origmam as diversidades de pormcnor'" op.cit.. pag. 161. na
"
a
-
Também Maria Helena da Cruz Coelho faz notar idênuco fenômeno nas margens do Mondego medievo o contraste entre a planicie aluvial dominante e as eíevacôes como as •'ademias" se situariam na zona baixa, mas já não que, segundo a autora, inundável" O Baixo Mondego nos Finais da Idade Média ( Estudo de Histôria Rural) Vol. I. 1983. pág. 4 e nota 2. -
'•
-
.
9
E.
tempos.
naseem
as
e
desapareeem.
espaco. Ofereeendo
conquistando -
caminho para
transforma^ôes eontínuas no
a
de areia
á^uas
no seu
que
podem
ås
ir da mais
for^a natural.11
esta
rio
tem
assistido.
ao
longo
dos
leito. Mouchôes, ilhas aluviais. baneos delta
seu
interior.8
mundo íertil que
fiutua§ôes elimáticas.
Outros permaneeem. do coracão das
eresee
povoando
as
por muilo que
E.
eaudal
o seu
completa estiagem
Cheias. Os homens que lhe foram com
um
seu
o
Lezirias.
Sujeito oscila^ôes
no
foz.
a
chega
ã cheia mais
a
violenta.10
margens habituaram-se a
sua
aeeão
apresentar
a
As
conviver
geomorfolôgica seja
destas ilhas aluviais rasas e alagadi^as em águas ja salgadas" tem vindo a no do esUiário rio (T. Orlando Ribciro. As Tonnas do Relevo" tn progredir de Orlando Ribeiro. Hennann Lautensach. e Suzanne Geografia Portugal, por DaveauA'ol. I. 1987, pág. 199. A
"
forma^âo
k*
-
Sobre 9
as
P. Birot
.
características deste estuário op. cit., pp. 160
e
164
-
Ibidem. pp. 80
e
199.
166.
a
Sobre o aproveitamento econômico destas ilhas aluviais V. Armando de Castro. "Lezirias do Tejo e Sado" in Dicionário de Histôria de Portugal dir. Joel Serrâo Vol. ffl, 1981. pp. 501 -504. ,
'Em Julho de 1385,
o já então rei 1). João I. acompanhado por seus homens, "chegaram de Santarem ao par Tejo em dereito de Santa Eria a Pequena. homde avia huum baxo vaao per que bem podiam passar" Fernão Lopes. Cronica Del Rei Dom Joham I de boa memona e dos Reis de Portugal o decimo, Parte Segunda, ed. preparada por WtUiam Entwtstle, concluida por L. F. Lindlev Cintra. 1973. pág. 47. Por sua vez. o vtajante H. F.Link refere que. em fmais de Âgosto de 1798. o rio junto a Santarém apresentava um caudal tão reduzido" que se podia atravessar sem inconvenientes com botas baixasr citado por H. Lautensach. "Os Rios e o Processo de Erosâo" in de Geografia Portugal, por Orlando Ribeiro. Hermann Lautensach. e Suzanne Daveau.Vol. n. 1988. pag. 472 e nota 13. Veja-se, igualmente. P. BiroL op. cit a
-
-
pag.161.
Em 1481. relativamente a uma vtnha de assinalar. no contrato. que no
emprazada caso
de
na
Balea
ocorrerem
(Valada). há cheias.
e
a
os
preocupacao
foreiros não referida vinha
conseguirem. por esse motivo. cumprir as respectivas obriga^ôes. que a seja tirada A. N. T. T., Colegiada de St° Estevão do Stmo Milagre. Ma^o
Dies nâo
-
Relembre-.se que o Vale do plano q extravasem o leito do rio. Dessa íorma da-se
Tejo,
tornando-as
menos
íuriosas
e
devastadoras.
alargado. pcrmite que as águas subam e um'amortecimcnto do ímpeto das cheias.
Modemamente. a constru^ão de barragens veio atenuar um pouco o escoamento das cheias. Mas nao de um modo totalmente eficaz como salienta Suzanne Daveau ao referir as "cheias catastrôficas de 1978 e 1979" Cí'. Comentários e Actualiza9ão,' in Geografia de Portugal, por Orlando Ribeiro. Hermann Lauteasach. e Suzanne "
-
10
benéfica para
a
agrícola,12 toma-se catastrofica
vida
apareeimento de entravesL>
o
Numa
neeessidades,
luta
e
.
utiliza^ão plena homens
constante.
Proeurando
diques. tapar goivas.
á
vaîar margens.
medida qtie contribui para
do rio.
e
Natureza
impedir
esfor^o
mesmo. num
a
mais
equilibrar
tentam
assoreamentos.
consertar
arrojado regularizar
o curso
dorio.11
Daveau Vol. n. 1988. e o
pág. 512-513. Cf. Orlando Ribeiro, Portugal O Mediterråneo Atlântico. Esbo^o de rela^ôes geográficas. 5a ed.. 1987. pp. 52 53. -
\Já nos textos da Alta Idade Média a referência ås cheias no campo margmal do Tejo é assunuda como um benefício E quando enche o Tejo. sai pela terra chã e cobre-a toda e. pois que o no desce. fazem suas sementeiras mui boas serôdias. E tanto íica a terra em boa maneira disposta Texto do que chega o pão a segar com as primeiras" Séc. X in Portugal na Espanha Árabe, Organiza^âo. Prologo e Notas dc Antonio Borges Coelho. Voi. I. 1975, pág. 39; Cf. outros textos dos sécs. XI e XH Ibidem. pp. 46, e 60 e 75. "
-
-
.
Recordem-se, igualmente, as inúmeras referências ã fertilidade dos Campos de Balata de Valada ) Vidé Leite de Vasconcelos. Etnografia Portuguesa, Vol III 1941. pág. 475-482.
(Campos
-
Veja-se H. Lautensach.
"
Os Rios e o Processo de Erosão" in Geografia de Portugal, por Orlando Ribeiro. Hermann Lautensach. e Suzanne Daveau. Vol. IL 1988. paa. 476: bem como Suzanne Daveau. "Comentános e 514. Actualiza^ão". Ibidem. *
pág.
No reinado de D. Dinis promovem-se obras no Tejo e no seu sistema adjuvante Gaspar. Os Poríos Fluviais do Tejo", Finisterra. V 10. 1971. pág. 157. "
-
Jorse
Recordem-se os trabalhos de mudan^a do curso do Tejo na zona da Qumta da Cardiga João José Alves Dias, Uma grande obra de engenharia em meados do sec. XVI -"a mudan^a do curso do rio Tejo^ in Nova Histôria Século XVI. dir. A. LI. de Oliveira Marques. n° 1- Junho de 1984. pp. 66-82. "
-
Também durante o domínio filipino se fizeram estudos tendentes a melhorar as Cf. Artur Teodoro de Matos. condi^ôes de navegacâo no rio Transportes e Comunicaøes em Portugal, A^ores e Madeira (1750 -1850), 1980. pag. 279 e nota -
No século XVIII. no reinado de D. João V. concretiza-se a abertura do, a partir de então chamado. Tejo Novo. As obras efectuaram-se em 1746 e traduziram-se na abertura de um alveo prô.ĸimo de Valada a fim de evitar as perigosas voltas de Andreza^ Cf. .Artur Teodoro de Matos, op. cit.. 280 e nota 112. Possivelmente pág. essa abertura situar-se-ia "entre os campos de Vila Nova da Rainha e a tcrra chamada a Caldeira. nas lezirias de \'ila Franca" .Vlvaro Rodnsues d'Azevedo. Benavente. Estudo Iĩistorico Descritivo. Lisboa. 1926. reedi^ao da Cámara Mumctpal dc Benavente, 1981. pág. 165 e nota 3. "
-
-
Abertura que será mais alargada nos finais desse século:" A primeira abertura ha memoria. que foi hum pequeno canal capaz de duas barcas: hoje he largo palmos 1300. e ftmdo palmos 50" diz a esse proposito Estevão Dias Cabrâl, Memôrias Sobre os damnos causados pelo Téjo nas suas ribanceiras" in Memorias Economicas da Academia Real das Sciencias de Lisboa, para o Adiantamento da Agricultura, da.s u
-
n
Rio que
atesta a sua
fisico envolvente. Pelas
margens
subsistências.15Imensa
retirando
poder territorial10:
Artes,
suas
e
em
transportes
Portugal,
o
se
disse
na nota
elemento ordenador do espaco
desenvolvendo
aptidôes agrícolas
líquida permite hterarquizar e
comumcacôes1":
e
espacos de
intervir
em
conquistas. Tomo II. Lisboa. 1790. pag.
e suas
1 o5.
I5\eja-se
como
vâo
se
estrada
estabelecer
da Industria
presen^a
12 relatrvamente
fertilidade dos nateiros de Balata. -" Desde a Idade Media. reis. pnncipes quintas. construiram marinhas de sal. moinhos de maré e outros estabelecimentos fabris. nomeadamente, para producâo de vidro e de cerâmiea" Referências Histôrícas do Porto de Lisboa. 1991. pag. 64. Sobre
que
o
.
aproveitamento econômico das nobres e institui^ôes religiosas
a
margens ergueram
-
Vide igualmente Femando Castelo-Branco. Do Tráfego Fluvial e da Sua Importância na Economia PortuguesaA Separata do Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, Janeiro-Marvo. 1958, pp.39-66; também Pedro Gomes Barbosa. Lîsboa O lejo, a lerra e o Mar" m Lisboa O Tejo, a Terra e o Mar (E outros Estudos) 1995. pág. 20. "
"
-
-
6Recorde-se a apropria^ão dos terrenos férteis das Lezírias desde os tempos recuados da Reconquista que ficaram pertencentes ao lundo dominial dos reis". mas tamhém aos concelhos vizinhos de Santarem e Azambuja. Nos seculos posteriores alsumas ínstituiyôes religiosas vão recebendo também pequenas parcelas Armando Castro op cit, pág. 502. "
-
Veja-se. a título de exemplo. a enumcra^ão das Lezírias e Reguengos pertenccntes a D. Dtms Maria Rosa F. \íarreiros, Propriedade Fundiáría e Rendas da Coroa no Reinado de D. Dinis. Guimarães. Vol. L 1990. pp. 72-77. Desde a época romana há notícia da existência de uma via terrestre paralela ao rio iigando Scallabis a Oiisipo V. o Mapa apresentado por Jorae Alarcâo Portu°aI * Romano. 1974. pag. 67. -
-
w
E
já Edrici,
no
para onente.
a
Portugal na Coelho, vol. I, "
Para
séc.XH. refena
"
De Lisboa. seguindo a margem do no e dtriaindo-se Santarem..contam-se 80 milhas. Pode-se ir por terra ou por a°ua" -Cf Espanha Arabe, Organiza^ão. Prôlogo e Notas de Antonto Bor«es & 1975. pág. 75. -
"
pnmeira metade do século XV são abundantes as reíerências a Portos do Teio pnncipais mercadonas que poj ele transitaram" Cf. Jorge Gaspar op cit pp. 157- 158; como o artigo de Alvaro F. do Amaral Neto. Os Pnnutn/os 1 ortos do Medio Tejo e a sua Importância do seu Comércio Fluvial" in Boletim da Junta de Província do Ribatejo. n° 1. .Anos de 1937 1940. Lisboa. 1940. pp. 115a
e mesmo as
-
^bem
"
-
A segunda metade do séc. XVI denota o movimento dos portos iluviais da mar^em direita como Porto de Muge, Azambuja, Vila Nova da Rainha. Povos, Vila Franca de Aira. Alhandra e Alverca servindo os interesses econômicos de Lisboa citado por Jorge Gaspar, op. cit pag. 36. Quadro E Barcos e batéis dos do -
-
portos
.
Tambem passagem
a -
circula^âo
de homens
Uí. ,\rtur Tcodoro de
Possivelmente
e
bens
Matos,
op.
c
atcstada
pela exisíûncia de
Tejo
em
BaíVa.s dc
cit., pp. 427-428.
Barca mais antiga na travessia do BaLxo Tejo, entre a zona de Porto de Muge Escaroupim sena aquela que vem reíerida na Viagem de Claude de Bronseval Dom Maur Cocheril. "Lne Description du Portugal au XATe siécle" in Arquivos do Centro Cultural Português, Vol. ffl. 197L pág. 89; e também Frêre Claude de BronsevaL Peregrinatio Hispanica V'oyage de Dom Edme de Saulieu, Abbé de a
e
-
12
as
portas
a um
eonstante
política nacional18.
cruciais da
momentos
no
Clairvaux,
sonho maior
Todas
as
tempo
e
en
-
a aventura
E. aeima de tudo. do
Espagne
espaco"1.
et
au
abre
mar...2 / ).
Ibidem, Convento
-
îi. 43,
Sobre
de S. Dinis de Odivelas, LK. 19.
toponimo Cf. José Pedro Machado. Dicionário Onomastico Et.mologico. \oL I. pag. 169: Esta árvore da íamilia das Salicáceas. é espontânea dos Iugares humidos. mas pode ser também cultivada Dicionário da Lin«ua este
.
-
*
Portuguesa..., pag. 69.
6
que írStaanw0la Maria de
Esta
enfre oulras-
•
sc
\lc0ba9a, \ia90
indica 86.
*
a
c°rte do FreLxio"- A. N. T. T
,
Mosteiro de
(1439).
planta arbôrea,
da família da Fraxínáceas ( branca. E espontanea de norte a sul de Portuguesa.... pag. 865. muito
ou
Oleáceas) produz
Portugal
-
uma madeira Dicionário da Língua *
Na Ota. encontramos a designa^ão "salgueiro do covedo"- A. N. T. T Vlosteiro de Sta Vlana de Aicoba^a, \la90 30. n° 749. (1372); na Yalada. uma vmha chamada Colegiada de Sta Maria da Alcá^ova de Santarém, Maco 14 n° 2/_. (1339) e, tambem. a explica^ão de Máno Paulo \lartins Viana. op. cit, páo 16 e nota 2>.
£e,lc?f? -nIb,dem.
Planta da amentilho
famiha das Salicáceas. lenhosas.
de
flores unissexuadas dispostas em Dicionário da Lingua *
(espiga), podendo apresentar várias especies Portuguesa..., pag. 1605. Cf. Orlando Ribeiro, "O Manto F.m Alhandra.
Vegetal"
in op. cit,
-
pág. 582.
mencionado um casal de pão que confronla. cntrc outros com \-inhas herdades da quinta do murtal A. N. T. T., Mosteiro de S. Vicente de Fora, 2a Incorpora^ão, LK'. 27, fl. 28 e 28v., 1460.
e
c
-
32
malva
variados
:
arbustos
silvestres
silva102,
-
"espadaneira",10\ -lamargueira"'106. "zevreira"10";
e
.
cana103.
ate mesmo
juncolw.
alguns íungos
-
"cogumelaT108
A murta é uma
cheirosas
-
planta arbustiva. da famíha das Yíirtáceas. Dicionário da Lingua Portuguesa... pag. 1244.
com
flores brancas
e
Na aldeia de Subsena. em Alhandra. entre outros bens contam-se vinhas feitas e por iazer na Funcheira" e uma vinha denominada a Funcheira \. N. T T Mosteiro de Sta Maria de Alcoba^a, Liv. 183, fl. 206, "
-
(1410).
O funcho. da íamília das Umbelíferas. e uma planta herhácea. cheirosa em Portugal Dicionário da Língua Portuguesa..., pág. 874.
espontánea
e
-
Em Valada. seis estis de herdade estao situados aquém da Malva A N T T Convento de Sta Clara de Santarém. \la90 10, n° 679 680. (1302): uma vinha confronta com caneira de Meios que vai para a Malva Ibidem, Convento de Sta Maria de Almoster, \la90 3. C.x. 8. n° 40. (1314), -
-
Esta herbácea, pertence â família das Malváceas, apresentando folhas alîemadas hermafroditas Dicionário da Língua Portuguesa.... pág. 1146.
e
flores
-
L
V
as
referências
ao
rio da SiKeira.
Alverca
em
-
nola 78
do § 1.2
.
Recorde-se a descn^ão do achamento da unagem de St3 Maria da adema ( N'ossa Senhora das Virtudes): "aquella ymagem De marfil fov ali achada em huua siluevra: E ieita aly huua pequcna capclla De ramos De soucTcvros E mato" Francisco Coneia. "Livto dos Milagres de Nossa Senhora das Virtudes Compilado por Frei João da Povoa em 1497", Separata da Revista da Biblioteca Nacional, Série 2.\'ol. 3 (1). 1988, -
pág.
No Termo de Alenquer. situam-se bens rústicos em Paíha Cana"- \ N T T Mosteiro de Sta Maria de .\Ic0ba9a. \Ia90 32. n° 8. (1343); e um herdamento na Ota onde chamam o canal"" \la90 27. n° 39. (1324); bem como uma courela ao valado velho \la90 30. n° 749. (1372). "
"
-
-
Em Yalada. embora nâo
se conserve na
toponimia, a presen^a desta planta é atestada vinha com suas arvores e canais agrános: Ibidem Convento de Sta Maria de Almoster, \la90 3. Cx. 8. n° 94, (1421); numa ouîra devem ser anancadas as canas todas. ficando estas apenas nas testadas \la90 7. Cx. 1 2. n° 30 (n°575). (1394): outra vinha com "caneiras"- Ibidem. Convento Sta Clara de Santarém, \ia90 7. n° 397/98, (1432); peda^o de vinha e canal para pôr em vmha Ibidem, \losteiro de Sta Maria de Alcoba^a \la90 42. n° 1066, (1474). em vanos
contratos
uma
-
-
-
Esta planta. nzomatosa, da íamília das Gramineas. apresenta um colmo lenhoso: pode cultivada mas também c espontánea Cf. Dicionario da Lingua Portu°uesa pag. 12(). ser
Na
-
Azambuja. duas
courelas de vinha.
em
YaKerde confrontam no Juncal n° 801 a 808. (1468).
T., Convento de Sta Clara de Santarém. \ia90 12
-
A. N. T.
.
Embora não sendo directamente mencionado na toponimia. temos notícia da licen^a conccdida aos moradores de .Vlhantra e rermo. para cortarem -iunco" e madcira nas Lezínas de Vila Franea de Xira Histôria Florestal..., cd. por C. M. L, Bacta Neves, Vol. IV, Doc. 40. pág. 44. (1496); De facto, outras indica^ôes apontam para 0 crescimento desta planta neste tipo de terrenos na Lezíria da Toureira. o foreu-o tem metade da "jun^a" do conedoiro A. N. T. T., Convento de S. Dinis de Odivelas, LK'. 29, 11. 75, (1451); uma herdade. com seu juncal. surge mencionada em Pu^ao, Lezíria dos Francos'- Ibidem, Convento de Sta Clara delSantarém, \laco 5, n° 158. -
-
-
"
(1354). }}
Outros topommos. destmadas valverde
aîimentacão animal
a
U1. valderva112
e
amda.
-
identifícam
lameiros
terrenos
produ^ôes
e
panasqueiralu°. ferragial11 ".
bou^a
charneea113.
O junco e uma planta esponîânea, herbácea, alongada e flexível. da família das Juncáceas. que se desenvoKe nos meios aquáticos ou nos tenenos humidos ou alagadi^os Dicionário da Lingua Portuguesa.... pág. 1068. -
Em Alhandra. um casal de pâo. apresenta. entre outras confronta^ôes. a agua da 'fonte do vimiero"- Ibidem. Mosteiro de S. Vicente de Liv ^7 fl Fora, 2a Incorporacão, F V 28 e 28v.. 1460. *
O vimeiro é longos. finos 10
uma
planta lenhosa, pertencente å família das Salicáceas. Dicionário da Língua Portuguesa..., pág. 1864.
flexíveis
e
com
*
ramos
-
Em Alhandra. uma courela onde chamam a Espadaneira (perto de Subsena) \ N T. T., Mosteiro de Sta \laria de Alcoba^a. \ia90 35. n° 839. ( 1386) Maco ^5 n° 573. (1394): LK\ 183. fl. 206. ( 1410); \ia90 38. n° 919, (1443). -
Espontánca, -
esta
Dicionário da
planta herbácea, de folhas lmcares. desenvoK-e-se Língua Portuguesa.... pag. 742.
nos
meios
palustres
^Em AKerca. nomeia-se 0 casal das Tamargueiras A. N. T. T., Mosteiro de Santos o Novo, Cx. 17. \la90 1. n° 16, (1340); Cx. 16. \la90 2. n° 6. ( 1340): Cx 17 \laco V 1. n° 20. (1342); Cx. 16, \la90 2. n° 1,(1351). -
-
-
Este arbusto pertencente å família das Tamaricáceas lenhosas de flores pequenas e íruto capsular e espontáneo no Centro e Sul de Portugal Cf. Dicionário da Língua Portuguesa..., pág. 1713. -
-
-
Em Alhandra. na Quinta de A- do -fremoso. enumeram-se. entre outras. as herdades das "zevreiras"- A. N. T. T., \losteiro de Sta \laria de Chelas, Maco 58. n° 1144.
(1365).
Considerámos. conhecido
0
aqui 0 topônimo na acep^ão de zebro nome vulgar por que também é arbusto azevinheiro ou azevinho Cf. Dicionário da Lingua pág. 1895: A topomma actual conserva 0 nome Azibreira" Carta -
-
Portuguesa.., \lilitar de Portugal,
"
-
escaía 1 25 000.
106
'No Termo de AKerca, situa -se uma herdade chamada Mosteiro de Sta Maria de .\lc0ba9a, \Ia90 38. n° 919,
"
(1464). m
V.
as
notas 68
a
70 do
Cogumelal"(1443); \la90
A. N. T T 47. nc 1255
§ 1.2.
Exemplos idénticos são referidos na toponimia da BaLxa Idade Média A. H. de Oliveira Marques. Portugal na Crise..., pp. 103-104; Manuel SiKio .\lves Conde. lomar..., pág. 26. -
Trata-se de tenenos propícios ao crescimento de ervas panasco), dado o elevado grau de humidade dos solos: forma de pântano ou loda^al Dicionário da língua
plantas herbáceas ( caso do chegando mesmo a adquuir a Portuguesa..., pp. 1080 e 1331.
-
e
Uma única referéncia é feita para o termo de .Alenquer um lasar e uma vinha com olival siUiam-se no Fenegeal"- A. N. T. T., \losteiro de St^Maria de .\lc0ba9a, \la90 30, n° 756. (1387); Este topômmo mantem-se na actualidade Cf. Carta \Iilitar de Portugal, escala 1/25 000. -
seu
"
-
Nos campos de fenâ cuítKam-se cevada ou centeio, cortados em verde, para o e.xemplo dos coutos alcobacences Iria Gon^aKes. op. cit., pág. 96.
\reja-se
0
aado.
-
Em V'ila Franca de Xira situa-se um casal de VaKerde- A. N. T. T., Vlosteiro de S. Fora, 2a Incorporacão, \ia90 29. Doc. 44. (1501): No termo de Alenquer
\ icente de
34
E.
•Íloresta,,]
bem
se
o
processo
de
desbaste
da
*
acentue cada vez mais.
se
humana11-. igualmente como mata
seculos.
nestes
que.
116
matos11
e
assmala-se o 44. n 1 128.
favor das neeessidades de vivência
referéncias genérieas
anotam
se
em
espéeies vegetativas
a
.
de VaKerde-Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de AIcoba9a, \ia90 (1320). No termo da vúa de Azambuja refere-se a horta de Valverde bem de > : IWdem, Convento de"Sta Clara de Santarem. \Ia90 n( V 167. (1377) e \la90 12. n° 801 a 808, ( 1468).
lugar
î2?°n°Æ??r 12
VaKfî;de
No Termo de
AK;erca,
lagoa que
com a
.\lc0ba9a. \ia90 13
casal localiza-se em Valderva confrontando. enîre outros Adarse Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de
um
contra o caminho do
vai
-
36. n° 31. ( 1409).
Os documentos fomecem-nos duas
indica^ôes:
Na Ota.
no
vale do cavalinho
um
herdamento vai acima a chameca- Ibidem, \ia90 35. n° 833. ( 1325V a carta de coutada dos pauis. matas e ribeiras de Santarém menciona a "charneca que vav pera Fl0reslal-' ed' por C' VL L Baeta Xeves- Vo1- L Doc. 285 pp.
mA%(
1407fÔrÍa
O vocábulo charneca é
aqui
tomado no sentido do tipo de vegetacâo resultante da e muitas vezes destinada ao paitoreio Cf Orlando Mediterråneo--., pag. 51; tambem Pedro Gomes Barbosa. * Povoamento e Estrutura Agncola na Estremadura Central (Séc. XII a 132*)' LisDoa, 1992, pp. 29-30.
degrada^ao
da mata meditenanea
-
Pn~nt°^ §f °* Entenda-se
a
palavra
"smômmo de mata, de ^floresta', alias.
como
arbustos disseminados. A palavra substituida ou mato e macico
pag.
pelo
porjnaja
considerado'
-
A.
H.
de
termo
Cf. Nicole Devy Matas Medievais
e
nunca
de
de árvores e documentacão
maci^o
surge
na
designatrvo da arwre predommante no Marques. Portugal na Crise...,
Ohveira
101.
J5
bosque
"
Yareta. Para uma Geografía Histôrica da Floresta Portuguesa \s e a "Coutada Yelha" do Rei\ Revista da Faculdade de^Letras ™ L Port0-1985Para uma Geografía RP- 47 67: Idem, Histon^a da Floresta Portuguesa. Do Declimo das Matas MedievaLs a Poh'tica Floresîal do Renascimento ( Sec \V e XVI )". Revista da Faculdade de Letras Geosrafla, I Sene. Vol. I Porto. 1986, pp. 3 40 ; Hermann Lautensach. A Cobertura Vegetal" in Geografia de Portugal. por Orlando Ribeiro. Hermann Lautensach. e Suzanne Daveau. \oL H 1988. pp. 561-564; O. Ribeiro, O Manto Vegetal" in op. cit.. pá* 583: A. H _de Ohveira Marques. Portugal na Crise..., pp. 102 -103: Armindo de Sousa. "132d -1480 in op. ciL, pp. 322 327; C. M. L. Baeta Neves. Alguns dos Fnncipais .\spectos da Pohtica Florestal em Portuszai ate ao Seculo XVII" Separata dos Boletins do Instituto dos Produtos Florestaií 1980. pp. 1 6. -
-
uí°l r™! r?ene;XnL
"
-
-
"
-
"
"
-
-
16
Mais
uma vez
são
as
confronta^ôes
dos
prédios rústicos
que
nos
permitem detectar
algumas destas manchas florestais. Em AK'erca. uma herdade de pão no Vale dos Melros. confína com mata do rei A. N. T. T., Mosteiro de S. Vicente de Fora, "»a Incorpora^ão, \ia90 28. Doc. 8. (1410); Fazem-se men^ôes â "mata de AKerca" na Histona Florestal..., ed. por C. M. L. Baeta Neves, Vol. H. Doc. 116. pág. 48 81- (1450^ e aos monteiros da "mata de aKerca e temĸT' pag' ÍL Í3): D,0Q-' l49; Ibidem \ol fí. Doc. 521. pág. 169. (1470); bem como ao monteiro da mata da Ribeira de AK'erca Ibidem, Vol. 131 Doc. 238, pág. 91, (1486). -
"
,
Sô voltamos
indica^ôes ã medida que nos aproximamos de Ota Alenquer e claramente maioritárias as referências å mata da Ota" e ås "matas reais da montaria da Ota"- Histéria Florestal..., ed. por C. M. L Baeta Xeves Vol. I, Doc. 386. pág. 261, ( 1434;: Ibidem. Vol. II. (1439 -1481). Doc. 38 pág 26^ a
encontrar
Azambuja. Assim,
sao
"
35
Esta cobertura
eompleta-se.
espécies
paisagem.
na
maioritariamente.
ao consumo
da fíora
frequentes
vegetal.
com
-
assim. a
estas.
eereal. vinha
árvores de fruto
Num breve relance.
apresentámos
plantas
as
humano. Entre
mediterrânea
as mencoes a
que apenas
e a
e
culturas
podemos
\
em
tragos gerais.
cultivadas. oltam
destinadas
a marcar
presen^a
as
oliveira: sendo. também.
hortícolas."8
considerar que
reílecte.
paisagem
a
variedade do povoamento vegetal desta margem dtreita. Grosso modo.
(1440); Docs. 82. 83. 84, pag. 39 (1441); Doc. 119. pág. 49. (1443); Doc. 133 páo 76* íl450): Doc- 226- p^77- (145°)- Docs- 187- 188\ll' rr?:?åkDocs. 189 íoo44): 190 pag.D™ 79. 285. 286. pág. 87. (1451); Docs. 379. 380, (1430): : pag. 115 (1438); Docs. 430 a 433. pág. 131. (1462); Docs. 459. 461, 462. pag 144 0466)" Docs. 463, 465. 468. pag. 145. (1466): Doc. 493 e Doc. 496. pág. 158. (1468)- Doc' 340. pag. 183. (1472); Ibidem. Vol. III. Docs. 63 a 68. pág. 34. (1482)- Docs 70 71* pag. 33. (1482): Doc. 81. pag. 39. (1482); Docs. 89. 90. pag. 40. (1482)' Docs 94* pag. 41. (1482);Docs. 183 a 186, pag. 64 e 65. (1484); Doc. 298. pág 123 (1489V Ibidem. \ ol. IV Docs. 48. 49, pág. 56. (1496); Doc. 76. pág. 84. (1497): Docs. 78 a 81. pag. 83, (1497); Docs. 90, 91. pág. 94. (1497); Docs. 92. 93. pág 95 (1497)"h '
Doc, 119,
pág. 107, (1497). documenta^ão consultada
Na
encontramos. ainda. uma herdade na Coríe do Parido Mata \ elha. pertencente â Quintã de Ota A. N. T. T., \losteiro de Std Maria de .\Ic0ba9a, \ia90 30. n° 749, ( 1372); uma herdade em Valada que confronta com canetra da mata quc vai para .\zambuja Ibidem, Convento de Sta Clara de Santarém, \la90 10. n° 677, 678, (1305).
junto
com a
-
-
Este
de associa^âo arbustiva. resultante da degrada^ão da floresta primitiva. por humana. acyao pode apresentar se também. como sindnimo de outra situaeâo chaos que. ao deLxarem de ser agricultados, vão regressando â condi^ão pnmeira Farece-nos ser, pelo menos esse. o sentido de algumas refcrências que encontramos nos documentos:
tipo
-
.
-
Em Alverca. ou
lan^a-se pregâo
por outro foro
para quem
quiser
tomar "matos"
ou
campos de
sesmana
Ibidem, Mosteiro de Santos -o- Novo, Cx. 17, \ia90 1 n° (1389); dois peda^os de mato que jazem em mato. em bravio e em mortono -
Soveral Grande. sao entregues para serem transformados n 3 (1430); a Qumtã de Poverba inclui. entre outras
vinhas
17 no
Cx. 16. Maco 2 parcelas. os genéricos "matos" Ibĸieni, Convento de S. Dinis de Odivelas, Liv. 27. 11. 2. (1447); e os matos maninhosv Liv. 27 fl. 36. (1466); um chão que ora jaz em campo e mato mamnho por ser de muita pedra e necessitar de muito trabalho ( onde chamam A dos Potes) para por a melhor parte em vmha e. a pior. em ohval LK'. 27. fl. 14. (1475)- três peda^os de "matos" para transformar em vinha um na Portela Alva. outro na aldeia de A de Poverba. o terceiro acerca da Panasqueira Ijv. 27. 11. 38, ( 1477). Em .\lhandra. encontram- se matos" entre as vinhas do Mosteiro ( peno de Subsena) Ibidem, Mosteiro de Sí3 \laria de .\lc0ba9a. Liv. 183, fl. 206. (1410) e assim se mantem uns anos depois \la90 38, n° 919, (1443) e \la90 47, n° 1255. (1464) também um herdamento que ora esta em mato" e que deve ser em vmha \la90 5, n° 154, (1430). em
-
,
-
-
-
-
-
"
-
-
"
Referiremos
em
Capitulo prôprio
piantado
as
indica^ôes 36
relativas ãs
plantas alimentares.
-
desde Alverea Castanheira.
algumas aguas
as
searas.
eorrem.
aproximam-se
e
seu
termo.
eolinas do
pastos
e o
cuizento
eonstantes.
nos
chegamos
a
das vinhas
nas
e nos
Quando
dualidade de
polieultura intensa. desde florestais;
dos olivais. das
esta^ôes
Vila Franea. Povos
e
surgem matizadas do louro de
eores
menos
luminosas dos pomares. As quentes.
Yinhas
hortas
e
do rio.
cereal.
encontrar essa
por Alhandra.
eabe^os verdejantes
e
Nas lezírias
os
passando
terrenos da Ota
nos
aproximamos
aproveitamento do
cereais.
aos
eampos da borda do río.
Yalada. Porto de
cruza
-
se com os
tons que se entremeianL
mais
Vluge.
ao
: nos
planos elevados.
aproveitamento
eultivos da vinha
e
37
o
pão. E.
dos
a
uma
reeursos
dos eereais. Até que
quase ás portas de Santarém
persiste
crescem
da vila de Azambuja voltamos
ondeios das terras de
uma vez
Yila Nova da Rainha
espa^o
legumes. os
e
-
o vasto mar
para lá de todos estes
azul sobranceiro do
Tejo..
1.4 OS COMPONENTES FAUNTSTICOS
Sobre
os
possíveis habitantes faunísticos deste
pouco sabemos. Para lá de
vestígios toponímieos
partieipante
da
vida
'.
uma
natural rudez
são. elaramente.
humana.
pnmitiva. índieiada
nomes
de
uma
descortinamos
que
espa^o da beira rio.
entre
em
outra
as
diminutos
fauna. mais
nossas
fontes
documentais120.
Mansos cordeiros medram sob
vigilância
1:1. velozes
zelosa dos
cavalos
guardadores.
seus
1:: e
solta
a
robustos touros
pelos pastos.
1:\
e nas
0 wVale da serpe" é mencionado numa das conlronta^ôes de um prédio rústico perto da Granja de Ota A.N.T.T., Mosteiro de Sta \laria de .\lc0ba9a. ^la^o 33. n° 1. (1352). A documenta^âo refere. a propôsito de um anendamento, de uma das Cortes de .\lc0ba9a maLs precisamente. a do Parido sob a L.obeira 30. n° 749. -
-
Ibidem, \la90
(1372); Sobre a origem deste último topônimo levantam-se-nos algumas duvidas. considerando que ele pode apresentar significado diverso que ou aquele que ca^a lobos" ou "uma especie de tngo rijo"- Cf. Dicionário da "
-
Língua Portuguesa.... pág.
DesenvoKeremos,
em
Capitulo prôprio.
as
práticas relatKas â cria^âo de gado.
Em .\lverca são mencionados casais pertencentes ao condado. e entre eles 0 dos cordeiros de Aracena"- A. N. T. T., Mosteiro de Santos 0 Cx. 16 -Novo, \iaco 2 n° 1. (1351); \la90 4. n° 14. (1365); \la90 2. nc 4. (1380). "
.
-
'
Sobre São
vale do cavalinho.
0
na
Ota. V.
a
nota 1
13 do
§ 1.3.
espa^os das Lezírias, no termo da Azambuja. que guardam particularmente assim. a Lezina de "Corte da Vila" confronta pelo poente com 0 esteiro de Corte de Cavalos"- Ibidem.Convento de Sta Maria de Almoster Maeo 3 Cx. 8. n° 11. (1301). estes
os
topônimos
-
"
'
Este mamifero, da famíha dos Equídeos, Dicionário da Língua Portuguesa.... pág. 369 tem sido, desde tempos recuados. criado nos Cf SiKa teles, pastos taganos "Ribatejo" m op. cit., pp. 323-324; Orlando Ribeiro. Portugal O Mediterraneo..., pp. 88 e 156 157: A. H. de OlKeira Marques. Portugal na Críse..., pág. 108. -
-
-
-
"^Bastante frequentes
sao as referéncias a Leziria da Toureira sobretudo no cartôrio do Convento de S. Dinis de Odivelas que usufrui da sua posse individualmente, ou em partilha com Sf C^lara de Santarém V. a nota 87 do § 1.2 ,
-
.
As manadas destes bovinos. cuja bravoira é incontestada. caracterizam a paisagem A figura do campino é-lhe indissociável Orlando Ribeiro. op. cit., pág. 90; Amorim Girão. Ribatejo" in op. cit.. n. p. ; Raul Proen^a, Guia de Portugal..., w* FH
ribatejana.
-
"
329-331.
38
"
"cortes*,
ou
protegidos.
importâneia
da
cria^ão
agncolas
até venatôrios. vai
.
e.
eeonômiea do Reino.
1:1
Adoptámos.
no
de
em
gado.
espa^o
devido tempo. muitas
vezes em
ganhando
espeeífico
nos
do
"curraes"125.
confronto
eom
A crcsccntc
interesses
os
papel preponderante.
um
na
vida
Ribatejo126.
"
sigmfícado dc curral. malhada" Cf. Jose Pedro Machado. Dicionário Onomástico Etimolôgico..., Vol. II, pág. 237; tambem Dicionário da Língua Portuguesa.... pág. 487. Na
neste caso. o
-
documenta^âo
consultada. o topônimo torna-se particularmente visível á medida que apro.xunamos dos espa^os de Ota. Alenquer e Azambuja. No pnmeiro caso. detectamos várias cortes'" logo no Paul de Ota. onde se situa a Corte do Rossio em nos
"
todo
o fundo do paul Os foreiros devem "romper, lavrar e semear" a dita Corte. mas chama-se-lhes a aten^ão para que os gados nâo danifíquem as valas e abertas. nem que essas valas sejam portos de gados nem trilhamento deles"- A. N. T. T., \losteiro de Sta Maria de .\Ic0ba9a. \la90 86, (1439/40). .
"
Idênticas
recomenda^ôes se fazem aos foreiros que agricultam as restanles cortes desse Corte grande'* onde se mclui a do Parido e a do FreLxio c espa^o que esta aberta e cenada de vala. onde têm permissão para deixar todos os anos um quarto para pascieo de seus bois de lavoura. mas não de outro gado nem sempre no mesmo sítio. Outfa. íora desta vala. denominada Salgueiro do Covedo"- Ibidem, \la90 86. (1439) outras. "
-
"
ainda.
"
como
Fardilhão da Asna Brava".
a
Cadima.
a
do Faiano
-
\la9086, (1440). No Termo de Azambuja. encontramos Vila-Cf supra a nota 122.
as
já mencionadas Corte de Cavalos
e
Ibidem
Oorte da
125
Em Alhandra. na aldeia de Subsena. ou bem perto dela. a documenta^ão apresenta sinais da presen^a de cunaes destinados â cna^ão de gado, bem como espa^os especificos para pastagens. Vejam- se os exemplos segumtes: o Mosteiro empraza um casal na aldeia com duas casas e dois curraes, um junto ãs casas e outro junto a um pomar acuna da aldeia. E uma courela de herdade, ao cunal da sena. que confronta. entre outros. com montado"- Ibidem, \losteiro de Sta Maria de Liv. \lc0ba9a, 183. fl. 206. (1410); Mais tarde esse casal é novamente De novo sc refere emprazado. um curral junto as casas da aldeia. E contmua a mencionar-se a herdade de pão ao cunal da sena, conirontando agora com "ressio"- \la90 38, n° 919. (1443); Parece. no entanto, que com o passar do tempo 0 casal foi sofrendo alguns estragos. De facto um emprazamento postenor dá conta da existência de urna^" casa pequena. com seus pardieu-os e um cunal. na aldeia. E volta a mencionar a herdade de pão. que chamam 0 cunal da Sena, conímante com 0 rossio \la90 47. n° 1255, (1464). Do montado" micial não temos mais noticia... "
"
-
Lma informa^ao sobre a permanência dos animais no pasto. devidamente protcgidos, e assinalada na Lezíria da Toureira. Diz-se a esse propôsito que os dois foreiios'devem ter a pousada" e cunaes" de permeio Ibidem, Convento de S. Dinis de Odivelas, Liv.29.il. 75,(1451). "
"
-
126
Cf. A. H. de OlKeira
Marques. Portugal
na
39
Crise..., pág. 103.
Apanágio caca.
Não apenas
pela fonte
pelo seu aspecto lúdieo.
de proventos que ela
Pelos
calhandra129.
12~
do reino animal. não
ares.
eolovio1"'.
o
se
se
constitui12
melro131
sigmíicante
presenva da
mas.
eertamente
.
gaio132
e o
a
tâo do gosto senhorial.
volteiam. estridentes o
olvide
coloridos.
e
-
até que
a
-
a
verdelha12s.
rede do
a
passareiro13'
Ibidem. pp. 108-109.
Em AKerca. situam-se bens de um casal na "Verdelha"- A. N. T. T., Mosteiro de Santos o Novo, Cx. 17. \la90 1. n° 16 (1340): o topánimo desisna, hoje um lu«ar da freguesia de Yialonga Freguesias do Concelho de V'ila Franca de Xira'^in Boletim da Junta de Província do Ribatejo, n° 1, Anos de 1937 -1940. pág. 670. -
-
"
-
Por este nome também é designado o Yerdelhão. Esta ave amarelada, pertence å famiha dos Frineilideos: é muito Dicionário da Lingua Portuguesa..., pág. 1850.
canora.
de
frequente
plumagem em
verdePortuoal -Cí
No Termo de Alverca. â ribeira de Calhandriz A. N. T. T., Mosteiro de S Vicente de Fora, 2 a Incorporacão, Liv. 26. fl. 43, (1368): a freguesia de Calhandnz pertence hoje ao Concelho de Vila Franca de Xira 663. Freguesias..." in op. cit, -
"
pág.
-
Pássaro da famiha dos Alaudídeos. também conhecido por cotovia, laverca. É conhecida pelos seus dotes de cantora- Dicionário da Lingua Portuguesa..., pag. 320. "
Em
Alhandra.
refere-se a propôsito de herdades da quintã de A de Fremoso herdeiros dos cotovios*' A. N. T. T., \losteiro de Sta \laria de coníronta^ôes Chelas. \la90 58. n° 1 144. (1365); Como toponimo este chegou â actualidade como sc venfica na Carta Militar de Portugal. escala 1 25000. "
com
-
As cotovias apresentam uma plumagem castanha. com manchas escuras sobre um íundo que vana entre o einzento esbranqui^ado e 0 castanho-acinzentado. ( ) seu canto. muito melodioso. suscitou desde sempre a admira^ão de quem o ouve Portugal Natural. 1995. pág. 172. -
-
1
'Ainda
em Termo de .\lverca. no Yale dos \lelros A. N. T. T., \losteiro de Sta Maria de Chelas, \la90 28. Doc. 8. (1410); A toponimia acmal conseiva o nome Ados Melros na treguesia de .\lverca "Freguesias..." in op. cit, pág. 660. Esta ave pertence á família dos Turdídeos- Dicionário da -
"
-
pág.1184
apresenta plumagem preta
Língua Portuguesa....
bico amarelo-alaranjado. no caso dos machos. As femeas são castanhas escuras. com manchas mais cîaras na garganta e peito. O bico é castanho-amarelado. A sonoridade caractenstica do seu canto ecoa pelos bosques Cf. Portugal NaturaL... pag. 183. -
e
um
-
'
Em .\lverca, salientam-se de Santos o Novo. Cx. -
-
as
pe^as do gaio e a vinha do 2. n° 6. (1340).
gaio
-
A. N. T. T.
Mosteiro
16, \la90
Da íamília dos
Corvideos. c 0 seu membro mais vistoso. devido a plumasem eolorida: cor-de-rosa. peito garganta branca. bigode negro e dorso castanho-eseuro.Mas o que se destaca ncsta ave é 0 azul-celeste das asas e 0 seu grito. que ressoa durante quase todo o ano, \kaak. skaak'- V. Dicionario da Lingua Portuguesa..., pág 882 Portugal Natural..., pp.175 176. ventre
e
-
"
A título de e.xemplo. relembre-se a doa^ão da ribeira que vai ao longo do Tejo. desde a Porta do Sol ( Santarém) até å Tone do Porto de Muge. em 1466. a um cayador para íazer armadilhas e cevadoiros para ca^ar aves Cf. Histôria Florestal... ed por C \í L. Baeta Neves. Vol. II. Doc. 458. pág. 143. -
-10
ou as
garras do faleão lhes
gozando
as
sombras. nidifiea
A
noite
a
mesmo
traz
eonsigo
felinos
l.U
liberdade134;
a
de vida
por
em
folhagem.
entre a
vanedade de
uma enorme
outras
pleno dia.136
inevitável eortejo de
outro
um
aves.13'
Mas. por eerto.
ínseetivoros. roedores
e.
~
que deixam
.
um
.138
marcas
a
que dedieamos
-f .
evidentes da
sua
presen^a
-
restos
de
ninlio abandonado...
No espa^o. constante
chilreia
e
paisagem enehe-se. pois.
alimentos roidos.
uma
ponha côbro
E que. também
Sobre técnicas de ca^a
nos
as
a nossa
águas.
referiremos
em
dão
aten^ão.
guarida
a
presen^a
a uma imensa
aquieola
e
poalha de
Capitulo respectivo.
135
Atente-se na carta de V írtudes. em que se proibe
prKilégio
prior
írades do mosteiro de Santa Maria das passareiros que armam ás aves no campo de Yalada tomarem qualquer pomba pertencente ao pombal do Mosteiro. No entanto. esclarecese que a proibi^ão se refere a apenas poombas de pomball e nam em zeuras nem seLxas*- Histôria Florestal..., ed. C. \1. L. Baeta Neves. Yol. I. Doc. n° 155. por pp. 62- 63 (Novembro de 1469); a seLxa é uma variedade brava da famíha dos Columbideos. a que tambem pertencem a rola e a pomba Dicionário da Lingua Portuguesa..., pp. 432 e 1630. ao
e
aos
"
-
Quanto å perdiz.
da íamília dos Fasianídeos Dicionário da Lingua Portuguesa..., pág. 1374 assinalam-se coutadas em Santarém e Azambuja e seus termos Cí. respectrvamente Histôria FlorestaL... ed. por C. \í. L. Baeta Xeves Yol IL Doc. 608. pp. 205 207, (1479) e Doc. 625, 212. pág. (1481). ave
galmacea
-
-
-
-
!
36
Embora
fontes. mais uma vez não sejam suficientemente explicitas. parece-nos iníerír da presen^a de abelhas. quando nos poder surge o topommo Yale do C01I190. conirontando com um talho de herdade, no rossio que vai de Yila Nova contra a Ota A. N. T. T., \losteiro de Sta Maria de .\lc0ba9a, \Ia90 40. n° 991. as
hcito
-
(1429).
L'-
Já que
documenta^ão exemplos de mamiferos cacheiro. texugo, coelho, lebre, porco montês, raposa, fumha. geneta. urso. javah, entre outros indicados para espa^os agrarios semelhantes -Cf YĨanuel Sílvio a nossa
e
omissa nestes
casos.
Y.
os
-
ounco
-
.
Vlves Conde. O Médio
Tejo....
pp. 203. 209
216.
e
únicos colhidos na nossa documenta^ão : o "casal de mata coelhos". situado Alhandra c perten^a regia Chancelarias Portuguesas Chancelaria de D. Pedro I..., Doc, 912. pág. 421 : um casal de pão. acima de .\lhandra onde chamam a \loucheu-a A. N. T. T., \losteiro de S. Vicente de Fora, 2a Incorpora^ão, \laco 29. Doc. 45, (1463).
Exemplos
em
-
-
-
Recorde-se. também a Estremadura. bem como
de ca^ar porcos monteses e ursos na Comarca da Lezírias Histôria Florestal.... ed. por C. M L. Baeta Neves. Vol. I. Doc. 302, pp. 201- 202; e a referência ã tena do paul de Ota que. em 1486, ficou sendo coutada da Gama Banos. Histôria da para coelhos Ilenrique Administra^ão Pública em Portugal nos Séculos XII a XV, 2fl ed.Tomo VI, pag 55.
proibi^ão
os cervos nas
-
-
138
Para além do omnipresente notas 78 a 80 do § 1.2
nas
Tejo. recordem-se vários tipos de
.
41
cursos
de
água indicados
vivos.
organismos permitem
o
Regatos. ribeiros
e
rios139. lagoas.
eharcos
desenvolvimento. quer de animais. quer de plantas
pântanos14'.
e
eom
earaeterístieas
espeeifieas. Causa-nos, por
fa^am
de
eco
tão reduzido de
numero
muge14
apenas dois:
alguma estranheza.
isso.
e
balea são.
toponimos Iigados
aqui. utilizados
os
que
se
fauna piseíeola
a
para
doeumentos
baptizar
as
-
terras
ribeinnhas.
Dos dois referidos,
todos quantos tem estudado
problemas
de
Atrevemo
lado.
numa
região
espa^o
loealiza^ão142.
exacta
eontrário do que dá
o
-
segundo
o
nos a
peeuliar
também
lan^ar
onde
o
levantado imensos problemas
É
de Valada.
o seu
uma
entender. não estar
a
tem
ligado
que. para além dos
signifíeado não
sugestão: poderá ao
presumível
a
é bem elaro.
o nome
balea
.
ao
cetáceo? Por outro
cultivo de cereal necessita de eiras. amda que perto
ou
\\ naUireza do leito (arenoso, lamacento ou pedregoso). o grau de acidez ou pH. a nqueza em substâncias nutritKas (teor de minerais^dissoKidos) e a percentagem de ímpurezas... determinam as variedades de plantas e animais que se podem encontrar num dcterminado meio "Portugal Natural.... pág. 234. "...
plantas 1
ao
gra^as
penetrando Nome
e
na
estrume
água
-
espalhado pelos campos vizinhos
costumam
ser
animais'- Ibidem. pp. 234
vulgar
-
ricos
em
nutrientes,
235.
e
-
,
que vai.
aos
poucos,
portanto. tambem
enî
de
entre outros. por
peLxes teleosteos. da famiha dos Mugihdeos. também conhecidos. faîava. tainha...- Ci. Dicionario da Língíia Portuguesa..., pag. 1240.
O topônimo refere se â povoa^ão de Muge situada na margem esquerda. Para o nosso estudo apenas vamos considerar o Porto de Muge, este situado na margem dirciîa. -
Na
documenta^ão gue compulsámos, Balea. termo de
como
Santarém
é regra
geral que o topônimo seja identificado equrvalente Balea. Termo da V'Ja, ou Balea na prédios rústicos assinalados apresentam. entre outras
e o seu
\ alada. Nessas circunstâncias os conironta^ôes. o rio Tejo. o caminho de Meios. o Porto de Muge...
o
caminho da ponte
que vai para
nova
No entanto, em dois casos, a localiza^ão do topônimo na margem direita, deLxa de fazer sentido. quando se identificam bens. no dito lugar além do rio "na ballea"- A. N. T. T., Colegiada de S. Salvador de Santarém, \la90 2, n° 70, (1405); ou. além do rio, acima da Lagoa .\l\-a, termo da vila ( de Santarém), onde chamam a Balea Vlaco 7. n° -
226,(1440). 42
no
leito do rio
"baleio
proprias lezírias \ poderá
e nas
de
a vassoura
.
giesta. grande.
Sabendo-se eelebrar
Tejo pela abundância
o
alguns testemunhos
dessa natural
O tamanho
chamam Montalvo
registado pela peseadores
a
seu
144
1
1:5
116 14" 148
149
qualidade
riqueza.
da
de que
o
nunca
o no
é
a
maior
retiram das
mariscos
suas
águas...
se
grão?
eansa
de
apenas
no
Tejo ";hu
As dizimas que devem pagar
"
ostra.
-
e o
de
testemunha...145
pescado
A
regulamenta^ão
pescaria dos sáveis do Tejo e Zêzere*,14S. os
espigas
pescaria. relembrem-se
bordalos14".
e
adultera^âo
rei D.Dinis fez questão de deixar
geral146.
enguias
ser a
se varrem as
memôria dos homens
tabelião
que peseam eiros.
se
e
que
topônimo
peso. do admirável solho,
e
fatava. linguado. enguia'e hoje. ainda.
a
perto de Muia'". que
mão do
"eanieos dos eanais de
143
eomo
com
este
lamejinha
Os
e
pei.xes-
dos
"sável.
camarão"'149que
Ibidem, Convento de S. Dinis de Odivelas, Liv. 29. fl. 17. ( 1468). Cf. Dicionário da
Lingua Portuguesa.... pág.
Desenvolveremos.
a seu
Histôria
tempo.
Fiorestal..., ed.
as
caracteristicas da pesca íluvial.
por C. M. L. Baeta Neves, Vol. L Doc. 37,
Ibidem, Vol. I, Doc. 28. pp. 45
-
Frayão Camacho,
"
pág.
64.
51, (1309).
Ibidem. V'ol. IL Doc. 417, pp. 125-127, Clara
235.
A ponte sobre
(1462). o
43
rio
Tejo..." in
op. cit.
pág.
133.
(1321).
1.5APRESEXgAHUMANA
Nesta simbiose do rio uma
outra
consoante
presen^a
diversos factores
No que
inferir que
apelo
do homem.
a
-
as
se
e
É
refere
ao
Tejo
margens não
ele que
neeessidades.
características
suas
com as suas
e
o
em
respectivas
específícas
que
margens. não será difîcil
se
:
da presen^a
mu^ulmana
um
íbrte
acolhem.
de povoamento vão-se delineando da Pré
conquistadores romanos15
modtíiea
pretende viver15".
desde cedo constituem
âs eomunidades humanas que aí sucessivamente
Estratégias
apropria. altera.
se
espa^o
podemos ignorar
-
Histôria
aos
â vitôria deíinitiva dos
cristãos152.
Captar
os
ritmos dessa
ocupa^ão, durante
a
época
eontudo. extremamente difícil, através da documentaclo que
aqui tratada,
eompulsámos.
e.
Os
Cf. os problemas relativos ao estudo da ocupa^ão do espayo levantados por Jose An°el Garcia de Cortazar, Histôna Rural Medieval: Um Esquema de Anáhse F.strutural dos Seus Conteudos Atraves do Exemplo Hispano Cnstão" in op. cit, pp. 59-81. uma linha de pequenas eleva^ôes cone paralela ao rio. tendo permitido a dos pnmeiros habitantes em povoados defensivos nas encostas. ha cerca de 3000 anos atras Clara Frayao Camacho. A ponte sobre o no Tejo.. m op cit pag. 134 Vejam-se. igualmente. as sintéîicas mas esclarecedoras notas sobre o povoamento da margem direita, do Paleolitico a acmalidade. embora centrando as suas aten9oes sobre Castanheira do Ribatejo Rui Paneira. Inventano do Patnmomo e Construido do Concelho de Yila Franca de Xira Notícia da Parcela °P' c,t' PP'-77 9L V- tamhem os mformes fomecidos v lĩl por Carlos Fabião O Fassado proto- histonco e romano'" m Histôria de Portugal, dir. por Jose Mattoso' vol. I, coord. por Jose Mattoso. pp. 79 293. "
-
?'V°f fíxa^ao
"
-
"
"
-
.^uqueologico
-
Å
"
'
"
-
01iv'e«*a Marques. «w-^ Histona lí de 1? Portugal, dir. de Joel
"
Potencial Demográfico e Colomza^ão" in Nova Senão e A. H. de Ohveira Marques Yol U I ortugal das Invasôes Germânicas â Reconquista", coord. por A. H. de OlKeira 151; Também Cláudio Tones. Marques, pp. 137 O Garb Al \ndaluz" in Histona de Portugal, dir. por José Mattoso, Yol. I. coord. José Matloso pp 363 por -
"
"
-
-
44
-
nomes
que
lugares.
os
tabeliães lavram
ás aldeias.
interpreta^âo
as
nos
pergaminhos.
vilas
proprias
isenta de laeunas. E.
tanto
termos.
e
dos
no easo
nem
os
permitem
sempre
antropômmos.
referem
se
que
eomo
aos
uma
é ôbvio.
as
ditieuldades sâo acrescidas...
Com redobradas cautelas olhamos.
dispomos1"3. É por
exemplo.
as
que
âs que
fontes silenciam
podem indiciar tendéncias
dos séculos fínais da Idade Média.
No^oes
"crescimento"'. difíeilmente
assim.
colmatar eventuais lacunas
ocupaeão humana.1
~
podem. na
e
de
elementos de que
informa^ôes. Referimo-nos.
comportamentos demográficos "
como
ser
os
mobilidade,*. "estagna^ão".
objectivadas.
percep^ão do espa^o
e
eonheeer
a
a
fim de
permitir
realidade da
sua
dar-lhes
um
'"*
Organizar
signilieado.
tipo
outro
pois.
pareee-nos
os
ser
.
dados.
descontínuos.
eseassos e
de momento.
a
possível
e
tentar
abordagem155...
Sobre a nossa documenta^ão recorde-se a nota 51 do § 1.2 Tratando se de fontes avulsas, não tivemos, infehzmente, acesso a Tombos de Bens que nos senam de extrema utihdade. A nâo ser em duas situa^ôes: O Tombo das propnedades da Colegiada de Sf Iria de Santarem em 1436 A.N.T.T., Colegiada de St» Iria da Ribeira de Santarém. LKto n° 3; A Demarca^ão dos bens que o Mosteiro de S. Vicente de Fora possui na vila da Castanheira em 1473 Ibidem. Mosteiro de S. -
.
-
.
-
Yicente de Fora, 2a
Incorporacão, \la90 29,
Doc. 48
e
Doc. 49.
No que se refere aos dados demográficos para este periodo e â problemática em torno da sua utiiiza^ão Cf. A. H. de Oliveira Marques, Portugal na Crise..., pp. 15-19. V., tambem o já reíerido artigo de O. Ribeiro. Povoamento" in op. cit pp. 466 485. Relativamentc a estudos parcelares da demograíia medieva. os cuidados a ter no manustíamenlií ilos quantiiativos, C, SObiCUidu as pussivcis dileren^as regionak Vidê Maria João Yiolante Branco Marques da SiKa. Esgueira. A vida de uma aldeia do séc. XV, 1994, pág. 185 e muito particularmente a nota 182. "
-
.,
Yeja-se, por exemplo, o que foi feito para o Médio Tejo, no § 2.5 "Hierarquia de lugares centrais e polariza^âo sub- regional em fins da Idade Médía" por Manuel SíKio ,\lves Conde. O Médio Tejo.... \'oî. I. pp. 152 165. -
45
Antes
do séc. XIV
já
margem direita. foram sofrendo
quer
no
espa^o
podemos
e
em
núcleo habitado.
do terreno. erguem-se
fortifíeaeôes150;
quer
no seu
redor.
em seu
transformam-se varios
preocupam
alguns lugares desta
pnneipal
altera^oes.
Aproveitando eleva^ôes surgem
dizer que
aproveitar
os
aglomerados humanos15 hídricos
recursos
e
cujas popula^ôes
.
se
gerar actividades eeonômicas
diferenciadas.158
E neste contexto que
popula^ão vai
permanecer.
no
podemos destacar
alto do
monte
o caso
do Senhor da Boa
de
Povos159.
\lorte10°.
até
A
sua
cerca
Nos lugares de Povos. V'ila Franca. .\lhandra e Aherca Cf. Clara Fravão Camacho. A ponte sobre o no Tejo..." m op. cit. pág. 134. No sítio do Senhor da Boa Morte. sobranceiro a Poyos há vestigios de "íortifíca^ôes ainda visiveis no alto...muito embora nao se dLsponha ainda de dados arqueolôgicos para uma data^ão rigorosa. Porém. o desenvolvimento de um burgo no alto. cuja importância fica bem patente no íoral concedido em 1195 por D. Sancho I aos moradores do Castelo de Povos. relaciona- se com a crescente importância das fortifíca^ôes da linha do Tejo desde a Alta Idade Média. que está na base do desenvoKimento de X ila Franca e" sobretudo Alhandra e Alverca" Rui Paneira. Inventano do Patrimonio .\rqueologico e Construído do Concelho de Yila Franca de Xira. Notícia da Parcela 390 -~6" in Boletim Cultural 3. 1987 1988. pp. 100 101. -
.
"
-
-
Atente-se na importáncia desta margem do Tejo em séculos anteriores Mas o eLxo de todo o pais. desde a epoca de Afonso Henriques. e a via que vai de Lisboa ao Porto. por Santarém e Coimbra. Pôe em comunica^ãp as duas regiôes mais povoadas do país. o Entre Douro e Minho e a Estremadura. E a grande artéria por onde passam os homens e as mercadorias. o feLxe onde se concentram as trocas e os contactos"- José Mattoso, Identificav'ão de um Pais, Ensaio sobre as Origens de Portugal, 1096 1325, VoL H Composivão. 1991, pág. 189. "
-
-
-
"Na Idade Média destacam-se como vilas ribeinnhas do Teio Pôvoa de Santa Iria, Alverca. .\lhandra. V'ila Franca de Xira, Povos. Castanheira." Em cada vila. um porto com embarca^oes de trazer e levar passageiros e mercadorias, rio abaLxo. em direc^ão â capitaL no acima para Azambuja, Vila Nova da Rainha e Abrantes"- Clara Fravão ( amacho. "A poníe sobre o rio Tejo... "in op. cit. pág. 132. -
No século XHl de acordo com o imposto sobre os tabehães do remo, lan^ado por D. Dinis. verifíca-se que é anolado um tabehão nessa localidade. comparando-se assim a Sacavém. Sintra e .\rruda A. H. de OlKeira \íarques. A Popula^ão Portuguesa nos Fins do Século XHI" m Ensaios de Histôria \ledieval, 1980. pag. 64. No século XI\'. a Igreja de Sf Maria de Povos, juntamente com a capela de Soeiro Anes. e taxada em 350 hbras. e o comum dos seus ra^oeiros em 190 hbras. No total 540 libras. que a situam logo atrás de Sr3 \laria de Azambuja. de Sf \laria e S. Pedro de Porto de Môs V. o "Catáîogo de todas as Igrejas, Comendas e Mosteiros que havia nos Reinos de Portugal e .\lgarves. pelos .\nos de 1320 e 1321, com a Lota^âo de cada uma delas. .\no de 1746" in Fortunato de .\lmeida. Histôria da Igreja em Portugal. nova edi^âo. preparada c dingida por Damião Pei-cs. Vol. I\'. 1971, pp. 129 -130. "
-
-
46
do séc.XVI. altura
organiza
a
em
vida eeonômiea
desloca para
se
que
em
da
íun^ão
a
parte baixa áo do rio
proximidade
e
mesmo
de
monîe
e
outros aeessos
16!
necessanos.
Este declínio
lugar.
ate então.
parte integrante do
partir da segunda
a
para
plano
explica-se pela
metade de
inferior Povos
e
prôprio
seu
Quatrocentos.
redimensiona.
importáncia
creseente
ao
o
tenno
receber
espa-90
outro
um
Castanlieira. F, ela que.
a
-
de
de
carta
a
em
redor.
vila16\ relega
segundo
outras
funeionalidades163. Vila Franca. .Aîhandra
igualmente
eonhecer transforma^ôes.
e
Alverca.
nestes
erigindo-se
séculos tardo
-
â beira rio.
vao
medievos.
Cí. Ana C nstina C alais Freire dos Santos. Contributo Para o Estudo das Sepulniras Rupestres do Monte do Senhor da Boa Morte" in Boletim Cultural Cira 5 .1991 92. "
pág.
14.
"No séc. XVT. mercé do desenvoKimento das transa^ôes comerciais no no Tejo. deslocamento para a parte baLxa de Povos da popula^ão que habitava o monte. integrando um núcleo urbano bastante dinámico. dotado de um caLs fluvial (Cais de Povos) e atravessado pela estrada real'". placa grratôna entre Lisboa e a assistiu-se ao
"
Estremadura), "
o
hinterland
As anforas da villa
(
ribatejano
romana
e o
Alenîejo"- Carlos \lanuei dos Santos Banha
de Povos" in Boletim Culturai Cira
53.
5, 1991 91 •!!•-pp s*>
-
162 '
1
D. Alonso V concede a aldcia e lugar da Caslanheira ídentica a viia de Povos"- Cf. a nota 92 do § 1.3.
a
carta
dc vila
"
com
jurisdicáo
63
Em 1455, na vila da Castanheira. exerce clínica um cirurgiâo; o que pareee atestar, de alguma forma a unportáncia atingida entretanto por este núcleo populacional Iria Gon^alves, Fisicos e Cirurgiôes Quatrocentistas. .\s Cartas de Exame" in Imagens do Mundo Medieval. 1988. Apêndice IL pag. 37 e \iapa da pág. 22. A imoortáncia da Castanheira veníica-se ainda na constante men^âo á rede viária que lhe permitia estabelecer contactos com outros centros habitados. da Estremadura, e nao sô. Yeja-se o exemplo colhido em Femâo Lopes, a propôsito do percurso seguido pelo Vlestre de Avis que. ao partir de Almada e. depois de juntar aîguns homens. ftbi esse dia dormuaa Castanheira a uma legua de Alenquer Femâo Lopes. Cronica Del Rei Dom Joham I..., Parte Primeira. pág. 91: sendo possível referir que da capitai. também se podia tomar o cammho junto ao no Tejo. mdo por Sacavém. .Mverca e Castanheira pela actual Estrada Nacional n° 10. segumdo depois para Alenquer pelo que e hoje a hstrada Ncionai n° 1. passando pelo Canegado. A cerca de 1,5 Km do Carreaado ínílectia-se. pela presente Estrada Nacional n° 9, para Alenquer. Passava-se assim pela estrada púbhca da Castanheira para Alenquer (subhnhado nosso), a qual atravessava o vale do canegado pela ponte da Couraca. ainda hoie persistente na toponimia" José Pedro Feno. .\lenquer Medieval (Séculos XII XVr) Subsídios para o seu Fstudo 1996. pág. 197. -
"
"
-
"
-
-
47
No se
transformando
primetro num
easo. o
núeleo165
Relativamente
a
proximidade
cidade.
povoar
séculos
os
No séc. XIV
o
lugar
e
matagais. vai-
.Alhandra.
lugar
poder supôr
do termo de Lisboa
que
o seu assento
freguesia
ou
primitivo não se
rio.166
do
Data de 1203 Lisboa. Durante
cheio de silvas
de características marcadamente medievais.
de S. Joâo de Alhandra. parece-nos
afasta da
lugar inicial164
o
Foral que lhe é concedido por D. Soeiro.
seguintes
continua perten^a dos
de Alhandra. aumentando
que outros de fora. que ai
quiserem viver,
o
a
preocupa^ão
número de moradores.
tenham
de
.Arcebispos daquela
documento assinala claramente
um
bispo
autoriza^ão
do
em
possibilitando
bispo
para
esse
efeito.168
"
Sem querer cohdir com os esnados que pretendem discutir a localiza^ao dos topônimos V'ila Franca" e \Xira ( Cira)". relembremos "
"
e
ídentifíca^ão
apenas uma possivel A funda^âo primitKa de Yila Franca ínterpreta^ão suponho que seria ai pelas almras da Barroca de Cima que nessa época ficava como dizemos hoje. á beira do rio. quase encravada no extenso e vigoroso bosque que se devia erguer por todo o vale de Santa Sofia. Dai seguia o rio, numa pequena curva por trás do Serrado. ã Nova Colônia e ia cobrir quase toda a actual vila de Alhandra. Da esquerda ficavam-lhe as Lezirias... Da direita a beleza da vegeta^ão sem cultura vindo terminar na linha de água"- Lino de Maeedo. Antiguidades do Moderno Concelho de Vila Franca de Xira, 2aed., 1992, pág. 12. "
-
"
O núcleo antigo de Vila Franca de .Xira e passível reconhecer- se na cidade actual lFoi a rua direita ( hqje Rua Dr. Miguel Bombarda) que constituiu o eLxo de onde partiam as ruas secundárias em direc^ão ao vale de Santa Sofia a Lisboa e a Povos. Essa malha urbana mclui a Barroca. a Rua Gomes Freire e a Rua dos Loureiros" O Concelho em que Vivemos, 1991, pág. 1 7. Refira-se também a concessâo de foral aos moradores e povoadores de vila franca de xira e de seu termo", em 1212. por D. Froila Ermiges representativo da necessidade de a vários niveis, de todo organiza^ão, este espa^o Cf. a tradu^ão proposta por Maria Fihpa de Meneses Cordeiro. Foral de Vila Franca de Xira 1212" in Boletim Cultural n° 1, 1985. pp. 157 159. -
-
"l
"
-
-
-
,
■'Situada numa planície na margem dircita do Tejo. faz parle de um montc denominado Casteîo". onde se encontra a Igreja Matríz" Freguesias do Concelho de Yila Franca de Xira" in Boletim da Junta de Província do Ribatejo, nc 1. Anos de "
"
-
1937
-
Clara 8
1940, pág. 657.
Frayao Camacho.
"
De Alverca â Castanheira ..." in op. cit.
A. N. T. T., Mosteiro de Sta \laria de
Chelas, \la90 48
pág.
62. n° 1226,
103.
(1393).
Mais do que a
documenta^âo
facto.
.
e
iugar de .Alhandra169.
pareee eonferir
eneontramos
Subserra
ao
unidades de
a
instala^ão
dos
a
seu
Alverca.
o
ver
quintas1
como
agricultadas
em
e
'Se bem que
ao seu
neste
termo que
crescimento !
e
De
periodo.
casais:
como
:que
os
rendosas...
acidentado do terreno mais
povoadores.1
seus
territôrio. aldeias
explora^ao agrícola
respectivos proprietários pretendem Quanto
protagonismo
um creseente
espalhadas pelo
é sobretudo
a
uma vez
proximidade
A vigairana da Igreja de .Alhandra é taxada em 30 hbras Bispado de Lisboa em que se mtegra é extremamente reduzidoIgrejas..." m op. cit.. pág. 128.
o
.
"
que
no
determina
do
no
seja
conjunto do
Caíalogo de Todas
as
E possivel detectar foreiros moradores na aldeia de "so a sena"- A. N. T. T., \losteiro de Sta \laria de \lc0ba9a. Liv. 183. fl. 206. (1410) ; e bens de institui^ôes rehgiosas nela situados Ibidem, \losteiro de Sta Maria de Chelas, \la90 60, n° 1 183, (1395); Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de .\lc0ba9a, \la90 62, n° 14, ( 1410) e \la90 47. n° 1255. (1464). Cmzando desta aiguma informa^ão é possivel saber quc na aldeia além das casas e pardieiros (algumas apresentam casa dianteira. celeiro. cozinha. palheiro. alpendre). existem cunais. um pomar acima da aldeia junto com o rocio. uma íonte, e parcelas de cultivos variados, hortas inclusrvé Ibidem, Liv 183 fl 206. (1410) e \la90 38. n° 919. (1443). -
-
Relativamente å identificayão deste tipo explora^ão agricola V. .\lberto Sampaio. vilas do Norte de Portugal ". Yol. I de Estudos Histôricos e Econômicos. 1979 pp -74: Ina Gon^alves. O Patrimônio.... pp. 177 180; A. H. de OlKeira
Portugal
\s 7^
\larques
-
na
"
Crise..., pp. 76- 80.
Na documentayão encontramos referéncias a várias qumtas: qumtã do murtal aeima de Alhandra- A. N. T. T., Mosteiro de S. Vicentc de Fora, 2a Incorporac^o. \la90 29. Doc. 43. (1463); quinta de A-do Fremoso Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de Chelas. \la90 58. n° 1144. (1365): \Ia90 55. n° 1093. (1368); \Ia90 31. n° 619. (1407); \la90 2. n° 31, (1447); qumta do Alamo ( que é a par da Igreja de S. João de Aihandra) Ibidem. \la90 52. n° 1024. ( 1385); \la90 62, n° 1228; (1414) e \la90 48. n° 993 (1414): em Subsena situa-se a quinta que pertenceu a Sancha Eanes \lana Filomena Andrade, O Mosteiro de Chelas..., pág. 78 e pág. 80 nota 157. -
-
-
-
"Sobre
estrutura do casal
Iria Gon^alves. Media", Histôria e Crítica, n° 7, pp. 60 Portugal na Crise..., pp. 76 e 79 -80. a
"
-
-
Da estrutura do casal nos finais da Idade 72; também A. H. de Oliveira Marques
Citem-se por exempîo: 0 casal da \loucheira, perto da quintâ de A dc Fremoso- A. N. T. T., Mosteiro de S.Vicente de Fora, 2a Incorpora^ão. Liv. 26. fl. 32,( 1369); o casal em Ade Bulhaeo- Ibidem, Convento de S. Dinis de Odivelas, Liv. 19, 11. 42 v e 43. (1455): um casal chamado do Fiwe Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de Chelas, \la90 23, n° 451 e 452, (1365); um casal em Subsena Ibidem, \losteiro de Sta Maria de .\lc0ba9a \la90 35, n° 839. (1386). -
-
"
Foi na colina onde hoje se enconUa .\lverca. do qual restam ainda Concelho..., pág. 10.
de
igreja que se hoje Nestígios a
49
instalou o primitKo aglomerado da muralha do Castelo"- ()
fiindamental. por terrestres
certo a sua
fundamentais
Subindo
periodo. Alenquer
primetro.
o
que
tenno, sobretudo
da Ota
e
já o
localizaclo
na
vida do
o
rio.
reino1 4.
Nâo eabe
que mais
aproxima
se
determinante.
destaeáveis
presente estudo
no
do
ser
lugares
como
feito1
exeelentemente
esta
espaeo concorrido. cruzado por vias
nâo deixa de
eneontramos.
Azambuja.
e
num
'\
mas
neste
particularizar
detenhamo-nos
pelo
Tejo. .\i devemos salientar
o
seu
o couto
Vila Nova da Rainha.
Doados
aos
monges de
em
fertilíssimas
os
terrenos
alagadi^os da Ota1 6,
Alcoba^a. aqueles
Apesar de
dentro dos avultados bens da abadia, ela
lhe perteneer). construir
nesse
1 1 89. por D.Sancho L
foram-se transformando. mercê do
de eultivo.
terras
em
espaco
se
permitiu.
uma
eonstituir
uma
até 1472
(data
seu
pareela em
esfor^o. menor
.
que deixa de
explora^ão agrícola signifíeativa.
se
Durante a ocupa^ao romana o acesso a via que ligava Scalabis a Olisipo passava por Alverca: "Julga-se que onde hoje está Alverca a via se bifurcava segumdo pela varzea de \ íalonga para Santo Antão do Tojal e Loures e derivando um seu ramaL junto ao no. na direc^ão da actual Pôvoa de Santa Iria. A prôpria AK'erca pode ter sido. já na altura um ponto de reíerência importante, como pequena eleva^âo sittiada numa encruzilhada de caminhos" Rui Paneira. Que fazer desta Memôria?..." in op. cit pag.117. Para a Barxa Idade Média tomem-se os exemplos colhidos na nossa documenta^ao: um casal em Yalderva conironta. entre outros. com estrada pubhca de Lisboa para Santarém A. N. T. T., \losteiro de St3 Maria de .\Ic0ba9a \ia90 V, n 31 (1409 1410) ; uma vmha e herdade, no SoveraL confronta com caminho e estrada que yai para Santarem Ibidem, Liv. 5. fl. 16. (1411); herdades de pao e courelas de vmha genencamente, confrontam com rio da SiKeira a vila de \Kerca e com estrada que vai para Lisboa Ibidem, \Ia90 25. n° 584, ( 1424): um châo em Ados Potes. termo da vila de .\lverca entesta do levante com estrada que vai para lt>09ellas Ibidem. Convento de S. Dinis de Odivelas. Liv. 27. fol. 14. (1475) um pedaco de mato. no termo da mesma vila, confronta, entre outros. com carrinho cmc vem de A dc Poverba para a dita Portela ( Fortela Alva) e com cstrada pubhca que vai de ,\Kerca para "Vila Longa" ( Yialonga)- Ibidem, fol. 38, (1477). "
-
-
-
-
-
-
Rcaíume-sc
a
importáncia
da análise de João Pedro Fcno cit.
na
nota 1 56 do
parágrafo. 6
Sobre
as
características deste couto
-
Iria
Gon^aKes. 50
O
Patrimônio..., pp. 401
prcscntc -
404.
bem que
termos
em
.
populacionais.
não
tenha aí estabelecido nenhuma
se
"
de
povoa^ão digna
registo.
'
\ ila Nova da Rainha. por
facto de
ao
ligacao
a
ser
o
Alenquer. possibilitando-lhe Azambuja. da
sequência
na
Coroa. por
este
"
Afonso. seu
espa^o. parece eomo
importáncia
de quatrocentos.
e
a
os
atestar-se
vastos
se
que
ou.
o seu
importâneia
a sua
desembarque.
e
com
especial
flamengo
Raolino.
Tejo.178
Vila Franca". doada
exemplo.
por
pode
Igreja matriz182.
sua
o acesso ao
recebe
poder .
"
parece dever
embarque
claramente
termo. que se tomam
trezentos
a
pnmitiva
Mas são. certamente.
A
sobre
a
Reconquista".
membros da família reaî
pelo
porto de
principal
sua vez.
foral na
em
ao
L2001"9.
doa^ão
O interesse da
de terras. ai situadas.
por D.Afonso III
a sua
das lezírias que
plainos
a
fílha Leonor se
estendem
apelativos181...
eleva
a
vila
.
no
decurso das eenttirias de
apenas entrever-se através da taxa que recai
pelo
número de besteiros que
se
podem
aí
arrolar183.
No entanto, os moradores do couto justifícam a exisîência de um templo A Igreja de S. Bartolomeu de Ota Cf. Catálogo de Todas as Igrejas..." in op. cit. pág. 130. As diíiculdades em povoar este espa^o parecem bem patentes na carta régia que pnviiegia os que íorem para a Ota morar e lavrar A. N. T. T., C. R. Mostefro de Sta Maria de Alcobaca, Doc. Reais. \la90 4. n° 22. (1366). -
"
-
-
sCf.
o
que foi dito nas notas 17 pp. 205 -206.
Medieval...,
J. Pedro Feno, op. cit,
pág.
e
29 do $ 1.1: V. ainda J. Pedro Feno. Alenquer
75.
veio a doar ao Mosteiro de Santa Cîara de Santarem posteriormentc A. N. T.T., Convento de Sta Clara de Santarem. \la90 12, n° 895 896. (1320). Cf. também Maria Rosa F. Maneu-os. op. cit, pp. 82 -83.
Que
esta
-
-
'
Recorde-se
o
Azambuja
Cf.
\\
Igreja ra^oeiros
-
que dLssemos sobre nota 87 do § 1.2.
de SF Maria de em
470.
as
Azambuja perfazendo um total
Lezírias anoladas.
neste
período.
no
Termo de
é taxada em 500 libras e o comum dos seus de 970 libras. o que a coloca destacada entre as 51
Mas não devemos esqueeer que é i
a
que
apenas
■
por esteiros
vila
a
.
respectivo termo).
o
priv ilegiada. Azambuja
eneontra-se.
de
mesmo
até
Santarém185
distantes:
que ha
rreino de
no
eelebrada Santarém Esse espa^o. que
arvoredo. que
se
o
do rio.
o
Tejo.
em
direc^ão
e
se
que a
que
insereve (não
tomam
realmente
espa^o que lhe garante faeilidades
núeleos.
signiíieativamente
rio domina
a
em
se
que
hua das
eneontrar
enehe-se de
.
confundem mais alem
Porto dc Môs cit. pp. 129-130.
"
a
gramdes
mais abastada de todos
não voltamos
Igrejas dc
num
outros
com
Portugall. .
pois.
em
niais
Lisboa.186
e
Beirando
rede viária
eompletada pela
também
como
eomuniea^ão.
localiza^ão. proxima
1 84
•
hga
se
a sua
nas
inclui
melhores villas
mantiimenîos"ls~.
povoa^ôes dignas desse
a
nome.
parcelas cultivadas. de manchas
de
dobras da adema...
k-
e
Catálogo
dc Todas
"
as
Igrejas
in op
53
Os dez besteiros ai contabilizados, colocam-na a par de locahdades como Cantanhede. Colares, Lourinhâ. Porém. em numero infeiior. aos indicados para V'ila Franca.
Castanheira e Povos quinze; para .\lenquer vinte e cinco; e muito aíastada de Santarém cem e de Lisboa trezentos. Este rol dos besteiros do conto da Estremadura. de 1421-22. é devidamente anaiisado por José Pedro Feno. Alenquer Medieval..., pp. 82-84, de onde retiramos os números apresentados. -
-
-
-
g
Por exemplo o esteiro de Corte de Cavalos Almoster. \ia90 3. Cx. 8. n° 12. ( 1268).
-
A. N. T.
T., Convento de Sta \laria de
\\s conlronta^ôes dos prédios
rusticos e urbanos permitem-nos recolher alnuns vinha situa-se além da conedoira acima do caminho de propôsito: umas casas locahzam-se na Rua Direita Ibidem, Convento de St3 Clara de Santarém, \la90 5, n° 158. ( 1354); e as referências esmiuyam-se : estrada do concelho. caminho público do concelho. azinhaga do concelho Ibidem, Maco 1 1 n° 713-714. (1440) e \la90 12, n° 801 a n° 808. (1468).
elementos Santarém:
a este
uma
-
-
'
Na
viagem de Odivelas para Almoster, em 1532, Dom Edmc de Sauîieu não faz do que repetir o trajecto usuaí dos antecedentes caminheiros medievos. E depois de Tojal Alverca .Alhandra, dirigem-se para Yila Nova da Rainha: "ou nous cspérions coucher. Nous cherchámes des écuries sans en trouver. D nous fallut donc aller å Azambuja. Dans tout le village, nous ne pûmes avoir que deux hts sur le sol. â la mode du pays"- Frêre Claudc dc BronsevaL Peregrinatio...,Tomc H, pág. 409 c Tomc L Mapa da pág. 388. sua
mais
.
Fernao
Lopes.
Cronica Del Rei Dom Joham 1...., Parte Primeira, 52
pág. 111.
Porío de
\Iuge
A naturaî
importância
e
Vaîada
merecem-nos.
contudo.
umas
breves
refereneias.
funcionalidade de
A
\alada
de
populacional a
pertenceníes dos
-
A
embora dê
segunda.
vulto191
nestes
existência de a
primeiro liga-se
de pessoas
quase até ás portas da
-
perceber
circulacâo188
do
o
bens.
nome
vila190.
não
entre as
ao
se
duas
constitui
.
rei193.
e ao
Bogalho196.
do
ou
garantir
a
margens.
espa^o rural
múltiplos lagares (parceiros
Malpiea195.
faeto de
campo de
-
como
aglomerado
séculos. As fontes que utilizamos
particulares eeîesiasîicos.
Chavôes194. de
e
ao
não
A referência
a
do Dr. \lartim
de
pennitem
vinhas192)
várias
quintas
Docem19".
do
faz eco das indica^ôes feitas aos foreiros para levarem as rendas å barca de Porto de \luge. Apenas dois exemplos: A. N. T. T., Convento de Sta Maria de Aimoster. \Ia90 3. Cx. 8. n° 25. (1379): Ibidem, Mosteiro de Sta \laria de Chelas, \la90 78. n° 1557, (1479). De acordo com o IKto dos Bens de D. Afonso V na Comarca de Santarém. 0 rei tinha os direitos das barcas de passagem do porto de Muge e do de Escarupim ( SaKaîena). devendo cada proprieîário' do campo dc \ alada pagar "seis alqueires de pão meado para a barca do porto de \lugc" Cf. Maria Angela V da Rocha Beu-ante. op. cit, pág. 240. Recorde-se o que deixamos dito na nota 31 do § 1.1
documenta^âo
respectivas
"
-
.
Cf.
0
que deixámos dito
na nota
67 do
§
1.2
.
0
Do baino do Pereiro. no extremo sul da vila. a partir da Porta de Yalada. sai a ealyada do mesmo nome que "passando pela venente norte do actual Outeiro da Forca. descrevia apro.ximadamente um ãngulo recto na direc^ãp N-S-W. dirigmdo-se ao rossio de V'alada â Omnia e Ponte da Asseca"- Maria Ângela V. da^Rocha Beirante Santarém Quinhentista 1981. pp. 91- 92.
O histonal da pp. 476-480. O
procurou fazê-lo J. Leite de Vasconceíos. op. cit, Vol. EDL da data proposta de 1331. para inicio do povoamento de Valada. e outras achegas. podem ser encontradas em Mário Paulo Martins Viana. Os Vinhedos..., nota 5 âa pág. 21.
povoa^âo recuo
2
Sobre a inser^ão pp. 100-101. De entre N T. T.,
espacial
dos
lagares de
Valada
-
Mário Paulo Martins Viana. op. cit,
docum.eníacão registamos: lagar que foi de Louren^o Gon^alves A. Colegiada de St° Estevão do Stmo. \íiîagre de Santarem, \ia90 2. n° 75. (1414); lagar do Mosíeiro de S. Domingos de Santarém lbidem, Convento de S. Domingos de Lisboa Timlos das fazendas de Pedro Afonso Mealha em Santarém. Termo, Outros de Fazenda em Almada Tomo 2 (livro 8), n° 5 (67). (1428); íagar de D. Pedro Ihidem, Colegiada de Sta Maria de Alcácova Maco 18. doc. 385. (1418). a nossa
-
-
-
"
Situada
com sua
aquém da ponte de Sf Ana com assentamento de casas grandes e sobradadas. Adema matos .árvores. tenas grandes. pauî e seu pomar com árvores e vinhã 53
Judeu
\ de
eampo: bem
Igreja
Pero
Caramos199.
eomo a
régios
paeos
de Sr3 Maria de
de Martim de
-
os
me
espa^o. Mas não
paeos de D.
a
e
e
-
edifícios
Baptista203
fertilidade das
calcorreiam ínfinita
nos
Pedro201
Valada*u'\ Igreja de S. Joâo
Pedro"(M. permitem-nos perceber que muítos ioreiros
Coíheiros200- espaíhadas peio
muitas
terras é
vezes
e
a
seu
religiosos
-
Ermida de S.
multipartilhada:
que
penosamenîe.
seu
parecem elementos suficientes para estimar.
com
o
rigor.
o
quantitativo dessa real ocupa^ão.
e
grande paul
-
Ibidem, Colegiada de St° Estevão do Stmo. Milagre de Santarém ígreja \Ia90 3. n° 137, fl. 34v, (1474°?).
Tombo de Bens pertencentes ã 195
l'ma quinîå dc pâo e vinho, com sua casa c lasar dc vinho Salvador de Santarem. \ia90 2. n° 79. ( 1409).
-
Ibidem, Colegiada de S
:%
Arquivo Distritaí de Santarém, Convento de Sta Clara de Santarém Gav 3 n°" (1450).
[■■)
Três estis de herdade. em Valada. no lugar que chamam "a Rancosa" ( acmal Arrancosa). acerca âa quintã do doutor Martim Docem A. N. T. T., Convento de Sta Clara de Santarém. \ia90 5. n° 143. (1425). -
i9H
A quintâ surge-nos sob a designa^ão que "foy do Judeu" e que chamam "do Judeu" Ibidem, \losteiro de Sta Maria de Cheias. \ia90 17. nc 327. (1357) e \Ia90 40. nc -
794.
(1424) respectivamente.
199
O Convento de S. Salvador de Lisboa por testamento de \lestre .\ntoninho. entra na posse da qutntã. Ao emprazá-ia. refere-se a e.xistência de um pa^o. lagares. vinha e herdade de pâo. no lugar que chamam A de Pero Caramos. termo de Santarem. e uma almuinha. Postenormente 0 Convento envoKe-se em demanda com os foreiros que tmham derxado danifícar bastante a quintã e deviam pagamentos passados" Ibidem Convento de S. Salvador de Lisboa. Cx. 8. n° 4Î4( 16). (1388)- n° 410 (1^1)' J' "
-
(1400); n°409(150).(1418);n°412 (62). (1430).
Lm outro documento refere. a propôsito de um anendamento de uma herdade carva" que esta entesta na vinha "da Tone" que foi de Pero Caramos Ibidem, Cx 8 n° 407 "
-
(98), (1414).
Ibidem, Mosteiro de Sía Maria de Chelas. \Ia90 45. n° 889. (1470); \iartim CaIheiros"como a designa Maria Fiiomena Andrade op. cit, -
ou
qumíã
nota
3 da
"
de
pág.
Refere se a proposito da doa^ão. a Beatriz Dias, criada do rei. da lezína a que chamam do galego que he em termo de santarem a soo os meus paa^os de ualada"Chancelarias Portuguesas D. Pedro I..., Doc. n° 999. pág. 468. -
"
-
t02A.
N. T. T., Mosteiro de Sta \laria de n° 1143. (1439); LK.15. fl. 373ve 374.
.\Ic0ba9a Maco 35.
n° 2.
45 (1382); \laco V
D. Dinis mandou ediíicar esta igreja. sufragânea â de St° Estêvão de Lisboa. na "herdade apphcada aos pobres de Lisboa sita no termo de V'alada"- Ibidem, Colegiada de St° Estevão de Alfama Maco 14. n° 261. (1311) e Maco 11. n°219 (1316) "
54
No espaco desta margem direita desenvolvem-se.
povoamento humano que
interesses polítieo mesmo
mais
espaevr"
ou menos
fomes
e
-
as
condicôes eeonômieas.
as
vias
nueieos
pois. de
acesso
e
administrativos benefíciam. Mas. nâo esque^amos. que
se
toma.
um ímenso
eíclicamente.
nos
paleo206
sées. XIV
dos dramas
XV. afeetam
e
mais
punjentes
homens
os
-
de
os
este
que.
pestes:c'\
guerras208. E apesar de todos
forma mais
parece-nos eonsolida
ou
ser
na
menos
intensa209.
esses
núcleos
os
possível deseortinar
eentúria
gravosos a
problemas que
terem
temos
nos
atingido.
vindo
progressiva hierarquiza^ão
uma
a
de
refenr.
que
se
seguinte.
Recorrendo ãs que Vila Franea de Xira
informa^ôes
assume uma
do Numeramento de
posi^ão
de
destaque
neste
152721" verifíca-se eonjunto das vilas
Ibidem, Mosteiro de Sta Clara de Santarém, \ia90 9, nc 549. Rela^ão antiga das que as religiosas deste Convento de Sr3 Cîara de Santarem. têm no Campo de \ alada e no reguengo do mesmo campo. ( séc. X\' ?). tenas
\ ejam-se os tra^os gerais apontados para a Estremadura neste período Hemuma \ asconcelos Yilar. A Vivência da Morte no Portugal Medieval. \ Estremadura Portuguesa ( 1300 a 1500), 1995. pp. 34- 41. -
6
A
proposito
damíicados
Santarém,
dos bens da
"
das per 4. n° 179. \la90 azo
da qumta da Malpica diz-se que estes estão muito A. N. T. T., Colegiada de S. Salvador de guenas"
Capela
-
( 1406).
Cí. a hstagem de pestes ocorridas no Reino de Portugal nestes seculos A. H. de Ohveira Marques. Portugal na Crise..., pág. 21: Também a listagem postenor a 1477 Maria José Pimenta Feno Tavares. Os Judeus em Portugal no Século XV Vol I 1982, pág. 425. -
-
^Guenas intemas. invasôes castelhanas e outros conflitos A. H. de Ohveira \larques. Portugal na Crise..., pág. 32; O rol das crises alimentares Idem, Introduvão â Histôria da Agricultura em Portugal. 3a ed., 1978, pp. 257 281: c Idem, Portugal na Crise..., pãg. 30. -
-
-
Vejam-se as referências ao testemunhos indKidualizados de despovoamentos em Aveiras de Cima ( Azambuja) e Aipiiate ( V'ila Franca de Xira) citados por A. H de Ohveira Marques, Portugal na Crise pp. 28 -29. ...,
'
-l
Povoa^ão da Estremadura no X\'I.Seculo". ed. por Anselmo Braancamp Freire. in Archivo llistorico Portuguez .Vol. VI n° 7 1908. pp. 241- 284. Sobre a utiliza^ão dos quantitativos fomecidos por esta fonte Cí. Mana Helena da Cruz Coelho. O .
-
55
ribeinnhas.
lugar
Logo
a
seguir. Azambuja
mais modesto. De
maeroeéfaîa
e
Castanheira:
quedando-:se Alhandra
qualquer modo. todas elas
eertamente
atraidas
pela
Lisboa.211
Baixo Mondego..., pp. 39 40; Manuel SíKio AKes Conde, Toniar..., Mana Joâo Yiolante Branco M. da SiKa. Esgueira..., pp. 184 -185. -
211
num
pág.
151:
Considerando apenas o número de fogos por localidade. Vila Franca aprescnîa para a vila 311. e para a vila com o seu termo 337: para Azambuia. são indicados 240 e 246 respectivamente; para a Castanheira, 233 nos dois items; e." finalmente, para Alhandra. 191 e 234. Bem distantes. qualquer deles. dos 13010 fogos de Lisboa e dos 17034 de Lisboa com o seu termo. Extraímos
dados do Quadro apresentado por Manuel SíKio AK'es Conde. 154 155; O autor nâo considerou nesse quadro o elenco de concelhos sedes apresentavam menos de 1 50 fogos. estes
Tomar..., pp.
cujas
-
56
2
A RUSAGEM DOMINADA: A AGRICULTURA
-
"...
Vejo
a
laranjeira
que
lágrimas
parecem
coloridas de vcrmelho
do
pelos
tormentos
Estão
congeladas
\lãos
mágicas
frutos:
nos mostra os seus
amor.
fimdissem
mas se
moldaram
a
seriam
terra para
as
Ibne Sara
"
E
tewpo das huuas
se ao
ffosse achado
e«
vin/ia
so/í/os de Coomha. E aehado
tn
de cada cabeea
sex
das fíruitas
ou cn
sse
.\lguu Agro
e
formar..."*
~12
sse o
home/w
Pumar pagaua
Boy ou
de Pam
dmheiros
vinlio.
uaca. ou
ou na
se os
noyte leuauarø huu soldo de cada
hy
^inquc
Besta
era
vinna leuaua/w Achaua/w de
Cabe^a..."
Chancelaria de D. Afonso IV213
2.1
-
DISTRIBUIQÃO ESPACIAL
Pelo caminho de
meios"14. chia
um carro
dois camponeses de Valada. Um deles. eertilica-se mantém fechados. enquanto evita
lu 3
Cí'.
Portugal
na
Espanha..., Vol.
Cf. Chancelarias
pp.184Na
o
Portuguesas
-
I\
.
pp. 352
-
de
bois21\ Conduzem
se os sacos
buraco da estrada
de tngo
e
-
eevada
no
se
poeirenta.
353.
Chancelaria de D. Afonso IV... Yol. IL Doc. 98
186.
documenta^âo utilizada referindo topônimos
men^ão
DOS RECl'RSOS
a este
caminho de
meios
.
ao
do espa^o de Y'alada. e constante a que parece o principal e maLs percomdo por 57
Mais atrás. báeoro que
Chelas"
grunhe algo desesperado.
Vâo levar
.
ouîro. ainda
o
as
rendas
jovem. guia São
alguns
barca do porto de
a
alguma irreverência
com
um
dos foreiros de Sf Maria de
Muge.
como
aprazaram
com o
Mosteiro.'1
Bnlhante
'.
o
sol
E. para lá dessa muralha verde.
ehoupos.
atapetados
campos
quente"
e
restolho219: \inhas.
de
dan^a num
por entre
foihagem
a
estival. descobrem-se
regozijo
plena matura^ão.
em
dos
aninhando
os
quanios ah faziam os seus cultivos. Essa indieayão parece poder deduzir- se do elevado número de conironta^ôes de prédios rústicos eom ele confinantes. Cite -se apenas o exemplo de uma vmha que entre outros. confronta com estrada que vai para o Porto de Muge e da outra banda entesta no caminho de meios Biblioteca Nacional de Lisboa, Reservados Documentacão (traslados) do Convento da Santissima I rindade de Santarém, relativa a aforamentos 1450 1522, Primeiro Livro de Pergaminho Velho, fl. 45v 46. .
-
-
-
-
-
'
"Sobre o uso do carro de bois na época medieval Cf. Armando de Castro. A Evolucão Econômica de Portugal dos Séculos XII a X\r, Vol. IV, pág. 219; Iria Gon^aKes. O Patrimônio..., pp. 376 e 381. Ligado â faina agricola das lezírias. embora para o secuío XLX. \ a men^âo ao cano íezirâo de quatro rodas e oito lueiros de fôrma de chavelho. puxado por 6 ou 8 bois; leva tngo. milho. em grande quantidade" apresentada por J. Leite de Vasconcelos, op. cit,Vol. IDL 48 1\ -
"
-
.
pág.
'
maioria dos pagamentos das rendas. neste espa^o de Valada, traduz-se em determinadas quantidades de cereal ( principalmente trigo). sobretudo meado. e. nesse caso. com a parceria maioritária da cevada. E tambem vmho. Acrescem. ainda. ammais de capocira. ovos e porcos de um ou dois anos. A
No que
refere
rendimentos das íreiras de Chelas escolhcmos os seguintes moios e meio de pâo meado. dois capôes, um porco. e uma tei«a de tngo e outra de cevada referentes a duas courelas em Valada A. N T T Mosteiro de Sta Maria de Chelas, \la90 17. n° 327, (1357): três moios de pão meado. de trioo e cevada, e mais um porco \ia90 46 n° 919. (1456); dez quarteiros de pão meado. metade tngo. metade sesunda e um Vlaco 54 n° 107"? (U'Mi e porco de dois anos \la906.3. n° 1254. (1473). se
aos
exemplos: quatro
-
-
.
-
"
'
1
N'os contratos que utihzamos e conente a obriga^âo de fazer cheear as rendas destmadas ao cenobio. a barca do porto de Muge. na maioria dos casos â custa do íoreiro. Veja Ibidem. \la90 46. n° 919. (1456)- recorde-se se, por todos ígualmente, a noîa 188 do § 1.5 ; bem como a nota 31 do 1.1 -
-
§
Nos
citados,
casos
Agosto,
o
que
nos
0
.
paoamento das rendas deve
permiîe
compôr
um
ser efectuado por dia de St* \laria de cenario estival para este preâmbulo.
Sobre esta e outras datas de pagamento dos foros dos bens do Mosteiro de Sf Maria de Chclas V Maria Filomcna .\ndradc. op. cit, pp. 102 104. -
-
.
Sobre
difercntes alturas do corte do caule das gramineas c as razôcs dc tais procedimentos V. Georges Comel Le Pavsan et Son Outil. Essai d' Histoire lechnique des Céréaies ( France \TIIe XV.e siêcle), 1992. pp. 184 186. as
-
58
-
fartos cachos eom a
folhagem empoeirada; pés
na
luxuriante variedade de
cores e
de oliva, entremeando-se.
azinhagas
galinhas
e
de
entre as
vinhas22".
que
mais porcos vêm engrossar
dos homens quase
se
perdem
no
e
ali.
sabores das fmteiras...
Enquanto eaminiiam. juntam-se-lhes das
aqui
se
esta
eamponeses. emergindo
outros
dirigem
na mesma
direceâo.
descompassada procissâo.
trauteio dos rouxinôis que
se
E
Capôes. as vozes
eleva dos campos
vizinlios.
Chegados crestada. Porém.
águas.
eomo um
um
â margem do
portinho.
a
bnsa do rio refresea-ihes
súbito véu parece toldar todos
os
destino inexorável. lenta. muito lenta.
olhares
-
a
deslizando
aproxima-se
a
pele nas
barea...
* * *
Este
preâmbulo permite-nos
agneoia, relativamente margem direita do
"'
aos
Tejo221.
abordar
a
organiza^ão
agiomerados populacionais, situados Não será demais recordar que
a nossa
ao
do espaco
longo desta
doeumenta^ão
Sao de novo as confronta^oes dos prédios rústicos que nos permitem apreender um pouco do povoamento agrícola deste espa^o peculiar. Tome-se o seguinte exemplouma vinha em Valada quc confina com outras duas, entesta do norte com cstrada pubhca dantre as vinhas"- A. N. T. T., Núcleo Antigo, n° 274, Tombo..., 162 v.
d* rela^o eampo eidade. entre outros A. Lombard Jourdan y^-T Pr?Pá?to et baiiheue. et les dimensions du tenitoire urbain" l'origuic Annales O^um 395: Jac^ues Le Goff' PP' 373 de la France L'apogée •}•■ ,"..2.' i972' urbaine medievale La vilie médiévale des â la a
:
-
sur
m
"
"
'
u
m
Caroligiens Renaissance. dir por Le Goft. Tome II de Histoire de la France Urbaine. dir. por Georges Dubv 1 ans. 1980. 247 ; Ina Goncalves, Entre o Campo e a Cidade na 2a m^tade pp. 245 do sec. XI\ in Estudos \ledievais, n° 8. 1987, pp. 73 97.
Jacques
"
-
*
-
59
reíere
esse
aproveitamento agrário.
administrativas de sediados
institui^ôes
Lisboa
em
duas urbes
e
ftin^âo
em
de caráeter
impondo-lhe disposi^oes detenninando-lhe
de cultivos.
vias
as
religioso
Santarém. E. que. embora
nâo deixam de eoordenar
de
das necessidades
os
interesses
de
modo
a
deste
mesmo
-
essas
espaeo.
de aetividades.
instala^ão
a
e
eolegiadas
e
geográfícamente afastadas.
organizando
acesso.
mosteiros
os
-
economicas
garantir
o
seti
propno
abastecimento.
No
prédios que
nos
nistieos
caso
se
que esîudamos.
situam
a
par da vila.
pennite pereeber que
a
fontes
as
ou.
especificam
mais latamente.
no
que muitos dos
temto
eomposi^âo da paisagem se estmtura
vilas ribeirinlias. criando para eada
uma
delas
um
espeeílieo
da
em
vila222.
o
redor das
peri-
espa^o
urbano"3.
E
.
se
bem que
elementos urbanos
e
podemos verifíear
que
tenno rural da
mrais
nem
na
modela^ão desse
segundo regras
de
espa^o envolvente
"atrac^ão
e
sempre há eoineidência entre
se cmzem
rejei^ão""1 o aro
deíinidas.
periurbano
e
o
respeetiva vila.225
A documenta^ao e clara e precisa a este respeito. Veja-se. por todos. o exemplo de bens situados em Azambuja e seu termo: na vila, acima da dita vila no termo da vila A. N. T. T., Convento de Sta Clara de Santarém. 5. n° -
\ia90
O espa^o
Leguav.
armoncaines
au au
a
"
a
1354).
penurbano pode atingir de
2 a 10 km de extensão segundo Jean Pierre Urbaine dans Papprovisionnement des villes in Moyen^Age" L'Approvisionnement des villes de V Europe Moyen Age et aux Temps Modernes, s 1, Flaran 5, 1983, pág. 190.
Le rôle de la „zone Péri
Occidentalle
Sobre í"'~
■•
158. (
lôgica
-
ordenadora do espa^o, simulîaneamente atractiva e repulsiva" veja-se Conde, O Médio Tejo.... Vol. EL pp. 637 641. *
sintcse dc Manuel SíKio .\K'es
-
Cf. idêntica obscrva^ao para o Amclia Aguiar espa^o periurbano de Ponte dc Lima .\ndrade. Um Espa^o ITbano Medieval: Ponte de Lima 1990, 82. pp. 81 -
-
60
De facto. os
campos
diversos
espaco habitado.
e o
culturas. relativamente delernunante
os
ao
ocupacâo
na
tipos de
tlorestas.
agrana do solo
onde
complanta^ão
a
pomares
e
exigentes
em
o
eentro
animais.
os
tennos de
habitado.
gado.
frequente.
cultivo.
manter
uma zona
Num
monta.
Senão
pareelas
a
elementos.
estes
mais
aro
ao
entre os
de natural confluéncia
eartograíar
factor
eomo
mais afastados
Seguem-se
as searas.
Constitui-se, assim.
desioeacôes diarias ãs
nas suas
grande
tendência de
produtos. simultaneamente. necessáríos
Porém. tarefa de
de oliveiras é
pois.
::c".
uma
extensiva de
entre
útiî. A distância das várias
mercado consumidor. constitui-se.
cria$âo
a
cultivadas organizam-se
proximidade
numa
Desse modo. veriliea-se matos e
terras
as
os
vinlias.
prôximo. hortas.
quotidiano eampos
e
mais
periférieos
e
pereurso de homens
no
e
agncuîtar.22"
no
espaeo
em
estudo. toma-se
vejamos:
Considerando as condi^oes fisicas do solo e as possibihdades de transporte iguais em todo o Mana José Lagos Trindade e Jorge Gaspar. A utihza9ão aSrária do solo emtomo de Lisboa na Idade Média e a teoria de Von Thûnen" in Boletim C ultural da Junta Distrital de Lisboa 1 97374. pág. 5.
temtono^
-
"
Yários esmdos de núcleos urbanos medievos parecem atestar de culturas. Relembrem-se as fomecidas a
a
e.xistência desîe*
ams
informa^ôes respeito de: Évora Bernardio \ asconcelos e Sousa A Propriedade das \lbergarias de Évora nos flnais da Idade 39 6x Tones Vedras ,\na Maria S. de Aimeida Medial990, pp. Rodngues. Torres Vedras. A Vila e o Termo nos -
-
-
Finais da Idade Média 1992. 126 Tomar pp. 123 Manuel SiKio ,\lves Conde. Tomar 146: Ponte de I ima Medieval..., pp. 141 Ameha Aguiar Andrade. op. cit. pp. 81- 86: Esgueira Maria João V. Branco da Siha. Esgueira..., pp. 83 120. -
-
-
-
-
-
61
As
espa^o exacto destinado
designa^ôes genéricas identilieadas
parcela se
como
destinada
ao
de cereal.
pomares
como
.
eultivo de eereais. "
herdades de
ao
cultivo
Repetem
E nâo
-se
os
localiza^ão de
"\eja-se
pâo "9.
para
o
mais difíeil
alguns
em
complica^ôes
eom
oportunidade
de
easos
sejam
quando
a
ott.
unieamente
na
questão das
olival
e
aîé para
os
ver.
não terminam por com outro
o
o
quantifíear
aumentam
problemas apenas
cultivo da vinha. para
prende-se
macro e
As
deparamos
embara^os
das referéncias documentais
toma-se
designada por "estis de herdade"230.
adiante teremos
Mas
vez. a
e
mas
herdades". ainda que
como
quantifíeam os estis'31.
terras
courelas de herdade228. permiíem contabilizar
mencoes a
aqui.
tipo
A distribuicâo
espaeial
de dilieuldades. Mais
uma
microtopônimos se revela complicada.
exemplo segumie: duas courelas de herdades onde chamam "o lombo". AKerca. são depois devida e claramente confrontadas pelo que e possivei índividualiza-las simadas
o
em
conectamente
27. fl. 34. '"
(1461).
-
A. N.
T.T., Convento de S. Dinis de Odivelas, Liv.
A segmentacão das parcelas agncolas e o "puzzle" que eventualmente dai se constimiria na paisagem agrária já foi referido em outros estudos Cf Manuel SíKio AKes Conde. O Médio Tejo..., Vol. I. pág. 267; Essa práîica verifícada no Ocidenîe europeu e, na Estremadura portuguesa resultaníe da desagregayâo do casal é igualmente elucidada por Iria Gon^aKes. O Patrimônio..., pág. 181. Entre a nossa documenta^âo sâo precisamente relacionadas com casais e quintãs que nos surgem essas designa^ôes genencas. V.. por exemplo. o caso da quinta em Poverba. Alvêrca onde sao mencionadas no seu todo, e entre outros. vinhas. herdades de pão oliveiras e matos maninhos A. N. T. T., Convento de S. Dinis de Odivelas. Liv. 27. 11. 36. -
-
(1466).
Sobre o estil ou astil medida agrária linear. largamente utilizada nos campos de Santarcm. "esscncialmcnte entrc a Yalada c a Golegã bordejando o Tcjo"- Cf. \íaria Angela V. da Rocha Bcirantc. Santarém Medieval pág. 186 c iiota 57. Idem. Santarém Quinhentista.., pag. 11 e nola 13; Maria de Lurdcs Rosa. Pero Afonso \lealha Os bens e a gestão da nqueza de um proprietário leigo do séc. XI V, 1995. pág. 58 e nota 51: Mario Paulo Martins \ iana Os Vinhedos 24 e nota 13. -
...,
Citem-se dois
pág.
exemplos: quatro estis onde chamam a Malpica os quars partem de cuna com outros quatro. e. dois estis e quarta de herdade. em Valada no Reguengo das Donas A. N. T. T., Convento de Sta (4ara de Santarém. \iaco 9. n°^49^( séc XV) e \la90 9. n° 548. (1338), respectivamente. -
62
No espa^o rural, que estudamos. em
lo
sem
de
de
fun^ao
grande dificuldade
Muge.
Mas
quando
é
enonne.
eomplexidade uma
ponto de referéneia
um
outra
específíca
as
Se parte das
msticos. é possível determinar
juntar
casos
eada
é
ínstitui^ão
sobre
e.xaeta
um
pouco
risco de.
o
eronologia
ritmo da
as
sem
intenvão.
elaramente
Apesar
o
de sujeitos
1
deste espa^o ribeirinho tão
Rclcmbre-sc IJm dos
referida
que íîcou dito -
a
loealizada. forma
campo de
dos
prédios
produtivo. a
os
tra^os
nalA5
TERRA5 PE
CULtivc
A vinha não Antes
eontrárío.
pelo
espa^os"
mesmo
.
Aqui
pareelas as
-
easais
e os
Mas.
vitieultura
no
tâo
ali.
-
tao íntensamente
procurado
em
unidades de
verifícamos
dúvida. que
sem
cspayo de
podem
rejeitar25
paisagem. tambem náo
pela
eomo
aglomerados populacionais255.
eonsoeiada. ei-la que invade todos
ou
que outros cultivos
de vinhedos. mehudas
quintãs
afasta tanîo dos
monocultivo
em
aqueles
e
se
praticada Valada261.
na
raro
.
eneontrarem
-
se.
exploraeao devidamente habitadas
em tomo
das
uma
e
os
de
Alverca25b
mais
marcas
Estremadura26
.\s constantcs
e
Alhandnr^.
signifíeativas
da
'
portuguesa
confronta^oes202
encontra
se
de
prédios
" "
As exigências de mão de obra nos trabalhos que trazem o homem å roda da cepa durante dois tcr^os do ano. conlinam a cultura a árcas assaz povoadas" Orlando Ribeuo. Portugal O Mediterrâneo.... pag. 72. -
Na vila da Castanheira podemos conhecer. com algum pormenor. o implante deste cultivo num espa^o populacional: junto da Igreja come^a um cenado de vinhas que vai ate ao ribeiro (com 12 parcelas) conírontando com estradas e ruas púbhcas : um outto cenado locahza-se a fundo da Cmz com 34 courelas. contíguas. na maior parte das vezes; outras vinhas simam-sc acima da fonte e a \so a fonte"~ou a fundo da fonte num total dc 16 courclas cntre vinhas e mortorios" quc sc acercam de caminhos e ruas claramente identiiicados ( caminho para a fonte rua que vai para o rio j ; um pouco mais aíastado. um terceiro cenado que confronta com a estrada de Alenquer e estrada de Santarém e. até. em châo de forca A. N. T. T., Mosteiro de S.Vicente de Fora, 2a Incorpora^ão, \la90 29. Doc. 48 e Doc. 49. (1473). "
-
Areais. encostas. tenenos pobres. todos eles se prcstam ao cultivo da vinha Yeia-se de um chão em campo e mato maninho. perto de A dos Potes Alverca. que é de muita pedra em que se reeomenda ao foreu-o que deve romper o campo e mato e em vinha de boa planta; a terra que fôr boa para pôr em vinlia e a outra que 0 não pô-lo fôr que seja posta e trazida em ohvais. de modo que a terra boa e má seja aproveitada sempre em vinha e ohval Ibidem, Convento de S. Dinis de Odivelas. Liv. 27. 11.14. -
o caso
-
.
-
(1475). "
'
Cf. a enumera^ão de vinhas pertencentes aos casais do Mosteiro em Castel Picâo. em A dos Potes. na Yerdelha no Soveral. na Poverba entre outros lbidem, Mosteiro de Santos o Novo. Cx.16. \la90 2. n° 6, (1340). -
-
-
"J
Veja-se
Alhãndra
-
.
-
por exemplo. a reieréncia ás vinhas pertencentes ã quinla do .\lamo. Ibidem. Mosteiro de Sta Maria de Chelas, \ia90 52. n° 1024. (1385).
Cf. Iria Gon^alve^. O Patrimonio..., pág. 82
e
nota
em
91.
A procura dos tenenos de \alada para cultivo da vinha pode remontar ao último quartel do séc. XIII. A sua progressão parece poder atestar-se até å primeira metade do séc. Xĩ\': a partir dai e com algumas cautelas. pode come^ar a pensar-se num "abrandamento da cultura nesta área". segundo os dados disponibilizados por \lário Paulo Martins \iana Os Vinhedos..., pp. 44 49. .
-
67
rústieos onde
estc
cultivo
assinalado. permite-nos concluir dessa intensa
c
vizinhanea.
\las. estatuto
antes
eomo
Na
sua
oeorre neste
alguns requisitos:
*1eme-se das
terrenos
-
estayão fria. temperatura
prolongado...tem
um
mar:
dos
passado-0"
não inferior
4
1 8° durante
a
-
a
-
oliveira.
eneontra-la.
podemos
planta cultivada apresenta
a
flora^ão.
limite da altitude. que parece andar
esta
presente de
dos
e
E. apesar de Santarém"0"
uma
\"erão quente.
600
ser um
e
800
m
forma bem localizada
dos locais onde
a
hoje
na
seeo
"'
entre
de maior vulto. tanto
aglomerados populacionais .
como
do rio
dos nevôes. dos Estios húmidos
geadas.
este
terceiro elemento da tnade
ao
zambujeiro"6"1
-
vinlia apresenta
a
requer Invernos modcrados. chuvas abundantes
Ainda assim ela tomo
sempre
marginal
caleários. Porém.
nos
fortes da beira
espaeo
variedade brava
preferencialmente.
e
nem
de cultivo único. Refenmo-nos. é ôbvio.
mediterránica. que também
ventos
disse.
se
como
26!.
em
no
concentracao de
Na
documenta^ão que estudamos são vários os exemplos elucidaîivos de taî facto. Rcgistcmos um caso apcnas : uma vinha na Y'alada confronta eom outras trés â sua volla A. N. T. T., Colegiada de Sta YP da .\ica90va de Santarém. \iayo II. n" -
213,(1473). \'. 2M
):
o
topônimo Azambuja
-
nota 94 do
§ 1.3.
Cf. Orlando Ribciro. Portugal O \1editcrrâneo..., pág. 68. Iria
Goncalves, O Patrimônio..., pp. Crise..., pág. 99.
87
-
88: A. H. de Ohveira
68
Ylarques. Portugal
na
olivcdos é elevada'
as
.
fontes quc
analisamos268
não
nos
dâo
dessa
conta
frequencia. Os
em
easos
assoeia^âo"
que deteetamos indiciam claramente
". vinhas" '.
de eereal"
com terras
o
arvores
eultivo da oiiveira de
fmto2 2.
■~-"i
i
entre matos" \ mas
justifique
a
forma
destemesmo
reduzmdo-se.
alargada
Tejo2
disse.
onde
aquele
total.
a
alguns
-
.
pes de olivas" ''. Nada que
"povoamentos'* que earaeterizam
outros
espacos
\
L.'m último
se
dos
no
ate.
e.
aro
de cultivos.
mas nao menos
produ^ão das fmtas
a
e
legumcs
precioso.
se
faz
é.
como
atrás
metieulosa
com
e
160
Cf o Mapa da Produ^âo e Consumo do Azeite nos Séculos XII e XIII apresenîado por F. P. Langhans. Apontamentos para a Histôria do Azeitc em Portugai". Sep. do Boletim da Junta Nacionai do Azeite. 1949. pág. 57. "
:•:,
Yejam Santarém
*6*
Cf.
lw
se
-
as
indica^ôes fornecidas
por Maria
Ângela
V. da Rocha Beiranîe.
Vledieval..., pp. 170-171.
Mapa respectK'o.
Cí\. adiante.
o
Mapa
8
As
-
Consocia^ôes
do Ohval.
'"'
L'ma herdade de pâo. em \'ale de Melros Alverca com suas ohveúas A. N. 1 Mosteiro de S.Vicente de Fora, 2a Incorpora^ão. \Ia90 28. Doc. 8, (1410). -
-
.
T.,
Na Castanheu-a. no carrunho da emnda. siUiam-se três vinhas com suas árvores e oliveiras e azambuieiros Ibidem, Convento de Sta \laria de Almoster. Ylaco 8. Cx.12, n°8. (1451). -
"De
Castanheira. um chão tem três ohveiras e árvores de fruto e sem fruto Mosteiro de S.Vicente de Fora, 2a Incorpora^ão, LK. 27. fl. 87. 87 v e 88. íbidem, novo na
-
(1500). *"*
'
Recorde-se
a nota
257 supra.
Nlais uma vez na Castanheira, e mencionada uma vinha oom suas arvores de olKeiras ĩbidem, Mosteiro de S.Vicente de Fora, 2a Incorporacão, Doc. 30. (1391). .
-
*
""'
oito
pés \ia90 29. c
Na acep^ão utilizada para a região estudada por \lanuel SíKio Alves Conde, O Médio Tejo...,Yol. I. pp. 292 293 e os inúmeros exemplos apontados nas págs. 285 a 291. -
69
florescente rentabilidade. \'ariadas árvores de fruto na
dos
periferia
modesta. não
se
ao
senhor mais abastado,
esgotam ai
horticultura ttrbano
povoados. eonsagram
e
e
as
fruticultura. está
disîríbuiyão
pareee,
pois. eonfínnar
e
essas
que
a
documenta^âo seja
sobre
o
tipo de
arvores
a
de hortas
nestes
cultivadas. perpetuam
quatro
casos"
a
e
tendências
tâo
avara
euja
variados consôrcios. Também
ou
ligado.
múltiplas hortas que
-
.
desde
o eonsumo
séeulos XI\"
dentro
e
família mais
domestieo. \ías
desenvolvimento da
o
que
a
.
e
XV.
ao
crescimento
naturalmente mais amplo. mercado
e.
°
A
tres
objectivo
potencialidades. dado
suas
ãs necessidades desse outro
consumidor."
prátiea
uma
tem um
e
ao
pomares,
gerais.
longo
da margcm do
rio2".
que brevemente apontamos. Pena
de outros informes. De facto, pouco sabemos
sombra
benefícars
ignoramos
presen^a das
se
se
acolhem
espécies
as
de
espécies mediterrâmcas.
os
legumes.
fruteiras2 com
nestes
aqui
\
excep^ão
de
u
em
se atesta a sua
que
exístência.
'
Vlaria Jose Lagos Trindade e Jorge Gaspar. A utiliza^ão agrária..." in op. cit, pág. 6 e nota 3: Iria Gon^alves. O Patrimônio..., pp. 89 91: A. H. de Ohveira Marques. Portugal na Crise..., pp. 99 -100. Y. igualmente a sintese bibliogralica sobre a oconéncia deste íenômeno na Europa Ocidental e no caso de PortugaL nas varias regiôes já esmdadas apresentada por Manuel Sílvio AKes Conde. O Médio Teio Yol. I. nota 388. pp. 314-315 "
-
.
.
""
.
Ci.
\lapa respectivo,
le couvert des frondaisons diminue 1 'elfect de Févaporation et rentabihse d autant les bienfaits de rirrigation'- Noel Coulet, Aix en Provence. Espace et relatinns d'une Capitale. (Milieu XlVe S. Milieu XV e S. ), Vol. L 1988. pág. 125. Ver também Ina Gon^aKcs, O Patrimônio..., pág. 91: A. H. de OlKcira Portugal na -
\larques.
Crise..., pág. 100.
Ao contrário da privilegiada enumera^ão de fmtas. frescas e secas. e respectivas castas, que íoi possivel recolher na documenta^ão relatKa ao cenôbio alcobacense hia 96: ou. até mesmo, nos tombos das instimi^Ôes Gon^alves, op. cit, pp. 93 eclesiásticas e assistenciais com interesses no médio Teio. conlonne o demonstra Manuel SíKio Alves Conde. O Médio Tejo..., Y'ol. I. pp. 322 328. -
-
-
As indica^ôes que conseguimos apurar. nas nossas fontes. dizem respeito a figueiras e ameixieiras : na Castanheira A. N. T. I \losteiro de S. Vicente de Fora. 2a -
.,
7n
As
difícultam
designayôes genéricas
quantifíca^ão e. também,
a
Para
conhrmar
do
acerca
generalidade
nâo
-
tipo
dos que
certezas: a constante
que Ihes garante
o
sâo
a mesma
se
praticados
eram
presen^a da
pomares. mais
questão.
As
uma
vez.
Nada
bem que. por certo. não
na
época:s:.
indieacoes
umeas
sufícientemente elucidativas.
cultivos"81.
de
c
qualifíeay-ão...
legumes. persiste
os
almuinhas. hortas
a
árvores
Ficam-nos.
podemos
aiaslem da
se
porém. duas
água2*3 e a proxmndade da habita^ão humana284
afa zeîoso dos hortelãos.
Incorpora^ão. \ia90 29. Doc. 48 e Doc. 49. (1473); junto da Azambuja Ibidem, Mosteiro de St3 .Maria de .\k0ba9a \ia90 40. n° 991," (1429); perto da'ponte de Sr' Ana no Gampo de Yalada Iiv.119. fl. 373. (1432); na Balea LK.15. 11. 307. (1492). I ma unica vez temos indica^ão da exisléncia de laranjeiras: nas eonirontacôe* de um pomar novo. pertencenîe ã de Poverba -
-
-
quinta
laianjeuas
que estâo na borda do rio Liv. 27, fl. 11. (1454). *
'
Cpmo
Tejo...,
ahás \ol.
sc
verifica
cm outros
-
( .\lverca). meneionam-se duas Ibidem, Convento de S. Dinis de Odiveias
estudos
I, pag. 321.
-
Manuel SíKio AKcs Conde O \íédio
"
\ "Hortah^as
e
leguminosas
couves. espinafres, nabos, rábanos, alfaces, cenouras benngelas íeijoes, favas. ervilhas. lentilhas. chicharos. cebolas. alhos, salsa tremoco A. H. de Ohveira ...grao de bico Marqucs, Portugal na Crise..., pp. 100 101. ,
-
-
-
Xa aldeia de Subserra ( .\lhandra). as duas hortas locahzam-sc junlo á fontc da aldeia MasU>,ro de St3 Maria de .\ic0ba9a Liv 183. fl. 206. (1410); em v' k \ alverde, no termo de .\lenquer. 0 foreiro deve íazer uma casa de morada. pomar c horta com po^o \la90 44. n° 1128. (1320). -
7'
"
-
Dois
exemplos:
no termo
de
Alenquer, sinia-se, iunto
aos momhos de trás a- Portela Ibidem. Liv. 183. íl. 51 e 51v.(1396): em po^os Subsena. uma casa com uma almumha com herdade que 'vae ante ella"- Ibidem Mosteiro de Sta Maria de Chelas. \la90 15. n° 297. (1365). uma
horta
com
suas
casas
e
-
71
-
Os habitantes deste espaco ribeirinho
variedade de
reeursos
agríeolas que
necessidades vitais. quer
a
dispôem.
assim. de
uma
para lhes satisfazer. quer
eoncorrem
solvéncia das rendas das
parcelas
as
que Ihes cumpre
cullivar.
Em termos gerais. pareee-nos cereais
encontram nos
cultivos.
mesmo
importância.
E.
recursos.
pareee
.
nestas
"salms"" '.
ocupados
ja
forma ideal de
a
vão
frágeis.
dieta alimentar
se o
quadro
aumentando
como nas
não
se
que estes camponeses
ambas. E. que. sua
e
outros
quota parte de
prodtiyão285.
distribinvao espaciaî
esqueca que apenas referímos
centũrias de Trezentos
então denotando
a
relacdes de
agrícola dominada. É evidente
por matas.
suprir
que tcntamos csbocar, da
algo limitado,
base da paisagem eontar
vinha
mais
os
tanto na
e na
poder deduzir.
os
dos
elementos
que. para alem destes. ha que
Quatrocentos.
com
as
mareas
do
significativas alteracôes de espa^os anîeriormente
bosques. pauis. pântanos.
brenlias.
e
"incuîtos"2S~.
"
S e bem que, nesîes séculos tardo medievos. o pagamento em moeda fosse prática habitual, os senhores continuavam a receber produtos : Parte das rendas. sobretudo a das dirciniras. manteve-sc cm gcneros. Todo o tenatenentc prcfcna alimcntar-se do pão. do vmho. da came. da ímla. das hortah^as a ate do peLxe que provmham dos seus domínios"- \. H. de Oliveira Marques. Portugal na Crise..., pág. 93. V. o exemplo do cenôbio alcobacense Iria Gon^alves. O Patrirnônio... pág. 314; e do Mosteiro'de Sf \Iana de Chelas Maria Filomena Andrade, O Mosteiro de Sta Maria de Chelas..., pp. 97-102; ou a excep^ão verificada nos bens mrais de Lorvão em Esgueira. onde as prcsta^ôcs monetárias cstavam quasc totaimentc erradicadas dos campos de cereal. das hortas e das vmhas. bem como das mannhas"- Mana João V. Branco \I. da Silva -
-t
-
-
"
Esgueira..., pág. 163. V. a distin^âo entre siKa. saltus e ager proposta por Jose .\ngel Garcia de C^onazar, "Histona Rural Medieval: Um Esquema de ,\náhse..." m op. cit, pp. 80-81: retomada para o esUido do Médio Teio, e que aqui também adopíamos Cí. Manuel Silvio ,\lves Condc, O Médio Tejo..., Vol. I. pp. 350 351. -
-
Desenvolveremos adiante
aproveitamentos desies
alguns aspectos relacionados
espa^os. de acordo
com os
72
com o ritmo c tipo dados das fontes consultadas.
de
Em
vegetal um
e
suma
.
dispondo
animai. de todos eles faz
poueo. para
de
um
largo
ver como...
73
variado uso o
leque
de
reeursos
de
origcm
homem medieval. Quedemo-nos.
2.2
-
RECURSOS ALIMENTARES DE ORIGEM VEGET.M
2.2.1 -PAO
Simplesmcnte cozido. omnipresente
na
dieta alimentar
também. de cevada'
e
De entre
cultiva
nas
triticum
terras
aveia"
as
medieva288,
e
a
fonna de papas faz-se de
trigo.
e
de bolos.
milho
ou
o
pão.
centeio.
e.
quando aqueles rareiam.
citadas
gramíneas. é, preferencialmente.
de lavoura" ". As
dicoccum
sob
ou
triticum
suas
vanedades ( triticum
spelta) conhecidas.
desde
o
trigo.
vulgare
que
se
hibernum:
tempos recuados.
De entre os muitos estudos focando o papel do pão na alimenta^âo medieval. mencionem-se: Fernand Braudel. Civilizacão Material e Capitalismo. Seculos XV XVĨII, Tomo L pp. 84 117; Massimo MontanarL L1 alimentazione contadina nclPalto Medioevo, pp. 211 218: Louis StoufF. Ravitaillement.., pp. 27- 8^ \na \Iana N'ada Patronc. II cibo dcl ricco..., 122; A. H. dc Ohveira Marques \ pp. 55 Sociedade Medieval..., pp. 15 16; Salvador Dias Arnaut A Arte de Comer em Portugal na Idade Media Introdu^âo a O Livro de Cozinha" da infanta D. Maria -
-
-
-
-
"
de Portugal. pp. 12 18: Ina Gon^alves. Wcerca da Alimenta^ão..." in op. cit. pp. 211 212: Maria Heiena da Cmz Coelho. in op Apontamentos sobre a Comida cit. pp.12- 16: V. também a nota 235 do 2.1. -
"
-
"
§
"
Embora largamente consumida pelas popula^ôes. o principal objectivo na cultura da cevada residia. porem. em obter fonagem para ao gado. especialmente muar e cavalar" A. II. de Oliveira Marques. "Cevatfa" in Dicionário de Histôria de Portugal, dir. Joel Senao, Vol. II. pág. 46. -
Podc ser semcada no Outono ou na Primavcra, c nao nccessita de lavras profundas; dcstina-sc, sobretudo. â fonagcm dos bovinos e cquídeos. Com um fraco indicc de aproveitamenlo para a ahmentayao humana, o pao de aveia. de baixa quahdadc. pesado. e. dc sabor não muito agiadável, c, alem do mais, de difíoil oonseivayão Ana \laria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pp. 63 64. -
-
Com possiveis variantes segundo as épocas e as regiôes. Por exemplo, na cenmna de Duzentos, o trigo nao detinha a primazia relativamente aos cereais cultKados no espaco minhoto Iria Gon^aKes." Sobre o Pão Medieval \linhoto. O testemunho das de 1258". Arqueologia \ledieval, \'ol. 6. no preîo. Inquiri^ôes -
74
acrescenta-se
no
Portugal medieval.
mediierrânieas. trazida
alargar
o seu
pelos
árabes
-
durum292-
o irnicum
já amplo leque de utiliza^ão.
característica
outra.
uma
em sementeiras
que contribui para
o
inverno2°\
de
Estas vanedades não são devidamente identiiieadas
estudamos"'\ dado que das
hcrdades
e
a
e
gramíneas cultivadas.
mas. e
"2Os trigos de invemo Marques, Introdu^ão
"
-
å
"
genérica men^ão
de
courelas
margem
quantitativos das rcndas respectivas
desta
nos
nalguns
dizendo
galego", "îemporão" historia da
As scmcnteiras dc Invemo quc
tngo"
e
nas
que mais
ribeirinha.
pennitem individualizar
casos.
Patrimonio..., pag. 72. 93
regiocs
e.
em
pnmavera29"4.
sementeiras de
contratos
das
respeito
"mourisco*"
-
ocorre nos
Apcnas
outros
"
ao
fontes que
pam
os
tipos
meado"296.
Cf. A. II. de Ohveira
agricultura.., pág. 81; hia Gonyaives.
efcetuam
de
O
"
Sctembro c Janeiro. mas talvez Fevereiro" Iria Gon^alves. O Patrimônio..., pau. 72 : e Maria Helena da Cruz Coelho. O Baixo Mondego..., pp. 132- 133.
podendo sê-lo ainda 9-1
em
sc
entrc
-
"
O tngo tremcs" pode ser semeado pelo menos até ao fim de Maio" ( o que lhe coníere as oaractensticas de cereal de pnmavera). no entanto as condi^ôes chmatioas do nosso pais pareccm ser pouco propicias ao seu desenvoKimento. "
Y.
a
índica^ão tomecida por Iria Gon^aKes sobre a saida. do Mosteiro aloobacense. de alqueires de trigo tremés para semear na Ota" a 24 de Vlaio de 1439 O
"tnnta
-
Patrimônio.... pp. 72 -73 e nota 37; esta variedade de trigo encontra-se isualmente bastante difundida no "campo do Bolão*"- \laria Helena da Cmz Coelho.^O Baixo
Mondego..., pág. E de
crer
132. entanto. que o panorama
tra^ado. para estes cultivos. nos campos d \lanuel Síhio possa aphcar â margem direita que estudamos Alves Conde. O \íédio Tejo..., \'ol. I. pág. 275. .
no
médio-taganos.
se
-
96
Concspondendo a partes iguais de trigo c ccreal de segunda. Quanto a csta última designayão c assun que as fonlcs medicvas mencionam lodo o ccrcal quc não fosse "- A. H. de Ohveira tngo Marques. Inlroduvão ã Historia da Agricultura..., pag. 85. tv
Veja
sc o exempîo seguinte: de um casal, no tenno de AKerca. devem pagar três moios de pão meado. 12 de trigo e 1/2 de segunda'- A. N. T. T., Mostciro de Sta Maria de .\lc0ba9a \Ia90 50, n° 1361. (Ĩ335); embora também seja possivel identiiicar uma outra torma de rcparti^ão : de uma herdade em Pinhel. íreguesia de Alhandra. devem pagar vinte e cinco alqueires de pão meado sendo quinze de trigo e dez de cevada- Ibidem, \losteiro de Sta\laria de Chelas. \ia90 64. n° 1270. (1459). -
75
Desses cereais "de segunda". vertente.
para
cevada.
a
lugar"
tereeiro
Mas esta
.
grande maioria dos clarifícadores"'
depois
e
o
milho. remetendo-se
observa^âo fazémo-la.
contratos apenas
eila
"
com
alguma
pam meado ".
centeio29"
o
reserva.
sem
no
outros
pois
caso
para que
a
elementos
.
A eevada. por
de resistência âs
:•->
para
vai.
predomináncia
a
sua vez.
atendendo
a
grandes condieoes
que apresenta
muta^ôes clnnáticas3,J0. perrmte
o
cultivo de
mvemo.
mas.
l.'ma herdade no Alqueidao, termo de Azambuja. deve seis moios de pão meado. 1 2 iiigo e 12 segunda de milho ou cevada- Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de Chelas, \ia90 29. n° 573. (1416); c sobrc a paga reiativa a uma herdade. no regucngo do rei (Campo de \ alada). estipula-se claramente: três quarteuos de pâo. metade tngo c metade segunda. e a segunda não seja centeio Ibidem. ma^o 54. n° 1063. (1403)." .
-
:9::
Estas
variar oonsoante as regiôes estudadas. Yeja-se 0 caso da área BaLxa Idade Média in ordine di importanza tra I grani grossi' a semina invemaîe. la segale. poi il fmmento in posizione complementare e^secondaria ed infinc l'orzo. Tra I greni 'minuti" sembra prevaiere il miglio, scguito dal sorgo. dal panico. dall'avena c dalla spelia"- .\na Xíaria Xada Patrone, II cibo del ricco.~, pág. 73. Yejam se igualmente as diferentcs repartieoes de eereais cultivados nas lenas senhoriais c nas tenas dos oamponeses proven^ais Louls Stoufí, Ravitaillement.., Cartes n°l 2. pp. 42 43 : Ou. para 0 condado de Bigone: "le froment et lavoine etaient en 1313 comme en 1429, les ceréales principales (...) les pavsans bigourdans ajoutaienî souvent la culturc dc trois ccrcales secondaires. lc milleí, lcseiglc cf l'orge"\laurice Bcrthc, Le Comté de Bigorre. L n milieu rural au bas moyen âge. pp. 85 87: dados que podem comparar-sc com as práticas da oerealicultura da Itáha do Nortc. nos secs. LK X. oomo o demonstra Massimo .Vlontanan. L'alimentazione contadina..., pp. 148 -150,
prioridades podem
do Piemonte
"
na
-
.
-
-
-
-
-
-
No que
refere
tambem se encontram algumas varia^ôes.V'eiam-se os herdades mais afastadas de Evora praticava-se uma culmra cereah'fera extensiva. com claro dominio do sendo. no entanto. trigo. possível detecíar também a exisíência de cevada e. presumivelmeníe. de centeio" Bemardo \asconcelos e Sousa A Propriedade das Albergarias..., 83; nos pág. campos do Mondego, a primazia é para o trigo. enquanto para os cereaLs de segunda é manifesta a pnondade de ínteresses em rela^âo ã cevada seguindo-se-lhe o centeio e, por fim, o milho" Maria Helena da Cmz Coclho. O Baixo Mondego..., pp. 131-135: e. nos tenenos do Médio 'lejo. surgc o trigo â cabe^a, seguido a grande distância pelo centeio. a cevada e 0 milho"- \ianuei SiKio .\K-es Conde. O Médlo Tejo..., pág. 274 e giáfico da pág. 273. se
a
seguintes exemplos:
PortugaL
nas
"
-
"
-
"
299
Lm úmco cxemplo de pão ter^ado nos surpe cntrc a documenta^ao em análise. Ao .ontrário dc screm indioadas trcs qualidades dc ccrcais, apenas se menciona que dcvcm ser pagos dez quarteiros de pao de dezasseis alqueires o quarteiro ter^ado, o ter^o do trigo e as duas partes de cevada A. N. 1 1 Mosteiro de Santos o N'ovo. Cx. 16, -
-
.
.,
Ma9o2.n0l. (1351). w
Cf. Ana Maria Nada Patronc. II cibo del ricco..., pag. 68. 76
-
sobretudo.
o
dos
cavalar
do
gados
Tejo "\
tngo
nos
de
primavera" Apesar .
e muar
De facto.
nos
sua
generaliza^ãc
aparece individualizado
dispomos
eereaî, alimento
estc
no
espayo
como
apenas surge
margmal
pareeiro do
ibros de pâo meado "°'\
pobres"u\
mas
nos
dados de que
O eenteio
cereal
"\ não
da
e
panifícável
ser
Quanto
.
se
-
que é
não deixa de
animais
ter
parece
ã
não tem
.
eultivado bastante
permite
o
igualmeníe nossa
problemas
para
um
em
empregue.
documentaeão'09.
desenvolver
Estremadura
na
fabrico de
se
pão
vcrde
mais
medieva3 "°.
extremamente
ou em
terrenos
em
saboroso30
seco. na
uma vez. se
Como
.
rayão dos
mostra avara em
íomeeer dados sobre esta graminea.
A. H. de Oliveira Marques, Introducão á Histôria da \gricultura..., pág. 83: Gon^alves. O Patrimônio..., pp.73 74; Georges Comet. Le Paysan pag.~259.
Ina
-
...,
""'"Cf. Fernand Braudel. op. cit. pag. 89: Yîassimo \Ionianan. Alimentazione nel Medioevo, pag.132 133: Relembre sc. ainda. a nota 288 supra. -
"
e
cultura
-
cevada é o cereal de segunda mais cotado. chegando a valer 2/3 do pre^o do trigo"o estará relacionado a com sua na que utiliza^ao ahmenta^âo do gado \laria Helena da Cmz CoeLho. O Baixo \londego..., pag.135: Ana \iana Seabra de .Vlmeida Rodrigucs. Torres Yedras..., pp. 196; Iria Gon^aKcs. Sobre o Pão Medieval. ..".
a
-
"
303
Ao contrário do que é possível detectar, por exemplo. para SiKio .\Kes Conde. O Médio Tejo.... Vol. I, pp. 277 278.
o
Médio
i
Tejo
-
Manuel
-
_m
Cí. notas 295
Georges
e
296 supra.
Comet. op. cit, pp. 245
-
246.
306
A. Ii. de Oliveira IL pp. 38 39: Ina -
30
\larques. 'Centeio" ín Dicionário de Gon^alves. O Patrimonio.... pág. 75.
Histôria de
Portugal
~
308
309
Ana Maria Nada Patronc. U cibo del ricco...,
Como sahenta \lanuel Sílvio Alves Recorde-se
o
Conde,
singular exemplo apontado
pág.
O Médio
na nota
77
70.
296.
Tejo...,
Y'ol. I. pp. 276.
,
Yol.
Rcferências cultivo do milho.
eseala"1".
se
bem que
Certamente que.
variedade de milho alvo
pain^o
"~\ O
De
em
podemos
esquecer que ele
restantes
os
cultivam.
.
cultivar-se.
e
O
qualquer modo
sobre
pão branco
paisagem
e
que
fino, para
este
os
,
nesíe
no
destina
aqui.
que
do
marginal
respeita
ao
tambem. fazem valer um
outro. escuro
larga
em
também
o
depois
de farinado.
aves e
dos
Tejo.
cabe
eaes315.
ao
trigo
a
cultivo dos solos316. Nâo
proprietários eclesíásticos.
aos
senhores;
e.
ao
sera na sua
.
ocorrer
alimento das
como
espa^o
meado"
respcito
desenvolva
podendo
.
"
se
sequeiro311
cereal de
pão313
segundo,
cereais
se
do
que dizem
as
medieva eie
(panicum miliaceum)
papas314.
primazia
o
ao
na
primeiro. eonstitui parte
pode consumir-se
rendeiros
reduzidas são
sumamente
a sua
e
para quem
liierarquia sociai:
mais
grosseiro.
para
os
o
os
eamponeses/1
Iria
Gon^aKes.
Tejo..., Vol. I. 11
O
pp.
Patrimônio..., pp. 74 75; \íanuel SíKio Alves Conde, O Médio 278 -279; Georges Comet. op. cit, pág. 275. -
Por não suporîar os rigores invemais, cste cercal semcia-se unicamente na primavera Ana \laria Nada Patrone. II cibo deî ricco..., pág. 67; Georaes ComeL op. cit pá« *
w
275. 31i
-
"
Orlando Ribeiro, \lilho" in Dicionário de Histôria de Portugaí.dir. de Joel Senão Vol. IV, pp. 294 300. -
Embora nâo sendo porîador dc grandes vantagens nuíricionais. o pao de milho quente e bem oozido Georges Comet. op. cit, pág. 276; Xâo se esque^a a boroa" detectavel no Entre Douro e Minho Iria GonyaK'es. Sobre o Pão Medieval...". eonsome-se
-
"
"
-
14
-
Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pag. 69.
Ina nas
Gon^aîves. O Patrimônio..., pág. 75. V. as referências Inquui^ôes de 1258 Idem "Sobre o Pão Medievaî...".
cxpressas
a
íal
uíuizayão
-
Para além do facto de o Tejo ser uma excelente via de escoamento da produyão. não oKide. também. que o trigo é o cereal mais compensador em termos de meioado, e o mais proourado pelos habitantes das cidades Ina Gon^aKes. "Sobre o Pão Medieval...'". se
-
Massuno Montanan. L'alimentazione contadina.., pág. 148; Louls Stouff Ravitaillement.., pag. 44: Ana Maria Nada Patrone. 11 cibo del ricco.... pág. 57: 78
A
distinyâo
entre os
respeetivos eomponentes minerais"
-
lerrenos e
do
que variam consoante
consumo:
enqtianto
panifieavao; papas
e.
os
de
_>1
mral"
uma
.
de
ou
primavera (
menos
ricos ).
de inferior
de
confec^ão
especifícacâo
e.
sais
gramineas utilizadas.
.
ainda.
se
maior
englobar
dos
lbr
a
uma
rolão319.
pâo
práticas
com os
aminoácidos.
os
tipos
de eereais utilizados
grãos duros. de inverno ( mais nutritivos).
diferentes tamanhos. pesos.
modo. para
de
ou
vitaminas.
utilizada.
modo. também diferem
naturalmente. de
Das
em
os
.
sâo mais abundantes quanto
integralmente
presen^a de farelo.
igual
pão fabricado prende-sc ainda.
caraetensticas das
as
proprio clima. Aqueles
De
de
glúcidos. prôtidos.
-
percentagem de farinlia
signiíicativa
tipos
se
.
destinam â
se
pennitem a prepara^âo de sopas.
qualidade obtêm
no
de
*2"
pâes diversos
se
que
traduzem
naturalmente. pre^os. Contribuindo. desse
entre o
pão
do mundo urbano
e
do mundo
o
I ...
Para
humilhaøo
o
habitante da eidade.
de retomo ãs
recorrer a
eondiyoes
de
cereais
menos
nobres é
ruralidade322. Conquanto.
Maria Helena da CruzCoelho. Apontamentos sobre Georges Comet. op. cit.. pp. 492 493. "
a
em
um
smal
situayôes
Comida..." in op. cit.. pag. 10:
-
1 K
Cí. Ana Maria Nada Patrone, II cibo del ricco...,
pág.
56.
Ibidem, pág. 57. Louis StouíT, RavitaiIIement.., pp. 48 50; Maria Helena da Cruz Coelho, "Apontamentos sobre a Comida..." in op. cit, pág.10. -
Ana \laria Nada Patrone. tl
op.cit, pág. 62; Georges Comet, op. cit, pág. 231.
Sobrc modclos alimenîares opostos, cntrc rurais c citadinos V. Massimo Moníanari, La Fame e L'Abbondanza. Storia dell'Alimentazione in Europa pp. 87 98 -
-
"
\lassimo
Montanari,
La Fame...,
pág.
70. 79
dramáticas^".
a
panificafão pode fazer-se a pariir das mais
estranhas
inusitadas
e
substâncias'24.
Para
entre o
medo
que
o
a terra
rural. alem das incertezas cki eolheita, do
Ihe da.
e a
avidez dos senhores.
persistente. Desapareeidos
os
preeário equilibrio.
alberga-se
tntimo
no seu
ultimos dos grâos. ele sabe que
um
tempo da
e
fome325...
Mas conhecer
pormenor. on
os
o
pão. cultivado
preparos dos terrenos.
de colheita.
o
quc
se
toma
as
bastante
e
consumido.
técnicas utilizadas.
difîcil, perante
o
implica
saber.
em
formas de semeadura
as
quase mutismo das
nossas
fontes.
Nas situa^oes extremas. vividas peias popula^ôes urbanas. duraníe penodos de cerco proîongados: No Alandroai passavam ja fracamente de mantimentos eomemdo pam de bellotas. e doutras asperas cousas de comer": em Almada. a íalta de agua obngou os moradores a fabricar o pâo. amassando-o com vinho. o que ímphcava consumi-lo en quamîo era quenîe. e como era frio. nom o podiam nenguem comer"para ja não falar dc Lisboa. onde os seus habitantes come^aram de comei pam dc bagayo dazenona e laces m avia. que ssc mamtunha em alfelloa"- Fernão Lopes Cromca Del Rei Dom Joham i..., Parte Primeira pp. 168. 236 e 269. Sobre a alféloa doee constituído por a^úcar em ponto e água de cheiro o que Ihe coníere uma grandc dureza. Cf. Maria Jose Azevedo Santos. O Mais Antio Livto dc Coanha Portugues Receitas e Sabores". Revista Portuguesa de Histôria. Tomo X.YVli. pag. 74. mais ou menos
"
"
"
"
"
-
*
Cf.
que diz respecnvas. o
a
este
proposito ina Gon^alves.
"
Sobre
o
"
Pão Medieval
.
c
notas
■
A fome existe quando íalta o pão. mesmo que abundem outros ahmentos Veia-se o descnto por Femão Lopes sobre o ocorrido no anaial do Condestável. postado alem da ponte do Cartaxo. com grande falta de manîimentos en tamto quc se deu huum cavallo por ^imquo paaes". Estando Nuno Âlvares tendo yimquo comendo, paaes na mesa. que nom avya mays em sua ^aqujtaria, chegarom ^imquo cavalleyros jngreses queixando-sse muvto que morrvam de fame e que quenam bever com ehe".. E oada huu tomou seu pam e o comeo," e beverom duas duas'vezes ( cada huum) e íoromsse: e íycou o Conde sem pam. c nom comeo aquella hora senam carne sem elle com gramde rjso e sabor""- Cronica Del Rei Dom Joham I..., Parte Segunda, pag. 48: Tambem mencionado por Salvador Dias Arnaut. op. cit.. pp.14 -15. -
caso
-
"
80
Os
indicadores.
fomccidos
agncoias. devemos analisá-los sob paga
e o
gernuna
que
de acordo
efectivamente. eultiva.
.
temf '". E. quanlo
na
certas
cada
com
a
reservas.
a sua
conhccc
pclo calejado
das
se
pratica
mrais do reino
efeetuados
.
a
o
quem melhor
se nos
apresenta, não difere substancialmente do e
-
.
elaro.
nos
outros espacos
portugués'29.
No
grande parte
ser
especifíca. julga
minuciosa32
Europa tardo medieval328.
restante
na
agrieultor
realidade do que
a
natureza tao
o
prôprias mãos...
O panorama. que que
presîayôes
do que
rela^âo
dos trabalhos que devem
men^ão
tabelião. desnecessário relembrá-los. de forma mais os
A
sempre traduz
nem
de cultivo. dada
tipo
das
pelos pagamentos
do
ano
"
"estrumagem".
easo
das terras destinadas
agríeola.
monda'".
ao
várias
assumem
"gradagem".
pâo.
esses
trabalhos. que ocupam
designa^ôes:
"
lavra".
para além da sementeira
"alqueive"'.
propriamente
dita330.
"
O senhor
loreiro aqueles produtos em oue tinha maior interesse e curar de saber quais eles seriam'", eomo já foi devidamente sahentado por Ina Gon^alves. O Patrimônio..., pag. 76; e retomado por Yíanucl SiKio AKes Condc, O Médio Tejo..., Vol. I, nota 236. pp. 273 274.
deLxava-lhe
e.xigia
os
ao seu
resíantes,
sem
-
"'Veja-se o caso da quintâ dc Borgcs. no termo da Azambuja onde se menciona genéncamente. que os foreiros devem trabalhar a lena eomo melhor é uso e costume das outras qumtâs do termo da Azambuja A. N. I'. L, Mosteiro de S.Vicente de Fora, la Incorpora^ão. \ia90 11. Doo. 3, (1345). -
"
Georges Dubv. Economia Rural e Vida no Canipo no Ocidente \ledieval, Vol. L pp. 121- 148: Guy Fourquin. "A Cristandade dos campanários e dos campos (por volta de 1300)" in Histôria Econômica e Social do Mundo, Tomo 1, O Mundo em Expansão. Séculos XIV XVI. Vol. I. pp. 188 195; Georges Comet. op. cit. pp. -
333-373.
entre
-
muitos outros.
V. a excelente caracteiiza^ão das prátĩcas do cultivo cerealiiero nas tenas alcobacences Iria Gon^alvcs, O Patrimônio..., pp. 216 229; e, se bem que revelando algumas diliculdades na obten^ão dos respeotivos dados, V. o que deixa dito. para as tenas esgueirenses, Maria João Yiolante Branco M. da SiKa, Esgueira..., pp. 99 102. -
-
-
Veja-se o escalonamento deste tipo de trabalhos Gon^alves, O Patrimônio..., nota 38 da pág. 221. 81
para
as searas
alcobacences
-
Iria
Nos A fôrmula
nossos
generiea
de pao é que
os
mais
esterco que
e
entregtie
ao
pressupôe
uma
e.
V por todos
possíveî
um
-
neles
vez. se nos
este o
um
se
refere
lavrar.
a
preparacâo de
a
recomenda^âo
terras
herdade do
de que
o
arrendado332. seja
fomo de eal. então na
respeito.
semear"3''.
apresenta
fa§a lan^ar
a este
proprietário.
o
que
adubagem333. os
grãos atmgem
posterior debulha335.
mral toma-se,
331
unica
caseiro. para que
uma
quando
liear da lenha de
Quando
eolheita'3'1
utilizaa\i
agrícultores devem "romper.
E. por
cisco
documentos. muito pouco podemos saber
na
devida matura^ão
procede-se
å
eira. Esse espayo tão caractcrístieo da vida
pouco mais evidente,
A N. T.
a
na
doeumenta^ão
que
conheeemos336.
T, Mosteiro de Sta \laria de Alcobaca, Maeo 32 n° 8
(1343). 332 333
Ibidem, Mosteiro de Sí" Maria de Chelas. \ia90 64. n° 1271. (1378). Sobre
estruma^ão dos campos cerealíferos e as diferentes possibihdades de o fazer Georges Duby, Economia Rural..., V'ol. I, pp. 138 139; Mauricc Bcrthe Le Comté de Bigorre..., pág. 91: A. II. dc Olivcua Marques. íntrodu^ão â Histôria da Agricuitura..., pp. 89 90; fria Gon^atves. () Patrimémo..., pp. 224 226: Mana a
-
-
-
-
João V. Branco VI. da SiKa Esgueira..., pp. 99- 100. 33!
Utilizando as "foices para segar'- A. H. dc Ohvcira Marques, Introducâo â Histôria da Agricultura..., pag. 98: A ceifa eiectuava-se em Junhô e Julho". deLxando na terra "colmos muito aproveitaveis c levando com a espiga sô a palha suficiente para a íeimra dos moihos em que o cereal seria transportado "até â eira"- Iria Gon^aKes O Patrimônio..., pág. 228; e Ana Maria Nada Pafrone. II cibo del ricco..., pág 63 Recorde-se a nota 2 1 9 do § 2. 1. "
335
"
A debulha podia scr fciîa com malho. eom trilhoada ou singcl pes" A. H. dc OlKcira \Iarqiics Introducão â Hislôria da 99
os _
-
ou
simplesmcnte
Agricuítura..., -
**
com
dd rr-
98
V. 0 exemplo seguiiite sobre a locahza^ao de eiias na Leziria da Toureiia. tenno de Azambuja: que o dito Joâo Amiques possa fazer a eira para debulhar seu pao e se lograr dela A. N. T. T., Convento de S. Dinis de Odivelas. Liv. 29, íl. 75. (1451); e. a propôsito de uma questão relativa å "guarda?* de todos os pâees e Iegumes que em as -
"
dictas lezirias sam semeados". diz se que essas guardas duravam desde até ao levantamento das eiras Ibidem, Liv. 29. fl. 77. (1468). -
-
82
as
sementeiras
Grande partc dos pagamentos de rendas são fcitos
local33".
ncsse
devido
em
~>~>~i '
tempo'
apresentando-se
.
Sobre
a
o
pratica
do
e.
mais
desenvolvida pelos
nos
alias.
que.
alongadamente
na
o
"a
e
zona
é dado saber. Uma
rendtmento das
eresee o
corrente
vasĸoura
eereai. mais
m.
uma
entanto. que
no
no
Portugal
mediterrânica341.
'\
moreira"
"
sementes
a
tardo-
tambem
é
Dizem que
em este
a
propôsito
â terra. muito
lan^adas
estimativa, para bens situados
apresentada pelos monges aleobacences
chama
ondc
de
e
agricultores ríbeirínhos342.
Porém. sobre nos
terras
quase obsessivo. Cremos.
e
afolhamenlo bienai.
medievo" ".
destas
rentabilizayão
siiéncio dos doeumentos
vez. o
pouco
grão. preferencialmente. limpo de pá
do
seu
na
fértil Vaiada. é-
reguengo onde
se
rreguengo ha terra para tres chamias
O pagamento dos íoros relatKos a nove estis de tena de pão. situados aquem do Porto de \iuja Campo de \ alada. termo dc Santarcm. deve ser fcito ao procurador do Mosteiro. entregue na barca ao porto de Muja ou na eira das herdades segundo recado do procurador- Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de Chelas. Maco 54. n° Ĩ072. (1473)
^Geraimente por Sf Mana de Agosto Histona da
Agncultura...,
tao Situapao que
largamente
A H. de
-
pag, 99.
Oliveira
Marques. introducáo
a
atestada que
nos dispensamos de apresentar os muitos Sahente-se. apenas. um curioso acrescimo as recomendacoes usuais: sobre o respectivo pagamento diz-se que deve ser m^ade dc tngo e a ouíra metade cevada sendo bom pâo hmpo de pá e de vassoura novo enxuto e nao molhado; e que o trigo não tenha cevada nem outra impureza de enoano \ N 1 1., Coiegiada de S. Bartolomeu do Beato de Lisboa \ia90 1. n° 10. (1495).
exemplos
oconem nestes contratos.
-
.
A. H. de OlKeira Marques. Introdu^ão â Histôria da Agricultura..., pp 91 Gonyalves. O Patrimônio..., pp. 217 221: \lana Helena da
95- 1™ Cruz Coeiho. O Baixo Mondego..., pp 202 208; Ana \iana Seabra de Almeida Rodrigues. lorres Vedras. 198: Mana Joâo V. Branco M.da Silva pp. 197 Esgueira pa 100 \lanuel SiKio .\lves Conde. O \lédio Tejo..., Yol. L pp. 269 -270. Ct. B. H. Shcher van Bath. Historia Agraria de Europa Occidental ( 500 18^0) ^ ed.. pp 8^ 86: Georges Dubv Economia RuraL.A'ol. I 13">- \iaurice pp 121 Berthe. Le Comté de Bigorre..., pág. 91. -
-
-
-
..
...
-
-
-
■
Parece-nos
poder deduzi-lo
a
partir da indica^ão
Yale da Pedra termo de Alenquer, em que courcla um ano cm alqueivc outro em
.\lc0ba9a, \Ia90 M3
25. n° 585.
Ibidem. LK.15. fl. 374
v
pão
(1427).
-375
v.
83
relatKa a uma coureia situada no recomenda ao foreiro que aproveitem a A. N. T. T., \losteiro de Sta Maria de
se -
quanto possam llavrar "
acreseentando que
xxb.
.
xxx.
perdesse que
nom
c
pode
xxxb. moios
levara
que
Render
este
como
Mas esta
ssemear
Regeengo mjlhor
e aas uezes
gram parte desta terra contra
he aberta
em
o
e
dos outros
cereais346.
cultivos. Porém.
as
caractensticos.
estis
elemenlos
.
é
per Razom da augua que dtzem
não
a
estende
se
sabe.
se
uma constanîe
também.
designa^ôes de
Rezoadamente
ano
compre"344.
lhe
é
mjlhor".
e
forem abastados mais
sse os anos
monle
possivel fertilidade
Erequente
eada hum
em
cerealíferos desta margem direita. Tanto quanto
trigo-4',
moios
xx.
da vida
divisão das
a
a
baixa
todos
os
espa^os
produtividade
agrícola medieva34".
parcelas348
dedicadas
de terra, herdade, coureia. talho. cerrado
herdade
dos
santarenos,
campos
do
não
a estes
ou. os
fornecem
"
permitam ealcular
nos
que
respectivas
as
áreas das terras de
semeadura3ÍU.
y;
As cheias
podem afectar a rentabihdade da produøo como igualmente se íaz sentir \iondego Maria Helcna da Cmz Coclho."~0 Baivo \londego *
para os campos do pp. 137 -138, 315 346 34"
'
",
A. II. dc Oliveira
Marques, Portugal
Iria
Gon^alves,
Patriménio..., pág. 216.
No
caso
mcdia
a 34 J
-
Sobre
do
geral
O
Crise...,
pp. 96
Mondegc> -
os exemplos são algo diferentes. \lana Heîena da Cmz Coelho. O Baixo
dimmutas dimensôes das
as
na
-
97.
apresentando valores superiores
Mondego...,
tenas de semeadura. em todo o
e-
pp. 139 -1 52.
Ocidentc europeu
n°:s esp?90s agncolas portugueses já esmdados Cf. Manuel SiKio AKes Conde Medio Tejo..., \ ol. L pp. 280 283 e bibliografía aduzida nas notas respectivas. -
'
O
-
349
Cf.
o
quc antcs dissemos
c as
notas 2.30 e 231 do
§
2. 1
.
Cí. os exemplos fomecidos para as searas pertencentes a institui^ôes de assist^nna de Santarem \lana Manuela Tavares dos Santos Silva e Manuel Silvio Aives Conde Kecursos eeonomieos de algumas mstituiyôes de assisténcia de Santarém nos finais da Idade Media m 1383 1385 e a Crise Geral dos Séculos XIV / XV. Jornadas de Histona \ledieval, Lisboa, 20 a 22 de Junho de 1985. Actas, 80 ou das pp 79 herdades tonesâs Ana Maria S. A. Rodngues. "O Patrimonio das Donas de Santos no lermo de lones Vedras durante a Idade Média in As Ordens Militares em Portugal, Actas do I Encontro sobre Ordens \Iilitares. pág. 121. -
-
-
-
"
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-
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C'J.'Jt.iftA
'
preocupayão
protege-las
em
última instáncia.
reeorrer
com
a
valados
ou outras
intervencão de
formas de defcsa
~\ e. ern
guardadores especializados
-
os
vmheiros
s
Sâo vinhas baixas. mais
guamecem este espa^o
cereal "*''.
o
consocia^ão Tejo.
03
mas
de
também.
.
a
°
em
da
"
Gon^alves.
a
menos
associacâo
oliveira
cultivos44". ajudam
as marcas
Iria
agricola
ou
e as
alinhadas
com
outras
árvores de
tra^ar
nesta
em
earreiras
.
que
culturas139. Deeerto
fruto4"41. preferidas
paisagem.
que
se
nesta
abeira do
policultura mediterrâniea.
Lntre
o
campo
e a
cidadc..." in op. cit.,
pág.
83.
i;.i
Xa Ota. na várzea a par do Ribeiro. detennina-se que se fa^a uma vinha vaiadaChancelarias Portuguesas Chancelaria de D. Afonso IV..., Yol. I. Doc. 73. pp. 92 -
-93.
V. as explica^ôes em tomo da protecyâo e defesa das vinhas santarenas Martins \iana Os Yinhedos..., pp. 102 107.
-
\lano Paulo
-
■
I.V-
V.
os
exemplos apresentados
por Mário Paulo \iartms Yiana. Os Yinhedos..., pp.
106- 107.
CL Maria Joâo V. Branoo \í. da Silva,
Esgueira..., pág.I09; Mário
\ iana. Os Yinhedos..., pag. 32: \lanuel SíKio Alves Conde. O Médio
pág. m
300.
Ci. nota 252 do .
§.
2.1
V
\íapa respeotivo.
V.
o
Paulo \Iartins I'ejo..., Yol. L
.
"
Mapa
6
-
As
oonsociayôes
do cereal
e a nota
356 do
§.
2. 1. 1
.
De entre a nossa documenta^ão podemos reunir uma amostragem de 53 reierências a consôrcios desta nauircza: a liga^ão vinha + ccreal c vcrificável dezoito \-czcs; vinha + oliveira surge dezassclc vczcs: vinha + árvores oeorre dczoito vczes. V. \lapa
respectivo. "
Como o demonsîiam outros espa^os já estudados hia Gon^aKes. O Patrimônio..., pp. 86 -87; Vlaiia Helena da Cruz Coelho. O Baixo Mondego..., pág.157; Saúl Antônio Gomes. O Mosteiro de Santa Maria da Vitôria no séc. XV. 1989. pág.193; Maria João V. Rranco \1. da Silva. Esgueira.., pág.109; Mário Paulo Martins Vîana. Os Vinhedos..., pp. 32 41; Manuel Sílvio AK'es'Conde, O Médio Tejo..., Vol. I. pág. 305. -
-
99
2.2.3-AZEITE
Na
alimentayão.
partieular dos mais altos medicina.
o uso
símboios
se
se
religiosos:
do azeite faz parte do
Indubitavelmente. de que
lado de outras
ao
o
seu
especializados
e
criado
eondi^Ôes
para
a
e
eni
de
pratiea^
nas
\
a
para que
forma^ão
e
iluminayao.
fun^ão
sacralizante
eultivo da oliveira
o
de centros
produtores
.
Com efeito. Santarém é.
azeitcira do
valor econômico
sigmiicativo
na
períumaria
quotidiano medieval
acha revestido. tiveram peso
tenha desenvolvido
na
gorduras:
reino44". São famosos
na
Idade Média.
os seus
olivais44t!.
um
que
dos
da
produ^ão
crescem nos
solos dos
pôlos
Cf. Louis Stouff, Ravitaillement..., pp. 101- 103: Massimo Moníanari. L' aiimentazione contadina..., pp. 396 402; Ana \laria Nada Patrone, II cibo del ricco..., pp. 207 210: F. P. Langhans. Apontamentos..." in op. cit, pp. 9-15: A. H. de Ohveira Marques. Portugal na Crise..., pag. 99: Maria José Azevedo Santos. O \lais Antigo LKto.... in op. cit., pág. 74. -
"
-
"
'
Relembre-se
266 do
a nota
§. 2.2.2
.
Os dũ'eitos de portagem do azcitc sâo indieados. desde séculos antenores. nos forais de: Santarcm c Lisboa 1179: Povos 1195; .Alcnquer e Vila Franca dc Xira 1212. coniorme dcmonstra F. P. Langhans. Aponlamentos..." m op. cit, pág. 55. -
-
-
"
Como
tambem Lisboa. Coimbra. Evora e Leiria F. P. Langhans. "Apontamentos..." in op. cit., pag. 22; iria Gon^alves. () Patrimônio..., pág. 88; Maria Helena da Cmz Coelho. O Baixo Mondego.., pág.172. o
eram
-
Como amda na actuahdade se regista na voz popular : Corri Santarém ã volta OlKeiras. Olivais Para ver se me esquecia Cada vez me lembro mais." cit. por Antônio Augusto Antunes Júnior. "Santarcm Breves notas sôbre o concclho dc Santarcm" in Boletim da Junta de Provincia do Ribatejo. 1937-1940. pág. 247. "
-
mn
H A?A
Q
-
AS
CO^'SOClACotS.
DC
5AWTAR£m
OUCûu
LEG6AJDA.
Qpcuro •
3e
CU.Oti.teA,
*- CŨCîíCa.
«£PtA£>JÔA e
e
C£«k
-
Baqucro Moreno. A acyão dos Almocrcvcs no Dcscnvolvimcnto das Comunicaeôcs inter-Regionais Portuguesas nos iins da Idade Média in Papei das Áreas Regionais na Porma^ao Historica de Portugal, Actas do Colôquio. 1975, pp 211- 215. '
1
Apesar da chamada de aten^ão que faz A. H. de Oliveira Marques : "No Foral da Portagem de Lisboa de cerca de 1377. hga-se-lhe pouca unportância como objecto de exporta^ao. Ainda por cima o termo 'azeite" podia englobar variados ôleos nomeadamcnte de perxe
e
de baleia
o
quc diíiculta
10-1
o
conhecimcnto"- Ibidem
páo
2. 2. 4
O do
retemperador
FRLTA E LEGCMES
-
aroma
fígo.
acre
da
ma^ã.
são apenas
o
aîguns
docc refreseante da dos sabores
uva.
o
gosto
apreciados pelo homem
medieval.
Acesstvel å
luxo
\ o
espectro do
quase todo
irngado.
o
espa^o.
passa
a
mesa
dos
seu consumo
com
privilegiados. inicialmente.
no
comportar
as
fruteiras mais
quadro alimenîar
perecibilidade
de
algumas
E.
alguma fertilidade. susceptível
As frutas frescas. que
ganham
alargando46.
vai-se
as
variadas4'
que
de
Baixa Idade Media.
de
ser
abundantemente
ano
diversifieam47*.
.
diferentes formas de a
produto
na
várias estacôes do
vanedades aeonselliam
como
utiliza^ão.
se consumam
A elevada
seeas4
9
ou
,;
Cf. Massimo Montanaii L 'aiimentazione contadina.., pp. 366 Nada Patrone, II cibo deî ricco..., pp. 181.
6
Recorde-se
o
que deLxámos dito
na nota
275 do
-
369: Ana Maria
§.2.1.
Não queremos deLxar de reproduzir parte de uma licen^a. para conduzir a água do rio para um pomar. situado em AK'erca pertencente â quintã de Poverba. Essa água deverá ciroular. pelo fundo da herdade da nogueira, onde esîao os loureiros, de modo que na dita herdade se faya o menor dano. E dali passa se pera o fĩindo do pomar novo. por entre as duas laranjeiras que estão na borda do rio. Outras estão situadas acima. Devem evitar danos ao pomar e íevar a agua onde é necessário. Uinto no verão oomo no invemo- A. N. T. T., Convcnto de S. Dinis de Odivelas, Liv. 27: fl. 11. (1454). -
0
Por exemplo. oerejas, gmjas. ameLxas e amoras mais tipioas do Yerao hia Gon^aKes. "Aceroa da Alimenta^ao.Y" in op. cit, pág. 207: os figos frescos de Junho a Setembro -
-
Manuel SiKio Alves
Conde, O Médio Tejo...,
Vol. I.
pág.
323.
ikOs fmtos empregues são as cidras ( sô a casca). os pêssegos. os limôes. as peras ou os codomos, os marmeîos e a abôbora" sujeitos a proccssos como a "scoagem e as caldas" Maria José Azevedo Santos. "O Mais .\ntigo LKto..." in op. cit, pág. 87. -
105
'
passadas
-
sabores.
mormente
pelo
figos.
ameixas
a
cozedura
recurso
Outras.
e uvas.
possibilitam
fermentayâo
.
variayão dos
a
praticas
outras
e
gastronômicas"
As necessidades alimentares ditam
como
campos
doen^as pelo
\ outros.
da
sua
.
eitadino48
m
portadores
Talvez. por isso.
ehegada
Se
alguns
frutos sâo
quando verdes. podem levar
contráno. são
idades
cidades.
nas
até
ao
tanto
de beneíicios
se
fa^a
o consumo
sentir
â
a
a
da fruta.
julgados
morte483. criancas
e
obriga^ão
eonsumidor486, especialmente
Bem
eausadores de
amadurecidos484.
adultos de todas
dc
o
tanto nos
as
vigiar as eondi^ôes
que vive
no
espaco
.
Cí'. Iria
Gon^alves. O Patrimonio..., pág. Crise...,pp. 99- 100. "Cem frutti potevano anche
94: A. H. de Oliveira
Marques. Portugal
na
cotti al fomo...sia domestico. sia pubbhco. doppo la potevano poi essere destinati alla confezione di aelatine composte speziaîe" Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco\„ essere
cottura del pane. Tutti i fmtti
marmellaie 1 4h-
o
pag!
-
oo.
Curiosas são
referências quc o rci D. Duarte faz a algumas fmîas, que, em sua podem poteneiar probicmas cstomacais "vvanda humida asy como yereijas peseguos ou "muyto inas e agudas" oomo o ivmom" Dom Duarte, Livro dos Conselhos ( Livro da Cartuxa), edi^âo diplomatica preparada por Joâo José \Kes Dias, 1982, pag. 253. as
opmiao,
-
-
i
jv
V. os exemplos documentados por \laria José Azevedo Santos. LKto..." in op. cit, pág. 86 e nota 42.
"
O Mais
Nuno AKares Pereira
Antigo
e os seus homens. em tránsito forom bem para Évora, pemssados de íigos. ca outro mamtiimento nom avia" de\ido ás acmras da guena Lcmâo Lopes. Cronica Del Rei Dom Joham I...., Parte Primeira. 259. "
-
4Sí
pág.
Cf. Ana Yiaria Nada Palrone. II cibo dei ricco...,
pág.
183.
E oonhecido o caso das cerejas. produzidas em Alenquer. que as regateiras vendem e iazem em ehas engano mesturando as ^ereiJas ^edi^as oom as fresoas e esso medes as meudas com as ounas mavs gradas" cit. por João Pedro Feno. Alenquer Medieval M 137-138. pp. JCT
As ímtas "podiam deteriorar-se pela vizinhan^a de do pcLxe ao ser escalado ou salgado nas suas "Defesa do eonsumidor..." in op. cit, pág.113. caso
106
produtos poluentes.
proximidadcs"
-
como era o
Iria Goncalves.
Fmtos
secos
medievos. Não apenas. altemativa que
pela disponibilidade
constituem,
se
Em
suma.
de
pela planta^ão
Por
.
uma
sua
de
paladares
nos
que ofereeem.
eonstante
abstinência488.
mas
pela
alimentos de
aos
a
disposi^âo
I ejo. dos sées. XIV
e
os
laconismo das fontes.
Embora
se
nos
a
fmtos
seeos
garantidaw
e
ameixieiras.
romãzeiras. limoeiros.
pmicipais
pessegueiros.
laranjeiras.
que
.
e
outras
castanheiros.
e
eompletam
o
quadro
medieval4°:.
do homem
XV.
variedade de fmlas freseas
nogueiras. amendoeiras, aveleiras
vez,
Até que ponto
'
larga apetencia
figueiras. pereiras.
nespereiras.
eontribuem. para forneeer fmtieola
enorme
macieiras.
eidreiras. eerejeiras.
o
periodos
nos
uma
animal48\
orisem
mais
conheeem. também.
fruticuîtura.
integra
impede
nesta
de
praticada
visâo
global.
direita do
nesta margem
é
algo
que. mais
uma vez
pormenorizar.
referência expressa å ingestao de algum tipo de fruto seeo. V.. no que proposito do rei Luis LY de Fran^a du. um seu biôgraío: "Pendant le Caréme et l'Avent il s'abstenait de poisson et de íruit le vendredi. Cependant avec la permission de son confcsscur il ne consommait ce jour-lâ qu'une seule espece de Samt Louis a Table: Entre poisson et une espêce de fruit."- Jacques Le GoíL Conunensahté Royale et Ilumilité Alimentaire^ in La Sociabilité â table. Commensalité et convivialitc ã travers les âges. Rouen, 1990. pág. 134. sem
entanto. o
a
a
"
48Q
Ana Maria Nada Patrone, II cibo del ricco...,
Cf.
pág.
189.
variedade de árvores f'rutiferas existente na Proven^a Louis Stouff Ravitaiííement..., pág. 107; e Noél Couîet. Aix en Provence..., pág. 125; V. a tipologia das fmtas. que se cultKavam no Piemonte, apresentada por Ana \iaria Kada Patronc, II cibo del ricco..., pp. 189 205. a
grande
-
-
Completc-sc as men^ôes com a hstagcm aprcscntada, para Portugal. por A. H. dc Marques. Portugal na Crise..., pág. 99: oompare-se. ainda. com a riqueza ímticola do cenobio alcobacense Ina Gon^alves. O Patrimônio..., pp. 93 94; e de outros espa^os agríoolas Maria Helena da Cmz Coelho. O Baixo Mondego..,, pág. 194; .\na Maria S. de .Almeida Rodrigues, Torres Vedras..., pág. 205. Oliveira
-
-
-
'"
Para além do que dissemos na nota 487 supra. V. também Salvador Dias Amaut, A Fmta" in Arte de Comer..., pp. 42 45: Maria Antonieta Soares de Azevedo. 83. Dicionário de Histôria de Portugal. dir. de Joel Senão. \ 'ol. III. pp. 81 "
-
-
107
Se árvores
castas
que
c
que
neste
espaco ribeirinho, já não é tao evidente
plantadas
predominantes.
não
documentadas nos
apenas
9\
deixoti
rasto
de
das
árvores
e
então496?
em
e
qual
sabemos
que
A verdade
apresentadas
que possamos avaliar da extensão
conjunto
no
a
de
casta ou
"hadalhoucil" ? Por
a
fîgueira "milheira" 49?no
uma
pomares meneionam-se
? Talvez
outras
:\s restantes LndicaeÔes são-nos
gencrico para
em
"negral"
universo frutícola de
no
o
a
qualquer
ou
está
ftgueira
a
Eventualmente
"coriga"
a
destaque403
certo
e
devidamente
que
a
espa^o de
toponimia
Valada49*...
de modo demasiado
qualidade dos
Alverca499discriminando,
cultivos. Yssim. .
num
único
caso500,
fontes permitem localizar: na Castanheira uma casa e um bacelo e A. N T. T., Mosteiro de S. Yicente de Fora, la Incorpora^ão, M390 12. Doc. 22. ( 1352); um eenado dc figuciras c amcixieiras Ibidem, 2a Incorpora^ão. \Ia90 29. Doc. 48 c Doc. 49, (1473); uma eourela dc vinha com uma "mouta" de íigueiras no topo Ibidem, \ia90 29. Doc. 40. (1493). Junto da Azambuja. ondc chamam Borjos. uma tena de ametro com figueiras c uma oliveira Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de Aicobaca, \ia90 40. n° 99 L (1429). No campo de Yalada acerca da quintã de Guiomar Docem. mencionam-se duas casas que têm em scu redor, duas figueiras e um eortinhal cm quc cstão ameixiciras novas e três iiguciras Ibidem, Liv. 159. fl. 373. (1432). Numa herdadc. acerca do rcguengo dc Yalada. junto a duas casas situa-se um cortinhal com Uês iigueu-as novas Ibidem, Liv 15 íl 373 v. -374, (1439). As
nossas
íigueiredos
-
-
-
-
-
-
'
Como já várias vezes eonhecmiento dos dados
o
dissémos.
em
estudo. As de plantas
prova concludente do tipo reahdadc das nossas observa^ocs.
Relembre
-
se a nota
278 do
§.
2.1
este
de
tipo
arvores e os
culhvadas
ai
referências. e.
podem
mesmo
desvirtuar
a
.
Assinalc-se ainda a "re\anqueira" detcctada no cspa^o tonesão Aimeida Rodngues. Torres Vedras..., pág. 205.
Iria Goncalves. O Patrimonio..., Torres Vedras..., pag. 205
um total indicam nâo são
hnpede se
pomares que
pág.
-
.Yna \lana S. dc
95: ,\na Maria S. de Almeida
L'ma courela que chamam a figueira milheira A. N. T. T., Estêvão do Stmo. \lilagre de Santarém, \la90 3, n° 137. -
Rodngucs.
Colegiada
de St°
Numa senten^a envolvendo 0 \losteiro de S. Yicente de Fora diz-se que este tem no de AKerca muitas vinhas. herdades de pão e pomares Ibidem, Vlosteiro de S. Yicente de Fora 2a Incorporacão, C.x. 10. \la90 28. n° 11 ( 1386): e da quinta de
lugar
-
108
que aí e.
se enconîram uma
partieular.
mats em
nogueira51'1. loureiros50" e laranjeiras503. na
aldeia de Subserra ".
a
Em Alhandnr"
presenca de
h
água
pareee
'
favoreeer
loealiza^âo
a
dos pomares
Em Povos. apenas para
.
um
'"",
deles
se
°
protee^ão. cercando-o
a sua
preve
da vila da Castanheira.
mas
l
referidas"
\
e
alindando-o
dispoem-se
todas elas confrontando
outras
algo
com
tanto
possivel
quanto
.
Nas
árvores. para além das já
comum
a
-
frescura das
águas
eorrentes511...
Poverba eitam-se. entre as suas perten^as. os pomares- Ibidem, Convento de S. Dinis de Odiveias. Lrv. 27. 11. 5. (1451); na aldeia do Adarse, um casal oom casas. lagar. vinhas herdades e olivais tem. ainda. outras árvores- Ibidem, \losteiro de Sta Maria de \Ic0ba9a Maco 43. n° 1087. (1467). Ai
L
pomar que se inclui entre as perten^as da 477 do presente parágrafo.
0
nota
Que de "
resto da
Y\. adianle.
o nome a
548
as nolas
parcela
propna
e
-
a
quintã
de Poverba
em
herdade da nogueira
-
parte
v.
já
citado
na
nota supra.
549.
13
PossKehnente a variedade doce que era já conente nos meados do séc. XV .Vntonieta Soares de Azevedo. Fmta"... in op. cit. pág. 82.
-
Maria
"
14
A quintã do Alamo. inelui enîrc os seus bens os pomares St8 Víaria de Chelas, \ia90 52. n° 1024. ( 1385).
'-'"
-
A. N. T. T., Mosteiro de
Dols pomares situam-se, um junto ås casas, ouîro acima da aldeia junto Ibidem, Mosteiro de Std Maria de .\Ic0ba9a Liv. 183. fí. 206. (1410). L'm delcs situa-sc. prccisamentc. a so a Fontc no dito lugar Sta Maria de Chelas. \ia90 60, n° 1184, (1375).
"He
-
com 0
rossio
-
Ihidcm, Mosteiro de
mais fresco que quantos 0 Teio ve por que de todas as partes está de fmiîo principalmenîe das de Espinlio as quais estando verdes todo o anno 0 fazem pare^er Lsento das iniurias do tempo. as outras fruitas de veraô se colhem nesta tena de melhor sabor e períei^aô que quantas se conhece em Europa. Nasce isto da bondade das agoas. que anebentando da sena regaô abundantemente estes pomares..." diz a propôsito duma viagem que aí faz. em 1609, Manucl Scverim de Fana Cf. 'Tontes Documentais Relatos de \'iajantes" m Boletim Cultural, \'° 2 1986, pág. 129.
lugar
este
cerquado
de
o
arvores
-
-
A.
X.T.T., Mosteiro da Santíssima Trindade de Lisboa Liv. 2 da Fazenda fl. 4> 49,(1402). Ibidem, LK\ 2 da Fazenda. fl. 50 Lu
Cf.
notas:
382 do
-
2.2.2, 459 do
§.
52
§.
-
v.
2.2.3
e
493 do presente
paragrafo.
O cenado de íigueuas e ameixieiras coníronta com ribeiro; a fundo da Fonte situa-se outra courela de ameLxieiras: e outras árvores localizam-se perto da Fonte, coníorme nos dá a percebcr o tombo dos bens do Mostciro de S. Viccnte de Fora quc tcmos vindo a utilizar Ci os dados da nota 493 referentes ao ano de 1473.
uma
-
ioq
Pelos pomares. Em dois que forem
necessanas e
da
Ignoramos.
não deixe
se
os seus
forma.
as
referêneias
a
eultivos existente
~
-
nozes513.
em
eada
sem
prevalentes
nesse
se
constituem
os
e
disputado
os
ano. as arvores
no
entanto.
eonjunto de
arvores.
que.
pomares perteneentes na
a
área da fruticultura.
espa^o de Valada.
árvores516 demonstrem
evidente consôrcio da vinha
e o
implicam
No jardim
Em Yalverde
em
sâo
parcerias de cultivos
inserem.
euidados51\
plantar.
tradi^ão alcobacense 51\
tão
no
pomares
.
Estas
numero. se
de
dispersam igualmente
se
eréditos por mãos alheias...
Por último.
que
foro
o
como
a
da Ota
e
obriga^ão
nogueiras
bem que
se
a
requere-se
as
mesma
Ota514.
da
Granja
refere-se
casos.
pereeber
possamos
Alenquer51"
de
termos
ou
que
o
em
que
agneultor
quintal520
as
se
urbanos.
e
total
a
da
nao e
de admirar
promiscuidade
de
fruteira518.
árvores.
em
maior
desmulliplique
em
ou menor
trabalhos
e
tempo que lhes é dedicado.
o
Ibidem, Mosteiro de Sta Maria de Alcobaca, \íaco 44 n° 1128
(1320). ~~u
Nos Moinhos de trás
e no 514
"
Ribeiro de
Gon^alves.
Y. também a 194 do§. 1.5.
Relcmbrem
~18
Alenquer
Ibidem, Liv. 52. 11. 408 Ci\ Iria
A:
-a
\\.
-
Sobre 234.
os
-
v.
termo de
Ibidem. -
41 1
se os 0
\la90
Alenquer lbidem, -
Liv. 183. íL 51
-
51
v;
86. (1437).
v.
Patrimonio..., pág. 232.
quintã dos Chavôes
entre outros.
9
O
portela
-
que tem
exemplos já indicados
exemplo citado
trabaLhos relatKos
ao
seu
pomar
na nota
na nota
382 do
pomar Cf. Ina
árvores
com
e
vinha
-
Cf.
nota
493 supra.
§.
2.2.2
.
Gon^aKes, O Patrimônio...,
pn
232
-
Normalmente cingidos ás respectívas habita^ôes. tanto na Europa como em Portugal Noel Coulet, Aix en Provence..., pág. 126: Iria Gon^alves, Entre o campo..." in~op. cit, pág. 90. -
"
no
recupera-o.
o seu
pode recolher.
rural.
habita^ão para
Em
tralar
as
demasiado
dono.
mais
com o
conírapartida.
devidamente"
ja que
~
ao
.
fazê-lo
horta523
Terra bem estmmada
cultivador525,
mimosas
nas
524
~6.
junto
da
crescem as suas arvores.
eneargo
se
eonjuntamente522
loma.
porem.
cuidar da vinha.
que Ilie está associada.
.
água
fazem desabrochar
mesmo no
esse
que ai
-
"
almuinhas, conchousos
humana por perto
locais onde
poderá
.
primicias
para além das que cultiva.
Nem sempre
do oiival. ou, mais comumente. da
parte do
aos
luxo das
acesso ao
camponês.
o
de deslocar-se até
tem
oneroso.
rápido
abundante. minuciosos cuidados por
lcgumes
.
ervas
de cheiro.
cortinhais. desde que exista
e
e
fmtas
habita^ão
interior das grandes cidades.
A preseiĸa do pomar. anexo ã como c
obvio
-
habita^ão mral. não imphca uma desloca^ão de maior Cí. Ana Mana S. dc Almcida Rodrigues. Torres Vedras..., pág. 205.
"Xormalmcnte essas parcclas cram cultivadas com fins lucrativos, intercssando sobremaneira os respectivos proprietários, como no caso dos monges de Alcoba^a Iria Gon^alves. O Patnmônio..., pág. 90. Ou, a Ordem de Cristo como refere Manuel SiKio AKes Conde, O Médio Tejo..., V'ol. I. pág. 313. -
Sobre cssa estreita associayão cntre hortas e \lassimo \lontanari V pomares ahmentazione contadina.., pag. 366: Louis Stouíl, Ravimiiiement..., pag. 103 Ina Gon^aKes. O Patnmonio..., pag. 90: Yíana Helena da Cruz Coelho, O Baixo -
Mondego..., pag.193. -n
Escolher-
"mclhor e mais raro estmme produzido pclas aves e daí ser usual a pombais. no mterior dcsses campos" Mana Helena da Cruz Coelho O
se- ía o
.
e.xistencia de
Baixo
-
Mondego..., pág.191.
-î
N'oeî Coulct. Aix en Provence..., pág. 128; Iria Gon^alves. O Patrimônio..., pp.234 entre cavas e sementeiras de verduras de Verão. 236; mondas. reaas. sachas e transplanta^ôes nos produtos primaveris" Manuel SíKio Alves Conde O \lédio Tejo..., Vol. I, pág. 348. -
"
-
*
V. a actuahza^ão bibliográfica relativa å oconôncia dcste fenômcno na Europa c em Portugal Manuel Silvio .Alves Conde, O Médio Tejo..., Vol. L pág. 313 e nota 388. -
m
As fontes. chafarizes
vi^osa. quando colhidos.
os
regatos.
as
e
ribeiras
podem. assim. chegar
ajudam
po^os
rio llies fieam mais
ou o
dos
mâos
as
manter-Ihes
a
perenidade
a
longe'2
eonsumidores
.
L'nia
vez
melhores
nas
condi^ôes.
Secos"
recolhidos
eira.
na
"
aquando
muitos
com
cereaP2\
o
cultivo'0. Podendo aqueles.
juntamente
favas. ervilhas. tremo^os, chicharos
eomo as
.
é
eomo
outros531,
que
com
quem
evidente. a
partilham
serem
doeumenta^ão
outros. sâo
e
de
terras
as
consumidos frescos. coeva
nem
sempre
disponibiliza. 0
eonsumo
dos
legumes,
despojamento. humildade
e
quotidiana.
Frescos
necessidade.
que. para
mortifica^âo'32. ou
é, para
secos.
alguns. pode a
maioria.
decerto que
uma
todos
ser
smal de
premente. entram
e
na
composi^ão das mais variadas sopas'33.
bia
Gon^alves, O Patrimônio..., pág. 92; Maria Helena da Cmz Coelho O Baixo Mondega. pag.189; Ana Maria S. de Almeida Rodrigues, Torres Yedras..., pág 206; Manuel SiKio .Alves Conde. O Médio Tejo..., Vol. L pp. 315 e 319- 320. A total ausência destes legumcs. na nossa documenta^ão. impcdc-nos dc comparar
dados quc 529
5J0
531
Iria
sc
Gon^alves.
Recorde-se V
conheccm para outros espayos mrais.
a
O
a nota
hstagem
de
Patrimônio..., 357 do
§. 2.2. 1
pag. 92. .
legumes.
para consumo ahmentar. que apresenta Massuno Montanan contadina.., pag. 353; e os assinalados por Louis StouíY Ravitaillement..., pág. 106: assim como a tipologLi de iesumes secos e ffescos eultivados no Piemoníe Ana Mana Nada Patrone. II cibo del rícco..., pp. 126 131 e L ahmentazione
-
-
140
-
1 57.
'
Constituindo-sc parte da simboîogia monástica dcfinida a partir da alta Idadc Mcdia, csclarecc Massimo MoníanarL L'alimentazione contadina.., 163 165.
como '
Ana Maria Nada Patrone. Ii cibo del
pp.
ricco..., pp.131- 132. 112
-
Couves"34. certamente
habitantes do espa^o de
vanos
mral538. Mas.
desenvolvimento de
um
respectivos po^os
localizam
espécies
ano. com
aí
se
desta
espa^o hortícola
"
produzidas"
.
com
S6
dos
o eonsumo
aquieola
nqueza
geral535.
sentido
de saladas. tambem nâo deve
tipos
A
das
em
maior parte do
a
guameeem
horîali^a
e
ser
regulandade. legumes
margem
mesa53". sob
em cm.
a
dos
forma
direita"40 proporeiona
privilegiado541.
certeza
a
cebolas53*
e
esquecido539.
exactidão542, já
uma
alhos
E
se
o mesmo
podemos
ter
algumas
não
o
hortas
e
podemos dizer
quanto
aos
legumes
Cf Massimo \IontanarL L'alimentazione contadina.., pp. 359 -360; "L" importance extréme du choux mérite d'être souhgné: pendant des moLs. il est un élément fondamental de la nourriture; on en mange plusieurs jours par semame,,- Louis Stouff.
Ravitaillement.., pág.106. ':
Relativamente â a documcntacão indKidualiza as couves. as Iria ^6^93^ O Gonyalves. Patrimônio..., pág. 93; ou ^er^as couves. espinafres. nabos. rábanos. alfaces. cenouias. beiingelas. saLsa. feijôes. favas. ervilhas, cebolas. alhos-" eomo oonsidera de fonna mais alargada Maria Helena da Cruz Coelho. O Baixo Yíondego..., pag.189; conespondendo. possivelmente. a couve galega como faz notar Manuel Sílvio Alves Conde. O Vlédio Tejo..., V'ol. I. pág. 321 e nota 438.
hortali^a.
-
-
16
Claramente indispensáveis na cozinha da Europa \ledieva Massimo Víontanan. L' alimentazione contadina.., pp. 356 359: Louis Stouff. Ravitaillement.., pás. 106: N'oel Coulet Aix en Provence..., pág. 126: e também bastante valorizados" como medicamento Ana \laria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pp. 142 -144 e 149. -
-
-
"In tutti
sepure in misura variabile. sono sempre presenti infatti sali minerah øi elementi proîetthi \i si trovano con una certa abbondanza la \itamina X la \itamina B ed anche quella xitamina C cosi carente di sohto neĩle diete medievah"- Åna xVlaria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pág.139.
gh ortaggL
(calcio. feno)
e. tra
Por exemplo, acompanhada de carne, a sopa de cou\res c de nabo. constituia 0 praîo de sustento da refei^ão invemal dos piemonteses. segundo .\na Maria Nada Pairone. U cibo del ricco..., pág.158. i9
Ibidem, pág.158.
10
Relembrem-se 1.2.
Reveja-se
o
as marcas
que
Por 2.1.
exemplo.
diz
se
""
em
da
toponímia referidas
nas notas
Subsena
e
281
a
.Alenquer.
283 do
§.
como se
anteriormente
2.1
-
noîas 75 a 80 do 6.
.
menoiona
nas notas
282
e
283 do 8
Por uma vez. se referem genéricos legumes. a propôsito dos foros de bens simados na aldcia de Subsena A. N. T. T., Mosteiro de Sta Maria de .\lc0ba9a Maco 7, n° -
185.(1448). 113
criados
espa^o úbere das lezírias. Pelo
no
finais do
sec.
Destinadas E,
pelas
frescura do espa^o horticola.
a
ao eonsumo
suas
ultrapassam
alimentar.
os
hortos
Salsa. came e
intuitos
peixe
monásticos54
se
tanto
utiliza
utilize
na
altmentos mais
fannacol6gicas:'46. a
hortelã" M9 ,
eheiro54\
de
aromas.
apetitosos ao oliacto.
muitas
ervas
que estão tradicionalmente
igualmente
abundam
que tambem
profilácticos. Estimulante
embora
se
louro
.
ervas
caractenstica mistura de
numa
os
as
aromáticas.
Itgadas.
para
se
almuinhas.
e
coentro.
eom
doeumentay^ão.
tomam
reeonhecidas virtudes
espalharem pelos eortinhais
se
nos
X\\ cultivam-se chicharos544...
Ainda mais ausentes da
partilham
Lezíria da Toureira.
menos. na
e
na
pode mascar5'0
se
digestivo
de sopas.
considera
se
para eonieecionar
aromatiza^ão
cozinha medieva.
eames.
o
Temperaevidentes
com
rosmaninho'51.
A salvia. por
sua
vez.
preparados farmacolô^icos552.
como em
-44
Requerem-se dez alqueires de chícharos bons aos foreiros desta lezina Convento de S. Dinis de Odivelas. I.iv. 29. fl.78. (1492). CL a tipologja das ervas aromáticas cultivadas Patrone. II cibo del ricco..., pp. 160 166.
Piemonte
no
-
-
Ibidem
Ana Maria Nada
-
546
Ana Mana Nada Patrone. II cibo del ricco.... pag. 159.
54"
Sobre a tradiyão dos cultivos monáshoos Cf. Massimo Montanan, L' alimentazione contadina.., pp. 338 351. -
Maria José Azevedo Santos. "O Mais 549
'
Antigo
.\na Maria Nada Paîronc. II cibo del ricco...,
LKto...
pág.
in op. cit,
pág.75.
161.
"
E que dizer daquela importante pessoa que mascava louro para que D. João IL o abstémio. não Ihe sentlsse o háhîo de \inho? O rei notou o disfarce e perguntou-lhe: 'debaLxo desse louro, a como vale a canada?'..." citado Salvador Dias .\maut. A Arte de 551
"""
por
Comer..., pág. 37.
Cf. Ana \laria Nada Patronc. II cibo del ricco...,
Ibidem, pág.164. 114
pág.163.
E
ntmea e
da malva.
demais relembrar
outras.553
entre
malva
.
de que
~*4
ftmcho"
O
sao os
unieos
propriedades
as
ainda. usufrutuários...
de intenso
.
vestigios que
direita. Mas. decerto que
.
outras.
cômoros. ã beira dos caminhos. ritmo das estacôes
somos.
calmanîes da valeriana. da cidreira.
aroma.
e
restaram na
muitas
ou. nas
e
a
ervas.
almuinhas55
creseem.
.
ao
"'"
pelos
cadeneiado
5>s. nestas verdejantes terras ribeirinhas.
Acresoentem-se as indica^oes de outras plantas utihzadas para fins por Massimo MontanarL L'alimentazione cnntadina..., pp. 353 Ana \laria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pág.162.
apontadas 4
da
desta margem
topommia
variadas
cuidadas
cornqueira
presenca
medioinais -
354,
ĩbidem, pág. 162.
536
Cf.
as notas
100
e
101 do §. 1.3
.
Particuîarmente no período estivaL em que os trabalhos se intensificam nas hortas. aromáticas quc ai crcsccm. acabam por beneficiar da aten^ão do agrícultor.
as
crvas
\
3.10
Yaria^ôes sazonais da paisagem agrária" excelcntcmentc por Manuel Silvio Alves Conde. O Médio Tejo..., Vol. I. pp. 341 349. .
o
"§.
-
-
115
apresentada
3
-
CRIACÂO DE
G,\DO.
CA£A
E PESCA
-
RECURSOS DE
ORIGEM AXIMAL
"'
Pastor
de estrelas
sou
apascentar todos As estrelas são
dos
fogos do
Parece que
como sc
fixos
os astros
na
noite
tivesse
cargo
planetas.
e
símbolo
o
da minlia mente.
amor acesos na treva
sou o
a meu
guarda do jardim verde-escuro do fírmamento
cujas altas ervas estão
bordadas de narcisos..." Ibne Haznr
E disse Deus: nossa
aves
Fayamos
o
homem
a nossa
semelhan^a. e domine sobre
dos céus.
e
sobre
os
ímagem. confonne
-
para
os
eame
homens
o
gado.
e
sobre toda
.
de várias
medievos561.
qualidades nas
e em
faustosas
-
as
terra...
a :
26560
abundáncia.
mesas
nasceu em
pp. 31
e
un
alto
oonsumo
di
came.
sintoma de
Côrdova
Abster-
em
994
40.
Sagrada contendo o Velho e o Novo Testamento. Traduzida João Feneira de Almeida. 1968, pág. 6. por a
e
senhoriais562.
A Bíblia
L'assuefazione
sobre
"
Abú Mohámede Ali ibne Ahmade ibne Sat'de ibne Hazm 1064 Cf. Portugal na Espanha... Yol. IV.
e moneu em
mar. e
a
AS CARNES DE CONSUMO
Comer
prestigio
do
peixes
Génesis. 1
3.1
9
preferibilmente
em
anostita.
português era
una
componente essenzialc del comportamento alimcnîarc dei potentes: assuciazionc psicologica prima ancore che biologica in un ambito sociale. quello aristocratico. la eui etiea comportamentale indKiduava como segno de debolezza Lastensione volontaria dalla came. e la proibizione di mangiame come punizione gia\issima segno di umihazone
e
\limentazione
di emargmazione dalla cultura... pág. 47.
societå
dei
torti/'-
Massimo
\iontanaa
e
Relembre-se a expressão demonstrar os consumos de "
dos Camívoros" que Braudel escolheu para verilicados até 1550. quando. em seu entender. a
líuropa came
116
deia, muito para alem do prcscrito pela regra monástica^3.
sc
tempo que ultrapassam parte de
um.
muito
De
uma
fundamental. Nele
de
até.
pelo pag.170:
percurso de
cidades se
qualidade
vez.
substancialmente566
consumo
dias santifícados.
e
e
conjunto da respectiva
e
vilas
disponibilizam
pode. pelo eontrario. faz.er
citadinos. senhores
ou
quantidade das
no
dieta
a^ougue"08
o
.
de
vida564.
qualquer modo. sejam eies. rurais
Nas
"ra^ão
Quaresma
particular.
eamponeses. mais
diferem
a
periodos
em
as cames.
inteiras
eames
consumidas565.
alimentar56
pois.
ocupa. ou em
ou
.
papel
um
peda^os.
de maior
dimmui"- F. BraudeL Civiliza^ão Materiai..., pp. 150-156. O generalizado de came parece poder atestar-se para vários espa^os europeus. menos ao séc. XVL como tambem referem Louis Stouff. Ravitaillement.., Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pp. 223-224. carne
-
«ô:
De entrc os muitos excmplos possiveis, citc-se a variedade de carnes aprcsentada peios burgueses parisienses, ao rei Luis XII. em 1498 Jean-Piene Leguav. Une maniíestation de sociabihté urbaine: Les banquets municipaux en France aux XIV e et W'e siêcles" in La Sociabilité á Table..., pág.190; \\. igualmente. os exemplos referentes a PortugaL aduzidos por SaKador Dias Arnaut. A Arte de Comer..., va* "
-
°'
21 563
Cí. Ylassimo Ylontanari. Alimentazione
564
In
e
cultura.., pp. 47-92.
prospettKa di valutazione completamente diversa anzi diametralmente si opposta. poneve il mode-Uo di comportamento alimentare elaborato dalla cuitura monastica. che assumeva l'astensione dalla came( e. piũ in generale. le praîiehe di mortiíicazionc alimeníare) eomc punto distintKo e dela •santitâ' "una
Ibidem, 56?
qualificanîe
pag. 47.
Nos sécs. XI\'
e X\\ o consumo de ovinos, pela sociedade urbana, opunha- se ã carne salgada que constituía o símbolo da vida mral Cí. Massimo Montanari, La Fame..., pág. 97: .Andrzej WvczanskL La consommation alimentau-e en Pologne au
de porco
-
"
X\Te siecle" '
"
La
m
AXXALES, E. S. C, 1962. pp. 321- 322.
de la viande est assurément moins bonne å la oampagne quã la ville: de la variéte des chairs offertes aux citadins est inconnue dans les locahtes mrales/'Louis Stouff. La viande. Ravitaillement et oonsommation á Carpentras au XY'e siécle" m ANNALES, E. S. C, 1969. pág. 1442; No século XI\\ porém. os camponeses lariam tarnbém constar da sua dicta ahmcntar alguma came ou pescado, lcgumcs e íruta... Não se danam. por certo. ao lu\o de eomer camc de vaca que já no scculo XI\ escasseava na oidade, ou de cameiro. uma das mais apreciadas. mas alguma de poroo. avcs e ca^a.'Miz, a proposito da alimenta^ão oampesina ooimbrã, Maria Helena da Cmz Coelho, "Apontamentos. ." in op. cit, pág. 11.
quahté
meme,
"
"
.
5í,
Relembre-se
568
V.
o
que
se
disse,
a
propôsito
do
consumo
do
pão.
no
§.
2.2.1.
e nota
321.
estudo pormenorizado do papel do a^ougue em três espa^os medievos. Em La viande..." in op cit, pp. 1431-1448: em ioulouse: arpentras: Louis Stouff. W'olff. Les bouohers de ioulouse du XUe au XVe siêcle"in Recards sur le Phihppe o
(
"
-l
117
prcferencia dos habitantes 5ô°. Tambem aí. animais
\
outras. que este
a
como
se
puhnôes. figado
os
retiram de ovinos.
tipo de produtos:
procura
e
o
mais baixo
encontram
algumas
viseeras
eora^ão. de proveniência bovina.
e
caprinos
se
e
certamente. de
eusto. por
oposi^âo.
ao
suinos.
da
O fácil
carne.
de
ou.
acesso a
juslilieam-lhe
eonsumo5 :1.
Por isso.
várias. visando. de
higiene. a justeza
impendem.
alguma íbnna.
dos prey^os.
meios fraudulentos
sobre
\ são
a
a
o
espa^o do a^ougue. preocupa^oes
defesa dos interesses dos consumidores. A
manuten^ão da qualidade das das
algumas
prioridades
que
carnes sem recurso a
os
dirigentes
urbanos
proeuram defender.
No meio rural.
num
ámbito mais familiar5
o
abate dos animais. para
3. Mesmo
\lidi medieval,1978, pp. 107-124: cibo del ricco..., pp. 241 268.
na
recorra a
que
ajuda
consumo.
dos
seus
desenrola-se
vizmhos. para
reaâo do Piemonte: Ana Maria N'ada Patrone II
-
V>9
-
A
taxa^ão
dos pre^os das variadas
carnes
hicrarquia do gosto. \ o scgumtc exemplo: sont les plus chéres; tres souvent celles de
"
acaba por funcionar como uma íonna de Celles de mouton. d'agneau, de chevreau.
porc soni a égalité avec elles. Se placent ordre dccroissant. celles de bocuf. de vache. dc brcbis. de chcvre. de bouc ct de truie. Ces mdieations apportent un premier témoignage sur la préférence des Proven^aux pour le mouton."- Louis Stouff Ravitaillement.., ensuitc en
pág.135.
"
bem quc desaconselhadas pelos médicos da época Algumas fressuras. por sc tratar um alimcnto grosseiro. mais indigcsto. c pouco nutriente. acabam por ter larga uliliza^ão na eozinha medievaî. partieularmente. na dos camponeses. Preparadas com ervas aromáticas. e ímaginayâo culinana, constituem parte do seu sustento. Cf Ana sc
dc
^
-
Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pp. 277
-
280.
V., por cxcmplo. a vanedade de produtos disponiveis para o oonsumo dos piemonteses- Ibidem, pp. 280-281. Chegam. inclusivamente. âs mesas mais noas. onde sâo sumamente valorizados pelo seu especial paladar. V. a curiosa lista de produtos senidos nos banquetes dos burgueses parisienses: \.. 'piez et oreilles', irvpes". coeur, fraise de veau, rognons et auîres abaís servis írítes ou â \a graisse\- Jean-Piene Leguav. Une mamfestation de sociabilité..." in op. cit, pág. 190.
L'
52
Cf. Louis Stouff, Ravitaillement.., pp. 130 -143; consumidor.." in op. cit, pp. 100-114.
573
Ana Maria Nada Patrone. II cibo de!
ricco..., pp. 239 118
Iría
-
240.
Gon^aK'cs,
'l
Dcfesa do
o acto
da morte do ammal. da
qumhão
eame
conservados
o
que
pelo fumo.
parctmoma ínvemal do
o
camponcs
abasteee todo
a came
seu
de
guarda. depois. o ano.
No
na sua
salgadoiro.
prôpria ou
em
porco'"4. principalmente. aguarda
eonsumo5"5
ou. a
easa. o
peda^os dias de
os
abundância. algo ilusona. dos dias
festivos576...
Nesta cabnto
e o
porco. colhem
por esta ordem.
adquirem
Europa mediterrânica5
na
e com
dieta
a
animais
.
como o
earneiro.
preferência dos consumidores. Não
algumas variasôes geográficas5"8. \las.
alimentar medieva
merece
.
que
os
a
a vaca. o
necessanamente
importância
que
analisemos mais
demoradamente.
Iria
Gon^alves.
O
Patrimônio..., pág. 266.
"
Les marches et les foires de la tin novembre et de décembre...sont ceUes ou les porcs abondent...Alors que d'avril a la fin septembre. on tue surtout des animaux d'un poids mimme.... a partir de la fin de l'ctc. on abat des pores dc 80 â 120 h\Tes ( ^ á 48 kg)" Cf. Louis Sîouff. Ravitaíllement.., l'on a éleve et abattu ã pág.189: le porc salé "
-
Ia maison et que 1
cit, pag.
on
mange
au cours
du
mois
d'hiver"
-
quc Idem. "La viandc
1442.
"
m on I#
"
pede-se-lhe apenas que coma que aumente de corpulência e de came gorda e saborosa. Aican^ado este hm. o bicho e sacnficado. num ritual festivo. c parcamente consumido no decurso do ano"- Orlando Ribeiro. Portugal O Mediterrâneo..., pag.89: "Com grande alegria se comemorava a quadra do N'atal. época da matanca do Maria Helena da Cmz Coelho. porco Apontamentos..." in op. cit, pág. 16. I.ouis Stouff. Ravitaillement.., pág.180: Iria Goncah/es. Acerca da alimentacâo m op. cit, pág. 203 e nota 23, "
-
"
RelatKamente á
preferência pela
"
de cameiro. na Proven^a recorde-se a nota dc animais. destacam-se os ovinos. bem longc dos bovinos. pelo porco e aves Maurice Berthe. Le Comté de Bigorre..., pag. 101; Na Poîonia entte as geníes de qualidade, é a came de bovino. (vaca e vitela íncluidas), a maLs procuiada seguindo-se a de carneiro e aves. Os camponeses preferiam o porco Andrzej Wyczanski La consommation ahmentaire..." in op. cit, pág. 320. A preponderáncia da carne de cameiro. cabrito e cordeiro. é notôria em Castela Vlaria del Carmcn Carlé. "Alimentacion v Abastecimiento" ín Cuadernos de Historia de Espana V'ol. LXI-LXIL 1977, pág. 264 569 supra. Em
Bigorrc.
na
came
cria^ão
e^compleíada -
-
"
-
119
Bovinos. ovinos, capnnos. suínos. equinos manadas
e
rebanlîos mais
ao consumo
O que não do
alimentar:
impede.
consumo"
capacidades
°.
os
que
venham
utilizados
a ser
séculos XIV
fbnte de
e
das fonnas da reconversão resultados do
aumento
o
creseem nas
que
A. H. dc OlKcira 58Û
581
Maria del Carmem Carlé.
em
e
do
Tejo. na sua
Lezírias.
na
Se. por
Cí.
Hugues
Neveux.
Marques. Portugal 5S.1
na
trabalho.
as suas
forcas
e
e
e. mesmo.
as
eria^ão
de
gado.
lado. ela é
um
uma
de outro modo.
os
cabe^as de gado, despoletam cacadores'83.
earaetenstieas
forma extensiva
.
da
eomo
propna
é
o caso
dos afamados cavalos. evoeados
n; na
Crise..., pág.105.
Alimentacion..." in op. cit,
pág.
261.
Cf. a distin^ao entre animais para alimenta^ão e animaLs para \lontanari. Alimentazione e cultura..., pp. 37-41.
5s:
a
período de crise582:
do número de
pastoreio.
\iarques. Portugal "
ao
uns.
inieialmente afaslados
homem,
o
alguns contratempos.
direita
.584
dos touros"
para
agncultores. pastores
margem
geografia fisica. possibilitam
ou a vaca.
dediea^âo
alimenta^ão quando
na
recursos
europeia.
entre
na sua
as
diminuidas581...
das pastagens
diiieuldades de convívio
Nesta
XV,
boi
eomo o
constiniem
medievo579. Destinam-se.
fundamentais.
outros são.
estão inexoravelmente
nos
do espa^o rural
alguns deles.
Inesgotável conhece,
comuns
e muares
o
trabalho
-
Yíassimo
"
Deohn et reprise..." Crise pág.104.
m
op. cit, pp. 76-77: A. H. dc Ohvcira
..,
Mana Helena da Cruz Coellio. O Baixo Mondego..., pp. 235 248; Ana Maria S. dc Almeida Rodrigues, Torres Vedras..., pp. 211- 213; \Í3nuel SíKio Alves Conde O \lédio Tejo..., Vol. L pp. 366 373. -
-
...
nos
toiros da Lezíria
caminhosprôprios Mediterraneo...,
para as pág. 90.
em
manadas sob a guarda do campino a cavalo. com do gado bravo..."- Orlando Ribeiro. Portugal O
dcslocayôes
120
toponímia58\ da copiosa
dá-nos
o
Testemunhas da
eronista
égtias.
ou os
por
desde que
gados bovinos58
tomo
da Ota.
restolhos das
fa^am
pelas pontes
apascentam. passar
ervas e
valas
nas
e
os
"curraes"5^;
e.
alimentar.
o eonsumo
para
Azambuja. aproveitando
deambulam
searas.
danos
dispom'veis
.
Alenquer
exemplo. podem pastar não
pasto. são
no
exemplo588.
conheeido
o
Em
freseas.
de
cria^ão
permanência
sua
e
Gado
outros ammais.
beber
água
nas
abertas. Devendo
que aí estão feitas,
verduras
as
"\
acanl"
"eortes"' da
gados.
os
e
Ota589.
que
aqui
ftm de evitar maiores
a
prejuízos. Neste
destina
a
pascigo
expressa de que
mesmo
espa^o. todos
dos bois de lavoura. pertencentes esse
eventuais espa^os de
o
§.
1.4
e as
Por exemplo, assinalámos V. -
aos
sítio mude eonstantemente.
se
a
presen^a dos
enriquecedora, pela aporta^ão Ci
quarto da Corte grande foreiros.
a
indica^âo
com a
fím de nâo
se
prejudiear
cultivo590.
De facto.
iK
os anos. um
do tão
gados
no
espa^o
precioso estmme591.
agrícola pode
ser
destrui^oes
de
as
notas 122 e 123. os
nota
"cunaes" que 125 do §. 1.4
se
locahzam
Lezíria da Toureira.
na
já
como
.
Lm indicio da prcsenya dos gados podc também encontrar-se no pedido do conde João Afonso de ooutamento cĩas herdades. situadas nas Lezírias de Azambuja. que emboi a tapadas e valadas, såo sujeitas aos estragos que as pessoas lhes fazem com seus gados e bestas A. X. T. T„ Colegiada de S. Saivador de Santarém, Maco 1 n° 6 -
V
(1367).
Reoorde-se a. por demais conheeida referência aos muitos das 1 ,ezínas para a cidade de I ísboa. antes do cerco oastelhano "
gaados -
V.
mortos" trazidos 1 8 do tj. 1. 1
nota
.
A. N. I. CQQ
91
T., \losteiro de Sta Maria de Alcoba^a, \ia90 86, ( 1440) Como já 0 mcncionámos na nota 1 24 do §. 1.4.
Y. o que se diz a propôsito Noel Coulct, Aix en Provence..., pág. 176: De quc aîguns donos de gados. chegam a fazer negôclo. como afirma Maria Helena da Cmz Coelho. O Baixo Mondego..., pág. 235. 121
colheitas
e
arborizados592.
cspa?os
algumas das razôes que
E.
os
ovinos
termo
e
liga^ão
mais
caprinos.
entre
as
aldeia de
a
fainas
liberdade da
promiseuidade. v"curraes",
serra
e
a
mesmo
junto
presentes
Subserra595.
agricolas
e
a
\
gado
nos
as casas
eonhecem
são
de maior porte. cireuîam
vestigios
ilustra.
da
toponimia'04.
partieularmente.
prática da peeuária.
fontes596. quais
animais'9
e
os
gados
que
se
.
patente
na
estreita
a
E,
No
embora
desloeam
a
entre
quase
loealizaeão'98 dos
da aldeia...
Nesses rebanhos. cordeiros
apreciada"
pastores593.
e
defesa dos estábulos. é. por demais notôria.
humanos
entre
ammais
conílitos que micialmente refenmos.
os
uma vez.
desconhecendo. por omissão das a
abusos de
beira do rio, para além do
nesta
de Alhandra.
motivam
os
vida.
uma
"Ana \laria Nada Patrone, II cibo del Patrimônio..., pp. 265 266.
e
eabritos
assaz
.
euja
relativamente
eurta.
ricco..., pp. 234
tenra
carne
-
é deveras
a
239: Iria Gonealves
dos
O
-
0
A. H. dc OlK-eira
Marques, Portugal
na
Crise..., pág.106.
4
Cí. '■'
o
casal dos cordeiros de Araccna mencionado
V. nota 125
do§.
1.4
na
nota 121 do
§. 1.4
.
.
Mcsmo com as omissôcs da verdade se dissermos que rebanhos.
nossa
documenta^ão. julgamos
ovmos
A presen^a de animais. por toda da vida quotidiana:" Eram as
e
oapnnos
oonstanam
nâo andar muito lonae da maiontanamente desses
parte. mesmo nas artérias oitadmas. é uma constante de capoeira nomeadamente as salinhas. que esgaravatavam por toda a parte os desperdicios lan^ados iora; eram os~ porcos. que circulavam em todas as cidadcs...eram. atc algumas cabe^as dc gado. o pcqueno rebanho do ciíadino... quc o Icvava a pastar nos baldios municipais. mas á noite o trazia sempre, de regresso ao cunaL muitas vezes contiguo å sua casa' Ina Gon^alvcs, "Fntrc o campo... \ tn up. eit, pag. 91. a
aves
-
V.
de um casal de .\lc0ba9a, em Subsena .Vlíiandra, que entre vários mclui um rossio de pertences. A. N. T. T., Mosteiro de Sta pascigo e logradouro Maria de .\lc0ba9a \ta90 62. n° 14, (1410). o
caso
-
Q
A came de cabrito e cordeiro que se come na Páscoa e. conentemente. na primavera Louis Souff. Ravitaillement.., pag.122: ídem. La viande...." in op. cit, pag. 1443. -
"
122
progenitores*"";
destes.
produzam lã. peles.
e
espera-se
leiíe para
a
sobrctudo que,
devidamente alimentados.
eonfec^ão de queijo e manteiga601.
Através dos pagamentos dos foros. de terras cultivadas de Alverea
Alhandra. apercebemo-nos que
e
ler. nesses espacos.
reduzidas
não
.
eondi^ôes
permitindo
destes animais resulte de
eriadoresou" sediados
na
.
Sendo.
principal
para
o
seu
o
carneiro602
pastoreio.
e o
cabrito603 podem
As referências sâo muito
que possamos determinar até que ponto
uma
generalizada preferêneia alimentar
porém. aqueles foros requeridos
tennos
nos
a
criacâo
dos
seus
por senhores eelesiásticos.
cidade do reino, não será. assim. tão incomum que. por
esta
Nos
exemplos fomecido pela nossa doeumenîayão, ainda que muiîo reduzidos. soliciîaentrega dos íoros. em cabritos. pela Páscoa A. N. T. T., Mosteiro de Sta Víaria de Cheias. \la90 55. n° 1093. (1368) e \ia90 23, n° 451 c n° 452. (1365). se a
-
t*.*.í
'Cabras e ovclhas são abatidas por volta do terceiro ou quarto Massimo \Ionlanari. Alimentazione e cultura.., pág. 44.
601
Maria del Carmen Carîé.
"
Alimentaeion..." in op. cit,
pág.
ano
de vida
-
Cf.
264.
602
Solieita-se um oameiro. de foro. em vários contratos: A. N. T. T., \losteiro de S Vicente de Fora T Incorpora^ão. LK. 26. fl. 32. (1369); Ibidem, Mosteiro de Sta Ylaria de Chelas, \ia90 55, n° 1093, (1368); Mayo 58. n° 1144. (1365) e \ia90 23, n° 451 e nc 4>2, (1365). Os pagamentos nâo referem a ovelha. Possivelmente 0 consumo da sua carne. maLs velha menos tenra embora consumida regularmente. não fosse tão apreciada como deduz, para 0 caso idêntico. verificado nas tenas castelhanas. Maria del Carmen Carlé. Alimentacion..." in op. cit, pág. 264. "
Em Alverca. do casal dos cordeiros de Aracena. devem entregar um cabrito. de foro anuaL entre outros produtos A. N. T. T., Mosteiro de Santos~o-Novo, Cx. 16. \la90 2, n° 4, (1380); em Alhandra, da quinîã de A de Fremoso, recebem-se dois cabritos lbidem, Mosteiro de Sta Maria de Chelas. Maco 55. n° 1093. (1368) e Aiaco 23 n° V 451 cn° 452, (1365). -
•
M
Sao apcnas cinco rcferências supra.
contabihzadas,
"...Fopinione
eomo se
dcprcendc
das nolas 602
c
603
eomune aveva stabihto la valutazione delh cami con criteri differenti da dei medici: le oarni di piũ alto valore venale, secondo Fopinione popolare ohe apprezava tutto ciô era unto. erano quelle di castrato, ricche di grasso. seguite da quelle dell' animale maschio e poi da quelle della femina". embora do ponto de vista médico se sugerissc francamente o consumo de came dc animais jovcns- Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pp. 259 e 261.
quelh
123
forma. aqueles procurem satisfazer o
padrão alimentar citadino606
em
as suas
que
Outro, dos animais, que e o
porco. Pelos campos de Yalada
peío
menos
atestada.
e
medievo608.
guiado.
e
nos
dôcil:
matan^a
(j~
W
o
com
Porto de
a
o
Muge
a sua
entregar na barea do
sobejamente difundida
esta
margem.
passagem
e.
porto607.
por lodo
e
qualquer
grandes cuidados. Quando bem
por onde calha.
espeeie de
retiigiando-se
em casa,
facilitando, assim.
o
eonsidera-se apto para
a
rcstos
.
sustento.
A
lontes
junto
gerahnente. vagtieia a
de acordo
eirculando. por
encontramos
porco. não necessita de
periodos invemais. Come toda
prôpno
606
mas
o
consumo.
inserem.
obrigatoriedade de
na
Na variedade domestiea.
espa^o
se
de
precisôes
.
.
partir
do
Um bácoro de
Possivelmenle
que deixámos dito
Relembrem-se
os
o
ano
um ano
seu
nas noîas
exemplos
de vida.
.
ammal
o
poreos de dois.
e
marrâs, surgem
peso nâo andana muito
565
e
566 deste
que indicámos
na
longe
nas nossas
dos minimos
parágrafo.
nota 216 do
§.2.1.
608
Massimo Montanari. I/alimentazione contadina.., 244: I ouis Stouff pp. 232 Ravitaillement.., pág. 123: Maria del Carmen Carlé. Alimentacion..." in op. cit, 263 -266; A. II. de Ohveira Marques, Portugal na Crise..., pág. 106; Iria Gon^aKes. O Patrimônio..., pp. 266 -267. -
k"
pp'
Embora fosse essa a altura prcoonizada para o abatc, há rcferências que pcrmitcm avan^ar cssc pcríodo atc quatro anos de vida do animal Cf. Massimo \lontanari. L' alimentazione contadina..., pp. 235 -236. -
"
\\ alguns casos: duas manãs e dois manâos, de "senlios" anos, 4 por dia de Natal N. T. T., Convento de St3 Maria de Almoster, Cx. 8, \la90 3, n° 25. (1379); um bacoro, de um ano, por Sf Maria de Agosto Ibidem, Cx.12, \la90 7, n° 57 602. (1432); um porco. de dois anos. por dia de Natal Tbidem, Convento de Sta Clara de Santarém. LK'. 6. fl.lv. 2v.. (1469); um porco de dois anos, por Sf Maria dc Agosto Ibidem, Mosteiro de StaMaria de Chelas. \ia90 78. n° 1557. (1479). -
-
-
-
-
124
eonsiderados
juslifiea
na
época611.
início
o
suíno adulto.
longitudinal.
gordura
ao
longo
\ reservam-se as
aos
a
sua
preparos. da
apôs
aproveita6
partes que
\
permitindo.
a conserva
pelo
e
por isso mais
apeîecida.
ritual da
patas ås orelhas.
as
fumo. garante
no
importante
quolidiano eampesino...
âmbito familiar
e
as
eames
e
a
praticamente
tudo
utiliza^ôes gastronômicas.
lingui^as616.
e
Separadas
no
a
conserva^ão614.
para além das variadas
chouri^os
é hábito eorta-io
morte.
pretendem consumir frescas 6I3. dando-se
para
que decorrem no
o
se
restante carne.
fabrico de cnchidos vários, que.
jovent
da coîuna vertebral.
Enfint do porco. desde
a
carne
abate.
o
Para sentido
mas
E não
se
esque^a
o
se
estranha.
pois.
o
presunto.
inalterabilidade do sabor. Tarefas
rural. nâo
se
que ocupem
estas
papel
Dato íl sistema di allevamento. che puntava quasi esclusivamente sul pascolo brado riducendo al margine le tecniche stabulari e di ingrassamento forzato, il ritmo di crescita degh animali era normalmente assai lento. e ii loro peso. in rapporto alLeta. assai píû basso di oggi. Per il maiale sembra si potesse andare da un nunimo di 30-40 kg a un massimo di 70-80 inferiori di almeno \xe volte ai pesi odierm."- Massimo Montanari. Alimentazione e cultura..., pag. 44. Para a Proven^a, csse pcso varia entre 32 c 48 kg como se reíere na nota 575 deste paragrafo. ,
"
V.
o
predominio
Santos.
"
O Mais
desta
Antigo
/Vlguma desconfian^a proven^ais. é
habitantes
gordura animal
nas
Livro..." in op. cit.,
relativamente assuu
ao
justiíicada:
"
receitas referidas por Maria José Azevedo
pág.
74.
consumo
da
came
fresoa. por parte dos
cette viande esí considéré comme malsaine.
I'été et il se manifeste une vive métĩance des porcs ladres"- Louis I.a viande..." in op. cit, pág. 1439.
particuliérement Stouft;
"
ã salga ao íumo e å gordura do prôprio animal. permite o desenvohimento técnicas de conserva^ão Cf. Massimo MontanarL L'alimentazione contadina.., pp. 241-244; Louis Stouff. Ravitaillement.., pag.123: Ana Maria Nada Patrone, II cibo del ricco..., pág.236: Les Poionais du XYIe siéclc salaicnt la viande de boeuf pour l'hiver dans des tonneaux, et séchaient eelle du porc avec le lard salé"Andrzej Wvczanski. La consommation alimentaire... in op cit, pag. 321. W também as notas 575 e 576 do presente parágrafo. O
de
recurso
várias
-
"
'
"
1
Massimo Montanari, L'alimentazione contadina.., Carlé. ".Alimenuicion..." in op. cit, pág. 265. A. H. de Oliveira Marques. A Sociedade A ,4rte de Comer..., pág. 20 e nota 2.
pág. 244;
Maria del Carmen
\Iedieval..., pág. 8; Salvador Dias z\maut.
125
Ao
garaiitem
seu
dispor.
normalmente
as
manuten^ão.
e
,
homem medicval tem
bom fomeeunento de
um
Cuidar da
citadino6
o
came: as aves
alimenta^ão
sua
mulheres. A facilidade de
perspeetivas
as
acaba
por
se
e
de
reprodu^âo.
eompensador.
animais que lhe
cria^ão61". é tarefa
erescunento.
de eomereializa-las
revelar
otitros
.
baixos
os
eustos
bom pre^o.
a
em
que
da
sua
mereado
no
de
termos
cabe
eeonomia
doméstica619.
Por outro lado.
animais.
permite variantes
eontribuindo para
o
das
ao
presta^ôes
possibilidades
paîadar
galinhas. frangos.
lado de patos. gansos.
expressas
nos
de
utiliza^ão culinária
dieta alimentar. melhorando
refinamento do
Assim. medieval "\
na
as
do
a
do
destes
camponês620
e
senlior621.
capoes,
e mesmo
que
povoam
a
eapoeira
pombos. fazem parte integrante
eontratos eelebrados entre
uns e
outros
623.
Nao incluimos, dehberadamente. nesîe tipo de cria^ão doméstica os coelhos. Sem dados concretos sobre essa prática no penodo e espa^o que estudamos, optámos por considerar mais significatKa a sua rela^ão com as actividades venatorias. que adiante trataremos. "
Dans certaines villes. il y
poiiasserius 19
ou
a une me
poÍiassericT cit.
:
poullairerie"
por Louis Stouff,
et des revendeurs que l'on
Cf. Ana Maria Nada Patrone, II cibo del ricco..., pp. 285
Ibidcm, pág.
285.
Nas
dos
refei^oes
appellc
Ravitaillement.., pág. 199. -
287.
cmbaLxadores navarros. muitas vezes o frango ocupou o lugar de alimento; foram tambem consumidos com e, menos pombos principal frequêneia tambem o pato. segundo constata Iria Gon^alves, Aceroa da AÍiinenta^ão..." in op. cit., pág. 204. W. igualmente, a larga utiliza^ão da galinha, e, em número mais reduzido, do frangão e do pombo nas receitas estudadas por \taria José Azevedo Santos. O Mais Antigo LKto..." in op. cit, pág. 73. "
"
"Ci. Massimo Ylontanari. L'alimentazione contadina.., pp. 250-253; Louis Stouff. Ravitaillement.., pág. 199; Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pag. 288: 126
E
precisamente
detectar por toda
esta
curiosamente. apenas
margem dtreita.
pombos6"8. numa
A
galo62\
um
largamente refereneiados
Lma
através da
~
.
obrigacão
a
leitiira que, mais
presen^a de
E. enquanto que
por duas unicas
pratiea
outra
sua
de
terra acerca do Porto de
eapôes
os
é
Muge.
o
e
a
patos62".
abrange
que
pombal. cobertos
singular exemplo
e.
estâo. tambem.
vezes. se nomeiam os
uma casa e um
podemos
galinaceos. frangoes624.
ena^ão domestiea
de constmir
uma vez.
as
que
de
os
palha.
fontes
nos
documentam620.
Conhece-se. também.
a
proibi^ão de
matar
pombas. perteneentes
do Mosteiro de Santa Maria das Yirtudes. até
pombal
aplicando-se
a
eoima de
Direelamente visados são
os
trezentos
uma
légua
reais braneos. por eada
passareiros
''
que
annauam no
aues'*. advenindo-os. ainda de que "se per uentura
alguu
em
pomba
ao
redor.
morta.
eampo de l alada
aas
desses cacadores fílhar
Maria del Carmen Carlc, Alimentacion..." m op. cit, pp. 269-271; A. H. de Oliveira Marques. A Sociedade Medieval..., pág. 8; Idenc Portugal na Crise..., pag.108. "
Largamente comprovado Patrimônio..., pág. 294.
em
outros
esíudos. W, por todos, Iria
Gon^aKes.
O
Nao aprcscntamos as devidas abona^ôes. dado quc elas são comuns a todos os estudos vcrsam csta matcria. Apenas podcmos refcrir quc. desde Alvcroa a Yalada. cstcs animais, estão presentes na documentayão que consullámos. quc ,\~[ ~
Na Yalada entre outros. sohoita-se um galo A. N. T. T., do Stmo. Milagre de Santarém, \Ia90 3, n° 109. ( 1481). -
V. "
0
que aníes disscmos
a
propôsito
das
galinhas
c
Colegiada
de St° Estêvão
frangos.
Na Castanheira. requerem-se dois patos. no tempo das eiras Ibidem, Mosteiro de S. Yicente de Fora, la Incorpora^ão, \la90 13, n° 4. (1359); na Balea, deve pagar-se um pato Ibidem, Núcieo Antigo, n° 274, Tombo..., il.l78v. -
-
Ana \lana Nada
Carlc, 29
"
Patronc, II
cibo del ricco...,
.\limentacion...." in op. cit,
pág.
pp. 287
-
288; Maria dcl Carmcn
272.
A. N. T. T., Convento de Sta Clara de Santarém. Lívto 6. fi. lv.- 2v.. 127
(1469).
em sua
leue
rede
alguua poomba
logo aos frades de Mas.
criadas, deve.
no
o
Samta
a
a
ser
lance
a
Em
gado. se
é
partieularmente.
que estâo
ao
aos
virtual de eonsumo
a
capoeira. já
é
menos.
o
ĸ'
morrcr na
com
.
.
a
rede que
assim
aves.
nâo sô.
e
pela
pombal. conhece
o
o
sua
rapida
um
quase
de sabor inconíundível.
importância outra
condiy^oes
que nâo ou
a
ca^adores.
apenas contrariado
que. cada
já da
sua
investir
de
que iiiteressa. neste
tipo
de
apreciáveis633.
dispôe
de meios eeonomicos
três ovelhas. de
Com eles.
cabe^a
criayão. prende-
vertente.
para
de garantir rendimentos
precioso.
relativas
normas
que estudamos.
porco. de duas
por demais
a sua
alguns bicos.
na
subsistência está. pelo
precavida...
Cf. Ilistôria Florestal..., ed. 11
e
ela
a
eamponês '\
um
lhe
Presas fáceis de
came"632.
perspectivas
posse de
algo
de
alimentar. Numa
senhores
Mas para
suíicientes.
tipo
sujeitas.
período
suma. neste
aetividade. abrem-se
a uoar e se
asas. e a mesa. uma carne
uma "reserva
direetamente
este
eonstante.
capacidade reprodutora631. Gra^as permanente bater de
logo
Maria."630
desrespeito
entanto.
mvel de mortandade
que
Ana Maria Nada
Patrone, II
porC. M. L. Baeta Neves, Yol. IL Doc. 155.
pp. 62-63.
cibo dei ricco..., pag. 286.
Ci Louis Stouff Ravitaillement
pág.
116.
Cí". Maria José Lagos Trindade, A Vida Pastoril e o Pastoreio em Portugal nos séculos XII a X\T in Estudos de Histôria Medievaí e Outros.T ed.. 1981. 29. "
pág.
Vlaria Helena da Cmz Coelho, O Baixo Ylondego..., Almeida Rodrigues. Torres Vedras..., pãg. 213. 128
pág.
252; Ana Maria S. dc
3.1.1 OLTROS YLIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL .
Dissemos. antes. que leiteira. Vaeas. ovelhas
produøo
de animais visa.
cria^ão
a
eabras são
especialmente
processo. As caracteristicas do leite bovino,
apresentando
gordura.
tornam-no
recomendado
ser
tanto
do
doentes
aos
seu
mais
integrar
cuhnário. sabe-se que
produtos:
Do
nutritivo
6,5
e
pastores. que
na
ao
um
homem
dos ovinos
a
a
ele têm
bem que
se
o
acesso
maior
medieval.
caprinos.
e
nesse
teor
de
sendo
parece não
chega
ao
das
primor
nas
mesas
directo. não deixam de
acto de beber leite não
documenta^ão medieva.636.
fabricam. sobretudo.
queijo e
o
do
consumo
crian^as. Quanto
alimenta^ão diária.
devidamente elanfieado
se
ao
iirterv emenîes
a
agrado6"^.
na sua
A partn dele
apto
e
Camponeses o
e
igualmente.
Mas.
pelas notíeias
aristocráticas
regiôes mediterrânicas.
e
esteja
do
uso
eelesiástieas63".
dois
importantes
manteiga.
queijo.
eonsumido
em
fresco
e em seco.
salienta-se
o
alto valor.
* .
Acompanhando
Ana Maria N'ada
Patrone, II
o
pão.
como
cibo del
alimento único. ele satisfaz
o
estômago
ricco..., pp. 344-345.
"^Louis Stouff. Ravitaillement.., pág.195;
Ana Maria Nada Patrone. II cibo del 346: Maria dcl Carmen Carlé, Alimcntacion..."in op. cit, pág. 277; Wyczanski, La consommation alimentairc..." in op. cit.. pág.320; A. H. dc l
ncco..., pag.
Andrzcj Ohveira
Marques,
A Sociedade
\ledieval..., pág.13.
Cf. A. H. de Oliveira Marques, A Sociedade Medieval..., pág. 13. Sem detallies de relembrem-se os famosos manjares de leite"- Cf. \iaria José Azevedo Santos, O Mais Antigo LKto..." in op. cit, pp. 81 84.
maior. "
"
"
-
538
O queijo é rico em prôtidos, hpidos, cálcio, fosforo Patrone. II cibo del ricco..., pág. 349. 129
e
vitanunas
-
Ci. Ana Yíaria Nada
dos mais desfavorecidos
nîultiplictdade
a
eonhece diferentes
no
64~~
•
animais
variedades
suas
•
■
nas mesas
requintadas64".
n
técnicas de fabrieo.
e
implanta^oes geográficas64'.
entanto. que a
". vai
enquanto que.
lhes garanîe
alimentar.
Das
Sabemos.
\
que nâo
dos pastos.
qualidade.
e
mundo medievai
eabe
nos
.do
o
lipo
de
aqui especiiiear.
alunenta^ão
dos
■
míluir
no
gosto final do
queijo
.
tanto como a
perícia
das mãos que
fabricam...
o
A
de
utiliza^ão eulinária643.
azeite,
6J'J 640
manteiga. outro derivado lácteo.
e
Deeerto quc.
gorduras animais644.
Maria del Carmen Carlé. Jean-Piene
"
mas,
na
íncreve-se no
Europa do sul.
fora dele.
plano
ela é
das
gorduras
suplantada pelo
ganha preponderância645.
Pelo
Alimentacion..." in op. cit, pág. 278.
Leguay. "Une manilestation
de sociabihte..." in op. cit, pag. 190.
611
V. os exemplos íornecidos por Louis Stouff. Ravitaillement.., pp. 196-1 97; Maria N'ada Patrone, 11 cibo del ricco..., pp.351 -370.
"
CÍ. Ana Maria Nada patrone. II cibo dei ricco...,
A manteiga de vaca ou de porco, por scu do frigir ou para fazer as massas. no oaso dos Ylais Antigo LKto..." in op. cit, pag. 74.
pág.
e
Ana
352.
lado, é muito usada sobretudo como basc pastéis"- Maria José Azevedo Sanlos. O "
Na Proven^a preferem-se o azeite, o toucinho e a came de porco salgada Louis Stouff. Ravitaillement.., pp. 195 e 261; no Piemonte, a manteiga tenf também um consumo disoreto. oonhariamente ao azeite e ao toucinho- Cl". .Yna Maria Nada patrone, II cibo del ricco..., pãg 346. -
Jean-LouLs Randrin, Le goût et la nécessité: sur Lusage des graisses dans lcs cuisines d'Europe occidentale (XIY'e XVIIIe siêcles)" in ANNALES, E. S. C, 1983. pag. 380. "
-
130
segundo
menos.
quanto
as
o
prescn^ôes religiosas Toucinho
predominantes mais
de vista da
ponto
largo
na
e
o
medieina^0
eomo
ambos. são substituídos
banha são.
pois.
as
tempero6'9. pode azeite
pelo
principalmcnte.
tanto
pennitem647.
ser
de
gorduras
alimenta^ão quotidiana medieva648.
emprego
e.
.
O
o
animal
primeiro. embora tenha
consumido
quando assim
origem
alimenlo. L.
eomo
determina
calendário
o
litúrgico6?u.
A
criafão doméstica.
medieva! usufrua.
no
que diz
difiindido651. Permitindo sais minerais
146
"
e
uma
vitaminas. sâo
Le bcune. s'il
etait
interdit
a
respeito fácil
já aludimos. permite
aos ovos.
digestão.
de
que
sua
nqueza
completo6' \
O
a
em
prôtidos.
problema maior
fébncitains. voire aux temperamcnts biheux etait en aux gravcleux"- Jcan-Louis Flandrin Lc
revanche recommande aux asthmatiques et gout et la necessite..." in op. cit., pág. 373. 61
mesa
amplamente
um consumo.
gra^as å
alimento quase
um
aux
que
"
Cf. Massimo MontanarL Ualimentazione contadina..., Le gout et la necessite.... m op. cit, pág. 380.
pág.
de chouxdu larcl M?n^Le mT dîp0lS" áîdesíéves gens simples de la Province. Elle 0U
avec
pavsans. des artisans des hommes dans 1 Luropc du bas Movcn 26
Agc."-
est
394: Jean-Louis
Flandrin,
l'aliment tondamental des
aussi ceile dc la Louis Stouff, Ravitaillemen est
masse
^
».\
Ana Maria Nada Patrone. I! cibo del
akmenta^ao... Livro...,
in
Iria
op. cit, pp. 204 op. cit, pag.74. m
e
ricco..., pág. 283; Iria Gon9alves.
206: Mana
Jo^é
Azevedo Santos."
"
6
"
\cerca da Ma* "=>
'
-
^tioo
Gon^alves, Acerca da alimenta^ão..." in op. cit, pp. 206. '"'Massimo MontanarL L'alimentazione contadina..., pás, 250 Louis Stouff Ravitaillement.., pág. 199: Ana Maria Nada Patrone, II cibo del ricco..., páe ^94: !!, Aa^nÍ' ;.\limentacion..." in op. cit, pág. 276; A. H. dc Oliveira Marqucs,
Socicdadc Mcdieval...,
pag.14.
Ana \-laria Nada Patrone. II cibo del
ricco..., pág. 294. 131
prende-se. que
sejam
nas mesas
certamente. com
usados de
na
peixe.
Se bem que.
".
total interdito
"6.
produtos.
inequívoca
653
algo profusameníe.
e.
como os
ovos
do
periodos de jejum,
nos
ngor maior da Quaresma. possa
o
legumes
constam
nossas
generalizado
seu
tmpliear
pelo
.
um
papel o
consumo
seu
de
secos.
produtos
das
têm
os ovos
sendo. então. evenmalmente substimídos
De todos estes
os
conscrva^ão653. mas isso nâo impede
ostenta^ão senhorial654.
lundamentar
apenas
condicôes de
alimentayão de todas as classes soeiais.
Ao lado do
outros
as
que acabamos. brevemente. de apontar.
referências
consumo.
Duas
documentais65".
escassas
Talvez solucionável fazendo
numa
prova
men^ôes658 pennitem-
a imersão dos ovos em água de cal Massimo Montanari alimentazione contadina.., L; pag. 252; Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco pag. 293. -
654
O "prazer visual" a decora^ão. dos alimentos consumidos nas ementas senhoriais eonseguc-se com vanos ingredientes. entrc clcs, os ovos. como o 4emonstra Lucie Le soleil puhcnsc sur les tablcs andalouscs du \Ioven tíoiens, Age Yiandes et sorbets (XlIIe sieole)" in L' Andalousie du quotidien au sacré. Xle-XIIIe siécles. 1990. pp. 27-36. Considerem-se, da mesma íorma. as reoeitas de maniares de ovos" mencionadas por Maria José Azevedo Santos. O Mais Antigo LKto..." pp, 79-80. .
"
"
"
655
LouLs Stouff
RavitaiIIement..,
pag. 199.
6515
Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pág. 295: Piene Charbonmer. La Seigneurs Auvergnats du XYe au XYIIIe sieole" in AN.WLFS E.S.C., 1975. pág. 469. "
( onsommation des 65
As referências são mais quc muitas, oomo é conhecido de todos quantos tipo de documentayão. Desse mo'do julgamos não ser a sua
este
Identificamos.
investigam
atesta^âo.^
pnoritana
vale do oorti^o. no rossio que vai de Yila Nova contra a Ota. N'cste mesmo espa^o dc ohameca, tambem sc locahzam matos, onde as abehias podem buscar o necessário pblen Cf, nota 136 do §. 1.4 Num contrato relativo â Granja da Ota. prevê-se a possibihdade de aí se criarem colmeias A. N. T T Mosteiro de Sta Maria de Alcobapa, LK'. 52, fl. 408v.- 41 lv.. (1436). na
topommia.
o
-
.
-
A cxplora^ão apicola tambcm Silvio .\lves Conde. O Médio
verifica nos espacos da C'hamcca transta«ana Tejo..., Yol. L pág' 358.
sc
132
-
YlanuH
nos.
por outro lado.
uma
palavra.
idcntificar
o
mel659. Quanto
Apesar destas ausências. um
peso secundario.
alimentar das pouco mais
em
pormenor.
mas a
não devemos
insigniftcante.
popula96es aqui
ahmentares660. não no-Io
ou
aos
a
estes
lacticinios
eair na
suas
predileccôes.
e
no
eonjunto
de conhecer.
até
os
declarada falta deste tipo de dados.
nem
de atnbuir
eerto.
e.
um
quantitativos
fontes consultadas.
nas
permite. .\inda assim. julgamos poder eoncluir que
do
tenta9ão
derivados animais.
sediadas. Gostanamos.
as
gorduras
e
Tejo dispondo.
consomem,
por certo, de todos estes variados
de modo nâo muito diferente do que
as
popula9dcs ribeirinhas
produtos
,
os
confeccionam
ocorre na restante
Europa
e
tardo-
medieval.
O mcl dcvena embora
a
ser
apicultura
pnncipalmente oblido a partir dos iavos das abclhas sclva»cns va conheoendo algum desenvolvimento nesle pcríodo -* Cí
Massimo Montanaa L alimentazione contadina.., pp. 303- 305: Ana Mana Nada 373' C°™ ^o9ante. o seu papel e íundamental dada a randade e elevado pre9o do a^ucar, pelo menos. antes do séc. XV
LlTr^° ddr,CC° PP-37j^efv^^íf^Tf1"" P^' ]97v >X H' vieuieval..., pag. lx prahcas cuhnanas. -
Louis Sociedade nas a sua prescnya c obvia Lucic Bolcns "Lc op. cit, pp. 28 -34; Maria Jose Azevedo Santos. O Mais Anũ-o
soleil puvense... m Livro... m op. cit, pag. 89.
-
dc
0,ivcira
Mar^ue^
A
-
"
~°
"
u
campones...apenas ocasionalmente comendo came ou peLxe. consumiria entre 1 a e 1 a 2 htros ou mais de vuiho.W. podendo acompanha-los, com legumes : iruta aves e lacticinios. se bem que "não de uma forma sistematica". nem constante ao lonpo do ano como rcfere. para os habitantcs dos campos do Ylondego Ylaria Helen* da Cmz Coelho. O Baixo \londego..., pp. 700-701 e notas respectivas
kg
de pao
133
3.2
-
OS PRODLTOS DA
Obtidos.
com
facilidadc.
Estremadura
medieva061.
da economia
camponesa.Vendidos
alguns
reditosJJ\
deste
consumo
peles.
as
sobeja miportância
os
no
nos
produtos da no
caca
e
e.
contribui
permitem
mas
obten9âo
de
malenas-primas
de
não
alguma
para.
na
importante refor9o
um
constituem
por fim.
abundam
matas que
eonstituem
ea9ados.
coevo663:
carnes
bosques
mercado urbano,
dos animais
artesanato
de
tipo
CAQA
a
menos
essencial.
melhoria.
da
o
dieta
a!imentar6M.
Aos senhores.
ludiea
e
cortesâ
ca9a interessa por otitros
de prepara9ão
desportiva. ;
a
guerreira666;
motivos665. Actividade
reflexo de
expressâo viva dos direitos senhoriais668.
as aves e
uma
mentalidade
animais de
caca.
Nos meados do sec. XT\ uma das consequéncias da onse. ioi o avan9o da llorcsta e de toda a tena 'mculta'- A. II. de Oliveira Marques. Portugal na Crise..., pág.102N'ieole Devv-\ areîa para uma geo£n"afia histôrica da floresta portuauesa \s matas m op. cit, pag. 55: Maria Ilelena da Cmz Coelho e Carlos Guilherme Rilev, Sobre a caca medieval in Estudos Medievais. n1' 9. 1988. pp. 255 e 258. .
-
"
"
'
*
Ana Maria Nada Patrone. II cibo del
ricco..., pp. 298, 300
Armando dc Castro. A Evolucão
e
310.
Eeonômica.., Vol. IV, pp 149 c 161 A H dc Oliveira Marques. Portugal na Crise..., pág.109: Maria Helena da Cruz Coelho e Carlos Guilherme Riley. Sobre a ca9a..." in op. cit. pág. 259. ■
"
Massimo MonîanarL L'alimentazione contadina..., pp. 258-275; Maria del Carmen Carlé, "Alimeníacion..."in op. cit, pág. 253. 5
Cf. nota 127
do§.
1.4.
Massimo YíontanarL L'alimentazione contadina..., pp. 256-261: .\rmando de Castro. A Evolu^ão Economica..., Yol. IW pág. 145; ; A. H. de Ohveh-a Yíarques Portuga! na Crise..., pág, 108: Maria Helcna da Cmz Coelho e Carlos (îuilhcmic Rilev, Sobre a ea9a..." in op. cit, pág. 261. "
Cf.
interessante anáhse. sobre as rela^ôes da ca^a e meníahdade senhoríal. apresentada por Massimo MontanarL Ualimentazione contadina..., pp. 261 268; Maria Helena da Cruz Coelho e Carlos Guilhenne Rilev. Sobre a caca..." in op. P cit. pp. 216-262. a
-
"
"
134
que
å
chegam
paladar.
num
satisfazem-lhes
sua mesa.
exibicionismo de
cores e
ca9ados
que
a
por todo
o
noite "\
grande
.
comprazendo
eom
cila. sâo
2. simples
e
a
preferência pelo eoelho
lado6 ". Ca9adores profissionais.
documenla9ão tanto
corredio. são técnicas6
orgulho
vista
e o
sabores66'.
Animais de pequeno porte. sâo
o
responsaveis pela eficazes. que
sua
como os
e a
lebre.
eoelheiros6"1.
eaptura. A rede
e o
la9o
pennitem ea9ar. normalmente
número de roedores. E. eonsumida
a came.
resta
a
pele.
de
que.
,j-~
Louis Stouff. Ravitaillement.., pág.198; Ana Maria Nada Patrone. II cibo del pp. 298-299; Armando dc Castro. A Evolu9ão Econômica.., Vol. IV. pp. 14^ e 151; se bem que. as pun^ôes senhoriais sobre a ca^a são quase nulas nos seeulos XTV e X\\ prova certamente do deoréscimo das espécies. que são reservadas para os scnhorcs c ficam. cm boa partc c sem dúvida no quc â ca9a grossa diz rcspeito mtcrditas aos camponeses". eomo 6 bcm assinalado por Maria Hclcna da Cruz Coelho e Carlos Guilherme Rilev. Sobre a ca^a..." in op. cit. pág. 259. ncco...,
"
-
-
"
u.r>
Sobre
o
valor estético das
aves
que
se
preterencias. de entre as cames de ca^a. pombo. nas reoeitas. a que estes animais tijela e pastéis dos pombinhos". Cf. "
apresentam
nas
mesas
(r-
in
op. cit, pp. 71. 73
Massimo
Montanan.
L'
c
e.
as
"
"
-
Livro..."
senhoiiais,
para o ooelho. perdiz e, em menor numero. o dâo o nome: tijeladas de perdiz". "coelho em Maria José Azevedo Santos. O Mais \ntigo notas 14-16.
alimentazione
Ravitaillement.., pág.198;
contadina..., pau.
274-
Louis
Stouff
.Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pp 311315: Maria del Carmen Carlé. .\limentacion..." in op. cit. páo 2S^ \ H de "
Ohvcira
\larqucs, Portugal
na
Crisc..., pag. 109.
6^1
Q)ue se constituem como uma cbsse profissionaL no reino portu
variados
usufruirem dos espa9os
a
íncultos681. originando
conflitos
'
\
contribuindo, ademais. para
e
crescente
a
extinyão das espécies
cinegéticas68\ Ao ritmo das
porte.
e.
no
aparato685
easo
das elites.
condizente
o recurso a
esta9ôes '. as
eom o seu
annadillias
e
â
se
ea9am
os
animais de
técnicas venalônas utilizadas. estatuto e
caea em
mentalidade. Para
eorrida por
meio
de
grande
medio
revestem-se
os outros
la9os686.
e
são
do
ca9adores.
os
métodos
mais eficienîes.
Mas. de
aves.
a
"
uma
varicdade
enorme
Perdizes, rolas. codomizes, galinliolas, narcejas. cotovias. são
pequena amostra das
6>'l
ca9a mcdieva incide. também. sobre
espécies
mais
frequentes68
.
De todas. é
a
perdiz
uma
que parece
longo dos sees. XIV e XW os 'moradorcV queL\am-se eonstantcmcnte contra as privadas ou reais. que os privam da lenha da madeira e dos pastos para os seus gados. alem de tacilitar a invasâo dos campos pelas 'bestas daninhas'. '- Nicole Para uma Devy-Yareta. geografia histôrica da floresta portusuesa. As matas..." in op cit, pág. 58: Ruy d'Abreu Tones, Ca9a" in op. cit, pág. 4 Í8. os: Cf'. nota583do§. 3.1 Ao
coutadas
"
w*
.
'■,::>.
Cf. 359.
675 supra. W, também, Yianuel SiKio Ahes Conde. O Médio Teio J
nota
'
''
náa F^'
i cervi si cacciavano da maggio m poi, e soprattutto m agosto. qundo sono piũ grassi". dopo labbondante pasoolo pnmaverile. I emghiah. mveoe. si caociavano preferibilmente in aumnno. dopo la caduta delle ghiande." Massimo Montanari. L'alimentazione contadina.., pág. 258; nell'autunno-invemo. la stagione venatoria per eccellenza, la caocia significava anche per i ricchL rifornire la dispensa di carni pregiate. da consumai-si subito o da conservarsi per mezzo della salagione e l'affumicagione, specie la selvaggma di grossa o mcdia taglia quah cervi. camosci. omghiah" Ana Mana Nada Patrone. II cibo del ricco..., pág. 306. \ a cnayão dos oargos de ca9ador -mor e de monteiro-mor. entre outros. liizados ã montaria Ruy d Abreu Tones. "Ca9a: m op. cit, pág. 419; Idem. MonteTros" in Dicionário de Histôria de Portugal. dir. Joel Senão. Y'ol. I\\ pág. 337. Armando de Castro. A Evolu9ão Econoniica..., Vol. IV, pág.159. -
"
-
.
"
-
"
\íolto apprezzah erano moltre gh uccelh acquatici di tutte le specie. che prohiicavano nelle vaste paludi: non solo oche e antre seKatiche. ma anche cigni. gm, cicogne" \lassimo \iontanarL I/alimentazione contadina.., pág. 275: A pega o gaio. -
gralha~a
137
recebcr
a
preferéncia
dos
eurioso sistema da ca9a
estratagemas
como a
ca9adores6
eom
perdiz
ou
.
Sobre
boi689. Usados
perdigão
"
de
o seu
são
apresamenîo. eonheee-se.
igualmente la9os.
rapina devidamente
falcôes.
gavioes.
c
e.
porem.
a
paixâo
são criados expressamente para
ostenta9ão senhorial.
preserva9ão.
treinadas.
ao
fortemcntc
contrário do que
se
e ate
chamado"*69''.
A volataria. outra modalidade da ca9a medieva.
de
bestas.
o
o
passa
da
com recurso a aves
nobreza691. A9ores.
efeito692. Sinônimos com as
de luxo
restantes aves.
e
a sua
vigiada693.
paío sehagem. são também menoionados por Armando de Castro. A Evolu9âo Economica.., Yol. IW nota 44 da pag.147: abctarda. gru. cerceta gar9a macanco.
o
iuselo. sisão c galeîrâo. são outras Sociedade \ledieval..., pág. 8
espécies. aduzidas
por A. H. de
OÍivcira Marques.
A
68S
Louis Stouff. Ravitaillement.., pag.198; Ana Ylaria N'ada Patrone. 11 cibo del ricco..., pág. 301; Alguns exemplos da existéncia de coutadas siKicolas. impedindo a ca9a de perdizes, ãs popula9ôes vizinhas- podem ser encontrados em \lanuel SíKio Alvcs Condc, O Médio Tejo..., Vol. I. pp. 364-365.
689.,
Consistia
ca9ador se cobrir com uma pele de boi, aguardando quc os animais se aproximassem desprevenidos para então os aganar." Também se ca9a a perdiz usando annadilhas c gaiolas, ou reconendo å luz para a eneandear ( ca9a "eom rede e candeio") Armando de Castro. A Evoiu^ão Econômica..,Vol. IV, pag.155. em o
-
6P0
A proposito das penas que rccaicm. sobre quem ca9ar pcrdizes na coutada de Santarém e termos, ilustram-se alguma> das téonicas de Item ca9a a esta ave: mandamos e defendemos que pesoa allguua nom mate nem perdizes perdiguoes com rredes e camdeas nem a chamado com perdizes nem com nem com outras alguuas la9os armadilhas...Item nenhuu nom tenha em ssua casa perdiz nem perdigam de chamado... nem tenha nem traga podengo de mostrar...Item que nenhuu nom ea9e perdizes a cuniquam...Item quc ncnhuu nom node pcrdiz..."- Histôria Florestal..., cd por C \1 L. Baeta Neves, Vol. IH, Doe. 608. pp. 205 -207. "
«J1
Massimo \lontanari, L'alimentazione contadina..., pp. 259-260; Ana Maria Nada Patrone, II cibo del ricco..., pág. 305; Ruy d'Abreu Tones, 'Ca^a11 in op. cit., pág. 418.
602
6''}
Armando de Castro. A
EvoIu9ão Econ6mica..,\'ol. IV,
.Yna Maria Nada Patrone. II cibo del
ricco..., pág. 305. 138
nota 43 da
pág.146.
Incluso
chamada Licoutada
na
deeerto ofereee. exeelentes
existéncia. floresUil
coelhos69
podem
Em .Alliandra. apenas
deeerto que.
mas.
.
eneontrar as
uma
pelos
medievos. Relembremos
euja dos
indicacão avulsa. refere montes. e
seus
lugares,
em
destinados
e
e. ou
a
termos
nos
das mais
aves.
verdelha,
presen9a. de tâo notôna
As notíeias da
ealhandra.
íntensa
o
sobretudo.
casal de
pela
mata
serra.
se
destas duas vilas que
se
.
séculos.
nestes
procuradas pelos passareiros
gaio.
justifica. para
.
um
o
melro.
os
entre
humanos.
o
outros6°x. baptismo
que escolheram habitar...
Sobre
■w
a
cstudamos.
ea9a. perrmtem-nos deduzir da
a
espécies cinegéticas. mais comuns.
topônimos refenndo
espa9o695que
monteiros696, responsáveis pela visilância
Curiosamente. porém. é eoncentram os
o
possibilidades venatérias.
cumprunenlo das mterdieôes relativas
e
pratica.
sua
de Alverca. de
mata
na
variadas.
e
velha*,lSM.
a caea.
é
os
espa9os
possíve!
coutados.
reutur
olivaes
d*alamquer".
poreos
monteses699. Quanto
nos
algtms elementos.
poder atestar-se
parece
termo
a
de
Alenquer
Ota.
e
Na vasta área. coutada. dos
prescn9a de porcos.
â mata. da real montaria da Ota.
cervos.
várias
as
anhos
cartas
de
No séc. X\\ esta coutada régia conheceu a sua maior extensão Na realidade. a •eoutada velha' seria um espa9o florestal descontmuo. ondc sc encontravam. quer matas dispersas ao lado dc pântanos ou ehamccas c do espa9o agro-pastoriL qucr dc maciyos ílorestais mais extensos nas áreas menos povoadas ou mais afastadas dos mercados urbanos". Nicole Devy-Vareta, Para uma geografia historica da íloresta portuguesa. As matas..." in op. cit, pág. 60. "
-
u
-
15
A. H. de Ohveira Marques. Portugal na Crise..., pág. 109; CE. tambem. o mapa onde figuram. o limite da citada couiada. c as sedes dc montana Nicole Devv-\ arcta. "Para -
uma
"SCL "Cf. 18
9
geografia nota
histôrica da lloresta portuguesa. As matas..." in op. cit,
116do$.
nota 137
do§.
Cf. notas 128
a
1.3
1.4.
132 do
João Pedro Feno.
.
§.
1.4.
Alenquer Medieval...,
pp. 143 -144.
139
Fig.
L
pág.
61.
montciro presentes este
preservar.
na
penalizando-se
das
vai para
a
Azambuja703.
o
na
terra
abusos vários,
ou outra
desijn9am
E,
á vila
monteiro "6. E
'M. E
ca9a
e
Cf., de ^ũ2
11
™
a
os
mas.
propôsito
dos eoelhos
caca
furâo
câes.
com
séc. XV.
as
ademas
otitras
e
e a
coutadas.
Chameca que
gados
não entrem nela
principalmente
nâo
a
pastar.
eoelhos.
matem
se
°5.
e ao
qual filham
o
nem as
exaetamenle, nesta coutada. que esta instalado
dados não
outros
carta
de
doa9ão
§.
1.3
ao
vinhas devem
as
temos
podemos afmnar
novo, a nota 1 16 do
o
tantas aves
quanto âs
que
as aves
ser
vigiadas
por
um
espécies animais aqui
abundam
ca9ador, Apaneio Anes,
nesta
beira rio.
da ribeira
"
des
.
Histôria Florestal..., ed. porC. M. L. Baeta Neves. Vol. m. Doc. 240, pp. 92-93. Ibidem, Vol. n. Doc. 625. pág. 212. Histôria Florestal..., ed. por C. \i. L. Baeta N'eves. Vol. L Doc. 285. pp. 194- 196. Ibidem, VoL IL Doc. 578. pág. 194; Doc.600, pp. 200 -202.
T°5Cf. nola630do§. T06
a
dellas".
se
justifica
no
termo702:
que já fizemos referência
a
dominantes. seguramente o
a
for encontrado
No espa9o de Valada. também
Assim
eleicão. E.
em
do Mosteiro de Sf Maria das Yirtudes.
deve zelar para que
pombal do Mosteiro. "que
sua
1486. interdita-se
em
Azambuja, conhecem-se.
perdizes. pertencente
cometam
perdizes
da actividade da
régio
ol
respeetivo guarda. pessoas
são prova evidente do cuidado
dita coutada.
na
quem.
prátiea
da Ota.
paul
Acerea da
como a
a
espa9o. para
do eoutamento do
armadilhas
documenta9ão")n,
3.1
.
Ibidem, Vol. IL Doc. 192. pág. 72: Doc. 393. pag.117. 140
a
Porta do Soll eeuadoiros pera
r
atee
a
torre
as avees
que
do porto de avera
de
Muja
ea9ar"' °".
Ibidem, Vol. II. Doc. 458. pp. 143 -144. 141
pera fazer
suas
armadilhas
e
3.3
-
OS PEIXES DE RIO
Enquanto masculina é
uma
e
pesea.
e
viril.
a
anti-ca9a desprezada.
de
com
água. fonte
morte
a
de vida
geral. pela nobreza.""08.
e
é. desde
c
logo
elemento feminino.
Esta dicotomia
reflecle. nâo apenas. diferenles modelos de comportamento soeial.
mas
com
longo
religião impôe
ingestão
de
religioso '~\ já entâo.
â
ligada
la9o
ca9a
o
motiva9ôes de
o consumo
carne. como acto
dissemos
preponderância.
os
de
magro". equivale
o
consumo
queijo.
o
mais
ou menos.
a
restritivas
generaliza9ão
"comcr
a
peniténcia. segundo
13. ímpliea
legumes.
as nomias.
religiosa709.
e
alimentar. contribuem para
que 'comer
em
ordem mental
10.
da Idade Media
sobre
padrôes de conduta,
nâo
no
um
entre
Ao
a
ca9a cria
pesea. mais
prende-se. sobretudo.
que
a
peixe"*711.
A
dias do calendário
os
"substitutos"""1 '. Ganham.
de
elaro.
os ovos. e.
o
peixe.
Viaria Helena da Cruz Coelho e Carlos Guilherme Riley, Sobre a caca..." in op. cit, pág. 263; La pesoa, infattL non esercita sulla olasse signorile lo stesso fascino della caccia"- Massimo MontanarL L'alimentazione contadina..., 280, "
"
pág.
39
Massimo MontanarL L'alimentazione contadina..., pp. 278 pp. 98-101. Massimo Montanari, Alimentazione
e
-
279: Idem. La fame
cultura.., pág. 48.
"
solo dal LX-X secoío non vi sono piũ dubbi nell 'ammettere la liceitå del consumo di durante i giornil di astinenza. Daha dieta quarcsunale pesce vcngono csclusi solo I oosiddetũ pesci 'grassi'. oioe gh anunah manm di grandi dimensioni (balene. dellini ecc.) la cui polpa appariva troppo simile alla came degli animali tenestri. forse sopratutto per Labbondanza di sangue." Idem. La fame..., pág.100. ...
-
*
V.os números indicados para a Provenca; 140 â 150 joumées oû les produits de la pêche remplacent la viande dans la nourriture des hommes: le vendredi et le samedi de chaquc scmainc, quclques jours et veilles de fetes, 46 jours du mcrcrcdi dcs Cendres â la veillc dc Páques"- Louis Stouff. Ravitaillement.., pág. 201. "
Recordem-se
as
notas 563
e
564 do
§.
3.1
.
142
.\s uma ímensa
e
popula9oes medievas dispoem.
gama de
marinho
Vías.
diierencas que
conserva9ão
as
espécies ictiolôgicas. condi9ôes
ultrapassam
como a
as
de
nossos
nos
dias. de
meios fluvial
peixe apresentam. necessariamente.
queslôes do
meras
contrário dos
desenvolvem
se
que
acesso ao
ao
fonna de transporte são.
goslo"16.
'l'anto
estado dc
o
igtialmente. detenninantes
o
para
seu consumo.
O
fresco é extremamente
peixe
ribeirinhas podem disfrutar de todo acontece com as
que vivem
de transporte. devem
ser
cursos
eficazes,
e
sabor de
e
água.
frescura. já E.
mesmo
nesse easo. as
fim de evitar
a
o
popula9ôes
a
não
eondi9ôes
deteriora9âo
deste
.
Obices que.
no
referente
pei.xes
aos
de
água doee. podem não
ser
tão
b. De facto. qualquer espa9o aquicola. por mais pequeno que seja.
pode fornecer elaboradas
rápidas
seu
as
*
tipo de produlos
evidentes
dos
longe
o
Se
perecível.
este
\ se
tipo
obtêm.
de
recursos.
Å
mão.
espécimes variados.
com
em
linha.
ou
usando técmcas mais
rios. ribeiras
e
lagoas, aptos
a
consumir de imediato.
"14
Revejam-se
as
notas 655 e 656
do §. 3.1. 1
.
715
T>ado quc não nos ccntramos nos brcve. aigumas das condiyôes para Stouil, Ravitaillement.., pp. 201
Marques. Portugal
na
recursos a -
202:
Crise..., pp. 109
da pesca maritima assinalc-se, a título Por cxcmplo, na Provcn9a Louis claro, em Portuaal : A. H. de Oliveira
prática.
sua
e.
112.
-
V. a preferência entre outras. pelas tmtas, enguias. carpas, lúcios, evidenciadas pelas popula9ôes proven9ais Louis Stoufî.
e. pelo esturjão Ravitaillement.., pág. 203.
-
Louis Stouff. "■18
A
RaviUiillement..,
viaggiare
e
ad
scmphce da reperire La
fame..., pag.101.
e
essere
pp. 207
-
208.
consumato era
da catturare,
soprattutto il pesoe d^acqua dolce. piú
piû rapido
da
trasportare."
-
Ylassimo Montanari.
719
\r. a reícrcncia a redes. a nassas de vime ou dc junco, \iontanari. L'alimenlazione contadina.., pp. 283 -284. 1-13
entrc
outras
-
Massimo
Maiores ettadinos. para revelam
os
abastecerem de
se
pareee não surtir
o
desejado efeito.
O soiho
carpa.
a
homem
enguia.
um
ou
As
nas
As
respeito
são
salmão.
algumas"25.
a
â
higiene
sua
habitantes
os
Os cuidados. que
condi9ôes.
defesa da
queixas o
encontrem
que
melhores
que diz
eomo a
esturjão 2\
são apenas
medicval'26.
permitem
no
produto 2'\ bem
o
preve-se
peixe.
responsáveis urbanos.
transacciona
sc
dificuldades.
dos espacos onde
qualidade
e
pre9os"::.
constantes"22.
lampreia.
a
tmta. o
das muitas vanedades.
lucio"24.
a
apreciadas pelo
águas locais, bem providas de espécimes, decerto Ihe
abastecimento regular.
■
Les transaehons doKení se faire en un lieu détermmé. Dans une rue sur une plaee les etals des poissonmers sont rassembles." Louis Stouff. Ravitaillement.., pa« Ina Gon9alves. Detesa do consumidor..." in
\)3:
-
"
op. cit,
páo.100.
"
\lolhava-se o pcLxe atrasado para Ihe confenr uns laivos de frescura ou misturavamcapturas ieitas a rede e por ísso. ås vezes. íacultando um produto -muvto podre e maao com o "pescado da hnha que he mjlhor1 e vendiam-no pelo mesmo preco "- Ina Gon9aIves. Deíesa do consurmdor..." in op. cit, pág.113 e notas respectivas Louis Stouff. Ravitaillement.., 203 204. pp. se as
"
"
-
-'
Considerado
-'
peixe particularmente "nobre". digno de contadina.., pág. 293.
um
L ahmentazione
Apesar da prática de
reis
-
Massimo Montanaii
"
humildade alimentar'. estes peixes eram do apre9o de S I uis beaucoup ies grands brochets et autres poissons déhcieux et qu'on devant lui â table. pourtant il n'en manseait pas. mais ils étaient Laumone et il mangeait les autres petits poissons." -lacques Le Goff Saint -
...bien qu il aimat en achetait et portait
envoyes
a
LouisaTable...
"
m
op.
cit, pág.137.
"Xías simo Mo^2nan. "„Cf-. Rav.taillement
L'alimentazione contadina.., pp. 293-294 Louis Stouff ™ Ana Maria Nada Patrone. II cibo del ricco..., pp J3Z, Mana del Carmen Carle. .>\hmentacion ..." in op. cit, pag. 266. * Embora mcncionando peixes de água docc c de mar. V. o scguinte exemplo dc peixes aeessivcis as mcsas
pág. 203;
"
"
burgucsas: Roucn offrc courammcnt a scs hôtcs dc marquc loutcs ies vanetes de harengs. Nantes connaît déjá les civehes et les ajoute aux habituels esturgeons au -bero, (brochet), aux lamproies. aux saumons de Loire..."- Jean-Piene Leguay, Lne mamfestation de sociabilité..." in op. cit, pág. 190.
E no caso da Polônia les communautés utilisaient Ie poisson en quantites assez considerabies: nom seulement les poissons des étangs. carpes notammenL.... mais aussi lcs harcngs ímportcs" par les Hollandais et vcndus dans toutc l'étenduc du pavs." Andrzej WyczanskL La consommation alimentaL-e..." in op. cit, pág. 320. "
-
144
No melhores ser
entanto. na
condi9ôes.
necessário
período quaresmaî. dada
e. no
â
recorrer
seeos.
.
podem. também apreciar-se
em
de
importa9ão
'
eonserva9âo especiiicas
Correm
esta9ão invemosa.quando
os
peixes
de
transporte
faz
em
pode
técnicas de
a
simplesmente.
ou.
se
intensidade da proeura.
peixes. Gra9as
outros
fumados.
a
o seu
em
salmoura.
mar728.
abundância.
águas.
as
neste
espa9o
da
margem
-->-)
tagana
Delas.
~\
camponês faz
o
constante.
uso
cuhuras. quer para. através delas. transportar Também llies. actos, mais
aproveita
prosaicos. Em
recursos
do
a
for9a
seu
na
e. a
produíos
elas
para até
recorre.
írngaeãe das
a
aos
para
suas
locais de destino. a
consecu9ão dos
quotidiamv30.
eontrapartida.
iaumsticos.
motnz.
Quer
as
limpidez
águas ofereeem-lhe de
um
a
riqueza
dos
seus
meio. ainda nâo demasiadamente
poluido...
Massimo MontanarL L' aiimentazione contadina.., pp. 294-295: Louis Stouff. pag. 212: Ana Maria Nada Paîronc, II cibo del ricco pág. 334. 6 Louis Stouff Ravitaillement..., pp. 205. 212-213; Ana Maria Xada Patrone II cibo del ricco..., pp. 333- 338.
Ravrtaillement..,
9
1
Cf.
as notas
78
a
..,
80 do
V.. relatKamente
"§.3.12-
As
águas"
§.
1.2
e a
nota 133 do
§.
1.4
.
Médio Teio. o bem delineado texto. que se apresenta no Manuel Sílvio AKes Conde. O Médio Tejo..., Vol. I. pp. 374
ao -
-
145
As dízimas. que
Vila Franca de Xira. Povos. íluvial para eoneede
a
aos
sinônimo da
vida das
se
Castanheira"31, popu!a9ôes 32.
suas
destas
pescadores
importância.
cobram sobre
o
pescado
em
dizem bem da
E
ate os
Alvcrea. Alhandra.
privilégios
looalidades"33. podem
que lhe é reconhecida
que
o
poder regio
ínterpretados
ser
contexto
no
da pesca
nnportáneia
da
como
economia
coeva"34.
Profissionais. pesear
agam9ar de
e
embarca9ôes 6, do anzol
ou
comeT735 ser o
pareee
ki
não. estes homens. têm
.
ágtias do Tejo. Aliás.
nas
mais eftcaz para
a
batees
seus
o
que vãao
sistema de pesea
fluviaf'37.
faina
em
embora
as
em
artes
' .
tambem
se
pratiquem.
E. consoante
as
especies
a
capturar. podem.
Histôria Florestal..., ed, por C. M.L. Baeta Neves. Y'ol. L Doc. 327. pág. 214; Vol. III. Doc. 71. pag. 35: J. VI. Cordeiro de Sousa, Fontes Medievais da liistôria lorreana 1957. Doc. 99. pág.139. "
Sobre
os
efeitos, da crise dcmografica do sec. XIW nas actmdades piscaíônas Cf. na Crise..., pag.112; A pesca e extraeyâo do saL -
H. de Ohvcua Víarques. Portugai area de C oimbra até å foz do
Cmz Coelho. O Baixo
Yiondego. foram igualmente Mondego..., páíi. 255.
afectadas
-
A na
Ylaria Helena da
Cf. os pnvilegios concedidos aos pescadores de Alhandra e Y'ila Franca Histôria Floresta!..., ed. por C. M. L. Baeta Neves, Yol. IW Doc. 36. pag. 39; Doc. 38, pag. -
1
Em 1498. salicntando a falta de pescadores em Yila Franca de Xira diz-sc que "na dicta villa suya dauer mujtos pescadores E que por nom serem goardados eomo era rrezam nom auja ahj Ja mais que dous o que era gram mjngoa pera huua tal villa e de hj mujtos pescadores era homna e nobrecimento da dicta villa e proueito de todollos moradores della"- Historia Florestal..., ed. por C. M. L. Baeta Neves \'ol I\ Doc. 37. pag. 40.
hayer .
Historia Florestal..., ed. por C. M. L. Baeta N'eves. Yoi. IV. Doc. 38, pag. 42. Baicos utihzados em Santarém para a pesca de eirôs. enguias e bordalos, eram designados por cuus dc lobos" Histôria Florestal..., ed. por C. M. L. Baeta Neves, Vol. I. Doo. 28. pp. 45 51; Outros. possivelmente. senam a muieta e a íahia. embarca9oes de longínqua origem sũdica". que se adaptam "a todos os ventos e técnicas de marear. transformando-se em autênticas máquinas de pesca."- Cláudio Iones, A cmttira industrial da Lisboa de quaírocentos.lTOa abordagem arqueoîogica" "
-
"
-
-
m
1383-1385 e a crise geral dos séculos XÍY7 XV. Jornadas de histéria medieval, a 22 de Junho de 1985. Actas. 1985. pág. 295.
Lisboa, 20
Armando de Castro. A 8
Evolu^ão Econômica..,
Manuel Silvio Alves Conde. O Médio
\"ol. IW
Tejo.... Yol. 146
I.
pág.
pág.
97.
385.
ainda.
outros, mais
usar-se
tambént vános tipos de
lambem
a
prática
ainda que
correntes. nesta epoca.
Quanto
aos
régia 44.
ou
de colocar redes
gerais.
regulamentando
a
redes"3*e
atravessadigas 41. bem
sujeitas
vários
a
canais. caneiras
e
piscatoria"12.
sâo
pesqueiras 43. geralmente perten9a
que vedam coercivamente
Dá disso testemunlio.
eomo a
tipos de eoima.s,
garantindo. assim, melhores pescarias 4\ acabam necessidades
dc
annadiilias740.
de metodos de pesca. altamente lesivos da fauna
utiliza9âo
senhorial
compíexos. envolvendo arma9ão
espa9os
por entrar
caría
a
certos
feitura dos eanieos dos canais de
que
o
em
rei
aquícolas.
conflito manda
com as
publiear.
pescaria dos sáveis do Tejo
e
Difcrcntcs tipos dc redes sâo utihzadas
consoante as especies a apresar: îresmaîhos do saveL da lampreia e enguia: sa\~ares. para os saveis: boaueiros. para a boga e o muge. Para mais pormenores reîatKos ás "artes de rede" também uîihzadas no Medio Tejo Cf. Manuel SíKio AK'es Conde. O Médio Tejo..., Vol. L pp.382 384.
para
a
apanha -
-
VJ
Enquanto
que a nassa era destinada â pesca da borba permitia apresamento da lampreia e do sável Cf. Médio Tejo..., V'ol. I. pág. 385. o
e
da ensuia a ,j\~ar?a ou abar?a SíKio \lves Conde O
Manueĩ
-
n0m tossc nem se*a tam ousado 6 27. 29. 30. 32. 33. 34. 35. 36
38.40.41.42.43.44.45.47' 50.51.52.53.57.62.67.86; 89
Livros
-
2. 4. 5. î 1. \5. 52. 159, 183
ORDENS MILITARES:
Ordem de Avis
2
441. 519, 554. 594. 639
-
BIBLIOTECA NACIONAL DE LISBOA (B.N.L.)
RESERVADOS
Côd.l 1348
Documentacão (traslados) do Convento da Santíssima Tnndade de Santarém. relativa a aforamentos -1450-1522
-
-
-
Primeiro Livro de
Segundo Lívto
de
Pergaminho Velho Pergaminhos \ 'elhos
MSS 171 Doe. n° 1 1- Certidão de uma Inciuin9ão que se fez antigamente sobre as terras do Aiqueidâo. que perteneem ao Senado de Lisboa. e de que os Priores e Beneliciados das Igrejas de S. Estévão e S. Engrácia cobrão os dizimos
3
ARQLIVO DISTRITAL
DE
Convento de Sf Clara de Santarém
SANTARÉM ( A.D.S)
-
Gaveta ln° 4; Gaveta 3 n° 7: Gaveta 5 n° 7: Gaveta 6 n° 2: Gaveta 7 n° 9: Gaveta 9 n° 3
4- MUSEU DE
Capela
ALHANDRA-CASA DR.SOLSA MARTINS (\L A.)
de Maria .Amies
-
Santa Casa da Misericôrdia da Vila de .\Jhandr, 156
FONTES IMPRESSAS
AZEVEDO. Pedro de Os Reguengos da Eslremadura na 1" Dinastia"*. Sep. da Miscelânea de Estudos em Flonra de D. Carolina Michaelis de \ asconcelios. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1930. 58 p. "
-
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Mappa
mudado,
acrescentado,
etc.
acompanha a "Memoria sobre os damnos catisados pelo Tejo nas suas ribancelras,,. por Estevão Dias Cabral, ín Memorias Economicas da Academia Real das Sciencias de Lisboa, Lisboa.Typographia da Acadenũa Real das Ciências, tomo 2 P90 e
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explicão-se os seus caracteres, e se poem huma breve mas curiosa noticia do nosso Rcino, Provincias, Cidades, e villas mais principaes deUe offerecidos ao Illustrissimo e Excelentisssimo Conde de Oevras. Joao Silverio Carpinetti Lisbonense. Lisboa, 1762" publicadô por I.eite de Yasconcelos Etnografia Portuguesa.vol.IIL Lisboa 1941 Fíp 96 Mapa da Província da Estremadura -
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-
Planta do rio Tcjo desde o extrento do Diquc de Vallada atc aos Campos de Salvaterra ( \íanoel Jose Júlio Guerra), (post.1856) s ed s d.. escaia 1:20 000. A.H.M.O.P., 1 Carta, C 43 -13 B. '
-
Planta
do
Carregado
rio
Tejo
para servir
desde aos
os
Campos
estudos do
160
de
mesmo
Salvaterra até ao rio I Nevvton e -
(Manoel José Júlio Guerra). (post.1856). A.H.M.O.P., lCarta,C43-14B.
Planta do Canal dWzambuja A.H.M.O.P., D 54C
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