Neurociência Social e Museologia Nómada II -Seminário Doutoramento em Museologia 2016

June 7, 2017 | Autor: Pedro Pereira Leite | Categoria: Sociomuseologia, Neurociencias Sociales, Museologia Social, Sociodrama, Museologia Nómada
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Neurociência social e museologia nómada II Seminário Doutoramento em Museologia Pedro Pereira Leite Março 2016

roteiro  Neurociência

social  Museologia nómada  A Recomendação da UNESCO sobre Museus (2015)  Poética do Espaço 

Oficina de cartografia das memórias e dos espaços

Neurociência Social 

A Neurociência social constitui um campo de conhecimento que procura esclarecer a relevância dos fenómenos psíquicos na produção de ação em contexto social. 



O entendimento do processo de valorização de certos objetos a quem é atribuída uma relevância simbólica numa dada comunidade e contexto e a exclusão de outros.

A relação entre o mundo das ideias e os fenómenos psíquicos que a neurociência tem trabalhado demonstra que o pensamento é uma expressão da organização complexa da matéria.

Museologia Nómada 

O Pensamento Nómada convoca e encontra o corpo como um espaço de resistência aos dispositivos de poder 

Parte da experiencia do corpo como exercício de libertação.  



Procura o enfrentamento com o real para ativar o pensamento 





É na sua essência um discurso e uma prática. Parte da experiencia (matéria) para atingir o pensamento, o reflexivo.

É uma busca da verdade e uma busca da relevância

O posicionamento nómada mobiliza novas formas de existência, singulares, que não se encaixam em quaisquer categorias pré-estabelecidas. No campo da museologia é uma transgressão.

Questões a trabalhar 

Quais são os limites e a extensão da teoria museológica ?   



A ciência positiva e o problema da objetividade A Teoria Crítica e o problema da subjectividade A reconstrução da relevância e da verdade

Onde procurar a relevância e a verdade 

A poética da intersubjetividade e o método socio dramático como hipostes de museologia nómada

O paradigma positivista O  

conhecimento é objetivo. Os objetos são exteriores e independentes do sujeito Podem ser descritos e confirmados  Procurar

o modelo  Fundamentar a teoria 

Há um processo de naturalização do objeto da analise

O paradigma da relatividade O  

sujeito que observa influi no objeto. há uma subjetividade no processo O que é observado é relativo O

resultado da observação depende do sujeito







Por exemplo nas exposições museográfica em arqueologia ou de etnografia, a organização social reproduz o modelo de organização patriacal. Nas exposições dos museus de arte, a organização reproduz os modelo hegemónicos da sociedade A análise dos discursos permite detetar os processos de produção da hegemonia.

Questões 

Os problemas existem e a sociedade necessita de os enfrentar: 



a ciência e o saber é um instrumento útil.

A organização social é interdependente  

Os indivíduos existem como sujeitos em processo É na interação entre sujeitos que que a relevância e a verdade é construída  

 

Ao longo do tempo á problemas que se vão colocando de forma recorrente Diferentes sujeitos discutem o mesmo problema da mesma forma

Os processos sociais são modos de organização dos indivíduos para enfrentamentos com o real Na ação as comunidades enfrentam e resolvem problemas  

A ação social deteta relevância (problemas ) A ação social cria regras (normas e escalas de valores) para resolver esses problemas em função da sua adequação ao real.



Há valores fundacionais em relação





Por exemplo: liberdade, igualdade, fraternidade

A verdade é construída na relação entre os valores

A museologia 

Como a museologia pode construir a relevância e a adequação nos processos museológicos ?  



A relevância é o enfrentamento com o real A adequação é a “verdade´”

Sendo a museologia a relação entre os sujeitos e os seus objetos socialmente qualificados num determinado contexto 



Pode criar um momento de encontro para o reconhecimento das relevâncias e para treino da adequação das verdades através das narrativas. A sociomuseologia introduz no processo museológico o princípio da participação na construção das narrativas e o princípio da sua relevância social

A Verdade em museologia 

A verdade é possível   



É possível afirmar que algo é verdadeiro pela experiencia socialmente partilhada; A experiencia modifica o modo como vemos o mundo; A verdade é um processo de adequação ao real

Os indivíduos participam simultâneamento em processos de experiencias individuais e coletivas. 

Cada individuo é uma realidade que existe em relação com os outros 

É através da experiencia social que cada individuo captura a adequação da sua posição no social e treina a sua possibilidade de transformação (Padeia)

 

É necessário que cada ser humano tenha referencias A construção das referencias é um processo social que é treinado

A relevância e a poética 

A museologia como procura da verdade (da autenticidade) ou como procura do afecto. 

O ser humano implica-se com o mundo através de relações   





Com objetos Com outros Num espaço

A poética (Museologia do afeto” resulta da implicação (da relação) A fusão dos horizontes e das fronteiras   

Aprofundamento e extensão do visível Aprofundamento do conhecimento Aprofundamento do entendimento do que é ser humano (experiencia)

O processo da Poética  Aprofundamento A

do que é ser humano

procura dos pontos de contato  O reconhecimento do outro  A gestão das diferenças (resolução de conflitos)  A construção de compromissos de ação

A museologia como saber prático e como transgressão  



A museologia implica a construção de saberes práticos. O conhecimento é necessário para ser aplicado de forma adequada para melhorar a ação dos indivíduos em contexto; A ação dos indivíduos e das comunidades tem uma função:     

Conservar e melhorar as condições de vida, assegurar os bem estar comum e adequar a sua relação com o contexto. Isso implica descrever claramente os fenómenos (o que é relevante) A construção da relevância e a procura da verdade implica o exame das opiniões de todos sobre os fenómenos A partir do dialogo de opiniões é possivel criar compromissos na ação. A construção de ações adequadas constitui o processo de conhecimento.

A memória social como consciência  

A memória social é um processo histórico ainda que funcione sobre um processo natural (biológico) A neurociência social trabalha sobre as relações criadas pelos indivíduos num determinado contexto como resposta a situações concretas  

O conhecimento não é apenas ler o mundo num determinado contexto de adequação. O conhecimento é também saber ler e julgar a verdade dum determinado contexto como guia para a ação. 





Na ciência social não há axiomas. Há apenas questões que procuram ser compreendidas da forma mais ampla possível, respostas de crescente complexidade, que atraem um campo amplo a acordo e desacordo, no que se seguem novas questões A tarefa é construir gradualmente uma perspetiva que todas as pessoas possam partilhar

Regresso e discussão  Onde

está a verdade e a relevância nos objetos museológicos ?  Como construir uma sociomuseologia que cria a autonomia e a liberdade dos sujeitos.  Quais o contextos da nova museologia. 

Extensão e limites da sociomuseologia

Declaração da UNESCO sobre Museus A

primeira declaração sobre museus desde 1960    

A questão da função social dos museus A questão das coleções A questão da diversidade e do direito á memória A consolidação das funções primárias  Educação

e comunicação

As funções base dos museus  Preservação  Documentação  Educação  Comunicação

As questões sociais 

A globalização 



A relação com a economia 



A promoção da riqueza e a criação de bemestar

A Função Social   



A salvaguarda da diversidade nos museus

Inclusão e coesão social Empoderamento Lugar de encontro, de inclusão e diversidade

Novas tecnologias

Cartografias do Espaço Poéticas da memória Oficina de museologia social

Roteiro  Poética  

A viagem na museologia Metodologia da viagem

 Poética 

  

da Viagem

do Espaço

Desconstruir Cartografar Corporizar Construir

Poética da Viagem 

A experiencia da viagem permite   

revelar desejos, motivações, redescobrir emoções. 

 

Descobrimos o que trazemos connosco.

Partilha de espaços e tempos comuns. construção se sociabilidades.  

a construção de visões do eu e do outro a partilha de emoções.  

produz complementaridades. a embriaguez, o desregramento dos sentidos que permite fixar vertigens.



A fixação na rememoração.

Metodologia da Viagem 

O procedimento metodológico para domesticar a memória de fragmentos 

o registo dos momentos singulares.  

A fixação de emoções parte das evocações das singularidades. Evitar os excessos e captar a essência

 



Esperar pelo emergir da emoção. 

 

 

Procura o estado de inocência primordial Olhar para a fratura.

olhar para o presente como essência olhar para a diversidade como uma riqueza. Olhar para a paisagem como um lugar com atores em processo.

Procurar entender os ritmos do mundo sentir o tempo na sua diversidade

A experiencia da Viagem 

Toda a viagem é iniciática  





A viagem como deslocamento acaba por ser a aproximação ao eu.  



permite-nos descobri a poética do eu. O mundo visto pelo eu atribuiu textura, densidade e cor. A experiencia do lugar faz emergir a intensidade

O eu que se liberta com a experiencia e recria expressões de si. Experiência de si que cria fragmentos do eu.

Depois da viagem criam-se os reencontros.  

A viagem é um movimento de partida e de chegada. uma fuga ao espaço de rotina.   



A rotina é viver na segurança do núcleo existencial. Estar no espaço de conforto. A viagem desloca o eu para o imprevisto, para a insegurança do acaso. Uma estranheza que permite o reconhecimento.

O regresso ao ponto de referência é um reencontro com a rotina. 

O reencontro permite pensar sobre as experiências de si na forma como se é e como se está

Resultados 

Reconstruir a história da viagem. 

Cristalizar o processo. A arquitetura implica a construção dos ângulos retos. Esquina e volumes como espaço de passagem da informação.  A memória como exercício é relativo à lembrança. Implica ordenar os vestígios e criar uma narração com sentido. 



Recuperar os trajetos por diferentes ângulos da abordagem 

procurar diferentes formas de essências.

Poética do Espaço  Cartografias

da viagem como experiencias coletiva   



Desconstruir Cartografar Corporizar Reconstruir

Experiencia da viagem como Metodologia 

Olhar e sentir o espaço.   



Capturar os seus elementos essenciais.  



Sentir o movimento Olhar para os silêncios (o que está para além do visível) Procurar as dinâmicas relacionais. O que esta a mudar Onde está a tensão (procurar a cicatriz)

Construir ação 

O presente é um conjunto de possibilidades de futuro. 

Por quê andamos ?



 

O que queremos fazer

Para onde damos o primeiro passo ? Com quem caminhamos 

Busca dos compromissos

Proposta  Procurar

uma imagem que seja relevante para cada um.  Trazer a imagem para o grupo e explicar a sua importância  Abrir a discussão ao grupo. 

Procurar perceber o efeito da apresentação ao grupo e de que forma a perceção se foi alterou

Protocolo  Formar  

Grupo

Aquecer Identificar relevâncias

 Explorar 



Colocar em cena Experiencia

 Pensar 

Balanço – o que mudou

Desconstruir  Questionar

-

Cartografar  Identificar

Relevâncias

Corporizar  Ideia 



Olhares  Onde

está a mudança ?

 Caminhos 

percursos

Resultados Procurar entender o que é que cada imagem transporta do olhar de quem a tirou  O que é que a imagem tem de relevante para mim  Na sequencia da discussão o grupo deverá encontrar uma conceito gerador duma exposição a desenvolver . 

Bibliografia 

  

Bruno, Maria Cristina (2004). “As expedições no Cenário Museal”, in Expedição são Paulo 450 anos, São Paulo, Museu da Cidade de São Paulo, pp 36 Onfray, Michel (2009). Teoria da Viagem: Uma poética da Viagem, Lisboa, quetzal Botton, Alian (2004). A Arte de Viajar, Lisbos, Publicações Dom quixote Leite, Pedro Pereira Leite (2013). Lisbon Saraswati: A expereiencia da viagem pelas heranças de Lisboa, Lisboa Marca D’Água 

https://www.academia.edu/2922058/Lisbon_Saraswati_ As_Experiencias_de_Viagem_sobre_as_herancas_de_Lis boa

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