Neurociência social:Relevância e Verdade em museologia

Neurociência social:

Relevância e Verdade em museologia DISCUSSÃO SOBRE A TEORIA MUSEOLÓGICA . ESTUDOS APROFUNDADOS DE MUSEOLOGIA DOUTORAMENTO EM MUSEOLOGIA . FEVEREIRO2015 PEDRO PEREIRA LEITE

Questões a trabalhar 

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Quais são os limites e a extensão da teoria museológica ? 

A ciência positiva e o problema da objetividade

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A Teoria Crítica e o problema da subjectividade

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A reconstrução da relevância e da verdade

Onde procurar a relevância e a verdade 

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A poética da intersubjetividade e o método socio dramático

Estudo de caso: A Varina de Lisboa 

Oficina de cartografia da exposição

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Discussão sobre a cristalização iconográfica na narrativa museográfica e a sociomuseologia

O paradigma positivista 

O conhecimento é objetivo. 

Os objetos são exteriores e independentes do sujeito

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Podem ser descritos e confirmados 

Procurar o modelo

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Fundamentar a teoria 

Há um processo de naturalização do objeto da analise

O paradigma da relatividade 

O sujeito que observa influi no objeto. 

há uma subjetividade no processo

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O que é observado é relativo 

O resultado da observação depende do sujeito 

Por exemplo nas exposições museográfica em arqueologia ou de etnografia, a organização social reproduz o modelo de organização patriacal.

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Nas exposições dos museus de arte, a organização reproduz os modelo hegemónicos da sociedade

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A análise dos discursos permite detetar os processos de produção da hegemonia.

Questões 

Os problemas existem e a sociedade necessita de os enfrentar: 

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a ciência e o saber é um instrumento útil.

A organização social é interdependente 

Os indivíduos existem como sujeitos em processo

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É na interação entre sujeitos que que a relevância e a verdade é construída 

Ao longo do tempo á problemas que se vão colocando de forma recorrente

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Diferentes sujeitos discutem o mesmo problema da mesma forma

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Os processos sociais são modos de organização dos indivíduos para enfrentamentos com o real

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Na ação as comunidades enfrentam e resolvem problemas 

A ação social deteta relevância (problemas )

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A ação social cria regras (normas e escalas de valores) para resolver esses problemas em função da sua adequação ao real. 

Há valores fundacionais em relação 

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Por exemplo: liberdade, igualdade, fraternidade

A verdade é construída na relação entre os valores

A museologia 

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Como a museologia pode construir a relevência e a adequação nos processos museológicos ? 

A relevância é o enfrentamento com o real

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A adequação é a “verdade´”

Sendo a museologia a relação entre os sugeitos e os seus objetos socialmente qualificados num determinado contexto 

Pode criar um momento de encontro para o reconhecimento das relevâncias e para treino da adequação das verdades através das narrativas.

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A sociomuseologia introduz no processo museológico o princípio da participação na construção das narrativas e o princípio da sua relevância social

A Verdade em museologia 

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A verdade é possível 

É possível afirmar que algo é verdadeiro pela experiencia socialmente partilhada;

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A experiencia modifica o modo como vemos o mundo;

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A verdade é um processo de adequação ao real

Os indivíduos participam simultâneamento em processos de experiencias individuais e coletivas. 

Cada individuo é uma realidade que existe em relação com os outros 

É através da experiencia social que cada individuo captura a adequação da sua posição no social e treina a sua possibilidade de transformação (Padeia) 

É necessário que cada ser humano tenha referencias

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A construção das referencias é um processo social que é treinado

A relevância e a poética 

A museologia como procura da verdade (da autenticidade) ou como procura do afecto. 

O ser humano implica-se com o mundo através de relações 

Com objetos

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Com outros

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Num espaço

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A poética (Museologia do afeto” resulta da implicação (da relação)

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A fusão dos horizontes e das fronteiras 

Aprofundamento e extensão do visível

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Aprofundamento do conhecimento

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Aprofundamento do entendimento do que é ser humano (experiencia)

O processo da Poética 

Aprofundamento do que é ser humano 

A procura dos pontos de contato

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O reconhecimento do outro

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A gestão das diferenças (resolução de conflitos)

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A construção de compromissos de ação

A museologia como saber prático 

A museologia implica a construção de saberes práticos.

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O conhecimento é necessário para ser aplicado de forma adequada para melhorar a ação dos indivíduos em contexto;

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A ação dos indivíduos e das comunidades tem uma função: 

Conservar e melhorar as condições de vida, assegurar os bem estar comum e adequar a sua relação com o contexto.

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Isso implica descrever claramente os fenómenos (o que é relevante)

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A construção da relevância e a procura da verdade implica o exame das opiniões de todos sobre os fenómenos

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A partir do dialogo de opiniões é possivel criar compromissos na ação.

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A construção de ações adequadas constitui o processo de conhecimento.

A memória social como consciência 

A memória social é um processo histórico ainda que funcione sobre um processo natural (biológico)

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A neurociência social trabalha sobre as relações criadas pelos indivíduos num determinado contexto como resposta a situações concretas 

O conhecimento não é apenas ler o mundo num determinado contexto de adequação.

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O conhecimento é também saber ler e julgar a verdade dum determinado contexto como guia para a ação. 

Na ciência social não há axiomas.

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Há apenas questões que procuram ser compreendidas da forma mais ampla possível, respostas de crescente complexidade, que atraem um campo amplo a acordo e desacordo, no que se seguem novas questões

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A tarefa é construir gradualmente uma perspetiva que todas as pessoas possam partilhar

Regresso e discussão 

Onde está a verdade e a relevância nos objetos museológicos ?

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Como construir uma sociomuseologia que cria a autonomia e a liberdade dos sujeitos.

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Quais o contextos da nova museologia. 

Extensão e limites da sociomuseologia

Estudo de Caso

Processo de reconhecimento 

Proposta: Visita a exposição museológica

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Desenvolvimento do Processo: 1.

Cartografia do espaço: experiencia individual de reconhecimento

2.

corporizar:

3.

1.

Formação de circulo museológico

2.

Discussão das relevâncias individuais e reconhecimento da experiencia do outro

Reconstrução: Formação de grupos por temas de interesse: método sociométrico: 1.

Três grupos: acessibilidade, expografia, reconhecimento do outro

2.

Discussão em grupos: tecendo pontos de encontro

Resultados 

Finalização 

4. Problemas & propostas de soluções 

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Acessibilidade: 

a exposição não está pensada para ser acessível;

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Está pensada apenas para a sensibilidade do olhar

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Deverá ser pensada em função de outro.

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Possibilitar outras experiencias

Expografia: 

a exposição apresenta formas expograficas pouco adequadas. Cores, ruídos sonoros, iluminação

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Procurar adequar a legendas, a iluminação, estudar as sonoridades. Pensar a sequenciação dos objetos no roteiro propost

Resultado 

Reconhecimento do outro 

A exposição é pensada fora das vivências do outros;

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A imagem da varina transformou-se num ícone, cristalizou-se como um ícone e a exposição assume essa exterioridade

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A voz da varina surge como ilustração

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Um possível proposta da sociomuseologia 

Dar voz às varinas,

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Construir a exposição a partir dos objetos das varinas

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Criar dialogo entre a arte sobre a varina e a vivência da vida das varinas. 

Procurar tensões